Geth Reunião Científica
Caso clínico 1
Feminina, 7 manchas café-com-leite > 5mm
4 anos
cefaléia e perda da acuidade visual glioma de nervo óptico
5 anos
avaliação oftalmológica - 3 nódulos de Lisch
8 anos – RM Crânio
RM Crânio - aumento da intensidade de sinal em T2 e FLAIR
tálamo e gânglios da base
11 anos
Neurofibromatose tipo 1 - diagnóstico
US NIH - Consensus Development Conference (1988)
Dois ou mais
6 ou mais manchas café-com-leite >5mm em
indivíduos pré-puberais ou >15mm depois da puberdade
2 ou mais neurofibromas de qualquer tipo ou
1 ou mais neurofibromas plexiformes
Sardas axilares ou inguinais Tumor na via óptica
2 ou mais nódulos de Lisch Lesão óssea característica
Um parente de primeiro grau afetado com os acima
glioma óptico
Características
Bilaterais, 15-20%
mantém forma original do nervo componentes císticos são raros até 70% nos primeiros 6 anos
Sintomas
Diminuição acuidade visual Proptose
Puberdade precoce
Progressão
35 a 52%
glioma óptico - manejo
Mandatório
discussão pré-terapêutica multidisciplinar
Cuidados
imagem não é o único determinante de tratamento tratamos uma criança e não a RM
Tratamento
QT
progressão clínica e/ou radiológica idade (<8a - QT)
volume
lesões hiperintensas T2/FLAIR
Objetos brilhantes não identificados
RM – lesões hiperintensas em T2 ou FLAIR Especialmente no tálamo, gânglios basais
Podem estar associados a lesões microestruturais ou
alterações espongiformes na substância branca
43-93% dos pacientes entre 2 e 20 anos
Diminuem entre 7 e 12 anos e aumentam em
número e tamanho durante a adolescência
neurofibromas
Tumores benignos da bainha do nervo periférico
Discretos
bem definidas, associados a prurido, puberdade Cutâneos X Subcutâneos
Plexiformes
Envolvem múltiplos fascículos/nervos Crescem exageradamente
Podem apresentar degeneração maligna
Tumores malignos da bainha dos nervos periféricos (TMBNP)
neurofibromas
Neurofibromas
Discretos
Plexiformes
Internos
Pior prognóstico, maior risco de malignização
Score para determinar risco
Ao menos dois neurofibromas subcutâneos (OR)=4.7, [2.1-10.5])
Idade < or =30 years (OR=3.1, [1.4-6.8])
Ausência de neurofibromas cutâneos (OR=2.6, [0.9-7.5]) Menos de 6 manchas café-com-leite (OR=2.0 [0.9-4.6]).
neurofibromas - manejo
Cirúrgico
Estudos clínicos medicamentosos
Neurofibromas não passíveis de remoção cirúrgica
Sorafenibe, Rapamicina
Neurofibromas paraespinhais
Maleato de Cediranibe, Pirferidona
Neurofibromas plexiformes
Terapia fotodinâmica, Everolimus, sirolimus, Tipifarnibe,
Caso clínico 2
Masculino, 42 anos
Manchas café com-leite ao nascimento
40 anos – alteração em US abdominal
Cirurgia
3 tumores neuroendócrinos bem diferenciados em
duodeno e cabeça de pâncreas (Ki67<2%)
pT2N0
GIST multifocal em parede duodenal
pT2N0
GISTs & NF1
Neurofibromas abdominais
origem retroperitoneal ou paraespinhal
sinônimia imprecisa
neurofibromatose intestinal, displasia neuronal intestinal,
neurofibromatose plexiforme intestinal difusa, polipose ganglioneuromatosa colônica difusa,ganglioneuromatose
NF1 e MEN 2b – 25% dos casos
alteração de intestino delgado e mesentério é rara,
geralmente sintomática
neoplasias
TMBNP
Dor,
tamanho ou alteração consistência
Risco durante a vida - 8 a 13%
Fator de risco: neurofibromas internos Neurofibromas internos têm risco maior
FDG-PET CT
SUV (max) de 4.0 tem alta sensibilidade para distinguir entre nf
plexiforme e TMBNP
Remoção cirúrgica e RT
Prognóstico pior na NF1
Tsai et al. J Neurooncol. 2012 Mar 11
neoplasias
TMBNP
inativação dos dois alelos é suficiente para formar um
neurofibroma benigno, mas não um TMBNP
TMBNP tem ganhos e perdas de material genético
genes CDKN2A e TP53 tem papel importante na transformação
maligna
Neurofibromatose tipo 1 (NF1)
neoplasias
Feocromocitomas
Adrenais, 10% bilaterais, 10% malignos Geralmente na idade adulta
HAS, sudorese, taquicardia, vertigens
Tumores da crista neural
Tumores carcinóides
Raça negra
4a. e 6a. Décadas
Relação com feocromocitoma
Rabdomiossarcomas
1 a 2% dos pacientes
Neurofibromatose tipo 1 (NF1)
genética
Gene NF1
17q11.2
61 éxons
Numerados de 1 a 49
4 éxons com splicing alternativo: 9(a), (10a-2), 23a e 48a
3 genes dentro do íntron 27b
EV12A, EV12B, OMGP
Sem fenótipos específicos
Neurofibromatose tipo 1 (NF1)
genética
Neurofibromina
Ras- GDP Ras- GTP Ras- GDP
NF1
Raf MEK1/2
ERK1/2
PI3 quinase Ral GDS
Neurofibromina
Ras- GDP Ras- GTP Ras- GDP
NF1
Raf MEK1/2
ERK1/2
PI3 quinase Ral GDS
Neurofibromatose tipo 1 (NF1)
genética
Mutações
Gene grande
Sem pontos preferenciais de mutações
Vários tipos de alterações
Cromossômicas
Deleções
de todo o gene, vários éxons ou microdeleções
Inserções
Neurofibromatose tipo 1 (NF1)
genética
Mutações
Origem
Materna – deleções intragênicas
Paterna – mutações de ponto
Idade paterna avançada em casos esporádicos
Correlação genótipo-fenótipo
Microdeleções aumentam risco para TMBNPs
Grandes deleções – fenótipo mais grave
Inativação do alelo normal em células somáticas
Diagnósticos diferenciais
Síndrome de Legius
NF-like
Mutações no gene SPRED1
MCL e sardas
Ausência das manifestações mais graves da NF
Mutações bialélicas em genes de reparo
Câncer de cólon na família
MCL, pseudoartrose
Caso clínico 3
14 anos, masculino
estrabismo
8 anos – exérese de nódulo na testa
10 anos – exérese de novos nódulos
13 anos – parestesia nos dedos, evoluindo
com dificuldade de movimentação do
membro superior, dificuldade de
Caso clínico 3
RM
alargamento dos espaços perivasculares dos
hemisférios cerebrais
schwannomas intracranianos múltiplos, sendo os
maiores em:
VIII par bilateral; projeção do nervo hipoglosso;
trigeminal bilateral
meningioma séssil no plannum sphenoidale
schwannomas múltiplos em canal vertebral ao
longo de toda a coluna
Neurofibromatose tipo 2 (NF2)
critérios diagnósticos
US NIH - Consensus Development Conference (1988)
1.Massas bilaterais no 8o. par craniano
2.
Um parente de primeiro grau com NF2 e um tumor
unilateral no 8o. par craniano ou 2 dos seguintes critérios:
• Neurofibroma • Meningioma • Glioma
• Schwannoma
Neurofibromatose tipo 2 (NF2)
critérios diagnósticos
Revisão proposta dos critérios (1997)
NF2 definitiva
Schwannomas vestibulares bilaterais OU Parente de primeiro grau com NF2 mais
Schwanoma vestibular unilateral <30 anos OU Dois dos seguintes:
meningioma, glioma,
schwannoma,
Neurofibromatose tipo 2 (NF2)
critérios diagnósticos
NF2 presumida ou provável
Schwannomas vestibulares unilaterais < 30 anos
MAIS, pelo menos 1 dos seguintes:
meningioma, glioma, schwannoma, opacidade
lenticular subcapsular posterior juvenil
OU
Meningiomas múltiplos (
2) MAIS
Schwannomas vestibulares unilaterais < 30 anos OU 1
dos seguintes:
Glioma, schwannoma, opacidade lenticular
Neurofibromatose tipo 2 (NF2)
Neurofibromatose central
Schwannomatose vestibular bilateral
1: 33.000 a 40.000 NV
Autossômica dominante com penetrância
completa
Neurofibromatose tipo 2 (NF2)
manifestações clínicas
Apresentação
Sintomas auditivos antes dos vestibulares
Surdez unilateral e zumbido
Nas crianças
Tumor dérmico sutil e catarata capsular posterior
Ambliopia congênita e tumores de nervo periférico
Geralmente sintomas após os 18 a 20 anos
Deterioração progressiva
Neurofibromatose tipo 2 (NF2)
Schwannomas
Schwannomas
Vestibulares
¼ pacientes
outros schwannomas intracraneanos (trigêmio)
80% pacientes
schwannomas espinhais ao Rx
assintomáticos
Neurofibromatose tipo 2 (NF2)
meningiomas
50% dos pacientes com NF2
Sem predileção por local
Órbitas – compressão do nervo óptico, diferenciar de
glioma
Base do crânio – compressão do tronco cerebral
Espinha – compressão medular, raízes nervosas
Neurofibromatose tipo 2 (NF2)
outras neoplasias
Tumores gliais (astrocitomas e ependimomas)
Comuns radiograficamente, assintomáticos
Ependimomas na Medula cervical ou junção cervico-medular
Lesões malformativas hamartomatosas
Schwannose
Pequenos nódulos de células de Schwann
Em pacientes sem NF2 com lesões medulares crônicas Meningioangiomatose
Massa nodular intracortical que se estende para a meninge Pode ser esporádica e causar convulsões
Neurofibromatose tipo 2 (NF2)
manifestações clínicas
Disfunção ocular
Catarata
Retinopatia (hamartoma retineano ou membrana epiretinal) Ambliopia/estrabismo juvenil
10% dos pacientes
Opacificação da córnea
Tumores orbitais ou do nervo óptico Anormalidades movimento extra-ocular
Outras manifestações
Neuropatia periférica ou mononeurite multiplex Arreflexia
Neurofibromatose tipo 2 (NF2)
genética
Gene NF2 - supressor de tumor
22q12, 110kb
16 éxons + 1 com splicing alternativo Altamente conservado
Proteína
Merlin (schwannomina)
Similar a proteínas que ligam a actina do citoesqueleto a
glicoproteínas da membrana celular
Neurofibromatose tipo 2 (NF2)
genética
Mutações
Germinativas
70% dos indivíduos
Não nos éxons 16 e 17
A maioria gera uma proteína truncada sem função
Somáticas
Perda da heterozigosidade = desenvolvimento
Neurofibromatose tipo 2 (NF2)
genética
Correlação genótipo-fenótipo
Homogeneidade fenotípica intrafamiliar
Mutações nonsense ou frameshift
Doença grave
Idade menor ao diagnóstico, mais tumores
Mutações em sítios de splicing
Doença intermediária
Maior variabilidade intrafamiliar
Sem mutações
Idade maior ao diagnóstico
Neurofibromatose tipo 2 (NF2)
acompanhamento
Ao diagnóstico
Exame em lâmpada de fenda
Avaliação dermatológica cuidadosa
Avaliação neurológica
Audiometria e potenciais evocados do tronco cerebral
RM Coluna (Cervical) – se possível
Determinação da velocidade de crescimento
tumoral
Avaliação anual
Neurofibromatose tipo 2 (NF2)
diagnóstico diferencial
NF1 + NF2 Mosaicismo Schwannomatose Definitiva 2 ou + schwannomas sem evidência radiológica de tumor n.vestibular >18 a
Provável
2 ou + schwannomas sem evidência radiológica de tumor n.vestibular >30 a
2 ou + schwannomas em uma área limitada sem evidência radiológica de tumor n.
vestibular
Complexo de Carney
Mixomas, sardas, superatividade endócrina, schwannoma psammomatoso
melanocítico