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Norma Nr.014 / 1994 de 29/11 ACESSO À ACTIVIDADE SEGURADORA

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Academic year: 2021

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Norma Nr.014 / 1994 de 29/11

ACESSO À ACTIVIDADE SEGURADORA

Considerando a necessidade de adequar o actual quadro normativo ao disposto no Decreto-Lei nº 102/94, de 20 de Abril, que introduziu no ordenamento jurídico português os princípios comunitários contidos nas chamadas Directivas da Terceira Geração;

Considerando que, nos termos do nº 3 do Artº 10º do referido diploma se prevê a regulamentação por Norma do Instituto de Seguros de Portugal das condições de alargamento da autorização inicial;

O Instituto de Seguros de Portugal, nos termos do Artº 6º do seu Estatuto, aprovado pelo Decreto- Lei nº 302/82, de 30 de Julho, emite a seguinte

NORMA REGULAMENTAR

CAPÍTULO I ÂMBITO DE APLICAÇÃO

1. A presente Norma regulamenta:

a) as autorizações a conceder às empresas de seguros sedeadas em Portugal para exploração de ramos ou modalidades não incluídos na autorização inicial;

b) as disposições relativas à notificação, por sucursais de empresas de seguros sedeadas em Portugal, para alargamento da exploração, noutros Estados membros da União Europeia, a ramos ou modalidades não incluídos na notificação inicial;

c) as disposições relativas à notificação, por empresas sedeadas em Portugal que pretendam, em regime de livre prestação de serviços, alargar a sua actividade, noutros Estados membros da União Europeia, a ramos ou modalidades para os quais não tenha sido efectuada notificação no início de actividade;

d) a autorização a conceder a sucursais de empresas de seguros estabelecidas em Portugal e com sede fora do território da União Europeia, para exploração, em território português, de ramos ou modalidades não incluídos na autorização inicial.

2. Sempre que na presente Norma se faça referência a ramos ou modalidades estes devem ser entendidos nos termos dos Artºs 114º e 115º do Decreto-Lei nº 102/94, de 20 de Abril, sendo o conceito de modalidades equiparado ao de seguros ou operações, quando se tratar do ramo vida.

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3. A presente Norma não se aplica:

a) às operações referidas nos números 5) e 6) do Artº 115º do Decreto-Lei nº 102/94, de 20 de Abril;

b) às empresas de seguros que apenas exerçam actividade resseguradora.

CAPÍTULO II

DOS PEDIDOS DE ALARGAMENTO DA AUTORIZAÇÃO INICIAL

SECÇÃO I

DOS PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO POR EMPRESAS SEDEADAS EM PORTUGAL

4. As empresas de seguros sedeadas em Portugal que pretendam explorar novos ramos ou modalidades, devem requerer ao Instituto de Seguros de Portugal a competente autorização apresentando um processo instruído com os seguintes documentos:

a) Requerimento de autorização dirigido pela administração da empresa de seguros ao Conselho Directivo do Instituto de Seguros de Portugal;

b) Fundamentação do pedido de autorização;

c) As condições gerais e/ou especiais das apólices, no caso de seguros obrigatórios, salvo no caso em que existam apólices uniformes, em que bastará a referência ao diploma que as aprovou;

d) Referência expressa ao ramo, modalidade ou grupos de ramos relativos ao pedido de autorização, incluindo elementos relativos à natureza dos riscos a cobrir ou dos compromissos a assumir;

e) Indicação do actuário e jurista responsáveis pelo pedido;

f) Parecer do actuário responsável, nos termos legalmente exigíveis;

g) Descrição detalhada da estrutura médico-hospitalar e de representantes junto dos tribunais de trabalho a instalar, no caso de se pretender explorar a modalidade "Acidentes de Trabalho";

h) Indicação da entidade prestadora de serviços e dos meios técnicos de que esta dispõe, no caso de se pretender explorar o ramo "Assistência";

i) Indicação da opção escolhida entre as descritas no nº 18 do Capítulo IV da Norma nº 15/94-R, no caso de se pretender explorar o ramo "Protecção Jurídica";

j) Princípios orientadores em matéria de resseguro;

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l) Balanço e conta de ganhos e perdas previsionais a três anos, onde constem pormenorizadamente previsões relativas a prémios, custos com sinistros, provisões técnicas e custos de exploração incluindo comissões,

tanto para o seguro directo como para o resseguro cedido e aceite.

5. Os documentos em língua estrangeira que eventualmente constem do processo de pedido de autorização devem ser acompanhados de tradução autenticada em português.

6. Caso o requerimento não se encontre devidamente instruído, o Instituto de Seguros de Portugal deve informar a empresa de seguros das irregularidades detectadas, a qual dispõe de um prazo de 30 dias para as suprir, sob pena de caducidade e arquivamento do pedido, findo esse prazo.

7. O Instituto de Seguros de Portugal pode solicitar quaisquer esclarecimentos ou elementos adicionais que considere úteis ou necessários para a análise do processo.

8. O Instituto de Seguros de Portugal tomará a decisão sobre a autorização solicitada no prazo máximo de 30 dias a contar da data em que o requerimento se encontre completo e correctamente instruído.

9. A autorização para exploração de novos ramos ou modalidades poderá não ser concedida ao abrigo do Artº 109º do Decreto-Lei nº 102/94, de 20 de Abril.

10. As autorizações serão concedidas através de Norma do Instituto de Seguros de Portugal.

SECÇÃO II

DA NOTIFICAÇÃO PARA ALARGAMENTO DA EXPLORAÇÃO A NOVOS RAMOS OU MODALIDADES NOUTROS ESTADOS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA POR SUCURSAIS DE

EMPRESAS COM SEDE EM PORTUGAL

11. As empresas de seguros, com sede em Portugal e com sucursal noutro Estado membro da União Europeia, que pretendam alargar a exploração no território desse Estado membro, a ramos ou modalidades não incluídos na notificação inicial, devem, para o efeito, notificar o Instituto de Seguros de Portugal.

12. A notificação deve conter os elementos referidos no Artº 24º do Decreto-Lei nº 102/94, de 20 de Abril.

13. Após a notificação, o Instituto de Seguros de Portugal procederá em conformidade com o disposto nos Artºs 25º e 26º do Decreto-Lei nº 102/94, de 20 de Abril.

SECÇÃO III

DA NOTIFICAÇÃO POR EMPRESAS SEDEADAS EM PORTUGAL QUE PRETENDAM EM REGIME DE LIVRE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ALARGAR A SUA ACTIVIDADE A NOVOS

RAMOS OU MODALIDADES NOUTROS ESTADOS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA 14. As empresas de seguros com sede em Portugal que estejam a operar noutro Estado membro

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em regime de livre prestação de serviços e pretendam explorar ramos ou modalidades para os quais não havia sido feita notificação inicial deverão, para o efeito, notific ar o Instituto de Seguros de Portugal.

15. Após a notificação o Instituto de Seguros de Portugal procederá em conformidade com o disposto nos Artºs 53º e 54º do Decreto-Lei nº 102/94, de 20 de Abril.

SECÇÃO IV

DOS PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO POR SUCURSAIS EM TERRITÓRIO PORTUGUÊS DE EMPRESAS COM SEDE FORA DO TERRITÓRIO DA UNIÃO EUROPEIA

16. As sucursais de empresas de seguros com sede fora do território da União Europeia que pretendam explorar, em território português, ramos ou modalidades não incluídos na autorização inicial deverão, para o efeito, apresentar requerimento ao Instituto de Seguros de Portugal nos termos referidos na Secção I do presente Capítulo.

17. Para além da documentação nos termos do número anterior, deverá ainda ser remetido certificado emitido pela autoridade competente do país de sede, atestando que a empresa se encontra autorizada a explorar os referidos ramos e modalidades.

18. A autorização será dada, com as devidas adaptações, nos termos referidos nos nºs 6 a 10 da Secção I do presente Capítulo.

CAPÍTULO III

DA LIVRE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

19. As empresas de seguros com sede em Portugal que pretendam alargar as suas actividades em livre prestação de serviços no território de outro ou outros Estados membros, a riscos ou compromissos não incluídos na notificação inicial, devem notificar previamente o Instituto de Seguros de Portugal.

20. Após a notificação, o Instituto de Seguros de Portugal procederá em conformidade com o disposto nos Artºs 53º e 54º do Decreto-Lei nº 102/94, de 20 de Abril.

21. A empresa de seguros pode iniciar a sua actividade em livre prestação de serviços a partir da data em que for comprovadamente notificada, nos termos do nº 2 do Artº 53º do Decreto-Lei nº 102/94, de 20 de Abril.

CAPÍTULO IV

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

22. O regime previsto na presente Norma aplica-se a todos os processos pendentes no Instituto de Seguros de Portugal à data de 1 de Julho de 1994, relativos à exploração de novos ramos ou modalidades.

(5)

23. São revogadas todas as Normas que contrariem o disposto na presente, nomeadamente as Normas nºs 105/86, de 24 de Julho, 3/92 de 15 de Janeiro, 127/92, de 10 de Setembro, 155/92, de 4 de Novembro e 30/93- R, de 27 de Outubro.

PEL'O CONSELHO DIRECTIVO

Referências

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