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P A R E C E R

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Nº 1598/2018 Nº 1598/2018 Nº 1598/2018Nº 1598/20181111

SM – Servidor Público. Inadequação de Lei Complementar. Estrutura administrativa da Câmara Municipal. Espécie normativa adequada. Cargos em Comissão x Serviços rotineiros e permanentes. Exigência de nível superior. Comentários.

CONSULTA:

CONSULTA:

CONSULTA:

CONSULTA:

A Consulente, Câmara, solicita parecer sobre a Projeto de Lei Complementar (M) s/nº, de 23/05/2018, que estabelece o Curso Superior ou Técnico Superior (Tecnólogo) como requisito mínimo para nomeação dos Cargos em Comissão de Assessor Parlamentar.

A Consulta segue documentada.

RESPOSTA:

RESPOSTA:

RESPOSTA:

RESPOSTA:

Preliminarmente, cumpre registrar que como a doutrina costuma afirmar, as leis complementares, como já diz seu nome, destinam-se a complementar diretamente o texto constitucional.

Na prática, observamos que, de um modo geral, o constituinte, originário ou reformador, reserva à lei complementar matérias de especial importância ou matérias polêmicas, para cuja disciplina seja desejável e recomendável a obtenção de um maior consenso entre os parlamentares.

As leis complementares são instrumento de utilização excepcional. A regra geral é a criação, modificação ou extinção de direitos ou obrigações ser disciplinados por meio de leis ordinárias. Em quase

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-todos os casos, quando a Constituição se refere à lei ("nos termos da lei...", ou "a lei estabelecerá..." etc.), ou mesmo à lei específica, está exigindo a edição de lei ordinária.

A reserva de matérias à lei complementar, salvo raras exceções, deve vir expressa no texto constitucional. As raras exceções, acima mencionadas, dizem respeito a situações em que a interpretação sistemática da Constituição permite inferirmos a exigência de lei complementar, ainda que o texto constitucional somente se refira à lei, sem qualificativo.

Com efeito, a Carta Magna previu algumas espécies normativas de tramitação no processo legislativo e incluiu a lei complementar nesse rol. Sobre lei complementar leciona Alexandre de Moraes:

"(...) a razão de existência da lei complementar consubstancia-se no fato de o legislador constituinte ter entendido que determinadas matérias, apesar de evidente importância, não deveriam ser regulamentadas na própria Constituição Federal, sob pena de engessamento de futuras alterações; mas, ao mesmo tempo não poderiam comportar constantes alterações através de um processo legislativo ordinário. O legislador constituinte pretendeu resguardar determinadas matérias de caráter infraconstitucional contra alterações volúveis e constantes, sem, porém, lhes exigir a rigidez que impedisse a modificação de seu tratamento, assim que necessário". (In: MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 17ª ed. São Paulo: Atlas. 2005).

No que diz respeito à aprovação, as leis complementares devem ser aprovadas por maioria absoluta dos parlamentares. Diversamente, as leis ordinárias são aprovadas por maioria simples, ou seja, devem obter em seu favor a metade mais um dos votos dos parlamentares presentes à sessão. Note-se como é grande a diferença. As leis complementares, por esse motivo, além de serem mais difíceis de serem aprovadas, são muito mais estáveis, uma vez que somente podem ser modificadas mediante a edição de outra lei complementar.

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As matérias referentes a servidores públicos não se inserem no rol reservado à lei complementar, por isso devem ser tratadas em lei ordinária e não em lei complementar. Sobre o tema, é pertinente colacionar a recente decisão do STF:

"AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PIAUÍ. PREVISÃO DE NECESSIDADE DE EDIÇÃO DE LEI COMPLEMENTAR. PROCESSO LEGISLATIVO. NORMAS QUE VERSAM SOBRE SERVIDOR PÚBLICO. SITUAÇÕES EM QUE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL EXIGE LEI ORDINÁRIA. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA SIMETRIA. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. I - A inconstitucionalidade dos preceitos impugnados decorre da violação ao princípio da simetria, uma vez que a Constituição do Estado do Piauí exige a edição de Lei Complementar para o tratamento de matérias em relação às quais a Constituição Federal prevê o processo legislativo ordinário. II - A jurisprudência reiterada desta Corte é no sentido de que o Estado-membro, em tema de processo legislativo, deve observância cogente à sistemática ditada pela Constituição Federal. Precedentes. III - Ação julgada procedente para declarar a inconstitucionalidade dos incisos III, VII, VIII, IX e X, e do parágrafo único do art. 77 da Constituição do Estado do Piauí". (STF - Tribunal Pleno. ADI nº. 2872. DJ-e 05/09/2011. Rel. Min. EROS GRAU, Relator(a) p/ Acórdão: Min. RICARDO LEWANDOWSKI)

Assim, as leis que criam e alteram os requisitos de acessos a cargos públicos são leis ordinárias e não leis complementares por natureza.

Cumpre, ainda, esclarecer que, face ao princípio da harmonia e da independência entre os Poderes (art. 2º, CRFB/88), a Constituição dispõe que compete à Câmara, sem a sanção do chefe do Poder Executivo, dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação e transformação ou extinção dos cargos públicos. Tal assertiva evidencia-se pelo disposto no art. 48, caput, e em seu inciso X, da CRFB/88, aplicável

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ao Município por simetria na forma do art. 29, caput. Confira-se a redação do indigitado dispositivo legal:

"Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:

[...]

X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b" (grifamos).

As matérias elencadas nos arts. 49, 51 e 52 tratam de assuntos da economia interna do Poder Legislativo, que não devem estar sujeitas à aprovação do Prefeito Municipal. A resolução, como se sabe, é deliberação de caráter político-administrativo aprovada pela maioria dos Vereadores, promulgada pela Mesa da Câmara, que não se submete à sanção e veto do chefe do Executivo. Vejamos o que dita o art. 51, IV da Constituição, aplicável à Câmara de Vereadores por simetria (art. 29, caput da CRFB/88):

"Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:

[...]

IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias"

No mesmo sentido dispõe o art. 52, XIII, ao tratar do Senado Federal, norma esta também aplicável por simetria ao Município. Portanto, quanto à organização administrativa interna e criação de cargos públicos, o texto da Constituição é claro ao dispor que tal competência se insere no rol de matérias sujeitas a deliberação do Poder Legislativo, em caráter privativo. Podemos afirmar, portanto, que o Plano de Cargos e Carreiras e

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a Estrutura Administrativa da Câmara Municipal deve ser elaborado por meio de resolução, e por resolução deve ser alterado. Nessa linha, confira-se o preciso magistério de José dos Santos Carvalho Filho:

"Ocorre que o próprio art. 48 dispensa a sanção do Presidente nos casos dos arts. 49, 51 e 52, que dispõe, respectivamente, sobre a competência do Congresso, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Os arts. 51, IV e 52, XIII, a seu turno, autorizam a Câmara e o Senado, respectivamente, a dispor sobre a sua organização e sobre a criação, transformação e extinção de seus cargos. Resulta de todo esse quadro normativo que esses fatos relativos aos cargos, quando se trata da organização funcional da Câmara e do Senado, não dependem de lei, como nos demais casos. Em consequência, seus cargos são criados, transformados e extintos através de resolução". (In CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Lumen Júris, p. 551).

No mesmo sentido é a lição de Manuel Gonçalves Ferreira Filho: "Há, assim, no Direito vigente, um domínio vedado à lei ordinária. Certamente a delimitação desse campo obedeceu à cogitação de que nele seria conveniente excluir a intromissão do Executivo por meio de sanção, e, portanto, do veto. Além das matérias enumeradas no art. 49, deve incluir-se nesse terreno imune à intervenção da lei ordinária o das competências privadas do Senado e da Câmara. Naquele caso, estão as competências previstas no art. 52 da CF. Neste, as mencionadas no art. 51". (In FERREIRA FILHO, Manuel Gonçalves. Do Processo Legislativo. 4ª ed. São Paulo: Saraiva. 2001, p. 205).

E a de Hely Lopes Meirelles:

"No Poder Legislativo a criação, transformação ou extinção de cargos, empregos ou funções cabe à Câmara de Deputados e ao Senado Federal, as Assembleias Legislativas e às

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Câmaras de Vereadores, respectivamente, que podem, no âmbito de sua competência privativa, dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção de cargos, empregos ou funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para a fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias (CF, arts. 51, IV, e 52, XIII). Esses atos de criação, transformação ou extinção de cargos, funções ou empregos devem ser efetuados por resolução, como se infere da interpretação do art. 48, c/c os arts. 51 e 52, da CF. Todavia, a fixação ou a alteração de vencimentos só pode ser efetuada mediante lei específica, sujeita, evidentemente, a sanção (CF, art. 37, X)" (In MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 31ª ed. São Paulo: Malheiros. 2005, p. 418).

Assim, em decorrência da autonomia que a Constituição outorgou à Câmara Municipal para dispor de seus quadros, firmou-se o entendimento de que a Resolução é o instrumento adequado para tal, do que não destoa a orientação do IBAM, cujo entendimento consolidado no Enunciado nº 07/2007 assim dispõe:

"CÂMARA MUNICIPAL. CRIAÇÃO, TRANSFORMAÇÃO E EXTINÇÃO DE CARGOS OU REESTRUTURAÇÃO. OBSERVÂNCIA DO ART. 169, § 1º DA CF E DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL. COMPETÊNCIA DO LEGISLATIVO MEDIANTE RESOLUÇÃO, SENDO A FIXAÇÃO DA REMUNERAÇÃO OBJETO DE LEI DE SUA INICIATIVA".

O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais milita no mesmo entendimento. Confira-se:

"Os cargos públicos postos em disputa não foram criados por lei, mas sim [por] [...] Resolução [...], baixada pelo Legislativo Municipal [...], a qual institui a estrutura administrativa da Câmara de Vereadores [...]. A esse respeito, devo registrar que a organização básica do serviço público se faz, essencialmente, por

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lei. Conforme nos ensina o insuperável Hely Lopes Meirelles, no clássico Direito Administrativo Brasileiro, da Editora Malheiros, a Constituição, ao permitir a acessibilidade dos cargos públicos a todos os brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, quer dizer que todo cargo público só pode ser criado e modificado por norma legal aprovada pelo Legislativo. Conforme a irrefutável definição do sobredito mestre, ‘Cargo público é o lugar instituído na organização do serviço público, com denominação própria, atribuições e responsabilidades específicas e estipêndio correspondente, para ser provido e exercido por um titular, na forma estabelecida em lei'. A criação de cargos, por lei, não pode, todavia, ser vista em bloco nos Poderes dos diversos níveis de governo, haja vista os enunciados de alguns dispositivos constitucionais que tratam da matéria, como nos ensinam outros administrativistas de escol como Diógenes Gasparini e Celso Antônio Bandeira de Mello, especificamente aqueles concernentesespecificamente aqueles concernentesespecificamente aqueles concernentesespecificamente aqueles concernentes aos serviços auxiliares do Legislativo, caso em que se criam os aos serviços auxiliares do Legislativo, caso em que se criam os aos serviços auxiliares do Legislativo, caso em que se criam os aos serviços auxiliares do Legislativo, caso em que se criam os respectivos cargos por resolução, na inteligência do disposto nos respectivos cargos por resolução, na inteligência do disposto nos respectivos cargos por resolução, na inteligência do disposto nosrespectivos cargos por resolução, na inteligência do disposto nos incisos IV do art. 51 e XIII do art. 52 da Lei Maior da República, incisos IV do art. 51 e XIII do art. 52 da Lei Maior da República, incisos IV do art. 51 e XIII do art. 52 da Lei Maior da República, incisos IV do art. 51 e XIII do art. 52 da Lei Maior da República, porquanto se referem à competência privativa da Câmara dos porquanto se referem à competência privativa da Câmara dosporquanto se referem à competência privativa da Câmara dosporquanto se referem à competência privativa da Câmara dos Deputados e do Senado Federal

Deputados e do Senado Federal Deputados e do Senado Federal

Deputados e do Senado Federal" (Revista do TCEMG. Edição Especial - ano XXVIII, p. 177).

De toda sorte, apesar de a extinção, transformação e criação de cargos, empregos e funções do Poder Legislativo dever ser feita por meio de Resolução, os próprios arts. 51, IV e 52, XIII determinam que a fixação da respectiva remuneração deve se dar por meio de lei ordinária, de iniciativa parlamentar, observados os parâmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias e os limites constitucionais e legais de gasto com pessoal (art. 169, § 1º da CRFB c/c arts. 20, III, "a", 22 e 23 da LC nº 101/2000).

Cumpre consignar, entretanto, que alguns Tribunais de Contas têm ostentado posição restritiva desse poder-dever da Câmara Municipal de se autogerir, entendendo que a criação, transformação ou extinção dos cargos e funções devam ser feitas sempre por meio de lei. Esse é o caso,

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por exemplo, do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia, contudo, mesmo nesses casos, nada impede que a Câmara promova as medidas judiciais cabíveis por meio de sua Procuradoria, a fim de resguardar sua autonomia constitucional na gestão dos seus serviços, eis que na estrutura político administrativa gizada pela Constituição a União, Estados, Distrito Federal e Municípios são entes federativos dotados de autonomia político-administrativa, sendo de todo descabido que os órgãos de controle confiram ao Poder Legislativo Municipal tratamento diverso daquele que é dado ao Poder Legislativo dos demais entes federativos em descompasso com o que preconiza a Constituição Federal.

Cumpre registrar o conceito de "servidor público", que é gênero, do qual são espécies os servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo, os servidores ocupantes de cargos de provimento em comissão, os servidores temporários e os empregados públicos, ou seja, são considerados servidores públicos todos aqueles agentes, pessoas naturais, que mantêm vínculo de trabalho com entidades governamentais.

Nas palavras de Wallace Paiva Martins Junior, os titulares dos cargos em comissão, que encerram exclusivamente funções de direção, chefia e assessoramento, são do mais alto escalão da Administração Pública, já tendo, justamente por isso, sua remuneração fixada de forma mais elevada em comparação aos servidores efetivos comuns. Vejamos:

"Com efeito, do servidor público investido em cargo de provimento em comissão exige-se dedicação plena e exclusiva, não estando sujeito a jornada diária de trabalho fixa, razão pela qual percebe remuneração diferenciada com um plus que o recompensa pela exclusividade e torna incompatível a percepção de horas extras". (In MARTINS JR. Wallace Paiva. Remuneração dos Agentes Públicos. São Paulo: Saraiva. 2009, p. 144)

Por força da própria função que exerce o ocupante de cargo em comissão, não tem jornada de trabalho pré-estabelecida e não está sujeito a cumprir carga horária determinada. Ademais, a própria gratificação intitulada é fixada com um plus justamente em razão do maior grau de

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dedicação e responsabilidade inerentes ao cargo.

Como é sabido, as atribuições ordinárias, corriqueiras e Como é sabido, as atribuições ordinárias, corriqueiras e Como é sabido, as atribuições ordinárias, corriqueiras eComo é sabido, as atribuições ordinárias, corriqueiras e permanentes

permanentes permanentes

permanentes do Município devem ser realizadas por servidor investido emdo Município devem ser realizadas por servidor investido emdo Município devem ser realizadas por servidor investido emdo Município devem ser realizadas por servidor investido em cargo efetivo, devidamente aprovado em concurso público. Contudo, é cargo efetivo, devidamente aprovado em concurso público. Contudo, é cargo efetivo, devidamente aprovado em concurso público. Contudo, é cargo efetivo, devidamente aprovado em concurso público. Contudo, é lícita a criação e provimento de cargos em comissão para o exercício de lícita a criação e provimento de cargos em comissão para o exercício delícita a criação e provimento de cargos em comissão para o exercício delícita a criação e provimento de cargos em comissão para o exercício de atribuições de direção ou chefia, bem como para assessoramento direto atribuições de direção ou chefia, bem como para assessoramento direto atribuições de direção ou chefia, bem como para assessoramento direto atribuições de direção ou chefia, bem como para assessoramento direto de autoridades, devendo existir, em ambos os casos, cargos de de autoridades, devendo existir, em ambos os casos, cargos dede autoridades, devendo existir, em ambos os casos, cargos dede autoridades, devendo existir, em ambos os casos, cargos de provimento efetivo para o exercício ordinário, corriqueiro e permanente das provimento efetivo para o exercício ordinário, corriqueiro e permanente das provimento efetivo para o exercício ordinário, corriqueiro e permanente das provimento efetivo para o exercício ordinário, corriqueiro e permanente das atribuições ordinárias, corriqueiras e permanentes. atribuições ordinárias, corriqueiras e permanentes. atribuições ordinárias, corriqueiras e permanentes. atribuições ordinárias, corriqueiras e permanentes. Neste sentido jáNeste sentido jáNeste sentido jáNeste sentido já decidiu o Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso:decidiu o Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso:decidiu o Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso:decidiu o Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso:

"Pessoal. Admissão. Profissionais com profissãoPessoal. Admissão. Profissionais com profissãoPessoal. Admissão. Profissionais com profissãoPessoal. Admissão. Profissionais com profissão regulamentada. Contador. Regra: Provimento em cargo efetivo.regulamentada. Contador. Regra: Provimento em cargo efetivo.regulamentada. Contador. Regra: Provimento em cargo efetivo.regulamentada. Contador. Regra: Provimento em cargo efetivo. Impossibilidade de cargo de livre nomeação

Impossibilidade de cargo de livre nomeação

Impossibilidade de cargo de livre nomeaçãoImpossibilidade de cargo de livre nomeação e exoneração e dee exoneração e dee exoneração e dee exoneração e de contratação de prestador de serviços.

contratação de prestador de serviços.

contratação de prestador de serviços.contratação de prestador de serviços. [Revoga parcialmente o Acórdão nº 898/2005]

O cargo de contador deve estar previsto nos quadros de O cargo de contador deve estar previsto nos quadros de O cargo de contador deve estar previsto nos quadros de O cargo de contador deve estar previsto nos quadros de servidores efetivos dos respectivos entes, a ser provido por meio servidores efetivos dos respectivos entes, a ser provido por meioservidores efetivos dos respectivos entes, a ser provido por meioservidores efetivos dos respectivos entes, a ser provido por meio de concurso público, conforme prescreve o art. 37, inciso II, da de concurso público, conforme prescreve o art. 37, inciso II, da de concurso público, conforme prescreve o art. 37, inciso II, da de concurso público, conforme prescreve o art. 37, inciso II, da Constituição Federal, não sendo possível a nomeação de contador Constituição Federal, não sendo possível a nomeação de contadorConstituição Federal, não sendo possível a nomeação de contadorConstituição Federal, não sendo possível a nomeação de contador em cargo de livre nomeação e exoneração, e tampouco a em cargo de livre nomeação e exoneração, e tampouco a em cargo de livre nomeação e exoneração, e tampouco a em cargo de livre nomeação e exoneração, e tampouco a atribuição da responsabilidade pelos serviços contábeis aatribuição da responsabilidade pelos serviços contábeis aatribuição da responsabilidade pelos serviços contábeis aatribuição da responsabilidade pelos serviços contábeis a prestadores de serviços contratados sob o regime da lei de prestadores de serviços contratados sob o regime da lei de prestadores de serviços contratados sob o regime da lei de prestadores de serviços contratados sob o regime da lei de licitaçõeslicitaçõeslicitaçõeslicitações". (TCE-MT. Resolução de Consulta nº 37/2011. DOE de 26/05/2011)

Da descrição do cargo constante no Anexo II só se Da descrição do cargo constante no Anexo II só se Da descrição do cargo constante no Anexo II só seDa descrição do cargo constante no Anexo II só se vêem

vêem vêem

vêem atribuições ordinárias, corriqueiras e permanentes atribuições ordinárias, corriqueiras e permanentes atribuições ordinárias, corriqueiras e permanentes atribuições ordinárias, corriqueiras e permanentes da Câmara; ada Câmara; ada Câmara; ada Câmara; a única atribuição que é compatível com o cargo comissionado é a de única atribuição que é compatível com o cargo comissionado é a de única atribuição que é compatível com o cargo comissionado é a deúnica atribuição que é compatível com o cargo comissionado é a de assessoramento aos edis.

assessoramento aos edis. assessoramento aos edis. assessoramento aos edis.

Feito o registro, tem-se que a exigência de nível superior só pode Feito o registro, tem-se que a exigência de nível superior só podeFeito o registro, tem-se que a exigência de nível superior só podeFeito o registro, tem-se que a exigência de nível superior só pode ser feita se houver fundamento plausível. Não é todo cargo efetivo ou em ser feita se houver fundamento plausível. Não é todo cargo efetivo ou em ser feita se houver fundamento plausível. Não é todo cargo efetivo ou em ser feita se houver fundamento plausível. Não é todo cargo efetivo ou em comissão que exige de seu ocupante nível superior. A prévia capacitação comissão que exige de seu ocupante nível superior. A prévia capacitaçãocomissão que exige de seu ocupante nível superior. A prévia capacitaçãocomissão que exige de seu ocupante nível superior. A prévia capacitação técnica e o pleno conhecimento das atividades desenvolvidas pelo órgão técnica e o pleno conhecimento das atividades desenvolvidas pelo órgão técnica e o pleno conhecimento das atividades desenvolvidas pelo órgão técnica e o pleno conhecimento das atividades desenvolvidas pelo órgão

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são elementos essenciais para a nomeação, e a nomeação de pessoas são elementos essenciais para a nomeação, e a nomeação de pessoas são elementos essenciais para a nomeação, e a nomeação de pessoassão elementos essenciais para a nomeação, e a nomeação de pessoas despreparadas fere o princípio da razoabilidade. Contudo, questão difícil despreparadas fere o princípio da razoabilidade. Contudo, questão difícil despreparadas fere o princípio da razoabilidade. Contudo, questão difícil despreparadas fere o princípio da razoabilidade. Contudo, questão difícil de responder é quando a natureza do cargo requer conhecimentos de responder é quando a natureza do cargo requer conhecimentos de responder é quando a natureza do cargo requer conhecimentosde responder é quando a natureza do cargo requer conhecimentos específicos numa área, exigindo de seu titular nível superior ou registro em específicos numa área, exigindo de seu titular nível superior ou registro em específicos numa área, exigindo de seu titular nível superior ou registro em específicos numa área, exigindo de seu titular nível superior ou registro em algum órgão de classe. É claro que isso pode ser exigido se algum órgão de classe. É claro que isso pode ser exigido sealgum órgão de classe. É claro que isso pode ser exigido sealgum órgão de classe. É claro que isso pode ser exigido se fundamentadamente demonstrado necessário. A princípio, não parece fundamentadamente demonstrado necessário. A princípio, não parece fundamentadamente demonstrado necessário. A princípio, não parece fundamentadamente demonstrado necessário. A princípio, não parece razoável a exigência de nível superior para o cargo em questão que é de razoável a exigência de nível superior para o cargo em questão que é derazoável a exigência de nível superior para o cargo em questão que é derazoável a exigência de nível superior para o cargo em questão que é de assessoramento simples aos edis.

assessoramento simples aos edis. assessoramento simples aos edis.

assessoramento simples aos edis. Vejamos:Vejamos:Vejamos:Vejamos:

"SERVIDOR PÚBLICO. CARGO EM COMISSAO. NÍVEL SUPERIOR. EXIGÊNCIA DA LEI 11.416/2006 E REGIMENTO INTERNO. À luz da Lei 11.416 de 15/12/2006, é obrigatória a exigência da formação de nível superior aos servidores que ocuparem qualquer cargo em comissão no âmbito do Poder Judiciário da União. O Regimento Interno deste Regional regulamentou que o cargo de Diretor de Secretaria de Vara do Trabalho deverá ser ocupado por servidor bacharel em Direito" (TRT - 14ª Região - Tribunal Pleno. RecAdm nº. 455 RO 0000455. Pub: DETRT14 n.102, de 08/06/2010. Rel. Juíza Federal VANIA MARIA DA ROCHA ABENSUR)

No mesmo sentido, já decidiu o Conselho Superior da Justiça do Trabalho que é a lei do ente que define se há ou não necessidade de nível superior para a nomeação para cargo em comissão. Vejamos:

"Consulta. Exigência de formação superior para ocupar cargo em comissão. Servidor sem formação superior nomeado para ocupar cargo em comissão após entrada em vigor da Lei nº 11.416/2006. A partir da publicação da Lei nº 11.416/2006 tornou-se obrigatória a formação superior para ocupação de qualquer cargo em comissão no âmbito do Poder Judiciário da União, independentemente de regulamentação posterior". (PROC. CSJT -187897/2007-000-00-00.0. DJU de 04/04/2008. Re. Cons. ARNALDO BOSON PAES)

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cargos e funções, institui classes e carreiras, faz provimentos e lotações, estabelece vencimentos e vantagens e delimita deveres e direitos de seus servidores, segundo suas conveniências administrativas e possibilidades financeiras, obedecidas as regras constitucionais a respeito.

Não se pode em sede de parecer jurídico concluir pela adequação dessa ou daquela Estrutura Administrativa para a Câmara Municipal, o que demandaria o pleno conhecimento da realidade local, o que só pode ser feito em processo de reestruturação administrativa dos PCCS, e, por sua vez, demandaria a contratação em processo próprio.

Em suma: 1) as leis que criam e alteram os requisitos de acessos a cargos públicos são leis ordinárias e não leis complementares por natureza, contudo, no caso dos servidores do Legislativo, a matéria sequer deve ser tratada em lei; 2) a Reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos Servidores da Câmara de Vereadores deve ser objeto de Resolução; 3) apenas a fixação da remuneração dos cargos do Poder Legislativo deve se dar por meio de lei ordinária, de iniciativa parlamentar, observados os parâmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias e os limites constitucionais e legais de gasto com pessoal (art. 169, §1º da CRFB c/c arts. 20, III, a, 22 e 23 da LC nº 101/2000); 4) para assessoramento dos edis é possível a criação do cargo comissionado de assessor parlamentar; e 5) a exigência de nível superior não parece razoável, mas a lei pode prever a qualificação, desde que o faça justificadamente e não há justificativas nesse sentido no Projeto.

É o parecer, s.m.j.

Jaber Lopes Mendonça Monteiro Consultor Técnico

Aprovo o parecer

Marcus Alonso Ribeiro Neves Consultor Jurídico Rio de Janeiro, 30 de maio de 2018.

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