• Nenhum resultado encontrado

CONIC-SEMESP

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "CONIC-SEMESP"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

TÍTULO: LOMBALGIA NA POSTURA SENTADA E A RELAÇÃO COM A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): ELAINE CYPRIANO DOS SANTOS AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): PAULO DANIEL SABINO CARRARA ORIENTADOR(ES):

(2)

1

1. RESUMO

A dor na região lombar ou lombalgia como é chamada é um sintoma que acomete indivíduos de ambos os sexos, idade, sendo de etiologia multifatorial, podendo incapacitar temporariamente ou definitivamente a execução de atividades. A atividade física define – se como qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, sendo, portanto, voluntario, e resultando em gasto energético maior do que os níveis de repouso. O objetivo é verificar o surgimento de lombalgia na postura sentada e relacionar com a prática de atividade física. Foram investigados 30 indivíduos, sendo 27 mulheres e 3 homens, com idade entre 18 a 62 anos. Os dados foram coletados mediante um questionário especificamente formulado para este trabalho. Para a analisar os dados, utilizou-se levantamento da frequência, porcentagem, média e desvio padrão. Obteve-se, assim, que, 19 funcionários investigados sentem dor lombar, e 16 dos funcionários investigados praticam algum tipo de atividade física. Observou-se que a lombalgia é decorrente da postura sentada nos indivíduos avaliados. Dos pesquisados os que mais sentiam dor eram os mesmos que não praticavam ou praticavam pouca atividade física. Conclui-se que a prática de atividade tem influência positiva para a prevenção de dor lombar.

2. INTRODUÇÃO

A dor na região lombar ou lombalgia como é chamada é um sintoma que acomete indivíduos de ambos os sexos, idade, sendo de etiologia multifatorial, podendo incapacitar temporariamente ou definitivamente a execução de atividades. A duração do quadro clínico da lombalgia pode ser classificada nas categorias de aguda (duração menor do que seis semanas), subaguda (seis a doze semanas) e crônica (mais de doze semanas). Podendo também ser classificada como primária ou secundária, com ou sem comprometimento neurológico; mecânico – degenerativa; não mecânica; inflamatória; infecciosa, metabólica, neoplástica ou secundária a repercussão de doenças sistêmicas (HELFENSTEIN e GOLDENFUM, 2010). A dor lombar pode surgir quando a coluna não consegue mais suportar cargas fisiológicas impostas a ela, principalmente, durante más posturas por tempo prolongado.

(3)

2 atingem os trabalhadores na idade mais produtiva, resultando em diminuição do ritmo de trabalho ou afastamento do mesmo (SANCHES, 2015). As causas mais comuns da lombalgia incluem má postura, desequilíbrio das estruturas passivas osteo - ligamentares, posturas hipocinéticas e atividade muscular, o que resulta na instabilidade do complexo lombo – pélvico e quadros dolorosos a ela relacionados (LEMOS,2010).

A presença de problemas psicológicos, como depressão ou outros distúrbios emocionais, em muito tem a ver com manifestações dolorosas crônicas e incapacidades (BRÉDER et al., 2006). Independentemente das causas, a dor lombar atinge níveis epidêmicos, acometendo de 50% a 80% da população em geral pelo menos uma vez na vida.

As lombalgias inespecíficas representam 80% de todos os casos registrados em adultos e acometem principalmente indivíduos entre 20 e 55 anos. (HELFENSTEIN e GOLDENFUM, 2010).

A lombalgia aguda, na maioria das vezes é autolimitada, cerca de 90% dos pacientes se recuperam espontaneamente, 60% retornam função habitual em torno depara as suas funções no prazo de um mês e 30% a 60% dos pacientes podem apresentar recidiva da dor em um ano a dois anos. No caso da lombalgia subaguda os pacientes retornam à função habitual em até três meses. A lombalgia crônica ocorre em somente 8% dos casos, compromete a produtividade e tem maior dificuldade de se resolver por completo. Em um estudo feito no Brasil,76,7% dos indivíduos com dor lombar crônica apresentaram quadro álgico em intensidade que comprometia a realização das atividades laborais (HELFENSTEIN e GOLDENFUM, 2010).

A postura saudável é aquela em que a pessoa consegue manter – se com o mínimo de esforço muscular para estabelecer a sua própria forma de sustentação. Porém, por outro ângulo, a postura estereotipada pode aumentar a pressão sobre os elementos corporais e a sua distribuição sobre as estruturas tornando– se menos capazes de sustenta-lo, causando assim, possíveis alterações posturais, dores e lesões (SOMEKAWA e COCKELL, 2013).

(4)

3 postura sentada, pois esta é responsável por modificações no estado e tensão normal do músculo. Já é amplamente aceito que o simples fato de permanecer sentado em postura inadequada provoca alterações na coluna vertebral com o aumento de 30% quando comparada com a posição em pé em decorrência do músculo psoas maior, que atua como estabilizador da coluna.

Devido aos avanços tecnológicos, a postura sentada está sendo cada vez mais utilizada, quando permanecem longos períodos sentadas, trabalhando, estudando, assistindo televisão, viajando, dentre outras atividades. A postura sentada, quando mantida de maneira inadequada pode gerar desconfortos momentâneos como formigamentos em algumas regiões do corpo e, em longo prazo, processos degenerativos e hérnias discais, entre outros (KUNZLER e NOLL, 2014).

No Brasil, o esporte e a prática de exercícios físicos, responsáveis indiretos por tantas mudanças, foram introduzidos pelos migrantes e por alguns representantes das oligarquias em contado com as modas européias.

A prática de atividade física vem sendo citada como um dos componentes mais importantes para uma boa qualidade de vida na sociedade contemporânea. Dia –a – dia, mulheres e homens vêm demonstrando uma enorme preocupação na busca de objetivos que enveredem por caminhos do prazer, da satisfação e do bem-estar (SABA, 1998).

A atividade física define – se como qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, sendo, portanto, voluntario, e resultando em gasto energético maior do que os níveis de repouso (GUISELINI, 2006).

A atividade física pode ser classificada em não estruturada e estruturada. A atividade física não estruturada, inclui as atividades comuns do dia- a – dia, como caminhar, andar de bicicleta, subir escadas, passear com o cachorro e várias ocupações domésticas. Já a atividade física estruturada, é um programa planejado de atividades físicas, geralmente planejado para aumentar o condicionamento físico, denominado também exercício (GUISELINI, 2006).

A atividade física é um dos métodos mais simples e eficazes para reduzir alguns problemas relacionados à saúde dentre eles o estresse, pois o corpo retorna ao

(5)

4 equilíbrio natural e o indivíduo sente – se mais relaxado (BARRETO e BRANCO, 2000). A atividade física possibilita o controle do estresse, reduzindo a adrenalina produzida pela tensão das preocupações do dia –a – dia.

É bem provável que os hábitos de atividade física adquiridos na infância possam influir no nível de atividade física na fase adulta. A prática regular de atividade física demonstra consistentemente uma relação inversa com enfermidades cardíacas e tem um efeito positivo na qualidade de vida e em outras variáveis psicológicas, sendo que estas últimas tem uma associação importante com o nível de atividade física (MATSUDO et al., 1998).

A prática de atividade física diminui o risco de aterosclerose e suas consequências (angina, infarto do miocárdio, doença vascular cerebral), ajuda no controle da obesidade, da hipertensão arterial, do diabetes, da osteoporose, das dislipidemias e diminui o risco de afecções osteomusculares e de alguns tipos de câncer (colo e de mama). Contribui ainda no controle da ansiedade, da depressão, da doença pulmonar obstrutiva crônica, da asma, além de proporcionar melhor autoestima (ALVES et al., 2005).

3. OBJETIVOS

Este projeto tem como objetivo verificar o surgimento de lombalgia na postura sentada e relacionar com a prática de atividade física.

4. METODOLOGIA

Este estudo é do tipo qualitativo, a forma de coleta é através de perguntas, questionário. A amostra foi composta por 30 indivíduos entre 18 e 62 anos, ambos os sexos. A população do estudo foi composta por funcionários operadores de Telemarketing de uma empresa de Call Center localizada na Vila Matilde e funcionários públicos da Subprefeitura Freguesia/Brasilândia localizada na Cachoeirinha, ambos de São Paulo.

(6)

5 Os indivíduos que praticam tanto atividade física estruturada, como não estruturada, ou seja, fazem academia, caminhada, fazem tarefas diárias do dia-a-dia e praticam esporte. Com a frequência de três a cinco vezes na semana, por no máximo de uma hora por dia. Todos de classe média a baixa, com o segundo grau completo.

Participaram da amostra os indivíduos que praticam algum tipo de atividade física e que tem algum grau de lombalgia. Os que não apresentaram nenhum grau de dor na coluna vertebral foram excluídos da pesquisa.

5. DESENVOLVIMENTO

Para a avaliação do nível de atividade física foi utilizado o QUESTIONÁRIO IPAQ CURTO da celafiscs. Optou –se por analisar o questionário IPAQ CURTO DA CELAFISCS de autoadministração em seu formato curto, por ser a versão mais frequente sugerida para a utilização. Essa versão é composta por seis questões abertas e suas informações permitem estimar o tempo despendido por semana em diferentes dimensões de atividade física (caminhadas e esforços físicos de intensidades moderadas e vigorosas) e de inatividade física (posição sentada) e o QUESTIONÁRIO OSWESTRY PARA AVALIAÇÃO DA DOR LOMBAR sendo uma ferramenta composta por dez perguntas a serem assinaladas. Ambos os questionários contêm as mesmas perguntas para todos os voluntários.

Para a aplicação do IPAQ e do OSWESTRY os participantes estavam reunidos em

seus respectivos setores. Os participantes do estudo receberam o questionário com

instruções e recomendações para o seu preenchimento e as eventuais dúvidas manifestadas pelos participantes. Caso surja duvidas, a mesma será prontamente esclarecida pelo profissional que acompanha a coleta de dados. Durante o preenchimento do questionário os participantes não se comunicaram entre si, na tentativa de evitar possíveis interferências indesejáveis em suas respostas. Os participantes estarão juntos e os questionários serão entregues, após o termino, os participantes entregarão os questionários. A pesquisa foi aprovada pelo CEP institucional.

(7)

6 Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva (média, desvio- padrão, porcentagem e frequência).

6. RESULTADOS

A amostra foi composta por 30 indivíduos, sendo de predominância do gênero feminino (8 %) e média de idade de 35,89 anos (1,2 %); a faixa etária predominante foi de 30 á 39 anos, que corresponde á (4%). Já quanto ao nível de atividade física (53 %) dos entrevistados praticam algum tipo de atividade física. Em relação à presença de dor lombar (83 %) dos sujeitos apresentam dor. A Tabela 1 refere-se ao tipo de atividade física que constava no teste do Ipaq curto.

Tabela 1. Distribuição dos funcionários de acordo com o nível de atividade física. Atividade Física 18 anos 20 a 29 anos (Media ± Dp) 30 a 39 anos (Media ± Dp) 40 a 49 anos (Media ± Dp) 50 a 59 anos (Media ± Dp) > 60 anos Caminhada Frequência (vezes/semana) 3 3,33 ± 2,87 1,75 ± 2,17 3,75 ± 1,92 2,33 ± 3,30 0 Duração (minutos) 350 36,67 ± 39,69 35,83 ± 55,56 81,25 ±93,70 20 ± 28,28 0 Moderadas Frequência (vezes/semana) 2 2,11 ± 2,20 0,67 ±1,18 2,25 ±1,30 2,33 ±3,30 0 Duração (minutos) 90 106,67±126,40 15 ± 28,72 82,5 ±64,95 40 ±28,28 0 Vigorosas 0 Frequência (vezes/semana) 0 0,89 ± 1,10 0,75 ± 1,16 90 ± 90 4,67 ± 3,30 Duração (minutos) 0 44,44 ± 57,76 27,5 ± 51,17 60 ± 84,85 43,33 ±12,47 0 *Dp – Desvio padrão

(8)

7 O estudo apresenta limitações, por falta de grupo de controle para comparação. O presente trabalho avaliou a percepção da dor de funcionários com dor lombar e comparou com os níveis e frequência de atividade física. Desta forma, possibilita conhecer as relações entre atributos estudados, destacando-se a importância da atividade física.

Os estudos de prevalência de dor e nível de atividade física nos funcionários apresentam diferenças. Essas diferenças ocorrem de acordo com a questão utilizada na entrevista, especialmente quanto ás perguntas que se referem ao tempo de atividade física e intensidade da dor. Quando se questionou quanto à presença de dor a prevalência foi de 83%, sendo de curta ou de longa duração. Quando se questionou o quanto a presença da dor mais intensa a prevalência foi de 3 %.

A posição sentada possibilita pouca margem de movimentação, tendo como consequência carga estática sobre certos segmentos corporais. A postura sentada, por melhor que seja, impõe uma carga biomecânica sobre os discos intervertebrais, principalmente na região lombar.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observou-se que a lombalgia é decorrente da postura sentada nos indivíduos avaliados. Dos pesquisados os que mais sentiam dor eram os mesmos que não praticavam ou praticavam pouca atividade física. Conclui-se que a prática de atividade tem influência positiva para a prevenção de dor lombar. A prática de atividade física contínua e bem orientada contribui para uma melhor postura e menor incidência de dores lombar De modo geral foi observada uma maior frequência de indivíduos com dor, sendo classificada, em sua maioria, como dor “moderada” e “razoavelmente intensa”. O conteúdo do trabalho pode vir a contribuir para o trabalho dos profissionais de Educação Física, na área de ginástica laboral.

(9)

8

8. FONTES CONSULTADAS

ALVES, J. G. B; MONTENEGRO, F. M. U; OLIVEIRA, F. A E ALVES, R. V. Prática de esportes durante a adolescência e atividade física de lazer na vida adulta. rev. bras. med. esporte – vol 11. n. 5- set / out. 2005.

BARRETO, A.C e BRANCO, A.B. Influência da atividade física sistematizada no estresse e na fadiga dos trabalhadores do restaurante universitário da universidade de Brasília. Rev. Bras. Atividade Física e Saúde. V.5, n.2. 2000. BRÉDER, V.F.; DANTAS, E. H. M; SILVA, M. A. G; BARBOSA, L. G. Lombalgia e fatores psicossociais em motoristas de ônibus urbano. Fitness & Performance Journal, v.5, n 5, p.295-299, 2006.

GUISELINI, Mauro. Atividade física. Mauro Guiselini. Aptidão física, Saúde e Bem-estar. Fundamentos teóricos e Exercícios práticos. São Paulo: Phorte editora; 2006.p 23-24.

HELFENSTEIN, M; GOLDENFUM, M. A e SIENA,C. Lombalgia Ocupacional. Rev. Assoc. Med. Bras. 2010; 56 (5): 583-9.

KUNZLER, M; NOLL, M; ANTONIOLLI. A e CANDOTTI, C. T. Associação entre postura sentada e alterações posturais da coluna vertebral no plano sagital de escolares de lajeado, RS. Rev. Bai. Saúde Pública. V.38, n.1, p.197-212. Jan./ mar.2014.

LEMOS, L. F. C; TEIXEIRA, C. S e MOTA, C. B. Lombalgia e o equilíbrio corporal de atletas da seleção brasileira de canoagem velocidade. Rev. Bras. Cineantropom Desempenho Hum. 2010, 12 (6): 457-463.

MATSUDO, S. M.M; ARAÚJO, T. L; MATSUDO, V. K.R; ANDRADE, D. R e VALQUER. W. Nível de atividade física em crianças e adolescentes de diferentes regiões de desenvolvimento. Rev. Bras. Atividade Física e Saúde V.3, n4. 1998.

SABA, F. A importância da atividade física para a sociedade e o surgimento das academias de ginástica. Rev. Bras. Atividade Física e Saúde. V.3, n2. 1998.

(10)

9 SANCHES. M.H; SANCHES, M. G. E; FIGUEIRA, P. N; BARBOSA, A. M e PORTO, C.C. Dor musculo esquelética em acadêmicos de odontologia. Rev. Bras. Med. 2015:13 (1):23-30.

SOMEKAWA, A. S; COCKELL, F. F; BORDON, L.B; ARAÚJO, N. N. P; Esperança, G.T.M; PIRES, A.S. Saúde na escola: O que é certo ou errado quando se trata de postura. Em Extensão, Uberlândia. V.12, n.2, p.195-204, jul. / dez. 2013.

Referências

Documentos relacionados

In: VI SEMINÁRIO NACIONAL DE PESQUISADORES DA HISTÓRIA DAS COMUNIDADES TEUTO-BRASILEIRAS (6: 2002: Santa Cruz do Sul).. BARROSO, Véra Lúcia

Todavia, nos substratos de ambos os solos sem adição de matéria orgânica (Figura 4 A e 5 A), constatou-se a presença do herbicida na maior profundidade da coluna

No código abaixo, foi atribuída a string “power” à variável do tipo string my_probe, que será usada como sonda para busca na string atribuída à variável my_string.. O

Local de realização da avaliação: Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação - EAPE , endereço : SGAS 907 - Brasília/DF. Estamos à disposição

Considera-se que a interdisciplinaridade contribui para uma visão mais ampla do fenômeno a ser pesquisado. Esse diálogo entre diferentes áreas do conhecimento sobre

Como objetivos específicos pretendeu-se iden- tificar os taxa existentes nesta gruta, determinar a riqueza de es- pécies de sua comunidade; verificar a influência de fatores

Apesar da longa distância dos grandes centros urbanos do país, Bonito destaca- se, regionalmente, como uma área promissora dentro do Estado de Mato Grosso do Sul. Bonito,

Realizou-se posteriormente ensaios com as placas de circuito impresso de celulares utilizando como agente lixiviante o tiossulfato de sódio em concentrações que