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CONCEITO DE ECONOMIA I (3)

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Academic year: 2021

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Disciplina – Economia Cursos: Administração

UNIESP – 1º semestre letivo / 2015 – Turno: Noite Prof. Norberto Devulski Verderame

INTRODUÇÃO - CONCEITO DE ECONOMIA

A palavra ECONOMIA vem do grego “Oikos”(Casa) e “Nomos”(Lei, Norma). Seria a Administração da casa ou da coisa pública.

OBJETIVO - A ECONOMIA COMO CIÊNCIA SOCIAL

Estuda a maneira pela qual os homens decidem empregar recursos escassos, a fim de produzir diferentes bens e serviços e atender às necessidades de consumo.

Ela é uma ciência social, já que atende às necessidades humanas.

As ciências sociais procuram descrever como as pessoas agem. O que torna a Economia diferente das outras ciências sociais são os modelos utilizados pelos economistas para medir certos fenômenos econômicos.

Os modelos assumem que as pessoas são racionais e que desejam maximizar algo (lucros ou satisfação)

A Economia usa como apoio outras técnicas científicas como a Matemática, a Estatística, mas ela não é uma ciência exata como muitos pensam.

Como qualquer outra ciência, ela preocupa-se com a previsão e a explicação de fenômenos. Para tanto se utilizam teorias.

Construir teorias significa extrair conhecimentos sobre o funcionamento do sistema econômico.

Uma teoria pode ser apresentada sob a forma de um modelo

Modelo é uma representação simplificada da realidade ou das principais características de uma teoria

Definição – É a ciência social que se ocupa da administração dos recursos escassos entre usos alternativos e fins competitivos. Também pode ser definida como “A Ciência que cuida da melhor administração dos escassos recursos disponíveis para satisfação das necessidades humanas”.

A ESCASSEZ

A maioria das pessoas deseja muito mais do que seus recursos permitem. Isto é a escassez. Pessoas desejando mais do que pode ser satisfeito com os recursos disponíveis.

Não devemos confundir escassez com pobreza, pois até os ricos desejam muito mais do que possuem.

A escassez obriga as pessoas a fazerem escolhas. Ela surge devido às necessidades humanas ilimitadas e a restrição física de recursos. O contínuo desejo de elevação do padrão de vida e a evolução tecnológica fazem com que surjam novas necessidades.

Enquanto os desejos materiais do homem são insaciáveis, os recursos para atendê-los são escassos. E é aí que está a essência do problema econômico.

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Os economistas contemporâneos definem a economia como “A Ciência da Escassez”. O PROBLEMA DA ESCASSEZ

Albert L. Meyer, em seu “Elements of Modern Economics”, parte de uma interessante observação para explicar a lei da escassez. Ele acentua que se fosse possível dar a cada indivíduo uma lâmpada de Aladim todos os problemas de que se ocupam os economistas seriam imediatamente solucionados.

De posse das lâmpadas, todos teriam os bens que desejassem, não haveria mais necessidade de coordenação, divisão ou procura de maior eficiência para o trabalho humano.

Os problemas decorrentes da produção em massa, da expansão tecnológica e da crescente penetração da ciência nos setores produtivos deixariam simplesmente de existir.

As pesquisas para aumento de produtividade agropecuária não teriam mais sentido.

As lutas de classes, os conflitos entre grupos sociais, as negociações comerciais internas e externas, os problemas de repartição de renda social, as disputas ideológicas que têm como pinto de partida a organização da atividade econômica por fim, o grave problema do ajustamento da oferta global à procura global também não faria mais sentido.

Se cada um de nós possuísse uma lâmpada não existiriam problemas econômicos e não haveria lugar para uma Ciência Econômica. O poder mágico tornaria livres todos os bens. Todavia a realidade é bem outra. Apenas o ar é um bem livre. Até mesmo a água, nas sociedades modernas, transformou-se em bem econômico, pois a sua obtenção e distribuição requerem trabalho. As sociedades humanas sempre se defrontaram com a necessidade de trabalhar para atender às suas necessidades fundamentais.

Excetuando-se o ar, os demais bens não são e talvez jamais se tornarão livres. Nenhum sistema econômico conseguiu até hoje satisfazer a todas necessidades da coletividade. A escassez é a mais severa das milenares leis.

Para explorar a natureza e extrair dela os bens que necessitam, as sociedades sempre se defrontam com a limitação de seus recursos produtivos. O suprimento desses recursos sempre foi limitado. A tecnologia, a capacidade científica mobilizável para fins produtivos e mesmo as grandes massas populacionais ativas sempre revelaram certa limitação.

A experiência histórica tem demonstrado que à medida que os recursos produtivos se expandem e se aperfeiçoam, os desejos e as necessidades humanas crescem mais que proporcionalmente.

Alguns observadores poderiam inclinar-se a considerar que nas modernas sociedades, com a definitiva incorporação da ciência e da tecnologia ao aparelho produtivo, a lei da escassez estaria superada. Entretanto não se deve perder de vista que as necessidades renovam-se dia a dia. Também nas modernas sociedades tecnológicas, embora as necessidades primárias se encontrem perfeitamente atendidas, o problema da escassez se torne talvez mais grave que nas sociedades primitivas. A razão deste aparente paradoxo se encontra na constante criação de novos desejos e necessidades, motivados pela perspectiva que se abre a todos os povos de sempre aumentarem o padrão de vida e o bem estar social.

É evidente que se os norte-americanos se contentassem em viver ao nível dos camponeses do México, todas as suas necessidades materiais poderiam satisfazer-se com apenas uma ou duas horas de trabalho diário, não sofreriam escassez ou esta seria pequena, e a escolha econômica deixaria de existir como preocupação social. Mas as sociedades modernas

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de tal forma que o volume de sua oferta possa atender satisfatoriamente à sua procura, a saturação do mercado será compensada pela criação de outros bens, perpetuando-se assim o problema da escassez.

A escassez é o problema econômico central de uma sociedade.

Em Economia tudo se resume a uma restrição quase física – A Lei da Escassez, ou seja, produzir o máximo de bens e serviços com recursos escassos disponíveis a cada sociedade. Caso não houvesse o problema da escassez, não se falaria em desperdício ou em uso irracional dos recursos e na verdade só existiriam os bens livres. Bastaria apenas fazer um pedido e apareceria um bem qualquer. Na verdade, a escassez dos recursos disponíveis gera a escassez dos bens econômicos.

O conceito de escassez econômica deve ser entendido como a situação gerada pela razão de produzir bens com recursos limitados, a fim de satisfazer as ilimitadas necessidades humanas. Mas somente existirá escassez se houver uma demanda para a aquisição do bem. Por que os bens são procurados? Porque são úteis.

Utilidade – Capacidade que tem um bem da satisfazer uma necessidade humana. Bem – Todo aquilo capaz de atender uma necessidade humana.

Tipos de Bens – Materiais e Imateriais

Necessidade humana – Manifestação de desejo que envolva a escolha de um bem econômico capaz de contribuir para a sobrevivência ou para a realização social do indivíduo.

Por que existe a escassez?

Porque as necessidades humanas a serem satisfeitas através do consumo dos mais diversos tipos de bens e serviços são infinitas e ilimitadas, ao passo que os recursos produtivos à disposição da sociedade são finitos e limitados, insuficientes para se produzir o volume necessário para satisfazes as necessidades do ser humano.

POBREZA E ESCASSEZ

Não devemos confundir os dois conceitos. Pobreza significa ter poucos bens. Escassez significa mais desejos do que bens para satisfazê-los, ainda que haja muitos bens.

É preciso também não confundir escassez com limitação.

A escassez está presente em qualquer sociedade, seja ela rica ou pobre. É a preocupação básica da Ciência Econômica

Os recursos escassos sempre conduziram as economias nacionais a diferentes tipos de opções. As alternativas sempre foram muitas, as possibilidades, nem sempre. Diante da escassez sempre será preciso optar.

Todas as sociedades se defrontam com as três questões fundamentais:  O que e quanto produzir?

 Como produzir?  Para quem produzir?

Não é fácil a constituição de um sistema econômico ideal, pois este deverá harmonizar a solução das três questões fundamentais. E estas se encontram fortemente inter-relacionadas e deveria haver uma perfeita harmonização e compatibilização no encaminhamento delas.

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A harmonização das três não é fácil de ser alcançada. Ela se constitui na própria razão a ser alcançada na análise econômica.

O PROBLEMA ECONÔMICO

1) O que e quanto produzir – Questão Econômica

A sociedade deve decidir se produz mais bens de consumo ou bens de capital e em que quantidade. Quais produtos deverão ser produzidos e em que quantidades.

2) Como produzir – Questão Tecnológica É uma questão de eficiência produtiva

A maneira pela qual os bens serão produzidos. Por quem, com quais recursos e de que modo ou processo técnico.

3) Para quem produzir – Questão Social

Quais setores serão beneficiados na distribuição do produto: trabalhadores, capitalistas, agricultores ou outros setores. Para quem se destina a produção.

Essas três questões não seriam problema se os recursos fossem ilimitados. Mas existem ilimitadas necessidades e limitados recursos disponíveis e técnicas de fabricação. A Economia então deve optar dentre os bens a serem produzidos e os processos técnicos de transformação.

OS FATORES DE PRODUÇÃO

Terra, Capital, Trabalho e Capacidade Gerencial – Os quatro fatores clássicos de produção Terra, Capital e Trabalho – São limitados

Terra – Subsolo, Solo, Sol, Água, terras aráveis, energia, florestas, ar, etc. Trabalho – Físico e Intelectual

Capital – Fixo: Instalações, Equipamentos e Construções Capital Financeiro – Recursos Financeiros

Capacidade Gerencial – Empresários e Empreendedores CUSTO DE OPORTUNIDADE

Um dos conceitos mais importantes da Economia.

Exprime os custos no que se refere às alternativas sacrificadas.

Para que tenhamos o custo de oportunidade é preciso não só que os recursos sejam limitados, mas que estejam plenamente utilizados.

A sociedade tem que fazer escolha porque existe a escassez. Todas as vezes que fazemos escolhas incorremos em um custo de oportunidade

Custo de oportunidade (Definição) - é o grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção de um bem, em termos da produção alternativa sacrificada. Também é chamado de custo alternativo ou ainda custo implícito e tem a ampla aplicação na teoria econômica. Estamos nos referindo ao chamado custo de oportunidade do ponto de vista social, ou seja,

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Referências

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