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(1)EDUARDO CESAR RODRIGUES DE LIMA. DIFERENTES FONTES DE CARBONO NO CULTIVO INTENSIVO DA TILÁPIA DO NILO Oreochromis niloticus (LINNAEUS, 1758) EM SISTEMA DE BIOFLOCOS. RECIFE, PE Fevereiro/2016.

(2) UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS PESQUEIROS E AQUICULTURA. DIFERENTES FONTES DE CARBONO NO CULTIVO INTENSIVO DA TILÁPIA DO NILO Oreochromis niloticus (LINNAEUS, 1758) EM SISTEMA DE BIOFLOCOS. Eduardo Cesar Rodrigues de Lima. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e Aquicultura da Universidade Federal Rural de Pernambuco como parte das exigências para obtenção do título de Mestre.. Prof. Dr. Eudes de Souza Correia Orientador. Recife, PE Fevereiro/2016 ii.

(3) Ficha catalográfica. L732d. Lima, Eduardo Cesar Rodrigues de. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia do Nilo O.niloticus (Linnaeus, 1758) em sistema de bioflocos / Eduardo Cesar Rodrigues de Lima. – Recife, 2016. 57 f. : il. Orientador: Eudes de Souza Correia. Dissertação (Mestrado em Recursos Pesqueiros e Aquicultura) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Pesca e Aquicultura, Recife, 2016. Referências e anexo(s). 1. Piscicultura. 2. Fontes de carbono. 3. Bioflocos. 4. Oreochromis niloticus. 5. Chitralada. I. Correia, Eudes de Souza, orientador II. Título CDD 639.3 iii.

(4) UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS PESQUEIROS E AQUICULTURA. DIFERENTES FONTES DE CARBONO NO CULTIVO INTENSIVO DA TILÁPIA DO NILO Oreochromis niloticus (LINNAEUS, 1758) EM SISTEMA DE BIOFLOCOS. Eduardo Cesar Rodrigues de Lima Dissertação julgada adequada para obtenção do título de Mestre em Recursos Pesqueiros e Aquicultura. Defendida e julgada aprovada em 23/02/2016 pela seguinte Banca Examinadora.. Prof. Dr. Eudes de Souza Correia – Orientador Universidade Federal Rural de Pernambuco. Prof. Dr. Ronaldo Cavalli - Membro Interno Universidade Federal Rural de Pernambuco. Prof. Dr. Athiê Jorge Guerra Santos - Membro Externo Universidade Federal Rural de Pernambuco. Prof. Dr. Alfredo Olivera Galvez - Suplente interno Universidade Federal Rural de Pernambuco. ______________________________________________________________ Prof. Dr. Luís Otávio Brito da Silva - Suplente externo Universidade Federal Rural de Pernambuco. iv.

(5) Dedicatória. Aos meus pais, Maria de Fátima do Nascimento e Adriano Cesar Rodrigues de Lima.. v.

(6) Agradecimentos Primeiramente à Deus! À Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), especialmente a todos os funcionários do Departamento de Pesca e Aquicultura (DEPAq) e da Estação de Aquicultura Continental Prof. Johei Koike, pelo apoio durante esses dois anos. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela concessão da bolsa de estudo e apoio financeiro para execução da pesquisa. Ao Professor Dr. Eudes de Souza Correia, pela sua orientação, confiança e companheirismo. Muito grato pelos conhecimentos técnicos e acadêmicos adquiridos e acima de tudo pelo exemplo de vida. A todos os companheiros do Laboratório de Sistemas de Produção Aquícola (LAPAq): Maria Gabriela Padilha Ferreira, Fabiana Penalva de Melo, Jaqueline Vanessa Silva Moura, Marcelo Siqueira Franklin, Pedro Vinícius de Oliveira Ribeiro e Bruno Lúcio de Oliveira pelo apoio a pesquisa e ao aprendizado construído. Em especial à Rafael Liano de Souza e Ítalo Felipe Mascena Braga pelo total apoio e assistência, e pelos momentos extraordinários que vivenciamos na UFRPE. Agradecimentos especiais à minha mãe Maria de Fátima do Nascimento, pelo apoio e incentivo durante a realização deste trabalho. Assim como agradeço à meu pai Adriano Cesar Rodrigues de Lima e a minha irmã querida Adriana Rodrigues de Lima por tudo. Agradeço também a minha tia Ana Maria Rodrigues de Lima pelos bons conselhos recebidos. À Marília Benício Torres “Lila” pelo amor, paciência, cumplicidade e apoio dado em todos os momentos.. vi.

(7) RESUMO A tecnologia de bioflocos tem apresentado avanços na aquicultura tradicional, principalmente, em camarões e tilápias. As principais vantagens são pouca utilização de água, reciclagem dos compostos nitrogenados e produção de alimento suplementar rico em proteína. Diversas fontes de carbono são empregadas no cultivo em bioflocos, açúcares, amidos, álcoois e fibras, assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos das fontes de carbono orgânico na qualidade da água, desempenho de crescimento e aceitação de filés da tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) cultivada em sistema de bioflocos. Foram adotados três tratamentos envolvendo as fontes de carbono açúcar (AÇU), melaço líquido (MEL) e melaço em pó (MEP), com cinco repetições cada e um tratamento controle (CTL) sem bioflocos, com quatro repetições. Os peixes (72,6 g) foram estocados em 19 tanques circulares (800L) numa densidade de 35 peixes/m3 e cultivados por 145 dias. Foram avaliadas as variáveis de qualidade da água, desempenho de crescimento e aceitabilidade dos filés de tilápia. A concentração de oxigênio dissolvido foi significativamente maior (P≤0,05) nos tanques sem bioflocos (CTL) devido à ausência de biomassa bacteriana. O nitrogênio da amônia total (NAT) apresentou diferença estatística (P≤0,05) entre o tratamento AÇU e os demais com bioflocos, exibindo a menor concentração de 2,53 mg NAT/L. Já o nitrito, não apresentou diferença estatística (P>0,05) entre os tratamentos com valores médios variando de 0,74 a 2,3 mg de N-NO2/L. O peso final variou de 339 a 409 g, com fator de conversão alimentar entre 1,61 e 1,89, sobrevivência de 80 a 99% e não apresentou diferença estatística entre os tratamentos (P>0,05). A produtividade variou de 9,72 (AÇU) a 14,22 Kg/m3 (CTL) (P≤0,05). Os tanques sem bioflocos (CTL) consumiram 9 m3 de água para produzir 1 Kg de peixe, enquanto os de bioflocos utilizaram apenas 0,68 m3, o que representa um consumo 13 vezes menor. A porcentagem de proteína nos filés de tilápia e nos bioflocos analisados variaram, respectivamente, de 17 a 20% e 31 a 33%. Os filés de tilápia oriundos do biofloco com açúcar mostraram ter a preferência dos avaliadores, com nota 7,77 (gostei moderadamente a gostei muito). Com estes resultados, conclui-se que as fontes de carbono utilizadas (melaços e açúcar) podem ser utilizadas no cultivo da tilápia O. niloticus em bioflocos sem prejuízos à água de cultivo e à produtividade. Além disso, deve-se considerar a facilidade na obtenção do açúcar.. Palavras-chave: piscicultura, fontes de carbono, bioflocos, Oreochromis niloticus, Chitralada. vii.

(8) ABSTRACT. Biofloc technology has brought advances in traditional aquaculture, mainly in shrimp and tilapia. The main advantages are low water use, recycling of nitrogen compounds and production of supplementary food rich in protein. Various carbon sources are employed in the biofloc culture, as sugars, starches, alcohols and fibers. So the aim of this study was to evaluate the effects of organic carbon sources on water quality, growth performance and acceptance of Nile tilapia fillets (Oreochromis niloticus) cultured in biofloc systems. Were adopted three treatments involving the sources of carbon, as sugar (AÇU), liquid molasses (MEL) and powder molasses (MEP), with five replicates each and a control treatment (CTL) without biofloc, with four replications. Fish (72.6 g) were stocked in 19 circular tanks (800L) at a density of 35 fish/m3 and grown by 145 days. They evaluated the water quality variables, growth performance and acceptability of tilapia fillets. The dissolved oxygen concentration was significantly higher (P≤0.05) in the tanks without bioflocs (CTL) in the absence of bacterial biomass. Total ammonia nitrogen (NAT) showed statistical significance (P≤0.05) between the AÇU treatment and the other with bioflocs, displaying the lowest concentration of 2.53 mg NAT/L. Already nitrite, showed no statistical difference (P>0.05) among treatments with mean values ranging from 0.74 to 2.3 mg of N-NO2/L. The final weight ranged from 339 to 409 g, with feed conversion ratio between 1.61 and 1.89, survival 80-99% and showed no statistical difference between treatments (P>0.05). Productivity ranged from 9.72 (AÇU) to 14.22 Kg/m3 (CTL) (P≤0.05). The tanks without bioflocs (CTL) consumed 9 m3 of water to produce 1 kg of fish, while the bioflocs used only 0.68 m3, which represents a 13 times lower consumption. The percentage of protein in fillets of tilapia and analyzed bioflocs ranged respectively 17-20% and 31-33%.Tilapia fillets coming from biofloc with sugar showed to have the preference of the evaluators, with note 7.77 (like moderately to like very much). With these results, it is concluded that the carbon sources (molasses and sugar) can be used in the tilapia culture with biofloc without damage to water culture and productivity. Moreover, one should consider the ease of obtaining sugar.. Key words: fish farming, carbon sources, bioflocs, Oreochromis niloticus, Chitralada. viii.

(9) LISTA DE FIGURAS Artigo. Página. Figura 1 - Variação dos compostos nitrogenados (A- nitrogênio da amônia total, Bnitrogênio do nitrito, C- nitrato) e do ortofosfato (D) durante 145 dias de cultivo da tilápia O. niloticus em bioflocos com diferentes fontes de carbono............................................. 38. ix.

(10) LISTA DE TABELAS. Revisão de Literatura. Página. Tabela 1 - Diferentes fontes de carbono utilizadas no cultivo de peixes em sistema de bioflocos................................................................................................................................. 19. Artigo. Tabela 1 - Valores médios ± desvio padrão (mínimo - máximo), das variáveis de qualidade da água do cultivo de O. niloticus em bioflocos com diferentes fontes de carbono................................................................................................................................... 36. Tabela 2 - Relação consumo de água versus biomassa produzida durante 145 dias de cultivo de O. niloticus em bioflocos com diferentes fontes de carbono.............................. 40. Tabela 3 - Valores médios ± desvio padrão das variáveis de crescimento da tilápia do Nilo O. niloticus cultivadas em bioflocos com diferentes fontes de carbono...................... 41. Tabela 4 - Composição centesimal dos filés de tilápia e dos bioflocos formados durante os 145 dias de cultivo de O. niloticus com diferentes fontes de carbono............................ 43. Tabela 5 - Valores médios ± desvio padrão da analise sensorial dos filés de tilápia de O. niloticus oriundas do cultivo em bioflocos com diferentes fontes de carbono..................... 44. x.

(11) SUMÁRIO Página Dedicatória.................................................................................................................................. v Agradecimentos ......................................................................................................................... vi RESUMO ................................................................................................................................. vii ABSTRACT ............................................................................................................................viii LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................... ix LISTA DE TABELAS ............................................................................................................... x 1- INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 12 2- REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................ 15 3- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 23 4- ARTIGO CIENTÍFICO........................................................................................................ 29 NORMAS DA REVISTA ........................................................................................................ 50. xi.

(12) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... 1- INTRODUÇÃO Alguns recursos pesqueiros encontram-se no seu limite máximo de exploração sustentável e há um déficit mundial da oferta de proteínas de origem animal. O homem está em busca de novas alternativas para a produção de alimentos. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a aquicultura é a principal alternativa para aumentar a oferta de pescado por todo mundo, representando, na atualidade, aproximadamente 42% da produção de alimentos de origem aquática (FAO, 2014). O Brasil está entre os maiores produtores de pescado cultivado do mundo, ocupando a 12º colocação, estando à frente do Japão e Coreia. Em 2012, a produção da aquicultura (continental e marinha) brasileira foi de aproximadamente 707,4 mil toneladas de pescado, representando 1,1% da produção mundial (FAO, 2014). A produção da aquicultura continental em 2010 e 2011 foi de aproximadamente 394 e 544 mil toneladas de pescado, respectivamente, demonstrando um aumento aproximado de 38% na produção da aquicultura continental brasileira. Dentre as principais espécies de peixes criadas no Brasil destaca-se a tilápia com uma produção no ano de 2011 de, aproximadamente, 253 mil toneladas (MPA, 2014). A tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) é considerada um dos peixes mais importantes atualmente, pois dentre as espécies de água doce, é a que apresenta proeminência na aquicultura mundial, devido principalmente às suas características: rusticidade; facilidade em se adaptar em diversos tipos de sistemas de criação; alta taxa de crescimento e boa conversão alimentar; ótima aceitação no mercado consumidor, principalmente devido à qualidade da carne; hábito alimentar onívoro, mas com preferências por detritos e plâncton (MCINTOSCH e LITTLE, 1995). Tais características fazem da tilápia a segunda espécie mais cultivada no mundo, ficando atrás apenas das carpas (FAO, 2012). 12.

(13) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... Os sistemas de produção adotados na criação das tilápias são classificados em extensivo, semi-intensivo, intensivo e super-intensivo. A intensificação dos processos de produção busca alcançar maior produtividade em menores áreas, menor tempo e custo racionalizado (KUBITZA, 1999). Contudo, nessa busca por uma maior produtividade, deve-se considerar boas práticas de manejo, a fim de minimizar o impacto ambiental da atividade aquícola. Assim, é de extrema importância a implantação de sistemas de produção sustentáveis, capazes de minimizar os danos ao meio ambiente, destacando-se os sistemas de cultivos fechados (COLT et al., 2006). Dentre estes sistemas de cultivo, os que utilizam a tecnologia de bioflocos (BFT) são os que mais vem se destacando nos últimos anos. Sistemas sem trocas de água, como o BFT, se baseiam no estimulo a formação de uma biota predominantemente aeróbica e heterotrófica a partir da fertilização com fontes ricas em carbono orgânico e aeração constante do ambiente de cultivo (WASIELESKY et al., 2006; EMERENCIANO et al., 2007; AVNIMELECH, 2009). Este sistema apresenta diversas vantagens, como redução do uso de água e menor risco de introdução e disseminação de doenças, bem como a possibilidade do uso de dietas com níveis reduzidos de proteína. Além disso, o uso da tecnologia de bioflocos permite o controle do nitrogênio inorgânico por meio da adição de carboidratos, o que induz a remoção desse nitrogênio pelos microrganismos do biofloco para a conversão em biomassa. microbiana,. fonte. efetiva. de. proteína. para. peixes. e. camarões. (AVNIMELECH, 1999; BURFORD et al., 2004; SAMOCHA et al., 2007). Pesquisas têm demonstrado resultados satisfatórios em termos de produção e eficiência de incorporação do nitrogênio no animal cultivado na presença de bioflocos, através do consumo da ração e da biomassa microbiana estimulada a partir da adição de fontes de carbono orgânico, como açúcar, melaço e amido de mandioca. 13.

(14) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... (AVNIMELECH, 1999; BURFORD et al., 2003). Pérez-Fuentes et al. (2016). ao. cultivarem tilápias em bioflocos com diferentes relações C:N e utilizando melaço como fonte de carbono, encontraram produtividades de 16 a 18 Kg/m3. Em razão da importância do tema dentro da aquicultura nacional e da possível contribuição com a geração de conhecimentos aplicáveis à cadeia produtiva da tilápia, o presente estudo objetivou avaliar os efeitos das fontes de carboidratos na qualidade da água, desempenho de crescimento e aceitação de filés da tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) cultivada em sistema de bioflocos.. 14.

(15) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... 2- REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Tecnologia de bioflocos Os sistemas de produção adotados na aquicultura são classificados em extensivo, semi-intensivo, intensivo e super-intensivo, tendo como principal diferença entre os sistemas extensivos e intensivos, a utilização de rações balanceadas e as densidades de estocagem. O meio de cultivo mais utilizado no cultivo de peixes e camarões é o autotrófico, que consiste na utilização de baixas densidades de estocagem, trocas regulares de água para controlar a população de algas e a utilização de rações com altos níveis de proteína. A tecnologia de bioflocos (Biofloc Technology - BFT) conhecida também como Activated Suspension Technique (AST), Active Suspension Pond (ASP), Zero exchange, aerobic,. heterotrophic. (ZEAH),. sistema. heterotrófico,. entre. outros. termos. (McINTOSH, 1995; McNEIL, 2000; ERLER et al., 2005; WASIELESKY et al., 2006; AVNIMELECH, 2007; DE SCHRYVER et al., 2008) foi inicialmente desenvolvida como alternativa para resolver os problemas de qualidade da água, onde a manutenção dos parâmetros ideais baseia-se no desenvolvimento e controle das bactérias heterotróficas do próprio meio (AVNIMELECH, 2007). Esta técnica de cultivo concilia questões ambientais com econômicas e foi desenvolvida para minimizar a descarga de efluentes, proteger os recursos hídricos e melhorar a biossegurança dos cultivos intensivos de organismos aquáticos (BURFORD et al., 2003; AVNIMELECH 2007). Os princípios do cultivo de peixes e camarões em sistemas intensivos com limitada troca d’água foram desenvolvidos simultaneamente em escala experimental, para camarões no Waddel Mariculture Center, Carolina do Sul, EUA, e para peixes, principalmente tilápia, em Israel (HOPKINS et al., 1993; SAMOCHA et al., 2004; BURFORD et al., 2004; AVNIMELECH, 2007).. 15.

(16) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... Os sistemas de cultivo superintensivos (BFT) apresentam muitas vantagens sobre os sistemas tradicionais, dentre essas, a mínima utilização de água, menor impacto ambiental, menor área de cultivo e maior produtividade, maior disponibilidade de alimento natural, aumento da biossegurança (com mínimo risco de introdução e disseminação de doenças), reduzido custo com alimentação e da quantidade de proteína nas rações, possibilidade do uso de dietas com baixos níveis de proteína, reciclagem dos nutrientes e desenvolvimento significativo da produção (AVNIMELECH, 2012), além da melhoria da conversão alimentar e controle dos níveis de compostos nitrogenados inorgânicos através da proteína microbiana produzida (BROWDY et al., 2001; WASIELESKY et al., 2006; AZIM et al., 2008; AVNIMELECH, 2009). Os sistemas sem renovação de água estimulam a formação de uma biota predominantemente aeróbica e heterotrófica, a partir da fertilização com fontes ricas em carbono orgânico (açúcar, melaço, amido, farelos vegetais, rações, etc) e aeração constante do ambiente de cultivo (WASIELESKY et al., 2006; EMERENCIANO et al., 2007). Para tal, é imprescindível o domínio da comunidade bacteriana heterotrófica, através do balanceamento e manutenção de altas relações Carbono:Nitrogênio (SCHNEIDER et al., 2006). De acordo com Avnimelech (2012), esta relação proporcionará melhores condições para as bactérias heterotróficas capazes de absorver compostos nitrogenados, mantendo a qualidade da água e também possibilitarão a formação de flocos microbianos (ou bioflocos), que são constituídos principalmente por bactérias, zooplânctons, protozoários, microalgas, que, juntamente com detritos, estão agregados à matéria orgânica.. 16.

(17) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... 2.1.1. Valor nutricional do biofloco Diferentes fontes de carbono orgânico estimulam uma comunidade microbiana específica e consequentemente modificam as propriedades nutricionais do biofloco (CRAB, 2010). Um estudo realizado por Crab (2010), os resultados da análise da composição química e conteúdo energético dos bioflocos fertilizados com diferentes fontes de carbono, revelaram um alto teor de proteína bruta (40%), lipideos (41%) e energia (27 kJ/g) naquele biofloco com glicose, enquanto que elevado teor de cinzas (20%) foi encontrado no biofloco com acetato e alto teor de carboidratos (59%) no biofloco com amido. Segundo Azim e Little (2008), os bioflocos que contenham mais de 38% de proteína bruta, 3% de lipideos, 6% de fibras, 12% de cinzas e 19 kJ/g de energia (com base na matéria seca) é considerado adequado para produção de tilápias. Entretanto, Webster e Lim (2002), relataram que bioflocos contendo 50% de proteína bruta, 4% de fibras, 7% de cinzas e 22 kJ/g de energia são melhores para peixes herbívoros/onívoros incluindo a tilápia. Resultados bem superiores a estes foram encontrados por Widanarni et al. (2012). Estes autores realisaram uma análise da composição centesimal do biofloco oriundo de um cultivo com tilápias em diferentes densidades de estocagem e encontraram valores de proteína bruta variando de 40 a 50%, lipideos de 12 a 24% e cinzas de 25 a 29%.. 2.2. Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) em BFT A tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) faz parte de um grupo de espécies que recebem a denominação genérica de tilápias e pertencem à família Cichlidae (Perciformes) tendo a sua origem no continente africano. Existem aproximadamente 70 espécies de tilápias, no entanto apenas quatro possuem destaque na aquicultura: a tilápia. 17.

(18) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... do Nilo (Oreochromis niloticus), a tilápia de Moçambique (Oreochromis mossambicus), a tilápia azul ou áurea (Oreochromis aureus) e a tilápia de Zanzibar (Oreochromis urolepis hornorum) (KUBITZA, 2011). A tilápia é o segundo peixe mais cultivado no mundo, ficando atrás apenas das carpas. A produção mundial em 2011 foi de 3.957.843 toneladas (FAO, 2012). Este destaque deve-se, em grande parte, às características apresentadas por este peixe, como rápido crescimento, tolerância a uma ampla faixa de condições ambientais, precocidade sexual, rusticidade e capacidade de aproveitamento do alimento natural (EL-SAYED, 2006). Muitos autores consideram a tecnologia de bioflocos como um sistema aquícola sustentável e ambientalmente amigável, que tem sido experimentado tanto em laboratório como em escala comercial para várias espécies aquícolas, incluindo as tilápias (AVNIMELECH, 2007; AZIM e LITTLE, 2008; CRAB et al., 2009). As tilápias são candidatas ideais para sistemas de cultivo em tanques de suspensão ativada (DEMPSTER et al., 1995; AZIM et al., 2003). De acordo com Avnimelech (2011), as tilápias são perfeitamente adaptadas para o sistema de bioflocos. A alimentação herbívora por filtração, adapta-o à absorção do biofloco em suspensão na água, e a robustez/resistência do peixe, permite o desenvolvimento em sistemas de cultivo superintensivos (AVNIMELECH, 2011). A biomassa de peixe produzida em tanques com sistema de bioflocos com tilápias pode variar de 10 a 40 Kg/m3 (AVNIMELECH, 2005). Essa biomassa é bem superior quando comparada com a biomassa de camarão produzida em tanques com bioflocos (1 a 9 Kg/m3) (AVNIMELECH, 2005; CORREIA et al., 2014; MISHRA et al., 2008; SAMOCHA et al., 2013). Crab et al., (2009), em um experimento de 50 dias com alevinos de tilápia (Oreochromis niloticus x Oreochromis aureus) em sistema de bioflocos, obtiveram excelentes taxas de sobrevivência de 80 e 97%. A densidade de. 18.

(19) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... estocagem utilizada foi de 20 Kg/m3, com adição de amido numa relação carbono:nitrogênio de 20:1. Em outro estudo, Widanarni et al. (2012), avaliaram o efeito da utilização da tecnologia do biofloco na qualidade da água e no desempenho zootécnico da tilápia vermelha Oreochromis sp sob diferentes densidades de estocagem (25, 50 e 100 peixes/ m3) em tanques circulares de 3m3. A relação carbono:nitrogênio adotada foi de 15:1, e a fonte de carbono orgânico adicionada foi o melaço. Estes autores encontraram produtividades maiores (3,3 a 7,1 Kg/m3) nos tanques sem bioflocos e maiores sobrevivências nos tanques com bioflocos (93 a 97%). Eles atribuíram esse fato, ao aumento na capacidade reprodutiva das tilápias dos tanques com bioflocos, assim a produtividade pode declinar porque parte da energia obtida pela assimilação do biofloco é direcionado para o desenvolvimento gonadal, à custa de crescimento. Avnimelech (2007), testando alimentação com flocos microbianos para a tilápia de Moçambique (Oreochromis mossambicus) em tanques com limitada troca de água, constatou que tais flocos demonstraram ser uma fonte de alimento potencial para a tilápia e possivelmente para outros peixes, e o autor afirmou que a alimentação com flocos microbianos contribuíram com cerca de 50% das necessidades de proteína do peixe. 2.3. Fontes de carbono A adição de fontes de carbono em viveiros de aquicultura para manter uma alta relação carbono:nitrogênio (C:N) é recomendado para o estabelecimento da comunidade microbiana presente no biofloco e para o controle da concentração de nitrogênio inorgânico (AVNIMELECH, 1999). Açúcar, amido, melaço, celulose, glucose, acetato e glicerol, são exemplos de fontes ricas em carbono (C) orgânico (HARI et al., 2004; DE SCHRYVER et al., 2008; AVNIMELECH, 2009). A Tabela 1 mostra os recentes. 19.

(20) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... trabalhos realizados com peixes em sistema de bioflocos e as diversas fontes de carbono adotadas. Tabela 1 - Diferentes fontes de carbono utilizadas no cultivo de peixes em sistema de bioflocos. Autores Peixes Fontes de carbono Rocha et al. (2012). Tainha. Melaço líquido e farelo de trigo. Avnimelech (2007). Tilápia. Amido. Crab et al. (2009). Tilápia. Amido. Green et al. (2014). Catfish. Melaço líquido. Wambach (2013). Tilápia. Melaço líquido. Lima et al. (2015). Tilápia. Melaço líquido. Luo et al. (2014). Tilápia. Glicose. Kubtiza (2011). Tilápia. Melaço em pó e resíduo de macarrão. Pérez-Fuentes et al. (2016). Tilápia. Melaço líquido. Widanarni et al. (2012). Tilápia. Melaço líquido. Long et al. (2015). Tilápia. Glicose. Da Silva e Da Costa (2013). Tilápia. Farinha de trigo, Açúcar mascavo. Caipang et al. (2015). Tilápia. Farinha de trigo, farinha de batata doce. 2.3.1. Melaço O melaço é um subproduto do processo de refinamento do açúcar, sendo comercializado na forma liquida e em pó (desidratado). Na pecuária é muito utilizado como energético, dando aos alimentos mais aroma e palatabilidade. Possui geralmente 17 a 25% de água e teor de açúcar (sacarose, glicose e frutose) de 45 a 50% (NAJAFPOUR; SHAN, 2003). Esse subproduto vem sendo utilizado na preparação de meios heterotróficos (EMERENCIANO et al., 2007) visando à redução de compostos nitrogenados em berçários de camarão marinho (SAMOCHA et al., 2007). O melaço também é utilizado como fonte de carbono no cultivo de tilápias em bioflocos. Widanarni et al. (2012) usaram o melaço como fonte de carbono orgânico ao avaliarem o desempenho zootécnico da Tilápia vermelha (Oreochromis sp.) cultivadas 20.

(21) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... em diferentes densidades de estocagem e em bioflocos. Esses autores obtiveram sobrevivência maior que 90% e produções de 14 a 36 Kg/m3.. 2.3.2. Açúcar O açúcar é um termo genérico usado para carboidratos cristalizados comestíveis, principalmente sacarose, lactose e frutose. O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de açúcar do mundo, com 38,34 milhões de toneladas na safra 2012/13 (CONAB, 2013). O açúcar cristal em sua composição, apresenta 0,1% de umidade, 99,6% de carboidratos, 8 mg de cálcio, 0,2 mg de ferro e 3 mg de potássio (NEPA/UNICAMP, 2006), sendo uma importante fonte de carbono (C), contendo de 20 a 40% de C. Xu et al. (2012) utilizaram o açúcar mascavo como fonte suplementar de carbono orgânico ao investigarem a contribuição do biofloco na nutrição protéica de Litopenaeus vannamei alimentados com rações contendo diferentes níveis proteicos, e obtiveram sobrevivências maiores que 85% e produtividade de 2,5 a 2,7 Kg/m3. 2.4. Análise sensorial de pescado A análise sensorial é definida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 2014) como a disciplina científica usada para evocar, medir, analisar e interpretar reações das características dos alimentos e materiais como são percebidas pelos sentidos da visão, olfato, gosto, tato e audição. A análise sensorial normalmente é realizada por uma equipe montada para analisar as características sensoriais de um produto para um determinado fim. Pode-se avaliar a seleção da matéria prima a ser utilizada em um novo produto, o efeito de processamento, a qualidade da textura, o sabor, a estabilidade de armazenamento, a reação do consumidor, entre outros.. 21.

(22) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... Os sistemas sensoriais (olfativo, gustativo, tátil, auditivo e visual) avaliam os atributos dos alimentos, ou seja, suas propriedades sensoriais (cor, odor, aroma, sabor, textura e som) (ANZALDÚA-MORALES, 1994). O pescado é um alimento altamente benéfico à nutrição humana, principalmente pela composição química da carne a qual é composta de vitaminas hidrossolúveis do complexo B e lipossolúveis A e D importantes ao organismo humano, minerais essenciais, fósforo e cálcio, presença de ácidos graxos polinsaturados da família ômega 3, além de conter proteínas de alto valor biológico (BURGUESS, 1965; SIKORSKI, 1990). No Brasil, a tilápia é o peixe mais produzido pela aquicultura (MPA, 2014). A espécie apresenta requisitos típicos preferidos pelo mercado consumidor, tais como carne branca de textura firme, sabor delicado, de fácil filetagem, ausência de espinhas em Y , além das características produtivas desejáveis para a criação (JORY et al., 2000). O valor nutricional de sua carne pode ser comprovado pela sua composição química, com teores de proteína entre 15,0 e 20,0% e baixo conteúdo de gordura (1,0 a 4,0%) (GARDUÑO-LUGO et al., 2003).. 22.

(23) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... 3- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Análise sensorial - Vocabulário (NBR ISO 5492:2014). 2014. 25 p. ANZALDÚA-MORALES, A. La evaluación sensorial de los alimentos en la teoría y la prática. Zaragoza: Acribia SA, 1994. 198 p. AVNIMELECH, Y. Carbon/nitrogen ratio as a control element in aquaculture systems. Aquaculture, v.176, p.227-235, 1999. AVNIMELECH, Y. Tilapia harvest microbial flocs in active suspension research pond. Global Aquaculture Advocate, p.57-58, October 2005. AVNIMELECH, Y. Feeding with microbial flocs by tilapia in minimal discharge bioflocs technology ponds. Aquaculture, v.264, p.140–147, 2007. AVNIMELECH, Y.. Biofloc Technology, a practical guide book. The World. Aquaculture Society, Baton Rouge, US, 182p, 2009. AVNIMELECH, Y. Tilapia production using biofloc technology - saving water, waste recycling improves economics. Global Aquaculture Advocate, p.66-68, May/June 2011. AVNIMELECH, Y. Biofloc Technology - A Practical Guide Book. Baton Rouge, Louisiana, 2ª Edition. The Word Aquaculture Society, United States. 271p, 2012. AZIM, M. E.; LITTLE, D. C. The biofloc tecnology (BFT) in indoor tanks water quality, biofloc composition, and growth and welfare of Nile tilapia (Oreochromis niloticus). Aquaculture, v.283, p.29-35, 2008. AZIM, M. E.; LITTLE, D. C.; BRON, J. E. Microbial protein production in activated suspension tanks manipulating C:N ratio in feed and the implications for fish culture. Bioresource Technology, v.99, p.3590-3599, 2008. BURFORD, M. A.; THOMPSON, P. J.; McINTOSH, R. P.; BAUMAN, R. H.; PEARSON, D. C. Nutrient and microbial dynamics in high-intensity, zeroexchange shrimp ponds in Belize. Aquaculture, v.219, p.393-411, 2003. BURFORD, M. A.; THOMPSON, P. J.; McINTOSH, R. P.; BAUMAN, R. H.; PEARSON, D. C. The contribution of flocculated material to shrimp (Litopenaeus. 23.

(24) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... vannamei) nutrition in a high-intensity, zero-exchange system. Aquaculture, v.232, p.525-537, 2004. BURGUESS, G.H.O. El Pescado y Las Industrias Derivadas de la Pesca. Zaragoza: Editora Acribia, 1965, 392p. BROWDY, C. L.; BRATVOLD, A. D.; STOKES, R. P.; MCINTOSH, R. P. Perspectives on the application of closed shrimp culture systems. In C.L. Browdy and D.E. Jory, editors. The New Wave, Proceeding of special session on sustainable shrimp culture, World Aquaculte Society, Baton Rouge, LA, USA. p. 20-34. 2001. CAIPANG, C. M. A.; CHOO, H. X.; BAI, Z.; HUANG, H.; LAY-YAG, C. M. Viability of sweet potato flour as carbon source for the production of biofloc in freshwater culture of tilapia, Oreochromis sp. International Aquatic Research, v.7, n.4, p.329-336, 2015. CONAB. Acompanhamento de safra brasileira: cana-de-açúcar, segundo levantamento, agosto/2013 - Companhia Nacional de Abastecimento. – Brasília: Conab 2013. COLT, J.; LAMOUREUX, J.; PATTERSON, R.; ROGERS, G. Reporting standards for biofilter performance studies. Aquacultural Engineering, v.34, n.3, p.377-388, 2006. CORREIA, E. S.; WILKENFELD, J. S.; MORRIS, T. C.; WEI, L.; PRANGNELL, D. I; SAMOCHA, T. M. Intensive nursery production of the Pacific white shrimp Litopenaeus vannamei using two commercial feeds with high and low protein content in a biofloc-dominated system. Aquacultural Engineering, v.59, p.48-54, 2014. CRAB R. (2010) Bioflocs technology: an integrated system for the removal of nutrients and simultaneous production of feed in aquaculture. PhD thesis, Ghent University. 178 pp. CRAB, R.; KOCHVA, M.; VERSTRAETE, W.; AVNIMELECH, Y. Bio-flocs technology application in over-wintering of tilapia. Aquacultural Engineering, v.40, p.105-112, 2009. DA SILVA, B. K. R.; DA COSTA, D. C. P. B. Formação de bioflocos: protótipo com criação de tilápias. Curitiba: UFPR, 2013 24.

(25) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... DE SCHRYVER, P. D.; CARB, R.; DEIFOIRDT, T.; BOON, N.; VERSTRAETE, W. The basics of bio-flocs technology: The added value for aquaculture. Aquaculture, v.277, p.125-137, 2008. EL-SAYED, A-F.M. Tilapia culture. CABI Publishing, Oxfordshire, U.K., 2006, 277 pp. EMERENCIANO, M. G. C.; WASIELESKY, W.; SOARES, R. B.; BALLESTER, E. C.; IZEPPI, E. M.; CAVALLI, R. O. Crescimento e sobrevivência do camarãorosa (Farfantepenaeus paulensis) na fase berçário em meio heterotrófico. Acta Scientiarum. Biological Sciences, v. 29, n.1, p.1-7, 2007. ERLER, D.; SONGSANGJINDA, P.; KEAWTAWEE, T.; CHAIYAKUM, K. Preliminary investigation into the effect of carbon addition on growth, water quality and nutrient dynamics in zero-exchange shrimp (Penaeus monodom) culture systems. Asian Fisheries Science, v.18, p.195-204, 2005. FAO. El estado mundial de la pesca y la acuicultura 2012. Roma. 231 págs. FAO. El estado mundial de la pesca y la acuicultura 2014. Roma. 253 págs. GARDUÑO-LUGO, M.; GRANADOS-ALVAREZ, I.; OLIVERA-NOVOA, M.; MUÑOZCÓRDOVA, G. Comparison of growth, fillet yield and proximate composition between Stirling Nile tilapia (wild type) (Oreochromis niloticus, Linnaeus) and red hybrid tilapia (Florida red tilapia X Stirling red O. Niloticus) males. Aquaculture Research, v.34, p.1023 a 1028, 2003. GREEN, B. W.; SCHRADER, K. K.; PERSCHBACHER, P. W. Effect of stocking biomass on solids, phytoplankton communities, common off-flavors, and production parameters in a channel catfish biofloc technology production system. Aquaculture Research, v.45, p.1442-1458, 2014. HARI, B.; KURUP, B. M.; VARGHESE, J. T.; SCHRAMA, J. W.; VERDEGEM, M. C. J. Effects of carbohydrate addition on production in extensive shrimp culture systems. Aquaculture, v.241, p.179-194, 2004. HOPKINS, J. S.; HAMILTON, R. D.; SANDIFER, P. A,; BROWDY, C. L.; STOKES, A. D. Effect of water exchange rate on production, water quality, effluent characteristics and nitrogen budgets of intensive shrimp ponds. Journal of the World Aquaculture Society, v.24, n.3, 1993. 25.

(26) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... JORY, D. E.; ALCESTE, C.; CABRERA, T. R. Mercado y comercialización de tilapia en los Estados Unidos de Norte América. Panorama Acuicola, Sonora, v. 5, n. 5, p. 50-53, 2000. KUBTIZA, F. Tanques-rede, rações e impacto ambiental. Revista Panorama da Aquicultura, Rio de Janeiro, v.9, n.51, p.44-50, 1999. KUBITZA, F. Tilápia: Tecnologia e planejamento na produção comercial. 2. ed. rev. ampl. Jundiaí: Acqua Supre Com. Suprim. Aquicultura, 2011. 316p. LIMA, E. C. R.; SOUZA, R. L.; WAMBACH, X. F.; LIMA, U.; CORREIA, E. S. Cultivo da tilápia do Nilo Oreochromis niloticus em sistema de bioflocos com diferentes densidades de estocagem. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v. 16, n.4, p. 948-957, 2015. LONG, L.; YANG, J.; LI, Y.; GUSN, C.; WU, F. Effect of biofloc technology on growth, digestive enzyme activity, hematology, and immune response of genetically improved farmed tilapia (Oreochromis niloticus). Aquaculture, v.448, p.135-141, 2015. LUO, G.; GAO, Q.; WANG, C.; LIU, W.; SUN, D.; LI, L.; TAN, H. Growth, digestive activity, welfare, and partial cost-effectiveness of genetically improved farmed tilapia (Oreochromis niloticus) cultured in a recirculating aquaculture system and an indoor biofloc system. Aquaculture, v.422- 423, p.1–7, 2014. McINTOSCH, D. J.; LITTLE, D. C. Nile tilapia (Oreochromis niloticus). In: BROMAGE, N. R.; ROBERTS, R. J. (Ed.). Broodstock management and egg and larval quality. London: Blackwell Sci. Ltd, cap. 12, p.277–320. 1995. McNEIL, R. Zero exchange, aerobic, heterotrophic systems: key considerations. The Global Aquaculture Advocate, v.3, p.72–76, 2000. MISHRA, J. K.; SAMOCHA, T. M.; PATNAIK, S.; SPEED, M.; GANDY, R. L.; ALI, A. M. Performance of an intensive nursery system for the Pacific white shrimp, Litopenaeus vannamei, under limited discharge condition. Aquacultural Engineering, v.38, p.2-15, 2008. MPA – Ministério da Pesca e Aquicultura. Brasília, 2014. Boletim estatístico da Pesca e Aquicultura no Brasil 2011. <http://www.mpa.gov.br/index.php/informacoes-e-. 26.

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(28) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... SIKORSKI, Z. Tecnologia de los Productos del Mar: Recursos, Composición Nutritiva y Conservación. Zaragoza: Acribia, 1990. 330 p. WAMBACH, X.F. Influência de diferentes densidades de estocagem no desempenho produtivo de tilápia do Nilo Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758) cultivada com tecnologia de bioflocos. 2013. 78f. Dissertação (Mestrado em Recursos Pesqueiros e Aquicultura) – Universidade Federal Rural de Pernanbuco. Recife, 2013. WASIELESKY, W.; ATWOOD, H.; STOKES, A.; BROWDY, C. L. Effect of natural production in a zero exchange suspended microbial floc based super-intensive culture system for white shrimp Litopenaeus vannamei. Aquaculture, v.258, p.396-403, 2006. WEBSTER C.D., LIM C.E. (Eds.) (2002) Nutrient Requirements and Feeding of Finfish for Aquaculture. CABI Publishing, Oxford. WIDANARNI; EKASARI, J.; MARYAM, S. Evaluation of Biofloc Technology Application on Water Quality and Production Performance of Red Tilapia Oreochromis sp. Cultured at Different Stocking Densities. HAYATI Journal of Biosciences, v.19, n.2, p.73-80, 2012 XU, W. J.; Pan, L. Q.; Zhao, D. H.; Huang, J. Preliminary investigation into the contribution of bioflocs on protein nutrition of Litopenaeus vannamei fed with different dietary protein levels in zero-water exchange culture tanks. Aquaculture, v.350-353, p.147-153, 2012.. 28.

(29) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... 4- ARTIGO CIENTÍFICO. Parte dos resultados obtidos durante o trabalho experimental desta dissertação está apresentado no artigo intitulado “CULTIVO DA TILÁPIA OREOCHROMIS NILOTICUS EM BIOFLOCOS COM DIFERENTES FONTES DE CARBONO”; (manuscrito), que se encontra anexado.. Artigo científico a ser submetido à Revista: Revista Ciência Agronômica - www.ccarevista.ufc.br - ISSN 1806-6690 (on line), 0045-6888 (impresso). Todas as normas de redação e citação, deste capítulo, atendem as normas estabelecidas pela referida revista (em anexo).. 29.

(30) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... 1. Cultivo da tilápia Oreochromis niloticus em bioflocos com diferentes fontes de carbono1. 2. Culture of the tilapia Oreochromis niloticus in biofloc with different carbon sources. 3. Eduardo Cesar Rodrigues de Lima2*, Rafael Liano de Souza3, Pamela Jenny Montes Girao3,. 4. Ítalo Felipe Mascena Braga3, Eudes de Souza Correia3. 5. RESUMO - Este trabalho objetivou avaliar os efeitos da utilização de diferentes fontes de. 6. carbono orgânico na qualidade da água, desempenho de crescimento e aceitabilidade de filés. 7. da tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) cultivada em sistema de bioflocos. O experimento. 8. foi realizado na Estação de Aquicultura da Universidade Federal Rural de Pernambuco,. 9. Brasil, durante 145 dias. Peixes de 72,6±6,83 g foram estocados (35 peixes m-3) em 19. 10. tanques circulares (800 L) em um delineamento experimental inteiramente casualizado, com. 11. três tratamentos envolvendo as fontes de carbono açúcar (AÇU), melaço líquido (MEL) e. 12. melaço em pó (MEP), com cinco repetições cada e um tratamento controle (CTL) sem. 13. bioflocos,. 14. significativamente maior (P≤0,05) nos tanques sem bioflocos devido à ausência de biomassa. 15. bacteriana. O nitrogênio da amônia total (NAT) apresentou diferença estatística (P≤0,05). 16. entre o tratamento AÇU e os demais com bioflocos, exibindo a menor concentração de 2,53. 17. mg L-1. A sobrevivência foi superior a 80%, não havendo diferença estatística entre os. 18. tratamentos (P>0,05), e a produtividade variou de 9,72 (AÇU) a 14,22 Kg m-3 (CTL). 19. (P≤0,05). O consumo de água nos tanques com bioflocos foi 13 vezes menor que o controle. 20. (CTL). Os filés de tilápia oriundos do biofloco com açúcar mostraram ter a preferência dos. 21. avaliadores, com nota 7,77 (gostei moderadamente a gostei muito). As fontes de carbono. 22. utilizadas (melaços e açúcar) podem ser utilizadas no cultivo da tilápia O. niloticus em. 23. bioflocos sem prejuízos à água de cultivo e à produtividade.. com. quatro. repetições.. A. concentração. de. oxigênio. dissolvido. foi. 1 Parte da dissertação de mestrado em Recursos Pesqueiros e Aquicultura do primeiro autor. 2*Autor para correspondência. Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Pesca e Aquicultura, Laboratório de Sistemas de Produção Aquícola, Av. Dom Manuel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, Brasil. e-mail: educesar19@gmail.com. 3 Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Pesca e Aquicultura, Laboratório de Sistemas de Produção Aquícola, Av. Dom Manuel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife, PE, Brasil.. 30.

(31) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... 24. Palavras-chave: Piscicultura. Engorda. Chitralada. Melaço. Açúcar.. 25. ABSTRACT - This study evaluated the effects of using different sources of organic carbon in. 26. water. 27. (Oreochromisniloticus) cultured in bioflocs system. The experiment was conducted at the. 28. Aquaculture Station of the Federal Rural University of Pernambuco, Brazil, during 145 days.. 29. Fish 72.6±6.83 g were stocked (35 fish m-3) in 19 circular tanks (800 L) in a completely. 30. randomized design with three treatments involving the carbon sources as sugar (AÇU), liquid. 31. molasses (MEL) and powder molasses (MEP) with five replicates each, and a control. 32. treatment (CTL) without bioflocs with four replicates. The dissolved oxygen was significantly. 33. higher (P≤0.05) in tanks without bioflocs due to lack of bacterial biomass. Total ammonia. 34. nitrogen (TAN) showed statistical significance (P≤0.05) between the AÇU treatment and the. 35. other with bioflocs, showing the lowest concentration of 2.53 mg L-1. Survival was higher. 36. than 80%, with no statistical difference among treatments (P>0.05), and productivity ranged. 37. from 9.72 (AÇU) to 14.22 Kg m-3 (CTL) (P≤0.05). Water consumption in tanks with bioflocs. 38. was 13 times smaller than the control (CTL). The tilapia fillets coming from biofloc with. 39. sugar shown to have the preference of the evaluators, with 7.77 note (like moderately to like. 40. very much). The carbon sources used (molasses and sugar) can be used in the culture of. 41. tilapia O. niloticus culture in biofloc without damage to the culture water and productivity.. 42. Key words: Fish farming. Growout. Chitralada. Molasses. Sugar.. 43. quality,. growth. performance. and. filletsacceptability. of. Nile. tilapia. INTRODUÇÃO. 44. A melhoria da produtividade é uma das principais prioridades no desenvolvimento da. 45. aquicultura e especificamente da tilapicultura. A intensificação dos sistemas de produção. 46. torna-se a maneira mais fácil de atingir esse objetivo (AVNIMELECH et al. 2008;. 47. PIEDRAHITA, 2003). A piscicultura com tecnologia de bioflocos tem algumas vantagens. 48. sobre a piscicultura tradicional, dentre essas, requer pouca ou nenhuma troca de água, menor. 31.

(32) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... 49. impacto ambiental, reciclagem dos compostos nitrogenados, síntese de biomassa bacteriana e. 50. fornecimento de um alimento complementar altamente nutritivo (AVNIMELECH, 2012).. 51. Para que isso ocorra de forma eficiente, é necessário assegurar uma relação C:N de 15:1. 52. a 20:1 a partir da adição de uma fonte rica em carbono orgânico (AVNIMELECH, 2009;. 53. ASADUZZAMAN et al., 2008). Açúcar, amido, celulose, glicose, acetato, glicerol e farinhas. 54. de trigo, são exemplos de fontes ricas em carbono orgânico (AVNIMELECH, 2009; DE. 55. SCHRYVER et al., 2008). Essas fontes de carbono incluem os álcoois, açúcares, amidos e. 56. fibras, e sua degradação pode levar alguns minutos ou até horas. De acordo com Hargreaves. 57. (2013), o açúcar e o melaço são assimilados rapidamente por bactérias, aumentando a. 58. produção de biofloco em menos tempo. Os carboidratos mais complexos, como milho e trigo,. 59. são metabolizados mais lentamente, e têm a vantagem de proporcionar uma estrutura para. 60. fixação das bactérias, além de requererem um conjunto de enzimas bacterianas para sua. 61. degradação que, quando ingeridas pelos peixes, auxiliam na digestão. Os materiais ricos em. 62. fibras devem ser evitados por que são muito resistentes à degradação (CHAMBERLAIN,. 63. 2001).. 64. As tilápias são perfeitamente adaptadas ao sistema de bioflocos. A capacidade de se. 65. alimentar por filtração da água permite a ingestão dos bioflocos em suspensão, e por ser um. 66. peixe robusto e de rápido crescimento, está adaptado à sistemas bem adensados. 67. (AVNIMELECH, 2011). Várias pesquisas têm sido realizadas com tilápias em sistema de. 68. bioflocos, entre elas, estudos sobre densidades de estocagem na fase de engorda (LIMA et al.,. 69. 2015; WIDANARNI et al., 2012); captação/absorção dos flocos microbianos pelas tilápias. 70. (AVNIMELECH, 2007); efeito das relações C:N na remoção do nitrogênio e produtividade. 71. de tilápias (PÉREZ-FUENTES et al., 2016) e a comparação do sistema de bioflocos com o. 72. sistema de recirculação em aquicultura (LUO et al., 2014).. 32.

(33) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... 73. Desta forma, o estudo objetivou avaliar os efeitos das fontes de carbono orgânico na. 74. qualidade da água, desempenho de crescimento e aceitação de filés da tilápia do Nilo. 75. (Oreochromis niloticus) cultivada em sistema de bioflocos.. 76. MATERIAL E MÉTODOS. 77. O estudo foi desenvolvido na Estação de Aquicultura da Universidade Federal Rural de. 78. Pernambuco, Brasil, durante 145 dias. Foram utilizados 19 tanques circulares de fibra de. 79. vidro com capacidade de 1000 L e volume útil de 800 L, localizados numa área externa com. 80. iluminação natural e cobertos por telas para evitar o escape dos peixes.. 81. O experimento dispôs de um sistema de aeração mantido por um compressor radial (7,5. 82. CV), possibilitando aeração com dois pontos de saída de ar, ambos com pedras porosas. Os. 83. tanques foram abastecidos na proporção de 80 L de água doce com bioflocos (maturada. 84. previamente) e 720 L de água clara. A água clara passou por um filtro de 200 μm e clorada a. 85. 10 ppm de cloro ativo utilizando hipoclorito de sódio, e declorada através de aeração. 86. constante por 24 horas. Nos tanques dos tratamentos com bioflocos não foram efetuadas. 87. trocas de água, sendo efetuada somente a reposição com água doce para compensar as perdas. 88. por evaporação, enquanto que nos tanques controle (água clara) a renovação de água foi. 89. realizada semanalmente (87,5%).. 90. A maturação/preparação do inóculo de biofloco durou 22 dias, e foi realizada em seis. 91. tanques circulares de fibra de vidro com capacidade de 250 L e volume útil de 200 L, os quais. 92. foram abastecidos com água doce filtrada e esterilizada conforme descrito anteriormente.. 93. Foram estocadas cinco tilápias (O. niloticus) com peso médio de 44,0 g em cada tanque,. 94. perfazendo uma biomassa inicial de 1,1 Kg m-3. Esses peixes foram alimentados duas vezes. 95. ao dia com uma ração comercial extrusada (Pirá 36, Guabi®, Brasil) cujos níveis de garantia. 96. são 10% de umidade, 36% de proteína bruta, 6,5% de extrato etéreo, 11% de matéria mineral. 97. e 6% de fibras, a qual foi ofertada duas vezes ao dia numa quantidade correspondente a 5% da 33.

(34) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... 98. biomassa. Para induzir o meio heterotrófico durante a preparação do biofloco, a quantidade de. 99. carbono usada por tratamento foi determinado pelo teor de proteína (%) da ração comercial. 100. utilizada, assumindo que a proteína contém (6,25%) de nitrogênio e que a tilápia excreta 70%. 101. do nitrogênio proteico. Se 1000 g de ração contém 36% de proteína (6,25% de nitrogênio),. 102. têm-se 22,5 g de nitrogênio, dos quais 30% é a fração que poderia ser digerida e transformada. 103. em músculo; 15,75 g de nitrogênio serão excretadas. Para manter uma relação C:N de 15:1,. 104. foi necessário 236,25 g de carbono, sendo fornecido 762 g de açúcar conforme Emerenciano. 105. et al.(2007) e Wasielesky et al.(2006). Ressalta-se que a porcentagem de carbono do açúcar. 106. foi 31% e do melaço 30%. O volume de biofloco transferido para cada unidade experimental. 107. foi realizado de maneira igualitária, representando 10% do volume total do tanque (80 litros).. 108. Alevinos de O. niloticus (1 g), linhagem Chitralada, revertidos sexualmente à machos,. 109. foram adquiridos no Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura da CODEVASF,. 110. Porto Real do Colégio – AL, e aclimatados em dois tanques de alvenaria (3 x 10 x 1,5 m) até. 111. atingirem o peso de 72,6 ± 6,83 g. Ao serem transferidos para os tanques de cultivo numa. 112. densidade de 35 peixes m-3, adotou-se um delineamento experimental inteiramente. 113. casualizado, com três tratamentos envolvendo as fontes de carbono açúcar (AÇU), melaço. 114. líquido (MEL) e melaço em pó (MEP), com cinco repetições cada e um tratamento com. 115. sistema de cultivo em água clara, sem bioflocos denominado controle (CTL), com quatro. 116. repetições.. 117. Os peixes foram alimentados inicialmente com ração comercial extrusada (Pirá 36,. 118. Guabi®, Brasil) e após atingirem o peso médio de 250 g com a (Pirá 32, Guabi®, Brasil). 119. cujos níveis de garantia foram 8% de umidade, 32% de proteína bruta, 6,5% de extrato etéreo,. 120. 10% de matéria mineral e 7% de fibras. A ração foi ofertada três vezes ao dia, às 08:00, 13:00. 121. e 17:00 horas. Foram realizadas biometrias semanais com o objetivo de avaliar o crescimento. 122. dos peixes e ajustar a quantidade de ração a ser fornecida de acordo com a biomassa (g) em. 34.

(35) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... 123. cada tanque. Este acompanhamento foi realizado pela pesagem e mensuração de 28,5% da. 124. população de cada unidade experimental, utilizando balança digital (±0,01 g) e ictiômetro. A. 125. taxa de alimentação variou de 4,0 a 2,7% do peso vivo/dia ao longo do experimento.. 126. A qualidade da água foi estimada com base nas variáveis físicas e químicas:. 127. temperatura (ºC), oxigênio dissolvido (mg L-1) e pH, mensuradas duas vezes ao dia, às 08:00. 128. e 17:00 horas, utilizando sonda oxímetro YSI 550-A e pHmetro YSI pH100 (YSI Inc.,Yellow. 129. Springs, OH, USA). Amostras de água de cada tanque foram coletadas semanalmente para. 130. análises do nitrogênio da amônia total (N-NH3 + N-NH4), nitrogênio do nitrito (N-NO2) e. 131. alcalinidade (CaCO3). Quinzenalmente foram mensurados o nitrato (NO3), ortofosfato (PO4-3). 132. e os sólidos suspensos totais. As amostras foram analisadas através de espectrofotômetro. 133. digital Hach DR 2800 (HachCompany, Colorado, USA). A adição de bicarbonato de sódio. 134. (NaHCO3) para corrigir a alcalinidade da água de cultivo foi realizada semanalmente.. 135. A manutenção do biofloco foi realizada diariamente aplicando as fontes de carbono. 136. orgânico nos respectivos tanques, como substrato para o desenvolvimento das bactérias e. 137. controle dos níveis de amônia. A quantidade foi calculada com base na relação C:N de 6:1,. 138. considerando o nitrogênio amoniacal dissolvido na água de cultivo conforme Avnimelech,. 139. (1999) e Samocha et al. (2007).. 140. O volume dos sólidos sedimentáveis (mL L-1) foi analisado semanalmente, onde. 141. amostras de um litro de água de cada unidade experimental foram transferidas para cones de. 142. Imhoff e após 40 minutos de descanso, o volume correspondente a estes sólidos foi medido.. 143. Adotou-se como nível ideal de sólidos sedimentáveis em torno de 30 mL L-1. 144. (AVNIMELECH, 2012). O controle desse nível foi realizado através da utilização de tanques. 145. de sedimentação conectados aos tanques de cultivo (RAY et al., 2010). O consumo de água. 146. foi registrado ao longo do cultivo. Esses resultados foram expressos em metros cúbicos (m 3) e. 147. foi feito uma relação entre o consumo de água e a biomassa produzida (m3 Kg-1).. 35.

(36) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... 148. Ao final do experimento, todos os peixes foram insensibilizados e abatidos por choque. 149. térmico com água e gelo (~ 4 ºC). Logo em seguida, foram quantificados e pesados para. 150. determinação do peso final, ganho de peso, ganho de peso diário, taxa de crescimento. 151. específico, taxa de sobrevivência, fator de conversão alimentar e produtividade. Todos os. 152. peixes foram filetados e os filés etiquetados, embalados e estocados refrigerados a 7 ºC. Após. 153. trinta dias, os filés foram submetidos a teste afetivo de aceitação do atributo aparência. 154. (MEILGAARD et al., 1999). Dois filés de um mesmo tratamento (uma amostra) foram. 155. servidos monadicamente em ordem aleatória. O teste foi realizado por 30 provadores não. 156. treinados que avaliaram cor, odor e aparência global, utilizando escala hedônica de 9 pontos. 157. (1 - desgostei muitíssimo a 9 - gostei muitíssimo). Amostras do biofloco e dos filés de peixe. 158. de cada tratamento foram enviadas ao CBO Análises Laboratoriais (Rio de Janeiro), para. 159. realizar a análise de composição centesimal dos seguintes itens: umidade, proteína bruta,. 160. lipídeos, cinzas e fibra bruta.. 161. Os testes de normalidade de Shapiro-Wilk e de homocedasticidade de Bartlett, ao nível. 162. de significância de 5%, foram utilizados. Constatando-se a normalidade da amostra e a. 163. homogeneidade das variâncias foi aplicado a Análise de Variância de umavia (ANOVA) nas. 164. variáveis fisícas e químicas de qualidade da água e desempenho dos peixes. Quando. 165. constatada diferença estatística, a ANOVA foi complementada pelo teste de comparação de. 166. médias de Tukey, ao nível de significância de 5%. O teste não paramétrico de Kruskal-Wallis. 167. foi utilizado nos dados da análise sensorial. Os dados de sobrevivência foram transformados. 168. para arcsen x0,5 antes das análises (ZAR, 1996). Todos os dados foram analisados usando o. 169. programa BioEstat 5.0.. 170. RESULTADOS E DISCUSSÃO. 171. Os resultados das variáveis físicas e químicas da água estão apresentados na Tabela 1. A. 172. temperatura e o pH apresentaram diferenças entre os tratamentos (P<0,05). A temperatura da. 36.

(37) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... 173. água esteve dentro do conforto térmico ideal para tilápia. De acordo com Kubitza (2011), para. 174. um ótimo crescimento da tilápia a faixa de conforto térmico ideal está entre 27 e 32 ºC e o pH. 175. deve ser mantido entre 6,00 a 8,50.. 176 177. Tabela 1 - Valores médios ± desvio padrão (mínimo - máximo) das variáveis de qualidade da água do cultivo de O. niloticus em bioflocos com diferentes fontes de carbono Tratamentos Variáveis. ANOVA (Valores de F). MEP. MEL. AÇU. CTL. 27,98±1,39ab (24,0-32,0). 28,08±1,36a (24,0-31,0). 27,85±1,26bc (24,0-30,0). 27,82±1,26c (25,0-31,0). 23,1608*. Oxigênio dissolvido (mg L-1). 4,56±1,08a (1,3-7,12). 4,49±0,98a (1,07-7,68). 4,82±0,95b (1,39-6,93). 5,25±0,85c (2,46-7,71). 220,7917*. pH. 7,46±0,29a (6,4-8,2). 7,27±0,41b (5,86-8,23). 7,41±0,41b (5,61-8,42). 7,60±0,39c (6,25-8,74). 246,7909*. 128,80±38,83a (44,0-272,0). 93,49±27,05b (40,0-196,0). 99,33±27,18b (32,0-200,0). 101,46±30,89ab (24,0-200,0). 4,1627*. NAT (mg L-1). 7,17±2,75a (0,25-14,9). 4,33±2,04ac (0,10-13,7). 2,53±1,28b (0,00-9,2). 2,84±1,41bc (0,08-11,0). 33,3903*. N-NO2 (mg L-1). 0,82±0,81a (0,02-5,69). 0,74±0,48a (0,03-5,65). 2,30±3,52a (0,01-48,8). 1,49±2,74a (0,01-15,0). 2,0572ns. NO3 (mg L-1). 145,07±78,55a (2,4-294,0). 127,37±56,94a (9,0-272,0). 113,27±64,54a (0,8-256,0). 27,66±20,89b (0,8-224,0). 7,7748*. Ortofosfato (mg L-1). 60,28±35,68a (4,65-260,0). 67,19±49,84a (2,1-271,0). 66,13±51,21a (1,1-272,0). 26,38±24,86a (2,95-149,0). 2,1327ns. SS (mL L-1). 43,16±19,84a (7,0-120,0). 39,45±18,65a (2,0-98,0). 35,88±14,84a (7,0-85,0). -. 0,7847ns. SST (mg L-1). 895,89±489,86a (276,54-1486,1). 783,57±456,57a (280,60-1479,9). 616,38±320,98a (249,69-1121,81). -. 1,1327ns. Temperatura (ºC). Alcalinidade (mg L-1). 178 179 180 181. NAT - Nitrogênio da amônia total; N-NO2 - Nitrogênio do nitrito; NO3 - Nitrato; SS - Sólidos sedimentáveis; SST - Sólidos suspensos totais. Valores na mesma linha, com letras diferentes apresentam diferença estatística significativa entre os tratamentos (p≤0,05). ns - não significativo, * - significativo a 5% pelo teste F. 182. A concentração de oxigênio dissolvido nos tanques variou de 1,07 a 7,71 mg L-1. Para. 183. os tratamentos MEP, MEL, AÇU e CTL, as respectivas médias foram 4,56; 4,49; 4,82 e 5,25. 184. mg L-1. O tratamento controle apresentou nível de oxigênio dissolvido significativamente. 185. maior (P≤0,05) que os tratamentos com fontes de carbono, devido possivelmente à ausência. 186. de biomassa bacteriana que está presente nos tanques com bioflocos, bem como da atividade. 187. fotossintética, embora em menor escala no meio de cultivo. Essa grande variação na. 188. concentração do oxigênio (1,07-7,71 mg L-1), deveu-se principalmente à queda de rendimento 37.

(38) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... 189. no sistema de aeração, que foi posteriormente solucionado pela substituição de um outro. 190. compressor. Avnimelech (2011) sugere que a concentração mínima de oxigênio dissolvido na. 191. tilapicultura em bioflocos seja de 4 mg L-1.. 192. A alcalinidade total variou de 24,0 a 272,8 mg L-1 de CaCO3, apresentando médias para. 193. CTL, MEP, MEL e AÇU de 101,46, 128,8, 93,49, 99,33mg L-1 de CaCO3, respectivamente.. 194. Não houve diferença estatística entre os tratamentos AÇU, MEL e CTL, entretanto houve. 195. diferença significativa entre o MEP e os demais tratamentos com bioflocos (AÇU e MEL). 196. (P<0,05). Ebeling et al. (2006) recomendam alcalinidade de 150 mg L-1 CaCO3 com. 197. tecnologia de bioflocos. Os mesmos autores afirmam que o consumo da alcalinidade por. 198. bactérias heterotróficas, como fonte de carbono (3,57 g g-1 nitrogênio amoniacal), ainda que. 199. de forma moderada, é um aspecto importante em sistemas com troca de água limitada, sendo. 200. necessária a adição de carbonatos para manter a alcalinidade em níveis aceitáveis.. 201. Azim & Little (2008) ao comparar a qualidade da água em sistema com e sem biofloco,. 202. obtiveram uma variação da alcalinidade de 8 a 250 e de 18 a 27 mg L-1 de CaCO3,. 203. respectivamente, indicando que o sistema de bioflocos reduz a capacidade de tamponamento. 204. da água, o que requer constantes adições de corretivos.. 205. As concentrações dos compostos nitrogenados dissolvidos (NAT, N-NO2 e NO3) e do. 206. ortofosfato durante os 145 dias de cultivo estão apresentados na Figura 1. O nitrogênio da. 207. amônia total (NAT) apresentou médias de 7,17; 4,33; 2,53 e 2,84 mg L-1, respectivamente nos. 208. tratamentos MEP, MEL, AÇU e CTL. A menor concentração do NAT foi obtida no. 209. tratamento AÇU, que diferiu significativamente do MEP e do MEL (P≤0,05), porém não. 210. diferiu do controle (P>0,05). A concentração máxima do NAT (Figura 1A) foi de 14,9 mg L-1. 211. no tratamento com melaço em pó, o que corresponde a uma concentração de amônia toxica,. 212. não ionizada, de 0,54 mg L-1 de N-NH3, estando abaixo da concentração letal (mg L-1N-NH3). 213. estimada por El-Sherif (2008). Ainda na Figura 1A, é possível observar que a concentração. 38.

(39) LIMA, E. C. R. Diferentes fontes de carbono no cultivo intensivo da tilápia... 214. média da amônia no tratamento Açúcar, a partir da 3a semana do cultivo, permaneceu estável. 215. e bem abaixo se comparado com os demais tratamentos com bioflocos.. 216. O nitrito é um produto intermediário do processo de nitrificação e desnitrificação, tendo. 217. seu acúmulo de maneira comum em sistemas aquícolas intensivos. Durante o cultivo esta. 218. variável apresentou valores médios de 1,49; 0,82; 0,74 e 2,30 mg L-1 de N-NO2, nos. 219. tratamentos CTL, MEP, MEL e AÇU, respectivamente, não havendo diferença estatística. 220. entre os tratamentos (P>0,05).O nitrito permaneceu em níveis baixos, apresentando as. 221. maiores concentrações na quarta e oitava semana. O primeiro pico na concentração de nitrito. 222. corresponde a 4ª semana em todos os tratamentos (Fig. 1B), o que sugere a ação de bactérias. 223. Nitrossomonas que converteram a amônia acumulada na 2ª - 3ª semana. O segundo pico. 224. registrado na oitava semana foi um caso isolado em apenas um tanque do tratamento AÇU,. 225. devido a elevação da concentração de nitrito em um dos tanques para 48,8 mg L-1 de N-NO2.. 226. Deve-se ressaltar que essa concentração máxima equivale a aproximadamente 160,5 mg L-1. 227. de NO2, sendo cinco vezes superior a concentração letal estimada para tilápia do Nilo por. 228. Yanbo et al. (2006). Estes autores observaram que concentrações acima de 28,1 mg L-1 de. 229. NO2 podem causar 50% de mortalidade à alevinos de tilápia após 96 horas de exposição.. 230 231 232. Figura 1 - Variação dos compostos nitrogenados (A- nitrogênio da amônia total, Bnitrogênio do nitrito, C- nitrato) e do ortofosfato (D) durante 145 dias de cultivo da tilápia O. niloticus em bioflocos com diferentes fontes de carbono. 14. MEP. AÇU. CTL. MEL. A.. 250. MEP. AÇU. MEL. C.. 225. 12 Nitrato (mg L-1 NO3). Amônia total (mg L-1 N-NH3+N-NH4). CTL. 10 8 6 4. 200 175 150 125 100 75 50. 2. 25. 0. 0 1. 3. 5. 7. 9. 11. 13. 15. 17. 20. 1. 3. 5. 7. 9. 11. 13. 15. 17. 21. 39.

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