ASPECTOS
TRIBUTÁRIOS DE
PARCERIAS
Luiz Gustavo dos Santos E-mail: luiz_gsantos@petrobras.com.br
OBJETIVO DO CURSO
Proporcionar aos participantes
conhecimento tributário acerca das
operações em consórcio de E&P.
LEITURA RECOMENDADA
LEI Nº 9.478, DE 6 DE AGOSTO DE 1997Dispõe sobre a política energética nacional, as atividades relativas ao monopólio do petróleo, institui o Conselho Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo e dá outras providências.
LEI Nº 12.276, DE 30 DE JUNHO DE 2010
Autoriza a União a ceder onerosamente à Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRAS o exercício das atividades de pesquisa e lavra de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos de que trata o inciso I do art. 177 da Constituição Federal, e dá outras providências.
LEI Nº 12.351, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2010
Dispõe sobre a exploração e a produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos, sob o regime de partilha de produção, em áreas do pré-sal e em áreas estratégicas; cria o Fundo Social - FS e dispõe sobre sua estrutura e fontes de recursos; altera dispositivos da Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997; e dá outras providências
Lei do Petróleo (Lei nº 9.478/97)
Art. 26. A concessão implica, para o concessionário, a obrigação de explorar, por sua conta e risco e, em caso de êxito, produzir petróleo ou gás natural em determinado bloco, conferindo-lhe a propriedade desses bens, após extraídos, com os encargos relativos ao pagamento dos tributos incidentes e das participações legais ou contratuais correspondentes.
Lei do Petróleo (Lei nº 9.478/97)
PRINCIPAIS MEDIDAS:
1 - Condições para contratações de E&P:
- Concessão (outorga de direito de exercer uma atividade que a Constituição reservou para a União);
- Princípios e objetivos da Política Energética Nacional;
- Regras para as atividades em curso pela Petrobras;
2- Estrutura e atribuições do órgão regulador (cria a ANP e estabelece suas funções)
POR QUE UM NOVO MODELO REGULATÓRIO
País
Blocos exploratórios de baixa rentabilidade e risco elevado
Importador de Petróleo Escassez de recursos para investimentos
Petrobras
Insuficiência de capital para realizar investimentos
Dificuldade de captação externa Elevados custos de capital
Preço do Petróleo
US$ 19/barril
País
Descoberta de uma das maiores províncias petrolíferas do mundo
Parque industrial diversificado Perspectiva de aumento da capacidade de exportação
Petrobras
Elevada capacidade tecnológica Maior capacidade de captação de recursos Robusta carteira de investimento.
Preço do Petróleo
Risco exploratório grande e necessidade de atrair investimentos para o setor
MARCO REGULATÓRIO DE E&P NO BRASIL
Lei 9.478 Regime de Concessão
Baixo risco exploratório e Grande potencial de retorno
Mudança no Marco Regulatório para adequar ao novo cenário e aos objetivos da União
Partilha de Produção
Criação da Pré-Sal Petróleo S.A. PPSA Petrobras operadora única
Pré-Sal e Áreas Estratégicas Cessão Onerosa Partilha de Produção Outras Áreas Mantém-se o Regime de Concessões Atual Petrobras 100%
Não haverá mudança para as Áreas já concedidas, inclusive no Pré-Sal
Petrobras Operadora
Terceiros por Licitação
Concessão • Risco Exploratório
• Não há limite de produção
• 100% volumes produzidos
Concessionário
• Prazo: Fase de Exploração +
27 anos + prorrogação
• Bid
• Bônus+rentals+royalties+PE
Cessão Onerosa • Não há risco exploratório –
mecanismos para que a PB receba o volume pelo qual pagou
• Limite de produção: 5 Boe
• 100% volumes produzidos da
PB
• Prazo: 40 anos mais 05 anos
de prorrogação
• Contratação direta
• Preço+Royalties
Petrobras Operadora - participação definida pelo CNPE, não inferior a 30%* Consórcio: Petrobras, PP SA e vencedora(s) da licitação
Óleo
Lucro
Óleo
Custo
Empresas União Vencedora da licitação será a Empresa que oferecer o maior percentual do “óleo lucro” para União (Bônus fixo) Petrobras acompanha opercentual ofertado pela licitante vencedora Representada pela PPSA no Consórcio
Operadora Única
(mínimo 30%)*
PETROBRAS
Nunca será Operadora
PPSA
É Gestora dos Interesses da União Acesso à informação
estratégica Desenvolvimento de
• Risco Exploratório alto
• 100% volumes produzidos
• Prazo: Fase de Exploraçao + 27 anos + prorrogaçao
• Bid ( Bônus+PEM+CL)
• Bônus+rentals+royalties+PE
• Controle das atividades (regulação e fiscalização da ANP)
• Risco Exploratório baixo
• volumes produzidos menos o volume de % óleo lucro da União
• Prazo: máximo de 35 anos e as condições para a sua extinção
• Bid (% da União no óleo-lucro)
• Bônus+Royalties+óleo lucro
• Controle das atividades (regulação e fiscalização da ANP)
+ PPSA – voto e veto nas decisões (comerciais) do OPCOM Concessão Partilha Concessão Participações Governamentais Bônus Rental Royalties PE Bônus Royalties óleo lucro Controle das Atividades pela União restrito total Propriedade da Produção Concessionário União e Contratados
Custos das Operações Concessionário União
(custo em óleo) Partilha
REGIME DE PARTILHA DE PRODUÇÃO
Definições Técnicas Partilha de Produção – Aspectos de Libra
Petrobras é sempre a Operadora com participação definida pelo CNPE, não inferior a 30%*;
O Consórcio de Libra é composto pela PPSA , Petrobras 40%, Shell 20%, Total 20%, CNPC 10% e CNOOC 10%.
União não assume riscos das atividades, exceto nos casos em que resolver investir diretamente.
78% 22% Custo em Óleo Royalties 15% Excedente em óleo Contratados União 41,65%
Constitui um mecanismo que, ao mesmo tempo, garante às empresas autonomia empresarial, bem como possibilita a conjugação de esforços na forma de uma associação contratual, da qual resultarão vantagens empresariais para os contratantes, como complemento das atividades por eles já desenvolvidas.(*)
CONSÓRCIO - Definição Conceitual:
(*) adaptado de Dias, Rui Berford. Consórcio de Empresário de Empresas, Petrobras, 1998.
Consórcio Empresarial
O consórcio é modalidade associativa de natureza contratual. O contrato do consórcio deve ser arquivado na junta comercial;
Disposições Legais: Lei do Petróleo (Lei nº. 9.478/97, arts 38
e 63); Lei das S.A (Lei nº. 6.404/76, arts 278 e 279); Lei nº. 8.934/94, arts 32 e 36 (RPEM); Regulamentação (IN n.º 74/98 do DNRC, IN nº. 568/05, IN nº. 834/08 da RFB e IN nº. 917/09 da RFB); IN nº. 1.199/11 da RFB Lei n.º 12.402/11
Lei n
o6.404/76 (Lei das S.A.)
Art. 278 As companhias e quaisquer outras sociedades, sob o mesmo controle ou não, podem constituir consórcio para executar determinado empreendimento, observado o disposto neste capítulo.
§ 1º O consórcio não tem personalidade jurídica e as
consorciadas somente se obrigam nas condições previstas no respectivo contrato, respondendo cada uma por suas obrigações,sem presunção de solidariedade.
§ 2º A falência de uma consorciada não se estende às
demais, subsistindo o consórcio com as outras contratantes; os créditos que porventura tiver a falida serão apurados e pagos na forma prevista no contrato de consórcio.
Lei no 6.404/76 (Lei das S.A.)
Art. 279. O consórcio será constituído mediante contrato aprovado pelo órgão da sociedade competente para autorizar a alienação de bens do ativo permanente...
Parágrafo Único. O contrato de consórcio e suas alterações serão arquivados no registro do comércio do lugar da sua sede, devendo a certidão do arquivamento ser publicada.
Consórcio
Solidariedade entre as demais consorciadas e a empresa líder (Lei n.º 9.478/97, art. 38, II);
Ausência de Personalidade Jurídica (Lei das SA`s, art. 278).
É uma modalidade associativa de natureza Contratual;
Não constitui uma nova Sociedade;
Art. 38. Quando permitida a participação de empresas
em
consórcio
, o edital conterá as seguintes exigências:
I - comprovação de compromisso, público ou particular,
de
constituição do consórcio, subscrito pelas consorciadas
;
II - indicação da empresa líder,
responsável pelo consórcio
e
pela condução das operações, sem prejuízo da responsabilidade
solidária das demais consorciadas;
Art. 38
III - apresentação, por parte de cada uma das empresas
consorciadas, dos documentos exigidos para efeito de
avaliação da qualificação técnica e econômico-financeira
do consórcio;
IV - proibição de participação de uma mesma empresa
em
outro consórcio
, ou isoladamente, na licitação de um
mesmo bloco;
V -
outorga de concessão ao consórcio
vencedor da
licitação condicionada ao registro do instrumento
constitutivo do consórcio, na forma do disposto no
parágrafo único
do art. 279 da Lei nº 6.404, de 15 de
dezembro de 1976.
Consórcio – Ausência de Personalidade Jurídica
Implicações
Não tem capital próprio;
Não está sujeito à falência;
Não é titular de direitos e obrigações;
O consórcio não é concessionário dos direitos de exploração, desenvolvimento e produção de Petróleo e Gás
Natural. Os concessionários de tais direitos são as
empresas consorciadas.
Não tem capacidade processual. É representado pela Empresa Líder (CPC, art. 12, VII, e §2º).
Consórcio – Ausência de Personalidade Jurídica
Implicações
IN nº 1.183/2011 da RFB
Obrigação de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ
Art. 5 - Estão também obrigadas a se inscrever no CNPJ: ...
III - consórcios e grupos de sociedades, constituídos na forma dos arts. 265 e 278 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976;
Com a inscrição no CNPJ processa-se, automaticamente, a inscrição no INSS. Em caso de extinção do consórcio, a consequente baixa do CNPJ deverá ser comunicada ao INSS, pois esta, ao contrário da inscrição, não é automática.
Joint Venture Contratual:
Consórcio.
Modalidades de Parcerias Empresariais:
Joint Venture Societária: SPE (SPC);
Histórico
Joint Venture Sociedade Empresarial Consórcio
Aspectos Societário e Fiscal
Natureza jurídica Contrato societário para um negócio especifico Contrato comercial para um negócio especifico Contratantes Pessoas físicas ou pessoas jurídicas São pessoas jurídicas
Registro contábil
O registro contábil é único para todas as operações da sociedade
Cada um dos consorciados registra na sua contabilidade a sua participação (quota) segregada da sua operação normal. Cada operação é registrada na conta correspondente, ou seja, gasto com ativo registra em ativo, se é receita registra em receita.
Registro do contrato
Registro na Junta Comercial, Receita Federal, Secretaria de Fazenda Estadual e órgãos reguladores do mercado..
Registra na Junta Comercial e Receita Federal.
Declarações. DCTF e DIRF
É uma pessoa jurídica e faz todas as declarações de DCTF, DIRF, etc.
Cada consorciada faz, no seu CNPJ corporativo, suas declarações. Recolhimento
PIS/COFINS
Os recolhimentos pela sociedade - pessoa jurídica.
Cada consorciada faz, com o seu CNPJ, o recolhimento proporcional a sua participação. A produção A produção é da sociedade Cada consorciada registra sua
parcela da produção. Operações de venda da
produção
A receita da venda é da sociedade. O registro contábil é único para todas as operações da sociedade.
Cada consorciada registra sua receita.
Composição do Consórcio
Recurso
Reservas Equipamentos Dinheiro CONSORCIADA B CONSORCIADA ARecurso
Reservas Equipamentos Dinheiro % % Proprietário Aplicação Aplicação Proprietário CONTRATO DE CONSÓRCIOConsórcio
Operado por A ou B CNPJ do Contrato.Consórcio de E&P X Consórcio de
Construção Civil
Partilha de Produção: A partir do ponto de medição cada empresa consorciada adquire a propriedade do petróleo e do gás;
Consórcio de E&P
Compartilhamento de gastos (despesas, investimentos, etc.) e receita (exemplo: venda de sobras);
Aquisição de insumos, materiais de consumo e equipamentos,
Objeto: Prestação de Serviços;
Consórcio de Construção Civil
Compartilhamento de Receitas decorrente da atividade fim (prestação de serviços), e dos gastos;
Obrigatoriedade de abertura da Matricula CEI (INSS) e de Inscrição Municipal (Inscrição Municipal).
JOA
Licitação
JBAContrato
Privado
Contrato de Consórcio Contrato de ConcessãoContratos
Públicos
Contrato PrivadoJOINT BIDDING AGREEMENT (JBA) - Estabelece as bases econômicas e técnicas da participação conjunta de um grupo de companhias na concorrência. Normalmente já estabelece alguns princípios que serão incorporados ao JOA.
Garante às empresas autonomia empresarial e possibilita a conjugação de esforços na forma de associação contratual.
Estabelece as relações entre as empresas concessionárias e a autoridade governamental.
JOINT OPERATING AGREEMENT (JOA): Estabelece regras de relacionamento entre os parceiros.
II – ASPECTOS TRIBUTÁRIOS.
I – ASPECTOS SOCIETÁRIOS;
2) Constituído por contratos entre empresas S.A. ou LTDA ou Fundações;
1) Sociedade não personificada;
3) Recursos alocados por cada consorciado;
4) Autonomia patrimonial de cada consorciado;
5) Arquivamento do contrato na Junta Comercial.
• Inscrição obrigatória
do contrato no CNPJ
• Com a abertura do
CNPJ
processa
automaticamente
a
inscrição no INSS
• Não tributa resultado
• Não apresenta DIPJ
• Apresentará DCTF e
DIRF, se recolher PIS,
COFINS ou IRRF
Âmbito Federal
Âmbito Estadual
RJ, ES, BA, MG, SC, SE e RN disciplinam o assunto
Âmbito Municipal
Não há nenhuma previsãoTRIBUTAÇÃO NAS CONTRATAÇÕES
Aquisições de Mercadorias e Serviços
SERVIÇOS
3 3
MERCADORIAS
ISS - Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza • PIS - Programa de Integração Social
• COFINS - Contribuição p/o Financiamento da Seguridade Social
• IRF - Imposto de Renda sobre Remessa para Residentes ou Domiciliados no Exterior
• CIDE - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico • II - Imposto sobre Importação
• IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados • ICMS - Imposto sobre Operações relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação
• AFRMM - Adicional de Frete para Renovação da Marinha
Mercante ¹ Média da Indústria do petróleo ² no RJ 20%, demais Estados 17% ou 18% ³a partir de 01/05/2004 4a partir de 01/05/2015 (MP-668/2015)
3. Tributação nas Operações com Petróleo A parcela de produção de cada consorciada poderá ter a
seguinte tributação:
a) Se transferido para dentro do Estado terá incidência do ICMS e não haverá incidência do PIS/COFINS.
b) Se vendido para dentro do Estado haverá incidência do ICMS e do PIS/COFINS.
c) Se transferido para fora do Estado não haverá incidência do ICMS, nem do PIS/COFINS.
d) Se vendido para fora do Estado não haverá incidência do ICMS e terá incidência do PIS/COFINS.
e) Se exportado será sem incidência ICMS e do PIS/COFINS
Situa
Situaçções tributões tributáárias nas parceriasrias nas parcerias
Aspectos Tributários – nas Operações com Petróleo
Possibilidade de transferência às Empresas consorciadas dos créditos de ICMS acumulados na escrita fiscal do Consórcio. Exemplo:
Inscrição Estadual no RJ (Decreto 26.064 de 15/03/2000): dispõe sobre o tratamento tributário dispensado ao consórcio de empresas relacionadas com atividade petrolífera;
Inscrição Estadual no ES (Decreto nº 250-R, de 14 de agosto de 2000);
Inscrição Estadual no RN (Regulamento do ICMS: Decreto nº 13.640, de 13 de novembro de 1997, alterado pelo Decreto nº 17.361, de 10 de fevereiro de 2004 ).
Legitimidade dos créditos do ICMS
Lei complementar 87/96 (art.19 e 20):
Aquisição para o processo produtivo e para o Ativo
Imobilizado
Mecanismo de Transferência dos Créditos
Criação de filial da operadora para uso exclusivo de
registro das operações do Consórcio - CNPJ e IE
dedicados ao consórcio.
Crédito de ICMS - Consórcios de E&P e Gás Natural
ICMS – Transferência de crédito por nota fiscal (autorizado pelo Fisco Estadual, a exemplo: regime especial);
Crédito - Tributos Não-Cumulativos
PIS/COFINS - Relatório de Gastos. A análise quanto à
apropriação dos créditos será de responsabilidade exclusiva dos parceiros.
Crédito - Tributos Não-Cumulativos
PROCEDIMENTOS PIS/COFINSOs créditos do PIS/PASEP e da COFINS, por não serem identificados em escrituração fiscal, são reconhecidos de acordo com o registro contábil das aquisições de insumos, bens e serviços necessários à atividades do Consórcio; Assim, a identificação para fins de decisão, por cada consorciada, quanto a apropriação dos créditos de tais contribuições, será realizada com base na informações contidas no relatório de PIS/COFINS.
As informações constantes no relatório estarão fundamentadas e lastreadas nos registros contábeis, que correspondem fidedignamente aos documentos fiscais emitidos pelos fornecedores para acobertar as aquisições e as prestações de serviços;
Procedimentos Fiscais
Lei nº 12.402 de 2 de Maio de 2011
Regula o cumprimento de obrigações tributárias por consórcios que realizem contratações de pessoas jurídicas e físicas e dá outras providências.
Art. 1° “As empresas integrantes de consórcio (...), respondem pelos tributos devidos, em relação às operações praticadas pelo consórcio, na proporção de sua participação no empreendimento, (...) ”.
Quando o consórcio realiza contratações em nome próprio, pode efetuar a retenção de tributos federais e o cumprimento das obrigações acessórias, ficando as consorciadas solidariamente responsáveis.
Se a retenção de tributos ou o cumprimento das obrigações acessórias relativos ao consórcio forem realizados pela líder, também há solidariedade.
Procedimentos Fiscais
IN nº 1.199/11 da Receita Federal do Brasil
IN RFB n° 1.199/2011 – principais disposições:Consorciada apropria receitas, custos e despesas proporcionalmente à sua participação, observado o regime tributário a que estão submetidas as consorciadas (art. 3°). * Consórcio não é PJ, não paga PIS/COFINS, CSLL, IRPJ.
A líder do consórcio deve manter escrituração segregada do consórcio na sua contabilidade, até a prescrição dos créditos tributários.
Consorciada deve manter escrituração segregada das operações relativas à sua participação no consórcio.
Procedimentos Fiscais
IN nº 1.199/11 da Receita Federal do Brasil
O faturamento será efetuado pelas consorciadas, mediante a emissão de nota ou fatura próprias, proporcionalmente à participação. Nas hipóteses autorizadas pela legislação do ICMS e do ISS, a Nota Fiscal poderá ser emitida pelo consórcio no valor total (art. 4°). Cada um apura PIS e COFINS individualmente. Os créditos são computados nas pessoas jurídicas consorciadas, proporcionalmente à participação (art. 5°).
Procedimentos Fiscais
IN nº 1.199/11 da Receita Federal do Brasil
Contribuição Previdenciária
Nos pagamentos efetuados a consórcio, sujeitos a retenção da Contribuição Previdenciária, a retenção e o recolhimento devem ser efetuados da seguinte forma: Quando o faturamento for emitido pelas consorciadas, a retenção e o recolhimento deverão ser feitos em nome de cada uma das empresas.
Quando o faturamento for emitido pelo consórcio com a identificação de cada consorciada, a retenção e o recolhimento poderão ser feitos em nome das consorciadas.
Quando o faturamento for emitido pelo consórcio sem a identificação de cada consorciada, a retenção e o recolhimento deverão ser feitos em nome do consórcio.
Neste caso, se o faturamento for enquadrado nas situações 2 e 3, somente o consórcio poderá realizar a compensação ou apresentar pedido de restituição.
Procedimentos Fiscais
IN nº 1.199/11 da Receita Federal do Brasil
Retenções realizadas PELOS consórcios:Cada consorciada retém, recolhe e cumpre as obrigações acessórias, proporcionalmente à sua participação, exceto quando o consórcio realizar a contratação, em nome próprio, hipótese em que a retenção caberá (i) às consorciadas, se o consórcio apenas contratar, ficando os pagamentos com as consorciadas; (ii) ao consórcio, com utilização do CNPJ do consórcio, se ele efetuar os pagamentos, aplicando-se as regras de retenção a que a líder se submete (art. 6°, IN 1.199), ou (iii) à líder, se ela se responsabilizar pela retenção e pagamento.
Retenções nos pagamentos AOS consórcios:
Quando houver retenção dos tributos federais, ela deve ser efetuada em nome de cada pessoa jurídica consorciada, proporcionalmente à sua participação no empreendimento (art. 7°).