ARQUITETURA
&
LUZ
FACULDADE DE ARQUITETURA
LABORATÓRIO DE CONFORTO AMBIENTAL
PROGRAMA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Introdução
•
História
•
Luz natural
•
Projeto de arquitetura e luz
ARQUITETURA & LUZ
A luz é a matéria prima da arquitetura que permite a melhor percepção da
natureza, do espaço, as superfícies, as cores e os objetos.
De maneira geral, penso que quanto mais mantemos as luzes artificiais desligadas, melhor nos sentimos em
relação ao tempo e ao espaço e menos energia utilizamos.
ARQUITETURA & LUZ
A luz é a matéria prima da arquitetura que permite a melhor percepção da
natureza, do espaço, as superfícies, as cores e os objetos.
De maneira geral, quanto mais mantemos as luzes artificiais desligadas, melhor nos
sentimos em relação ao tempo e ao espaço e menos energia utilizamos.
ARQUITETURA & LUZ
A luz na arquitetura dos edifícios é manifesta nas construções consagradas as atividades simbólicas e espirituais.
•
Pré-industrial
Egito antigo Grécia antiga Roma antiga Bizantino (330-1453 A.D.) Gótico (1100-1600 A.D.) Renascimento (1400- 1830 A.D.)•
Industrial
Phillae Island - templo de
Ísis A luz solar intensa embranquece as
superfícies exteriores. As
aberturas para iluminação são pequenas e colocadas no alto da edificação que tem grande massa térmica para atenuar as
adversidades de um clima quente e seco.
templo de Hathor em Dendera
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Pré-industrial
Egito antigo Grécia antiga Roma antiga Bizantino (330-1453 A.D.) Gótico (1100-1600 A.D.) Renascimento (1400- 1830 A.D.)•
Industrial
A luz solar intensa gera fortes
contrastes e sombras duras bem recortadas. É uma luz dramática, o sol alto quase vertical da zona do Equador.
templo de Abu Simbel ao lado do lago Nasser.
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•
Pré-industrial
Egito antigo Grécia antiga Roma antiga Bizantino (330-1453 A.D.) Gótico (1100-1600 A.D.) Renascimento (1400- 1830 A.D.)•
Industrial
ARQUITETURA & LUZ
O clima é mais brando. As
construções em pedra limitam os vãos das colunas, assim a iluminação é feita por vãos laterais que valorizam a aparência dos edifícios pelo jogo de sombras.
ERECTEION
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Pré-industrial
Egito antigo Grécia antiga Roma antiga Bizantino (330-1453 A.D.) Gótico (1100-1600 A.D.) Renascimento (1400- 1830 A.D.)•
Industrial
O desenvolvimento de propostas estruturais, baseadas em arcos e superfícies arqueadas permitem grandes vãos onde óculos elanternins permitem a iluminação natural no centro de plantas
amplas. O Panteão foi o templo mais importante do período por seu aporte tecnológico, com seus 43m de vão.
• Bizantino
As plantas são quadradas com pilares nos vértices apoiando cúpulas sobre plantas
quadradas. As aberturas são colocadas nessas coberturas e verticalmente nos espaços circundantes iluminando os centros das plantas.
SAN VITALE
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SANTA SOFIA
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ARQUITETURA & LUZ
As plantas são em forma de cruz latina, com paredes robustas e pequenas aberturas
A arquitetura românica sacra é influenciada pela s basílicas
bizantinas. Devido ao equilíbrio de forças necessário à sustentação das abóbadas, as paredes da catedral românica são grossas,
compactas e com poucas aberturas. Isto confere aos
interiores, um clima místico de paz e recolhimento.
Iglesia San Pedrode Vilanova
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Pré-industrial
Egito antigo Grécia antiga Roma antiga Bizantino (330-1453 A.D.) Gótico (1100-1600 A.D.) Renascimento (1400-1830 A.D.)•
Industrial
ARQUITETURA & LUZ
Arcos em ponta transmitem as cargas para diversas
direções com intercolúnios amplos, nesses interstícios estão as aberturas para a iluminação.
SAINT DENIS
“AS COLUNAS DE UMA IGREJA GÓTICA, A MULTIPLICIDADE DE LINHAS VRTICAIS, GUIAM
NOSSOS OLHOS PARA CIMA”
A transparência, luminosidade e
imaterialidade na arte e na arquitetura
A veneração pelo vidro e pela transparência foi uma característica do
século XX: desde os expressionistas, os surrealistas e os racionalistas
assim como as propostas arquitetônicas de alta tecnologia, minimalistas e
desmaterializadas.
•na Idade Média com os textos do
abade Suger de Saint Denis a
favor dos vitrais nas Igrejas, que
se converteram nas Catedrais
G óticas;
http://photos1.blogger.com/blogger/7654/1714/1600/d enis02.jpgacesso em 27/09/07
Os vitrais do gótico substituíram as paredes viv amente coloridas da
arquitectura românica; estruturalmente e esteticamente, eles não são
aberturas na parede para admitir luz, mas paredes transparentes.
(...) Neste aspecto decisivo, o gótico pode ser, por conseguinte,
descrito como uma arquitectura diáfana, transparente. (...) A nenhum
sector do espaço interior era permitido permanecer na escuridão (...).
As naves laterais, os trifórios, o deambulatório e as capelas do coro,
tornaram-se mais estreitos e menos profundos, as suas paredes
exteriores, perfuradas por fileiras contínuas de janelas.
Otto von Simon, A catedral gótica. Origens da arquitectura gótica e o conceito medieval de ordem, Lisboa, Editorial Presença, 1991, pp . 27-40.
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Pré-industrial
Egito antigo Grécia antiga Roma antiga Bizantino (330-1453 A.D.) Gótico (1100-1600 A.D.) Renascimento (1400- 1830 A.D.)•
Industrial
IGREJA SANTO ESP´IRITO FELIPO BRUNELLESCHI
A imaginação construtiva permite soluções criativas para o acesso da luz aos espaços internos dos edifícios, mas não pretende ser uma luz celestial.
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Pré-industrial
Egito antigo Grécia antiga Roma antiga Bizantino (330-1453 A.D.) Gótico (1100-1600 A.D.) Renascimento (1400-1830 A.D.)•
Industrial
IGREJA SANTO ESP´IRITO FELIPO BRUNELLESCHI
o acesso da luz aos espaços internos dos edifícios produz momentos inesperados e surpreendentes.
IGREJA SANTA MARIA DEL FIORI
FELIPO BRUNELLESCHI
REFLEXOS INUSITADOS DA LUZ FILTRADA QUE PENETRA PELOS VITRAIS
ARQUITETURA & LUZ
Barroco: a
Luz de
Borromini
St Ivo de la Sapienza E S. Carlo alle Quatre Fontane•no Barroco, com os
suntuosos interiores e os
móveis trabalhados, cheios
de reflexos de luz
repetidos em infinitos
espelhos, efeitos de luz
oculta.
A busca da
transparência,
luminosidade e
imaterialidade
na arte e na
arquitetura
•nas propostas utópicas de Boullée,
com a luz zenital natural
produzindo efeitos espaciais
sublimes dentro das gigantescas
formas geométricas puras.
•
Pré-industrial
Egito antigo Grécia antiga Roma antiga Bizantino (330-1453 A.D.) Gótico (1100-1600 A.D.) Renascimento (1400- 1830 A.D.)•
Industrial
Introdução
•
História
•
Luz natural
•
Projeto de arquitetura e luz
•
Projeto de iluminação e ferramentas de avaliação
ARQUITETURA & LUZ
Com a industrialização, o arquiteto fica liberado das limitações construtivas. A luz elétrica
economicamente
disseminada somente se afirma em meados do Século XX. A luz natural e artificial têm um papel de preponderante influência sobre as edificações.
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•no palácio de Cristal (1851) de
Joseph Paxton com a visão de
um espaço dinâmico e livre e os
limites entre exterior e interior
totalmente diluídos.
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•do palácio de Cristal se originam as
célebres galerias comerciais européias, as
passagens cobertas que resolvem as
agruras de um clima adverso.
Galeria Vivienne em Paris
ARQUITETURA & LUZ
Frank Lloyd Wright:
Uma das influências mais transcendentais foi a arquitetura japonesa. Vistas e relações entre interior e exterior (antes dos neoplasticistas) Jogos de luz natural através de superfícies transparentes e
translúcidas. Nas casas da pradaria, ele integra interior e exterior através das aberturas com vidros como telas de luz. Utilizou
padrões geométricos e representações abstratas da natureza numa composição de vidros transparentes, translúcidos e coloridos. Os 174 vitrais artísticos da Robbie House foram um conceito chave no projeto.
ARQUITETURA & LUZ
Frank Lloyd Wright escreve em The Future of Architecture, 1953:
Natureza não significa apenas ‘ar livre’, [...] Natureza interior com N maiúsculo. Princípio inerente.
No reino da arquitetura orgânica, a imaginação humana deve transformar a dura
linguagem da estrutura em adequadas expressões humanas de forma, em vez de inventar fachadas inanimadas ou perturbar o esqueleto da construção.
Museu Guggenheim de Nova York
Culminância da busca de formas esféricas, cilíndricas e cones.
Maison du verre 1928-1932
• Pierre
Chareau
Casa Farnsworth 1945
Casa Farnsworth 1945
• Pensada para ser um refúgio de final de
semana e ter como únicos elementos os
móveis e as cortinas
Glass Box
• Glass
Box de
Phillip
Johnson
• New
Canaan
1949
Glass box
• Consiste em um
cubo de vidro
com o único
volume cilíndrico
do banheiro
Casa de Vidro
Morumbi - 1949
Exemplos
Locais
Influências
Locais
Jockey
Clube do
Jockey
Clube
Influências
Locais
Casa Mariante
em Aldeia da
Serra - SP
MMBB
arquitetos
-2001
Casa de vidro/
em Bragança Paulista
Reinach Mendonça
Arquitetos Associados
2002
Louis Khan
Louis I. Kahn inicia a fase mais importante de sua carreira na década de 50, quando o modernismo começa sofrer pesadas críticas, e alguns autores dão inicio a especulações na criação de novas teorias arquitetônicas. A partir desse período Kahn tenta reproduzir em sua obra temas discutidos acerca de aspectos históricos ou presentes no passado, como a monumentalidade, forma, ordem, luz, etc.
Louis Khan
Em primeiro lugar, definia a idéia que seria materializada nos croquis e no partido inicial. Depois, estabelecia a articulação do edifício em planta, volume e fachada seguindo
estritamente a lógica interna das formas geométricas básicas e finalmente criava o desenho, que se referia ao conforto interno, à iluminação natural e aos materiais de acabamento.
Sem utilizar o menor retorno historicista e utilizando o recurso da simetria e da repetição, Khan elevou os modelos de Le Corbusier a um grau superior de abstração e simbolismo em obras como a Assembléia de Daca (1963-1983) e o Instituto Salk ( 1959-1965)em La Jolla.