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Implementação de Subsistemas DS/CDMA utilizando Plataforma DSP com Abordagem Heurística

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Academic year: 2021

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(1)

Universidade Estadual de Londrina

Centro de Tecnologia e Urbanismo

Departamento de Engenharia El´

etrica

Implementa¸

ao de Subsistemas

DS/CDMA utilizando Plataforma

DSP com Abordagem Heur´ıstica

Alex Miyamoto Mussi

(2)

Universidade Estadual de Londrina

Centro de Tecnologia e Urbanismo

Departamento de Engenharia El´etrica

Implementa¸

ao de Subsistemas

DS/CDMA utilizando Plataforma

DSP com Abordagem Heur´ıstica

Discente: Alex Miyamoto Mussi Orientador: Prof. Dr. Taufik Abr˜ao

´

Area de concentra¸c˜ao: Telecomunica¸c˜oes

Monografia orientada pelo Prof. Dr. Taufik Abr˜ao intitulada Implementa¸c˜ao de Subsistemas DS/CDMA utilizando Plataforma DSP com Abordagem Heur´ıstica e apresentada `a Univer-sidade Estadual de Londrina, como parte dos requisitos necess´arios para a conclus˜ao do curso de Engenharia El´etrica.

(3)

Ficha Catalogr´afica

Mussi, Alex Miyamoto

Implementa¸c˜ao de Subsistemas DS/CDMA utilizando Plataforma DSP com Abordagem Heur´ıstica. Londrina, 2009. 86 p.

Monografia — Universidade Estadual de Londrina. Departamento de En-genharia El´etrica.

1. Telefonia Celular. 2. CDMA 3. MuD. 4. Algoritmos Heur´ısticos. 5. DSP.

I. Universidade Estadual de Londrina. Departamento de Engenharia El´etrica. II. Implementa¸c˜ao de Subsistemas DS/CDMA utilizando Plataforma DSP com Abordagem Heur´ıstica.

(4)

Alex Miyamoto Mussi

Implementa¸

ao de Subsistemas

DS/CDMA utilizando Plataforma

DSP com Abordagem Heur´ıstica

Monografia apresentada ao curso de Engenharia El´etrica da Universidade Estadual de Londrina, como parte dos requi-sitos necess´arios para a conclus˜ao do curso de Engenharia El´etrica, Modalidade: Eletrˆonica.

Comiss˜ao Examinadora

————————————————— Prof. Dr. Taufik Abr˜ao

Dept. de Engenharia El´etrica Orientador

————————————————— Prof. Dr. Jos´e Carlos Pizolato Jr.

Dept. de Engenharia El´etrica

————————————————— Prof. Msc. Jaime Laelson Jacob

Dept. de Engenharia El´etrica

————————————————— Prof. Msc. Fernando Ciriaco Dias Neto

Faculdade Pit´agoras

(5)

“Comece fazendo o que ´e poss´ıvel e, quando menos esperar, estar´a fazendo o imposs´ıvel!”

(6)

Agradecimentos

Agrade¸co ao meu orientador, Prof. Dr. Taufik Abr˜ao, pela compreens˜ao, apoio, dedica¸c˜ao, capacidade de orienta¸c˜ao e pela generosidade em compartilhar seus conheci-mentos e ao meu professor, Prof. Msc. Fernando Ciriaco Dias Neto, pela generosa ajuda em momentos importantes deste trabalho.

Aos meus pais, Jorge Ribeiro Mussi e Nair Miyamoto Mussi, pelo esfor¸co e apoio incondicional que me ajudaram a chegar at´e aqui.

Aos meus avˆos, Titoshi Miyamoto e Romeu Mussi, e av´o, Eni Ribeiro Mussi, pe-los exemppe-los de vida que foram, aos quais dedico este trabalho com a mais profunda admira¸c˜ao, respeito e gratid˜ao.

E aos meus colegas de curso, principalmente, aos meus amigos Rafael Oliveira Ri-beiro e Fl´avio Henrique e Silva, que de alguma forma, contribu´ıram para o avan¸co deste trabalho.

(7)

Resumo

O crescente aumento do n´umero de usu´arios de redes de comunica¸c˜oes m´oveis e a escassez do espectro eletromagn´etico fazem com que o emprego de t´ecnicas de diversidade e a detec¸c˜ao/decodifica¸c˜ao eficientes, tal como a detec¸c˜ao multiusu´ario (MuD - Multiuser Detection), tenham um papel cada vez mais importante no cen´ario das telecomunica¸c˜oes. Este trabalho apresenta uma metodologia para o uso de Processadores Digitais de Sinais (DSP - Digital Signal Processor ) na implementa¸c˜ao de detectores multiusu´ario em siste-mas DS/CDMA (Direct Sequence Code Division Multiple Access)com o uso de t´ecnicas heur´ısticas (sub-´otimas). A plataforma de DSP empregada faz parte do kit de desenvolvi-mento DSK C6713 e utiliza um processador DSP TMS320C6713. As t´ecnicas heur´ısticas ser˜ao implementadas atrav´es de algoritmos heur´ısticos j´a conhecidos na literatura e sua eficiˆencia ´e avaliada atrav´es dois crit´erios: desempenho e complexidade computacional, procurando-se mostrar o aumento do desempenho e da capacidade do sistema com a uti-liza¸c˜ao destas t´ecnicas de detec¸c˜ao multiusu´ario. Para comprova¸c˜ao da viabilidade do uso do DSP, os resultados tamb´em ser˜ao comparados aos das simula¸c˜oes, descritas em linguagem Matlab, utilizando-se dos mesmos parˆametros.

(8)

Abstract

The growing number of mobile users of communications networks and the scarcity of the electromagnetic spectrum make the use of diversity techniques and detection/decoding efficient, such as multiuser detection (MuD), have an increasingly more important in the telecommunications landscape. This paper presents a methodology for the use of Digital Signal Processors (DSP) in the implementation of multiuser detectors for DS/CDMA systems using heuristic techniques (sub-optimal). The DSP platform used is a part of the development kit DSK C6713 and uses a DSP TMS320C6713 processor. Heuristic techniques will be implemented through heuristic algorithms well-known in the literature and their efficiency will be evaluated by two criteria: performance and computational complexity, seeking to show increased performance and system capacity with the use of multiuser detection techniques. To prove the feasibility of using the DSP, the results are also compared to simulations, made in Matlab, using the same parameters.

(9)

Sum´

ario

Lista de Figuras vii

Lista de Tabelas xi

Lista de Siglas e Abreviaturas xii

Nota¸c˜oes xv

Lista de S´ımbolos xvii

1 Introdu¸c˜ao 1

1.1 A tecnologia CDMA . . . 1

1.1.1 Detec¸c˜ao Convencional (SuD) . . . . 2

1.1.2 Detec¸c˜ao MuD . . . . 4

1.2 Descri¸c˜ao de Conte´udo . . . 7

1.3 Publica¸c˜oes . . . 8

2 Descri¸c˜ao do Sistema 9 2.1 Transmissor . . . 9

2.2 Receptor Convencional . . . 10

2.3 Detector Multiusu´ario baseado em Algoritmos Heur´ısticos . . . 12

2.3.1 1 − opt LS-MuD . . . 13

3 Ferramentas Computacionais 17

(10)

3.2 Plataforma de Desenvolvimento do DSK C6713 . . . 18

3.2.1 DSP TMS320C6713 . . . 18

3.2.2 Code Composer Studio (CCS) . . . 20

4 Metodologia 21 4.1 Transmissor-Detector Convencional em Banda Base para Sistema DS/CDMA 21 4.2 Transmissor 1-LS-MuD em Banda Base para Sistema DS/CDMA . . . 22

5 Avalia¸c˜ao do Crit´erio de Parada do Algoritmo 1 − opt LS 28 5.1 N´umero de itera¸c˜oes fixo do 1 − opt LS-MuD . . . 28

5.2 Crit´erio de Parada para Fun¸c˜ao-Custo N˜ao-Crescente . . . 29

6 Resultados dos Processamentos em DSP 35 6.1 Desempenho do Sistema - Varia¸c˜ao da SNR . . . 36

6.2 Robustez do Sistema . . . 36

6.2.1 Carregamento do Sistema . . . 37

6.2.2 Near-Far Ratio . . . 38

6.3 Imagens da Bancada de Processamento . . . 40

7 Complexidade Computacional em DSP 47 7.1 Complexidade do Detector Convencional . . . 48

7.2 Complexidade do Detector Heur´ıstico 1 − opt LS . . . 49

7.3 Complexidade para o Receptor 1-LS-MuD Completo em Banda Base . . . 54

7.4 Comparativo de Complexidade em DSP entre os Receptores CD e 1-LS-MuD 54 7.4.1 An´alise das Express˜oes de Complexidade em DSP . . . 55

7.4.2 Rela¸c˜ao de Complexidade em DSP entre 1-LS-MuD e CD . . . 55

7.5 Limite da Complexidade em DSP: Aplica¸c˜oes em Tempo Real . . . 58

(11)

7.6 Complexidade em DSP atrav´es do N´umero de Opera¸c˜oes Matem´aticas . . . 60

8 Principais Conclus˜oes 64 8.1 Trabalhos Futuros . . . 65

Anexo A -- Plataforma do DSK C6713 66 A.1 Ferramentas de suporte do DSK . . . 67

A.1.1 DSP TMS320C6713 . . . 68

Anexo B -- Real-Time Data Exchange (RTDX) 70 Anexo C -- Ferramenta Profile do Code Composer Studio 73 Anexo D -- M´etodo de Simula¸c˜ao Monte Carlo 75 Anexo E -- Probabilidade de Erro Te´orica 77 E.1 Limite Single User para AWGN . . . 77

Anexo F -- Seq¨uˆencias de Espalhamento 79 F.1 Seq¨uˆencias Aleat´orias . . . 79

F.2 Seq¨uˆencias Walsh-Hadamard . . . 80

F.3 Seq¨uˆencias de M´aximo Comprimento (SM C) . . . 80

F.4 Seq¨uˆencias Gold . . . 81

F.5 Justificativa para uso de Sequˆencias Aleat´orias . . . 82

Anexo G -- Canais de R´adio M´oveis 83 G.1 Ru´ıdo Aditivo (Canal AWGN) . . . 83

(12)

Lista de Figuras

1.1 Formas de onda no processo de espalhamento/desespalhamento do sinal um sistema DS/CDMA com dois usu´arios e receptor convencional. . . 3 1.2 Classifica¸c˜ao geral para os principais detectores em sistemas DS/CDMA. . 5 1.3 Avalia¸c˜ao do Carregamento do Sistema atrav´es da BER dos principais

al-goritmos heur´ısticos para N = 32 e Eb/N0 = 6dB. . . 7

2.1 Sistema Transmiss˜ao-Recep¸c˜ao Convencional - (a) Transmissor em banda-base; (b) Modelo de canal adotado; (c) 1o est´agio MFB e (d) Detector Convencional Abrupto. . . 12 2.2 Diagrama simplificado do funcionamento do algoritmo heur´ıstico 1 − opt LS. 13 2.3 Sistema Transmiss˜ao-recep¸c˜ao LS-MuD - (a) Transmissor em banda-base;

(b) Modelo de canal adotado; (c) 1o est´agio MFB; (d) Decisor Abrupto

com ponto de deriva¸c˜ao das estimativas do MFB e (e) Algoritmo Heur´ıstico 1 − opt LS. . . 16 4.1 Sistema DS/CDMA de Transmiss˜ao-Recep¸c˜ao Convencional implementado

no MATLAB. . . 22 4.2 Sistema DS/CDMA Transmissor - LS-MuD implementado em MATLAB

e DSP. . . 23 4.3 Diagrama de blocos do sistema DS/CDMA com LS-MuD implementado

em MATLAB e DSP. . . 24 4.4 Fluxograma descrevendo a metodologia empregada na implementa¸c˜ao em

DSP do sistema DS/CDMA Transmissor/1 − opt LS-MuD. . . 25 4.5 Configura¸c˜ao das liga¸c˜oes de tr´afego de dados do RTDX empregada neste

trabalho. . . 26 4.6 Alguns dos comandos de escrita e leitura de dados do canal RTDX no CCS. 26 4.7 Alguns dos comandos de escrita e leitura de dados do canal RTDX no Matlab. 27

(13)

5.1 Parˆametros de entrada da 1a simula¸c˜ao - Itera¸c˜oes LS x BER . . . . 28

5.2 Gr´afico da 1a simula¸c˜ao - Itera¸c˜oes LS x BER para E

b/N0[dB] = 6dB, K

= 6 usu´arios e N = 20 chips. . . 29 5.3 Resultados da 1a simula¸c˜ao - Itera¸c˜oes LS x BER . . . . 30

5.4 Parˆametros de entrada da 2a simula¸c˜ao - Itera¸c˜oes LS x BER . . . . 30

5.5 Gr´afico da 2a simula¸c˜ao - Itera¸c˜oes LS x BER para Eb/N0[dB] = 6dB, K

= 12 usu´arios e N = 20 chips. . . 31 5.6 Resultados da 2a simula¸c˜ao - Itera¸c˜oes LS x BER . . . . 31

5.7 Parˆametros de entrada das 3a e 4a simula¸c˜oes - K x BER . . . 32 5.8 Gr´afico da 3a simula¸c˜ao - K x BER - crit´erio de parada do LS: Fbest n˜

ao-crescente para Eb/N0[dB] = 6dB, N = 20 chips. . . 32

5.9 Resultados da 3a simula¸c˜ao - K x BER . . . . 33

5.10 Gr´afico da 4a simula¸c˜ao - K x BER - crit´erio de parada do LS: Fbest n˜ ao-crescente para Eb/N0[dB] = 6dB e N = 20 chips . . . 33

5.11 Resultados da 4a simula¸c˜ao - K x BER . . . . 34

6.1 Parˆametros de entrada utilizados no processamento em DSP para avalia¸c˜ao de desempenho com baixo carregamento do sistema transmissor/receptor 1 − opt LS-MuD implementado. . . 37 6.2 Resultados do processamento em DSP para avalia¸c˜ao de desempenho com

baixo carregamento do sistema transmissor/receptor 1 − opt LS-MuD im-plementado para K = 5, N = 15 e L = 0, 33. . . 38 6.3 Parˆametros de entrada utilizados no processamento em DSP para avalia¸c˜ao

de desempenho com alto carregamento do sistema transmissor/receptor 1 − opt LS-MuD implementado. . . 39 6.4 Resultados do processamento em DSP para avalia¸c˜ao de desempenho com

alto carregamento do sistema transmissor/receptor 1 − opt LS-MuD imple-mentado para K = 12, N = 15 e L = 0, 8 . . . 40 6.5 Parˆametros de entrada utilizados no processamento em DSP do

(14)

6.6 Resultados do processamento em DSP do Carregamento do Sistema trans-missor/receptor 1 − opt LS-MuD implementado para Eb/N0[dB] = 7dB e

K e N de acordo com tabela 6.1. . . 42 6.7 Parˆametros de entrada utilizados no processamento em DSP para tolerˆancia

ao Ffeito Near-Far no Sistema transmissor/receptor 1 − opt LS-MuD im-plementado. . . 43 6.8 Resultados do processamento em DSP para tolerˆancia ao Ffeito Near-Far

no Sistema transmissor/receptor 1 − opt LS-MuD implementado para N = 15, Kinteresse = 4, Kinterf erentes = 8 e Eb/N0[dB] dos usu´arios de interesse

igual a 7dB. . . 44 6.9 Imagem da banca de processamento utilizando a plataforma do DSK C6713

interligada `a um computador via USB e ao oscilosc´opio. . . 45 6.10 Detalhe do sinal processado em DSP e enviado ao oscilosc´opio atrav´es de

um DAC ligado `a sa´ıda LineOut da plataforma. . . 45 6.11 Detalhe da liga¸c˜ao entre a plataforma do DSK C6713 e o oscilosc´opio

atrav´es da sa´ıda LineOut. . . 46 6.12 Detalhe da plataforma do DSK C6713 da Spectrum Digital Inc. que

uti-liza o processador DSP TMS320C6713 fabricado pela Texas Instruments’s Inc., observa-se tamb´em os cabos de alimenta¸c˜ao, USB para liga¸c˜ao com computador e na sa´ıda LineOut para visualiza¸c˜ao do sinal no oscilosc´opio. 46 7.1 Resultados de um processamento usando a ferramenta Profile do Code

Composer Studio (CCS) para estimativa da complexidade computacional para K = 10 e N = 25. . . 47 7.2 Gr´afico correspondente `a complexidade em DSP do CD gerado com os

dados oriundos da tabela da tabela 7.4 com um Fitting do tipo Linear. . . 53 7.3 Gr´afico correspondente `a complexidade em DSP da Fun¸c˜ao-Custo Inicial

do 1 − opt LS gerado com os dados oriundos da tabela 7.5 com um Fitting do tipo Cubic Polynomial. . . 55 7.4 Gr´afico correspondente `a complexidade em DSP de cada Itera¸c˜ao do 1−opt

LS gerado com os dados oriundos da tabela 7.6 com um Fitting do tipo Cubic Polynomial. . . 56

(15)

7.5 Gr´afico correspondente `a complexidade em DSP do algoritmo 1 − opt LS

gerado `a partir da equa¸c˜ao (7.9). . . 56

7.6 Gr´afico correspondente `a complexidade em DSP do CD e 1-LS-MuD Com-pleto em Banda Base para N = 15 (esquerdo) e N = 30 (direito). . . 57

7.7 Gr´afico correspondente ao crescimento da raz˜ao de complexidade percen-tual em DSP, CR%, para a implementa¸c˜ao do 1-LS-MuD em rela¸c˜ao ao CD. . . 57

7.8 N´umero m´aximo de usu´arios ativos, indicado pelo limite de complexidade em DSP para transmiss˜ao de voz, 8 Kb/s eN = 4. . . 59

7.9 N´umero m´aximo de usu´arios ativos, indicado pelo limite de complexidade em DSP para transmiss˜ao de voz, 8 Kb/s e N = 8. . . 60

7.10 N´umero m´aximo de usu´arios ativos, indicado pelo limite de complexidade em DSP para transmiss˜ao de voz, 8 Kb/s e N = 12. . . 61

A.1 Diagrama de blocos da plataforma do kit de desenvolvimento DSK C6713 . 66 A.2 Placa do kit de desenvolvimento DSK6713 . . . 68

A.3 Diagrama interno do DSP TMS320C6713. . . 69

B.1 Esquema de comunica¸c˜ao gen´erica do RTDX. . . 70

B.2 Comandos de escrita e leitura de dados do canal RTDX no CCS. . . 71

B.3 Janela para configura¸c˜ao do RTDX. . . 72

B.4 Janela onde se habilita o RTDX. . . 72

C.1 Parˆametros que podem ser monitorados pelo Code Composer Profiler. . . . 73

C.2 Locais do c´odigo que podem habilitar a execu¸c˜ao do Code Composer Profiler. 74 C.3 Habilitando o Code Composer Profiler. . . 74

C.4 Code Composer Profiler habilitado. . . 74

D.1 Fluxograma do modelo empregado neste trabalho baseado no M´etodo de Simula¸c˜ao Monte Carlo. . . 76

(16)

Lista de Tabelas

3.1 Comparativo entre Processadores RISC e CISC × DSP . . . 19 6.1 N´umero de Usu´arios (K) e Ganho de Processamento (N ) em cada ponto

processado no ´Indice de Carregamento (L) do Sistema. . . 38 7.1 Tabela com os Ciclos do DSP resultados do Profile do CCS da fun¸c˜ao

MF DecisorHard (detector convencional). . . 49 7.2 Tabela comparativa da complexidade do CD para diferentes valores de K

e N mostrando o Fator de Proporcionalidade K × N . . . 50 7.3 Mapa de processamentos realizados utilizando Profile da fun¸c˜ao MF DecisorHard

(detector convencional); demonstram-se as posi¸c˜oes onde ocorreu repeti¸c˜ao do fator K × N com um asterisco. . . 51 7.4 Tabela da complexidade computacional, em ciclos do DSP, do CD (fun¸c˜ao

MF DecisorHard ) em rela¸c˜ao ao Fator de Proporcionalidade K × N . . . . 52 7.5 Tabela da complexidade computacional, em ciclos do DSP, da Fun¸c˜

ao-Custo Inicial do 1 − opt LS (fun¸c˜ao LS 1 opt ) em rela¸c˜ao ao n´umero de Usu´arios, K. . . 52 7.6 Tabela da complexidade computacional, em ciclos do DSP, de cada Itera¸c˜ao

do 1 − opt LS (fun¸c˜ao LS 1 opt ) em rela¸c˜ao ao n´umero de Usu´arios, K. . . 54 7.7 M´aximo n´umero de usu´arios de voz (aplica¸c˜ao em tempo real) que podem

(17)

Lista de Siglas e Abreviaturas

1 − opt LS 1-Optimum Local Search - Algoritmo de Busca Local 1-´otimo AWGN Additive White Gaussian Noise - Ru´ıdo Branco Aditivo Gaussiano BER Bit Error Rate - Taxa de erro de bit

BPSK Binary Phase Shift Keying - Modula¸c˜ao por Chaveamento de Fases CCS Code Composer Studio - Programa utilizado na interface com a

Plataforma do DSK C6713

CISC Complex Instruction Set Computer - Computador com um Conjunto Complexo de Instru¸c˜oes

CD Conventional Detector - Detector Convencional

CDMA Code Division Multiple Access - M´ultiplo Acesso por Divis˜ao de C´odigo COFF Common Object File Format - Arquivo de Formato Comum

utilizado em sistemas baseados em UNIX

DAC Digital-to-Analog Converter - Conversor Digital-Anal´ogico DS-CDMA Direct Sequence CDMA - CDMA por Sequˆencia Direta DSK DSP Starter Kit - Kit B´asico de Desenvolvimento para DSP DSP Digital Signal Processor - Processador Digital de Sinais ERB Esta¸c˜ao R´adio Base

EP-C Evolutionary Programming with Cloning - Programa¸c˜ao Evolucion´aria com Clonagem

(18)

FDMA Frequency Division Multiple Access - M´ultiplo Acesso por Divis˜ao de Frequˆencia

Heur-MuD Heuristic MuD - Detector Multiusu´ario Heur´ıstico

IC Interference Cancellation - Cancelamento de Interferˆencia IDE Integrated Development Environment - Ambiente Integrado

de Desenvolvimento

MAI Multiple Access Interference - Interferˆencia de M´ultiplo Acesso MCS Monte Carlo Simulation - M´etodo de Simula¸c˜ao Monte Carlo MFB Matched Filter Bank - Banco de filtros casados

ML Maximum Likehood - Estimador de M´axima Verossimilhan¸ca MMSE Minimun Mean Squared Error - Detector por M´ınimo Erro

Quadr´atico M´edio

MuD Multi User Detection - Detec¸c˜ao Multiusu´ario NFR Near-Far Ratio - Efeito “perto-longe”

OMuD Optimum MuD - Detector Multiusu´ario ´Otimo PC Personal Computer - Computador Pessoal

RISC Reduced Instruction Set Computer - Computador com um Conjunto Reduzido de Instru¸c˜oes

RTDX Real-Time Data Exchange - Troca de Dados em Tempo Real

PSO Particle Swarm Optimization - Otimiza¸c˜ao por Nuvem de Part´ıculas SMC Sequˆencia de M´aximo Comprimento

(19)

SS Spread Spectrum - Espalhamento Espectral

SuB Single-User Bound - Limite de BER para usu´ario isolado SuD Single-User Detection - Detec¸c˜ao Uniusu´ario

TDMA Time Division Multiple Access - M´ultiplo Acesso por Divis˜ao de Tempo VLIW Very-Large-Instruction-Word - Arquitetura de Intru¸c˜oes Muito Longas ZF-DF Zero Forcing Decision Feedback - Decis˜ao Realimentada Zero Forcing

(20)

Nota¸

oes

a, µ, A Escalar, caracter em it´alico

a Vetor, caracter min´usculo em negrito A Matriz, caracter mai´usculo em negrito ˆ

a Valor estimado de uma dada vari´avel a ai i-´esimo elemento do vetor a

Ai,j Elemento da i -´esima linha e j -´esima coluna da matriz A

diag(a1, ..., ak) Matriz diagonal com elementos a1, ..., ak

{.}T Operador matriz transposta {.}H Operador hermitiano

< {.} Operador parte real

= {.} Operador parte imagin´aria sgn [.] Operador sinal do argumento

max[.] Valor m´aximo assumido pelo argumento Q(.) Fun¸c˜ao erro complementar gaussiano

Palavras em it´alico s˜ao empregadas para identificar termos de l´ıngua inglesa n˜ao traduzidos.

(21)

pdf(x) Fun¸c˜ao densidade de probabilidade da vari´avel x

U (x, y) Processo aleat´orio com distribui¸c˜ao uniforme entre as vari´aveis x e y N (x, y) Processo aleat´orio com distribui¸c˜ao normal de m´edia x e variˆancia y x(t) Vari´avel x de tempo cont´ınuo

(22)

Lista de S´ımbolos

A Amplitude do sinal b Bit transmitido

C (t) Forma de onda cont´ınua para canal com desvanecimento CR% Raz˜ao de complexidade percentual

DSPCycles N´umero de ciclos de processamento por segundo do DSP Eb Energia de bit

Eb/N0 Rela¸c˜ao entre a energia de bit recebido e

a densidade espectral de potˆencia do ru´ıdo F (x) fitness value - fun¸c˜ao custo da vari´avel x Fbest Fun¸c˜ao custo global

gi Ganho da fun¸c˜ao custo de cada i-´esimo vetor-candidato

em rela¸c˜ao a fun¸c˜ao custo global h (t) Resposta impulsiva do canal K N´umero de usu´arios ativos L ´Indice de carregamento

m Itera¸c˜ao atual do algoritmo de busca local Mt N´umero de itera¸c˜oes adotado na simula¸c˜ao

(23)

nerros N´umero de erros por ponto na Simula¸c˜ao Monte Carlo

N Ganho de processamento

N0 Densidade espectral de potˆencia do ru´ıdo

Nsom N´umero de opera¸c˜oes de soma na implementa¸c˜ao em DSP

Nprod N´umero de opera¸c˜oes de multiplica¸c˜ao na implementa¸c˜ao em DSP R Taxa de transferˆencia de bits

r (t) Sinal em tempo cont´ınuo que chega ao receptor R Matriz de correla¸c˜ao entre todas as sequˆencias si

k i-´esimo chip da sequˆencia de espalhamento do k-´esimo usu´ario

t Tempo

trials N´umero de repeti¸c˜oes da Simula¸c˜ao Monte Carlo Tb Per´ıodo de bit

Tc Per´ıodo de chip

y Sa´ıda amostrada de um correlacionador

V (x) Vizinhan¸ca de x, equivalente a distˆancia de Hamming

η Parcela devida ao ru´ıdo t´ermico de tempo discreto amostrado η (t) Parcela devida ao ru´ıdo t´ermico de tempo cont´ınuo

λx,y Correla¸c˜ao cruzada entre as sequˆencia x e y

ϑ Vetor-candidato

ϑbest Melhor vetor-candidato obtido segundo a fun¸c˜ao custo (vetor-solu¸c˜ao)

σx Desvio padr˜ao do processo x

(24)

1

1

Introdu¸

ao

Este cap´ıtulo introdut´orio ir´a tratar dos principais conceitos b´asicos da tecnologia DS/CDMA. Em seguida, ser´a feita uma descri¸c˜ao dos conte´udos explorados em cada um dos cap´ıtulos.

1.1

A tecnologia CDMA

A t´ecnica CDMA ´e caracterizada pelo compartilhamento do mesmo recurso espec-tral por todos os usu´arios ativos, ou seja, os usu´arios transmitem simultaneamente em uma mesma banda de frequˆencia. Para isso, a informa¸c˜ao de cada usu´ario ´e multipli-cada por uma sequˆencia, chamada c´odigo de espalhamento, que ocupa uma banda muito maior que a da informa¸c˜ao, fazendo com que a informa¸c˜ao de cada usu´ario, agora “es-palhada”espectralmente, ocupe uma banda muito maior que a m´ınima necess´aria; isto ´e chamado de espalhamento espectral (SS - Spread Spectrum). Cada usu´ario possui seu pr´oprio c´odigo de espalhamento, de forma que se tenha uma situa¸c˜ao onde ou haja orto-gonalidade entre os c´odigos ou, de forma ainda favor´avel, as correla¸c˜oes (ou interferˆencia de m´ultiplo acesso) entre os sinais dos usu´arios sejam reduzidas. No receptor, o sinal ´e “desespalhado”via multiplica¸c˜ao por uma r´eplica do c´odigo de cada usu´ario e, devido `a baixa correla¸c˜ao entre cada c´odigo (ou virtualmente ´e zero ou mesmo existe ortogonali-dade entre eles), a informa¸c˜ao dos outros usu´arios s˜ao interpretadas como ru´ıdo, chamado de interferˆencia de m´ultiplo acesso (MAI - Multiple Access Interference).

Potencialmente, sistemas CDMA podem fornecer uma maior capacidade de canal do que sistemas de m´ultiplo acesso por divis˜ao de frequˆencia (FDMA - Frequency Division Multiple Access) e por divis˜ao de tempo (TDMA - Time Division Multiple Access). A capacidade de canal pode ser definida como o n´umero m´aximo K0 de usu´arios simultˆaneos

que podem ser suportados em uma faixa de frequˆencia do espectro. Portanto, a capacidade de canal de r´adio ´e a medida da eficiˆencia de espectro em um sistema sem fio. ´E um parˆametro determinado pela rela¸c˜ao sinal-ru´ıdo (SNR - Signal-to-Noise Ratio) na entrada

(25)

1.1 A tecnologia CDMA 2

do receptor e pela largura de banda W definida/alocada ao sistema (ZIGANGIROV, 2004). Verifica-se, atualmente, que as tecnologias dominantes s˜ao aquelas baseadas em sis-temas CDMA. H´a trˆes raz˜oes predominantes que corroboram essa tendˆencia (OLIVEIRA, 2007):

• alta flexibilidade para transmiss˜ao de altas taxas de dados; • utiliza¸c˜ao de sinais recebidos por m´ultiplos percursos;

• ganho referente ao “Soft Handoff”1, permitindo a manuten¸c˜ao da conex˜ao com a

esta¸c˜ao r´adio-base (ERB) enquanto o terminal m´ovel desloca-se de uma c´elula a outra.

Em sistemas DS-CDMA existem duas maneiras para a detec¸c˜ao da informa¸c˜ao, a convencional (SuD - Single-user Detector ) e a multiusu´ario (MuD - Multi-user Dectetor ). Na pr´oxima subse¸c˜ao ser˜ao abordados aspectos da detec¸c˜ao convencional.

1.1.1

Detec¸

ao Convencional (SuD)

Na detec¸c˜ao convencional cada ramo detecta um ´unico usu´ario sem levar em consi-dera¸c˜ao a existˆencia dos demais, geralmente utilizando-se de um banco de filtros casados (MFB - Matched Filter Bank ), ou receptor de correla¸c˜ao. Para modula¸c˜ao BPSK (Bi-nary Phase Shift Keying), este filtro, casado ao c´odigo de espalhamento e a forma¸c˜ao de pulso/chip, ´e composto de um integrador seguido de um amostrador-retentor e um cir-cuito final de decis˜ao. N˜ao ocorre compartilhamento da informa¸c˜ao nem processamento dos sinais dos demais usu´arios ativos. Neste contexto, a interferˆencia MAI ´e tratada simplesmente como ru´ıdo de fundo (AWGN - Additive White Gaussian Noise).

A figura 1.1 ilustra as formas de onda de uma transmiss˜ao e recep¸c˜ao em sistemas DS/CDMA em banda-base; considera-se um detector uniusu´ario DS/CDMA SuD com ganho de processamento igual a 8 (TACHIKAWA, 2002):

Os dados da informa¸c˜ao transmitida pelos usu´arios 1 e 2 s˜ao espalhados no espectro pelo c´odigo de espalhamento atribu´ıdo exclusivamente a cada usu´ario, de forma que, a autocorrela¸c˜ao dos c´odigos seja alta e a correla¸c˜ao cruzada entre os c´odigos seja baixa (ou virtualmente zero), ou seja, estejam total ou parcialmente descorrelacionados. O ganho de processamento ´e dado pelo n´umero de chips (bits) do c´odigo de espalhamento.

1Uma vez que todos os usu´arios transmitem ao mesmo tempo, e na mesma frequˆencia, um terminal

(26)

1.1 A tecnologia CDMA 3

Figura 1.1: Formas de onda no processo de espalhamento/desespalhamento do sinal um sistema DS/CDMA com dois usu´arios e receptor convencional.

Desta forma, a sequˆencia de dados da informa¸c˜ao espalhada ´e gerada a uma taxa de chip equivalente `a taxa de s´ımbolo (bits) dos dados da informa¸c˜ao vezes o ganho de processamento. Em seguida, os dados de informa¸c˜ao espalhados de cada usu´ario s˜ao somados (Sinal Composto da figura 1.1) para indicar que todos os usu´arios ocupam o mesmo espectro do canal de r´adio. No receptor, o sinal ´e sincronizado e multiplicado por uma r´eplica de seu c´odigo de espalhamento. Ap´os a multiplica¸c˜ao (desespalhamento espectral), o sinal ´e integrado sobre um per´ıodo de s´ımbolo de dados da informa¸c˜ao (processo denominado Sample and Hold (integra e ret´em) para recuperar os dados da informa¸c˜ao transmitidos, minimizando o efeito do ru´ıdo de fundo (AWGN). Este bloco do processo de detec¸c˜ao ´e denominado filtro casado (MFB) ao c´odigo de espalhamento de cada usu´ario.

O sucesso da detec¸c˜ao convencional depende das propriedades de correla¸c˜ao cruzada e auto-correla¸c˜ao dos c´odigos de espalhamento envolvidos e de um rigoroso controle de potˆencia.

(27)

1.1 A tecnologia CDMA 4

1.1.2

Detec¸

ao MuD

Na detec¸c˜ao MuD, informa¸c˜oes dos usu´arios ativos no sistema s˜ao utilizadas conjunta-mente a fim de atenuar/eliminar a interferˆencia provocada entre si para melhor detectar cada usu´ario individualmente, aumentando o desempenho e/ou capacidade do sistema m´ovel celular de modo a aproxim´a-la da capacidade do canal (ABR ˜AO, 2001).

As principais vantagens associadas aos detectores multiusu´ario s˜ao (CIRIACO, 2004):

• Significativo aumento de capacidade e desempenho;

• Relaxa¸c˜ao do requisito de controle de potˆencia: como h´a um grande ganho de desempenho (redu¸c˜ao do impacto da MAI), abranda-se a exigˆencia de um controle de potˆencia;

• Utiliza¸c˜ao mais eficiente da energia: a redu¸c˜ao da interferˆencia no canal reverso pode resultar em redu¸c˜ao no requisito de potˆencia transmitida pelos m´oveis, propiciando uma maior autonomia para as baterias e/ou reduzindo o volume e peso dos terminais.

Em sistemas DS/CDMA, a limita¸c˜ao de desempenho e capacidade do sistema ´e resul-tado principalmente da MAI. Ela torna-se substancial quando o n´umero de usu´arios cresce e/ou quando as disparidades de potˆencia crescem. Assim, enquanto a detec¸c˜ao convencio-nal considera todos os usu´arios interferentes como ru´ıdo, a detec¸c˜ao multiusu´ario constitui uma melhor estrat´egia justamente por utilizar as informa¸c˜oes destes usu´arios no processo de detec¸c˜ao, combatendo efetivamente a interferˆencia de m´ultiplo acesso, resultando em melhoria de desempenho em rela¸c˜ao ao detector convencional (VERD ´U, 1986).

As t´ecnicas de detec¸c˜ao expostas na literatura podem ser classificadas conforme a figura 1.2 (CIRIACO, 2004).

Os detectores multiusu´ario lineares sub-´otimos, Descorrelacionador e Detector por M´ınimo Erro Quadr´atico M´edio (MMSE - Minimun Mean Squared Error ), resultam em substancial aumento de desempenho e capacidade do sistema em rela¸c˜ao ao detector Convencional, entretanto, inferior ao detector ´otimo. Por´em, o grande problema destes detectores ´e a realiza¸c˜ao/implementa¸c˜ao da invers˜ao de matriz (matriz de correla¸c˜ao), o que implica em uma alta complexidade (para detec¸c˜ao em tempo real) em sistemas com muitos usu´arios ativos.

Para os detectores multiusu´ario baseados no cancelamento de interferˆencia (IC - In-terference Cancellation) e o ZF-DF (Zero Forcing Decision Feedback ) o princ´ıpio de

(28)

1.1 A tecnologia CDMA 5 Detecção de dados em Sistemas DS/ CDMA Uniusuário ( SuD ) Multiusuário ( MuD ) Convencional ( MFB ) Canceladores de Interferência Sucessivo (SIC) Paralelo ( PIC ) Híbrido (HIC) ZF - DF Ótimo (ML) Lineares Descorrelacionador

Detector por Mínimo Erro Quadrático Médio

( MMSE ) Algoritmos

Heurísticos

Evolucionários Busca Local

Figura 1.2: Classifica¸c˜ao geral para os principais detectores em sistemas DS/CDMA.

opera¸c˜ao consiste na gera¸c˜ao de estimativas para a MAI, seguido pelo cancelamento (atrav´es de subtra¸c˜ao) da MAI do sinal do usu´ario de interesse. A complexidade destes detectores cresce com o n´umero de est´agios necess´arios para a demodula¸c˜ao e a partir de um certo n´umero de est´agios n˜ao h´a mais ganho significativo de desempenho, devido ao aumento do erro nas estimativas da interferˆencia. Isto limita o desempenho destes algoritmos.

O melhor desempenho poss´ıvel ´e obtido com o detector ´otimo (OMuD) de m´axima verossimilha¸ca (ML - Maximum Likelihood), por´em `as custas de uma complexidade com-putacional que cresce exponencialmente com o n´umero de usu´arios, tornando-o invi´avel para implementa¸c˜ao em sistemas de interesse comercial (VERD ´U, 1998).

As t´ecnicas heur´ısticas ser˜ao abordadas na subse¸c˜ao 1.1.2.1.

1.1.2.1 OMuD e as t´ecnicas Heur´ısticas (sub-´otimas)

Devido a alta complexidade do OMuD (Optimum MuD), in´umeros trabalhos tˆem sido desenvolvidos no sentido da simplifica¸c˜ao deste problema com a manuten¸c˜ao do de-sempenho, entre eles, a detec¸c˜ao multiusu´ario baseada em t´ecnicas heur´ısticas, chamadas de sub-´otimas, pois, apresentam desempenhos muito pr´oximo ao ´otimo.

Estas t´ecnicas heur´ısticas s˜ao baseadas na aproxima¸c˜ao sucessiva do resultado. S˜ao gerados vetores-candidatos que s˜ao avaliados atrav´es de uma Fun¸c˜ao-Custo (fitness

(29)

va-1.1 A tecnologia CDMA 6

lue) que analisa a aptid˜ao desses candidatos em rela¸c˜ao a solu¸c˜ao ´otima, os melhores candidatos permanecem e s˜ao comparados com candidatos de um pr´oximo ciclo e, as-sim, sucessivamente. A baixa complexidade juntamente com os bons resultados obtidos atrav´es destas t´ecnicas fazem com que os m´etodos heur´ısticos sejam muito bem aceitos e vi´aveis na detec¸c˜ao MuD.

Dentre as t´ecnicas heur´ısticas, emprega-se neste trabalho o algoritmo de busca lo-cal (LS - Lolo-cal Search) (AARTS; LENSTRA, 2003), por suas caracter´ısticas de baix´ıssima complexidade na resolu¸c˜ao do problema MuD.

Conforme foi mencionado, cada detector multiusu´ario apresenta suas vantagens e desvantagens. Com exce¸c˜ao do detector ´otimo, que tem sua implementa¸c˜ao impratic´avel para os padr˜oes de tecnologia atuais, os outros detectores tˆem sua aplica¸c˜ao vi´avel. Por´em, as t´ecnicas heur´ısticas se apresentam mais atrativas por combinarem diferentes aspectos que se encaixam perfeitamente `as limita¸c˜oes de capacidade computacionais existentes atualmente. Dois fatores s˜ao essenciais na an´alise de viabilidade de implementa¸c˜ao de um MuD, s˜ao eles: desempenho e complexidade computacional (processamento).

Por terem sua evolu¸c˜ao de busca baseada na avalia¸c˜ao de uma fun¸c˜ao custo desen-volvida no princ´ıpio OMuD, os detectores multiusu´ario heur´ısticos (Heur-MuD) apre-sentam desempenho com limiar aos valores ´otimos; portanto, s˜ao superiores aos detecto-res multiusu´ario lineares e aos canceladores de interferˆencia. Quanto `a complexidade, a aplica¸c˜ao de t´ecnicas heur´ısticas ao problema MuD resulta em uma fun¸c˜ao polinomial dependente apenas de parˆametros do sistema, o que reduz significativamente o tempo de processamento.

Na figura 1.3 tˆem-se o carregamento de um sistema DS/CDMA em canal s´ıncrono AWGN para diversos receptores heur´ısticos. Todos s˜ao avaliados pela Taxa de Erro de Bit (BER - Bit Error Rate) e percebe-se claramente a melhora de desempenho em rela¸c˜ao ao detector convencional (CD). Os algoritmos heur´ısticos avaliados s˜ao:

• LS: Busca Local 1-´otimo (1 − opt LS-MuD)

• EP-C: Programa¸c˜ao Evolucion´aria com Clonagem (EP-C-MuD) • GA: Algoritmo Gen´etico (GA-MuD)

• Swarm: Otimiza¸c˜ao por Nuvem de Part´ıculas (PSO-MuD)

(30)

1.2 Descri¸c˜ao de Conte´udo 7 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 10−2 10−1 Índice de Carregamento BER CD LS EP−C GA Swarm SuB (BPSK)

Figura 1.3: Avalia¸c˜ao do Carregamento do Sistema atrav´es da BER dos principais algoritmos heur´ısticos para N = 32 e Eb/N0 = 6dB.

• complexidade reduzida em rela¸c˜ao ao OMuD; • desempenho muito pr´oximo ao do OMuD;

• tolerˆancia ao efeito near-far e ao carregamento do sistema (ou `a MAI).

Desta forma, existe grande viabilidade de implementa¸c˜ao dos Heur-MuD atrav´es de uma plataforma de DSP, conforme proposto neste trabalho.

1.2

Descri¸

ao de Conte´

udo

Este trabalho de conclus˜ao de curso em Engenharia El´etrica prop˜oe a implementa¸c˜ao de um ou mais subsistemas de comunica¸c˜ao sem fio de m´ultiplo acesso por divis˜ao de c´odigo de seq¨uˆencia direta (DS/CDMA), utilizando a t´ecnica de processamento digital de sinais (DSP). A partir da utiliza¸c˜ao de kits de desenvolvimento DSP comerciais, foi im-plementado e caracterizado um (ou mais) blocos constituintes de um sistema DS/CDMA t´ıpico, podendo ser um bloco de detec¸c˜ao de dados multiusu´ario, um estimador de coefi-cientes de canal ou de sincronismo, etc.

(31)

1.3 Publica¸c˜oes 8

previamente estabelecidas. Solu¸c˜oes heur´ısticas conciliam requisitos de alto desempenho e reduzida complexidade de implementa¸c˜ao em problemas cuja solu¸c˜ao requer tempo computacional excessivo (por exemplo, tempos n˜ao-polinomiais (NP), NP completo ou incompleto).

1.3

Publica¸

oes

• Metodologia de Projeto e Implementa¸c˜ao em DSP C6713 dos Algoritmos Heur´ısticos de Detec¸c˜ao Multiusu´ario em Sistemas CDMA.

Autores: MUSSI, A.M.; RIBEIRO, R.O.; ABR ˜AO, T..

• An´alise de Complexidade dos Algoritmos heur´ısticos de Detec¸c˜ao Multiusu´ario CDMA implementados em DSP (Plataforma TMS320C6713).

(32)

9

2

Descri¸

ao do Sistema

S˜ao descritos os trˆes subsistemas de um DS/CDMA: Transmissor, Receptor Conven-cional (CD ou SuD) e o Heur-MuD usando o algoritmo de Busca Local 1-´otimo (1 − opt LS - 1-Optimum Local Search). Dentre estes, o receptor 1-LS-MuD ser´a implementado em DSP. Para todos os sistemas DS/CDMA, foi empregado um modelo de sinais em banda-base equivalente sobre um canal AWGN s´ıncrono. Para maiores informa¸c˜oes sobre AWGN, ver anexo G.

2.1

Transmissor

Este ´e o primeiro subsistema a ser descrito, sendo utilizado em conjunto pelo detector convencional (CD) e pelo do Heur-MuD, formando, assim, dois sistemas independentes. Este subsistema ser´a descrito em linguagem Matlab. A metodologia detalhada empregada neste subsistema ´e abordada no cap´ıtulo 4.

Em um sistema DS/CDMA, com K usu´arios ativos, utilizando modula¸c˜ao BPSK e canal com desvanecimento, o sinal em tempo cont´ınuo que chega ao receptor pode ser descrito, em banda-base, como:

r (t) =

K

X

k=1

Akbksk(t − τk) ∗ h (t) + η (t) (2.1)

onde K ´e o n´umero de usu´arios ativos no sistema; t ∈ [0, Tb] e Tb ´e o per´ıodo de bit1;

Ak ´e a amplitude do sinal transmitido do k-´esimo usu´ario, dada por Ek = PkTb = A2kTb,

onde Ek ´e a energia de bit e Pk a potˆencia do sinal recebido pelo k-´esimo usu´ario; bk ∈

{−1, +1} ´e o bit de informa¸c˜ao transmitido do k-´esimo usu´ario, assumidos equiprov´aveis e independentes; h (t) ´e a resposta impulsiva do canal e η (t) ru´ıdo AWGN de tempo cont´ınuo, representando o ru´ıdo t´ermico e outras fontes de ru´ıdo n˜ao relacionadas aos sinais transmitidos com densidade de potˆencia bilateral igual a N0/2.

(33)

2.2 Receptor Convencional 10

A sequˆencia de espalhamento, sk, atribu´ıda ao k-´esimo usu´ario ´e dada por:

sk(t) = N −1

X

i=0

zk(i)Pt(t − iTc) (2.2)

onde zk ´e o vetor de chips, com z (i)

k ∈ {−1, +1} com dura¸c˜ao de Tc; Tc ´e o intervalo de

cada chip e Pt(.) ´e um pulso retangular de amplitude unit´aria no intervalo [0, Tc).

Neste trabalho, considera-se sistemas DS/CDMA com c´odigos de espalhamento curtos, isto ´e, o ganho de processamento ´e dado por N = Tb/Tc. Tamb´em s˜ao consideradas

sequˆencias de espalhamento aleat´orias, pois uma vez que se trata de uma implementa¸c˜ao, a considera¸c˜ao do pior caso ´e preferencial. Para maiores detalhes sobre as sequˆencias de espalhamento, ver anexo F.

Outra considera¸c˜ao feita neste trabalho ´e que um canal ser´a caracterizado por um AWGN s´ıncrono, ou seja, τk = 0 n˜ao havendo efeito de desvanecimento de pequena escala

(ru´ıdo multiplicativo). Reescrevendo a equa¸c˜ao (2.1) e levando-se em conta os parˆametros utilizados neste trabalho, obt´em-se:

r (t) =

K

X

k=1

Akbksk(t) + η (t) (2.3)

Este ´e o sinal em tempo cont´ınuo que chega ao receptor, consistindo da soma de sinais antipodais espalhados por sequˆencias de espalhamento s´ıncronas imersas em um canal AWGN.

2.2

Receptor Convencional

Este ´e o segundo subsistema a ser descrito em linguagem Matlab e implementado em DSP devido a compor um est´agio do 1-LS-MuD. Comp˜oe com o transmissor um sistema DS/CDMA com o intuito de ser comparado ao 1 − opt LS Heur-MuD podendo assim ser desenvolvida uma an´alise de desempenho em uma base comparativa.

Para uma recep¸c˜ao coerente em canal AWGN s´ıncrono, o sinal `a sa´ıda de um banco de filtros casados `a sequˆencia de espalhamento de cada usu´ario, ou receptor Convencional, pode ser escrito como:

yk = Tb Z 0 r (t) sk(t)dt = Akbk+ K X j6=k Ajbjλk,j+ ηk (2.4)

(34)

2.2 Receptor Convencional 11

onde ηk ´e o ru´ıdo AWGN filtrado para o k-´esimo usu´ario e λk,j denota o k, j-´esimo

elemento da matriz de correla¸c˜ao R.

O conjunto de sinais de equa¸c˜ao (2.4) (k = 1, 2, ...K) pode ser expressa na forma matricial:

y = RAb + η (2.5)

Sendo y um vetor K ×1, RKxK: matriz de correla¸c˜ao, A a diagonal principal da matriz de

amplitudes e b ´e o vetor contendo um bit de informa¸c˜ao de cada usu´ario. Para sinaliza¸c˜ao BPSK, o CD toma decis˜oes baseado na polaridade dos sinais `a sa´ıda2 do integrador, y,

obtendo o vetor de informa¸c˜ao estimada: ˆ

b = sgn[y] = (

−1 : y < 0

+1 : y ≥ 0 (2.6) A fun¸c˜ao sinal, sgn[·], retorna a polaridade de um n´umero real.

O sistema transmiss˜ao-recep¸c˜ao SuD adotado pode ser visualizado por meio da fi-gura 2.1. Neste sistema de detec¸c˜ao, fica claro a limita¸c˜ao de desempenho devido `a interferˆencia de m´ultiplo acesso, uma vez que o sinal a ser transmitido de cada usu´ario ´e somado aos demais usu´arios interferentes (termo

K

P

j6=k

Ajbjλk,j da equa¸c˜ao (2.4)) e no

receptor n˜ao h´a uma estrat´egia que considere as informa¸c˜oes dos interferentes no processo de detec¸c˜ao do usu´ario de interesse.

Por ser um sistema s´ıncrono AWGN e n˜ao seletivo em frequˆencia, h´a possibilidade do uso de sequˆencias de espalhamento do tipo Gold ou Walsh-Hadamard (ortogonais) que tˆem baixas (ou nulas) propriedades de correla¸c˜ao cruzada reduzindo, desta forma, a inter-ferˆencia de m´ultiplo acesso. Por´em, o uso destas sequˆencias limita o n´umero m´aximo de usu´arios ativos no sistema para um dado tamanho de sequˆencia. Para maiores informa¸c˜oes sobre sequˆencias de espalhamento ver anexo F.

O uso de sequˆencias de espalhamento aleat´orias praticamente elimina o limite m´aximo de usu´arios ativos do sistema. Por´em, n˜ao h´a garantia de ortogonalidade entre as sequˆencias. Desta forma, as propriedades de correla¸c˜ao cruzada entre as sequˆencias n˜ao ser˜ao geral-mente baixas, consequentegeral-mente, os sinais dos usu´arios sofrer˜ao uma MAI mais elevada. Contudo, este percal¸co n˜ao ´e desvantajoso neste trabalho, pois, o foco aqui ´e a imple-menta¸c˜ao do receptor, sendo a condi¸c˜ao de pior caso (em rela¸c˜ao `as sequˆencias Gold ou Walsh-Hadamard) preferencial por ser mais geral e pr´atico. Como o CD ser´a compa-rado ao Heur-MuD, pode-se melhor analisar o aumento de desempenho causado pelo

(35)

2.3 Detector Multiusu´ario baseado em Algoritmos Heur´ısticos 12

Figura 2.1: Sistema Transmiss˜ao-Recep¸c˜ao Convencional - (a) Transmissor em banda-base; (b) Modelo de canal adotado; (c) 1o est´agio MFB e (d) Detector

Convencional Abrupto.

Heur-MuD pela elimina¸c˜ao da elevada MAI.

2.3

Detector Multiusu´

ario baseado em Algoritmos

Heur´ısticos

Este ´e o terceiro subsistema a ser descrito em linguagem Matlab e implementado efetivamente empregando-se a plataforma do DSK C6713.

O algoritmo heur´ıstico utilizado neste trabalho foi o de busca local (LS). O algoritmo LS ´e um m´etodo de otimiza¸c˜ao que se caracteriza pela varredura em uma vizinhan¸ca pr´ e-estabelecida do universo de busca (AARTS; LENSTRA, 2003). Nesse m´etodo, ´e importante a escolha da solu¸c˜ao inicial e a limita¸c˜ao da vizinhan¸ca para se encontrar uma solu¸c˜ao v´alida com uma complexidade computacional aceit´avel.

Uma caracter´ıstica dos algoritmos de busca local ´e a existˆencia de duas estrat´egias para a realiza¸c˜ao do deslocamento no espa¸co de busca. Existe a estrat´egia de desloca-mento pelo maior ganho e a estrat´egia de deslocamento pelo primeiro ganho. A primeira utiliza a melhor solu¸c˜ao de uma vizinhan¸ca como entrada da pr´oxima itera¸c˜ao. A ou-tra esou-trat´egia utiliza a primeira solu¸c˜ao que apresentar um maior valor que a solu¸c˜ao atual como entrada da pr´oxima itera¸c˜ao (CIRIACO, 2004). Neste trabalho, utilizou-se a

(36)

2.3 Detector Multiusu´ario baseado em Algoritmos Heur´ısticos 13

estrat´egia de deslocamento pelo maior ganho.

No intuito de diminuir a complexidade computacional e, consequentemente, o tempo computacional, foi escolhido o algoritmo de busca local 1-´otimo (1 − opt LS).

2.3.1

1 − opt LS-MuD

Este algoritmo procura por uma solu¸c˜ao ao redor de uma vizinhan¸ca composta por todas as poss´ıveis solu¸c˜oes cuja distˆancia de Hamming3, equa¸c˜ao (2.7), ´e igual a 1. A cada nova itera¸c˜ao de busca no LS, todos os vetores com distˆancia de Hamming igual a 1, chamados de vetores-candidatos (ϑ), s˜ao avaliados atrav´es do cˆomputo da Fun¸c˜ao-Custo (F ), ver equa¸c˜ao (2.8). O melhor vetor obtido atrav´es da avalia¸c˜ao ´e ent˜ao adotado como sendo o novo ponto base de c´alculo da vizinhan¸ca para a pr´oxima itera¸c˜ao. A figura 2.2 esquematiza o funcionamento simplificado.

Figura 2.2: Diagrama simplificado do funcionamento do algoritmo heur´ıstico 1 − opt LS.

(37)

2.3 Detector Multiusu´ario baseado em Algoritmos Heur´ısticos 14

O vetor-candidato inicial tomado como base (ϑbest

inicial) para c´alculo da vizinhan¸ca com

distˆancia de Hamming igual a 1 ´e dado pela sa´ıda do CD. Neste trabalho, um detec-tor convencional abrupto (decis˜ao hard ). Os vetores-candidatos s˜ao obtidos conforme equa¸c˜ao (2.7). Como o vetor `a sa´ıda do CD tem K bits (K = n´umero de usu´arios) e a distˆancia de Hamming ´e igual a 1 s˜ao gerados vetores-candidatos em n´umero equivalente ao n´umero de bits do vetor-base. Portanto, ser˜ao gerados K vetores-candidatos, ou seja, h´a K poss´ıveis solu¸c˜oes.

V (ϑm) = n ϑi ∈ {−1, 1} K tal que kϑi− ϑmk = 1 o (2.7) onde ϑm´e o vetor-base; Mt´e o n´umero m´aximo de itera¸c˜oes e m = 1, ..., Mte i = 1, ..., K.

Todos vetores-candidatos tˆem sua aptid˜ao avaliada por uma Fun¸c˜ao-Custo que ´e ba-seada (tomada a parte real) na fun¸c˜ao de verossimilhan¸ca (ML):

F (ϑ) = Re{2yTCHAϑ − ϑTCARACHϑ} (2.8)

onde y ´e o vetor de sa´ıda do 1o est´agio do MFB (antes do decisor abrupto); C ´e a matriz

diagonal dos coeficientes do canal; A ´e a matriz de amplitudes dos sinais dos usu´arios (ganho) e R ´e a matriz de correla¸c˜ao.

Neste trabalho, n˜ao foi considerado um ru´ıdo multiplicativo. Portanto, pode-se definir a matriz diagonal dos coeficientes do canal igual a 1 (C = 1). Desta forma, a equa¸c˜ao (2.8) pode ser simplificada, sendo reescrita como:

F (ϑ) = Re{2yTAϑ − ϑTARAϑ} (2.9)

O algoritmo LS tem como objetivo a maximiza¸c˜ao da Fun¸c˜ao-Custo atrav´es de poss´ıveis solu¸c˜oes (ϑ) e tem um desempenho que se aproxima do OMuD `a medida que o n´umero de itera¸c˜oes (m) aumenta. Neste trabalho, foi adotada uma estrat´egia diferente ao do 1 − opt LS cl´assico com o intuito de escapar de m´aximos locais. S˜ao considerados dois vetores como os de melhores solu¸c˜ao. O primeiro ϑbest ´e o vetor com a melhor solu¸c˜ao global, ou

seja, entre todas itera¸c˜oes e sua avalia¸c˜ao de aptid˜ao ´e dada por Fbest. O segundo ϑm

´e o vetor com a melhor solu¸c˜ao da itera¸c˜ao atual, chamado de vetor-base neste trabalho e este maximiza a Fun¸c˜ao-Custo entre todos os vetores-candidatos da itera¸c˜ao atual e ´e vetor usado para o c´alculo da distˆancia de Hamming em cada nova itera¸c˜ao. Quando o vetor-base ´e tamb´em a melhor solu¸c˜ao global, ent˜ao, os dois vetores se igualam. Por´em, quando o vetor-base n˜ao tem sua Fun¸c˜ao-Custo maior que Fbest, mant´em-se os valores de ϑbest e Fbest. Entretanto, a pr´oxima itera¸c˜ao ´e calculada a partir da vizinhan¸ca do

(38)

vetor-2.3 Detector Multiusu´ario baseado em Algoritmos Heur´ısticos 15

base (ϑm), procurando-se assim o escape de um poss´ıvel m´aximo local. No pseudoc´odigo

abaixo ´e demonstrado o algoritmo utilizado neste trabalho.

Algoritmo 1 − opt LS-MuD

1. Adota-se como solu¸c˜ao inicial o vetor `a sa´ıda do detector convencional: ϑbest= ˆb

ϑm = ϑbest

2. Calcula-se a aptid˜ao da solu¸c˜ao inicial atrav´es da Fun¸c˜ao-Custo: Fbest = F ϑbest

3. Para m = 1, ..., Mt:

(a) Encontram-se as K poss´ıveis solu¸c˜oes (vetores-candidatos) com distˆancia de Hamming igual a 1 do vetor-base desta itera¸c˜ao (ver equa¸c˜ao (2.7)).

(b) Calcula-se a aptid˜ao de cada uma das solu¸c˜oes atrav´es da Fun¸c˜ao-Custo. (c) Encontra-se o ganho de cada uma das Fun¸c˜oes-Custo calculadas em rela¸c˜ao

`

a melhor Fun¸c˜ao-Custo global, gerando um vetor g com os ganhos de cada poss´ıvel solu¸c˜ao:

gi = F (ϑi) − Fbest

(d) Encontra-se a melhor solu¸c˜ao da itera¸c˜ao atual: gmax = max (g)

ϑm = ϑ

position gmax

(e) O ganho obtido pela melhor solu¸c˜ao desta itera¸c˜ao ´e avaliado em rela¸c˜ao `a melhor solu¸c˜ao global:

Se gmax > 0:

ϑbest = ϑm

Fbest= g max

Se gmax < 0 pode-se aplicar um crit´erio de parada, conforme ser´a descrito no

cap´ıtulo 4

(f) Retorna-se `a etapa 3 at´e o n´umero de itera¸c˜oes m atinja o valor de Mt.

4. O vetor de sa´ıda do algoritmo ser´a ϑbest.

Desta forma, pode-se citar algumas vantagens (OLIVEIRA, 2007) que o tornam inte-ressante, principalmente, para aplica¸c˜oes que visam trabalhar em tempo real:

(39)

2.3 Detector Multiusu´ario baseado em Algoritmos Heur´ısticos 16

• ausˆencia de parˆametros de entrada;

• existˆencia de um crit´erio de parada sem defini¸c˜ao a priori; • estrat´egia simples que possibilita simplifica¸c˜oes.

Um diagrama em blocos do sistema de transmiss˜ao-recep¸c˜ao com a incorpora¸c˜ao do Heur-MuD pode ser visto na figura 2.3. O conjunto dos blocos (c) e (d) formam o detector convencional.

Figura 2.3: Sistema Transmiss˜ao-recep¸c˜ao LS-MuD - (a) Transmissor em banda-base; (b) Modelo de canal adotado; (c) 1o est´agio MFB; (d) Decisor Abrupto com ponto de

(40)

17

3

Ferramentas Computacionais

Ser˜ao descritas as ferramentas computacionais utilizadas, neste trabalho, tanto para obten¸c˜ao de simula¸c˜oes que ser˜ao a base comparativa, pois, resultam em desempenhos compat´ıveis com os obtidos no grupo de telecomunica¸c˜oes quanto para implementa¸c˜ao na plataforma DSP com uso do algoritmo heur´ıstico 1 − opt LS.

As ferramentas computacionais utilizadas neste trabalho foram escolhidas com base na experiˆencia do autor no manuseio do software, outras s˜ao ferramentas disponibilizadas no DSK C6713. Portanto, para estes n˜ao houve crit´erio de escolha.

3.1

MATLAB

R

O MATLAB Matrix Laboratory ´e um software da The Mathworks Inc. desti-R

nado a fazer c´alculo com matrizes de dimens˜oes elevadas de forma eficiente. Contudo, ele integra an´alise num´erica, c´alculo com matrizes, processamento de sinais e constru¸c˜ao de gr´aficos em ambiente f´acil de usar onde problemas e solu¸c˜oes s˜ao expressos somente como eles s˜ao escritos matematicamente, ao contr´ario da programa¸c˜ao tradicional, tornando mais simples o seu uso, possibilitando a incorpora¸c˜ao de rotinas e fun¸c˜oes definidas pelo usu´ario al´em de pacotes para c´alculos espec´ıficos.

A grande vantagem que o MATLAB possui em rela¸c˜ao `as outras linguagens como, por exemplo, o C e o Fortran consiste no fato de que no MATLAB as informa¸c˜oes s˜ao facilmente armazen´aveis em matrizes o que proporciona uma f´acil e r´apida manipula¸c˜ao de uma grande quantidade de informa¸c˜oes. Al´em disso, o MATLAB possui uma grande quantidade de bibliotecas auxiliares (“Toolboxes”) que otimizam o tempo gasto para reali-zar tarefas, uma vez que, o usu´ario poder´a utilizar muitas fun¸c˜oes j´a definidas, poupando o tempo de cri´a-las. Por outro lado, infelizmente, os programas feitos s˜ao dif´ıceis de serem executados num ambiente fora do MATLAB. Por isto, neste trabalho, foi utilizado uma comunica¸c˜ao em tempo real entre o MATLAB e a plataforma DSP, chamada RTDX (Real Time Data Exchange). Para informa¸c˜oes detalhadas sobre RTDX, ver anexo B.

(41)

3.2 Plataforma de Desenvolvimento do DSK C6713 18

3.2

Plataforma de Desenvolvimento do DSK C6713

O DSP utilizado neste trabalho ´e um TMS320C6713, fabricado pela Texas Instru-ments’ Inc., fazendo parte de um kit de desenvolvimento chamado DSK C6713. O DSP est´a contido em uma plataforma desenvolvida pela Spectrum Digital Inc. que integra o DSP e uma s´erie de componentes que visam otimizar sua capacidade, como tamb´em ofe-rece uma interface para expans˜ao de mem´oria, I/O (Input/Output ), entre outros. Maiores informa¸c˜oes sobre o DSK C6713 no anexo A.

O kit tamb´em inclui um software, chamado Code Composer Studio (CCS). Sua pro-grama¸c˜ao ´e feita atrav´es da linguagem C/C++ sendo usado para implementa¸c˜ao j´a que ´e totalmente integrado `a plataforma do DSP.

3.2.1

DSP TMS320C6713

Uma das ´areas mais dinˆamicas dos sistemas digitais, hoje em dia, est´a no campo do processamento digital de sinais. Processadores de sinais digitais s˜ao microprocessadores r´apidos feitos com um tipo especializado de arquitetura e um conjunto de instru¸c˜oes ade-quadas para o processamento de sinal. O DSP C6713 trabalha com ponto-flutuante e ponto-fixo. Sua arquitetura est´a muito bem adaptada para c´alculos num´ericos intensivos, baseado em uma arquitetura VLIW (Very-Large-Instruction-Word ). O C6713 ´e conside-rado, um dos mais poderosos processadores fabricados pela Texas Instruments’(CHASSAING, 2005). Maiores informa¸c˜oes, ver anexo A.

Os processadores convencionais, ou de uso geral, s˜ao projetados para manipular da-dos, n˜ao possuindo estruturas dedicadas para processamento digital de sinais. Enquanto a grande maioria das aplica¸c˜oes dos processadores convencionais s˜ao off-line, as aplica¸c˜oes em DSP s˜ao, em sua maioria, aplica¸c˜oes em tempo real. Nas aplica¸c˜oes off-line os dados est˜ao disponibilizados para o processamento e um pequeno atraso n˜ao prejudica o resul-tado do mesmo. Nas aplica¸c˜oes on-line, ou tempo real, os dados devem ser processados `a medida que s˜ao recebidos e s˜ao tolerados apenas atrasos muitos pequenos.

3.2.1.1 Comparativo entre DSP × CISC e RISC

Um processador CISC (Complex Instruction Set Computer ) ou “computador com um conjunto complexo de instru¸c˜oes”´e capaz de executar v´arias centenas de instru¸c˜oes complexas diferentes, sendo extremamente vers´atil.

(42)

3.2 Plataforma de Desenvolvimento do DSK C6713 19

No come¸co da d´ecada de 80, a tendˆencia era construir chips com conjuntos de ins-tru¸c˜oes cada vez mais complexos. Alguns fabricantes por´em, resolveram seguir o caminho oposto, criando o padr˜ao RISC (Reduced Instruction Set Computer ) ou “computador com um conjunto reduzido de instru¸c˜oes”. Ao contr´ario dos complexos CISC, os processadores RISC s˜ao capazes de executar apenas algumas poucas instru¸c˜oes simples. Justamente por isso, os chips baseados nesta arquitetura s˜ao mais simples e muito mais baratos. Ou-tra vantagem dos processadores RISC ´e que por terem um menor n´umero de circuitos internos, podem trabalhar em frequˆencias mais altas.

A principal diferen¸ca de um processador DSP para processadores RISC e CISC est´a no conjunto de instru¸c˜oes, uma vez que os DSPs possuem uma s´erie de instru¸c˜oes ma-tem´aticas e poucas fun¸c˜oes l´ogicas, permitindo a realiza¸c˜ao de forma dedicada dos al-gor´ıtmos de tratamento de sinais.

Tabela 3.1: Comparativo entre Processadores RISC e CISC × DSP RISC e CISC Processadores DSP Principal Processador de Dados Processador Matem´atico Caracter´ıstica

Aplica¸c˜ao T´ıpica Processamento de Texto, Processamento Digital de Sinais, Gerenciamento de dados, Controle de Motores,

Sistemas operacionais, etc. Simula¸c˜ao de Sistemas, etc. Principais Movimento de dados Adi¸c˜ao

Opera¸c˜oes e Teste de valores. e Multiplica¸c˜ao.

Caracter´ısticas Tipicamente off-line. Tipicamente em tempo real. de Processamento

Pode-se citar como caracter´ısticas principais do DSP:

• Elevado ritmo de transferˆencia I/O;

• Alto grau de paralelismo na execu¸c˜ao de uma instru¸c˜ao;

• Otimiza¸c˜ao da arquitetura para opera¸c˜oes matem´aticas repetitivas (ciclos); • Comuta¸c˜ao eficiente de contexto nas interrup¸c˜oes;

• Separa¸c˜ao entre dados, dados secund´arios e programa.

Para o caso de sistemas DS-CDMA, como o sinal est´a espalhado por toda a banda de frequˆencias e trabalhando a uma taxa muito alta (devido ao reduzido per´ıodo de chip), requerem um processamento de sinais muito elevado. Por isso, o DSP vem a ser uma solu¸c˜ao muito apropriada para a implementa¸c˜ao de detectores Heur-MuD.

(43)

3.2 Plataforma de Desenvolvimento do DSK C6713 20

3.2.2

Code Composer Studio (CCS)

O CCS fornece um ambiente integrado de desenvolvimento (IDE - Integrated Develop-ment EnvironDevelop-ment ) para incorporar as ferraDevelop-mentas de software. O CCS inclui ferraDevelop-mentas para a gera¸c˜ao de c´odigo, como um compilador C, um montador e um linker. Tem capa-cidades gr´aficas e suporte para depura¸c˜ao em tempo real, fornecendo uma ferramenta de f´acil manuseio para criar e depurar programas. O compilador C compila um programa fonte em C com a extens˜ao “.c”para produzir uma fonte em assembly com extens˜ao “.asm”. O assembler gera, a partir do arquivo assembly, um arquivo na linguagem de m´aquina com extens˜ao “.obj”, chamado “object file”. O linker combina “object files”e bibliotecas (“object libraries”) para produzir um arquivo execut´avel na extens˜ao “.out”. Este arquivo representa um arquivo execut´avel popular em sistemas baseados em Unix e adotado por v´arios fabricantes de processadores de sinal digital (objeto COFF - Common Object File Format ). Este arquivo execut´avel pode ser carregado e executado diretamente sobre o processador C6713 (CHASSAING, 2005).

A an´alise em tempo real pode ser realizada utilizando o RTDX (anexo B). O RTDX permite a troca de dados entre o PC e a plataforma DSP atrav´es do CCS, tendo a an´alise avaliada em tempo real, ou seja, sem a interrup¸c˜ao no processamento do DSP.

(44)

21

4

Metodologia

Este cap´ıtulo descreve a metodologia empregada na elabora¸c˜ao, implementa¸c˜ao em DSP e caracteriza¸c˜ao dos subsistemas DS/CDMA.

Todas as simula¸c˜oes e implementa¸c˜oes realizadas neste trabalho s˜ao baseadas no M´etodo de Simula¸c˜ao Monte Carlo (MCS - Monte Carlo Simulation), ver anexo D. As es-timativas da quantidade de trials a serem transmitidos, ou seja, o n´umero de ciclos (cada ciclo transmite um bit de cada usu´ario), foi feita considerando o n´umero de erros estima-dos no Single-User Bound (SuB). Para maiores informa¸c˜oes, ver anexo E. Considera-se K como o n´umero de usu´arios e N o ganho de processamento.

4.1

Transmissor-Detector Convencional em Banda Base

para Sistema DS/CDMA

Este sistema ser´a tanto implementado em DSP como parte do 1-LS-MuD quanto descrito em linguagem MATLAB com a fun¸c˜ao de gerar, atrav´es de simula¸c˜oes, as figuras de m´erito. Por´em, somente o vetor `a sa´ıda do CD descrito em linguagem Matlab ser´a analisado. Os resultados servir˜ao como base comparativa para simula¸c˜oes posteriores neste trabalho.

Como j´a foi citado neste trabalho, o sistema DS/CDMA considerado ´e feito em banda-base em canal AWGN s´ıncrono e n˜ao seletivo em frequˆencia utilizando-se de sequˆencias de espalhamento aleat´orias. A detec¸c˜ao convencional ´e feita por um decisor abrupto. A figura 4.1 mostra um diagrama do sistema desenvolvido em MATLAB. Em (a) tem-se a gera¸c˜ao do bit de informa¸c˜ao de cada usu´ario, feito atrav´es do comando “randsrc”que gera aleatoriamente com igual probabilidade bits “1”ou “-1”, ou seja, na forma bin´aria bipola-rizada; em (b) ´e realizado o espalhamento dos bits de informa¸c˜ao atrav´es das sequˆencias de espalhamento aleat´orias que s˜ao geradas com o mesmo comando “randsrc”; em (c) ´e adicionado o ru´ıdo AWGN, gerado usando-se o comando “normrnd”que utiliza o desvio padr˜ao (σn) como parˆametro de entrada; em (d) ´e feito o receptor convencional, sendo que

(45)

4.2 Transmissor 1-LS-MuD em Banda Base para Sistema DS/CDMA 22

o decisor abrupto ´e realizado por um comando espec´ıfico do software chamado “sign”que retorna o valor “1”se o valor for maior que 0 e “-1”caso seja menor que 0 e em (e) o vetor de bits gerados na sa´ıda do detector convencional abrupto ´e, ent˜ao, comparado ao vetor de bits da informa¸c˜ao e atrav´es do uso do comando “biterr”para a gera¸c˜ao da BER. Este comando necessita que os valores estejam na forma de bits “1”ou “0”.

Figura 4.1: Sistema DS/CDMA de Transmiss˜ao-Recep¸c˜ao Convencional implementado no MATLAB.

4.2

Transmissor 1-LS-MuD em Banda Base para

Sis-tema DS/CDMA

Este sistema ter´a duas abordagens diferentes: o primeiro ser´a descrito inteiramente em linguagem MATLAB para servir de base comparativa. Por´em, o enfoque nesta se¸c˜ao ser´a dado ao segundo sistema que ser´a parte em MATLAB e parte em DSP via CCS. Na implementa¸c˜ao feita em CCS, para ser processada no DSP, emprega-se a linguagem C. Foram criadas fun¸c˜oes espec´ıficas para adi¸c˜ao, multiplica¸c˜ao de matrizes, como tamb´em, uma fun¸c˜ao com o algoritmo 1 − opt LS. Todas estas fun¸c˜oes foram armazenadas em uma biblioteca que ´e adicionada ao projeto do CCS. A figura 4.2 ilustra um diagrama do sistema MATLAB/DSP desenvolvido. Nesta figura ´e omitido o bloco de recep¸c˜ao em Matlab que serve de base comparativa com o 1 − opt LS-MuD processado em DSP.

A comunica¸c˜ao e transferˆencia de dados, entre MATLAB e CCS ´e feita atrav´es do RTDX, sendo que, o CCS comunica-se com a plataforma do DSP C6713. Portanto, pode ser dita que a comunica¸c˜ao est´a sendo feita entre o MATLAB e o DSP. O CCS recebe o

(46)

4.2 Transmissor 1-LS-MuD em Banda Base para Sistema DS/CDMA 23

Figura 4.2: Sistema DS/CDMA Transmissor - LS-MuD implementado em MATLAB e DSP.

sinal transmitido oriundo do MATLAB para ser processado no DSP, ´e realizado primeiro est´agio do MFB e em seguida o decisor abrupto, que ´e enviado ao bloco contendo o algoritmo de busca local 1-´otimo. O vetor solu¸c˜ao na sa´ıda do algoritmo heur´ıstico (ϑbest) ´e enviado novamente ao MATLAB, onde ser˜ao calculados a BER, o tempo computacional e geradas as figuras de m´erito. A figura 4.3 ilustra os principais processos envolvidos neste sistema.

O fluxograma da figura 4.4 descreve detalhadamente cada passo desenvolvido na im-plementa¸c˜ao em DSP do sistema Transmissor/1 − opt LS-MuD. Neste fluxograma ´e in-clu´ıdo o bloco de detec¸c˜ao 1 − opt LS-MuD realizado em Matlab para servir de base comparativa junto ao vetor-solu¸c˜ao do mesmo detector processado em DSP. Os processos marcados com “(DSP)”ao fim da descri¸c˜ao s˜ao processos efetuados no DSP.

A configura¸c˜ao das liga¸c˜oes de tr´afego de dados do RTDX empregada neste trabalho ´e descrita na figura 4.5. O host ´e o computador e o target ´e a plataforma do DSK C6713. O aplicativo-cliente no host ´e o Matlab e o dispositivo de destino no target ´e o processador DSP. Nesta configura¸c˜ao, a cria¸c˜ao e habilita¸c˜ao dos canais de entrada e sa´ıda do RTDX devem ser feitas em ambos aplicativos; Matlab e CCS. Uma vez criados, os canais podem transmitir dados do aplicativo-cliente para o dispositivo de destino e vice-versa. Por´em, o processador DSP deve estar rodando para que seja poss´ıvel esta troca de dados em tempo-real onde n˜ao h´a interrup¸c˜ao de seu processamento. Quando um comando de recep¸c˜ao de dados via RTDX ´e executado, h´a uma pausa na execu¸c˜ao do c´odigo at´e que um comando de escrita de dados seja executado no outro lado da comunica¸c˜ao RTDX.

(47)

4.2 Transmissor 1-LS-MuD em Banda Base para Sistema DS/CDMA 24 Geração dos Dados de Informação e Seq. de Espalhamento Aleatórias Espalhamento Espectral dos Dados de Informação e Adição do Ruído AWGN

Filtro Casado à Seq. de Espalhamento Decisor Abrupto Algoritmo 1-opt LS Vetor solução do 1-opt LS-MuD Cálculos da BER e Figuras de Mérito: Eb/N 0[dB] x BER L x BER NFR x BER R T D X

MATLAB

DSP/CCS

RTDX 1-LS-MuD Complexidade da Implementação em DSP Ferramenta cftool Ferramenta Profile do CCS 1 2

Figura 4.3: Diagrama de blocos do sistema DS/CDMA com LS-MuD implementado em MATLAB e DSP.

Alguns comandos de recep¸c˜ao e envio de dados via RTDX no CCS que s˜ao utilizados neste trabalho podem ser vistos na figura 4.6. S˜ao exibidos os comandos de recep¸c˜ao da matriz de sequˆencias de espalhamento de cada usu´ario ativo, da matriz de gera¸c˜ao dos vetores-candidatos (“flipagem”) para distˆancia de Hamming igual a 1 e do vetor contendo as amplitudes do sinal de cada usu´ario. Os comandos de envio exibidos referem-se, respectivamente, ao vetor-solu¸c˜ao do 1 − opt LS e ao contador de itera¸c˜oes do mesmo. Alguns comandos de recep¸c˜ao e envio de dados via RTDX no Matlab que s˜ao utilizados neste trabalho podem ser vistos na figura 4.7. S˜ao exibidos os comandos de envio da matriz de sequˆencias de espalhamento de cada usu´ario ativo, da matriz de gera¸c˜ao dos vetores-candidatos para distˆancia de Hamming igual a 1 e da matriz de amplitudes do sinal de cada usu´ario. Os comandos de recep¸c˜ao exibidos referem-se, respectivamente, ao vetor-solu¸c˜ao do 1 − opt LS e ao contador de itera¸c˜oes do mesmo realizadas no processamento em DSP.

(48)

4.2 Transmissor 1-LS-MuD em Banda Base para Sistema DS/CDMA 25 Início Geração de Sequências de Espalhamento Aleatórias de dimensão K x N Cálculo da matriz de Amplitudes, potência do ruído e Single-user Bound ( SuB ) baseados

na Eb /No[dB]

trials : processados

= estimados Aquisição dos Parâmetros

de Entrada K, N, Eb /No[dB], nerros Geração de um bit de informação para cada usuário ativo Amplificação , Espalhamento Espectral

e Soma dos sinais de todos usuários ativos

Adição do ruído AWGN para geração do sinal a

ser transmitido Transmissão via RTDX ( Matlab para

CCS) da Matriz das Sequências de Espalhamento e de flipagem ( Distância de Hamming igual a 1)

Geração do arquivo em linguagem C contendo os parâmetros de entrada Compilação do projeto no CCS; Criação e Habilitação dos canais RTDX; Carregamento e início do processamento no DSP Transmissão via RTDX ( Matlab para CCS) do sinal transmitido Filtro Casado à réplica

da seq . de espalhamento de cada

usuário

( DSP )

Estimativa do número de trials a ser processado de acordo com o valor de

n erros ( Método Monte-Carlo) Decisor Abrupto ( DSP ) Algoritmo heurístico 1-opt LS ( DSP ) Transmissão via RTDX ( CCS para Matlab ) do vetor solução do 1-opt LS Armazenamento dos dados de informação Retornar Sim Filtro Casado à réplica da seq . de espalhamento de cada usuário Decisor Abrupto Armazenamento do vetor à saída do Decisor Abrupto Ciclo de Transmissão - Recepção Ciclo de Transmissão - Recepção Cálculos da BER do CD, 1-opt LS- MuD teórico e processado em DSP Geração das Figuras de Mérito Fim Algoritmo heurístico 1-opt LS Armazenamento do vetor - solução teórico ( Matlab ) e processado em DSP do algoritmo 1-opt LS

Não

Incrementa trial

processado

Figura 4.4: Fluxograma descrevendo a metodologia empregada na implementa¸c˜ao em DSP do sistema DS/CDMA Transmissor/1 − opt LS-MuD.

(49)

4.2 Transmissor 1-LS-MuD em Banda Base para Sistema DS/CDMA 26

Matlab

Code Composer Studio

RTDX Host Library Embedded IDE Link CC

(COM Interface) Computador DSP TMS320C6713 RTDX Target Library Plataforma C6713 J T A G I n te r fa c e

Figura 4.5: Configura¸c˜ao das liga¸c˜oes de tr´afego de dados do RTDX empregada neste trabalho.

(50)

4.2 Transmissor 1-LS-MuD em Banda Base para Sistema DS/CDMA 27

Figura 4.7: Alguns dos comandos de escrita e leitura de dados do canal RTDX no Matlab.

Referências

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