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Relatório de estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Luyggi Giovani Schmidt

Ijuí, RS, Brasil

2016

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS

ORIENTADORA: PROFª. Drª. CRISTIANE BECK

SUPERVISORA: MSc. HELLEN HARTMANN

Luyggi Giovani Schmidt

IJUÍ, RS, BRASIL

2016

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM

MEDICINA VETERINÁRIA

Luyggi Giovani Schmidt

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado na Área de Clínica Médica e

Cirúrgica de Pequenos Animais apresentado ao Curso de Medicina Veterinária

da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

(UNIJUÍ), como requisito parcial para a obtenção do grau de Médico

Veterinário.

Orientador (a): Profª. Drª. Cristiane Beck

Ijuí, RS, Brasil

2016

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Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Departamento de Estudos Agrários

Curso de Medicina Veterinária

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Relatório do Estágio

Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM

MEDICINA VETERINÁRIA

elaborado por

Luyggi Giovani Schmidt

como requisito parcial para obtenção de grau de

Médico Veterinário

COMISSÃO EXAMINADORA

Cristiane Beck, Dr

ª

. (UNIJUÍ)

(Orientadora)

Luciana Mori Viero, Dr

ª

. (UNIJUÍ)

(Banca)

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por tudo que já me concedeu.

Aos meus pais, pelas cobranças, pelo apoio nas minhas decisões e por nunca medirem esforços para eu estudar, a minha irmã, exemplo de dedicação, e a todos os outros familiares que participaram de alguma forma, dessa conquista.

A todos os professores que tive o privilégio de ser aluno, sem os quais não chegaria onde me encontro em especial a minha orientadora, Cristiane Beck.

A todos os veterinários que me deram a oportunidade de ser estagiário durante a minha vida acadêmica, em especial aos do Hospital Veterinário da UNIJUÍ e todos os outros profissionais dessa instituição, pelos conhecimentos compartilhados.

A todos os meus amigos, em especial aos que conheci durante a faculdade e os de van, os quais tornaram a vida acadêmica mais divertida e as viagens menos tediantes.

(6)

RESUMO

Relatório de Estágio Curricular Final na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais

Departamento de Estudos Agrários

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul- UNIJUÍ

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM

MEDICINA VETERINÁRIA – ÁREA DE CLÍNICA MÉDICA E

CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS

AUTOR: Luyggi Giovani Schmidt

ORIENTADOR: Cristiane Beck

DATA E LOCAL DE DEFESA: Ijuí, 02 de julho de 2016.

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado no Hospital Veterinário Universitário da UNIJUÍ, durante o período de 16/02/2016 à 21/03/2016, totalizando 150 horas, sob orientação da Profª. Drª. Cristiane Beck, e supervisão interna da Médica Veterinária MSc. Hellen Hartmann. Neste período de estágio foram acompanhadas atividades variadas da clínica médica e cirúrgica de pequenos animais, onde as mesmas encontram-se descritas e tabeladas neste trabalho. Também estão discutidos dois casos clínicos, um sobre abscesso prostático e outro sobre linfoma, ambos em caninos. O estágio proporciona ao acadêmico, uma oportunidade de colocar em prática, o que foi aprendido na teoria, além de ensinar a enfrentar determinadas situações, sendo de grande importância para a futura carreira profissional.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Procedimentos ambulatoriais realizados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário da UNIJUÍ, no período de 16 de fevereiro a 21 de março de 2016... 12 Tabela 2 Diagnóstico de doenças do sistema reprodutor, oftálmico, respiratório,

urinário, ortopédico, gastrointestinal, endócrino e neurológico, acompanhadas em consultas durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário da UNIJUÍ, no período de 16 de fevereiro a 21 de março 2016... 13 Tabela 3 Afecções dermatológicas e oncológicas acompanhadas durante a

realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário da UNIJUÍ, no período de 16 de fevereiro a 21 de março de 2016... 14 Tabela 4 Procedimentos cirúrgicos acompanhados durante a realização do

Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário da UNIJUÍ, no período de 16 de fevereiro a 21 de março de 2016... 14 Tabela 5 Auxílio para realização de exame ou de coleta de materiais para

exames complementares durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário da UNIJUÍ, no período de 16 de fevereiro a 21 de março de 2016... 15

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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

% Porcentagem °C Graus Celsius (+++) Três cruzes

ALT Alanina aminotransferase Bpm Batimentos por minuto

CAAF Citológico aspirativo com agulha fina COP Ciclofosfamida, vincristina e prednisona

CHOP Ciclofosfamida, doxorrubinina, vincristina e prednisona Cm Centimétros Drª Doutora FA Fosfatase alcalina H Horas Kg Quilograma MSc Mestre em ciência

mg/kg Miligrama por quilograma mg/ m2 Miligrama por metro quadrado Mpm Movimentos por minuto pH Potencial hidrogeniônico Profª Professora

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LISTA DE ANEXOS

Anexo A Laudo ultrassonográfico do abscesso prostático... 36

Anexo B Hemograma do canino com abscesso prostático... 37

Anexo C Urinálise demonstrando cistite... 38

Anexo D Laudo ultrassonográfico após o tratamento do abscesso... 39

Anexo E Exame citológico sugestivo de linfadenite... 40

Anexo F Laudo histopatológico do linfonodo poplíteo e do nódulo torácico... 41

Anexo G Hemograma com citopenia da série branca e vermelha... 42

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 11 2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 12 3 RELATOS DE CASO ... 16 3.1.RELATO DE CASO I ... 16 Introdução... 16 Metodologia ... 17 Resultados e Discussões ... 18 Conclusão ... 21 Referências Bibliográficas ... 21 3.2 RELATO DE CASO II ... 23 Introdução... 23 Metodologia ... 24 Resultados e Discussões ... 25 Conclusão ... 28 Referências Bibliográficas ... 28 4 CONCLUSÃO ... 31 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 312 ANEXOS ... 35

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1 INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado no Hospital Veterinário da UNIJUÍ, no período de 16 de fevereiro a 21 de março de 2016, totalizando 150 horas, tendo a supervisão interna da Médica Veterinária MSc. Hellen Hartmann e a orientação da Profª. Drª. Cristiane Beck, sendo executado na área de clínica médica e cirúrgica de pequenos animais.

O Hospital Veterinário da UNIJUÍ está localizado no campus da instituição, atende o público de segunda à sexta-feira, das 8h às 19h, e aos sábados, das 8h às 16h, e tem como finalidade a prestação de serviços para a cidade e região, que incluem consultas, cirurgias, exames complementares, quimioterapias, necropsias entre outros.

O Hospital conta com uma equipe de Médicos Veterinários especialistas que atuam em diferentes áreas, farmacêutica, biomédica, técnicas em enfermagem e técnico em radiologia, além dos profissionais que trabalham no setor administrativo.

A parte estrutural é composta por laboratório de análises clínicas e parasitológicas, sala de diagnóstico por imagem, laboratório de histopatologia, isolamento, internação e Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além do setor clínico e cirúrgico de pequenos animais. Ainda, dispõe de eletrocardiograma, anestesia inalatória e cuidados de enfermagem 24 horas.

A escolha do local para realização do Estágio Curricular Supervisionado se deu principalmente pela qualificação dos profissionais que nele trabalham e a grande rotina de pacientes atendidos.

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2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As atividades realizadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário da UNIJUÍ estão demonstradas em forma de tabelas e incluem o acompanhamento de atendimentos clínicos e de intervenções cirúrgicas, auxílio na contenção e na coleta de materiais para exames complementares, além de cuidados de enfermagem em animais internados, como à aplicação de medicamentos, troca de curativos, acesso venoso e passeios.

Tabela 1- Procedimentos ambulatoriais realizados ou acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário da UNIJUÍ, no período de 16 de fevereiro a 21 de março de 2016.

Procedimento Canino Felino Total %

Acesso venoso 45 21 66 14,88 Aplicação de medicamentos 97 23 120 31,17 Atendimentos clínicos 53 15 68 17,66 Banho terapêutico 01 00 01 0,26 Coleta de urina 01 00 01 0,26 Coletas de sangue 54 20 74 19,22

Colocação de dreno torácico 01 00 01 0,26

Curativos 33 04 37 9,61 Punção torácica 01 00 01 0,26 Quimioterapia 02 00 02 0,51 Remoção de pontos 05 02 07 1,79 Sondagem uretral 04 03 07 1,79 Total 297 88 385 100%

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Tabela 2- Diagnósticos de doenças do sistema reprodutor, oftálmico, respiratório, urinário, ortopédico, gastrointestinal, endócrino e neurológico, acompanhados em consultas durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário da UNIJUÍ, no período de 16 de fevereiro a 21 de março de 2016.

Diagnósticos Canino Felino Total %

Abscesso prostático 01 00 01 3,03

Acidente ofídico 01 00 01 3,03

Ceratocone 01 00 01 3,03

Cistite 02 00 02 6,06

Complexo respiratório felino 00 01 01 3,03

Conjuntivite 01 00 01 3,03

Diabetes mellitus 01 00 01 3,03

Doença renal crônica 03 01 04 12,12

Entrópio 01 00 01 3,03

Epilepsia 01 00 01 3,03

Fimose 01 00 01 3,03

Fratura de mandíbula 01 00 01 3,03

Fratura de pelve 01 00 01 3,03

Fratura de rádio e ulna 01 00 01 3,03

Hérnia diafragmática 01 00 01 3,03 Parvovirose 01 00 01 3,03 Piometra 07 00 07 21,21 Piotórax 01 00 01 3,03 Pneumonia 01 00 01 3,03 Úlcera de córnea 02 01 03 9,09 Uroabdomen 00 01 01 3,03 Total 29 04 33 100%

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Tabela 3- Afecções dermatológicas e oncológicas acompanhadas durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário da UNIJUÍ, no período de 16 de fevereiro a 21 de março de 2016.

Diagnóstico Canino Felino Total %

Carcinoma simples 02 00 02 8

Condrossarcoma 01 00 01 4

Demodicose 02 00 02 8

Dermatite alérgica a saliva de pulga 03 00 03 12

Dermatite atópica 03 00 03 12 Fibrossarcoma 01 00 01 4 Hemangiopericitoma 01 00 01 4 Linfoma 01 00 01 4 Lipoma 01 00 01 4 Mastocitoma 01 00 01 4 Miíase 02 00 02 8 Otite bacterina 02 00 02 8 Otite fúngica 02 00 02 8 Piodermite 02 00 02 8 Seminoma intratubular 01 00 01 4 Total 25 00 25 100%

Tabela 4- Procedimentos cirúrgicos acompanhados durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário da UNIJUÍ, no período de 16 de fevereiro a 21 de março de 2016.

(continua)

Procedimentos Canino Felino Total %

Biópsia de linfonodo 01 00 01 11,11

Correção de hérnia

diafragmática 01 00 01 11,11

Flap de terceira pálpebra 01 00 01 11,11

Laparotomia exploratória 01 00 01 11,11

Nodulectomia 03 00 03 33,33

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Sutura de ferida lacerada 00 01 01 11,11

Total 08 01 09 100%

Tabela 5- Exames complementares acompanhados ou encaminhados durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário da UNIJUÍ, no período de 16 de fevereiro a 21 de março de 2016.

Exames complementares Canino Felino Total %

Análise de líquido abdominal 00 01 01 0,49

Bioquímico (ALT, FA,

creatinina e uréia) 48 15 63 30,88

CAAF 04 00 04 1,96

Citológico por Swab 00 01 01 0,49

Cultura e antibiograma 01 00 01 0,49

Dosagem de glicose 06 00 06 2,94

Eletrocardiograma 02 00 02 0,98

Hemograma 54 20 74 36,27

Histopatológico 07 00 07 3,43

Micológico direto e cultura

fúngica 01 00 01 0,49 Parasitológico de pele 04 00 04 1,96 Radiografia 06 01 07 3,43 Teste de cinomose 02 00 02 0,98 Teste de fluorosceína 05 00 05 2,45 Teste de parvovirose 02 00 02 0,98 Ultrassonografia 15 07 22 10,78 Urinálise 02 00 02 0,98 Total 159 45 204 100% (conclusão) ((conclusão)

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3 RELATOS DE CASO

3.1 RELATO DE CASO I

ABSCESSO PROSTÁTICO EM UM CANINO

Introdução

A próstata é uma glândula sexual acessória do canino macho que secreta líquido seminal através do controle hormonal e nervoso. Esse líquido fluidifica e aumenta o volume do ejaculado e, possivelmente, auxilia no transporte do esperma (KUSTRITZ & KLAUSNER, 2008). Em seu tamanho e formato normal ela envolve a porção proximal da uretra, localiza-se ventralmente ao reto e caudalmente à bexiga urinária, habitualmente no canal pélvico (LATTIMER & ESSMAN, 2010). Em cães adultos e idosos, ela fica localizada principalmente dentro do abdomem (DYCE et al., 2004).

A ocorrência de prostatopatias é comum em cães de meia-idade ou idosos e, por razões desconhecidas, extremamente raras em gatos (KAY, 2008). Nelas estão inclusas a hiperplasia prostática benigna, prostatite bacteriana, abscessos, cistos e neoplasias prostáticas, nestes casos, a sintomatologia é semelhante, porque cada uma delas causa certo grau de aumento de volume ou inflamação do órgão (NELSON & COUTO, 2010). Kay (2008) ainda ressalta que algumas dessas doenças, podem aparecer de forma simultânea, como por exemplo, uma neoplasia com prostatite, ou ainda um cisto aliado a um abscesso.

O abscesso prostático pode se formar através de uma extensão da prostatite bacteriana ou de doenças císticas primárias (LATTIMER & ESSMAN, 2010). A forma de infecção ascendente da flora uretral é a mais comum, porém pode ocorrer infecção por via hematógena (NELSON & COUTO, 2010). A localização proximal da próstata em relação à uretra, com sua flora bacteriana normal, predispõe à infecção (BASINGER et al., 2007). Diante disso, a próstata faz uso de mecanismos de defesa, entre eles estão à produção de fator prostático antibacteriano, lavagem mecânica uretral durante a micção, zona de alta pressão e peristaltismo uretral e as características superficiais da mucosa uretral (HEDLUND, 2008).

Em alguns casos, esses mecanismos não são suficientes, podendo ocorrer à colonização do parênquima prostático, por diversos agentes, dentre os microorganismos isolados, os mais comumente encontrados incluem Escherichia coli, Streptococcus,

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bactérias anaeróbias ou infecções micóticas (BASINGER et al., 2007; KAY, 2008; KUSTRITZ & KLAUSNER, 2008; NELSON & COUTO, 2010).

Os sinais clínicos apresentados variam com o curso da enfermidade. Os mais comumente encontrados são tenesmo, corrimento sanguinolento com ou sem micção, eventualmente, pode haver presença de sangue no sêmen. De forma inespecífica pode ocorrer febre e dor abdominal caudal (NELSON & COUTO, 2010). Em abscessos prostáticos cães podem ser assintomáticos ou apresentar sinais de septicemia devido à infecção fulminante e peritonite (KUSTRITZ & KLAUSNER, 2008).

O diagnóstico pode ser feito através dos achados no exame físico, ultrassonografia, citologia e cultura do líquido prostático. O hemograma e a urinálise são exames complementares inespecíficos que auxiliam no diagnóstico (NELSON & COUTO, 2010). Lattimer & Essman (2010) afirmam que a radiografia é outro método para confirmar a patologia, pois mesmo a próstata não sendo visualizada rotineiramente em animais hígidos, em cães com prostatomegalias ela pode ser identificada por este exame.

O tratamento medicamentoso constitui em uma antibioticoterapia com base no resultado da cultura e antibiograma do fluido espermático (BOOTHE, 2008). Deve-se empregar antibióticos capazes de penetrar na barreira hematoprostática intacta ou na cápsula do abscesso, para isso, esses fármacos devem possuir alta lipossolubilidade e baixa ligação protéica, tais como cloranfenicol, enrofloxacina e sulfametoxazol associado a trimetroprina (KUSTRITZ & KLAUSNER, 2008).

A indicação de cirurgia concentra-se na drenagem ou na excisão do tecido prostático abscedado (BASINGER et al., 2007). Hedlund (2008) sugere a castração após drenagem e estabilização do animal e, ainda aconselha a prostatectomia parcial em cães com formação recorrentes de abscessos. Outras técnicas incluem omentalização prostática, marsupialização e colocação de drenos.

O objetivo desse trabalho é relatar um caso de um canino que apresentava sinais de doença prostática, tais como tenesmo e disúria.

Metodologia

Um canino da raça Dálmata, macho, não castrado, com dez anos de idade e pesando 28,8 kg foi atendido no hospital veterinário da UNIJUÍ. Segundo a proprietária, o animal estava apático e com dificuldade para urinar e defecar.

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No exame físico o animal apresentou mucosas normocoradas, temperatura retal de 39ºC, freqüência cardíaca e respiratória dentro dos parâmetros fisiológicos da espécie, bem como o tempo de reperfusão capilar. A suspeita clínica inicial era de hiperplasia prostática, contudo, não foi identificada a próstata pela palpação retal.

Para a avaliação geral do canino e auxílio diagnóstico foi coletado sangue e urina e solicitado hemograma, dosagem de creatinina, ALT e FA, além da urinálise. Posteriormente foi prescrito amoxicilina com ácido clavulânico de potássio na dose de 20 mg/kg, a cada 12 horas, por via oral, durante 14 dias. Após três dias o animal retornou ao hospital para realização da ultrassonografia, prescrita inicialmente, a fim de investigar a suspeita clínica. Durante o exame, foi percebida na próstata uma imagem circunscrita hipoecóica e então decidido pela punção aspirativa guiada por ultrassom. Sendo assim, o conteúdo foi drenado e encaminhado para cultura e antibiograma.

Após três dias do término do tratamento, o animal retornou ao hospital para reavaliação da próstata a partir de uma nova ultrassonografia. Neste dia, segundo a proprietária, o animal não apresentava mais os sinais clínicos anteriormente relatados. Diante dos resultados encontrados, foi sugerida a castração do animal, a qual ocorreu dias depois.

Um dia após o procedimento cirúrgico, o animal foi encaminhado para casa, onde recebeu anti-inflamatório por três dias. Atualmente o animal encontra-se bem, sem nenhuma alteração clínica.

Resultados e Discussões

A maior casuística de abscessos prostáticos é descrita em animais com mais de oito anos de vida, podendo acometer animais jovens de forma menos freqüente (HEDLUND, 2008), neste caso a idade do animal pode ter sido um fator predisponente. Outro fator desencadeante foi o fato de se tratar de um animal não castrado, pois para Basinger et al. (2007) animais que foram orquiectomizados de forma precoce têm menores chances de desenvolverem afecções prostáticas, exceto a neoplasia dessa glândula.

A raça do animal não parece ter ligação com o aparecimento da doença, não havendo evidências de possíveis predisposições. No relato de Fonseca-Alves et al. (2012) a maior prevalência ocorreu em Pastor Alemão, Shih-Tzu e Cocker Spaniel.

Os sinais clínicos de tenesmo e disúria, apresentados pelo paciente são esperados, uma vez que o aumento da próstata leva ao deslocamento dorsal do cólon, comprimindo o mesmo contra o sacro e a pelve, levando a diminuição do diâmetro retal. Isto também pode acarretar

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no aparecimento de pequenas quantidades de sangue vivo nas fezes (LATTIMER & ESSMAN, 2010), porém não apresentado por este canino. A disúria é justificada pela prostatomegalia deslocar a vesícula urinária no sentido cranial (KUSTRITZ & KLAUSNER, 2008).

O exame da próstata, através da ultrassonografia, identifica espaços intraparenquimatosos preenchidos por líquido que são compatíveis com abscesso (NELSON & COUTO, 2010). Basinger et al. (2007) considera esse exame de imagem mais sensível e informativo para a detecção de prostatopatias, se comparado à radiografia, além de ser altamente vantajoso por guiar a agulha de biópsia até as áreas afetadas, conforme ocorrido no presente caso.

A ultrassonografia demostrou a próstata com suas dimensões alteradas, formato irregular, parênquima heterogêneo devido à presença de áreas anecóicas de diferentes tamanhos, ecogenicidade aumentada, presença de uma área hipoecóica de contorno regular que sugeria abscesso (Anexo A).

O tamanho da próstata irá variar em decorrência de alguns fatores, como idade, peso e raça (GUIDO, 2004). Isso porque, com o decorrer da idade, a próstata continua a aumentar de volume por hiperplasia (BASINGER et al., 2007). Em relação à raça, o Scottish Terrier, por exemplo, possui a próstata quatro vezes maior do que as de outras raças de peso e idade similares (DYCE et al., 2004).

As medidas da próstata encontradas foram de 8,14 cm de largura e 3,94 cm de altura. Os resultados obtidos são maiores que os citados por Guido (2004), que considera normal a próstata, em animais abaixo de cinco anos e pesando entre 11 e 30 kg, com as dimensões de 0,9 cm de largura e 0,60 de altura.

O líquido presente no abscesso foi puncionado com o auxílio da ultrassonografia e encaminhado para cultura e antibiograma. O conteúdo retirado foi de aproximadamente 6 ml, de aspecto purulento localizado no parênquima prostático. Uma das técnicas de drenagem, indicadas em abscessos, é a percutânea guiada por ultrassonografia (BOOTHE, 2008), que além de servir como diagnóstico foi útil no tratamento. Contudo, o resultado da cultura não apresentou crescimento bacteriano, isso possivelmente ocorreu pela antibioticoterapia ter iniciado três dias antes do procedimento.

Para Hedlund (2008) a aspiração guiada por ultrassom, normalmente permite estabelecer o diagnóstico, porém essa técnica deve ser realizada com cautela, pois se o abscesso tiver uma parede fina, essa pode se romper devido à aspiração. Se ocorrer ruptura do

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abscesso, pode resultar em peritonite aguda o que levaria o animal a um quadro de choque séptico (BASINGER et al., 2007).

No hemograma o animal apresentou alterações na série branca, onde foi constatado leucocitose por neutrofilia, com desvio a esquerda. Esse resultado é uma resposta do organismo frente a um quadro infeccioso (BUSH, 2004), situação que justifica o abscesso ser uma possível extensão de prostatite bacteriana (KAY, 2008). Para Nelson & Couto (2010) a leucocitose neutrofílica com desvio à esquerda é uma alteração tipicamente observada em cães com abscesso prostático, o paciente também apresentou hiperproteinemia, sem nenhuma justificativa aparente (Anexo B).

No perfil bioquímico foi avaliado a creatinina e as enzimas hepáticas ALT e FA, porém nenhuma apresentou alteração. Kay (2008) explica que apenas em animais com prostatite bacteriana há um aumento na atividade da FA, não havendo relatos de alterações específicas de abscessos prostáticos.

Na urinálise, o exame químico apresentou um pH de 9,0, eritrócitos (+++), na análise do sedimento foram observadas algumas hemácias e bactérias aumentadas, porém os outros parâmetros estavam dentro dos valores fisiológicos. Estes resultados indicaram que o paciente apresentava um quadro de cistite (Anexo C). Rebar & Fettman (2007) citam que a urina dos carnívoros, normalmente é ácida, e que o aumento do pH deve-se, mais comumente, à conversão bacteriana de uréia em amônia, e que essa alteração ocorre mais comumente em casos de cistite provocada por microorganismo urease-positivo. O mesmo autor ainda afirma que o aumento de hemácias na urina é indicativo de hemorragia de algum local do sistema urogenital.

Para Hedlund (2008) a infecção urinária é um fator predisponente para a infecção da próstata, sugerindo que no presente caso, a cistite predispôs o canino a prostatite bacteriana, e posterior a formação do abscesso prostático.

Andrade (2008) considera a amoxicilina um dos antibióticos de eleição para a infecção do trato urinário de cães. Porém, alerta que a mesma, possui baixa difusão pelo tecido prostático. As sulfas associadas à trimetoprima ou a enrofloxacina são os fármacos indicados para as afecções prostáticas, por ultrapassarem a barreira hematoprostática, além de possuírem boas concentrações urinárias.

Para Kustritz & Klausner (2008) a barreira hematoprostática, ao sofrer ruptura, permite facilmente a passagem de antibióticos, porém isso só ocorre em prostatites agudas, possível fato desencadeador do abscesso. O fármaco capaz de difundir-se no tecido prostático,

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em casos de abscessos, deve possuir alta lipossolubilidade e baixa ligação protéica, sendo eles a sulfametoxazol e trimetroprina ou enrofloxacina os de eleição.

Na segunda ultrassonografia, a próstata apresentou as dimensões aumentadas, medindo 4,39 cm de altura e 6,87 cm de largura, formato irregular, parênquima homogêneo, ecogenicidade aumentada, não havendo mais o abscesso (Anexo D). Diante desses resultados, foi sugerido a orquiectomia bilateral do paciente, que ocorreu alguns dias após.

Para Brandão et al. (2006), a maioria dos cães submetidos a esse procedimento, apresenta pelo menos 50% de redução do volume prostático depois de 15 dias. Posterior a cirurgia, a próstata do paciente não foi avaliada, apenas houve o contato com a proprietária, a qual informou que o animal estava bem, sugerindo uma resolução do quadro inicial.

Conclusão

O abscesso prostático é uma das prostatopatias que acometem, principalmente, cães mais velhos, ocasionando sinais clínicos diversos que podem levar até a morte do paciente. A ultrassonografia demonstrou um meio eficaz para o diagnóstico, tanto por apresentar detalhes da próstata, quanto por guiar o clínico em direção ao abscesso, possibilitando a realização do diagnóstico e tratamento parcial. Além disso, a escolha do fármaco é de fundamental importância para o sucesso da terapia.

Referências Bibliográficas:

ANDRADE, S. F. Manual de terapêutica veterinária, 3. ed. São Paulo: Roca, 2008. cap. 1, p. 23-27.

BASINGER, R. R.; ROBINETTE, C. L.; SPAULDING, K. A. Próstata. In: SLATTER, D.

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3.2 RELATO DE CASO II

LINFOMA MULTICÊNTRICO EM UM CANINO

Introdução

O linfoma ou linfossarcoma é o tumor hematopoiético que mais acomete cães e gatos (VAIL, 2000), caracterizado pela proliferação clonal de linfócitos malignos, originários principalmente de órgãos linfóides (DALECK et al., 2008). Couto (2010) afirma que essa neoplasia origina-se de órgãos linfóides sólidos, como baço, linfonodo e fígado. Daleck et al. (2008) ainda explica que o linfoma pode se desenvolver em praticamente qualquer órgão, pela contínua migração dos linfócitos em diferentes tecidos do organismo.

A etiologia dessa patologia, em cães, é considerada multifatorial, pois nenhum agente etiológico foi identificado, porém um componente genético é evidente devido à prevalência em determinadas raças e descendentes de uma mesma linhagem sanguínea (COUTO, 2010). Segundo Vail (2000) nos gatos, a imunodeficiência viral felina e a leucemia viral felina estão relacionadas à patologia.

Diversas formas de classificar o linfoma são descritas, havendo controvérsia sobre qual sistema de classificação é o melhor, tanto na medicina humana como na veterinária (GILSON & SÉGUIN, 2007). A classificação em relação aos sítios anatômicos evolvidos é a mais utilizada na prática, que incluem a forma multicêntrica, alimentar, mediastinal, cutânea e extranodal (ARAUIJO, 2009). Daleck et al. (2008) ainda inclui a forma nasal, renal e nervosa. A Organização Mundial da Saúde classifica o linfoma dos animais domésticos, conforme o estadiamento tumoral, sendo estágio I para apenas um linfonodo, II para múltiplos linfonodos em uma região bem demarcada, III para linfadenopatia generalizada, IV para fígado e/ou baço (com ou sem estágio III) e V quando há acometimento da medula óssea ou do sangue e/ou qualquer órgão não-linfóide. Ainda, os subestágios se dividem em ‘‘a’’, quando não houver sinais clínicos de doença, ‘‘b’’ quando houver sinais clínicos (VAIL, 2008).

A sintomatologia irá variar em decorrência do local anatômico afetado (VAIL, 2008). Cardoso et al. (2004) considera os sinais clínicos do linfoma variados e inespecíficos, sendo a linfoadenopatia generalizada superficial ou profunda, seguido de apatia, anorexia e perda de peso os mais comumente encontrados.

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Na forma multicêntrica, responsável por 80 a 85% dos casos de linfoma em cães, além dos sinais clínicos inespecíficos anteriormente citados, a hipercalcemia paraneoplásica pode resultar em poliúria e polidpsia. Porém, muitos casos são observados em cães saudáveis com linfadenopatia casual (VAIL, 2000).

O diagnóstico pode ser realizado por análise citológica de amostras, obtidas através de punção aspirativa com agulha fina dos órgãos ou linfonodos afetados (COUTO, 2010). Vail (2000) recomenda a confirmação através do exame histopatológico e afirma que as alterações no hemograma e no perfil bioquímico servem de suporte, além de exames de imagem, principalmente em casos que não apresentam linfadenopatia periférica.

O linfoma é uma doença generalizada com raras exceções, portanto, requer terapia sistêmica, sendo a quimioterapia o tratamento de eleição. Atualmente existem inúmeros protocolos descritos, não havendo consenso de qual é o melhor, o que se sabe é que protocolos com combinações são mais eficazes que protocolos com um único agente (TUREK et al., 2008). Para Couto (2010) cirurgia, radioterapia ou ambas podem ser utilizadas para tratar linfomas localizados antes ou durante a quimioterapia.

O objetivo desse trabalho é relatar o caso de um canino diagnosticado com linfoma multicêntrico, onde apresentava linfadenomegalia generalizada sem outra evidência clínica.

Metodologia

Um canino da raça Shih-Tzu, fêmea, não castrada, com oito anos de idade e pesando 5,4 kg foi atendido no Hospital Veterinário da UNIJUÍ, com a queixa principal de aumento de volume nas mamas inguinais e com nódulos pelo corpo.

Ao exame físico o animal apresentou temperatura retal de 38,4ºC, frequência cardíaca de 100 bpm, frequência respiratória de 40 mpm e o tempo de reperfusão capilar de 2 segundos. Durante a palpação, pode-se perceber que as mamas aumentadas eram na verdade os linfonodos inguinais edemaciados, além desses, os submandibulares, pré-escapulares e os poplíteos também estavam aumentados de volume. Um nódulo na região do tórax também foi percebido esse com aproximadamente 2,5 cm de diâmetro, de consistência sólida.

O linfonodo poplíteo foi puncionado para a realização da CAAF e encaminhado ao laboratório para a realização de exame citológico. Além disso, foi coletado sangue para realização de hemograma, avaliação renal e hepática através da mensuração da creatina e das enzimas ALT e FA. Posteriormente foi realizada radiografia torácica.

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Dias depois, o animal foi encaminhado ao bloco cirúrgico para realização da biópsia do linfonodo poplíteo e remoção de um fragmento do nódulo na região torácica para a realização de exame histopatológico.

Após o diagnóstico, foi instituído um protocolo poliquimioterápico, a base de vincristina 0,6 mg/m2 por via intravenosa, ciclofosfamida 200 mg/m2 por via oral, doxorrubicina por via intravenosa 30 mg/m2 e prednisona 2mg/kg, via oral, sendo a predinisona administrado de forma contínua e os demais uma vez por semana. Antes de cada sessão quimioterápica era realizada avaliação hematológica do animal.

Passados quadro dias da primeira sessão quimioterápica o animal retornou ao hospital, pois segundo a proprietária, encontrava-se anoréxico. Diante disso um novo hemograma foi realizado, a partir dos resultados obtidos, foi indicado terapia com timomodulina, na dose de uma cápsula de 80 mg, uma vez ao dia, durante cinco dias.

A diminuição dos linfonodos era visível com o decorrer de cada sessão quimioterápica.

Resultados e Discussões

O linfoma acomete com maior frequência cães e gatos de meia-idade até os mais velhos, entre cinco e nove anos (GILSON & SÉGUIN, 2007). Como o paciente estava nessa faixa etária, isso pode ter sido um fator predisponente para o aparecimento da enfermidade em questão.

A raça e o sexo do canino atendido não parecem ter influenciado no desencadeamento da neoplasia, pois, para Tureck et al. (2008) não existe uma predileção em relação ao sexo. Quanto à raça, o Boxer, Buldogues, Basset Hound, Scottish Terrier e São Bernardo parecem estar sob maior risco de desenvolver essa doença. No estudo de Moreno et al. (2007) cães sem raça definida foram os mais acometidos, seguidos por Pastor Alemão, Rottweiler e Boxer.

A linfadenopatia generalizada, sem outra sintomatologia apresentada é esperada por Vail (2000) ao afirmar que isso ocorre na maioria dos casos, e que apenas 10% a 20% apresentam-se clinicamente enfermos no momento da consulta.

O resultado do hemograma e do bioquímico não demonstrou nenhuma alteração, apesar de Cardoso et al. (2004) considerarem quadros de anemia e leucocitose associada a neutrofilia, as alterações hematológicas mais frequentes em cães com linfoma. Para Vail et al. (2013) o aumento das concentrações séricas de uréia e creatinina podem ocorrer secundárias a

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infiltração renal do tumor e o aumento das enzimas hepáticas por invasão no parênquima hepático, não ocorridos nesse caso.

As alterações radiográficas irão depender das diferentes formas anatômicas da neoplasia (COUTO, 2010). Vail (2000) considera esse exame de imagem importante por determinar a extensão da doença, pois o seu resultado irá influenciar no seu prognóstico. As radiografias torácicas devem ser examinadas quanto à evidência de linfadenomegalia mediastinal, hiliar e esternal (FOSSUM et al., 2008). No presente relato, nenhuma anormalidade relacionada à patologia foi observada.

A citologia do linfonodo poplíteo demonstrou alguns neutrófilos íntegros, linfócitos com citoplasma basofílico, núcleo com cromatina frouxa e presença de nucléolos, sugerindo um quadro de linfadenite (Anexo E). Raskin (2012) associa a linfadenite com predominância de neutrófilos à doenças bacterianas, imunomediadas ou neoplásicas. Fossum et al. (2008) considera o linfonodo poplíteo, além dos pré-escapulares, os de preferência para realização de biópsia em linfadenopatias generalizadas. Raskin (2012) alerta que os submandibulares são mais reativos, devido a sua constante exposição a antígenos, podendo indicar uma informação errônea.

A amostra do linfonodo poplíteo na realização do histopatológico apresentou células neoplásicas com núcleos pleomórficos e hipercromáticos, com citoplasma dessas células escasso, confirmando o linfoma. O fragmento coletado do nódulo apresentou uma massa tumoral com a presença de células neoplásicas com núcleos pleomórficos e hipercromáticos, sendo o citoplasma dessas células escasso (Anexo F).

Para Daleck et al. (2008) o estadiamento clínico deve ser determinado logo após estabelecido o diagnóstico, de acordo com a extensão e a gravidade da doença, pois ele será de fundamental importância para a definição do prognóstico e escolha da terapia.

Por apresentar envolvimento generalizado de linfonodos e não ter manifestação clínica da doença, seguindo a classificação em relação aos locais acometidos e ao estadiamento do tumor, o presente caso, é caracterizado por um linfoma multicêntrico grau III a.

Para a realização do tratamento, há duas principais abordagens quimioterápicas em animais com linfoma. A primeira é a quimioterapia de indução, seguida por manutenção e reindução, e a segunda é a quimioterapia mais agressiva por um tempo determinado, ao término da qual não se usa qualquer quimioterapia de manutenção. A primeira abordagem é baseada no protocolo COP (ciclofosfamida, vincristina e prednisona) e a segunda no protocolo CHOP (ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona) (COUTO, 2010).

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Para Turek et al. (2008) o CHOP é o protocolo de escolha, pois a taxa de remissão é maior e o tempo de sobrevida mais elevado, se comparado ao COP, pois a doxorrubicina é o agente quimioterápico mais ativo contra o linfoma. Daleck et al. (2008) complementa, afirmando que a doxorrubicina como agente único, é eficaz no tratamento de linfoma canino.

O protocolo instituído foi com vincristina 0,6 mg/m2, intravenosa, na primeira semana, ciclofosfamida 200 mg/m2, via oral, na segunda, vincristina novamente na terceira semana, doxorrubicina 30 mg/m2 na quarta, e prednisona 2mg/kg, via oral, diariamente, durante 4 semana. Na quinta semana foi realizada uma pausa no tratamento e na sexta o ciclo recomeçou. Para Vail (2008) esse protocolo é gratificante, pois após 19 semanas os cães param de receber medicação e tem uma sobrevida de, em média, 12 meses.

O protocolo estabelecido é um dos protocolos da University of Wisconsin-Madison, que é uma variação do CHOP, e que geralmente são acrescidos da L-Asparaginase (COUTO, 2010; RODASKI & De NARDI, 2008). Vail et al. (2013) considera o protocolo de Wisconsin-Madison sem o uso da L-asparaginese o da atualidade, sendo mais ideal para cães com linfoma. Para Daleck et al. (2010) esse fármaco pode ser suspenso do início do protocolo, uma vez que estudos sugerem que sua administração não altera a resposta do tratamento e o tempo de sobrevida, podendo ser utilizada posteriormente como terapia de resgate.

Passados quatro dias da primeira sessão quimioterápica com sulfato de vincristina, o animal retornou ao hospital por apresentar-se anoréxico. O hemograma constatou um quadro de citopenia da série branca e vermelha (Anexo G). Andrade (2008) nos alerta que a anorexia e mielossupressão são possíveis efeitos adversos desse antineoplásico, além de náuseas e neuropatia periférica. Afim de corrigir a baixa das células de defesa, foi recomendada a utilização da timomodulina, um imunoestimulante, por cinco dias, o qual se mostrou eficaz para essa finalidade (Anexo H).

Segundo Couto (2010) a monitoração hematológica se faz necessária em pacientes que recebem quimioterapia, a fim de evitar sepse ou risco de morte por sangramentos, devido à mielossupressão que esses agentes podem ocasionar, sendo que quando ocorrer essa última alteração, o uso do mesmo deve ser descontinuado ou reduzido a dose.

A cistite hemorrágica foi outro efeito adverso que o paciente apresentou. Segundo Argyle et al. (2008) os principais sinais deletérios causados pela ciclofosfamida estão relacionados ao sistema gastrointestinal e mielossupressão, porém, às vezes, há o aparecimento de cistite hemorrágica. Vail (2008) sugere a utlização da furosemida

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intravenosa, simultaneamente à ciclofosfamida, para diminuir a incidência desse efeito indesejável, não utilizado nesse caso.

Segundo Neuwald (2009), o uso da doxorrubicina está associado à toxicidades hematológicas, gastrointestinais e cardiovasculares, podendo induzir o paciente a cardiomiopatia irreverssível. Rodaski & De Nardi (2008) aconselham realizar auscultação cardíaca e até mesmo, se necessário, eletrocardiograma antes de cada sessão com esse antineoplásico. O paciente não evidenciou nenhuma alteração cardíaca durante a quimioterapia com esse agente.

A prednisona, outro fármaco utilizado nesse protocolo, é frequentemente associada a terapias anticancerígenas por estimular o apetite e melhorar a sensação de bem-estar (ANDRADE, 2008). Vail (2008) descreve seu uso exclusivo para cães que rejeitam a quimioterapia mais agressiva ou quando os custos do tratamento forem um problema para o proprietário. Porém, seu efeito é transitório e a sobrevida do cão ou do gato, é em média, duas semanas.

O prognóstico de cães com linfoma irá depender de alguns fatores, como o estadiamento clínico e o local anatômica envolvido (VAIL, 2008). Cães com a forma multicêntrica tem melhor resposta ao tratamento e um maior tempo de sobrevida (DALECK et al., 2008).

Até o término desse relato o paciente encontrava-se na décima primeira semana de tratamento quimioterápico e a linfadenomegalia generalizada, antes existente, já não era mais observada.

Conclusão

Através desse relato podemos concluir que o linfoma é uma neoplasia bastante complexa, não havendo uma convicção sobre qual a melhor classificação adotar, bem como, o melhor protocolo quimioterápico instituir. O clínico deve ter bastante cuidado com a quimioterapia, fazendo avaliação hematológica rotineiramente, a fim de minimizar os possíveis efeitos colaterais dos antineoplásicos.

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4 CONCLUSÃO

O estágio supervisionado em Medicina Veterinária foi, a oportunidade do aluno demonstrar seu conhecimento teórico adquirido até então, em prática. Através dele pode-se ter noção de alguns desafios que o Médico Veterinário encontrará aquém da vida acadêmica.

O estágio também demonstrou a importância da atualização, dos exames complementares, do trabalho em equipe e principalmente, a agir com proprietários cada vez mais críticos e com mais acesso a informações, necessitando profissionais mais capacitados e preparados para atuarem nessa área.

Quanto ao local escolhido, o Hospital Veterinário da UNIJUÍ, correspondeu às expectativas, proporcionando uma boa convivência com os profissionais dessa instituição, que sempre estavam dispostos a sanar quaisquer dúvidas presentes.

Por fim, o estágio mostrou-se satisfatório, sendo fundamental e de extrema importância para meu crescimento profissional e pessoal, sendo que no término desse, teve-se a certeza e convicção que a escolha da área foi a mais adequada para finalizar a vida acadêmica.

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Referências

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