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A IMPORTÂNCIA DAS PRÁTICAS DE EXERCÍCIO FÍSICO NA PREVENÇÃO DE DORES NA COLUNA LOMBAR EM IDOSOS

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A IMPORTÂNCIA DAS PRÁTICAS DE EXERCÍCIO FÍSICO NA PREVENÇÃO DE DORES NA COLUNA LOMBAR EM IDOSOS

LOPES, Daniela Nunes de Oliveira¹ SANTOLINI, Juliana Gonçalves² ISABEL, Lenira da Silva Rosa³ SANTOS, Hélio Gustavo4

RESUMO

O processo de envelhecimento vem sendo estudado ao longo do tempo, vários tabus foram quebrados quanto à prática da atividade física na terceira idade, estima-se que no Brasil, em 2050, pela primeira vez haverá mais idosos que crianças menores de 15 anos (IBGE). O presente estudo apresenta uma relação entre o envelhecimento e as dores lombares, foi aplicado um questionário a idosos praticantes de atividade física de um centro de convivências da cidade de Cachoeiro de Itapemirim, e coletado dados, através desses dados foi feito um levantamento quanto à capacidade funcional do idoso. Busca-se através desse artigo levantar a discussão do beneficio da atividade física para idosos com dores na região lombar.

Palavras-chave: envelhecimento, dor lombar, atividade física

ABSTRAC

The aging process has been studied over time, several taboos have been broken regarding the practice of physical activity in the third age, it is estimated that in Brazil, in 2050, for the first time there will be more elderly than children under 15 years (IBGE ). The present study presents a relationship between aging and back pain, a questionnaire was applied to elderly people practicing physical activity in a community center in the city of Cachoeiro de Itapemirim, and data were collected, through these data a survey was made on the capacity functioning of the elderly. This article seeks to raise the discussion of the benefit of physical activity for the elderly with pain in the lower back.

Keywords: aging, back pain, physical activity

_______________________________

¹Graduanda do Curso de Ed.Física Bracharelado do Centro Universitário São Camilo-ES, dannylno@outlook.com

²Graduanda do Curso de Ed. Física Bacharelado do Centro Universitário São Camilo-ES. julianasantolini@homail.com

³Graduanda do Curso de Ed. Física Bacharelado do Centro Universitário São Camilo-ES, lenira_16@hotmail.com

4Professor orientador: Doutor, Centro Universitário São Camilo-ES, heliogustavo3@hotmail.com Centro Universitário São Camilo Espirito Santo. Cachoeiro de Itapemirim-ES, Novembro de 2017

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INTRODUÇÃO

A perspectiva de vida da população brasileira vem aumentando nas ultimas décadas, assim como as doenças gerais em idosos e riscos de queda.

Segundo pesquisas das Nações Unidas (Fundo de Populações), uma em cada 9 pessoas no mundo tem 60 anos ou mais, e estima-se um crescimento para 1 em cada 5 por volta de 2050. Pela primeira vez, em 2050 haverá mais idosos do que crianças menores que 15 anos.

O envelhecimento populacional pode ser definido como uma alteração na estrutura etária de um povo, ou seja, passa a existir um aumento das pessoas que se encontram acima de uma determinada idade. No Brasil, o indivíduo é denominado idoso com idade acima de 60 anos (KÜCHEMANN, 2012).

Nahas (2006) define o envelhecimento como um processo gradual, universal e irreversível, provocando uma perda funcional progressiva no organismo. No momento em que um indivíduo passa para a condição de idoso, depara-se com inúmeras dificuldades decorrentes desse processo, passando a sentir-se mais dependente. Por esse motivo, o envelhecimento tem sido temido por muitos, pelo medo de perderem, além de alguns aspectos físicos, a autonomia FREITAS (2010) apud MENEZES (2016).

Segundo Rossi e Sader (2002), a menor capacidade de trabalho é um dos primeiros sinais da velhice. Isso afeta em última instancia a capacidade laboral, adaptabilidade ao ambiente e a atividade motora, e atividade física podem atuar como fatores preventivos nestas deficiências.

Diante do exposto, este trabalho tem por objetivo, levar a sociedade acadêmica os resultados de questionários sobre dor lombar aplicados em idosos praticantes e não praticantes de exercícios físicos, apurar a qualidade de vida de ambos sobre um comparativo e falar da importância da pratica de atividades físicas nessa fase da vida.

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MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo foi elaborado através de uma pesquisa de campo baseando-se em pesquisas na biblioteca do Centro Universitário São Camilo e em materiais consultados via internet, por meios como sites de busca e pesquisa (scielo, Google acadêmico). Participaram do presente estudo idosos, sendo homens e mulheres acima 60 anos praticantes e não praticantes de atividade física, da cidade de Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo. Como critério de pesquisar através de um questionário informações sobre como os questionamentos da dor lombar pode afetar as capacidades de realizar as atividades da vida diária neste grupo especifico. O questionário foi aplicado por alunos do curso de Educação Física Bacharelado, do Centro Universitário São Camilo.

A base legal para a realização deste estudo foi a resolução 510 da CONEP. Este estudo foi realizado entre os meses de fevereiro a novembro de 2017.

O participante foi esclarecido sobre a pesquisa em questão e seus objetivos, foi entregue o questionário diretamente pelo responsável pela pesquisa que estava presente para esclarecimento de qualquer dúvida, mas não influenciando nas respostas. Para obtenção dos resultados foi realizada uma inquirição, utilizando-se como instrumento um questionário adaptado, valendo-se de perguntas específicas sobre hábitos de vida diária e quantificação de dor quanto a sua intensidade (QUESTIONÁRIO OSWESTRY).

A Escala de Oswestry (The Oswestry Disability Index - ODI) é um instrumento doença–específica para avaliação das desordens da coluna, onde são avaliados dez critérios com seis alternativas de resposta para cada. GHIZONI et al., (2011).

De acordo com os dados coletados, os questionários foram avaliados e calculados para se obter uma porcentagem da proporção de dor e incapacidades de realizações de atividades da vida diária deste grupo em processo de envelhecimento.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES

O envelhecimento é um processo caracterizado por alterações fisiológicas, que podem causar prejuízos a diversos órgãos e sistemas, como também comprometimento de suas funções.

Segundo Verderi (2004) refere que muitas mudanças físicas ocorrem com o processo de envelhecimento, que afetam a aparência, como, ganho de gordura, má postura, renovação mais lenta das células lubrificantes, entre outras. A idade avançada não indica o fim da vida de uma pessoa, apenas a intensidade das atividades do dia a dia é que diminuem.

QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO

O conceito de qualidade de vida dierencia-se do estado de saúde e perpassam por três dimensões: saúde mental, função física e função social (PIMENTA et al., 2008).

O mesmo autor afirma que a qualidade de vida pode estar diretamente ligada à ausencia de doenças, sintomas ou disfunções. Porém, para alguns autores, isto se torna relativo a medida que aspecitos não relacionados ao estado de saúde são avaliados na estimativa de qualidade de vida.

No idoso, qualidade de vida pode ser entendida como a manutenção da saúde nos aspectos físico, social, psíquico e espiritual (VECCHIA et al., 2005).

Leva-se em conta a relação entre dependência-autonomia e os efeitos da idade. Existem pessoas apresentam declínio no estado de saúde enquanto outras permancem saudáveis até maiores idades. (JOIA; RUIZ; DONALISO, 2007).

Na pesquisa que será apresentada abaixo, podemos perceber que os idosos entrevistados apresentam ótima qualidade de vida apesar de recorrentes dores e doenças crônicas. Os entrevistados apresentaram-se independentes e praticantes de atividades diárias e de lazer como jogos, cabelereiro, etc.

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É necessário que os fatores que levam a uma qualidade de vida no idoso perpassam pela mudança psicosocial ocasionada pela velhice. Teixeira (2004) aponta como grande dificuldade na vida do idoso a angústia relacionada com os processos de declínios físicos e das reflexões sobre a morte. Assim como Assis (2004) afirma que o envelhecimento e suas alterações gerais de saúde levam o idoso ao estreitamento da sua inserção social.

ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS E ATIVIDADE FISICA

Com o envelhecimento, muitas alterações de composição corporal podem ser notadas no humano, como aumento da adiposidade e diminuição de massa muscular (BAUMGARTNER et al., 1998) conhecida como sarcopenia.

Segundo ROCHA et al., (2008) a perda de massa muscular associada a prejuízos de função constitui entidade sindrômica denominada sarcopenia.

Gallahue e Ozmun (2005) enfatizam que, provavelmente, essa perda de tecido muscular tem como resultado uma diminuição de força muscular e que entre 25 e 30 anos aconteça o pico de de força máxima, com estabilizações até os 50 anos e declinio por volta dos 70 anos. Os mesmos autores afirmam que, quando comparado força e resistencia muscular, a resistencia é menos afetada pelo envelhecimento.

A perda de massa muscular contribui para outras alterações relacionadas também com a idade, entre elas a diminuição da densidade óssea, a menor sensibilidade à insulina, menor capacidade aeróbia, diminuição no metabolismo basal, menos força muscular, e diminuição nos níveis de atividades físicas diárias (ROSSI e SADER, 2002)

Em conjunto com a sarcopenia, e por resultado, aumenta-se nesta população a incisão de dores principalmente em regiões da coluna, articulações e quedas frequentes. Idosos, tendem a relatar quedas e deve-se creditar ao envelhecimento a dificuldade de equilíbrio e na marcha, que começam a ser percebidas a partir de quando essas quedas começam a ocorrer.

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As dores na região lombar, chamada de lombalgia, é um dos sintomas mais comuns das disfunções da coluna vertebral, independente da idade, sendo mais comum em idosos. A dor lombar é uma importante causa de incapacidade, ocorrendo em prevalências elevadas em todas as culturas e influenciando a qualidade de vida das pessoas (EHRLICH, 2003).

Idosos acometidos por dor lombar, quando comparados com aqueles que não sofrem, tem maior probabilidade de apresentar dificuldade na realização de suas atividades físicas diárias. A dor lombar, no estudo do autor, foi associada com incapacidade na pratica das atividades simples de banho, lavanderia, atividades domésticas pesadas, cortar unhas dos pés, fazer compras e carregar uma sacola de compras (DI IORIO et al., 2007).

Quanto à duração, temos visões e estudos diferentes. FREIRE (2000) classifica como: dor lombar aguda, quando dura até sete dias; dor lombar subaguda, de sete dias até três meses e dor lombar crônica, quando os sintomas duram mais de três meses. BALAGUÉ et al., (2007) ressalta que autores subdividem a dor lombar em aguda, quando dura menos de seis semanas, subaguda com duração de seis a doze meses, e crônica quando tem duração superior a doze semanas

Segundo Geis (2003) compara o corpo humano com uma máquina que se não é utilizado com o passar do tempo vai se danificando. Assim como a máquina o corpo precisa de movimento.

IDOSOS E DOR LOMBAR

A lombalgia pode ter caracteristica de um quadro de desconforto, fadiga ou rigidez muscular, localizada no terço inferior da coluna vertebral, acometendo cerca de 50% a 90% dos adultos (IMAMURA, PANJABI 2003).

Devido as alterações degenerativas, sobrecarga no trabalho, perda de massa magra e outros aspectos a incidencia de dor lombar aumenta gradativademente com a idade refletindo um efeito cumulativo (Moraes, 2003).

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A dor lombar prevalente em idosos é considerada de difícil diagnóstico, pois á maior números de causas possíveis e diferenças quanto à natureza das causas(LAZARO, 2009). Nessa população a dor pode ser resultado de causas mecânicas (dor aumenta com movimento ou carga física), e não mecânicas (dor presente no repouso), também podem ser causadas por stress ou fatores psicológicos. As fraturas por osteoporose também podem acontecer nessa faixa etária e devem ter atenção e tratamento especializado.

Nenhum de nossos entrevistados citou ter sofrido alguma lesão na lombar, porém sabemos que as dores constantes podem ser por essas ou outras diversas causas, e esse foi um grande questionamento durante nossa conversa com os idosos, a limitação que a vida trouxe com a idade, muitos tem uma vida totalmente ativa, além de praticar atividades físicas duas vezes na semana, eles dançam, alguns moram sozinhos e por isso tem que fazer todo serviço doméstico, vão a rua, caminham, fazem compras, são muito ativos, e falam muito sobre a busca da qualidade de vida.

A pesquisa foi realizada na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, no Centro de convivências da terceira idade, onde oferece diversos serviços a essa população. O gráfico a seguir (fig.1 e fig.2) mostra o teste de dor lombar realizado com 16 idosos. A tabela (fig.3) mostra a classificação quanto a incapacidade dos entrevistados. Responderam este questionário 8 homens e 8 mulheres com faixa etária entre 60 a 90 anos de idade, foram realizadas nove perguntas sobre intensidade da dor, cuidados pessoais, vida social, caminhar, dormir, e etc. Os resultados estão expostos abaixo.

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Figura (1); gráfico demonstrativo do questionário oswestry para avaliação da dor lombar realizado com mulheres idosas acima de 60 anos.

Figura (2); gráfico demonstrativo do questionário oswestry para avaliação da dor lombar realizado com homens idosos acima de 60 anos.

Interpretação dos resultados;

0% a 20% incapacidade mínima 21% a 40% incapacidade moderada 41% a 60%incapacidade intensa 61% a 80% aleijado

81% a 100% inválido

28%

48%

0%

8%

35%

0%

45%

10%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

1 2 3 4 5 6 7 8

MULHERES

MULHERES

23%

43%

0%

33%

20% 20%

38%

0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

1 2 3 4 5 6 7 8

HOMENS

HOMENS

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Figura (3); tabela de classificação dos resultados do questionário para avaliação da dor lombar.

Dos entrevistados nenhum apresentou resultado superior a 50%, mostrando estar na média entre 0% a 48%. Das mulheres, duas apresentaram média de 48% e 45% com resultado de: incapacidade intensa, outras duas apresentaram média de 28% e 35% mostrando resultado: incapacidade moderada e as outras quatro apresentaram média entre 0% a 10% com resultado: incapacidade mínima. Os homens, somente um apresentou incapacidade intensa com 43%, três apresentaram média entre 23% a 38%

com resultado de incapacidade moderada e quatro apresentaram média entre 0% a 20% com resultado de incapacidade mínima.

Pode se perceber que no resultado de incapacidade mínima a quantidade de homens e mulheres é igual, porém com uma diferença de porcentagem. Entre as questões investigadas, as seções referentes a levantar objetos e ficar em pé por decorrência da dor, foram respectivamente mais impactantes.

Três dos homens idosos entrevistados sofreram AVC, que segundo American Heart Association (2016), é considerado o principal motivo de incapacidade de longa duração na vida adulta, e ocupa posição de destaque em acometimento em idosos, e por isso sentem-se mais impossibilitados de realizarem atividades normais do dia-a-dia, mas deixaram exposto que o exercício físico realizado no centro de convivência tem trazido grandes benefícios para sua reabilitação.

No público feminino houveram reclamações de dores consequentes do dia a dia, também acompanhadas da idade. Falaram da osteoporose e como muitas tem dificuldade em abaixar para pegar um objetivo, que não conseguem ficar muito tempo sentado, nem de pé, etc. Uma idosa em particular chamou a atenção por possuir alta quantidade de ácido úrico no sangue e com isso não conseguir realizar tarefas básicas por conseqüência das fortes dores, no corpo, inclusive na lombar (M.S.M, 76 anos).Foi unânime a fala de todos que, com a pratica de atividade física no cotidiano, houve diminuição das dores e melhor disposição para as atividades diárias.

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ATIVIDADE FÍSICA E SUA IMPORTÂNCIA

Quando comparados aos idosos com prática regular de exercícios físicos, os idosos que não praticam apresentam maior porcentagem de gordura e menos massa magra (KYLE ET AL., 2004).

Um estilo de vida saudável está associado ao incremento da prática de atividades físicas, sejam elas realizadas no âmbito do trabalho, da locomoção, do lazer e das atividades domésticas, e, como conseqüência, com melhores padrões de saúde e qualidade de vida. (TOSCANO, et al., 2009) A literatura aponta evidências quanto ao efeito da adoção de um estilo de vida saudável ou envolvimento em programas de atividade física sistemática, na prevenção dos efeitos do envelhecimento. (Nelson ME, 2007)

Seguindo as diretrizes da promoção da saúde, as atividades físicas apresentam-se como um dos componentes mais importantes para se adotar um estilo de vida saudável e uma melhor qualidade de vida das pessoas (OMS, 2006) . A pratica da atividade física pode ser subdividido em quatro dimensões;

1) lazer (exercícios físicos/esportes), 2) deslocamento ativo (andado a pé ou de bicicleta), 3) atividades domésticas (lavar, passar e etc.), 4) laboral (atividades relacionadas á tarefa profissional).

A manutenção da capacidade funcional dos idosos é um dos fatores que contribuem para uma melhor qualidade de vida dessa população (MACIEL, 2010). Nesse sentido, a prática das atividades físicas tem sido consistentemente associada beneficamente para a manutenção da funcionalidade, reduzindo os efeitos deletérios ocasionados pelo envelhecimento (OMS, 2005).

Especificamente nessa faixa etária, deve-se priorizar o desenvolvimento da capacidade aeróbica, flexibilidade, equilíbrio, resistência e força muscular de acordo com as peculiaridades dessa população, de modo a proporcionar uma série de benefícios específicos a saúde do idoso.

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Teixeira, Batista (2009) realizaram uma pesquisa em relação aos diferentes tipos de prescrição de exercicios para os idosos e seus beneficios e limitações. Concluíram que o treinamento resistido possibilita resultados significativos tanto em força quanto em outros parâmetros.

Para um programa de treinamento com idosos recomenda-se que se inicie com atividades de baixo impacto e intensidade, de baixa dificuldade e não muito extenso (NELSON et al., 2007). As atividades mais recomendadas ao público são os aeróbicos , força e resistencia, flexibilidade e equilibrio.

Ainda segundo NELSON et al., (2007), os aeróbicos devem ter duração de 30 miutos diarios em cinco dias da semana, ou atividade mais vigorosas por 20 minutos com frequencia de 3 vezes na semana. Ja os trabalhos de força, mostra-se a importancia de oito a dez exercicios recrutando principais grupos musculares em dois ou mais dias da semana, não consecutivos. Em relação a flexibilidade, é recomendado exercícios que aumentem ou matenham essa capacidade em dois dias da semana, com a duração minima de 10 minutos em cada dia. Os exercícios de equilíbrio são citados com a importancia na prevenção de lesões causadas por quedas.

Para manter a força nos músculos que sustentam a coluna vertebral e o tórax de idosos debilitados, a atividade física e exercícios apropriados poderiam ser utilizados (GALLAHUE E OZMUN, 2005).

Embora necessária, a atividade física ainda é pouco praticada pela população em geral e idosos. ANDRADE et al., (2000) realizaram uma pesquisa com idosos da região metropolitana de São Paulo e em cidades do interior do estado, encontraram como queixa mais frequente em relação as barreiras falta de equipamentos, necessidade de repouso, falta de local, falta de clima adequado, falta de habilidade, medo de lesão, falta de tempo.

Com isso, percebe-se a necessidade de se criar estrategias diferentes de intervenção com atividade física no dia-a-dia do idoso (MACIEL, 2010) levando em consideração a suma importancia da sua prática para a saúde geral do idoso.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O envelheimento é de fato um dos fenomenos mais evidentes e estudados nas sociedades atuais. A espectativa de vida das populações de diversos países levam pesquisadores a procurar entender os fatores que implicam na diminuição ou aumento da vida do idoso.

Com o exposto neste trabalho, podemos perceber a relação entre o envelhecimento e suas caracteristicas com a transformação motora/cognitiva benéfica promovida pela pratica da atividade física nesta etária.

Cada vez mais vem sendo recomendado diversos tipo de treinamentos para idosos, eles desassumiram esse cargo de fragilidade e passaram a ser um público que busca cada vez mais uma melhora na qualidade de vida, que foi o que a maioria dos entrevistados comentou. Quem tem algum problema, busca uma melhora na saúde, e quem não tem busca a prevenção.

O tema proposto é muito amplo, mas conclui-se que, mediante a esta pesquisa, o grau de dor na lombar não passa de intenso, o que para um público idoso, praticante de exercício físico, e dentro desse grupo existir pessoas que já sofreram doenças crônicas é um bom resultado, pois nos confirma o quanto a prática de atividade física é importante.

As dores ocasionadas até então, não passam de problemas com idade, apesar de estudos mostrarem que existem diversos fatores que contribuem para essas dores lombares, nenhum de nossos entrevistados questionou sofrer de algum problema que afetaria a lombar, a não ser fatores da idade.

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