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Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA

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Academic year: 2021

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Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com

(2)

Graduado em Direito pelo Centro Universitário

Eurípides de Marília - UNIVEM.

Título da Monografia: Epistemologia do Processo de

Conhecimento (2010).

Especialista em Direitos Humanos pela Faculdade de

Direito da Universidade de Coimbra/PT.

Título: Os Precedentes da Corte Europeia de Direitos

Humanos como instrumento de refinamento das normas de Direitos Humanos: decisão judicial e norma de direito fundamental adscrita/derivada (2014).

(3)

Mestrado em Teoria do Estado e do Direito pelo Centro

Universitário Eurípides de Marília – UNIVEM

Título: Decisão Judicial e Racionalidade Jurídica: Razão

Prática e a Legitimidade Discursiva das Decisões Judiciais no âmbito dos Direitos Fundamentais (2014).

Professor de Introdução ao Estudo do Direito – IED e

(4)

Pesquisa é coisa de laboratório? Isso pode se

desenvolver no curso de Direito?

Da importância da Pesquisa no Curso de Direito para o

desenvolvimento acadêmico e intelectual do aluno e do progresso da Ciência Jurídica.

 Dos órgãos de fomento à pesquisa no Brasil e no

Estado de São Paulo: CNPq, CAPES, FAPESP entre outras. (25/02 – Publ. Edital PIBIC 2015/2016)

Das bolsas de Pesquisa e do Programa de Iniciação

(5)

1. Procedimentos Especiais I

1.1. Procedimento nos crimes de competência do Tribunal do

Júri

1.1.1 Tribunal do Júri 1.1.2 A função do jurado

1.1.3 Primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri 1.1.4 Segunda fase do procedimento do Tribunal do Júri

1.2. Procedimento nos crimes contra a honra (arts. 519 a 523 do

CPP)

1.3. Procedimento nos crimes contra a propriedade imaterial

(arts. 524 a 530-H do CPP)

1.4. Procedimento nos crimes funcionais (arts. 513 a 518 do

(6)

2. Procedimentos Especiais II

2.1. Procedimento nos crimes da lei de falência

(11.101/05)

2.2. Procedimento nos crimes de menor potencial

ofensivo (9.099/95)

2.3. Procedimento nos crimes da lei de drogas

(11.343/06)

2.4. Procedimento nos crimes de violência

(7)

CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 20ª Ed.,

São Paulo: Saraiva, 2013.

NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo

Penal e Execução Penal. 10ª Ed. São Paulo: RT, 2013.

NUCCI, Guilherme de Souza. Leis Penais e

Processuais Penais Comentadas. 7ª Ed. São Paulo:

(8)

BRASIL. Leis, etc.Código de Processo Penal e

Constituição Federal. 53ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

AVENA, Norberto. Processo Penal Esquematizado. 5. Ed., São Paulo: Método, 2012.

GOMES, Luiz Flavio; CUNHA, Rogerio Sanches.

Legislação Especial Criminal. 2. Ed. São Paulo: RT, 2010.

OLIVEIRA, Eugenio Pacelli de. Curso de Processo Penal. 17ª Ed., São Paulo: Saraiva, 2013.

 TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Antonni Rodrigues C. De. Curso de Direito Processual Penal. 8ª Ed., São Paulo: Saraiva, 2013.

(9)

O critério de avaliação baseia-se na aplicação de 02

provas bimestrais, bem como na aplicação de trabalhos em sala de aula e atividades que desenvolvam o raciocínio crítico do aluno se necessário for. O peso das notas das provas, bem como dos trabalhos irão depender das atividades desenvolvidas, sendo que, os trabalhos e atividades nunca poderão exceder a 20% da nota total, ou seja, não poderá exceder 2,0 (dois) pontos.

(10)

Provas Bimestrais – 06 a 17/04 (0,0 a 8,0 pontos).

Prova mista (testes e discursiva) ou somente discursiva.

- Matéria de todo o Bimestre.

Trabalhos – data da entrega: 16/03 – (0,0 a 2,0 pontos).

Trabalhos digitados seguindo o Manual de Elaboração de Trabalhos Acadêmicos do Unisalesiano e ABNT.

(11)

1. Procedimentos Especiais I

1.1. Procedimento nos crimes de competência do

Tribunal do Júri

1.1.1 Tribunal do Júri

1.1.1.2 Histórico

- Disciplinado pela primeira vez pela Lei 18 de junho de 1822 (competência: crimes de imprensa). - Constituição Imperial de 1824 – Júri

passou a integrar o Poder Judiciário (Competência: causas cíveis e criminais)

(12)

- Constituição 1891 – manteve o Júri como

instituição soberana.

- Constituição de 1937 – silenciou a respeito do instituto, o que permitiu ao Decreto n. 167, de janeiro de 1938, suprimir esta soberania, permitindo aos tribunais de apelação a reforma de seus julgamentos pelo mérito.

- Constituição de 1946 restabeleceu a soberania do Júri, prevendo-o entre os direitos e garantias constitucionais.

- Constituição de 1967 também manteve o Júri no capítulo dos direitos e garantias individuais.

- Emenda Constitucional n. 1, de 17 de

outubro de 1969, manteve a instituição no mesmo

capítulo, mas restrita ao julgamento dos crimes dolosos contra a vida.

(13)

- Constituição Federal de 1988 –

reconhece a Instituição do Júri como a

organização que lhe der a lei, assegurando

como princípios básicos: a plenitude do

direito de defesa, o sigilo nas votações, a

soberania dos veredictos e a competência

mínima para o julgamento dos crimes

dolosos contra a vida.

(14)

1.1.1.3 O Tribunal do Júri na Constituição

Federal

- Art. 5°, XXXVIII:

“XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa;

b) o sigilo das votações;

c) a soberania dos veredictos;

d) a competência para o julgamentos dos crimes dolosos contra a vida.”

(15)

Plenitude de defesa: possui dois aspectos – exercício

da defesa técnica (realizada pelo advogado) e a autodefesa, consistente na apresentação da sua tese pessoal no momento do interrogatório.

Soberania dos Veredictos: impossibilidade de o

tribunal técnico modificar a decisão dos jurados pelo mérito. Exceções: Tribunal que anula a decisão dos jurados sob o argumento de afrontar manifestamente as provas dos autos (analisa o mérito); e Revisão Criminal, em que o Tribunal poderá inclusive absolver o Réu (sempre em benefício do réu – mitiga-se um direito fundamental formal em benefício de outro direito fundamental).

(16)

Sigilo dos Veredictos: ao Tribunal do Júri não se

aplica o art. 93, IX, da Constituição Federal. Quando há votação unânime quebra-se o sigilo. Por esta razão, a votação é interrompida assim que surgir o quarto voto idêntico.

Competência mínima para os crimes dolosos

contra a vida: trata-se de competência mínima, logo

poderá o legislador infraconstitucional ampliar a competência.

Obs.: Importa destacar que eventual ampliação não

fere a cláusula pétrea, já que buscará ampliar e não reduzir ou mitigar esta garantia constitucional.

(17)

A concepção de Direito e Garantia e a

natureza do Tribunal do Júri:

- garantia do devido processo legal

(garantia da garantia);

- direito do cidadão de participar,

diretamente, dos julgamentos do

Poder Judiciário (direito individual).

(18)

 1.1.1.4 Competência do Tribunal do Júri

- - art. 5°, XXXVIII, d, CF – crimes dolosos

contra a vida.

- Art. 74, CPP, § 1°:

- Crimes tipificados nos arts. 121, §§ 1° e 2°, 122, § único, 123, 124, 125, 126 e 127 do Código Penal.

- Inadmissível interpretações extensivas: incompetente para julgar latrocínio, extorsão mediante sequestro com resultado morte e demais crimes qualificados pelo resultado morte (preterdolosos).

(19)

1.1.1.5 Competência do Tribunal do Júri

- - art. 5°, XXXVIII, d, CF – crimes dolosos contra a vida.

- Segundo o entendimento de Guilherme Nucci: “É bem verdade que algumas posições existem sustentando ser essa competência fixa, não podendo ser ampliada, embora não haja nenhuma razão plausível para tal interpretação. Nota-se que o texto constitucional mencionada ser assegurada a competência para os delitos contra a vida e não

somente para eles” (NUCCI, Guilherme de Souza.

Manual de Processo Penal e Execução Penal, 2014, p. 680)

- Em caso de ampliação não abala a cláusula pétrea, já que sua missão é impedir seus esvaziamento.

(20)

- Conceito técnico para fixar a competência.

Logo somente será de competência do

Tribunal do Júri aqueles crimes previstos no

Capítulo I (Crimes contra a vida), do Título I

(dos crimes contra a pessoa), da Parte

Especial do Código Penal.

- Assim, aqueles crimes que de qualquer

forma envolvam a vida humana, mas que

não esteja no Título I, não são de

competência do Tribunal do Júri (Ex.:

latrocínio, lesão corporal qualificada pelo

resultado morte entre outros).

(21)

 - Crimes em espécie de competência do Tribunal do Júri: a) Homicídio simples (art. 121, caput);

b) Homicídio privilegiado (art. 121, § 1°); c) Homicídio qualificado (art. 121, § 2°);

d) Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio (art. 122);

e) Infanticídio (art. 123);

f ) E as várias formas de aborto (arts. 124, 125, 126 e 127). g) Crimes conexos – força da atração do Tribunal do Júri

(art. 76, 77, 78, I, CPP)

Somente para os crimes dolosos contra a vida. Vale ressaltar que alcança a forma consumada, bem como a forma tentada do crime.

Súmula 603 do STF: “A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do Tribunal do Júri”

(22)

1.1.1.6 – Função do Jurado

“[...] serviço público relevante (art. 439, CPP), além de essencial para a formação do devido processo legal daqueles que são acusados da prática de crimes dolosos contra a vida [...], é natural que seja obrigatória a participação de qualquer brasileiro, respeitado alguns requisitos”. (Nucci, p. 712)

* Podem ser jurados os maiores de 18 anos e estão isentos, embora possam participar, os maiores de 70 (art.437, IX, CPP).

* Além do fator idade já exposto, é fundamental que o jurado seja pessoa de notória idoneidade, alfabetizado, possuidor de saúde mental e física compatível com a função, bem como deve estar no gozo dos seus direitos políticos e ser brasileiro.

(23)

* Os casos de isenção do serviço do júri estão expostos no art. 437 do Código de Processo Penal: a) o Presidente da República e os Ministros de Estado; b) os Governadores de Estado e seus Secretários; c) os membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e Distrital e das Câmaras Municipais; d) os Prefeitos Municipais; f) os servidores do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública; g) as autoridades e servidores da polícia e da segurança pública; h) os militares e serviço ativo; i) os cidadãos maiores de 70 anos que requeiram sua dispensa; j) aqueles que o requerem, demonstrando justo impedimento.

(24)
(25)

1.1.1.8 O Procedimento Especial do Júri:

admissibilidade da acusação

Primeira Fase: Atos de Instrução Preliminar (Judicium

Accusationis – Juízo de Acusação)

Findo o Inquérito Policial:

a) - MP oferece a denúncia no prazo de 5 (cinco) dias no caso de imputado preso, ou de 15 dias se estiver em liberdade – deve conter rol de até 8 testemunhas (por fato ou por réu?)

b) - Inércia do MP: queixa-crime subsidiária (legitimados: vítima, ascendente, descendente, cônjuge ou irmão);

c) - Juiz recebe ou rejeita a peça acusatória inaugural (art. 395 CPP);

(26)

d) - Recebida a peça acusatória o acusado será citado para apresentar defesa (Defesa Prévia) no prazo de 10 dias (peça obrigatória). Aqui deverá:

* Arrolar testemunhas (8 por réu);

* Alegar todas as preliminares que entender cabível;

* Juntar documentos;

* Postular suas provas.

* Formular, em autos apartados, as exceções, quando cabíveis.

* prazo decorre da citação válida ou do comparecimento do acusado ou de seu defensor em juízo

d.1)- Arguir a exceções que entender cabíveis (art. 95 a 112 do CPP).

(27)

Obs.I: caso o réu não apresente a defesa escrita no

prazo de 10 dias, deverá o magistrado nomear defensor para fazê-lo, em observação ao princípio da ampla defesa (também no prazo de 10 dias). Em caso de defesa patrocinada por Defensor Público basta ao juiz oficiar a Defensoria Pública para que outro defensor seja nomeado.

e) - Vista dos autos ao MP para manifestação quanto ao alegado na defesa no prazo de 5 dias (Crítica de Aury Lopes Jr. – fere os princípios do contraditório e ampla defesa).

(28)

f) – Designação, em dez dias, de audiência de Instrução para oitiva das testemunhas e produção das demais provas em uma só audiência.

* Oitiva da vítima (quando possível); * Testemunhas de acusação;

* Testemunhas de defesa;

* Oitiva dos Peritos (1 oficial ou 2 nomeados) – requerida com antecedência mínima de 10 dias;

* Acareações;

* Reconhecimento de pessoas e coisas; e * Interrogatório do Réu.

Obs.II: Novidade trazida pela Lei 11.689/2008: audiência única; e Inversão da ordem das testemunhas (segundo Nucci é possível que as partes invertam a ordem) e perguntas realizadas diretamente às testemunhas (sistema

(29)

g) - Possibilidade de Mutatio Libelli: aditamento da peça acusatória em decorrência de surgimento de fato novo. * Interrompe-se a audiência una, dando prazo de 5 dias para a defesa (podem arrolar até 3 testemunhas).

Ex.: Durante a instrução criminal é produzida prova pericial, até então desconhecida, de que a mãe, ao matar o filho, não se encontrava sob a influência do estado puerperal, desaparecendo, portanto, a elementar do infanticídio, o juiz não poderá pronunciar a ré diretamente por homicídio sem antes dar-lhe oportunidade de se defender da nova imputação (art. 384, § único).

(30)

h) – Não ocorrendo a Mutatio Libelli a instrução será encerrada passando para os debates orais (20 min. para cada parte, prorrogáveis por mais 10).

Obs.III: 1. para cada acusado será concedido o prazo de 20 min., prorrogáveis por mais 10 min.

2. Assistente de acusação contará com prazo de 10 min (acrescenta-se 10 min. para a defesa).

(31)

i)- Sentença em audiência ou no prazo de 10 dias.

- Prazo para encerramento da Primeira Fase do

Procedimento do Júri – 90 dias (art. 412). Prazo impróprio, entretanto não havendo justificativa razoável para o retardamento, deve ser o acusado colocado em liberdade.

- Decisões possíveis na Instrução Preliminar:

I) Pronuncia; II) Impronúncia; III) Absolvição Sumária

(32)

- 1.1.1.8.1 PRONÚNCIA (encerra a primeira

fase – interlocutória mista):

* Não produz coisa julgada

material (pode haver desclassificação no

plenário);

* Resume-se a indicar a

materialidade do fato e a existência de

indícios suficientes de autoria ou de

participação (indicar circunstâncias de

aumento de pena específicas – do tipo

derivado, Ex: Art. 121, § 4° e § 6° CP e

qualificadoras, Ex: 121, § 2°, CP – FIXAÇÃO

DO TIPO PENAL);

(33)

* Não poderá fazer qualquer menção as

regras sobre concursos de crimes, a causas de

diminuição de pena, tais como o privilégio (art. 7°,

LICPP), a agravantes, nem atenuantes, a fim de

preservar o campo de atuação dos jurados

(FIXAÇÃO DA PENA).

** Crítica de Aury Lopes Jr. ao

Indubio pro societate: fere o princípio da presunção

de inocência.

****

Crimes

Conexos:

pronunciado o crime de competência do júri, o

conexo o seguirá (não será objeto de decisão

condenatória ou absolutória nessa fase).

(34)

* Quanto a decretação ou revogação de prisão preventiva: segue-se a mesma lógica das prisões cautelares.

obs.: o art. 408, § 2° autorizava o juiz a decretar a prisão provisória, quando o réu fosse reincidente ou tivesse maus antecedentes (era consequência automática da sentença de pronúncia), daí o surgimento do art. 413, § 3°. Além da revogação do art. 594.

* Intimação da Decisão de Pronúncia;

- pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e ao MP;

- defensor constituído, querelante e as assistente de acusação, intimação por nota de expediente (intimação no DO);

- Acusado em LINS, intimação por edital (Com a atualização legislativa é possível haver julgamento sem a presença do réu no plenário).

(35)

* A sentença de pronúncia poderá ser

alterada mesmo depois de preclusa, desde que

observada

circunstância

superveniente

modificadora da classificação do delito (art. 421, §

1°, CPP).

Ex.: Pronunciou por tentativa de homicídio.

Posteriormente à pronúncia chega aos autos a

prova da morte da vítima decorrente da ação do

agente. Há necessidade de alteração da pronúncia,

para homicídio consumado. A lei 11.689/08 diz que

apenas o MP será ouvido, mas em observação ao

princípio do contraditório e da ampla defesa é

necessário que se o acusado também se manifeste.

(36)

* Sentença de Pronúncia interrompe o

curso da prescrição da pretensão punitiva. Não

perde a força interruptiva em caso de eventual

desclassificação pelos jurados (Súmula n. 191 do

STJ “A pronúncia é causa interruptiva da

prescrição, ainda que o Tribunal do Júri venha a

desclassificar o crime”).

Ex.: Júri desclassifica uma tentativa de homicídio

para um crime de lesão corporal. Na prescrição

retroativa, a pronúncia continuará interrompendo

seu curso.

* Da Sentença de Pronúncia cabe

Recurso em Sentido Estrito (Art. 581, IV).

(37)

1.1.1.8.2 IMPRONÚNCIA - decisão terminativa, já

que encerra o processo sem julgamento de

mérito.

* Cabe Recurso de Apelação;

* Não havendo convencimento da

materialidade do fato ou da existência de indícios

suficientes de autoria ou de participação;

** Crítica de Aury Lopes Jr.:

inconstitucionalidade (estado de pendência e

insegurança social) – violação ao princípio da

presunção de inocência.

* Despronúncia: decisão do

Tribunal que reforma a decisão de pronúncia

(Espínola Filho) ou de quando há juízo de

retratação do magistrado diante do ajuizamento

de Recurso em Sentido Estrito contra decisão de

Pronúncia.

(38)

1.1.1.8.3 – DECLASSIFICAÇÃO –

* Dar ao fato uma definição

jurídica diversa, tanto de um crime mais grave para

outro menos grave, mas também no sentido

inverso.

* Pode ocorrer na primeira fase ou

em plenário;

*

Desclassificação

própria:

desclassifica para crime cuja competência não é a

do Tribunal do Júri;

*

Desclassificação

imprópria:

desclassifica para outro crime de competência do

Tribunal do Júri.

(39)

* Com a antiga sistemática legal

(art. 410), havendo desclassificação abria-se

vista à defesa para, querendo, indicar novas

testemunhas, prosseguindo-se, a partir daí,

para a sentença final.

* A mera desclassificação não é

suficiente, por si só, para permitir a imediata

soltura do réu preso. É necessário observar

os requisitos da prisão cautelar.

(40)

1.1.1.8.4 – ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA -

sentença, com análise de mérito.

* cabe recurso de Apelação.

* Hipóteses:

-estar

provado

a

inexistência do fato ou de que o réu não é

autor ou partícipe do fato;

- quando o fato narrado

não constitui infração penal (fato atípico);

(41)

- Demonstrada a presença de qualquer causa de

exclusão da ilicitude ou da culpabilidade (salvo quando única tese defensiva for a excludente prevista no art. 26 do CP – doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado);

Ex.: A defesa pode ter alegado a hipótese de legítima defesa. Mesmo que inimputável o réu, há viabilidade de ser absolvido com base na excludente de ilicitude. E, se tal ocorrer, porque sua conduta foi considerada lícita, não se pode impor medida de segurança. Em face disso, é possível que se queira demonstrar a ocorrência da legítima defesa aos jurados. O magistrado, então, embora constatada a inimputabilidade, deve pronunciar o réu para ser julgado pelo Tribunal do Júri (não sendo caso de absolvição sumário, em decorrência de dúvida, por exemplo).

(42)

* A absolvição sumária exige

certeza, diante da prova colhida.

Segundo Nucci “Havendo dúvida

razoável,

torna-se

mais

indicada

a

pronúncia,

pois

o

júri

é

o

juízo

constitucionalmente

competente

para

deliberar sobre o tema” (Manual de Processo

Penal e Execução Penal, p. 698)

* Pela antiga sistemática era

obrigatório a submissão ao reexame

necessário ou recurso de ofício. Isso não

mais ocorre.

(43)

1.2 LIBELO CRIME-ACUSATÓRIO

Tratava-se da peça acusatória, cujo conteúdo era fixado pela decisão de pronúncia, expondo, na forma de artigos, a matéria que seria submetida a julgamento pelo Tribunal do Júri. O libelo era a peça formal da acusação, que visava à exposição do fato criminoso (filtrado pelo pronúncia) ao Tribunal Popular, deduzindo a pretensão punitiva do Estado e pretendendo um julgamento de mérito (suprimido pela Lei 11.689/2008).

(44)

1.3 FASE DE PREPARAÇÃO DO PLENÁRIO Nucci (p. 701) sustenta a existência não de

duas, mas três fazes no procedimento do Júri:

Instrução Preliminar; Fase de Preparação do Plenário; e Fase do Plenário.

- Preclusa a decisão de pronúncia os autos serão encaminhados ao juiz presidente do Tribunal do Júri (art. 421, caput, CPP).

- Intimação do MP (ou querelante) e defesa para que apresentem em 05 dias o rol de testemunhas que irão depor em plenário (até o máximo de 05) para cada parte. Obs.: poderão juntar documentos e

(45)

- O juiz deliberará acerca de quais provas serão produzidas de imediato e quais ficarão para o plenário.

- Promoverá as diligências necessárias para sanar qualquer falha ou vício até então ocorrido.

- Deverá, o magistrado, realizar um relatório do processo que será entregue, por cópia, a cada um dos jurados componentes do Conselho de Sentença (art. 423, II, CPP).

(46)

1.3.1 Desaforamento

Medida judicial que altera a competência fixada pelos critérios constantes no art. 69 do CPP.

- Não fere o princípio do juiz natural, já que é medida excepcional, prevista em lei, sendo válida para todos os réus.

- Cabe o desaforamento (art. 427 e 428 CPP): a) se o interesse da ordem pública o reclamar (segurança na Comarca); b) se houver dúvida sobre a imparcialidade do júri (grande comoção social); c) se houver dúvida quanto à segurança do réu; d) se o julgamento não se realizar no período de seis meses, contado do trânsito em julgado da decisão de pronúncia, desde que para a demora não tenha contribuído a defesa.

- Súmula 712 do STF: “É nula a decisão que determina o desaforamento de processo da competência do Júri sem a audiência da defesa”.

(47)

1.3.2 – Supressão de nulidade

- Cabe ao juiz sanar qualquer nulidade antes da ocorrência do julgamento em plenário, justamente na fase de preparação da sessão do Tribunal do Júri (art. 423, I, CPP) – ex.: tenha faltado a assinatura do advogado em alguma peça; não tenha sido juntado algum documento imprescindível, etc.

1.3.3 – Providências para o julgamento:

- Suprimidas as nulidades, o juiz designará a data do julgamento, determinando a intimação do MP (querelante), assistente de acusação, do réu e seu defensor. - Intimação das testemunhas (Carta Precatória,

(48)

- Escolha de 25 jurados da Lista Geral, que deverão servir na sessão (art. 433, caput, CPP).

- Expede-se edital convocatório, onde constará a data em que o júri se reunirá, bem como o nome dos

jurados sorteados, afixando-se à porta do fórum (art. 435, CPP).

- Ordem de julgamento (art. 429, CPP): 1°) réus presos; 2°) dentre os presos, os mais antigos na prisão; 3°) em igualdade de condições, os que tiverem sido

(49)

1.4 Segunda fase do procedimento do

Tribunal do Júri

1.4.1 Composição do Júri:

Juiz Togado, que o preside, e por

25 jurados sorteados para a sessão, e não

unicamente pelo magistrado e pelo Conselho de

Sentença (7 jurados escolhidos dentre os 25 juízes

leigos).

Para validamente começar os

trabalhos, devem reunir-se, pelo menos, 16 pessoas

(um juiz togado e 15 jurados).

(50)

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