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CONTRA O EMPIRISMO DE QUINE

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Academic year: 2021

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DAVIDSON

INTRODUÇÃO

Épossível dizer que enxerga como um processo posições que separassem sensível506. Com a intençã conhecimento, é sabido qu

“Dois Dogmas do Empiris entre enunciados analítico empiristas lógicos, cuja te sentido, seriam de alguma sensível. Contra o primeir enunciados com conteúdo analíticos, pois defendeu experiência. Contra o segu possível determinar o signif está inserida, nunca isolad crenças é que se pode determ Como conseqüência, dizendo com isso, que o pr observação empírica deveri juntamente com a psicolog adquirido. Portanto, a filos portanto, atuaria no mesmo Assim, neste movim doutrinas fundamentais do e a ciência é a prova sens

506 Cf. Quine, 1981, pp. 67-71.

N CONTRA O EMPIRISMO DE QUI

Guilherme José Afon Mestrado – Universidade S guilherm

ue Quine avalia seu próprio empirismo positi so dado ao longo da história da filosofia que p m a investigação do conhecimento natural

ção de não aceitar teses não-empiristas acerca que Quine desferiu um ataque contra o que rismo”. O primeiro, o de que exista qualquer icos e enunciados sintéticos. O segundo, tese sustentava que todos os enunciados q

a forma, redutíveis e verificáveis diretamente eiro dogma, Quine negou que exista alguma do empírico, os sintéticos, e enunciados de u que nenhum enunciado tem seu significad egundo, sustentou seu holismo: a teoria de nificado de uma frase quando ela é tomada no c ladamente. Somente dentro da totalidade de terminar o significado empírico de uma frase.

ia, defendeu que a epistemologia, deveria s projeto de fundamentar o conhecimento em ba eria ser abandonado. Ao contrário, a epistemolo logia empírica, de explicar apenas como o c ilosofia não seria mais encarada como filoso

o patamar que o da ciência natural.

imento de depuração do empirismo, Quine o empirismo, a saber: “(...) que qualquer prova nsível (sensory evidence) (...), e que toda

UINE

fonso de Carvalho e São Judas Tadeu Bolsista CAPES erme.j@gmail.com

itivamente, pois o e procurou rejeitar al da experiência rca da natureza do ue ele chamou de uer distinção clara , esposado pelos s que possuíssem nte na experiência a separação entre de valor nulo, os cado separado da e que somente é o conjunto em que de um sistema de

ser naturalizada, bases anteriores a ologia se ocuparia, o conhecimento é sofia primeira, e,

ine preservou as va que exista para a inculcação dos

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ISSN 2177-0417

significados das palavras, 1969, p. 75).

OEMPIRISMODEQUIN Dado que, para Qu natural, e, portanto, a inves com as ciências, o empiris prova sensível adequada a f de uma teoria científica, estimulações sensoriais, che se pode entender este proce do próprio mundo a ser e empírica como aquela que radiações das superfícies n este recebe.

A ciência, portanto, embora seja falível e passí investigação, tal como Quin

“Nós pod desco pista como home guard

Uma vez que a ciê mundo, ela enfrenta, no jar verificar a verdade daquilo científico, na visão de Q posteriormente, serão verifi Contudo, para que s teoria científica, iniciamos estímulos sensíveis, como, ostensão, isto é, pelo mer estimulações sensíveis de dissentimento sobre determ

507 Não entrarei no tratamento do teoria. Sobre isso, cf. “On what th

s, repousam, em última análise, na prova sen

INE

Quine, a atividade filosófica é indissociável do estigação acerca do conhecimento do mundo s rismo naturalizado de Quine procura construi a fim de estabelecer como esta se relaciona co a, pois deseja explicar como apenas a pa chegamos a uma teoria do mundo. Contudo, u esso de um ponto de vista externo, o homem estudado. Por isso, Quine tantas vezes nos ue descreve o conhecimento do sujeito human nervosas, ou ainda, do disparo dos receptore

to, é aquela que nos dá uma descrição do mun ssível de revisão, constitui-se como um aparat uine nota:

odemos investigar o mundo, e o homem como par scobrir quais pistas ele teria do que se passa a sua vol stas de sua visão de mundo, nós obtemos a rede de contr

mo a diferença. Essa diferença marca o registro da sobe mem – o domínio dentro do qual nós podemos revisar ardamos os dados (QUINE, 1960, p. 5)”

ciência com seu esquema conceitual faz pre jargão de Quine, o “tribunal da experiência”, lo que uma teoria diz que existe507, pois, com e Quine, consiste em lançar hipóteses e pos ificadas empiricamente de maneira holística.

e se possa chegar ao nível de abstração e gener os nossa jornada quando somos incitados a o, por exemplo, aprendendo o significado d ero apontar de um objeto. Por isso, Quine de um indivíduo, o levam a proferir as erminado estímulo concorrente, como, por

do aspecto ontológico o qual Quine dá as entidades que c t there is”, 1951, pp. 1-19.

sensível (QUINE,

l do conhecimento o se dá juntamente ruir uma teoria da com a formulação partir das nossas , uma vez que não em se torna objeto os fala da ciência ano por meio das ores sensíveis que

undo externo que rato conceitual de

parte dele, e, assim, olta. Subtraindo suas ntribuição do homem berania conceitual do sar a teoria, enquanto

predições sobre o

”, onde é possível efeito, o trabalho ostulações, onde,

neralidade de uma a responder aos das palavras por e entende que as assentimento ou r exemplo: “Está

e compõem uma

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chovendo”, “Está calor”, observacional508: “se indag ocasião, isto provocará da quando o mesmo conjunto t dissentimento (QUINE, 198 Neste sentido, as f quineano, pois Quine as en que torna possível passa científica509.

ESTÍMULOPROXIMAL Davidson travou co sensível, ou seja, dentro da onde, precisamente, a est receptores sensíveis. Para D estas duas teorias conflitan conseqüentemente, da prova

Para Davidson, não existente dentro da cadeia pois apenas se está recon funcionando como um inte Davidson critica a formul somente no estímulo sensí toda a fonte de conheciment

Ora, a crítica de Dav na mesma raiz da crítica empirismo supervaloriza o mundo, e, além disso, de tra

“Emp eu l

508 Cabe notar que esta definição longo dos anos, Quine veio altera recebidas. Fiz uso desta que está fazer sua crítica.

509 Não me ocuparei aqui das dive observacional, tais como: “observ entendimento da crítica de David observacional e frase teórica.

”, “Mamãe” e etc. Isto é o que Quine ch agar uma frase provoca assentimento de um

da mesma forma assentimento em qualquer to total de receptores é acionado, e da mesma fo

981, p.25)”.

s frases observacionais são parte constitutiva entende como fonte primária do conteúdo em ssarmos, gradativamente, da frase observac

LVERSUSDISTAL

com Quine uma discussão acerca da localizaç da cadeia causal que liga um indivíduo a um ev estimulação sensível estaria? Para Quine, n a Davidson, no objeto ou evento em questão. R tantes que buscam determinar o local do estím ova sensível, foram chamadas de teoria proxima ão há problemas em reconhecer o papel do est ia que causalmente liga os indivíduos aos obj conhecendo o mero papel que os sentidos ntermediário entre os objetos e nossos pensam ulação empirista de Quine de basear todo o nsível e, sobretudo de defender a estimulação

ento possível.

avidson a estimulação sensível de Quine, enco a de Davidson a tradição empirista. Pois, pa o fato dos sentidos intermediarem a relação d tratar este fato com o estatuto de primado episte

mpirismo, como outros ismos, nós podemos definir com levo em consideração não apenas a afirmação p

ão de frase observacional pode ser considerada a mais re erando a definição de frase observacional, devido a crític stá no “Theories and Things”, pois Davidson partirá dest iversas categorizações de que Quine faz uso para explica ervacional categórico”, “frases ocasionais”, pois, para um

idson, será necessária a explicitação apenas das noções

chamou de frase m dado falante na uer outra ocasião forma vale para o

iva do empirismo empírico, sendo o vacional à teoria

zação do estímulo evento no mundo, , novamente, nos . Respectivamente, tímulo sensível, e, mal e teoria distal.

estímulo proximal bjetos no mundo, os desempenham, amentos. Contudo, o o conhecimento ão sensível como

contra-se também para Davidson, o do sujeito com o istemológico:

como quisermos, mas pálida que todo o

recente, pois ao íticas e sugestões esta definição para licar a frase

um correto es de frase

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conh conv ordem senti fala s

Portanto, se os se intermediários epistêmicos empirismo de Quine leva a vez que a abordagem prox seja igualmente e inteirame sofre. Usando o próprio exe javali trotando, tem os padr proferir a frase observacio

“Gavagai” por “Coelho”. P levar um indivíduo a obter maneira completamente dife

Com efeito, Davidso ao ceticismo, ou que não d que rejeita a teoria proxima uma resposta ao “espaço” p qualquer intermediário entre

A teoria distal de diretamente no objeto, e po dividem, chega-se as forma o aspecto causal do conh quando compartilhamos cau

“A comp profe ou (DAV

Assim, a teoria essencialmente intersubjeti Quine, que alia o significad

Nesse sentido, qua particular, que recebe a rad

510 Trato dos termos “intérprete e Davidson, que se posiciona inteir

nhecimento do mundo vem por meio da ação dos sentid nvicção de que esse fato é de importância epistemo dem. A afirmação pálida meramente reconhece o óbvi ntidos ao mediarem os objetos e eventos no mundo e no la sobre eles3. (DAVIDSON, 1990, pp. 68-9)”.

sentidos, ou ainda a estimulação sensível os entre o sujeito e o mundo, de fato, par a ao ceticismo, sobretudo ao ceticismo sobre o

oximal de Quine do conhecimento não garant mente apreendido pelas estimulações sensíveis exemplo de Davidson, pode ocorrer que uma pe

drões de estimulação de ver um coelho, e, porta cional “Gavagai!”, consequentemente, o inté . Portanto, as estimulações sensíveis podem, ter crenças equivocadas, e no limite, a interpre

iferente do que de fato é.

dson não aceita nenhuma explicação do conhec dê uma reposta à questão cética. Assim, Dav imal de Quine, tratará, agora, de expor sua teo

” para o ceticismo que Quine deixou, propondo tre o sujeito e o mundo.

de Davidson entende que a prova sensível por meio das seqüências causais que o falante mações de crenças e pensamentos. Davidson en nhecimento, mostrando, assim, que o conhe causas comuns com os objetos e com o intérpret

A teoria de distal, por outro lado, depende primari mpartilhadas que são salientes para falante e inté ofessor. Significados são compartilhados quando evento situações causam ou causariam assentimento AVIDSON, 1990, p. 73)”.

a distal de Davidson retrata a dependênc jetivo do aprendizado dos significados. Dif

ado com o conceito de prova sensível.

uando Quine trata da estimulação sensível d radiação dos raios de luz e estas entram em co

te e “falante”, pois são termos fundamentais da visão exte eiramente contrária a perspectiva de primeira pessoa do

ntidos, mas também a ológica de primeira vio papel causal dos nossos pensamentos e

el quineana, são para Davidson, o e os sentidos, uma ante que o mundo is que o indivíduo pessoa, ao ver um ortanto, é instada a ntérprete traduzirá , ocasionalmente, pretar o mundo de

ecimento que leve avidson, uma vez teoria distal como do a eliminação de

el está localizada te e o intérprete510 enfatiza, portanto,

hecimento ocorre rete em questão:

ariamente de causas térprete, aprendiz e ntos idênticos, objetos o ou dissentimento

ência do aspecto iferentemente de

de um indivíduo contato com seus

xternalista de o conhecimento.

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receptores sensíveis que, fin fazem responder dando asse Quine trata, portanto, o con indivíduo isolado apenas co compartilha crenças e lingu

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. Oxford, , Buenos Aires:

. Oxford:

d: Clarendon ford, Clarendon

o, W. e Smith, P.

. 127-154.

e, Mass., Harvard

0.

w York: Columbia

iversity, 1981.

University Press,

Referências

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