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The Spatial Reproduction in the Urban Green Areas in the Nampula City, Mozambique

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Academic year: 2021

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Resumo: o trabalho apresenta elementos reflexivos sobre as alterações do espaço

nas áreas verdes da cidade de Nampula em função do comércio. Argumenta como as áreas verdes urbanas construídas para funções ecológicas, estéticas e até psí-quicas, socialmente produzidas passam a ser locais de consumo exacerbado e ao mesmo tempo o meio onde se realiza o comércio formal e informal. O objetivo é analisar a (re) produção do espaço das áreas verdes urbana da cidade de Nam-pula, bem como a prática comércio informal, de modo a perceber a sua dinâmica espacial. Para tanto, realizou-se uma análise a partir de revisão da bibliografia de modo a compreender a acepção conceitual e a posterior, analisar a dinâmica do comércio praticado nestas áreas e a espacialidade que ela reproduz. Os resultados indicam que as áreas verdes da cidade, transformaram-se em locais de prática de comércio formal realizado em bancas e barracas fixas sujeita ao pagamento de impostos e o informal praticado pelos vendedores ambulantes de bancas móveis que se evadem dos impostos.

Palavras-chave: Reprodução. Comércio informal. Áreas verdes urbanas. Nampula. THE SPATIAL REPRODUCTION IN THE URBAN GREEN AREAS IN THE NAMPULA CITY, MOZAMBIQUE.

Abstract: the work presents reflective elements on the changes of the space in the

green areas of the city of Nampula due to the trade. He argues that urban green areas built for ecological, aesthetic and even psychic functions, socially produced, become places of exacerbated consumption and, at the same time, the medium of formal and informal commerce. The objective is to analyze the (re) production of the space of the urban green areas in Nampula city, as well as the practice of informal commerce, in order to perceive its spatial dynamics. In order to do so, an analysis was carried out from a review of the bibliography in order to understand the conceptual meaning and later, to analyze the trade dynamics practiced in these

A R

T I G O S

Reginaldo Rodrigues Moreno Muacuveia, William Rodrigues Ferreira

A REPRODUÇÃO DO ESPAÇO

NAS ÁREAS VERDES URBANAS

NA CIDADE DE NAMPULA,

MOÇAMBIQUE*

DOI

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areas, the spatiality that it reproduces. The results indicate that the green areas of the city have turned into places of practice of formal commerce carried out in stalls and fixed stalls subject to the payment of taxes and the informal practice practiced by mobile strollers who evade taxes.

Keywords: Reproduction. Informal trade. Urban green areas. Nampula.

LA REPRODUCCIÓN DEL ESPACIO EN LAS AREAS VERDES URBANAS DE LA CIUDAD DE NAMPULA, MOZAMBIQUE

Resumen: los elementos reflejados en las alteraciones de las espaciosas áreas verdes de la ciudad de Nampula son analizadas en este trabajo, en función de la actividad comercial desarrollada en estas. Argumentando como estas áreas verdes urbanas construidas con finalidades ecológicas, estéticas e incluso psicológicas para la sociedad, se convierten en locales de consumo exacerbado y al mismo tiempo, en el medio en donde se realizan ac-tividades de comercio informal pero de naturaleza formal.El objetivo es analizar la (re) producción del espacio de las áreas verdes urbanas de la ciudad de Nampula, así como la práctica comercio informal, como para percibir su dinámica espacial. Realizando un análisis a partir de revisiones bibliográficas, para comprender el significado conceptual, y posteriormente analizar la dinámica comercial practicada en estas áreas, partiendo de cómo se da esta espacialidad. Los resultados indican, que las áreas verdes de la ciudad, se transformaron en locales en donde se desarrolla el comercio, siendo practicado en puesto fijos sujetos al pago de obligaciones fiscales el formales y el informal, ejercida por vendedores ambulantes de quioscos que se evitan de los impuestos.

Palabras clave: Reproducción. Comercio informal. Áreas verdes urbanas. Nampula.

O

presente trabalho discute questões inerentes ao processo e as práticas do

comér-cio informal nas áreas verdes urbanas da cidade de Nampula, província com mesmo nome, situado a norte de Moçambique, país localizado na costa oriental de África.

Em Moçambique, com a introdução do Programa de Reabilitação Econômica (PRE) no ano de 1987 e o Programa de Reabilitação Econômica e Social (PRES) no ano de 1990, verifica-se que o desenvolvimento das formas de produção capitalistas tem trazido variações significativas nos processos de (re) definição urbana, principalmente, a partir da década de 1990. Assim, as cidades passaram por um dinamismo comercial do que no pas-sado, pois, com a introdução do Programa de Ajustamento Estrutural (PAE) que foi um conjunto de medidas econômicas e sociais, que incluiu a dinamização do livre comércio e esteve associado ao processo de criação das primeiras autarquias, que atingiu o seu ponto máximo, com a realização das primeiras eleições municipais em Moçambique no ano de 1998, depois da aprovação do conjunto de leis autárquicas com a promulgação da Lei n.º 2, de 18 de Fevereiro de 1997 - Lei quadro de institucionalização das Autarquias Locais, posteriormente alterada pelas Leis no15, de 27 de Junho de 2007 e no 1, de 16 de Janeiro do ano de 2008 (Cheziane, 2013).

No município de Nampula, assim como em outras cidades e vilas municipais mo-çambicanas e no mundo de uma forma geral, a prática do comércio informal geralmente é feita em locais com grande fluxo de pessoas, assim como de veículos automóveis. Esta prática contribui para a sobrevivência de famílias, principalmente as mais carenciadas em

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ternos econômicos. De acordo com Ivala (1999, p. 11) “o sector informal em Nampula integra unidades que não possuem licenças de pequenas escalas, direcionada na produção e distribuição de mercadorias e serviços, cujo objetivo principal é gerar o subemprego para os praticantes”.

Entretanto, esse emprego é gerado em condições impróprias, à margem da lei, com características de fuga ao pagamento de obrigações fiscais ou impostos e ocupação inade-quada do espaço público devido à falta de regulamento, ou a ineficácia na aplicação deste, resultando em conflitos ao se instalar bancas e barracas, o que de certa forma remete-nos ao surgimento de novas formas espaciais de consumo e (re) produção do espaço nas áreas verdes urbanas.

Assim, como principal justificativa para efetivação deste trabalho está relacionado com as modificações verificadas nas áreas verdes urbanas da cidade de Nampula, que estão relacionadas ao consumismo exacerbado do século XXI.

O objetivo geral é analisar a (re) produção do espaço das áreas verdes urbanas da ci-dade de Nampula, bem como a prática do comércio informal, de forma de perceber a sua dinâmica espacial e a (re) produção do espaço nestas áreas verdes. Para tanto, o trabalho foi desenvolvido à base de reflexão em torno da prática do comércio informal nas áreas verdes urbanas e, portanto, referente à “apropriação” do espaço por esta atividade, fixa ou móvel, que faz parte do contexto que envolve a cidade de um modo geral.

Assim, palavra reprodução aparece em alguns momentos do texto escrito (re) re-produção, isto se deve a renovação e transformação do espaço de algumas partes dessas áreas verdes. E apropriação entre aspas “apropriação” é porque eles não se apropriam do espaço das áreas verdes urbanas como tal no sentido de posse, mas, o fazem por des-construção e transformação criativa do espaço.

REFERENCIAL TEÓRICO

O Comércio Informal e a Informalidade

O conceito de comércio informal está diretamente ligado à questão da informalida-de e da economia informal, são termos diferentes, mais apresentam similaridainformalida-des. A in-formalidade assume significados em diferentes fóruns em termos das suas manifestações no dia-a-dia, visto que para a compreensão do público de forma geral, os acadêmicos e fazedores de políticas públicas, ela varia em função da visão realística e os interesses da sociedade. Mas, qualquer que seja o significado atribuído às suas manifestações, ela deve ser abordada como um todo.

Quanto ao comércio informal, não há uma definição universalmente aceita, mas de acordo com Hart (1973), o comércio informal é aquela atividade que envolve a produção e distribuição de bens e serviços que não são perceptíveis pelas autoridades municipais, estaduais e federais, por isso, não pagam nenhum tipo de imposto.

As explicações sobre o comércio informal tem relação com a informalidade e a própria definição do processo foi sendo ampliada e examinada à medida que o debate no âmbito desta discussão avançou. Assim, novas circunstâncias econômicas, políticas e

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so-ciais acrescentavam novos elementos e novas questões para a discussão (Salas, 2003).Ao mesmo tempo, o uso diferenciado dos termos setor informal, trabalho informal e econo-mia informal impediu que alcançassem uma definição consensual já que ainda não havia consenso sobre a possibilidade de uma teoria capaz de explicar de maneira clara tais fatos. Deste modo, o comércio informal neste trabalho alinha-se a mesma ideia de Hart (1973), que considera que comércio informal está ligado à prática de atividades desen-volvidas irregularmente, afastada da legislação comercial de um dado território, de forma total ou parcialmente, ou seja, fora dos padrões ou regras comerciais estabelecidas.

Embora não haja uma definição universalmente exata ou aceita sobre comércio informal, existe a percepção de que a noção dessa prática abrange a economia informal, a informalidade no geral e o trabalho informal, assim como setores informais e comer-ciantes informais, pois todas essas expressões têm caraterísticas comuns que pode ter um único significado, que é algo irregular.

De acordo com Dinis e Matos (1996), o comércio informal tem como uma das suas principais características o ser inobservável, ou invisível e difícil de aferir, os mesmos auto-res referem-se ainda que o comércio informal tenha especial peculiaridade de ser praticado por parte da população que enfrenta maiores riscos de pobreza, exposta a condições de trabalho inadequado e inseguro, sem segurança social e proteção de outras leis trabalhistas. Essas atividades podem ser classificadas de duas formas: i) como comércio informal “am-bulatório” ou móvel aquela que o vendedor se desloca para vários lugares num mesmo dia à procura dos clientes; ii) comércio estacionário ou fixo aquele que o vendedor desenvolve a sua atividade em local fixo e os clientes procuram-na. Os autores sugerem ainda que esta tipologia é baseada na estratégia de trabalho e na utilização do espaço público.

As Áreas Verdes Urbanas

No meio urbano, área verde é um tipo especial de espaços livres onde o elemento fundamental de composição é a vegetação (Cavalheiro et al, 1999). Isto significa que são áreas livres na cidade, com características predominantemente naturais, independente do porte de vegetação (MILANO, 1988). Sobre esta discussão, Llardent (1982) e Andrade (2004) afirmam que em geral, para uma área ser identificada como área verde deve haver a predominância de áreas plantadas de vegetação e cumprir três funções (estética, eco-lógica e lazer), apresentando cobertura vegetal e solo permeável (sem laje) que devem ocupar cerca de 70% da área.

Assim, seguindo as linhas conceituais dos autores referenciados, uma área verde para que seja além de um espaço livre com predominância de vegetação, no mínimo igual ou superior a 50% da sua área total, esta deve apresentar permeabilidade do solo e contribuir para o embelezamento urbano, ter uma função ambiental e em suma, ser um lugar de lazer.

Deste modo, Lima et al.(1994) considera área verde urbana como uma categoria de espaço livre desde que haja predominância de vegetação gramínea, herbácea ou arbórea, como por exemplo, praças, jardins públicos, parques urbanos e/ou canteiros centrais de avenidas e ruas.

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A partir desta discussão, pode-se considerar que, áreas verdes urbanas são quais-quer áreas livres plantadas de vegetação, isto é, todo local dentro do perímetro de uma cidade, o que lhe confere ao carácter urbano, onde se verifica o predomínio da cobertura vegetal, ou seja, as plantas de porte arbóreo, arbustivo ou gramínea.

A proposito, no presente trabalho, entende-se por área verde urbana o local onde se veri-fica o predomínio de vegetação herbácea, arbustiva ou arbórea, englobando praças, jardins pú-blicos, parques urbanos, canteiros centrais de avenidas de vias públicas na cidade. Entretanto, não foi considerada como área verde neste trabalho, a arborização urbana, uma vez que para Lima et al.(1994) as árvores que acompanham o leito das vias públicas não devem ser consi-deradas como áreas verdes urbanas, pois as calçadas ou passadeiras são locais pavimentados e impermeabilizados. Logo, enquadram-se na categoria de arborização urbana.

Destaca-se, portanto, que as áreas s áreas verdes urbanas podem ser classificadas de diversas formas, porém, para esta discussão adotou-se a classificação de Lima et al.(1994, p.) por considera:

a) Parque urbano – é uma área verde com função ecológica, estética e lazer; b) Praça – área verde, que tem como função principal o lazer, entretanto a praça pode não ser uma área verde, quando não tiver vegetação e encontra-se impermeabilizada. No caso de ter predominância de vegetação, considera-se jardim; c) Jardim Público - é espaço livre caracterizado pelo cultivo de plantas e pela presença de outros elementos naturais ou artefatos de diversa natureza, visando, prioritariamente à contemplação, ao descanso e à deambulação no meio urbano; d) Canteiros Centrais de Avenidas e Ruas - áreas com vegetação localizada nas zonas de separação entre as faixas rodoviárias; e) Jardins de Instituições – áreas verdes correspondentes aos espaços adjacentes de diversas instituições; f) Jardins de Residências Particulares - correspondem às áreas verdes das residências.

Importa referir que existem diversas classificações de áreas verdes urbanas, mas optou-se por esta de Lima et al.(1994), porque assemelha-se ao tipo de áreas verdes existentes no Muni-cípio de Nampula que são os Jardins Públicos e Canteiros Centrais de Avenidas e Ruas.

Por conseguinte, no perímetro da cidade de Nampula, esse tipo de áreas verdes, em termos de distribuição espacial, encontram-se localizadas majoritariamente no Posto Ad-ministrativo Central, que corresponde a área mais central da cidade. Este aspecto central de localização da maior parte das áreas verdes urbanas na área central da cidade deve-se ao fato de ser resultado da herança da urbanização colonial – gênese da urbe.

METODOLOGIA DA PESQUISA

O trabalho teve como base a pesquisa bibliográfica de livros e artigos científicos que abordam a discussão sobre o comércio e a questão das áreas verdes urbanas de uso público, uma discussão polissêmica que atualmente merece uma atenção dos pesquisado-res desse campo de estudo, que de acordo com Gil (2008) é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.

Houve uma etapa de trabalho de campo, onde os autores com ajuda de quatro estu-dantes da graduação em Geografia e Gestão Ambiental, nos meses de Setembro e Outubro do ano de 2016, percorreram algumas as áreas verdes do município de Nampula com o intuito de fazer um levantamento através da observação sobre dinâmica e do fluxo da atividade comercial. Como técnica de coleta de informação, Santos (2012) considera a

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observação como um processo de coleta de dados para conseguir informações que utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade, não consiste apenas em ver e ouvir, mais também em examinar fatos ou ferramentas que se deseja estudar.

Portanto, esta técnica ajudou os pesquisadores a identificarem e a obter informações a respeito do objetivo sobre o qual foi traçado o trabalho. A forma de registo das obser-vações foi feita através de anotações numa planilha com uma ficha contendo informações como: área construida no espaço verde, área livre total, área com vegetação, acessibilida-de no seu entorno e interior, estado da vegetação, tipo acessibilida-de comércio praticado, realizado por meio de uma observação estruturada. Foi feita também a observação através de foto-grafias captadas por uma máquina.

Para análise da (re) produção do espaço utilizou-se imagens fotográficas, fotografias áreas e imagens do Google Earth de 2005 e 2016 com auxílio do Método Comparativo. Sobre esse procedimento metodológico Monbeig (1945) considera que este método ajuda em simultâneo a fazer perceber as transformações das coisas e das sociedades humanas. O mesmo autor ressalta ainda, que para fazer tais comparações o pesquisador deve desen-volver a capacidade de observar. Dessa forma, foi possível fazer um exame comparativo em função das observações atuais coletadas que comprovaram as transformações ocorri-das nas áreas verdes urbanas da cidade de Nampula ao longo do tempo.

A área do estudo em questão se localiza no município de Nampula, encontra-se entre 15o01’35’’ e 15o13’15’’ de Latitude Sul e 39o10’00’’ e 39o23’28’’ de Longitude Leste. Localiza-se na região norte da República de Moçambique no continente africano, sendo a capital da província de Nampula, ocupando uma área de 404 km2, com uma ex-tensão de 24,5 km no sentido Leste-Oeste e 20,25 km no sentido Norte-Sul (Figura 1).

Figura 1: Localização da Cidade de Nampula Fonte: INE, Dep. de Cartografia (2012).

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Nampula é um distrito municipal que contém dentro dos seus limites um total de seis (6) Postos Administrativos Municipais (PAM) e dezoito (18) bairros, tem cerca de 480.000 habitantes, segundo o censo de 2007 e atualmente poderá ter atingido mais de 600.000 habitantes, conforme as projeções de crescimento populacional do município (INE, 2008).

Em termos de atividades econômicas, existem infraestruturas, fundamentalmente de prestação de serviços no Posto Administrativo Central, que corresponde à área central da cidade e seus bairros, sendo as principais atividades econômicas na cidade: o co-mércio, transportes e comunicações, indústria artesanal, atividade turística e recreação, Instituições financeiras (bancos e seguros), diversos serviços e agricultura urbana (CHE-REWA, 1996).

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O estudo do comércio informal na cidade de Nampula requer uma análise das transformações que ocorreram com o passar de três décadas. Assim, sucederam-se alguns acontecimentos relacionados com a da prática do comércio informal que contribuíram para a (re) produção do espaço nas áreas verdes urbanas da cidade de Nampula.

Nampula tem as suas áreas verdes urbanas reafirmadas diante das formas e fun-ções que foram se estabelecendo no local, reforçando os fluxos. A junção das atividades formais e informais contribui para a dinâmica da reprodução do espaço em áreas verdes urbanas a partir de novos usos que ocorrem dentro do seu perímetro, verificam-se per-manências e transformações ao longo dos tempos com a edificação fixa, espontânea e passageira de infraestruturas vinculadas ao comércio informal.

Neste contexto, surge a “apropriação” do espaço para a prática do comércio infor-mal, devido ao caráter do consumismo acelerado iniciado no século XX, contribuindo para que a maior parte dos lugares seja convertida em espaços de consumo ou de comér-cio informal.

Segundo dados do Inquérito do Orçamento Familiar (IOF) referente aos anos 2014/2015, do Instituto Nacional de Estatistica - INE (2015), a taxa de desemprego na cidade de Nampula situa-se em cerca de 30,5 %, por essa razão, a prática do comércio informal é também justificada pela questão da falta de emprego, de péssimas condições de vida da população moçambicana no geral e da cidade de Nampula em particular. Che-rewa (1996) afirma que os praticantes do comércio informal desenvolvem esta atividade por falta de emprego, no entanto, constatou-se que nem todos que praticam o fazem por falta de emprego, o que é contrária a ideia de Ivala (1999), que considera que a prática do comércio informal na cidade de Nampula também se deve em razão da população querer melhorar a sua renda mensal.

Então, a “apropriação” das áreas verdes urbanas remete-nos a ideia da relação lu-gar/produto, pois, os comerciantes informais utilizam esses espaços para vender os seus produtos, transformam o espaço público em privado, apesar deles não comprarem a par-cela e nem o fazem por um aluguel, mas, o privam ou apropriam-se dela para a prática de outro tipo de uso, dificultando o acesso público para qual foi construído. Embora Delgado

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(2008) afirme que apropriar-se de um espaço significa reconhece-lo como próprio, no sentido de apropriado, apto ou adequado para algo, mas, refere este mesmo autor que o espaço público, enquanto espaço de todos não poderia ser objeto de posse, mas sim de apropriação.

Então, é esta “apropriação” que se verifica nas áreas verdes urbanas da cidade de Nampula, que implica a reutilização do espaço por parte dos vendedores ambulantes e a reconstrução a partir de certa desconstrução dos espaços públicos que correspondiam às áreas com vegetação e de solo permeável que são transformados em impermeável, com barracas e bancas destinadas ao consumo de alimentos alterando o uso a forma e as funções. Por isso Augoyard (1979) considera que o processo de apropriação do espaço construído implica uma desconstrução, sua transformação criativa, residindo desse modo, ai a essência da vida no meio urbano, não se definindo somente pela oposição entre gru-pos, mas, por uma constante tensão entre espacialidade construída e aberta ao uso e a desconstrução retórica desse espaço feita em proveito da expressão de estilos de vida diferenciados e por vezes conflitantes entre os usuários.

O município de Nampula sempre reconheceu o comércio informal como uma ati-vidade permanente e que gera o subemprego (emprego precário), por essa razão as au-toridades locais decidiram por autorizações de caráter informal (reconhecimento desta atividade) a partir dos primeiros anos após a Independência Nacional de Moçambique (1975) até a atualidade, sendo por isso que existem muitas concessões nesse tipo de es-paços onde foram construídas bancas, barracas e até bares e restaurantes nas áreas verdes urbanas para venda de alimentos (Figura 2).

Figura 2: Restaurante implantado numa área verde da cidade de Nampula Fonte: Tuarique Salimo (2016).

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Essas concessões constituíram como uma forma de controle da prática dessa ativi-dade informal, que passou a ser feita o pagamento de licenças/permissão de construção e de exploração de atividade econômica (para os fixos) através da Taxa por Atividade Eco-nômica que nos termos do Código Tributário Autárquico em vigor em Moçambique, essa taxa por atividade econômica tem a natureza de “licença de porta aberta”, sendo pagável pelo exercício de qualquer atividade de natureza comercial ou industrial, incluindo a pres-tação de serviços no município e uma taxa diária de uso do espaço para os comerciantes ambulantes de bancas móveis.

Pode-se ver nas figuras 3 e 4 a configuração espacial de uma área verde que cor-responde ao Jardim da Praça do Destacamento Feminino (JPDF), que em 1976 era cons-tituido por equipamentos urbanos que caraterizam uma área verde – desenho urbano, bancos, paisagismo e vegetação (Figura 3) desempenhando, deste modo, a função estética e ecológica no meio urbano.

Figura 3: Imagem àrea do JPDF em 1976 Fonte: www.delcampe.net

A função ecológica desenvolvida por esta área verde amenizava as consequências negativas da crescente urbanização desordenada da cidade e contribuía para a melhoria e manutenção do microclima local, da saúde da população e do ambiente físico do local, o que justificaria de certo modo a manutenção da mesma no espaço urbano. Como função estética, pode-se considerar ao belo que o jardim apresentava, era formoso, agradável, devido a exuberante presença da vegetação no seu interior.

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Este cenário foi mudando devido aos problemas de gestão dessas áreas nos anos subsequentes (através de ações pontuais e não planejadas), por conseguinte, em 2016, como se pode ver na figura 4, o JPDF já apresenta escassa vegetação e o número de plan-tas arbóreas e gramíneas reduziu significativamente e se verifica maior impermeabiliza-ção do solo com a implantaimpermeabiliza-ção de infraestruturas comerciais.

Figura 4: Configuração espacial do JPDF em 2016 Fonte: GoogleEarth (2016).

A configuração espacial do Jardim Mucapera, no ano de 2005, era uma área verde com vegetação do tipo gramínea, arbustiva e arbórea não capinada, com muito capim, árvores com ramos secos e lascados em risco de queda [...], um local topofóbico pelas condições de degradação física e ambiental que presentava outros equipamentos carate-rísticos de jardins como bancos, balanços e infraestruturas como calçadas intransitáveis, sanitários em estado deplorável, postes de iluminação e torneiras de água encanada que não funcinavam (Figura 5).

Figura 5: Jardim Mucapera em 2005 Fonte: Google Earth (2005).

Este cenário topofóbico de algumas áreas verdes urbanas, como o caso do jardim Mucapera foi consequência provavelmente da incapacidade de gestão por parte da

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prefei-tura de Nampula, que só começa a se modificar depois que em 2012, apartir de despachos do presidente (prefeito), que concede Licença de uso e aproveitamento do solo das áreas verdes urbanas da cidade de Nampula, que é autorizado pelo Presidente do Conselho Municipal, nos termos conjugados dos artigos 62, no 2, e 56 no 1, da Lei nº 2, de 18 de fevereiro de 1997, que dispõe sobre institucionalização das autarquias locais e ainda o artigo 23 da Lei nº 7, de 31 de Maio de 1997- Regime jurídico da tutela administrativa sobre as autarquias locais.

Com o cenário prevalescente, o munícipio intensifica as ações de concessão de espaços das áreas verdes urbanas a gestão privada como forma de garantir a manutenção dos espaços públicos, passou-se a construir barracas, lanchonetes, restaurantes e até pe-quenos shopping center nas áreas verdes da cidade. Isto contribuiu de forma significativa para alteração da configuração dos espaços (Figura 6) que representa cenário depois da implantação das infraestruturas no Jardim Mucapera ma cidade de Nampula.

Figura 6: Cenário de Jardim Mucapera em 2016 Fonte: Google Earth ( 2016).

As condições ambientais dessas áreas modificaram-se profundamente devido a in-trodução de outro modelo de gestão, que de acordo com Fernando (2012) o Conselho Municipal da Cidade de Nampula transferiu paulatinamente a gestão de jardins públicos, praças e parques ao sector privado devido à sua incapacidade de mantê-los restaurados, frequentáveis e úteis aos utentes por alegada falta de dinheiro.

Este processo de transferência de gestão demonstra como a prática do comércio contribuiu para a reprodução do espaço nessas áreas, pelo que, foram erguidas várias infraestruturas de material convencional como bares, restaurante, quadras de jogos de salão polivalente que tem ligação com a prática comercial nas áreas verdes urbanas.

Por isso, atualmente, essas áreas estão associadas ao comércio informal com a exis-tência de vendedores ambulantes de alimentos, recargas de celular entre outros materiais

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(Figura 7). Algumas são intervenções temporárias que vão se transformando e perma-necendo nas áreas verdes urbanas deixando marcas permanentes desta atividade, como é o caso da construção de infraestruturas no jardim Mucapera, onde existem vários serviços comerciais como bar e restaurante.

Figura 7: Comercio ambulante de alimentos Fonte: Tuarique Salimo (2016).

De certo modo, essas intervenções correspondem o que Fontes (2013) considera in-tervenções temporárias que deixam marcas permanentes, cuja algumas não benéficas, que não se pode esconder fazendo parte dos conflitos consequente da prática desta atividade que aumentou em grande quantidade o número de bancas/barracas de venda de alimentos e o número de indivíduos que praticam o comércio informal nessas áreas.

Todavia, a revitalização do espaço físico é pouco visível em termos ecológicos e nesse sentido, apesar da melhoria significativa na estética e beleza das infraestruturas, as áreas verdes urbanas continuam decadentes, com a degradação do ambiente urbano, através da impermeabilização do solo com a pavimentação, produção de resíduos sólidos, destruição das plantas ornamentais e redução da área ajardinada com o aumento das edifi-cações. Este cenário é observável também na maior parte dos trechos das principais aveni-das e ruas separaaveni-das por canteiros centrais com vegetação, resultado da ação dos agentes produtores e consumidores do espaço urbano que fazem a reorganização espacial através da intensificação do uso, realocação de equipamentos sem planos urbanísticos exequíveis que contribuem para deterioração de áreas verdes urbanas.

Diante do cenário de barracas e outras infraestruturas implantadas nas áreas verdes urbanas constatou-se que elas fazem parte da inter-relação circunstâncial que acompanha

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a situação, uma vez que nelas se concentram algumas atividades terciárias, particular-mente o comércio informal que de um, ou outro modo, atraem pessoas para esses lugares. Essa inter-relação leva-nos a considerar que, neste caso o comércio praticado é algo que faz parte do espaço e da paisagem urbana, certamente que há uma relação de especifici-dade entre a forma e o conteúdo no que tange a realiespecifici-dade dessas áreas.

Na cidade de Nampula, o comércio informal é a atividade que mais abrange a popu-lação, quer em termos de número de praticantes, quer pelo volume de receitas cobradas. Por isso, Mosca (2010) considera que este tipo de comercio está articulado ao formal, reforçando-se mutuamente e ele surge por desequilíbrios de mercado, por políticas públi-cas desajustadas, debilidades institucional e socioeconômica.

Esta constatação apresentada pelo autor reforça a análise feita por diversos estudos em Moçambique como de Cherewa (1999) que considera que a maior parte das insta-lações urbanas vocacionadas para habitação ou outros fins não comerciais há intensa ocupação de atividades comerciais (praças, canteiros centrais das principais avenidas, parques de estacionamento de viaturas, garagens de automóveis, varandas de residências, calçadas de pedestres, etc.).

Este autor refere ainda que Nampula por ser uma antiga cidade colonial, surgiu, de-senvolveu-se como um quartel general e mais tarde um entreposto de transação de mer-cadorias e riquezas para atender as necessidades dos colonos locais e de desenvolvimento da metrópole colonial, através da produção das culturas de rendimento e outras fontes de mátria prima existentes na região norte de Moçambique. Deste modo, o caráter comercial da cidade de Nampula, tem relação com sua gênese e atualmente parte da população adulta e ativa encontra-se desempregada e sobrevive recorrendo à prática do comercio informal, através de vendas de produtos em mercados considerados informais, nas residências parti-culares, calçadas de ruas e avenidas de maior ou menor fluxo, assim como nas áreas verdes urbanas. Por essa razão consideramos que existe uma desordem na prática desta atividade que causa impactos negativos ao meio ambiente dessas áreas, essa balbúrdia cria condições para o aumento de resíduos sólidos, surgimento de águas residuais, que de uma forma geral, faz com que as áreas verdes urbanas se desvirtuem como lugares de lazer ligado às funções ecológica, estética e social, isto é, na medida em que os elementos naturais que compõem esses espaços já não minimizam impactos ambientais, não transmitem o bem estar psico-lógico e a valorização visual e ornamental no espaço urbano. Estudos similares como de SILVA et al (2011) sobre evolução, mudanças de uso e apropriação de espaços públicos em áreas centrais urbanas, revelaram que as praças deixaram de ser lugar de relações sociais por excelência, o espaço principal para o encontro, para manifestações culturais, sociais para o lazer contemplativo e de recreação, sendo substituída por novas maneiras e novos espaços de lazer e de comunicação ligados ao consumismo.

Nesse sentido, é importante ressaltar, que nas áreas verdes urbanas estudadas pra-tica-se o comércio informal de fato, revelando-se através das variadas atividades deman-dada pela sociedade, que não se pode excluir no dinamismo socioeconômico e espacial da cidade.

Atualmente já não se pode desprezar ou negar essa relação pelo fato de ser local de atendimento de vários tipos de públicos constituídos de diferentes posições sociais que

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adquirem algo ou prestam serviços nesses lugares de consumo, devido ao preço relati-vamente baixo e/ou facilidades de acesso nessas novas formas e funções criadas. Com estas intervenções e os novos modelos de gestão privada não se pode negar que houve de fato melhoria relativa das condições físicas e ambientais dessas áreas verdes urbanas, se comparada ao estado de abandono, antes submetidas.

Mas, mesmo diante deste cenário de melhoria das condições das áreas verdes urbanas da cidade de Nampula surgem outros aspetos que merecem atenção, como a destruição por vezes total ou parcial da vegetação dessas áreas, para dar lugar a construção e reabilitação de infraestruturas de tipo comercial, a colocação de vedações que dão caráter excludente e seletivo a espaços de acesso públicos. Assim, considera-se que a maior parte dos conces-sionários destes espaços públicos abandonou para segundo plano a reabilitação das áreas verdes na componente referente a vegetação e priorizaram a construção das infraestruturas comerciais, o que cria uma certa divisão territorial no interior dessas áreas verdes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do que foi proposto no desenvolvimento deste trabalho, apresentou-se resu-midamente uma visão da trajetória que envolveu a prática do comércio informal nas áreas verdes urbanas da cidade de Nampula, mais concretamente os Jardins Públicos, Praças e Canteiros centrais de avenidas e ruas.

Portanto, confirmaram-se situações que refletem a prática do comércio informal no quotidiano dessas áreas, embora a temática não se esgote por este trabalho, pois existem várias questões que permeiam o conhecimento científico. Deste modo, a abordagem ser-virá de ponto de ancoragem ou estímulos para que novas investigações surjam de modo que possam ser colocadas em análise no contexto da Geografia Urbana, particularmente em Moçambique e no contexto do Município de Nampula. Desse modo, procurou-se re-lacionar as áreas verdes urbanas e o comércio “informal” que lá se pratica, tomando como base de análise o consumo e a reprodução do espaço.

Constatou-se a evolução significativa da prática do comércio informal nas áreas verdes urbanas de Nampula, desde as principais manifestações em 2005 até 2016, como também as relações dos mesmos com a dinâmica do uso do solo urbano. Diante disso, constatou-se a ligação com a questão de “apropriação” das áreas verdes urbanas e a sua degradação, visto que, nem todos os comerciantes fazem ou praticam o comércio infor-mal nestas áreas da mesma forma ou de maneira sustentável e organizada, o que deman-dou novos problemas apesar da melhora do medo que estas áreas representavam antes das intervenções de revitalização pelos privados.

As áreas verdes urbanas se fazem presente na dinâmica comercial da cidade de Nampula com os vendedores ambulantes, as barracas dos comerciantes e a circulação de pessoas têm constituído ponto de atração para os moradores desta urbe, o que demonstra as relações existentes e nos leva a considerar que a prática do comércio informal seja par-te da paisagem urbana e agenpar-te (re) produtor do espaço nessas áreas verdes. Isso significa dizer que, a dinamização da atividade comercial se “apropria” de todas as formas dos recursos do espaço das áreas verdes, transformando-o e modificando, pois, nesse sentido

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são incorporadas as novas espacialidades ligadas à prática do comércio informal, (re) produzindo formas e funções nas áreas verdes urbanas.

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AGRADECIMENTOS

Este trabalho faz parte da pesquisa de doutorado em Geografia com ênfase na Análise e Planejamento do Espaço Urbano e Rural em andamento na Universidade Federal de Uberlândia financiado pelo Programa Convenio Pós Graduação - PEC PG/ CAPES, Minha Agência Financiadora. Muito Obrigado!

* Recebido em: 29.08.2017. Aprovado em: 13.09.2017. REGINALDO RODRIGUES MORENO MUACUVEIA

Doutorando em Geografia na Universidade Federal de Uberlândia, ênfase análise e planejamento do espaço Urbano e Rural. Docente da Universidade Pedagógica de Moçambique - Delegação de Nampula.

WILLIAM RODRIGUES FERREIRA

Imagem

Figura 1: Localização da Cidade de Nampula Fonte: INE, Dep. de Cartografia (2012).
Figura 2: Restaurante implantado numa área verde da cidade de Nampula Fonte: Tuarique Salimo (2016).
Figura 3: Imagem àrea do JPDF em 1976 Fonte:  www.delcampe.net
Figura 4: Configuração espacial do JPDF em 2016 Fonte: GoogleEarth (2016).
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