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EPIDEMIAS DE FEBRE AMARELA RELACIONADAS A DESASTRES AMBIENTAIS

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Academic year: 2021

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EPIDEMIAS DE FEBRE AMARELA RELACIONADAS A DESASTRES AMBIENTAIS

Lucas Aragão Vasconcelos

1

Rafael Nunes Carvalho

2

Eliz Oliveira Franco

2

Vinícius Cruz Silva Sousa

2

Eric Mateus Nascimento de Paula

3

A febre amarela é uma doença febril aguda, causada por um arbovírus do gênero Flavivirus, caracterizada por manifestações clínicas inicias inespecíficas, como febre alta, calafrios, cefaleia, dorsalgia, mialgia, prostração, náuseas, vômitos e, com o avançar da enfermidade, pode evoluir para sangramento e choque. Epidemiologicamente é dividida em ciclo urbano e silvestre. Porém dos pontos de vista etiológico, clínico, imunológico e fisiopatológico, não há diferenças. Enquanto no ciclo silvestre, os primatas não humanos são os principais hospedeiros do vírus, no ciclo urbano da febre amarela o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica. No ciclo urbano, tem-se como principal vetor o Aedes aegypti, e esse, quando infectado mantém-se transmissor pelo resto de sua vida. Como método de pesquisa, foram consultadas as principais bases de dados: SciELO, PubMED, NCBI e boletins epidemiológico do Ministério da Saúde. Realizando levantamento bibliográfico, pesquisados artigos científicos atualizados e correspondentes ao tema abordado. Por conseguinte, é oportuno pontuar que a febre amarela humana não era descrita no Brasil desde 1942. Contudo, o país confirmou 832 casos e 257 óbitos no período de 2016 a 2018. Dessa forma, é coerente afirmar que o ser humano se tornou um hospedeiro acidental da doença, que acontecia, quase que exclusiva, entre os macacos. Isso aconteceu devido a ação antrópica em destruir ambientes naturais e assim, se aproximaram aos animais, potencializando o risco de infecção. Portanto, o objetivo dessa produção científica é correlacionar grandes desastres naturais com epidemias da febre amarela,

1 Discente do Curso de Medicina do Centro Universitário de Mineiros – UNIFIMES. E-mail:

lucasaragaovasconcelos@gmail.com

2 Discente do Curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Mineiros – UNIFIMES.

3 Docente do Curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Mineiros – UNIFIMES.

Liga Acadêmica Interdisciplinar de Saúde Única - UNIFIMES

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já que a degradação ambiental é um componente no alastramento das doenças em caráter epidêmico. Assim, os casos de febre amarela, ocorrido entre 2016 a 2018, podem estar diretamente ligados ao desastre acontecido em Mariana – MG, em 2015, após o rompimento da Barragem do Fundão no subdistrito de Bento Rodrigues. Essa hipótese tem como ponto de partida a localização das cidades mineiras que identificaram casos da doença. Grande parte dos casos foram notificados na região próxima do Rio Doce, afetada pelo rompimento da barragem.

No dia 15 de janeiro de 2019, outra barragem contendo rejeitos de processamento de minério se rompeu no município de Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os riscos são imediatos e futuros à saúde da população, principalmente para aqueles que vivem próximo ao Rio Paraopeba. Assim, pode ser possível a ocorrência de um novo surto de febre amarela na região. Porém, com uma estimativa menor, uma vez que o Ministério da Saúde propôs uma serie de campanhas que estimularam a população a se vacinar. A principal medida de controle consiste na imunização das pessoas maiores de 9 meses de idade, que estejam expostas ao risco de infecção, por residir, trabalhar ou viajar para áreas endêmicas. O controle dos mosquitos Aedes aegypti é capaz de prevenir a febre amarela urbana. Portanto, diante da gravidade da

doença, considerar a vacinação nos programas governamentais garantem a prevenção da doença e promoção da saúde, uma vez que houve uma reemergência de febre amarela no Brasil paralela ao desastre ambiental ocorrido com o rompimento da barragem. Além disso, é importante intensificar a fiscalização de ações de degradação do meio ambiente.

Palavras-chave: Aedes aegypti. Arboviroses. Flavivirus. Tragédias Ambientais.

Referências

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