Variação e Evolução
Cromossômica:
Variação Cromossômica
• Os cariótipos não são estruturas estáveis, • Em praticamente todas as spp há variações
que desempenham um papel importante na evolução destas;
Variação Cromossômica
• Pode ocorrer entre diferentes céll do mesmo organismo, entre diferentes indivíduos da
mesma spp, e entre pop. Diferentes da mesma spp.
• EX. homem
Variação Cromossômica
2n 2n n
Essa variação faz parte da programação genética da espécie e é encontrada em todos os Indivíduos e populações desta espécie
Variação Cromossômica
• As variações não programadas são as mutações crs
• Podem ser vantajosas, desvantajosas ou neutras • Desvantajosas= rapidamente eliminadas, sem
significado evolutivo
Ex. trissomia do crs 21, em pop primitivas, estes indivíduos
não atingiam a idade reprodutiva – cariótipo rapidamente eliminado
Variação Cromossômica
• Variações neutras ou vantajosas são
transmitidas aos descendentes, contribuindo para a variação cariotípica natural das
espécies = Polimorfismo cromossômico
Existência de 2 ou + formas diferentes para um mesmo crs.
CAPANNA et al 1969 Rattus rattus Brasileiro, de origem oceânica : 2n=38 Rattus rattus Ceilânica-paquistanesa – 2n=40 Asiática – 2n=42 É a mesma espécie: polimorfismo crs estrutura e numérico, intrapopulacional e interpopulacional
Variação Cromossômica
1. Numéricas: compreendem as haploidias, poliploidias, aneuploidias, disploidias,
agmatoploidias e crs B;
mais visíveis, com efeito mais drástico para o indivíduo e evolução da espécie.
2. Estruturais: incluem deleções, duplicações, inversões, transposições, translocações e
• Numérica: – Aneuplóide • Monossomia • Trissomia, tetrassomia... • disploidias, • agmatoploidias • crs B; – Poliplóide • Triploidia • Tetraploidia • Hexaplóide
• Ex. trigo tetraploide (2n=28), hexaplóide (2n=42)
Variações no nível de poliploidia nos
ciclos vitais
• Em animais a fase haploide é sempre
unicelular (gametas), (exceto na determinação sexual haplodiploide ♂)
• Fungos – fase haplóide dominante
– Basiodiomicetos – dicárion: dois núcleos haplóides em uma mesma céll.
Em dado momento os núcleos se fusionam zigoto
Mitose ou meiose restauram a condição haplóide
Variações no nível de poliploidia nos
ciclos vitais
• Algas: grande extensão relativa da fase haploide e diploide;
• Correlação perfeita entre extensão da fase diploide e complexidade do organismo
• o estado diploide oferece maiores facilidades adaptativas e evolucionárias que o haploide. n n n n
Haploidia como alteração crs
• Excepcional/e na natureza
– Drosófilas, milho, tomate – fertilidade e viabilidade reduzidos
• Em cultivo
– Cultura de embriões haploides: polens
uninucleados choque de temperatura induz mitoses forma uma massa de células haploides:
calo indução da diferenciação em planta
Podem ser posteriormente diploidizadas (colchicina)
Vantagem: esporófitos obtidos são homozigotos para todos os loci, o que dificilmente é obtido por métodos convencionais.
Poliploidia
• Euploidia: presença de conjunto haploide completo ou múltiplos inteiros deste conj.
• Variação crs dominante na evolução vegetal e de alguns invertebrados.
• Muito vistos em spp cultivadas
Ex. gênero Citrus são diploide 2n=18. Em plantações encontra-se com certa frequência indivíduos poliploides
(2n=78, 36, 54)
Pouco vistos na natureza,
provavelmente levam desvantagem competitiva
Poliploidia
• Há tb poliploides silvestres com
adaptabilidade igual ou mesmo superior.
Caesalpinia ferrea – jucá ou pau ferroso do Nordeste, uso medicinal
Diploides - 2n= 24 tetraploide 2n-48 - morfologicamente idênticos e bem adaptados
Poliploidia
• Muito comum em plantas e raro em vertebrados;
Odontophrynus americanus ROSSET et al 2006
Odontophrynus americanus Odontophrynus lavillai
Odontophrynus cordobae
triploid specimen
O. americanus with 1 Bchromosom O. americanus with 5 B-chromosomes
Poliploidia
• A maioria dos poliploides conhecidos são espécies isoladas
No Brasil há apenas 2 spp de Emilia
Emilia sonchifolia
Emilia sagittata
diploide: 2n=10
Poliploidia
• Principais características:
1) apresentam, em geral, área de distribuição mais extensa que seus parentes haploides;
2) Devido ao aumento no número de crs, há um aumento no volume celular e de vários órgão da planta
maior adaptabilidade e tamanho dos órgãos : ideal para plantas cultivadas.
FIG. 3. Photomicrographs of erythrocytes of (A) diploid O. cordobae; and (B) tetraploid
Odontophrynus americanus . Both are at the same magnification (3 5000).
ROSSET et al 2006
Origem dos poliploides
• Erro meiótico (não redução cromossômica) • Endomitose de uma célula precursora de
meiose
2n 2n
2n
n 3n
Origem dos poliploides
• Autopoliploides = várias cópias de um único genoma
• Alopoliplóides = cópias de 2 ou + genomas distintos (hidridização)
A’ A B C Genomica/e Idênticos Pareamento genômico nos híbridos AUTOPOLIPLÓIDE Genomas completa/e diferentes ALOPOLIPLÓIDE ALOPOLIPLÓIDE SEGMENTAR Genomas com Homologia parcial ↑ Formam quadrivalente na metáfase I: estéreis – raros na natureza
AUTOPOLIPLÓIDE
• Genoma A + Genoma A’ • Poliploidização = AAA’A’
• Autopoliplóides formam apenas quadrivalente na meiose, e na anáfase não se segregam
regularmente,
• gametas com número variável de crs consequentemente estéreis.
AUTOPOLIPLÓIDE MOSTRANDO TETRAVALEN TES
• Genoma A + Genoma B = AB
Sem poliploidização
• Não encontra homólogo durante a metáfase I – forma somente univalentes
– Total ou parcialmente estéril
Alopoliplóide verdadeiro
• Genoma A + Genoma B = AB
• Se este híbrido sofrer poliploidização = AABB
– Formará bivalente na meiose reprodução normal
– Alopoliplóides verdadeiros são raros na natureza : spp sem homologia crs nenhum provavel/e são tão diferentes ecologica e fisiologica/e que não se cruzam.
Alopoliplóide segmentar
• Genoma A+ Genoma C (parcialmente distintos)
• = AACC
• A formação de tetravalentes seria reduzida
pelos segmentos não homólogos = fertilidade quase normal
• Caso mais frequente na evolução :
hibridização é mais comum entre subespécies ou espécies muito próximas.
Genes
• Sabe-se que existem, a menos em alguma
espécies, genes que controlam o pareamento
de homeólogos
• Homeólogos: crs equivalentes entre espécies
diferentes e que derivam de um cariótipo ancestral comuma
• Esses genes inibem a formação de
multivalentes, tornando a sp. híbrida viável • Ex. Triticum aestivum
Alopoliploide segmentar, onde todos os crs comportam-se com bivalentes na meiose. Genes no crs 5 impedem o pareamento de homeólogos
Poliplóides Induzidos
• Também podem ser obtidos artificialmente: + de 1000 híbridos já foram produzidos artificial/e
Rabanete: Raphanus sativum, 2n=18 Repolho: Brassica oleracea, 2n=18
Sem afinidade cromossômica= gametas não reduzidos (18crs) Híbrido 36 crs Raphanobrassica AABB
Poliplóides Induzidos
• Triticale =induzido com colchicina- Trigo X Centeio
– Reúne a qualidade nutricional e de panificação do trigo e a maior tolerância a seca, resistência a
Poliplóides Induzidos
• Fusão de protoplasto = cell sem parede celular • Cultiva-se protoplastos de spp. diferentes em
condições apropriadas fusão cell híbrida diploide ou tetraploide
• Formação de calos diferenciação em plantas adultas híbridas
Poliplóides Induzidos
• Podem ser induzidos para evitar a esterelidade ou para provocá-la.
• Casos onde a esterilidade é vantajosa
comercialmente: aumenta o tamanho da fruta e elimina sementes
Êxito dos Poliploides
• Invertebrados hermafroditas ou partenogenéticos a poliploidia é muito frequente
• Pteridófitas e angiospermas, ↑↑ frequência de polip.
• Gramíneas, p.ex., 70% das spp. são poliploides • Muito raros em vertebrados, especialmente em
mamíferos
1) equilíbrio gênico: Em alguns organismos, o equilíbrio gênico é tão delicado que não
toleram dosagens extras de seus crs.
• Ex. Humanos: poliploidia é a alteração crs mais frequente ao nível de zigoto – aborto espontâneo. Cerca de 20% dos abortos são triploides e 6% tetraploides
Triploidia humana – incompatível com a vida
Rara/e nasce uma criança triploide com vida, morre em poucas horas ou dias + Rara/e ainda vivem meses, altamente inviáveis e irreprodutíveis
Êxito dos Poliploides
São mais comuns em determinados grupos. P q? 2) Capacidade reprodutiva: o poliploide recém
formado deve ser capaz de se reproduzir, ou não terá importância reprodutiva;
Há condições que favorecem a perpetuação de poliploides:
- Formação de bivalentes na meiose; - Capacidade de autofecundação
- Ausência de crs sexuais - Reprodução vegetativa
ANEUPLOIDIA
• Alteração de cariótipo que ganha ou perde um ou poucos crs.
• Ex. milho – 2n=20, esporadica/e há indivíduos com 2n=21 ou 2n=19.
ANEUPLOIDIA
1) Não disjunção dos crs homólogos, geralmente na meiose I
2) Descolamento das cromátides durante anáfase I ou II.
esta cromátide retardatária pode ser incluída em um dos núcleos ou isolar-se formando um micronúcleo, que será
ANEUPLOIDIA
• Cromátides retardatárias: também pode ser um mecanismo natural da espécie – geneticamente programado para eliminação crs na mitose
• Insetos tem em cell somáticas, número menor de crs que a linhagem germinativa – retardo anafásico
• Fungos – ciclo parassexual – passagem do estado 2n para n – sucessivas eliminações crs.
também pode ser uma variação não programada, comum em céll câncer (hipodiploidia)
Mosaico X Quimera
• Indivíduo com linhagens celulares com genomas distintos
• Mosaico= formado a partir de uma única célula inicia (zigoto), que sofre mutação gerando 2 linhagens distintas
• Quimera=duas ou mais células distintas (2 zigotos) que se unem formando 1 único indivíduo
Lydia Fairchild (USA): quando exigiu teste de DNA para exigir pensão do ex-marido, descobriu que não era mãe dos f ilhos que pariu
Descobriu que possuia quimerismo, com DNAs diferentes em diferentes partes do corpo
https://www.youtube.com/watch?v=jQJMH4W hYrM
ANEUPLOIDIA EM HUMANOS
Síndrome de Patau ou
Síndrome da trissomia 13
ANEUPLOIDIA EM HUMANOS
Síndrome de Klinefelter ou Síndrome
ANEUPLOIDIA EM HUMANOS
Síndrome de Turner ou Síndrome X0
ANEUPLOIDIA EM HUMANOS
Disploidias
• Redução ou aumento do número crs sem haver alteração quantitativa ou mesmo qualitativa do material hereditário
Disploidia
Disploidias
• Aparentemente tiveram uma importância maior para a evolução que as aneuploidias;
• Ex. em roedores, há grande variação numérica intra e interespecífica, sem grandes alterações no conteúdo genômico.
Akodon arviculoides apresentam 2n=14 ou 2n=15. Anáfase I????
AGMATOPLOIDIA
• Espécies com cinetócoro difuso, cada vez que um crs sofre uma quebra, os fragmentos
geram novos crs independentes.
Ciperácea Carex, todos os números crs são conhecidos entre n=8 e n=56.
Lepidopteros – maior número conhecido de crs em animais ( n=7 até n= cerca de 220)
AGMATOPLOIDIA
• Tityus bahiensis – 2n=6 até 2n=19.
Parascaris equorum – zigoto tem somente 2crs, e nas linhagens somáticas estes
CROMOSSOMO B
• Os crs normais do cariótipos são ditos crs A; • Podem aparecer também crs extra, pqn e
heterocromáticos, chamados crs B, crs supranumerários ou crs acessórios;
• nas spp. que os possuem, seu n° mt variável; • Ex. milho: 2n=20 até 2n=54 ( 20A + 34B).
CROMOSSOMO B
• Variação de n° deve-se a formação de univalente, migração preferencial, retardo anafásico ou
raramente por pareamento com crs A
• Pode variar dentro do mesmo organismo.
• São mantidos por mecanismos genéticos nos organismos - importância
• Interferem em características críticas para a sp, como o pareamento dos homólogos A, a
frequência dos quiasmas e fertilidade dos gametas
MINICROMOSSOMOS DUPLOS (DM)
• DOUBLE MINUTES
• São crs no formato de 2 esferas (a cromátides irmãs) de 0,3 a 0,5µm.
• Variam amplamente por células em n°, de dezenas a mil.
• São eucromáticos
• Origem não esclarecida indícios que venham de crs normais amplificados
• Ocorrencia somente em cell somáticas, quase sempre tumorosas, sem significado evolutivo.