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INFECÇÃO GRAVE E DESFOLHA PELA FERRUGEM EM VIVEIRO DE MUDAS CLONAIS  DE CAFÉ CONILLON.  

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Academic year: 2022

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INFECÇÃO GRAVE E DESFOLHA PELA FERRUGEM EM VIVEIRO DE MUDAS CLONAIS  DE CAFÉ CONILLON.  

J. B.Matiello, Eng. Agr. MAPA / Procafé e E.C. Aguiar e R.A. Araújo, Tecs.,  Agrop. São Thomé, e Rui Altoé, Tec. 

Agr, . Agrop. Atlântica. 

 

A  reprodução  do  cafeeiro  conillon  de C.  canephora  é  mais  indicada  através  da  via  vegetativa,  utilizando‐se  estacas  de  ramos  ortotrópicos  de  plantas  matrizes  selecionadas  ou  oriundas de jardins clonais. 

As estacas são preparadas com o corte dos ramos logo acima dos nós, tendo 5‐7 cm de  tamanho e deixa‐se um par de folhas, na parte superior das estacas, depois reduzidas para meia‐

folhas, para facilitar o fluxo de água/nutrientes para a estaca/muda. A queda dessas meia‐folhas  reduz a taxa de pegamento das estacas. 

Na presente nota relata‐se a ocorrência nova de infecção grave de ferrugem sobre esse  par  de  folhas,  em  viveiro  de  micro‐aspersão,  durante  o  processo  inicial  de  formação  de  mudas  clonais de conillon, em Pirapora‐MG, verificada em agosto de 2008. 

As  estacas  de  conillon  foram  trazidas  da  região  Norte  do  Espírito  Santo,  sendo  enviveiradas em sacolinhas plásticas (10x20 cm) cheias de substrato usual (terra+esterco+AQ),  sendo  encanteiradas  e  mantidas  em  viveiro  com  ambiente  sempre  úmido,  através  de  micro‐

aspersões constantes, com o objetivo de evitar o ressecamento dos tecidos e morte das estacas  durante o período de enraizamento e brotação das mesmas, com isso procurando alcançar maior  índice de pegamento das estacas/mudas. 

Aos 2,5 meses após a colocação das estacas no viveiro, quando já iniciavam a brotação,  verificou‐se que grande parte das mudas apresentava as suas folhas iniciais  caídas. Observando  melhor  essas  folhas  verificou‐se  que  elas  apresentavam  elevado  número  de  lesões  de  infecção  pela ferrugem. O ataque era maior em determinados clones, naqueles mais susceptíveis à doença. 

Conhecendo‐se  o  comportamento  da  ferrugem,  foi  possível  compreender  a  origem  do  ataque.  O  fungo  da  ferrugem  veio  nas  folhas  das  estacas  enviveiradas,  presente  através  de  algumas poucas lesões mais velhas ali observadas. Devido ao ambiente extremamente favorável,  propiciado  pela  umidade  constante  e  sombra  no  viveiro,  ocorreu  forte  evolução  da  infecção  e  conseqüente  desfolha.  Adiciona‐se  a  informação  de  que  na  Fazenda  não  existem  plantações  de  café e, consequentemente, não existe outra fonte próxima de inoculo (esporos)da ferrugem. 

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A presente nota tem como objetivo alertar aos técnicos que orientam os viveiristas, no  sentido  de  passar  a  recomendar  o  tratamento  químico  das  estacas/mudas  contra  a  ferrugem  (  com  os  fungicidas  indicados),  antes  ou  durante  a  formação  das  mudas  clonais  nos  viveiros,  visando evitar problemas de desfolha e perda de mudas.

 

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