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O que fazem as oliveiras de noite ou redistribuição hidráulica num olival de sequeiro no Alentejo

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Academic year: 2021

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O que fazem as oliveiras de noite ou redistribuição hidráulica num olival

de sequeiro no Alentejo

I. Ferreira1, N. Conceição1, C.A. Pacheco1 & S. Green2

1Dept de Ciências e Engenharia dos Biossistemas DCEB/ CEER, Instituto Superior de Agronomia,

Universidade Técnica de Lisboa. isabelferreira@isa.utl.pt

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Tranzflo NZ Ltd, Parata St, Palmerston North, New Zealand. stevegreen@inspire.co.nz

Resumo

Tem-se acumulado evidência experimental de que plantas de raízes profundas podem transportar água do solo profundo ou do subsolo para as camadas superficiais, ou vice-versa, em resposta a gradientes de potencial. Este mecanismo é designado de redistribuição hidráulica. No caso de transporte para as zonas superficiais durante a noite, esta água serve de veículo aos nutrientes no fluxo que ocorra do solo para as raízes, a meio do dia. Em Portugal, este mecanismo foi identificado em montado de sobreiro, desde 2003. Admite-se assim a hipótese de que a capacidade de sobrevivência das plantas lenhosas tradicionalmente não regadas em climas mediterrânicos possa depender do acesso a água em profundidade. Se o nível freático descer de forma crítica, a sobrevivência destes ecossistemas agrícolas poderá estar ameaçado.

Com o objectivo de identificar a importância e dinâmica deste mecanismo em olival tradicional, instalaram-se sensores de fluxo de seiva de dois tipos, em raízes de dois olivais (Olea europaea): intensivo e regado, por um lado e tradicional de sequeiro, por outro, na região de Ferreira do Alentejo. Este artigo descreve os primeiros resultados obtidos usando uma abordagem inovadora baseada num método de impulsos de calor, no pomar de sequeiro em 2011. Nas raízes cujo comportamento faz supor que sejam superficiais observam-se altas densidades de fluxo após épocas de chuva, enquanto em épocas estivais registam valores baixos ou até negativos em grande parte do dia. Noutras raízes, observam-se baixas densidades de fluxo durante as épocas de chuva no inverno e comparativamente altas em épocas de escassez de água nas camadas superficiais. Estes resultados põem em evidência o referido mecanismo de redistribuição hidráulica no pomar de sequeiro observado.

Palavras-chave: Olea europaea, sobrevivência, raízes, fluxo de seiva, seca. Abstract

What are olive trees doing at night or hydraulic redistribution in a rainfed olive grove in Alentejo.

Hydraulic redistribution is a mechanism that ensures the survival of superficial roots in dry soil during late summer, as they are submitted during part of the day to a negative flux, coming from roots with access to deep water. This mechanism also enables the plant to continue exploring these upper soil layers, richer in minerals and organic matter and has been observed in many ecosystems, including Montado, in Portugal. A critical question arises: to which extent is the survival of traditional rainfed ecosystems dependent on the water table condition? In order to identify the

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importance and dynamic of this process in olive groves, a study was conducted in South Portugal using two different, independent methods to follow sap flow in roots. We report the first results obtained with a modified heat pulse method, in a rainfed olive grove. By following roots sap flow from wet spring, 6 months without significant rain and early autumn, we found experimental evidence of hydraulic redistribution from some roots to others.

Keywords: Olea europaea, survival strategies, roots, sap flow, drought Introdução

Portugal é um dos países europeus e mesmo da zona mediterrânica com maior contraste entre a disponibilidade de água dos períodos do ano de intensa precipitação e a dos períodos de escassez (verão). Nas plantas lenhosas não regadas, o enraizamento profundo contribui para assegurar a sobrevivência nestas condições. Tem-se acumulado evidência experimental de que a redistribuição hidráulica através da planta contribui para uma relativa independência das oscilações sazonais da precipitação.

Através de fluxos de água numa ou noutra direcção nas raízes superficiais, consoante os gradientes de potencial que se estabelecem ao longo do dia, as plantas conservam o seu sistema radicular superficial operacional e utilizam nutrientes dessas camadas de solo. A dificuldade de quantificar o valor total destes fluxos radiculares advém sobretudo da dificuldade de identificar e fazer medições num conjunto de raízes que se possam considerar representativas, pela óbvia dificuldade de acesso. Não obstante a expressão relativa deste mecanismo não estar em geral determinada, ele foi descrito de forma qualitativa para várias espécies, designadamente em sobreiro (Quercus suber), em estudos complementares desenvolvidos desde 2003 na zona de Palmela, em Portugal (Nadezhda et al., 2007; 2008) e posteriormente nas Lezírias (David et al., 2007). Os resultados obtidos sugerem que os ecossistemas de montado mantêm fluxos apreciáveis no final do estio devido ao mecanismo descrito, mas tornam-se assim vulneráveis ao decréscimo do nível da tolha freática.

No Sul da Península Ibérica, pomares e olivais não regados têm sido substituídos por pomares e olivais regados, por vezes em regime intensivo ou superintensivo, aumentando não só o uso de adubos e pesticidas mas também, previsivelmente, o uso da água, sobretudo se as práticas de rega não forem ajustadas estritamente às necessidades.

Olivais, vinhas e pomares não regados tradicionalmente poderão vir a ser um recurso fundamental num quadro de pressões crescentes nos usos da água. É importante compreender as suas estratégias de sobrevivência. É também desejável que possamos compreender quais as implicações, de uma possível variação negativa de longo termo na habitual gama de variação intersazonal e interanual dos níveis de abastecimento em profundidade, para a sustentabilidade dos cobertos lenhosos não regados. Um dos passos nessa direcção é não só a identificação dos cobertos tradicionais em que o mecanismo da redistribuição hidráulica contribui significativamente para a sua sobrevivência, mas também uma acrescida compreensão da dinâmica do processo.

Este trabalho insere-se na actividade do projecto WUSSIAAME Uso da água, estratégias de sobrevivência hídrica e impacto de agroquímicos nos recursos hídricos

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em ecossistemas agrícolas mediterrânicos, analisando-se duas espécies tradicionalmente não regadas (olival no Alentejo, pela UTL/UL e vinha no Douro, pela UTAD http://www.citab.utad.pt/project_details.php?ID=121), de 2010 a 2012.

Em olival e em 2010, usou-se o método da deformação do campo de temperaturas (Nadezhda, 2011), que permitiu obter informação de natureza qualitativa sobre os fluxos, em situações em que este pode ocorrer num determinado ponto, nos dois sentidos opostos. Embora se trate de um método de resultados controversos, em termos de valores absolutos, tal como o são outros métodos de fluxo de seiva (Ferreira, 2008; 2012), a natureza descritiva do estudo não é comprometida por esse facto, pelas razões já apontadas.

De forma a consolidar as conclusões preliminares obtidas e discutidas em Nadezhda (2011), impusemo-nos posteriormente a confirmação dos resultados por um método alternativo, que usa um princípio totalmente diferente e corresponde a um desenvolvimento de um método de impulsos de calor compensado (Green et al., 2009).

Material e Métodos

O trabalho experimental aqui descrito refere-se aos resultados obtidos em 2011, em olival (Olea europaea L. ‘Cobrançosa’), numa exploração comercial, de tipo tradicional (sequeiro), localizado a 6 km de Ferreira do Alentejo, Portugal (coordenadas do local: latitude, 38° 0,95’N; longitude, 8° 6,58’ O, altitude, 150 m, Datum WGS84). O clima é temperado, de tipo mediterrânico, com verão muito quente e seco e inverno temperado e húmido (Csa). As árvores foram plantadas em 1990, com um compasso de 7×7 m. Outros parâmetros do coberto no local das experiências estão descritos no quadro 1.

O solo é um Calcic Vertisol (FAO/UNESCO, 2006) com perfil ApBtC. Apresenta um teor de água (em volume) de cerca de 42% e 20% de capacidade de campo (CC) e coeficiente de emurchecimento permanente (CE), respectivamente na média do perfil vertical observado.

Os sensores de fluxo de seiva foram instalados nas raízes de duas árvores de aparência média, a cerca de 30 cm de profundidade, conforme esquema da fig. 1 b (detalhe do dispositivo, 1 a). Usou-se um método de impulsos de calor (Green et al., 2009) modificado, tendo-se testado uma abordagem para o tratamento de dados que permite otimizar a medição de fluxos em ambas as direções (Green et al., 2013, em preparação).

A evapotranspiração de referência (ETo) foi calculada com base em variáveis climáticas usando a equação de Penman-Monteith com os parâmetros da cultura de referência (relva com 0,12 m de altura, resistência de superfície de 70 s m-1 e albedo de 0,23, como descrito em Allen et al., 1998). Os dados meteorológicos usados foram recolhidos na estação meteorológica da Herdade do Outeiro (latitude: 38° 02' 4’’ N; longitude: 08° 15' 5’’ O, altitude: 74 m, Datum 73) pertencente ao COTR (Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio, www.cotr.pt).

Para caracterizar o estado hídrico do solo usou-se a medição do teor de água de 20 em 20 cm desde a superfície até 1,30 m, medido com sonda de neutrões modelo 4301 (fabricante Troxler Electronic Laboratories, Inc, Research Triangle Park, NC, USA), em intervalos médios de 2 semanas, em 12 tubos localizados a 1,2 m, 3,5 m e 4,6 m das árvores (4 em cada posição, nas linhas ou entrelinhas).

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Para caracterizar o estado hídrico das plantas seleccionou-se o potencial foliar de base, medido de madrugada com uma câmara de pressão tipo Scholander, num número variável de folhas saudáveis (20 em média), de tamanho médio.

Resultados e Discussão

A fig. 2 apresenta o curso sazonal da precipitação (P) e ETo, ao longo de 2011, identificando os três períodos que foram seleccionados para ilustrar o comportamento das raízes (referência à fig. 5): após um período de chuvas no final da primavera (a), após 5 meses com precipitação quase nula (b) e após as primeiras chuvas de outono (c).

Em resultado de um longo período sem precipitação, em que entre dia 31 de maio e 22 outubro apenas se registaram 14 mm, enquanto o somatório dos valores de ETo foi de 712 mm, observou-se no perfil do solo um decréscimo acentuado do teor de água (fig. 3). Este evoluiu de valores próximos da CC no início, para valores que se aproximam progressivamente do CE, no final do período estival, com um dessecamento que evolui das camadas mais superficiais para as mais profundas, como é habitual (fig. 3 a). Após as primeiras chuvas (outubro), a situação inverte-se com hidratação progressiva, das camadas mais superficiais para as mais profundas (fig. 3 a, b) traduzindo-se por uma evolução da percentagem da reserva utilizável disponível (RU), entre 100% e 0%, no período estival, tendo-se atingido o mínimo em meados de julho na camada superior (até 30 cm), em meados de agosto, na camada até 50 cm de profundidade, mas só em outubro, para todo o perfil observado (até 130 cm, fig. 3 b).

Observou-se que o potencial foliar medido de madrugada (yb), em consequência da secura edáfica, sofreu uma evolução semelhante, embora não tão acentuada (fig. 4), tendo atingido valores inferiores a -2 MPa e recuperado após as primeiras chuvas, de forma consistente com as outras variáveis acima referidas, para valores característicos de conforto hídrico (cerca de -0,5 MPa), de acordo com a nossa experiência. Distinguem-se diferentes comportamentos das raízes, tendo-se agrupado em três categorias, de que se seleccionaram exemplos (5 a, b, c), para os períodos identificados na fig. 2.

1. A raiz 5 representa as raízes com fluxo sempre elevado durante a noite. O fluxo nocturno intensifica-se à medida que o estio prossegue, contribuindo assim para a recarga nocturna do sistema (reservas de água na planta, incluindo raízes superficiais e, eventualmente, o solo na região imediatamente adjacente). A importância relativa do fluxo total observado acentua-se também ao longo do estio, até se voltar a reduzir após as primeiras chuvas (fig. 5 c). 2. A raiz 11 representa o grupo de raízes que exibem os fluxos mais altos no início

do estio (fig. 5 a) quando o solo está próximo da CC (fig. 3), ao passo que se o solo está perto do CE, no final do estio, apresenta fluxos muito baixos de dia e mesmo negativos durante a noite. Estas raízes aparentemente recebem água, que vinda de outras partes do sistema radicular, flui em sentido oposto ao habitual. Imediatamente após as primeiras chuvas, que foram suficientes para que a camada até 30 cm se reidratasse (fig. 3), a raiz 11 volta a ter fluxos superiores a qualquer das outras raízes, se bem que, dadas as condições meteorológicas e o baixo valor de ETo (fig. 2), já não atinja os elevados fluxos observados no início.

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3. A raiz 8 representa as raízes de comportamento intermédio, neste caso com fluxo quase sempre positivo, excepto nalgumas noites em que apresenta um fluxo negativo residual.

Na fig. 5 c, durante um período de intensa precipitação (159 mm entre 22 de outubro e 22 de novembro, com 64 mm na primeira semana) os fluxos negativos foram observados apenas ocasionalmente nas raízes representadas pela raiz 5; o fluxo nocturno decresceu para zero na maioria das raízes. Enquanto a raiz 11, com os fluxos mais baixos no final do estio, voltou a ter os valores relativos mais altos, no espaço de poucos dias após as chuvas, a raiz 5 não só deixou de ter fluxos positivos de noite, como assim que choveu apresentou fluxos inferiores à raiz 11.

No final do verão e início de outono, antes das chuvas, e apesar do decréscimo de ETo, as oliveiras estavam sob stress hídrico relativamente severo (fig. 4). Este desconforto explica-se pelo facto de o solo se encontrar em níveis tão baixos da RU. Apesar desse facto, algumas raízes mantêm uma intensa actividade mantendo fluxos positivos durante toda a noite em quantidades não desprezáveis. Essa água só poderá ser retirada por raízes que tenham acesso a camadas profundas, bem abaixo da zona observada (1,3 m), pelo que admitimos que as raízes representadas pela raiz 5 atinjam essas camadas profundas. Embora não seja totalmente de excluir uma redistribuição lateral, as observações feitas no solo mostram que a variabilidade espacial horizontal é de ordem inferior às diferenças observadas entre camadas do perfil vertical (dados não exibidos), e de modo nenhum a dispersão observada entre pontos leva a admitir uma redistribuição horizontal expressiva.

Uma vez que não parece provável que haja transpiração nocturna importante, dado o fecho estomático e a elevada resistência cuticular nesta espécie (Fernandez, comunicação pessoal), é de supor que, uma vez passado o período de reidratação noturna, o fluxo positivo observado nalgumas raízes corresponda quase totalmente ao fluxo negativo noutras, que não acedem a camadas profundas. Na base, do que se disse acima sobre heterogeneidade espacial, e admitindo que o mesmo se passa em profundidade, poderíamos inferir que estas raízes, onde se observam fluxos negativos, são superficiais. Estas raízes que recebem água durante a noite, cedem-na novamente durante o dia, não sendo de excluir que parte dessa água possa transitar para o solo e de novo para a raiz, possibilitando o trânsito de substâncias úteis ao metabolismo, a partir das camadas mais ricas, do solo superior.

Esta aparente redistribuição vertical de água desde as camadas profundas do solo e subsolo, bem como de possíveis aquíferos, até às camadas de solo superficiais, através do sistema radicular, tende a minimizar o impacto da escassez de água.

Conclusões

Em 2011, com um método de impulsos de calor modificado observou-se redistribuição hidráulica no sistema radicular das oliveiras em sequeiro, confirmando os resultados obtidos com o método da deformação do campo de temperaturas, em 2010. Durante a noite, quando as camadas superficiais não têm água disponível, a água move-se das raízes mais profundas para as raízes mais superficiais. Estes resultados sugerem que em períodos de seca ou na regular escassez de água estival, a sobrevivência destes cobertos está altamente dependente da disponibilidade de água em profundidade.

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Agradecimentos

O projecto WUSSIAAME - Uso da água, estratégias de sobrevivência hídrica e impacto de agroquímicos nos recursos hídricos em ecossistemas agrícolas mediterrânicos (PTDC/AAC-AMB/100635/2008) e, numa pequena parte, o projecto TELERIEG - Uso da teledetección para a recomendaccion e seguimiento de las practicas de riego en el espacio SUDOE” (SOE1/P2/E082) co-financiaram as experiências. Um dos investigadores (NC) é bolseiro de doutoramento (SFRH/BD/ 66967/2009) da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT, Portugal). Agradecemos a participação na recolha de dados de potencial foliar, parâmetros do coberto e teor de água no solo, respectivamente aos licenciados e mestres Soroor Amindezfooli, Sónia Lourenço, José Miguel Gama e Sónia Surgy, Melanie Häusler e Luca Tezzo, bem como colaboradores pontuais do COTR, nomeadamente Eng.º Luís Miguel Boteta e colegas. Estamos muito gratos ao proprietário do olival do Monte do Outeirinho, Sr. Manuel Duarte, pelo acolhimento e facilidades concedidas no acesso à sua propriedade.

Referências

Allen, R.G., Pereira, L.S., Raes, D. & Smith, M. 1998. Crop Evapotranspiration Guidelines for Computing Crop Water Requirements: FAO Irrigation and Drainage Paper 56. FAO, Rome, Italy.

David, T.S., Henriques, O., Kurz-Besson, C., Nunes, J., Valente, F., Vaz, M., Pereira, J.S., Siegwolf, R., Chaves, M.M., Gazarini, C. & David, J.S. 2007. Water-use strategies in two co-occurring Mediterranean evergreen oaks: surviving the summer drought. Tree Phys, 27: 793-803.

Green, S., Clothier, B, & Perie, E. 2009. A Re-Analysis of Heat Pulse Theory across a Wide Range of Sap Flows. Proc. VIIth IW on Sap Flow. Eds.: E. Fernández and A. Diaz-Espejo. Acta Hort, 846:95-114.

Häusler, M., Ferreira, M.I. & Conceição, N. 2013. Assessment of Vegetation Parameters in Olive Trees in the Region of Alentejo: a Comparison of Direct and Indirect Methods. Acta Hort (submitted).

FAO/UNESCO. 2006. World reference base for soil resources.

Ferreira, M.I., Silvestre, J., Conceição, N. & Malheiro, C. 2012. Crop and stress coefficients in rainfed and deficit irrigation vineyards using sap flow techniques. Irrigation Science, SI 30:433-447.

Ferreira, M.I., Paço, T.A., Silvestre, J. & Silva, R.M. 2008. Evapotranspiration estimates and water stress indicators for irrigation scheduling in woody plants. In: Agric Water Management Research Trends. Ed. Magnus L. Sorensen. Nova Science Publishers, Inc., New York, USA.

https://www.novapublishers.com/catalog/product_info.php?products_id=6658 Nadezhda, N., Nadezhdin, V., Ferreira, M.I. & Pitacco, A. 2007. Variability with xylem

depth in sap flow in trunks and branches of mature olive trees. Tree Physiology, 27: 105-113.

Nadezhdina, N., Ferreira, M.I., Silva, R. & Pacheco, C.A. 2008. Seasonal variation of water uptake of a Quercus suber tree in Central Portugal. Plant and Soil, 305:105-119.

Nadezhdina, N., David, T.S., David, J.S., Nadezhdin, V., Cermak, J., Gebauer, R., Ferreira, M.I., Conceicao, N., Dohnal, M., Tesar, M,, Gartner, K. and Ceulemans, R. 2011. Root

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function: in situ studies through sap flow research. In (Mancuso S, Edt) Measuring Roots: an Updated Approach. Chapter 14. Springer.

http://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-642-22067-8_14#

Quadro 1 - Parâmetros físicos de caracterização do olival de sequeiro, em 2010 (Häusler et al. 2012).

Distância entre árvores (m) Altura acima do solo (m)

7 × 7 4,2 ± 0,3

Diâmetro médio do tronco (cm) 22,5 ± 2,6

Área da projecção vertical (m2) 18,0 ± 2,6 Área foliar no final do período vegetativo (m2) 50,7 ± 10,5 Índice de área foliar (em relação à área total) 1,05 ± 0,21

Figura 1 - Fotografia parcial das raízes observadas na árvore 1 e esboço da disposição das raízes observadas no olival pelo método dos impulsos de calor modificado.

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Figura 2 - Precipitação (P, em mm, linha preta, eixo esquerdo) e evapotranspiração de referência (ETo, em mm, linha cinzenta, eixo direito) em 2011, Ferreira do Alentejo. Assinala-se o período estival (barra) e as três fases a que se reporta a fig. 5 (flechas).

Figura 3 - Perfis verticais do teor de água no solo (θv) durante e após um período de chuvas no final da primavera (DOY 54 a 165), após vários meses com precipitação quase nula (DOY 230 a 288) e após as primeiras chuvas de outono (DOY 301) (a) e teor de água médio no perfil de 10 a 30 cm, e de 10 a 130 cm, no olival de sequeiro, em 2011. 0 20 40 60 80 100 120 140 15 20 25 30 35 40 P rof und id ad e (c m )

Teor de água no solo (m3 m-3)

54 - 23 Fev 165 - 14 Jun 230 - 18 Ago 209 - 28 Jul 288 - 15 Out 301- 28 Out 18 23 28 33 38 43

14-Fev 14-Abr 13-Jun 12-Ago 11-Out 10-Dez 10-30 10-130 T e or d e á gua ( m 3 m -3)

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Figura 4 - Curso sazonal do potencial foliar de base medido nas oliveiras da parcela de sequeiro (em média, n = 20), em 2011.

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Figura 5 - Fluxo de seiva medido em 3 raízes com comportamentos diferenciados, após um período de chuvas no final da primavera (a), após 5 meses com precipitação quase nula (b) e após as primeiras chuvas de outono (c), no olival de sequeiro, em 2011. As raízes 5 e 11, apresentam comportamentos contrastantes, quando a secura do solo progride, que se invertem de novo após as chuvas. Fluxos positivos nocturnos, como o da raiz 5, asseguram no final do verão fluxo negativo nocturno, como o observado na raiz 11.

Imagem

Figura 1 - Fotografia parcial das raízes observadas na árvore 1 e esboço da disposição  das raízes observadas no olival pelo método dos impulsos de calor modificado
Figura 3 - Perfis verticais do teor de água no solo (θ v ) durante e após um período de  chuvas  no  final  da  primavera  (DOY  54  a  165),  após  vários  meses  com  precipitação  quase nula (DOY 230 a 288) e após as primeiras chuvas de outono (DOY 301)
Figura 4 - Curso sazonal do potencial foliar de base medido nas oliveiras da parcela de  sequeiro (em média, n = 20), em 2011
Figura 5 - Fluxo de seiva medido em 3 raízes com comportamentos diferenciados, após  um período de chuvas no final da primavera (a), após 5 meses com precipitação quase  nula (b) e após as primeiras chuvas de outono (c), no olival de sequeiro, em 2011

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