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CURSO DE ENFERMAGEM P/ O CONCURSO DA REDE SARAH AULA Nº 3 PARTE II ALEITAMENTO MATERNO

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Academic year: 2022

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Equipe Professor Rômulo Passos | 2015

C URSO DE E NFERMAGEM P / O C ONCURSO DA R EDE S ARAH

A

ULA Nº

3 P

ARTE

II A

LEITAMENTO

M

ATERNO

(2)

Aula 3 – Parte II – Aleitamento Materno.

Amigo(a)!

Os assuntos imunização e aleitamento materno são os mais incidentes do tema Saúde da Criança nas provas de concurso.

A prova do Sarah é muito abrangente, explora um pouco de tudo, por isso, você deve se dedicar muito. Nossas aulas são extensas, apesar de procurarmos ser o mais sucintos possível.

Publicaremos a 3ª parte da aula de saúde da criança no decorrer desta semana. Ainda hoje, disponibilizaremos a 4ª aula sobre Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica.

Profº. Rômulo Passos Profº. Dimas Silva

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1 - Alimentação Infantil

Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe.

Amigo(a), vamos conhecer as definições de aleitamento materno adotadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e reconhecidas no mundo inteiro.

O aleitamento materno costuma ser classificado em: (1) exclusivo, (2) predominante, (3) aleitamento materno, (4) complementado, (5) misto ou parcial.

1. Aleitamento materno exclusivo. Quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com

exceção

de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos;

2. Aleitamento materno predominante. Quando a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões), sucos de frutas e fluidos rituais;

3. Aleitamento materno. Quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos;

4. Aleitamento materno complementado. Quando a criança recebe, além do leite materno, qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementá- lo, e não de substituí-lo. Nessa categoria a criança pode receber, além do leite materno, outro tipo de leite, mas este não é considerado alimento complementar;

5. Aleitamento materno misto ou parcial. Quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos ou mais.

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Vejamos agora uma questão sobre o tema:

1. (HU-UFMG/EBSERH/Instituto AOCP/2014) É muito importante conhecer e utilizar as definições de aleitamento materno adotadas pela Organização Mundial da Saúde e reconhecidas no mundo inteiro. Desse modo, o aleitamento materno (AM) costuma ser classificado em:

a) AM livre demanda, AM exclusivo, AM, AM complementar e AM suplementado.

b) AM livre demanda, AM predominante, AM complementado e AM misto ou parcial.

c) AM exclusivo, AM predominante, AM, AM complementado e AM misto ou parcial.

d) AM exclusivo, AM complementar, AM misto ou parcial e AM suplementado.

e) AM exclusivo, AM e AM misto ou parcial.

COMENTÁRIOS:

A partir do exposto anteriormente, verificamos que o gabarito é a letra C.

Não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança.

Os principais benefícios do aleitamento materno para o bebê são:

Diminuição de morbidade, especificamente relacionada a INFECÇÕES como:

meningite bacteriana, bacteremia,

diarreia

,

infecção

no

trato respiratório

, enterocolite necrosante, otite média, infecção do trato urinário e sepse de início tardio em recém-nascidos pré-termo.

 Alguns estudos sugerem diminuição das taxas de morte súbita do lactente.

Redução de hospitalizações: o aleitamento materno reduz o risco de hospitalização por vírus sincicial respiratório (VSR) e pneumonia.

Redução de alergias:

O aleitamento materno exclusivo reduz o risco de asma e de sibilos recorrentes;

O aleitamento materno protege contra o desenvolvimento de dermatite atópica;

A exposição a pequenas doses de leite de vaca durante os primeiros dias de vida parece aumentar o risco de alergia ao leite de vaca, mas não afeta a incidência de doenças atópicas no futuro;

Aleitamento materno exclusivo

seis meses

Aleitamento materno complementado

até os dois anos ou mais.

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Os efeitos benéficos do aleitamento materno observados em todas as crianças são particularmente evidentes em crianças com história familiar de doenças atópicas.

Redução da obesidade.

Diminuição do risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes.

 Melhor nutrição.

 Efeito positivo no desenvolvimento intelectual.

 Melhor desenvolvimento da cavidade bucal.

São muitas vantagens, nobre concurseiro a)!

Destacamos também que o INÍCIO PRECOCE do aleitamento materno sem restrições:

- Diminui a perda de peso inicial do recém-nascido;

- Favorece a recuperação mais rápida do peso de nascimento;

- Promove uma “descida do leite” mais rápida;

- Aumenta a duração do aleitamento materno;

- Estabiliza os níveis de glicose do recém-nascido;

- Diminui a incidência de hiperbilirrubinemia; e - Previne ingurgitamento mamário.

Os principais benefícios do aleitamento materno para a mãe são:

• Involução uterina mais rápida e redução na hemorragia uterina pós-parto, devido à liberação de ocitocina.

• Perda mais rápida do peso acumulado na gestação.

• Auxílio no aumento do intervalo entre as gestações.

• Maior interação mãe-bebê.

• Benefício relativo aos aspectos econômicos, uma vez que o leite materno não tem custos.

• Praticidade, pois o leite materno está sempre pronto para ser consumido.

• Diminuição do risco de câncer de mama e ovário.

De acordo com o Ministério da Saúde, a amamentação é um excelente método anticoncepcional nos primeiros seis meses após o parto (98% de eficácia), desde que a mãe esteja amamentando exclusiva ou predominantemente e ainda não tenha menstruado. Dessa forma, a amamentação pode ser considerada um método natural eficaz de planejamento familiar.

(6)

São poucas as situações em que pode haver indicação para a substituição parcial ou total do leite materno.

Fiquem atentos, pois essa parte do tema é recorrente em concursos públicos.

Nas seguintes situações, o ALEITAMENTO MATERNO não deve ser recomendado (

interrupção permanente

):

Já nas seguintes situações maternas, recomenda-se a

interrupção temporária

da amamentação:

Interrupção Temporária da Amamentação

Infecção

herpética

 Quando há vesículas localizadas na pele da mama. A amamentação deve ser mantida na mama sadia.

Varicela

 Se a mãe apresentar vesículas na pele cinco dias antes do parto ou até dois dias após o parto, recomenda-se o isolamento da mãe até que as lesões adquiram a forma de crosta. A criança deve receber imunoglobulina humana antivaricela zoster (Ighavz), que deve ser administrada em até 96 horas do nascimento, devendo ser aplicada o mais precocemente possível.

Doença de Chagas

 Na fase aguda da doença ou quando houver sangramento mamilar evidente.

Abscesso mamário

Até que ele tenha sido drenado e a antibioticoterapia iniciada. A amamentação deve ser mantida na mama sadia.

Consumo de drogas de

abuso

 Recomenda-se a interrupção temporária do aleitamento materno, com ordenha do leite, que deve ser desprezado. O tempo recomendado de interrupção da amamentação varia dependendo da droga. Ex.: Após 24 horas para maconha, cocaína, crak e 48 horas para o LSD.

I

• Mães infectadas pelo HIV;

II

• Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2 (vírus linfotrópico humano de linfócitos T);

III

• Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação, podendo ser containdicação absoluta ou relativa, a depender do medicamento;

IV

Criança portadora de galactosemia, doença do xarope de bordo e fenilcetonúria.

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Amigo(a), é importante destacar que, em todos os casos referidos na tabela acima, deve- se estimular a produção do leite com ordenhas regulares e frequentes, até que a mãe possa amamentar o seu filho.

Atenção! Nas seguintes condições maternas, o aleitamento não deve ser contraindicado: tuberculose, hanseníase, hepatites B e C, consumo de cigarro e álcool. Todavia, alguns cuidados específicos para cada uma dessas situações devem ser tomados.

Em caso de consumo abusivo de drogas, recomenda-se a interrupção temporária do aleitamento materno, com ordenha do leite, que deve ser desprezado. O tempo recomendado de interrupção da amamentação varia dependendo da droga (ver tabela abaixo).

Recomendação quanto ao tempo de interrupção do aleitamento materno após o consumo de drogas de abuso

Drogas Período recomendado de interrupção da amamentação Anfetamina, ecstasy de 24 a 36 horas.

Cocaína, crack, Heroína, morfina, Maconha

24 horas.

LSD, Barbitúricos 48 horas.

Etanol (álcool) 1 hora por dose ou até a mãe estar sóbria.

Fenciclidina de 1 a 2 semanas.

O Ministério da Saúde recomenda a interrupção temporária do aleitamento materno por um período de 24horas após o consumo, pela mãe, de maconha, crack, heroína, morfina ou cocaína.

2. (HULW-UFPB/EBSERH/Instituto AOCP/2014) No caso de infecção herpética com vesículas localizadas na pele de apenas uma das mama, a orientação sobre a amamentação é a) contraindicar absolutamente a amamentação.

b) interromper temporariamente o aleitamento materno, com ordenha do leite de ambas as mamas, que deve ser desprezado, até cicatrização das vesículas.

c) interromper a amamentação até início de antimicrobiano específico a esta bactéria.

d) manter a amamentação em ambas as mamas.

e) manter a amamentação na mama sadia.

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COMENTÁRIOS:

O gabarito da questão é a letra E, pois na infecção herpética, quando há vesículas localizadas na pele da mama. A amamentação deve ser mantida na mama sadia.

3. (HU-UFES/EBSERH/AOCP/2014/CM) O aleitamento materno exclusivo, sob livre demanda, é recomendado até, no mínimo, o sexto mês de vida do bebê. No entanto, pelo Ministério da Saúde, há contraindicação da amamentação na seguinte condição materna:

a) Hepatite B, com vacina e a administração de imunoglobulina específica (HBIG) após o nascimento.

b) Hanseníase, em tratamento com Rifampicina.

c) Hepatite C, com ausência de fissuras mamilares.

d) Infecção herpética, com vesículas nas mamas.

e) Abcesso mamário unilateral, não drenado.

COMENTÁRIOS:

Bravo (a) concurseiro (a), essa é uma das questões recorrentes em concursos públicos!

Observe que são poucas as situações em que pode haver indicação para a substituição parcial ou total do leite materno.

Vamos analisar as alternativas da questão, a qual pede aquela que apresenta uma contraindicação da amamentação. Observe que a questão não especificou se é uma contraindicação permanente ou temporária, então podemos encontrar uma das duas nas assertivas abaixo.

Item A. Incorreta. Hepatite B, com vacina e a administração de imunoglobulina específica (HBIG) após o nascimento não é contraindicação, pois a vacina e a administração de imunoglobulina específica (HBIG) após o nascimento praticamente eliminam qualquer risco teórico de transmissão da doença via leite materno.

Item B. Incorreto. Hanseníase, em tratamento com Rifampicina. A Hanseníase por se tratar de doença cuja transmissão depende de contato prolongado da criança com a mãe sem tratamento, e considerando que a primeira dose de Rifampicina é suficiente para que a mãe não seja mais bacilífera, deve-se manter a amamentação e iniciar tratamento da mãe.

Item C. Incorreto. Hepatite C, com ausência de fissuras mamilares. A prevenção de fissuras mamilares em lactantes HCV positivas é importante, uma vez que não se sabe se o contato da criança com sangue materno favorece a transmissão da doença.

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Item D. Correto. Infecção herpética, com vesículas nas mamas. De acordo com o Ministério da Saúde, vimos que é uma contraindicação temporária quando há vesículas localizadas na pele da mama. Sendo que a amamentação deve ser mantida na mama sadia.

Item E. Incorreto. Abcesso mamário unilateral, não drenado. É recomendada a interrupção da amamentação na mama afetada até que o abscesso tenha sido drenado e a antibioticoterapia iniciada. Mas, deve manter a amamentação na mama sadia.

O gabarito da questão dado pela banca organizadora foi a letra D, sendo que essa questão poderia ter sido anulada, pois tanto o item D quanto o item E, trazem uma contraindicação temporária na mama afetada, sendo mantida a amamentação na mama sadia.

Dentre a alternativa D e E, a melhor resposta realmente é a letra D, pois descreve uma situação que a interrupção da amamentação deve ser feita nas duas mamas, enquanto que a situação descrita na letra E, a interrupção deverá ser feita apenas em uma mama.

O leite de vaca “in natura”, integral, em pó ou fluido não é considerado alimento apropriado para crianças menores de um ano, pelo risco de anemia, além de apresentar várias inadequações na sua composição. Esse leite deve ser diluído em água e acrescido de pequena porção de óleo comestível até os quatro meses de idade.

O consumo regular do leite de vaca integral por crianças menores de 1 ano pode também acarretar a sensibilização precoce da mucosa intestinal dos lactentes e induzir neles a hipersensibilidade às proteínas do leite de vaca, predispondo-os ao surgimento de doenças alérgicas e de micro-hemorragias na mucosa intestinal, o que contribui ainda mais para o aumento da deficiência de ferro.

Para as crianças não amamentadas, deve-se oferecer água nos intervalos entre as refeições de leite.

A alternativa mais indicada de alimentação de crianças menores de 1 anos que não podem amamentar é a utilização de fórmulas infantis especiais, a exemplo do leite NAN 1.

Quando não for possível, pode ser utilizado o leite de vaca em pó ou fluido de forma diluída. O custo elevado das fórmulas infantis possibilita que o consumo de leite de vaca no Brasil seja elevado nos primeiros seis meses de vida. Assim, o leite de vaca deve ser diluído até os 4 meses de idade da criança por causa do excesso de proteína e eletrólitos, que fazem

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sobrecarga renal sobre o organismo do lactente.

Para melhorar a densidade energética, a opção é preparar o leite com 3% de óleo (1 colher de chá de óleo para cada 100 ml de leite de vaca). O carboidrato fica reduzido, mas a energia é suprida e não é necessária a adição de açúcares e farinhas, que não são aconselhados para crianças menores de 24 meses.

Em síntese, temos que o leite diluído deve ser acrescido de óleo, ou seja, 1 colher de chá de óleo para cada 100ml de leite, até a criança completar 4 meses.

Após o bebê completar 4 meses de idade, o leite integral líquido não deverá ser diluído e nem acrescido do óleo, já que nessa idade a criança receberá outros alimentos.

Nos primeiros dias, o leite materno é chamado colostro, que contém mais proteínas e menos gorduras do que o leite maduro, que passa a ser secretado a partir do sétimo ao décimo dia pós-parto.

A principal proteína do leite materno é a lactoalbumina e a do leite de vaca é a caseína, de difícil digestão para a espécie humana.

Apesar de a alimentação variar enormemente, o leite materno, surpreendentemente, apresenta composição semelhante para todas as mulheres que amamentam do mundo.

Apenas as com desnutrição grave podem ter o seu leite afetado na sua qualidade e quantidade.

O volume de leite produzido na lactação já estabelecida varia de acordo com a demanda da criança. Em média, uma mulher amamentando EXCLUSIVAMENTE produz 800 ml de leite por dia. No entanto, a capacidade de produção de leite das mulheres costuma ser maior que as necessidades de seus filhos, o que explica a possibilidade de amamentação

Leite Materno

Colostro rico em proteinas

Maduro

(a partir do 7º ao 10º dia pós-parto)

rico em gorduras

Principal Proteina

leite materno lactoalbumina

leite de vaca caseina

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exclusiva de gêmeos e o leite extra produzido pelas mulheres que doam leite humano aos bancos de leite.

O leite humano possui numerosos fatores imunológicos que protegem a criança contra infecções. A IgA secretória é o principal anticorpo, atuando contra microorganismos presentes nas superfícies mucosas.

A concentração de gordura no leite aumenta no decorrer de uma mamada. Assim, o leite do final da mamada (chamado leite posterior) é mais rico em energia (calorias) e sacia melhor a criança, daí a importância de a criança esvaziar bem a mama.

O esvaziamento das mamas é importante também para o ganho adequado de peso do bebê e para a manutenção da produção de leite suficiente para atender às demandas do bebê.

Quando o bebê pega a mama adequadamente – o que requer uma abertura ampla da boca, abocanhando não apenas o mamilo, mas também parte da aréola –, forma-se um lacre perfeito entre a boca e a mama, garantindo a formação do vácuo, indispensável para que o mamilo e a aréola se mantenham dentro da boca do bebê.

Figura - Pega adequada ou boa pega (Brasil, 2009).

A má pega dificulta o esvaziamento da mama, levando a uma diminuição da produção do leite.

Figura - Pega inadequada ou má pega (Brasil, 2009).

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Além de dificultar a retirada do leite, a má pega machuca os mamilos. Quando o bebê tem uma boa pega, o mamilo fica em uma posição dentro da boca da criança que o protege da fricção e compressão, prevenindo, assim, lesões mamilares.

Figura - Posição adequada da mãe na amamentação (Brasil, 2009).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca quatro pontos-chave que caracterizam o posicionamento e pega adequados.

Pontos-chave do

POSICIONAMENTO adequado

• Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo;

• Corpo do bebê próximo ao da mãe;

• Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido);

• Bebê bem apoiado.

Pontos-chave da PEGA adequada

• Mais aréola visível acima da boca do bebê;

• Boca bem aberta;

• Lábio inferior virado para fora;

• Queixo tocando a mama.

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Para entender melhor, recomendo o seguinte vídeo sobre o processo de amamentação (http://www.youtube.com/watch?v=TH-mepjCGa4).

Vejamos agora questões sobre o tema:

4. (HU-UFMG/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Recém-nascido a termo, internado em alojamento conjunto, durante a amamentação, é posicionado com o rosto de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo, corpo próximo ao da mãe, com cabeça e tronco alinhados, bem apoiado no colo da mãe; na pega, a aréola é visível acima da boca do bebê, que está com a boca bem aberta, lábio inferior virado para dentro e queixo sem tocar a mama; as bochechas do bebê encovadas a cada sucção. Diante desse caso, é correto afirmar que:

a) a mãe está com as mamas ingurgitadas e possui bico do seio introvertido.

b) o posicionamento e a pega do recém-nascido estão adequados.

c) o posicionamento e a pega do recém-nascido estão inadequados.

d) o posicionamento do recém-nascido está inadequado e a pega adequada.

e) o posicionamento do recém-nascido está adequado e a pega inadequada.

COMENTÁRIOS:

É possível observar que o posicionamento está correto, mas a pega está inadequada, pois se encontra com o lábio inferior virado para dentro e queixo sem tocar a mama; as bochechas do bebê encovadas a cada sucção. Verificamos que o correto é lábio inferior virado para fora; queixo tocando a mama, entre as demais características que foi estudada.

Assim, a questão correta é a letra E. Mas, foi anulada pela AOCP. Veja abaixo a justificativa da banca:

“JUSTIFICATIVA: Prezados Candidatos, em resposta aos recursos interpostos para esta questão, temos a esclarecer que a mesma será anulada, tendo em vista que há controvérsias nas publicações do Ministério da saúde quanto ao posicionamento e pega do recém-nascido durante o aleitamento materno (Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica no 33, Saúde da Criança:

crescimento e desenvolvimento. Brasília, DF; 2012. Ministério da Saúde. Saúde da Criança:

Nutrição infantil e – aleitamento materno e alimentação complementar. Brasília, DF; 2009).

Portanto, recurso deferido”

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(Prefeitura de São Carlos-SP/VUNESP/2011-Adaptada) Em palestra de educação para gestantes, são levantadas dúvidas em relação à sucção, posicionamento da mãe e do bebê e sintomas durante a amamentação. Acerca das orientações e esclarecimentos que o enfermeiro deve fazer, julgue os itens a seguir.

Questão 5. A pega do mamilo é suficiente desde que o bebê faça movimentos para baixo, para frente, para cima e para trás.

COMENTÁRIOS:

O bebê deve abocanhar, além do mamilo, parte da aréola (aproximadamente 2 cm além do mamilo). É importante lembrar que o bebê retira o leite comprimindo os seios lactíferos com as gengivas e a língua. Assim, a questão está incorreta.

Questão 6. A posição adequada do bebê para a sucção é de boca bem aberta com o lábio inferior virado para fora.

COMENTÁRIOS:

Os lábios do bebê devem estar curvados para fora, formando um lacre. Para visualizar o lábio inferior do bebê, muitas vezes é necessário pressionar a mama com as mãos. Dessa forma, a questão apresenta-se correta.

Questão 7. Os dedos da mãe devem ser colocados em forma de tesoura a fim de facilitar a saída do leite.

COMENTÁRIOS:

A mãe deve segurar a mama de maneira que a aréola fique livre. Não se recomenda que os dedosda mãe sejam colocadosem forma de tesoura, pois dessa maneira podem servir de obstáculo entre a boca do bebê e a aréola. Portanto, a questão está errada.

Questão 8. As bochechas devem estar encovadas na sucção e que os ruídos da língua são esperados durante o processo.

COMENTÁRIOS:

Os seguintes sinais são indicativos de técnica inadequada de amamentação:

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As bochechas encovadas na sucção e os ruídos da língua são indicativos de técnica inadequada de amamentação. Por isso, a questão está incorreta.

Questão 9. A dor e a deformação das mamas são esperadas durante a sucção.

COMENTÁRIOS:

A mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada e a dor na amamentação são indicativos de técnica inadequada de amamentação. Logo, a questão está incorreta.

Após os seis meses, a criança amamentada deve receber três refeições ao dia (duas papas de fruta e uma papa salgada1/comida de panela). Após completar sete meses de vida, respeitando-se a evolução da criança, a segunda papa salgada/comida de panela pode ser introduzida (arroz, feijão, carne, legumes e verduras).

1 É importante salientar que o objetivo do uso do termo “papa salgada" não é adjetivar a expressão, induzindo ao entendimento de que a papa tenha muito sal. Como exemplo desse tipo de papa, temos a mistura de carne com legumes.

I • Bochechas do bebê encovadas a cada sucção;

II • Ruídos da língua;

III

• Mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada;

IV

• Mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a mama;

V • Dor na amamentação.

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Entre os seis aos 12 meses de vida, a criança necessita se adaptar aos novos alimentos, cujos sabores, texturas e consistências são muito diferentes do leite materno. Durante essa fase, não é preciso se preocupar com a quantidade de comida ingerida; o mais importante é proporcionar introdução lenta e gradual dos novos alimentos para que a criança se acostume aos poucos.

A título de exemplo, apresentaremos, no quadro a seguir, uma proposta de esquema alimentar para crianças menores de dois anos de idade, elaborado a partir das recomendações do Ministério da Saúde (2009). Esse esquema não é rígido, apenas serve de guia para a orientação das mães quanto à época e frequência de introdução da alimentação complementar.

Esquema alimentar para crianças menores de dois anos que estão em aleitamento materno

Após completar 6 meses Após completar 7 meses Após completar 12 meses

Aleitamento materno sob livre demanda

1 papa de frutas no meio da manhã

1 papa salgada no final da manhã

1 papa de frutas no meio da tarde

Aleitamento materno sob livre demanda

1 papa de frutas no meio da manhã

1 papa salgada no final da manhã

1 papa de frutas no meio da tarde

1 papa salgada no final da tarde

Aleitamento materno sob livre demanda

1 refeição pela manhã (pão, fruta com aveia)

1 fruta

1 refeição básica da família no final da manhã

1 fruta

1 refeição básica da família no final da tarde

O Programa Nacional de Suplementação de Ferro destina-se à suplementação preventiva de todas as crianças de 6 a 18 meses com ferro; gestantes a partir da 20ª semana

Esquema alimentar de crianças menores de 2 anos que amamentam

até o sexto

mês aleitamento materno exclusivo.

após o sexto

mês aleitamento + duas papas de fruta e uma papa salgada/comida de panela.

após o sétimo

mês aleitamento + duas papas de fruta e duas papa salgada/comida de panela.

após um ano aleitamento + três refeições principais da familia e lanches nutritivos.

(17)

gestacional com ferro e ácido fólico e mulheres até o terceiro mês pós-parto e pós-aborto com ferro.

O leite de mães de recém-nascidos prematuros é diferente do de mães de bebês a termo.

O leite materno do RN prematuro possui

maior

teor de proteína, lipídeos e calorias, atendendo à maior necessidade de crescimento do pré-termo.

O leite materno pode ser conservado em geladeira por 12 horas e, no freezer ou congelador, por 15 dias.

10. (Prefeitura de Ponta Grossa-PR/2011/ESF-FAFIPA) Após o retorno ao trabalho, a Nutriz deve, durante as horas do trabalho, esvaziar as mamas por meio de ordenha e guardar o leite em geladeira. Levar para casa e oferecer à criança no mesmo dia ou no dia seguinte, ou congelar. Assim, a orientação para conservação do leite cru é:

a) em geladeira por 48 horas e, no freezer ou congelador, por 7 dias.

b) em geladeira por 72 horas e, no freezer ou congelador por 20 dias.

c) em geladeira por 2 horas e, no freezer ou congelador, por 5 dias.

d) em geladeira por 12 horas e, no freezer ou congelador, por 15 dias.

e) em geladeira por 4 horas e, no freezer ou congelador, por 8 dias.

COMENTÁRIOS:

O leite materno pode ser conservado em geladeira por 12 horas e, no freezer ou congelador, por 15 dias. Logo, o gabarito da questão é a letra D.

Vejamos algumas questões complementares da Rede Sarah e outras bancas para finalizarmos essa parte da aula:

11. (Rede Sarah/2011) A amamentação é um ato importante e representa mais do que simplesmente alimentar. Consiste em uma prática que, além de nutrir, promove o vínculo afetivo entre mãe e filho e repercute na habilidade da criança de se defender de infecções, além de influenciar em sua fisiologia e em seu desenvolvimento cognitivo e emocional.

Contemplam as repercussões do aleitamento materno em curto, médio e longo prazo as seguintes alternativas, exceto:

a) Melhoria da qualidade de vida, tendo em vista que as crianças amamentadas adoecem menos, precisam de menos atendimento médico, hospitalizações e medicamentos.

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b) Proteção contra doenças cardiovasculares como hipertensão arterial sistêmica e infarto agudo do miocárdio.

c) Proteção contra a obesidade, evidenciada por estudos que comprovam menor frequência de sobrepeso ou obesidade em crianças que foram amamentadas.

d) Promoção do crescimento pelo fato de o leite materno apresentar todos os nutrientes essenciais para o crescimento da criança, além de ser mais bem digerido quando comparado ao leite de vaca, por exemplo. Esses benefícios fazem com que o crescimento das crianças amamentadas seja utilizado como padrão.

e) Proteção contra alergias, como as relacionadas ao consumo de leite de vaca, dermatite atópica e outros tipos de alergias.

COMENTÁRIOS:

Não há relação entre o aleitamento materno e a proteção contra doenças cardiovasculares como hipertensão arterial sistêmica e infarto agudo do miocárdio. Por isso, a alternativa incorreta é a letra B. Essa questão é facilmente resolvida pelo bom senso.

12. (HULW-UFPB/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Além da IgA, o leite materno contém outros fatores de proteção, que favorecem o crescimento de

a) Shigella.

b) Lactobacilus bifidus.

c) Salmonella.

d) Escherichia coli.

e) Enterococcus faecalis.

COMENTÁRIOS:

Além da IgA, o leite materno contém outros fatores de proteção, que favorecem o crescimento do Lactobacilus bifidus, uma bactéria não patogênica que acidifica as fezes, dificultando a instalação de bactérias que causam diarréia, tais como Shigella, Salmonella e Escherichia coli.

O gabarito da questão é a letra B.

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13. (SES-ES/CESPE/2013) Acerca de aleitamento materno e da assistência do profissional de enfermagem à alimentação da criança, assinale a opção correta.

a) O bebê deve ser acordado a cada três horas para amamentar.

b) O leite cru (não pasteurizado) pode ser conservado em geladeira por até vinte e quatro horas, e, no freezer ou no congelador, por até quinze dias.

c) O leite materno é o único alimento recomendado para bebês de até seis meses de idade, por conter os nutrientes necessários ao seu bom desenvolvimento.

d) É necessário lavar o mamilo com água e sabão sempre que o bebê for mamar.

e) A melhor posição para amamentar é com o bebê na posição horizontal e com o pescoço estendido.

COMENTÁRIOS:

Vamos resolver a última questão dessa aula. O que vocês estão achando do nosso curso?

Item A. Recomenda-se que a criança seja amamentada sem restrições de horários e de tempo de permanência na mama. É o que se chama de amamentação em livre demanda. Nos primeiros meses, é normal que a criança mame com frequência e sem horários regulares.

Por isso, o bebê

não

deve ser acordado a cada três horas para amamentar.

Item B. O leite materno pode ser conservado em geladeira por

12

horas e, no freezer ou congelador, por 15 dias.

Item C. É evidente que o leite materno é o único alimento recomendado para bebês de até seis meses de idade, por conter os nutrientes necessários ao seu bom desenvolvimento.

Item D. Não é necessário lavar as mamas com água e sabão sempre antes de amamentar e nem aplicar lubrificante a base de óleo.

Item E. A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca quatro pontos-chave que caracterizam o posicionamento e pega adequados:

Pontos-chave do posicionamento adequado:

1. Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo;

2. Corpo do bebê próximo ao da mãe;

3. Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido);

4. Bebê bem apoiado.

(20)

Figura 5 - Posição adequada da mãe na amamentação (Brasil, 2009).

Vamos visualizar abaixo qual é a técnica de amamentação preconizada pelo Ministério da Saúde:

• A cabeça do bebê está no mesmo nível da mama da mãe e o queixo está tocando-a;

• A boca está bem aberta;

• O lábio inferior está virado para fora;

• As bochechas estão arredondadas (não encovadas) ou achatadas contra a mama;

• Vê-se pouco a aréola durante a mamada (mais a porção superior da aréola do que a inferior);

• A mama parece arredondada, não repuxada;

• As sucções são lentas e profundas: o bebê suga, dá uma pausa e suga novamente (sucção, deglutição e respiração);

• A mãe pode ouvir o bebê deglutindo;

• O corpo do bebê está totalmente voltado para o corpo da mãe (posição de barriga com barriga) e um dos braços está ao redor do corpo da mãe;

• A cabeça e o corpo do bebê estão alinhados;

• A mãe está sentada de forma confortável e relaxada.

(21)

Dessa forma, a melhor posição para amamentar

não

é com o bebê na posição horizontal e com o pescoço estendido.

Nesses termos, o gabarito da questão é a letra C.

14. (Prefeitura de Lagarto-SE/2011-AOCP) Assinale a alternativa INCORRETA no que diz respeito ao Aleitamento Materno.

a) As mulheres que amamentam devem ser encorajadas a ingerir líquidos em quantidades suficientes para saciar a sua sede. Entretanto, líquidos em excesso devem ser evitados, pois não aumentam a produção de leite.

b) No ingurgitamento mamário patológico pode ser recomendado compressas frias (ou gelo envolto em tecido), em intervalos regulares após ou nos intervalos das mamadas; em situações de maior gravidade, podem ser feitas de duas em duas horas.

c) O trauma mamilar, traduzido por eritema, edema, fissuras, bolhas, “marcas” brancas, amarelas ou escuras, é uma importante causa de desmame para sua prevenção e recomenda- se uso de protetores (intermediários) de mamilo.

d) Na mastite o sabor do leite materno costuma alterar-se, tornando-se mais salgado devido a um aumento dos níveis de sódio e uma diminuição dos níveis de lactose. Tal alteração de sabor pode ocasionar rejeição do leite pela criança.

e) No consumo de drogas de abuso recomenda-se interrupção temporária do aleitamento materno, com ordenha do leite, que deve ser desprezado. O tempo recomendado de interrupção da amamentação varia dependendo da droga.

COMENTÁRIOS:

Item A. Para aumentar a produção de leite, as seguintes medidas são úteis:

• Melhorar o posicionamento e a pega do bebê, quando não adequados;

• Aumentar a frequência das mamadas;

• Oferecer as duas mamas em cada mamada;

• Dar tempo para o bebê esvaziar bem as mamas;

• Trocar de mama várias vezes numa mamada se a criança estiver sonolenta ou se não sugar vigorosamente;

• Evitar o uso de mamadeiras, chupetas e protetores (intermediários) de mamilos;

• Consumir dieta balanceada;

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• Ingerir líquidos em quantidade suficiente (lembrar que líquidos em excesso não aumentam a produção de leite, podendo até diminuí-la);

• Repousar.

Item B. Se o ingurgitamento mamário patológico não pode ser evitado, recomendam- se as seguintes medidas:

• Ordenha manual da aréola, se ela estiver tensa, antes da mamada, para que ela fique macia, facilitando, assim, a pega adequada do bebê;

• Mamadas frequentes, sem horários preestabelecidos (livre demanda);

• Massagens delicadas das mamas, com movimentos circulares, particularmente nas regiões mais afetadas pelo ingurgitamento; elas fluidificam o leite viscoso acumulado, facilitando a retirada do leite, e são importantes estímulos do reflexo de ejeção do leite, pois promovem a síntese de ocitocina;

• Uso de analgésicos sistêmicos/antiinflamatórios. Ibuprofeno é considerado o mais efetivo, auxiliando também na redução da inflamação e do edema. Paracetamol ou Dipirona podem ser usados como alternativas;

• Suporte para as mamas, com o uso ininterrupto de sutiã com alças largas e firmes, para aliviar a dor e manter os ductos em posição anatômica;

• Compressas frias (ou gelo envolto em tecido), em intervalos regulares após ou nos intervalos das mamadas; em situações de maior gravidade, podem ser feitas de duas em duas horas.

Importante: o tempo de aplicação das compressas frias não deve ultrapassar 20 minutos devido

ao efeito rebote, ou seja, um aumento de fluxo sanguíneo para compensar a redução da temperatura local. As compressas frias provocam vasoconstrição temporária pela hipotermia, o que leva à redução do fluxo sanguíneo, com consequente redução do edema, aumento da drenagem linfática e menor produção do leite, devida à redução da oferta de substratos necessários à produção do leite;

• Se o bebê não sugar, a mama deve ser ordenhada manualmente ou com bomba de sucção.

O esvaziamento da mama é essencial para dar alívio à mãe, diminuir a pressão dentro dos alvéolos, aumentar a drenagem da linfa e do edema e não comprometer a produção do leite, além de prevenir a ocorrência de mastite.

Item C. Trauma mamilar, traduzido por eritema, edema, fissuras, bolhas, “marcas”

brancas, amarelas ou escuras, hematomas ou equimoses, é uma importante causa de desmame e, por isso, a sua prevenção é muito importante, o que pode ser conseguido com as seguintes medidas:

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• Amamentação com técnica adequada (posicionamento e pega adequados);

• Cuidados para que os mamilos se mantenham secos, expondo-os ao ar livre ou à luz solar e trocas frequentes dos forros utilizados quando há vazamento de leite;

• Não uso de produtos que retiram a proteção natural do mamilo, como sabões, álcool ou qualquer produto secante;

• Amamentação em livre demanda – a criança que é colocada no peito assim que dá os primeiros sinais de que quer mamar vai ao peito com menos fome, com menos chance de sugar com força excessiva;

• Evitar ingurgitamento mamário;

• Ordenha manual da aréola antes da mamada se ela estiver ingurgitada, o que aumenta a sua flexibilidade, permitindo uma pega adequada;

• Introdução do dedo indicador ou mínimo pela comissura labial (canto) da boca do bebê, se for preciso interromper a mamada, de maneira que a sucção seja interrompida antes de a criança ser retirada do seio;

Não

uso de protetores (intermediários) de mamilo,

pois eles, além de não serem eficazes, podem ser a causa do trauma mamilar.

As lesões mamilares são muito dolorosas e, com frequência, são a porta de entrada para bactérias. Por isso, além de corrigir o problema que está causando a dor mamilar (na maioria das vezes a má pega), faz-se necessário intervir para aliviar a dor e promover a cicatrização das lesões o mais rápido possível.

Em primeiro lugar, podem-se sugerir as seguintes medidas de conforto, que visam a minimizar o estímulo aos receptores da dor localizados na derme do mamilo e da aréola:

• Início da mamada pela mama menos afetada;

• Ordenha de um pouco de leite antes da mamada, o suficiente para desencadear o reflexo de ejeção de leite, evitando dessa maneira que a criança tenha que sugar muito forte no início da mamada para desencadear o reflexo;

• Uso de diferentes posições para amamentar, reduzindo a pressão nos pontos dolorosos ou áreas machucadas;

• Uso de “conchas protetoras” (alternativamente pode-se utilizar um coador de plástico pequeno, sem o cabo) entre as mamadas, eliminando o contato da área machucada com a roupa. Esse artifício, no entanto, favorece a drenagem espontânea de leite, o que torna o tecido aréolo-mamilar mais vulnerável a macerações. Por isso, essa recomendação deve ser

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avaliada em cada caso, pesando-se os riscos e os benefícios;

• Analgésicos sistêmicos por via oral se houver dor importante.

É importante ressaltar que limitar a duração das mamadas não tem efeito na prevenção ou tratamento do trauma mamilar.

Têm sido utilizados dois tipos de tratamento para acelerar a cicatrização das lesões mamilares: tratamento seco e tratamento úmido. O tratamento seco (banho de luz, banho de sol, secador de cabelo), bastante popular nas últimas décadas, não tem sido mais recomendado porque acredita-se que a cicatrização de feridas é mais eficiente se as camadas internas da epiderme (expostas pela lesão) se mantiverem úmidas.

Por isso, atualmente tem-se recomendado o tratamento úmido das lesões mamilares, com o objetivo de formar uma camada protetora que evite a desidratação das camadas mais profundas da epiderme. Para isso, pode-se recomendar o uso do próprio leite materno ordenhado nas fissuras. É preciso ter cautela ao recomendar cremes, óleos e loções, pois eles podem causar alergias e, eventualmente, causar obstrução de poros lactíferos.

O trauma mamilar, traduzido por eritema, edema, fissuras, bolhas, “marcas” brancas, amarelas ou escuras, é uma importante causa de desmame para sua prevenção e recomenda- se uso de protetores (intermediários) de mamilo.

Item D. Mastite é um processo inflamatório de um ou mais segmentos da mama (o mais comumente afetado é o quadrante superior esquerdo), geralmente unilateral, que pode progredir ou não para uma infecção bacteriana. Ela ocorre mais comumente na segunda e terceira semanas após o parto e raramente após a 12ªsemana. A estase do leite é o evento inicial da mastite e o aumento de pressão intraductal causado por ela leva ao achatamento das células alveolares e formação de espaços entre as células.

Nem sempre é fácil distinguir a mastite infecciosa da não-infecciosa apenas pelos sinais e sintomas. Em ambas, a parte afetada da mama encontra-se dolorosa, vermelha, edemaciada e quente. Quando há infecção, costuma haver mal-estar importante, febre alta (acima de 38ºC) e calafrios.

O sabor do leite materno costuma alterar-se nas mastites, tornando-se mais salgado devido a um aumento dos níveis de sódio e uma diminuição dos níveis de lactose. Tal alteração de sabor pode ocasionar rejeição do leite pela criança.

A produção do leite pode ser afetada na mama comprometida, com diminuição do

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volume secretado durante o quadro clínico, bem como nos dias subsequentes. Isso se deve à diminuição de sucção da criança na mama afetada, diminuição das concentrações de lactose ou dano do tecido alveolar.

As medidas de prevenção da mastite são as mesmas do ingurgitamento mamário, do bloqueio de ductos lactíferos e das fissuras, bem como manejo precoce desses problemas.

Mastite

Figura - Mastite (Brasil, 2009).

O tratamento da mastite deve ser instituído o mais precocemente possível, pois sem o tratamento adequado e em tempo oportuno a mastite pode evoluir para abscesso mamário, uma complicação grave. O tratamento inclui os seguintes componentes:

Esvaziamento adequado da mama: esse é o componente mais importante do tratamento da mastite. Preferencialmente a mama deve ser esvaziada pelo próprio recém- nascido, pois, apesar da presença de bactérias no leite materno, quando há mastite, a manutenção da amamentação está indicada por não oferecer riscos ao recém-nascido a termo sadio. A retirada manual do leite após as mamadas pode ser necessária se não houve um esvaziamento adequado;

• Antibioticoterapia: indicada quando houver sintomas graves desde o início do quadro, fissura mamilar e ausência de melhora dos sintomas após 12–24 horas da remoção efetiva do leite acumulado.

As opções são: Cefalexina 500mg, por via oral, de seis em seis horas, Amoxicilina 500 mg ou Amoxicilina associada ao Ácido Clavulânico (500mg/125mg), por via oral, de oito em oito horas. Em pacientes alérgicas a essas drogas, está indicada a Eritromicina 500mg, por via oral, de seis em seis horas. Em todos os casos, os antibióticos devem ser utilizados por, no mínimo, 10 dias, pois tratamentos mais curtos apresentam alta incidência de recorrência;

Se não houver regressão dos sintomas após 48 horas do início da antiobioticoterapia, deve ser

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considerada a possibilidade de abscesso mamário e de encaminhamento para unidade de referência, para eventual avaliação diagnóstica especializada e revisão da antibioticoterapia.

Diante dessa situação, é importante que o profissional agende retorno da mãe à unidade de saúde e que a unidade ofereça acesso sob demanda espontânea, para garantir a continuidade do cuidado;

• Suporte emocional: esse componente do tratamento da mastite é muitas vezes negligenciado, apesar de ser muito importante, pois essa condição é muito dolorosa, com comprometimento do estado geral;

• Outras medidas de suporte: repouso da mãe (de preferência no leito); analgésicos ou antiinflamatórios não-esteróides, como ibuprofeno; líquidos abundantes; iniciar a amamentação na mama não afetada; e usar sutiã bem firme.

Item E. Nas seguintes situações maternas, recomenda-se a interrupção temporária da amamentação:

Situações maternas em que se recomenda a interrupção temporária da amamentação

Infecção herpética

Quando há vesículas localizadas na pele da mama. A amamentação deve ser mantida na mama sadia.

Varicela

Se a mãe apresentar vesículas na pele cinco dias antes do parto ou até dois dias após o parto, recomenda-se o isolamento da mãe até que as lesões adquiram a forma de crosta. A criança deve receber imunoglobulina humana antivaricela zoster (Ighavz), que deve ser administrada em até 96 horas do nascimento, devendo ser aplicada o mais precocemente possível.

Doença de Chagas

Na fase aguda da doença ou quando houver sangramento mamilar evidente.

Abscesso mamário

Até que ele tenha sido drenado e a antibioticoterapia iniciada. A amamentação deve ser mantida na mama sadia.

Consumo de drogas de abuso

Recomenda-se a interrupção temporária do aleitamento materno, com ordenha do leite, que deve ser desprezado. O tempo recomendado de interrupção da amamentação varia dependendo da droga. Ex.: Após 24 horas para maconha, cocaína, crak e 48 horas para o LSD.

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Amigoa), é importante destacar que em todos os referidos casos deve-se estimular a produção do leite com ordenhas regulares e frequentes, até que a mãe possa amamentar o seu filho.

Verificamos que a letra C é a única alternativa errada.

15. (Prefeitura de Vitória da Conquista-BA/AOCP/2013) O aleitamento materno está contra indicado na seguinte situação:

a) Tuberculose.

b) Hanseníase.

c) Hepatite B.

d) Dengue.

e) Medicações antineoplásicas.

COMENTÁRIOS:

São poucas as situações em que pode haver indicação para a substituição parcial ou total do leite materno. Nas seguintes situações o aleitamento materno não deve ser recomendado:

• Mães infectadas pelo HIV;

• Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2;

• Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação. Alguns fármacos são citados como contraindicações absolutas ou relativas ao aleitamento, como por exemplo os

antineoplásicos

e radiofármacos;

• Criança portadora de galactosemia, doença rara em que ela não pode ingerir leite humano ou qualquer outro que contenha lactose.

Atenção! Nas seguintes condições maternas, o aleitamento não deve ser contraindicado: dengue, tuberculose, hanseníase, hepatites B e C, consumo de cigarro e álcool. Todavia, alguns cuidados específicos para cada uma dessas situações devem ser tomados.

A partir do exposto, o gabarito da questão é a letra E.

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Lista de Questões

1. (HU-UFMG/EBSERH/Instituto AOCP/2014) É muito importante conhecer e utilizar as definições de aleitamento materno adotadas pela Organização Mundial da Saúde e reconhecidas no mundo inteiro. Desse modo, o aleitamento materno (AM) costuma ser classificado em:

a) AM livre demanda, AM exclusivo, AM, AM complementar e AM suplementado.

b) AM livre demanda, AM predominante, AM complementado e AM misto ou parcial.

c) AM exclusivo, AM predominante, AM, AM complementado e AM misto ou parcial.

d) AM exclusivo, AM complementar, AM misto ou parcial e AM suplementado.

e) AM exclusivo, AM e AM misto ou parcial.

2. (HULW-UFPB/EBSERH/Instituto AOCP/2014) No caso de infecção herpética com vesículas localizadas na pele de apenas uma das mama, a orientação sobre a amamentação é a) contraindicar absolutamente a amamentação.

b) interromper temporariamente o aleitamento materno, com ordenha do leite de ambas as mamas, que deve ser desprezado, até cicatrização das vesículas.

c) interromper a amamentação até início de antimicrobiano específico a esta bactéria.

d) manter a amamentação em ambas as mamas.

e) manter a amamentação na mama sadia.

3. (HU-UFES/EBSERH/AOCP/2014/CM) O aleitamento materno exclusivo, sob livre demanda, é recomendado até, no mínimo, o sexto mês de vida do bebê. No entanto, pelo Ministério da Saúde, há contraindicação da amamentação na seguinte condição materna:

a) Hepatite B, com vacina e a administração de imunoglobulina específica (HBIG) após o nascimento.

b) Hanseníase, em tratamento com Rifampicina.

c) Hepatite C, com ausência de fissuras mamilares.

d) Infecção herpética, com vesículas nas mamas.

e) Abcesso mamário unilateral, não drenado.

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4. (HU-UFMG/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Recém-nascido a termo, internado em alojamento conjunto, durante a amamentação, é posicionado com o rosto de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo, corpo próximo ao da mãe, com cabeça e tronco alinhados, bem apoiado no colo da mãe; na pega, a aréola é visível acima da boca do bebê, que está com a boca bem aberta, lábio inferior virado para dentro e queixo sem tocar a mama;

as bochechas do bebê encovadas a cada sucção. Diante desse caso, é correto afirmar que:

a) a mãe está com as mamas ingurgitadas e possui bico do seio introvertido.

b) o posicionamento e a pega do recém-nascido estão adequados.

c) o posicionamento e a pega do recém-nascido estão inadequados.

d) o posicionamento do recém-nascido está inadequado e a pega adequada.

e) o posicionamento do recém-nascido está adequado e a pega inadequada.

(Prefeitura de São Carlos-SP/VUNESP/2011-Adaptada) Em palestra de educação para gestantes, são levantadas dúvidas em relação à sucção, posicionamento da mãe e do bebê e sintomas durante a amamentação. Acerca das orientações e esclarecimentos que o enfermeiro deve fazer, julgue os itens a seguir.

Questão 5. A pega do mamilo é suficiente desde que o bebê faça movimentos para baixo, para frente, para cima e para trás.

Questão 6. A posição adequada do bebê para a sucção é de boca bem aberta com o lábio inferior virado para fora.

Questão 7. Os dedos da mãe devem ser colocados em forma de tesoura a fim de facilitar a saída do leite.

Questão 8. As bochechas devem estar encovadas na sucção e que os ruídos da língua são esperados durante o processo.

Questão 9. A dor e a deformação das mamas são esperadas durante a sucção.

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10. (Prefeitura de Ponta Grossa-PR/2011/ESF-FAFIPA) Após o retorno ao trabalho, a Nutriz deve, durante as horas do trabalho, esvaziar as mamas por meio de ordenha e guardar o leite em geladeira. Levar para casa e oferecer à criança no mesmo dia ou no dia seguinte, ou congelar. Assim, a orientação para conservação do leite cru é:

a) em geladeira por 48 horas e, no freezer ou congelador, por 7 dias.

b) em geladeira por 72 horas e, no freezer ou congelador por 20 dias.

c) em geladeira por 2 horas e, no freezer ou congelador, por 5 dias.

d) em geladeira por 12 horas e, no freezer ou congelador, por 15 dias.

e) em geladeira por 4 horas e, no freezer ou congelador, por 8 dias.

11. (Rede Sarah/2011) A amamentação é um ato importante e representa mais do que simplesmente alimentar. Consiste em uma prática que, além de nutrir, promove o vínculo afetivo entre mãe e filho e repercute na habilidade da criança de se defender de infecções, além de influenciar em sua fisiologia e em seu desenvolvimento cognitivo e emocional.

Contemplam as repercussões do aleitamento materno em curto, médio e longo prazo as seguintes alternativas, exceto:

a) Melhoria da qualidade de vida, tendo em vista que as crianças amamentadas adoecem menos, precisam de menos atendimento médico, hospitalizações e medicamentos.

b) Proteção contra doenças cardiovasculares como hipertensão arterial sistêmica e infarto agudo do miocárdio.

c) Proteção contra a obesidade, evidenciada por estudos que comprovam menor frequência de sobrepeso ou obesidade em crianças que foram amamentadas.

d) Promoção do crescimento pelo fato de o leite materno apresentar todos os nutrientes essenciais para o crescimento da criança, além de ser mais bem digerido quando comparado ao leite de vaca, por exemplo. Esses benefícios fazem com que o crescimento das crianças amamentadas seja utilizado como padrão.

e) Proteção contra alergias, como as relacionadas ao consumo de leite de vaca, dermatite atópica e outros tipos de alergias.

(31)

12. (HULW-UFPB/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Além da IgA, o leite materno contém outros fatores de proteção, que favorecem o crescimento de

a) Shigella.

b) Lactobacilus bifidus.

c) Salmonella.

d) Escherichia coli.

e) Enterococcus faecalis.

13. (SES-ES/CESPE/2013) Acerca de aleitamento materno e da assistência do profissional de enfermagem à alimentação da criança, assinale a opção correta.

a) O bebê deve ser acordado a cada três horas para amamentar.

b) O leite cru (não pasteurizado) pode ser conservado em geladeira por até vinte e quatro horas, e, no freezer ou no congelador, por até quinze dias.

c) O leite materno é o único alimento recomendado para bebês de até seis meses de idade, por conter os nutrientes necessários ao seu bom desenvolvimento.

d) É necessário lavar o mamilo com água e sabão sempre que o bebê for mamar.

e) A melhor posição para amamentar é com o bebê na posição horizontal e com o pescoço estendido.

14. (Prefeitura de Lagarto-SE/2011-AOCP) Assinale a alternativa INCORRETA no que diz respeito ao Aleitamento Materno.

a) As mulheres que amamentam devem ser encorajadas a ingerir líquidos em quantidades suficientes para saciar a sua sede. Entretanto, líquidos em excesso devem ser evitados, pois não aumentam a produção de leite.

b) No ingurgitamento mamário patológico pode ser recomendado compressas frias (ou gelo envolto em tecido), em intervalos regulares após ou nos intervalos das mamadas; em situações de maior gravidade, podem ser feitas de duas em duas horas.

c) O trauma mamilar, traduzido por eritema, edema, fissuras, bolhas, “marcas” brancas, amarelas ou escuras, é uma importante causa de desmame para sua prevenção e recomenda-se uso de protetores (intermediários) de mamilo.

d) Na mastite o sabor do leite materno costuma alterar-se, tornando-se mais salgado devido a

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um aumento dos níveis de sódio e uma diminuição dos níveis de lactose. Tal alteração de sabor pode ocasionar rejeição do leite pela criança.

e) No consumo de drogas de abuso recomenda-se interrupção temporária do aleitamento materno, com ordenha do leite, que deve ser desprezado. O tempo recomendado de interrupção da amamentação varia dependendo da droga.

15. (Prefeitura de Vitória da Conquista-BA/AOCP/2013) O aleitamento materno está contra indicado na seguinte situação:

a) Tuberculose.

b) Hanseníase.

c) Hepatite B.

d) Dengue.

e) Medicações antineoplásicas.

Gabarito 1. C 2. E 3. D 4. Nula 5. Incorreta 6. Correta 7. Errada 8. Incorreta 9. Incorreta 10. D 11. B 12. B 13. C 14. C 15. E

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