ANEXO II
FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO
Dados do(s) autor(es)
Nome completo do(s) autor(es):
Autor: Rafaello Boschi Isaac, promotor de Justiça da
comarca de Leopoldo de Bulhões e auxiliar no Programa Entorno/DF/MP-GO.
Equipe: Procurador-Geral de Justiça do MP-GO, Lauro
Machado Nogueira; Coordenador do Programa
Entorno/DF/MP-GO, Bernardo Boclin Borges; Kézia Dayrell Monteiro, Assessora MP-GO.
Parceiros: Fórum de Gestores Culturais da Estrada de Ferro
Presidente do IPHAN, Jurema de Sousa Machado; Superintendente IPHAN Goiás, Salma Saddi Waress de Paiva; Coordenador Geral de Bens Móveis (IPHAN), Otto de Santana; Erica Castilho (IPHAN/DF), Ronaldo Gallo
(AGU/IPHAN), Cristinae Subtil (DNIT/SRGO), José Luiz de Oliveira(Coordenador Geral do Patrimônio Ferroviário - DNIT/DF), Cacio Antônio Ramos (Assessor do Ministério do Transporte), Iraneide Rocha (SPU/DF); Representante do IPHAN/GO Beatriz Otto de Santana; Prefeito de Leopoldo de Bulhões, Jefferson Adriano Louza, o Prefeito de
Bonfinópolis, José da Luz Paulino Oliveira, Lazáro e Maria Cristina; Procuradores da República Alexandre Moreira Tavares dos Santos e Ailton Benedito de Souza.
Colaboradores: Promotores de Justiça das respectivas
comarcas, CAOMA e CAOEDUCAÇÃO, Promotor de Justiça Maurício Gebrim.
Cargo: Promotor de Justiça
Formação acadêmica:
Direito
Lotação: 1ª Promotoria de Justiça de Leopoldo de Bulhões - Distrito deBonfinópolis
__________________________________________________________________________________________________________ Escola Superior do Ministério Público do Estado de Goiás
Rua 23, esq. com a Av. Fued José Sebba, Qd. A 06, Lts. 15/24, Sala T-11, Jardim Goiás Goiânia - Goiás - CEP: 74.805-100
Telefone: (62) 3337-1269
E-mail: rafaello.boschi@mpgo.mp.br
ANEXO III
MODELO PARA TRABALHO
Informações Gerais
Nome da Prática:
Estrada de Ferro
Resumo (ementa): (até 120 palavras)
Devido à proteção ainda insuficiente do patrimônio histórico, artístico e cultural, na região sudeste do Estado de Goiás, e o seu não reconhecimento como polo turístico, faz-se necessário restabelecer o vínculo entre o seu nome (região da Estrada de Ferro) e sua história, fortalecendo sua
identidade, com a criação de um novo ciclo de desenvolvimento, agora na perspectiva sociocultural, com o fortalecimento da cidadania por meio do resgate da história. Os promotores de Justiça da região decidiram unir forças para tentar recuperar todo esse patrimônio histórico que vem se perdendo, buscando conseguir a atenção dos órgãos com algum tipo de
responsabilidade sobre a proteção do patrimônio histórico para resgatar a identidade regional que tanto favoreceu o desenvolvimento do Estado.
Palavras-chave: Restauração, resgate, história, fortalecimento, cidadania
Informações complementares
Órgão onde a prática foi aplicada:
Estações Ferroviárias da Região Sudeste do Estado de Goiás, principalmente nos municípios de Leopoldo de Bulhões, Bonfinópolis e Orizona, bem como a Ponte Epitácio Pessoa.
Órgãos beneficiados pela prática:
População da região sudeste, MP de Goiás (CAOMA, CAO Educação e demais órgãos), INRC, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT),
Secretaria do Patrimônio da União (SPU), gestores culturais da região sudeste, Institutos UEG, IFG, Secretaria de Educação dos municípios da região e Secretaria de Educação de Goiás, população brasileira como um todo. Órgãos do MP-GO onde a prática
pode ser replicada:
Promotorias de Justiça de outras regiões de Goiás que têm estações ferroviárias inativas ou subutilizadas e ainda as que podem ser revitalizadas ou readequadas para receber as atividades de um projeto similar, com outro objeto específico de proteção, como manifestações culturais,
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estruturas edificadas representativas da história da região, dentre outros bens imateriais e materiais.
Público-alvo: População (habitantes) dos municípios da região Sudeste do Estado de Goiás.
Resumo dos resultados alcançados:
(até 120 palavras)
Estimular a proteção da História goiana construída ao
longo das linhas férreas. Incluir no cenário do Sudeste Goiano uma linha da estrada de ferro, integrada por um trem Maria Fumaça, as estações ferroviárias e a Ponte Epitácio Pessoa restauradas, constituindo-se em espaço para educação, cultura, artes e gastronomia. Fortalecer a
identidade dos habitantes da região e o exercício da cidadania neste novo circuito turístico de Goiás,
percorrendo as comarcas de Goiânia, Anápolis, Senador Canedo, Leopoldo de Bulhões, Silvânia, Vianópolis,
Orizona, Pires do Rio, Urutaí, Ipameri, Goiandira, Catalão e Cumari. Garantir, com as restaurações, respeito ao
patrimônio histórico, artístico e cultural dos municípios, promovendo a participação de seus habitantes por meio da construção de palcos culturais e espaços de uso coletivo.
A prática está ativa? ( X )Sim. A prática entrou em vigor em 13 /03/2015 ( )Não. A prática vigorou de __/__/____ a __/__/____ Custos/Recursos despendidos: Não há custos para o MPGO, salvo os referentes a eventuaisdiárias decorrentes de viagens dos membros.
ANEXO IV (continuação)
1. Introdução
Diante da proteção ainda insuficiente do patrimônio histórico, artístico e cultural na região sudeste do Estado de Goiás e o seu não reconhecimento como polo turístico, fez-se necessário restabelecer o vínculo entre o seu nome (região da Estrada de Ferro) e sua história, fortalecendo sua identidade com a criação de um novo ciclo de desenvolvimento, com foco na perspectiva sociocultural e fortalecimento da cidadania por intermédio do resgate da história.
Neste contexto, o Ministério Público de Goiás, por meio da promotoria de Justiça de Leopoldo de Bulhões, articulou o Projeto Estrada de Ferro com o objetivo de estimular a proteção da história goiana construída ao longo das linhas férreas. Outras iniciativas já foram realizadas em municípios distintos após a constatação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) de que em 2.637 quilômetros de estradas rurais e estaduais, o cenário encontrado foi de total abandono quanto ao patrimônio ferroviário edificado em Goiás.
A antiga estação ferroviária em Vianópolis foi recuperada e tornou-se espaço cultural, abrigando eventos voltados às artes; estação de Silvânia, inserida no projeto de resgate histórico da Região da estrada de Ferro. A estação de Pires do Rio, após intervenções, abriga o Departamento de Cultura da Secretaria Municipal de Educação. As estações de Vianópolis, Ponte Funda, Caraíba e Goiandira passaram por intervenções e obras de restauro, com projetos que envolviam sua recuperação e ressocialização. Nas estações de Urutaí e Silvânia foram realizadas obras de restauração e desenvolvidos projetos de educação patrimonial. Em Anápolis, após resultado de ação civil pública proposta pelo Ministério Público de Goiás, devolveu-se à paisagem central da cidade, a visão da estação ferroviária que havia sido prejudicada pela construção de um terminal de ônibus para transporte coletivo. O terminal foi demolido e o patrimônio protegido e deverá ser revitalizado. Mas ainda existem algumas estações ferroviárias do Sudeste de Goiás que estão abandonadas, em ruínas e desativadas, com perdas significativas tanto da estrutura física quanto da identidade da região.
Entre as estruturas que devem ser recuperadas por meio do Projeto Estrada de Ferro está incluída também a Ponte Epitácio Pessoa (Pires do Rio), inaugurada em 1922, com projeto arquitetônico importado da Europa. Dentro do projeto estrada de Ferro, o Iphan Goiás deverá dotar as estações ferroviárias com a infraestrutura necessária para seu pleno uso social. Na avaliação do Ministério
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Público de Goiás, a Região da Estrada de Ferro (Sudeste de Goiás) está perdendo o vínculo com o objeto que a batizou.
2. Descrição da prática
A meta central do projeto Estrada de Ferro é a restauração das Estações Ferroviárias para incentivar a recuperação do patrimônio histórico na região da estrada de ferro que trouxe, no decorrer dos anos, desenvolvimento para o Estado de Goiás. A ideia é integrar as iniciativas inovadoras já realizadas e desenvolver outras práticas para atingir o objetivo de estimular a proteção do patrimônio histórico material e imaterial construídos ao longo da linha férrea.
O Projeto inclui, no cenário do Sudeste Goiano, a integração das estações ferroviárias integradas por um trem Maria Fumaça ou outro maquinário que represente aqueles tempos, bem como a restauração da Ponte Epitácio Pessoa. Pretende-se que tais espaços sejam aproveitados para educação, cultura, artes e gastronomia, fortalecendo a identidade dos habitantes da região e o exercício da cidadania. Busca-se, com efeito, o nascimento de um novo circuito turístico de Goiás somando a história das comarcas de Goiânia, Anápolis, Senador Canedo, Leopoldo de Bulhões, Silvânia, Vianópolis, Orizona, Pires do Rio, Urutaí, Ipameri, Goiandira, Catalão e Cumari, naquilo que se relacionam à estrada de ferro. Almeja-se, com as restaurações e demais ações advindas deste trabalho, a proteção do patrimônio histórico, artístico e cultural dos municípios inseridos nesta parte da história do Estado, de modo a promover o resgate da memória e o respeito ao que representou a região para Goiás e as potencialidades que possui para contribuir ao seu engrandecimento.
Para tanto, foram feitas várias ações com resultados importantes para atingir a meta proposta. Desde que o projeto foi concebido, já foi apresentado aos promotores de Justiça das comarcas envolvidas, ao Iphan em Goiás, ao Ministério Público Federal, ao Fórum de Gestores Culturais da Estrada de Ferro, a presidência do Iphan, ao DNIT e ao SPU. Já foram elaboradas estratégias e realizadas as seguintes ações pelos MPGO e parceiros: avaliações do estado de conservação das estações restauradas, varreduras das estações e da sessão do trecho (Iphan/DNIT), divisão dos imóveis valorados e envio da listagem ao Iphan/DNIT/Concessionária, elaboração de um cronograma com custo do projeto, articulação com parceiros, diagnóstico de estado de conservação das estações ferroviárias de Vianópois, Caraíba, Ponte Funda e Silvânia, elaboração do relatório do processo de Planejamento estratégico do triênio 2015/2018)- Fórum de Gestores Culturais da estrada de Ferro,
reuniões mensais entre representantes do Iphan-GO, Ministério Público de Goiás e gestores culturais da Estrada de ferro, Lázaro e Cristina.
3. Resultados / Conclusão
Com o projeto busca-se em último plano valer-se da defesa do patrimônio histórico, artístico e cultural como instrumento de garantia da dignidade da pessoa humana, com foco na identidade territorial, de modo que aqueles que residem na região da estrada de ferro ou de lá possuam suas origens ou vínculos, enxerguem naquela estrutura material e imaterial a si mesmos, tendo orgulho daquela relação e experiência, como algo tão representativo à população e ao Estado, merecedor de respeito e proteção por todos. É, em suma, o resgate e promoção da cidadania pela história.
O cenário que se pretende enxergar quando da conclusão do projeto assim se apresenta: na linha da estrada de ferro, integrada por um trem Maria Fumaça, as estações ferroviárias e ponte Epitácio Pessoa restauradas, tornam-se um espaço para educação, cultura, artes e gastronomia, fortalecendo a identidade dos habitantes da região e, por seu turno, o exercício da cidadania, neste novo circuito turístico de Goiás, formado pelas comarcas de Goiânia, Anápolis, Senador Canedo, Leopoldo de Bulhões, Silvânia, Vianópolis, Orizona, Pires do Rio, Urutaí, Ipameri e Catalão.
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