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Microeconomia. Prof. Dr. Francisco Carlos B dos Santos

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Academic year: 2021

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Seção 6

2020/1 1

Microeconomia

Prof. Dr. Francisco Carlos B dos Santos

fcarlos@usp.br

(2)

Os custos da empresa são variáveis importantes nas decisões de produção e determinação dos preços.

Nesse sentido, a análise dos custos das firmas é variável fundamental no estudo das firmas.

Os Custos de Produção

(3)

Seção 6

2020/1 3

Custo total: valor de mercado dos insumos utilizados na produção.

Receita total: valor de mercado da venda dos produtos produzidos pela firma.

Lucro: diferença entre a receita total e o custo total.

Os Custos de Produção

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Os custos de produção de uma firma podem ser classificados de duas formas:

1. Explícitos: custos dos insumos que exigem o desembolso de dinheiro.

2. Implícitos: custos dos insumos que não exigem o desembolso de dinheiro.

A existência de custos implícitos explica a diferença de análise de custos realizada por um economista e por um contador.

Os Custos de Produção

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Seção 6

2020/1 5

Os custos implícitos são relacionados com o custo de oportunidade.

O fato de um agente ter os recursos para realizar um determinado investimento ou ter que obter recursos em um banco não afeta os custos totais da firma.

O que muda são os custos explícitos e implícitos, pois o dinheiro tomado emprestado é um custo explícito e o dinheiro próprio representa um custo implícito devido ao custo de oportunidade do capital.

Outro custo de oportunidade importante é o salário de que o dono de um negócio abre mão para trabalhar no seu próprio negócio. Apesar de não existir desembolso, representa um custo implícito.

Os Custos de Produção

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Lucro contábil: receita total menos custo total explícito.

Lucro econômico: receita total menos custo total implícito e explícito.

Logo, a diferença entre o custo contábil e o custo econômico é decorrente da inclusão dos custos de oportunidade no lucro econômico.

Os Custos de Produção

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Seção 6

2020/1 7

Função de produção: a relação entre a quantidade de insumos e a quantidade produzida do bem.

Produto marginal: elevação da produção após a adição de uma unidade adicional de insumo.

A função de produção da figura 1 mostra uma economia com produtividade marginal decrescente.

Produção e Custos

(8)

Produção e Custos

Quantidade produzida

Número de trabalhadores

Figura 1: Função de Produção

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Seção 6

2020/1 9

Relação entre a função de produção e o custo total.

À medida que se eleva a produção da firma, a função de custo total também aumenta.

Ou seja, o custo total de produção se eleva com o aumento da quantidade produzida.

Isso ocorre porque à medida que a produção aumenta mais insumos são necessários à produção.

Produção e Custos

(10)

Produção e Custos

Custos

q

Figura 2: Curva de custos total, Fixo e Variável.

Curva de Custo total

Curva fixo Curva de Custo Variável

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Seção 6

2020/1 11

O custo total da firma é composto por custos fixos (CF) e por custos variáveis (CV):

CT=CF+CV

Além disso, existem diversas medidas de custo que dependem da quantidade produzida:

1. Custo Total Médio (CTM) 2. Custo Variável Médio (CVM) 3. Custo Fixo Médio (CFM)

4. Custo Marginal(CMg)

Diversas medidas de Custos

(12)

Custo Total Médio (CTM): custo total dividido pela quantidade produzida:

Custo Variável Médio (CVM): custo variável dividido pela quantidade produzida:

Custo Fixo Médio (CFM): custo fixo dividido pela quantidade produzida:

Diversas medidas de Custos

Q CFM = CF

Q CTM = CT

Q CVM = CV

(13)

Seção 6

2020/1 13

Custo Marginal: aumento do custo total decorrente da produção de uma unidade adicional.

A figura 3 apresenta as curvas de CTM, CVM, CMg e CFM.

Diversas medidas de Custos

Q CMg CT

= 

(14)

O custo total (variável ou fixo) médio nos diz qual o custo total (variável ou fixo) unitário de cada unidade produzida.

O custo marginal nos reporta a elevação nos custos da última unidade adicional produzida.

Logo, apesar de o CTM e o CMg parecerem medidas semelhantes, elas mensuram custos distintos.

Diversas medidas de Custos

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Seção 6

2020/1 15

A curva de custo total é crescente indicando que os custos totais crescem com a quantidade produzida.

A curva de custo variável é crescente com a quantidade produzida.

A curva de custo variável médio cresce com as quantidades produzidas a partir de certo ponto (rendimentos marginais decrescentes).

Formatos das Curvas de Custos

(16)

A curva de custo fixo é constante indicando que os custos fixos não variam com a quantidade produzida.

A curva de custo fixo médio é decrescente com a quantidade produzida.

Formatos das Curvas de Custos

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Seção 6

2020/1 17

A curva de custo total médio (CTM) possui um formato de U.

O CTM decresce no seu início devido à diluição do custo fixo (CFM decrescente).

O CTM se eleva porque o custo variável médio (CVM) é crescente (custo marginal crescente devido aos rendimentos marginais decrescentes).

O ponto de mínimo do custo total médio reflete o tamanho de firma eficiente para produção (quantidade produzida que minimiza o custo total médio).

Formatos das Curvas de Custos

(18)

Formatos das Curvas de Custos

Custos

q

Figura 3: Curvas de Custos

CTM

CFM CMg

CVM

(19)

Seção 6

2020/1 19

As curvas de custo marginal e custo variável médio podem ter trechos decrescentes no início de produção, ou seja, trechos onde existam rendimentos marginais crescentes.

Entretanto, a partir de certo ponto, a lei dos rendimentos marginais decrescentes começam a funcionar e ambas tornam-se crescentes, como pode ser visto na figura 4 (a seguir).

Formatos das Curvas de Custos

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Diversas medidas de Custos

Custos

q

Figura 4: Curvas de Custos

CTM

CFM CMg

CVM

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Seção 6

2020/1 21

A curva de custo marginal não possui um formato definido, mas a curva de CMg é crescente a partir de um determinado momento, quando os rendimentos marginais decrescentes começam a ocorrer.

A curva de custo marginal (CMg) cruza a curva de custo total médio (CTM) em seu mínimo.

Isso ocorre porque, como agora cada unidade produzida custa mais do que o custo médio das unidades anteriormente produzidas, o custo médio aumentará gradativamente.

Formatos das Curvas de Custos

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A definição de custos entre fixos e variáveis depende do horizonte de tempo.

A duração do curto prazo e do longo prazo depende do setor da economia.

Isso ocorre porque a diferença entre curto prazo e longo prazo não é dependente do tempo por si, mas sim da existência ou não de algum recurso fixo.

Formatos das Curvas de Custos

(23)

Seção 6

2020/1 23

Dessa forma, podemos definir curto prazo e longo prazo.

Curto prazo: quando ao menos um dos fatores de produção (capital, trabalho, tecnologia) é fixo.

Longo prazo: quando todos os fatores de produção são variáveis.

Logo, enquanto em um setor o curto prazo pode durar meses, em outro pode durar anos.

Formatos das Curvas de Custos

(24)

Por exemplo, para uma farmácia variar todos os seus fatores de produção é muito mais simples do que para uma empresa geradora de energia.

Formatos das Curvas de Custos

(25)

Seção 6

2020/1 25

Logo, no curto prazo, como pelo menos um fator de produção é fixo, as curvas de custo médio total de curto prazo diferem da curva de custo médio total de longo prazo.

Nesse sentido, é possível que uma firma opere no curto prazo com um tamanho que não minimiza o seu custo.

No entanto, no longo prazo, podendo variar todos os seus fatores de produção, a firma pode escolher um tamanho de firma que minimize o seu custo.

Formatos das Curvas de Custos

(26)

Com isso, a curva de custo médio total de longo prazo (CMTLP) é uma junção dos custo mínimos de produção de determinada quantidade de diversas curvas de curto prazo.

A CMTLP possui um formato de U.

A parte descendente representa as economias de escala que reduzem os custos.

A parte ascendente representa o trecho onde existe deseconomias de escala e o custo se eleva.

Formatos das Curvas de Custos

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Seção 6

2020/1 27

Formatos das Curvas de Custos

Custo Médio Total

y Curva de Custo Médio Total

de Longo Prazo Curvas de Custo Médio Total

de Curto Prazo

y*

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Como pode-se observar na figura anterior, a curva de custo médio total de longo prazo é a junção das curvas de custo total médio de curto prazo que minimiza o custo para cada nível de produção (y*).

Isso ocorre porque no longo prazo, como todos os fatores de produção são variáveis, a firma pode escolher o seu tamanho (escala) de forma a garantir o menor custo de operação.

Formatos das Curvas de Custos

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Seção 6

2020/1 29

A curva de Custo total médio de longo prazo mostra trechos onde existem economias de escala e outros em que existem deseconomias de escala.

Economias de escala ocorrem quando o custo médio de produção se reduz à medida que a quantidade produzida aumenta. De outra forma, a quantidade dobra e o custo menos do que dobra.

Deseconomias de escala ocorrem quando o custo médio de produção aumenta à medida que a quantidade produzida aumenta. De outra forma, a quantidade dobra e o custo mais do que dobra.

Por último, pode existir trechos onde existem retornos constantes de escala, em que o CTM mantém-se constante com o aumento da produção. De outra forma, a quantidade dobra e o custo também dobra.

Economias de Escala

(30)

Bibliografia

Básica:

—Mankiw, G. M. Princípios de Microeconomia. São Paulo: Thomson, 2005.

Cap. 13 ao 17.

—Hall, R.; M. Lieberman.

Microeconomia: princípios e aplicações. São Paulo:

Thomson, 2003.

Referências

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