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Arq. Gastroenterol. vol.49 número1

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Academic year: 2018

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v. 49 – no.1 – jan./mar. 2012 Arq Gastroenterol 3

EDITORIAL

ARQGA/1580

MAIS UM ELO NA CORRENTE

Em 1840 vinha à luz na Inglaterra um modesto periódico, o Provincial Medical and Surgical Journal, hoje o famoso British Medical Journal. Já naquela quadra a proissão médica se debatia com dilemas e desaios proissionais, e um editorial chama a atenção que a melhor forma de se progredir no debate era mediante a publicação regular dos problemas e questões de interesse médico(1).

Quase dois séculos mais tarde, a dúvida deixou de ser porque publicar, mas o quê, onde, como e com qual padrão de excelência. Sim, porque na atualidade todos são assombrados pela esinge devoradora do “publish or perish”. Quem não está na mídia está no anonimato ou quase, e mídia para nós esculápios são de preferência veículos conhecidos e respeitados, de alto impacto, que coniram solidez, credibilidade e ampla repercussão ao estudo submetido.

Há dois círculos se entrechocando neste contexto, um virtuoso e outro vicioso. De uma parte situam-se as comunicações limitadas e vulneráveis, com metodologia singela e resultados pouco convincentes. As revistas que se dispõem a divulgá-las correm o risco de arranhar sua imagem, e no futuro somente conseguir submissões igualmente frágeis, com a possibilidade de mergulhar na irrelevância. O oposto é igualmente verdadeiro. Ótimas publicações com artigos de primeira linha atraem os melhores autores e protocolos, tendendo a se fortalecer e consagrar cada vez mais.

Torna-se cristalino que todos devem buscar a excelência e escapar do abismo, porém até o conselheiro Acácio de Eça de Queiroz riria da mediocridade desta conclusão. São indispensáveis mais que boas intenções para se atingir tal desiderato. Quase todas as propostas modernas enfatizam o esforço colaborativo e a união de forças.

Ainda existem pesquisadores solitários de grande genialidade, que ano após ano conduzem investigações pioneiras e inovadoras, assim como revistas isoladas com escasso elenco de autores que conseguem se manter próximas do topo. Para a maioria, entretanto, não há como escapar da ampliação cada vez maior da base de sustentação.

Albert Einstein conseguiu deduzir algumas das leis e equações mais fundamentais do universo quase

sem ajuda material ou humana. Muniu-se apenas de lápis, papel e fórmulas matemáticas nas horas vagas do seu emprego em Berna no “Eidgenossisches Institut fur Geistiges Eigentum”, a repartição de patentes e propriedade intelectual suíça. Contrariamente a ciência moderna não prescinde de métodos e desenhos experimentais cada vez mais ambiciosos, complicados e dispendiosos, e sem a reunião de recursos, equipes, disciplinas e tecnologias será cada vez mais improvável a geração de conhecimentos signiicativos(2).

A Sociedade Brasileira de Nutrição Clínica nasceu no longínquo ano de 1975, e sua revista vem à luz ininterruptamente há mais de três décadas. No entanto é chegado o momento de se aproximar de uma congênere mais robusta e bem alicerçada, que já triunfou em numerosos desaios de circulação e indexação e vencerá em muitos mais, quais sejam os ARQUIVOS de GASTROENTEROLOGIA.

É, portanto, sob a égide do irmanamento e da fraternidade que a refeição se achega ao tubo gastrointestinal, ou melhor, que a Nutrição busca guarida sob o acolhedor teto da Gastroenterologia. Há razões para acreditar que ocorrerá verdadeira sinergia, onde o todo superará a soma das partes. De um lado os ARQUIVOS já regularmente inserem textos voltados para nutrição, obesidade, cirurgia bariátrica e temas correlatos. De outro muitos proissionais da nutrição parenteral e enteral estão física e intelectualmente domiciliados em serviços de gastroenterologia e cirurgia do aparelho digestivo, demonstrando apreço pela área.

Os brindes particularmente alcoólicos tornaram-se politicamente incorretos no século XXI, porém não há como fugir do lugar comum. Que este evento sirva de marco para um futuro cada vez mais auspicioso, e que os ARQUIVOS de GASTROENTEROLOGIA, agora abrangendo a área de Nutrição Clínica, marchem de sucesso em sucesso, para orgulho de todos aqueles que subscrevem suas páginas e endossam sua respeitada linha editorial.

Joel FAINTUCH1

Ricardo Guilherme VIEBIG2 Faintuch J, Viebig RG. Mais um elo na corrente. Arq Gastroenterol. 49(1):3-4.

DESCRITORES – Publicações cientíicas técnicas. Manuscritos médicos. Políticas editoriais. Nutrição em saúde pública.

(2)

Faintuch J, Viebig RG. Mais um elo na corrente.

Arq Gastroenterol

4 v. 49 – no.1 – jan./mar. 2012

REFERÊNCIAS

1. Anonymous. Necessity of publishing a condensed analysis of parliamentary evidence. Prov Med Surg J (1840). 1841;1:271-2.

2. Scobba V. PS1-36. The collaborative research library: creative strategies for the advancement of scholarship. Clin Med Res. 2011;9:167-8.

Faintuch J, Viebig RG. Another link in the chain. Arq Gastroenterol. 49(1):3-4.

Referências

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