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PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

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RE\1209375PT.docx PE655.394v01-00

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Unida na diversidade

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Parlamento Europeu

2019-2024 Documento de sessão B9-0217/2020 6.7.2020

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

apresentada na sequência de declarações do Conselho e da Comissão nos termos do artigo 132.º, n.º 2, do Regimento

sobre a estratégia da UE em matéria de saúde pública pós-COVID-19 (2020/2691(RSP))

Alexandr Vondra em nome do Grupo ECR

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B9-0217/2020

Resolução do Parlamento Europeu sobre a estratégia da UE em matéria de saúde pública pós-COVID-19

(2020/2691(RSP))

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta os artigos 4.º, 6.º, 114.º e 168.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE),

– Tendo em conta o artigo 35.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, – Tendo em conta a sua resolução, de 17 de abril de 2020, sobre a ação coordenada da UE

para combater a pandemia de COVID-19 e as suas consequências1,

– Tendo em conta o artigo 132.º, n.º 2, do seu Regimento,

A. Considerando que os tratados fundadores da União Europeia não abordam

especificamente a política de saúde, tendo sido apenas na década de 1990 que a política de saúde pública da UE começou a ser introduzida em resposta a múltiplas crises sanitárias, incluindo a encefalopatia espongiforme bovina (EEB);

B. Considerando que, nos termos do Tratado de Lisboa, a saúde pública é um domínio de intervenção no qual a União apoia, complementa ou suplementa as ações dos Estados-Membros (artigo 6.º do TFUE), estipulando que «na definição e execução de todas as políticas e ações da União será assegurado um elevado nível de proteção da saúde»; C. Considerando que a União e os Estados-Membros partilham competências em matéria

de preocupações comuns de segurança no âmbito da saúde pública (artigo 4.º do TFUE);

D. Considerando que a dupla natureza das competências da União Europeia no domínio da saúde pública se reflete nas diferentes medidas que pode tomar ao abrigo do artigo 168.º do TFUE; que pode, por exemplo, adotar medidas de harmonização que estabeleçam normas elevadas de qualidade e segurança dos órgãos, das substâncias de origem humana e dos medicamentos e dispositivos, podendo também adotar medidas de proteção nos domínios sanitário e fitossanitário (artigo 168.º, n.º 4, do TFUE);

considerando, por outro lado, que a União Europeia pode adotar medidas de incentivo destinadas a proteger e melhorar a saúde humana, ou seja, a combater os grandes flagelos transfronteiriços, a monitorizar, a emitir alertas rápidos e a combater ameaças graves para a saúde, bem como medidas que visem diretamente a proteção da saúde pública no que se refere ao tabagismo e ao consumo excessivo de álcool; que está excluída a harmonização das legislações e regulamentações nacionais nestes domínios (artigo 168.º, n.º 5, do TFUE);

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E. Considerando que a União Europeia pode incentivar e apoiar a cooperação entre os

Estados-Membros no domínio da saúde pública através do método aberto de coordenação (artigo 168.º, n.º 2, do TFUE);

F. Considerando que o Tribunal de Justiça da União Europeia proferiu numerosas decisões sobre a forma como a União Europeia pode prosseguir os objetivos de saúde pública através da integração do mercado interno, tendo o artigo 114.º como base jurídica. G. Considerando que o TFUE reconhece inequivocamente que os Estados-Membros são

responsáveis pela definição da sua política de saúde e pela organização e prestação de serviços de saúde e de cuidados médicos, incluindo a gestão dos serviços de saúde e de cuidados médicos e a atribuição dos recursos que lhes são afetados;

H. Considerando que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), a Agência Europeia dos Produtos

Químicos (ECHA) e a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) são todas agências de execução com funções importantes no domínio da saúde pública; I. Considerando que a Diretiva 2011/24/UE relativa aos direitos dos doentes em matéria

de cuidados de saúde transfronteiriços estabelece as condições em que um doente pode viajar para outro Estado-Membro para receber cuidados médicos mantendo o direito a reembolso;

J. Considerando que a investigação no domínio da saúde é financiada através do programa Horizonte 2020 e do próximo Programa-Quadro do Horizonte Europa, do Programa de Saúde da UE e do futuro Programa UE pela Saúde, bem como de outros fundos da UE; K. Considerando que existe ainda margem para que a União Europeia melhore a execução

da política de saúde pública no âmbito dos atuais parâmetros dos Tratados; que as disposições em matéria de saúde pública ao abrigo dos Tratados continuam a ser insuficientemente utilizadas, tendo em conta os compromissos para cujo cumprimento poderiam contribuir;

L. Considerando que é amplamente reconhecido que o acesso a cuidados de saúde transfronteiriços e uma melhor coordenação e promoção de boas práticas entre os Estados-Membros podem trazer benefícios consideráveis para a saúde pública;

M. Considerando que os atuais mecanismos de resposta de emergência, incluindo a Decisão 1082/2013/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de outubro de 2013,

relativa às ameaças graves para a saúde com dimensão transfronteiriça, bem como o Mecanismo de Proteção Civil da União e a sua reserva de capacidades no âmbito do rescEU, foram testados até ao limite durante a crise provocada pela COVID-19, o que atrasou indevidamente as medidas de resposta a emergências;

N. Considerando que as atuais tendências demográficas, o acesso à inovação, um melhor acesso ao tratamento para todos, a elevada prevalência de doenças crónicas, a saúde em linha/digitalização e a sustentabilidade dos sistemas de saúde intensificaram a tónica na política de saúde pública da União Europeia;

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zoonóticas, ou seja, transmitidas pelos animais;

P. Considerando que as diferentes abordagens no que respeita à recolha de dados relativos à COVID-19 na UE dificultaram a elaboração de uma comparação de dados à escala da UE;

Q. Considerando que a crise causada pela COVID-19 demonstrou a importância de políticas de saúde baseadas em dados concretos, incluindo iniciativas de prevenção e tratamento; que as medidas preventivas devem ser proporcionadas e assegurar os melhores resultados em matéria de saúde;

R. Considerando que o surto de COVID-19 demonstrou a necessidade de reforçar ulteriormente a coordenação da investigação através de um apoio orçamental proporcionado, nomeadamente para o desenvolvimento de vacinas e tratamentos

terapêuticos, bem como a necessidade de racionalizar de forma proporcionada o sistema de aprovação de medicamentos e/ou vacinas, sem comprometer as salvaguardas em matéria de saúde pública;

S. Considerando que o investimento contínuo na ciência tendo em vista o tratamento de diversas doenças é essencial para a manutenção de sistemas de saúde modernos e seguros;

T. Considerando que a resistência aos agentes antimicrobianos constitui um risco grave para o bem-estar das pessoas na UE e para o ambiente, e que afeta, inter alia, o setor agrícola; que a pandemia de COVID-19 se traduziu num aumento do uso de

antibióticos, o que, em última análise, conduzirá a taxas de resistência bacteriana mais elevadas, que continuarão a ser elevadas mesmo após o final da pandemia;

U. Considerando que o mecanismo de contratação conjunta da União Europeia foi utilizado durante a crise da COVID-19 para adquirir equipamento de proteção individual,

equipamento de diagnóstico, ventiladores e alguns medicamentos, embora o processo se tenha revelado mais moroso e menos eficaz do que o previsto;

V. Considerando que a crise da COVID-19 alterou as condições de trabalho de muitos trabalhadores na União Europeia e suscitou novas questões em matéria de saúde e segurança no local de trabalho;

W. Considerando que foram tomadas numerosas medidas ad hoc durante a crise sanitária da COVID-19, incluindo a criação do painel de peritos da Comissão, novas diretrizes para o tratamento de doentes e o envio de pessoal do setor da saúde para outros Estados-Membros;

X. Considerando que as cadeias de abastecimento de produtos farmacêuticos dependem de substâncias farmacêuticas ativas ou de medicamentos genéricos fabricados em países terceiros para capacidade de produção, fornecimento de princípios ativos farmacêuticos e como matérias-primas; que as proibições de exportação impostas durante a crise sanitária da COVID-19 realçaram os riscos decorrentes da dependência dessas cadeias de abastecimento;

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negligenciada e que têm pouca informação sobre a sua doença e os seus direitos,

tratamento limitado e um elevado nível de vulnerabilidade psicológica, social e económica;

Z. Considerando que as consequências psicológicas da COVID-19 são realçadas em muitos relatórios e estudos e que cidadãos de todas as faixas etárias foram afetados pelos requisitos de isolamento social impostos durante um longo período de tempo para travar a propagação do vírus;

AA. Considerando que é necessária uma ação urgente para dar resposta às necessidades de saúde e de prestação de cuidados aos idosos;

BB. Considerando que o cancro é a segunda principal causa de morte no mundo, responsável por cerca de 9,6 milhões de mortes por ano; que, na UE, quase todas as famílias são afetadas por esta doença;

CC. Considerando que, apesar dos esforços para reforçar o sistema de farmacovigilância na UE, impõem-se melhorias ulteriores no que respeita à segurança dos doentes e, em particular, à legibilidade dos folhetos informativos que acompanham os medicamentos, que devem ser claros, legíveis e factuais;

DD. Considerando que aumenta a preocupação em torno da hesitação em relação à vacinação e o seu impacto na saúde pública; que é necessária uma maior clareza sobre os

benefícios e os riscos da imunização no âmbito da organização e execução dos programas de vacinação nos Estados-Membros;

1. Congratula-se com a introdução de regras mais flexíveis durante a atual crise, a fim de atenuar a escassez e facilitar a circulação de medicamentos entre os Estados-Membros, incluindo a aceitação de diferentes formatos de embalagem, um procedimento de reutilização para permitir que os titulares de autorizações de introdução no mercado obtenham autorização noutro Estado-Membro, uma prorrogação da validade dos certificados de boas práticas de fabrico, prolongamento dos prazos de validade,

utilização de medicamentos veterinários, etc.; insta a Comissão, a EMA e as autoridades reguladoras nacionais a acompanharem de perto a utilização dessas soluções, a fim de garantir que a segurança dos doentes não seja comprometida, bem como a mantê-las disponíveis em caso de problemas ou de escassez; congratula-se igualmente, neste contexto, com a recente prorrogação da data de aplicação do Regulamento relativo aos dispositivos médicos;

2. Insta a Comissão a avaliar o grau de preparação e resposta a epidemias de cada Estado-Membro e a preservar a solidariedade em toda a UE-27, em plena conformidade com o artigo 168.º do TFUE;

3. Congratula-se com a proposta de criação do Programa UE pela Saúde e apoia um programa de saúde da UE autónomo e mais bem financiado, com capacidade para enfrentar futuras pandemias e ameaças para a saúde, e compromete-se igualmente a implementá-lo rapidamente; observa que Programa UE pela Saúde promoverá o investimento em infraestruturas, ferramentas, estruturas, processos e capacidade laboratorial de importância crítica para o setor da saúde, incluindo instrumentos de vigilância, modelização, previsão, prevenção e gestão de surtos;

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4. Acolhe com satisfação a estratégia da UE em matéria de vacinas, recentemente proposta pela Comissão;

5. Recorda o princípio «Uma só saúde», que reflete o facto de a saúde das pessoas, dos animais e do ambiente estarem interligadas e de as doenças poderem ser transmitidas das pessoas para os animais e vice-versa; salienta a necessidade de adotar uma abordagem de tipo «Uma só saúde» para as pandemias e as crises sanitárias, tanto no setor da saúde humana como no setor veterinário;

6. Solicita o reforço da capacidade do programa rescEU, nomeadamente as capacidades de armazenamento e das equipas médicas de emergência;

7. Insta a Comissão a propor um protocolo europeu comum em matéria de saúde, em plena conformidade com o artigo 168.º do TFUE, a fim de assegurar uma resposta coerente a nível da UE, incluindo orientações sobre o diagnóstico clínico e, de um modo mais geral, sobre o tratamento e a gestão dos doentes;

8. Insta a Comissão a restabelecer a rede europeia para as doenças altamente infecciosas (EuroNHID), uma rede cofinanciada de peritos em gestão de doenças altamente infecciosas provenientes de centros nacionais ou regionais criados para cuidar desses doentes;

9. Solicita à Comissão que desenvolva um algoritmo para o tratamento terapêutico normalizado, com base nos modelos de antigas ações preventivas dos Estados-Membros;

10. Exorta a Comissão e os Estados-Membros a criarem um registo específico da União Europeia sobre a proteção do pessoal médico, a fim de facilitar a partilha de ideias, informações e boas práticas; solicita, além disso, a introdução de um algoritmo de tratamento terapêutico da União Europeia mais normalizado, com base nos modelos de ação preventiva dos Estados-Membros, tendo em vista desenvolver normas comuns de teste e introduzir medidas de quarentena mais estruturadas e coordenadas, diretrizes adicionais sobre as instalações de quarentena seguras e diretrizes sobre medidas uniformes de contenção;

11. Salienta a necessidade de criar uma rede público-privada de excelência de hospitais de referência para emergências de saúde pública de grande dimensão, dedicados ao estudo e ao tratamento de doenças contagiosas transmitidas por via respiratória ou por vetores; 12. Insta a Comissão, os Estados-Membros e os parceiros mundiais da UE a garantirem o

acesso a preços comportáveis às vacinas e aos tratamentos para a COVID-19, logo que estejam disponíveis;

13. Solicita que a contratação pública conjunta da UE seja utilizada para a aquisição de vacinas e tratamentos para a COVID-19 e para que seja utilizada com mais frequência para evitar a concorrência entre os Estados-Membros; solicita, além disso, que seja utilizada para garantir um acesso equitativo e a preços acessíveis a medicamentos e dispositivos médicos importantes, especialmente no caso de novos antibióticos

inovadores, novas vacinas, medicamentos curativos e medicamentos para o tratamento de doenças raras;

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14. Insta a Comissão a rever o mecanismo de contratação conjunta em virtude da Decisão

1082/2013/UE e a considerar propor um novo regulamento para tornar a contratação pública conjunta mais rápida e eficaz durante as crises sanitárias, assegurando assim um acesso equitativo e a preços acessíveis a novos tratamentos;

15. Apela à plena aplicação do regulamento relativo aos ensaios clínicos, que regista um longo atraso, a fim de garantir a transparência dos resultados dos ensaios clínicos e facilitar a realização de ensaios clínicos transfronteiriços de maior dimensão;

16. Apela a uma estratégia farmacêutica da UE abrangente para abordar os problemas na UE e nas cadeias globais de abastecimento de produtos farmacêuticas; considera que a estratégia deve incluir medidas legislativas e incentivos para fomentar a produção de substâncias farmacêuticas ativas e de medicamentos na UE, de modo a garantir permanentemente o fornecimento e o acesso a preços comportáveis; insta os Estados-Membros a elaborarem inventários nacionais de medicamentos e dispositivos médicos, bem como a transmitirem essa informação à Comissão e à EMA, para garantir que eventuais situações de escassez possam ser previstas e resolvidas;

17. Exorta a Comissão a examinar e a identificar os obstáculos administrativos que impedem os Estados-Membros de reagir de forma eficaz e proativa em situação de crise; considera que esses obstáculos podem ser abordados mediante a introdução de orientações específicas na Diretiva relativa aos contratos públicos; solicita que essas orientações se baseiem nos critérios da proposta economicamente mais vantajosa (PEMV);

18. Recorda a importância dos dados de modelização do ECDC sobre a provável evolução da pandemia de COVID-19 em cada Estado-Membro para a prevenção de situações de escassez, uma vez que é fundamental que os governos e os fabricantes prevejam a procura de material médico e a sua capacidade para levar a cabo a planificação necessária de modo a aumentar a capacidade de produção e garantir mecanismos de distribuição adequados;

19. Insta a Comissão a propor um mandato revisto para o ECDC, que lhe permita assegurar em permanência uma proteção da saúde pública proporcionada e de elevada qualidade; insta, além disso, ao reforço do papel da EMA de vigilância e prevenção da escassez de medicamentos, para que a agência possa realizar ensaios clínicos das fases I e II e fazer face à escassez de medicamentos indispensáveis nas unidades de cuidados intensivos causada pelo aumento da procura, em especial em caso de emergência grave de saúde pública;

20. Solicita à Comissão que atualize os memorandos de entendimento entre o ECDC, a EMA, a ECHA e a EFSA, a fim de continuar a desenvolver o intercâmbio de

informações, a cooperação e a compreensão mútua entre as agências e, se for caso disso, projetos conjuntos;

21. Incentiva o ECDC, a EMA, o Centro de Coordenação de Resposta de Emergência e, se for caso disso, a EFSA, a aperfeiçoarem os canais de comunicação e cooperação em matéria de monitorização de dados, utilizando de forma responsável o potencial da inteligência artificial; considera que os dados anonimizados de que dispõem os operadores de telecomunicações e/ou os sistemas mundiais de navegação por satélite

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podem ser utilizados para desenvolver programas de alerta precoce em caso de

pandemia para detetar, localizar e concetualizar a propagação de infeções, à semelhança dos produtos da BlueDot, empresa que fornece serviços de software proprietário;

22. Exorta a Comissão e os Estados-Membros a criarem uma plataforma digital de intercâmbio destinada a profissionais da saúde para reunir dados epidemiológicos, recomendações de práticas baseadas em dados científicos e alertas sobre riscos ou obstáculos como, por exemplo, a escassez de medicamentos e de equipamento de proteção;

23. Insta a Comissão a criar uma equipa ad hoc para tirar partido das experiências dos Estados-Membros e dos países terceiros em matéria de gestão de surtos de doenças e dos ensinamentos extraídos; observa que vários países da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) já possuem competências excecionais na área, pois tiveram de enfrentar o surto de coronavírus da SRAG, em 2003;

24. Considera que deve ser reforçada a cooperação com os países terceiros em matéria de intercâmbio de conhecimentos e de boas práticas sobre a preparação e a resposta dos sistemas de saúde;

25. Apela a uma abordagem coordenada, colaborativa e aberta no âmbito da investigação, atribuindo um papel mais importante às ciências naturais, e a uma investigação

orientada para os resultados, incluindo a compreensão dos ciclos de vida e dos

processos de reprodução de novos agentes patogénicos, das terapias, dos medicamentos e das medidas preventivas específicas;

26. Insta a Comissão a complementar as políticas nacionais, em conformidade com o artigo 168.º do TFUE, partilhando as melhores práticas ao nível da UE sobre a prevenção e a luta contra o cancro, que é a segunda principal causa de morte na UE, representando 26 % de todas as mortes, e que significa um encargo cada vez maior para os sistemas nacionais de saúde; considera que o plano europeu de luta contra o cancro, da Comissão, deve mobilizar financiamento para a investigação sobre métodos de tratamento eficazes;

27. Insta a Comissão e os Estados-Membros a encetarem novas ações conjuntas em matéria de questões prioritárias de saúde no domínio das doenças não transmissíveis, assim como a elaborarem propostas e recomendações conjuntas destinadas a prestar um melhor apoio tanto ao nível da UE, como nacional e local;

28. Solicita que seja facilitado o acesso aos melhores conhecimentos especializados disponíveis para os doentes de doenças raras e negligenciadas;

29. Apoia o direito dos idosos a tomarem decisões sobre os cuidados que lhes são prestados, incluindo a opção de continuar a viver na sua casa recebendo os cuidados necessários ou de receber assistência ao domicílio de elevada qualidade, se necessário;

30. Apela a um plano de ação para um envelhecimento saudável, a fim de melhorar a qualidade de vida dos idosos;

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cidadãos, uma vez que as pessoas enfrentam um isolamento social prolongado e um

acesso restrito ao ambiente natural e às instalações desportivas ao ar livre; insta os Estados-Membros a responderem aos riscos para a saúde decorrentes das medidas de confinamento, nomeadamente através da promoção de uma boa saúde mental e do bem-estar, a fim de evitar que esta pandemia se transforme numa crise de saúde mental e física;

32. Exorta a Comissão a apresentar um plano de ação no domínio da saúde mental para 2021-2027;

33. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução ao Conselho e à Comissão.

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