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ANO B XII Domingo do Tempo Comum «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?»

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Academic year: 2021

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ANO B – XII Domingo do Tempo Comum

«Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?»

Era um tempo difícil aquele: as “tempestades” e as incompreensões inundavam a primeira comunidade no contexto do império romano. No mar surge o perigo. A barca é frágil. Só Cristo Senhor pode salvar. A fé de muitos naufraga ante as ameaças e as perseguições. Jesus navega com os seus e nele todos podemos encontrar alento para vencer todas as tempestades, porque vencedores na fé em Cristo,

fortalecidos pela sua presença e o seu amor. Para nos questionarmos também hoje: quem é este homem que até o vento e o mar lhe obedecem?

EVANGELHO SEGUNDO S. MARCOS (Mc 4, 35-41)

Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos seus discípulos: «Passemos à outra margem do lago». Eles deixaram a multidão e levaram Jesus consigo na barca em que estava sentado. Iam com Ele outras embarcações. Levantou-se então uma grande tormenta e as ondas eram tão altas que enchiam a barca de água. Jesus, à popa, dormia com a cabeça numa almofada. Eles acordaram-n’O e disseram: «Mestre, não Te importas que pereçamos?». Jesus levantou-Se, falou ao vento imperiosamente e disse ao mar: «Cala-te e está quieto». O vento cessou e fez-se grande bonança. Depois disse aos discípulos: «Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?». Eles ficaram cheios de temor e diziam uns para os outros: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».

SEGUNDA-FEIRA

PALAVRA

Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos seus discípulos: «Passemos à outra margem do lago».

Foi certamente um dia complicado aquele. Fatigado, Jesus pede aos seus para ir à outra margem do lago. O lago que é fonte de sobrevivência dos pescadores e fonte de preocupação pela possibilidade de tempestade e naufrágio. Nas barcas frágeis de um tempo. Na outra margem.

MEDITAÇÃO

Num quadro muito humano podemos imaginar o cansaço de Jesus depois de um dia de ensinamentos e contactos com todos os que dele se quiseram avizinhar. No fim do dia, ao cair da tarde, entre o desejo de estar só, e o desejo de estar só com os seus, Jesus pede para ir à outra margem do lago. Pelo caminho fica-nos a dúvida: quem és tu, Senhor, que tanto anuncias, que tanto cativas, que tanto és para quantos partilhamos contigo vida? Quem és tu, Senhor, que tanto procuras a intimidade comigo? Quem és tu, Senhor, que tão grande privilégio me dás de partilhar contigo fadigas e cansaços? ORAÇÃO

Também eu quero passar contigo à outra margem, Senhor. Deixar tudo o que me incomoda, me aflige, me atormenta e me “stressa” e encontrar-me contigo nessa paz do final de um dia. Ensina-me, Senhor, a vencer as minhas inquietações com a tua paz. Ensina-me a viver com olhos crentes as vicissitudes da vida. Ensina-me a viver sempre confiando em ti, meu Senhor e meu Deus.

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Ao longo do dia de hoje procura colocar em Jesus todas as tuas preocupações e descansar um pouco de tudo, dando tempo ao encontro com Ele.

TERÇA-FEIRA PALAVRA

Eles deixaram a multidão e levaram Jesus consigo na barca em que estava sentado. Iam com Ele outras embarcações.

Imaginemos a cena: Jesus numa barca dirige-se a todos os que passam. Sentado, anuncia palavras de verdade, parábolas de um Reino que é de Deus. Palavras que tocam e transformam. Um Mestre excelso que realiza o que anuncia, cativando a muitos para o Reino novo que anuncia: um Reino de amor e verdade. Não está só: com ele “outras embarcações” o acompanham.

MEDITAÇÃO

Era tempo de estar só. Só com os seus. E são os seus que o levam, com outras embarcações, rumo a outras paragens, após o seu pedido simples. Connosco anda o Senhor por onde caminhamos, nas barcas mais ou menos errantes da nossa vida. Connosco vai, discreto, mas sempre atento ao que mais necessitamos. Até que ponto deixas que Jesus partilhe desta intimidade contigo? Será demasiado silenciosa a presença de Jesus na tua vida? Porque não embarcar de vez na barca de Cristo?

ORAÇÃO

Como nessa noite de vida, quero estar contigo, Senhor. Como nessa barca, quero ser teu anunciador. Como nesse tempo, quero ser tua presença. Deixa que te leve comigo onde quer que vá. Mesmo que em mil silêncios e desilusões, mesmo que meio perdido, nunca deixes de ser alento, palavra e destino do meu caminhar. Sê, por todo o sempre, meu Senhor e meu Deus.

ACÇÃO

Ao longo do dia de hoje procura analisar na tua vida as situações em que Jesus se fez presente nas coisas mais simples ou complexas, nos momentos mais difíceis ou mais felizes.

QUARTA-FEIRA

PALAVRA

Levantou-se então uma grande tormenta e as ondas eram tão altas que enchiam a barca de água. Jesus, à popa, dormia com a cabeça numa almofada. Eles acordaram-n’O e disseram: «Mestre, não Te importas que pereçamos?».

O lago a que chamavam “mar” recebeu a tempestade da noite. Na fragilidade da situação recorrem ao Salvador que adormecido parece distante da realidade que vivem. Acordam-no e apresentam os seus temores: “não te importas que pereçamos”? Só o medo pode fazer dizer estas coisas... já que os discípulos eram pescadores experimentados. E pensar que essa barca é símbolo da comunidade nascente…

MEDITAÇÃO

No contexto do evangelho de Marcos, a barca representa esta comunidade nascente desamparada por tantas situações de perseguição e angústia. E este adormecer de Jesus torna-se momento pedagógico de contemplação: é confiança profunda, é certeza do seu ser, é a verdade de Deus ali presente. Tantas vezes na barca da nossa vida qualquer tempestade parece afundar-nos quando longe andamos da verdade de Jesus e da sua presença. Porque não confiar? Porque não depositar tudo em Jesus para que

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seja solução connosco de tudo o que nos atormenta? Porque perder a calma, se Jesus está por nós?

ORAÇÃO

É tarde a noite por onde navegamos. Sós e desamparados nada somos. Só por ti somos capazes de esperança. Só por ti somos capazes de ir mais longe. Só por ti podemos vencer. Contigo nenhuma tempestade nos desalenta. Por isso, sê bonança do nosso ser e existir. Sê paz no nosso caminhar. Sê certeza na nossa dúvida. Força no nosso desalento. Sê, Senhor, tudo em nós.

ACÇÃO

Procura ao longo do dia de hoje viver com serenidade e calma. Procura identificar-te com a certeza de que Jesus está contigo e te ajuda a superar todas as dificuldades e incertezas. Coloca em suas mãos os teus problemas para que te ajude a encontrar soluções válidas e seguras.

QUINTA-FEIRA PALAVRA

Jesus levantou-Se, falou ao vento imperiosamente e disse ao mar: «Cala-te e está quieto». O vento cessou e fez-se grande bonança.

A narração da tempestade acalmada mostra a potestade de Jesus sobre a natureza e os seus elementos. O episódio evoca agora aquilo que na Escritura se associa ao próprio Deus: acalmar o mar e dominar o vento (Sal 65, 8) ou mesmo a situação do êxodo quando o povo atravessa o mar a pé enxuto (Ex 14, 22). E após a intervenção de Jesus, tudo se serena e surge a bonança.

MEDITAÇÃO

Não acontece assim também na nossa vida? Na experiência do encontro com Deus surge sempre o admirável, o diferente, o único. O contacto com a fonte, com a transcendência, acalma todas as tempestades, tornando simples o complexo, dizível o indizível, próximo o distante. Diante da tempestade, do mar agitado, de tudo em rebuliço, só Deus pode ter uma palavra de bonança. E tudo transformar de acordo com a Sua vontade, respondendo às necessidades mais prementes e que mais nos afligem. Um Deus sempre próximo, mesmo que nos pareça distante. Um Deus presente, mesmo quando o pensamos ausente. Até onde vai, então, a nossa fé?

ORAÇÃO

É noite e rodeia-nos a tempestade. Dormes o sono do justo que transforma os medos em angústia. É tempo de clamar pelo teu nome, para que nos livres das nossas aflições. Transformando a tempestade em bonança e amainando as ondas do mar. Por isso nos alegramos e em ti rejubilamos, pois conduzes a porto seguro quem em ti acredita, quem em ti espera, quem em ti ama. Porque tudo vences com o grito da tua voz. Porque nos vences no amor que tudo em nós renova. Porque vences na noite das nossas tempestades com a força da tua bonança. Demos graças ao Senhor, pelo seu amor e pelas suas maravilhas em favor dos homens.

ACÇÃO

Age ao longo do dia de hoje transformando as tempestades que te rodeiam em bonança: fazendo vencer a serenidade, a paz, a procura do bem.

SEXTA-FEIRA PALAVRA

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O relato culmina com o tema da fé: depois de tanto escutar e experimentar, de tanto ver e verificar, ainda não tendes fé? A fé que Jesus pede desde o início da sua actividade é um movimento de confiança e de abandono nele, no seu agir, na sua Palavra, na sua presença.

MEDITAÇÃO

Jesus coloca aqui o problema fundamental: então… ainda não tendes fé? Para onde vai a nossa adesão profunda a Jesus? E isto num contexto de grande contradição: Jesus pergunta aos seus discípulos pela sua fé, precisamente quando eles se lhe dirigiram aparentemente com fé (“Mestre, não te importas que pereçamos?”). Apenas por uma necessidade momentânea? Apenas porque precisamos? Ou dando “razões profundas” da nossa fé, da nossa confiança em Jesus? Esta é a grande questão: e tu… ainda não tens fé? Porquê? Em quem colocas a tua fé?

ORAÇÃO

Senhor eu creio, mas aumenta a minha fé. Em ti confio, mas aumenta a minha confiança. Em ti sou, mas aumenta o meu ser em ti. Manifesta o teu rosto de bondade e liberta-nos dos nossos medos, das nossas desconfianças. Das nossas faltas de fé. Concede-nos uma fé sólida, mesmo nos momentos de tempestade. Confiança plena em ti. Torna-nos verdadeiros discípulos, porque testemunhas de todas as maravilhas que realizas por cada um de nós.

ACÇÃO

Procura dominar as circunstâncias de vida que te assustam, que te deixam inseguro/a, que te incomodam, colocando toda a tua confiança e fé em Cristo Senhor.

SÁBADO PALAVRA

Eles ficaram cheios de temor e diziam uns para os outros: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».

Marcos gosta de colocar este grande problema: quem é Jesus? Se até o vento e o mar lhe obedecem, quem pode ser, senão o Filho de Deus? Aparentemente para os discípulos continua a ser um estranho, apesar de todo o tempo e experiências partilhadas com ele. MEDITAÇÃO

Quem é este homem? Até hoje, esta pergunta convida-nos a continuar a percorrer os caminhos da nossa fé para o encontro final com o desejo de conhecer sempre melhor a Jesus, na nossa história de vida. Pior seria continuar a partilhar a vida com ele e nunca o reconhecer. Continuar a procura sem nunca o chegarmos a descobrir. Pensar que temos todas as respostas, todas as certezas e continuar ausente da nossa vida. Quem é este homem? Verdadeiramente é o Filho de Deus. E o que é que isso significa para ti?

ORAÇÃO

Eis que surge a noite e não te encontro. Chega a todos o entardecer. Tarde procuramos e longamente pensamos encontrar-Te onde menos te encontras. Escutamos a tempestade e o vento quando és brisa suave e bonança. Fazemos tempestade quando queres apenas paz. Tornamos o medo vencedor quando te fazes partilha e dom na simplicidade. Eis que surge o dia em que agora me encontro. E tu estás na luz que anuncia o amanhecer novo. Eis que surge a paz e me pergunto “onde estás?”. Eis que o

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milagre surge e mesmo na evidência evidente pergunto: quem és tu? Perseguido sou pelo teu amor e tardo em descobrir como te amar!

ACÇÃO

Procura sempre a força para pedir ajuda e a coragem para te encontrares com a vontade de Deus.

Pe. Tarcízio Morais, sdb

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