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Plano de Pesquisa. Correlação entre Halitose e Esquiva Social

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Academic year: 2021

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Plano de Pesquisa

Correlação entre Halitose e Esquiva Social

Pesquisadores Responsaveis

INTRODUÇÃO Sobre a Halitose

Embora HALITOSE termine por OSE (e significar doença) na verdade ela é uma sintomatologia. Halitose vem do Latim, onde HÁLITO significa ar expirado e OSIS indica alteração patológica.

Pode ser local ou sistêmica e ambas podem ser patológicas ou fisiológicas.

Os primeiros achados sobre halitose, datam de 5.000 a.c., o mau hálito é relatado na Bíblia, em obras literárias e na história. Cientificamente só começou a ser estudado e descrito em 1874, por Howe, sendo então considerado uma entidade clínica.

Sua Etiologia é sempre multifatorial e seu tratamento multidisciplinar, podendo ser: Preventivo, Mascarador, Curativo ou ainda misto.

Existem mais de 50 origens para a Halitose que podem ser simples como uma má higiene oral ou ate mais complexas como o Diabete, passando por origens que estão se tornando muito freqüentes nos tempos modernos como o estresse, a hipossalivação, a ingestão insuficiente de água , mudança de hábitos alimentares , prisão de ventre , rinite , hipoglicemia entre outras . Em torno de 95% dos casos de Halitose , os odorevetores responsáveis pelo odor são derivados de aminoácidos que no processo químico de redução liberam Sulfidretos, Metilmercaptanas e Dimetilsulfetos, todos tendo como base o enxofre, podendo ser facilmente mensurados nos atuais Gás Cromatografos como o Halimeter (equipamento Americano) e o Breath Alert (equipamento Japonês), sendo que ambos medem os Componentes Voláteis de Enxofre em Parte Por Bilhão ( ppb) .

A Halitose tem particularidades que levam seu portador a uma difícil auto- avaliação. Por ser um sintoma onde o indetectável pelo portador, o qual não sente em geral a própria halitose, fica muito difícil para esses pacientes saberem se tem ou não halitose , assim como saberem se após o tratamento ficaram realmente curados.

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Ocorre portanto algumas vezes de pacientes serem portadores de halitose e não saberem, assim como de acharem que tem e na verdade não terem comprometimento , portanto teremos que classificar se são ou não portadores para selecionarmos e classificá-los como portadores de Halitose Real ou Imaginária .

Na halitose real os odorevetores mal cheirosos realmente estão presentes, podendo essa presença ser confirmada pelo teste organoléptico e / ou por aparelhos que quantificam ou detectam os compostos de enxofre presentes no ar bucal e / ou nasal.

Na halitose imaginária não existem odorevetores mal cheirosos presentes. Geralmente ocorre uma alteração senso-perceptiva que pode ser causada por distúrbios que alteram a percepção do paladar (disgeusia) e/ou do olfato (cacosmia) do paciente, levando-o a crer que ele tem realmente halitose, podendo chegar ate a alucinação olfatoria.

Pela impossibilidade de auto avaliar-se, pelo constrangimento dos que convivem em informar, juntamente com a rejeição por parte da sociedade para com os portadores de Halitose, tudo isso leva a estes últimos a conviverem com vários tipos de doenças orgânicas sem, na maioria das vezes, tomarem conhecimento de suas reais origens, incluindo algumas doenças que podem causar grandes danos , como é o caso da Xerostomia ( Hipossalivação) que permite o grande acumulo da saburra lingual e que sabemos ser responsável pelo maior nicho de bactérias da cavidade oral, tendo como conseqüência, doenças que podem chegar a causar o óbito.

Pesquisas mostram que, grande parte das doenças orgânicas, vírus e bactérias se originam da cavidade oral, portanto, quando alertamos para os cuidados com a higiene oral e principalmente com o controle e redução de colônias de bactérias, não mais estamos falando em redução de cáries , de doenças periodontais, de infecções na garganta e gengiva , de bom hálito etc. Estamos alertando para o fato de que esta saburra lingual presente em mais de 95 % dos portadores de halitose , é também responsável pela proliferação das colônias de bactérias, facilitando assim seu acesso a corrente sanguínea podendo alcançar órgãos vitais e causar doenças como: hipertensão , partos prematuros , infarto etc

Muitas pesquisas vêm mostrando que estas bactérias anaeróbicas proteolíticas, comuns na cavidade oral, vem sendo encontradas em vários locais do nosso corpo como é o caso do coração.

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Segundo a Dra Olinda Tarzia, uma das pesquisadoras na área de Halitose , o primeiro passo para o controle e tratamento da mesma é eliminarmos a saburra lingual ou pelo menos diminuirmos em muito sua formação para que essas colônias de bactérias anaeróbicas proteolíticas sejam mantidas sob controle, conseqüentemente diminuindo em muito o risco de doenças orgânicas .

Já no convívio social, o portador do mau hálito, sofre discriminações que o leva a mudanças do tipo: postura (eles ficam corcundas, falam sempre de cabeça baixa), criação de novos hábitos (falam com a mão em frente à boca, deixam crescer o bigode), iniciam o habito de fumar (para camuflarem o mau hálito), passando pelo isolamento no convívio pessoal e profissional (evitam ao máximo falar com as pessoas ), a perda do contato físico mais intimo (temos relatos de pacientes que deixaram de beijar suas esposas), ao não crescimento profissional (evitam dar sugestões em reuniões), chegando a extremos de pacientes que se tornaram eremitas e se isolaram do mundo, e outros que chegaram ao suicídio .

A ausência total de pesquisas nesta área no Brasil dificulta em muito o estudo e conseqüentemente o entendimento profissional. No mundo também existem pouquíssimas pesquisas no campo da Halitose.

Sobre a Esquiva Social

A ansiedade social é uma sensação difusa e desagradável de apreensão que precede compromissos sociais. Até certa medida, é uma experiência comum a todos nós. A forma e a intensidade com que é sentida podem variar muito, e sua percepção se divide em dois componentes: consciência dos sintomas físicos (palpitações, sudorese, aperto no tórax, urgência miccional, etc) e consciência da ansiedade ou medo pela antecipação de ou em uma situação social.

A Psiquiatria atual reconhece o Transtorno de Ansiedade Social como o medo patológico de comer, beber, tremer, enrubescer, falar, escrever, ou agir de forma ridícula ou inadequada na frente de outros. Um forte componente psíquico é o medo de uma avaliação negativa ou crítica por parte dos demais.

É causa de considerável sofrimento e incapacidade para seus portadores.

Estes, devido ao medo antecipatório intenso, terminam por evitar as situações de exposição social que o provocam. Por exemplo, um funcionário evitará posições que o obriguem a dar palestras em público, mesmo às custas de sua carreira. Caso não possa esquivar-se a uma tal exposição, não apenas sofrerá o medo antecipatório até o momento da exposição, mas sentirá intensa

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ansiedade durante a mesma, visto que, ao contrário de uma pessoa normal, o fóbico social não se tranqüiliza com o transcorrer da exposição, mesmo com evidências de boa receptividade pelo público, por exemplo.

É quadro bastante freqüente, tendo prevalência que varia, de acordo com os estudos, de entre 5 a 13% da população geral com sintomas

compatíveis com o transtorno, em diversos graus. O termo fobia deriva da palavra grega phobos. Segundo a mitologia grega, Ares ou Marte, deus da guerra, tinha dois ajudantes. Eram estes Phobos e Deimos, medo e terror, ambos filhos de Ares e Afrodite.

Para os atuais sistemas classificatórios, o diagnóstico de Transtorno de Ansiedade Social não pode ser feito caso o medo ou embaraço sejam causados pela presença de sintomas de uma condição mental ou médica geral.

Tal nos parece ser o caso da halitose. Sendo grande sua prevalência na população geral, torna-se com muita freqüência causa de vergonha, embaraço e comportamentos de esquiva. No entanto, embora os prejuízos vinculados à esquiva na fobia social já venham sendo estudados, quase nada existe sobre a esquiva social nos portadores de halitose. Torna-se, portanto, bastante relevante que se possa verificar até onde vai a incapacidade provocada ou secundária a esta condição, já que este é um fato verificado já na clínica daqueles que se dedicam aos pacientes portadores de halitose.

Critérios de Inclusão e Exclusão

O estudo será realizado nas dependências da Faculdade...

onde 100 pacientes portadores de Halitose Real , sendo 50 homens e 50 mulheres , todos na faixa etária entre 18 e 45 anos e serão inicialmente submetidos ao preenchimento de uma ficha cadastral , um breve exame clinico

Apenas os portadores de halitose real serão selecionados para a pesquisa.

O primeiro passo será selecionarmos os 100 portadores de Halitose Real e para isso deveremos submetê-los a avaliações que confirmam e quantificam sua halitose, através de 3 métodos :

1- Avaliação Organoléptica 2- Breath Alert

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3- Halimeter

Quanto aos critérios psiquiátricos, devem ser excluídos usuários de álcool e drogas, pacientes com diagnóstico firmado de psicose ou transtorno grave de humor.

Devem ainda ser incluídos no estudo, a título de grupo controle, um parente de primeiro grau de cada paciente, não portador de halitose ou de quaisquer das condições psiquiátricas citadas acima.

Materiais e Métodos

Avaliação Organoléptica – o paciente será submetido a dois profissionais que serão chamados de avaliadores organolépticos onde iremos confirmar o fato deste paciente ser ou não portador de halitose , iremos também quantificar esta halitose e classificá-la em :

Halitose Social – quando sua halitose for sentida a uma distancia (entre o nariz do avaliador e a boca do paciente) igual ou maior a um metro.

Halitose do Interlocutor – quando sua halitose for sentida a uma distancia que pode variar entre 40 cm e meio metro de distancia (distância esta, considerada normal entre as pessoas que conversam).

Halitose da Intimidade – quando sentida a uma distancia de 20 cm entre o avaliador e o paciente.

Após a constatação de forma organoléptica da Halitose será fornecido um folheto de orientações com os pré-requisitos para o uso do Breath Alert e do Halimeter (em anexo ) necessários conforme recomendam os manuais dos fabricantes dos Halimeter e Breath Alert ( equipamentos que serão utilizados para monitorá-los .Farão parte dos pré-requisitas também , pacientes que não sejam portadores de doenças periodontais avançadas , pacientes que tenham uma higiene oral no mínimo regular, e sem presença de cáries avançadas . Todos passarão por orientações para padronizar sua higiene oral atraves de escovação dentária 3 vezes ao dia com técnica de Bass , e utilização de fio dental 1 vez ao dia .

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Breath Alert – Medidor de Hálito portátil Japonês que mede em parte por bilhão os odorevetores e será utilizado conforme instruções do fabricante e que nos fornecerá não apenas se o paciente tem halitose como também os seus estágios que vão de 1 a 4 , sendo que 1 e 2 não são halitose perceptíveis no nariz humano , 3 e 4, halitoses perceptíveis no nariz humano em menor e maior grau.

Halimeter- Medidor de Hálito Americano que mede em parte por bilhão os odorevetores e será utilizado conforme instruções do fabricante e que nos fornecerá também se o paciente tem halitose e os seus estágios que vão de zero até 9999 sendo que de zero até 90 não é halitose perceptível no nariz humano e a partir de 90 ela terá sido quantificada .

Constatada a halitose através da avaliação Organoléptica e devidamente confirmada através dos dois equipamentos : Breath Alert e Halimeter , os pacientes seguirão para etapas de avaliações psicológicas e psiquiátricas , conforme orientações (Miriam, verifique como você vai querer colocar e se vai querer entrar logo abaixo )

Os resultados serão tabulados e será realizada a analise estatística com o objetivo de correlacionarmos a halitose , seu grau e a fobia social .

Estes pacientes receberão, posteriormente tratamento para sua Halitose como um dos benefícios que estaremos oferecendo . Para tal , serão necessários:

Anamnese- através de uma ficha clínica fornecida pela Clínica Kolbe Pesquisa e Tratamento do Hálito.

Exames Complementares- Serão necessários os exames abaixo relacionados Phmetria

Glicemia Sialometria

Peso e Percentual de Gordura Corpórea por Bioimpedância Altura do Paciente

Temperatura

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Pulsação

Pressão Arterial

Equipamentos necessários

01 Breath Alert

01 sensor para o Halimeter (O Halimeter será cedido durante o período da pesquisa pela Clinica Kolbe Pesquisa e Tratamento do Hálito)

Fitas para medição de Ph

Kit para glicemia

Kit para Sialometria

Balança para peso e % de Gordura Corpórea

Termômetro

Tensiômetro

Avaliação da esquiva social

A Avaliação do comportamento de esquiva será realizada em três momentos distintos: na chegada do paciente à clínica, após um mês e após três meses de tratamento. Nestas ocasiões o paciente responderá a duas tabelas auto-aplicativas:

Escala de esquiva e desconforto social

Escala de medo da avaliação negativa

Estas foram escolhidas porque, além de sua adequação para a avaliação de sintomas de esquiva social, não são dirigidas diretamente ao diagnóstico da fobia social e sim ao sintoma da esquiva.

Após a coleta de dados, os resultados serão comparados com o objetivo de verificar se há correlação entre a intensidade da halitose

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e a esquiva social, e se a melhora da primeira implicaria em redução do prejuízo social.

Estagiários

Serão necessários 2 estagiários , estudantes de odontologia que estejam pelo menos no quarto semestre .

Desde já , deixamos a proposta de que os dados coletados nas fichas clinicas , nos exames complementares , e durante o tratamento clinico da Halitose destes pacientes , poderão nos fornecer subsídios para pesquisas futuras .

Cronograma

Etapa da pesquisa Período Coleta de dados 3 meses Analise dos resultados 3 meses Preparação para publicação 2 meses

Bibliografia

Amiga , tenho que coletar a Bibliografia com calma , como prometi mandar um esboço até terça , estou enviando , quando retornar de viagem dia 06 de janeiro sentamos para discutir o assunto .

Referências

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