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Principais defeitos congênitos em neonatos pecuários

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Academic year: 2021

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Principais defeitos

congênitos em

neonatos

pecuários

PROF. ME. DIOGO GAUBEUR

O que é defeito congênito?

 Anormalidades de estrutura, formação ou função  Pode acometer estrutura/função única ou todo um sistema ou

parte de vários sistemas  Diagnosticadas ao nascimento  Causa

Genética

Ambiental: bactéria, vírus, plantas tóxicas, drogas, agentes físicos e deficiências nutricionais

Associação

Natureza e efeito dos defeitos

 Variam de pequenos à monstruosidades

 Neonato defeituosos sobrevivente adaptado  Mecanismo etiológico

Embriogênese

Organogênese

Importância

Raros

Bezerros 1/500 nascidos; 1/100 rebanhos significantes Perda econômica

Morte embrionária, retorno ao cio, aborto

Mortalidade perinatal

Deficiências funcionais e subdesenvolvimento

Desvalorização de parentes

Frequência e tipo de defeitos

50% bezerros defeituosos natimortos Bezerros: 0,5 a 3,0%

Cordeiros: 1 a 3% Potros: 5 a 6%; 10%

 SNC e musculoesquelético + afetados

Frequência e tipo de defeitos

Região central do RS

7132 materiais bovinos; 1964 – 2010

31 (0,4%) – defeitos congênitos – 53 tipos

SNC – 15 (28,3%) Urogenital – 9 (17%) Musculoesquelético – 8 (15,1%) Disgetório – 8 (15,1%) Cardiovascular – 5 (9,4%) Linfático – 4 (7,5%)

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Frequência e tipo de defeitos

 Sertão do Estado de Pernambuco

Caprinos e ovinos

2003 a 2005

Média ocorrência: 52,09%

Defeitos + encontrados

Flexão carpo metacárpica congênita

Fenda labialpalatina

Politelia

Desvio coluna vertebral

Prognatia e micrognatia

Etiologia

 Não claramente definidas  Fatores ambientais e genéticos  Vários animais – rebanho  Anamnese

Pesquisa completa

 Descrição do defeito com maior especificidade biológica  Exame manejo

 Informações genéticas: raça, origem familiar, nascimento de acometidos e normais.

 Fatores ambientais  Padrão sazonal ou geográfico

Plantas tóxicas

Lupinus spp

Teratógeno amodendrina

40 a 100 dias

Período crítico: organogênese

Artrogripose, associado ou não com torcicolo, escoliose ou cifose e fenda palatina

Plantas tóxicas

Veratrum californicum

Alcalóide ciclopamina

Anormalidade facial, anoftalmia, e fenda palatina – 12 a 14o dia

Hipoplasia metacarpo/tarso – 25 a 36o dia

Distocia – desenvolvimento inadequado da pituitaria do feto

Plantas tóxicas

Oxytropis e Astragalus

Ovelha exposta toxina unidade feto placentária placentação tardia vascularização

Aborto

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Plantas tóxicas

Mimosa tenuiflora – jurema-preta

Nordeste brasileiro

Segunda causa de morte perinatal em ovinos (23,34%) e quarta em caprinos (7,62%)

Abundante, palatável e resistente a seca

Caatinga

Plantas tóxicas

Mimosa tenuiflora – jurema-preta

Má formações

Ovinos

Artrogripose, fenda palatina, micrognatia, torcicolo, escoliose e hipoplasia da língua

Caprinos

Artrogripose, estenose intestinal e micrognatia

Bovino

Artrogripose, cegueira e atresia anal

Menos comum

Infecções virais

 Vírus do Akabane

Austrália – incidência 100%

Mosquito

Bovinos, ovinos e caprinos

Ovinos – 28 a 48 dias

Aborto, mumificação, prematuro, artrogripose, hidranencefalia

Surtos: padrão sazonal e geográfico

Infecções virais

Diarréia viral bovina

Bovinos (100 a 150d) e ovinos

Bovino com mais de 125 dias gestação

Bezerro normal, mas taxa morbidade e mortalidade

Aborto, mumificação, hipoplasia cerebelar, hidranencefalia, defeitos oculares (catarata e neurite óptica), bragnatia, alopecia, aplasia de timo, hipoplasia pulmonar e dismaturidade

Infecções virais

Língua azul

Orbivírus, transmitido pelo mosquito Culicoides (pólvora)

Aborto, natimortos, artrogripose, prognatismo e crânio em forma de cúpula

Ovinos

35 a 45 dias: porencefalia

50 a 80 dias: morte fetal ou natimortos

Bovino

60 a 120 dias: natimortos

Fármacos

Benzimidazóis

Albendazole

14 a 24 dias de gestação - Ovinos

Aborto

Anormalidades esqueléticas

Hemivértebras, vértebras fundidas, espinha bífida, escoliose

Anormalidades renal

Rim ectópico e agenesia renal

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Fármacos

 Griseofulvina – Equino

2 mês de gestação

Síndrome da microftalmia, bragnatia e palatoqueilosquise

Fatores físicos

 Palpação retal

Entre 35 e 40 dias de gestação

Machos mais susceptíveis

Atresia intestinal atresia de cólon

Fatores de risco

 Hipertermia

Ovelhas experimental

42 °C

18 a 25 dias: distúrbio SNC e membros, artrogripose

30 a 80 dias: crescimento retardado

Fatores de risco

Biotecnologias

FIV e TE

Crias grandes, bezerros fracos e alterações cromossômicas

Associação significativa

Bezerros

FIV e persistência de úraco; p=0,0133

IA e hérnia umbilical; p=0,0001

Deficiência nutricional

Iodo

mortalidade neonatal, prolonga gestação em ovinos e equinos, recém-nascido fraco

Cobre

Ataxia enzoótica – ovinos

Morte em uma semana

Déficts neurológicos – desmielinização distrófica da substância branca Manganês

Crias fracas, pequenas, paralíticas ou deformadas

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Fatores genéticos

 Causa

Genes mutantes

Anormalidade cromossômica

Manifestam com diferente frequência em cada tipo de grupo familiar que recebeu o gene mutante

Pai Filho

Herança mendeliana simples

Mapeamento genético

Principais defeitos

congênitos

Sistema cardiovascular

 Defeito do septo ventricular – DSV

Abertura na porção membranosa entre VD e VE

Cardiopatia mais comum em bezerros

Geralmente os animais sobrevivem por anos

Variam em função de sua extensão e localização  Sinais clínicos

Se pequeno: expectativa de vida normal

Graves: intolerância ao exercíco, anorexia, letargia, fraqueza, subdesenvolvimento, dispnéia, taquipnéia, cianose, sopro  Morte súbita

Sistema cardiovascular

DSV

Falha no fechamento do septo

Sangue VE VD

fluxo na circulação pulmonar

Retorno venoso VE e AE

Sobrecarga no LE Insuficiência cardíaca esquerda

Sistema cardiovascular

Diagnóstico

Sinais, raio-x, ecocardiografia Tratamento

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Persistência do ducto arterioso

 Fechamento ocorre entre o primeiro e quinto dia de vida

Causa desconhecida  Sangue Aorta Art. Pulmonar

Intolerância a exercícios e cansaço

Sopro tipo maquinaria  Cirurgia

Olho

 Entrópio

Mais comum

Inversão ou dobramento da pálpebra

Provoca irritação da córnea e da conjuntiva

Congênito ou primário Bilateral Pálpebras inferiores

Olho

Entrópio Sinais clínicos

Blefaroespasmo, fotofobia, prurido ocular, ceratoconjuntivite Tratamento

Plicatura – 2 ou 3 pontos Cirurgia

Prevenção

Não utilizar para reprodução

4 a 80% rebanho ovino

Olho

Anoftalmia e microftalmia congênita

Unilateral

Secreção ocular

Secundário ao entrópio Bilateral

Causa intra útero

BVD 75 a 105 dias: degeneração nervo óptico, catarata e nistagmo

Todas as raças

Hereford: + distrofia muscular e hidrocefalia

Jerseys, Guernseys e Holandesa: + dça cardíaca e anormalidades esqueléticas

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Olho

 Prováveis causas Alteração cromossômica Efeito teratogênico Abamectina

Sistema digestório

 Atresia anal

Bovinos, ovinos e caprinos

Hereditariedade

Septo membranoso pode fechar completamente o ducto anal

Palpação retal – diagnóstico de prenhez  4 tipos

Reto normal e estenose anal

Ânus imperfurado e reto distal que termina em fundo cego

Fundo cego no reto proximal e presença de ânus desenvolvido

Fundo cego no reto proximal e ausência de ânus desenvolvido

Sistema digestório

Isolada ou associada com disrafismo espinhal, agenesia sacral ou coccígea, fístula reto-vaginal, agenesia renal, rins policísticos, criptoruidismo e dupilcação de escroto

Sinais clínicos

Aumento de volume abdominal, aumento de volume na região perianal e tenesmo

Raio – x contrastado Cirurgia

Eliminar animal do rebanho

Sistema nervoso

Miotonia congênita/ Síndrome do caprino desfalecido

Hereditária; autossômica dominante

Contração muscular tetânica quando o animal é assutado

Bloqueio da movimentação normal do cloreto nas membranas das fibras musculares

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Sistema nervoso

 Ataxia enzoótica

Deficiência de cobre

Cordeiros e cabritos

Natimortos

Fracos, podem morrer em uma semana

Após nascimento: 2 semanas e 3 meses

Sistema reprodutor

 Criptorquidismo

Comum em equinos

Ovinos – 1% machos Merino

Comportamento de garanhão

Uni (+ comum) ou bilateral

QM, Percheron, Mestiços e SRD

Inguinal ou abdominal  Palpação  Cirurgia

Sistema esquelético

 Fenda palatina/ palatosquise

Etiologia desconhecida

Pode ocorrer de forma isolada

Geralmente associada a artrogripose

Charolês e Hereford

Lupinus – bovinos;

Veratrum – ovinos

Mimosa tenuiflora

Pour on Acatex® (Fluazuron) e mebendazole

Surto 4 animais; Marcolongo-Pereira et al., 2010

Desvio angular dos membros

Classificação Valgus >< Varus <> Localização Carpo Tarso Metacarpo Metatarso

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 Diagnóstico

Sinais clínicos

Raio-x  Tratamento

Conservativo

Talas, ferradura, massagem, restrição de movimento (baia)

Cirúrgico

Acelerar o crescimento

Inibir o crescimento

Desvio angular dos membros

Sistema muscular

 Artrogripose – “Articulação torta”

Rigidez ou movimentação restrita permanente de múltiplas articulações com alterações de postura e função do membro

+ MT que MP

Bovinos, ovinos, caprinos e equinos

Distocia

Geralmente associado à sinais SNC

 Artrogripose

Hereditária

Charolês, Shorthorn, Piemontês, Simental

Merino e Corriedale

Murrah

Consanguinidade

Teratogênico

Vírus Akabane ou língua azul

Ingestão Lupinus, Astragalus

Carbendazole e parabendazole

Sistema muscular

Deformidade flexora

Contratura tendínea Tipo – depende Local Região Causa Congênita Teratogênico Posicionamento uterino Predisposição Adquirida Distocia

Articulação interfalangeana distal Menos frequente como causa congênita

Encastelado, apoio em pinça

TFDP – traciona a falange Articulação metacarpo falangeana

Emboletado – TFDS

Bilateral ou 4 membros – resolução espontânea

Boleto projetado dorsalmente

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 Articulação do carpo

Frequente

Prognóstico reservado

Mais de uma estrutura envolvida  Tratamento

Conservativo

Talas PVC, ferraduras

Oxitetracilina cristalina IV – 3g diluído 250 a 500 mL SF ou Glicose 5%; ate 3 aplicações em dias alternados

 Cirúrgico

Deformidade flexora

Hérnia umbilical

Genética ou ambiental

Todas as raças – equinos Umbigo 2 artéria, 1 veia e úraco Constituintes

Anel – tecido fibroso Saco – tecido que reveste a hérnia Conteúdo

Diagnóstico

Sinais clínicos, palpação, auscultação, raio-x e US Tratamento

Revulsivos Cirúrgico - herniorrafia

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Hérnia inguino escrotal

 Congênita  Hereditária

Menos grave e menos complicada  Todas espécies

Equinos

Encarceramento/ estrangulamento

Referências

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