Programa
de
Pós
Graduação
em
Engenharia
de
Produção
GESTÃO
UNIVERSITÁRIA
E
~
MERCADO.
~"
Dissertação para obtenção do grau de “Mestre
em
Engenharia”, especialidade Engenhariade
Produção. Universidade Federal
de
SantaCatarina -
Programa
de Pós-graduaçãoem
Engenharia de Produção.
Programa
de ensino àdistância -
TECPAR
.I
' Orientador: Prof. Alvaro Guillermo Rojas
Lezana
CLOVIS
MANOEL
PENA
FLORIANÓPOLIS
FQLHADE
APRQVAÇÃO
CLOVIS
MANOEL
PENA
GESTÃO
UNIVERSITÁRIA E
MERCADO
.Esta dissertação foi julgada e aprovada para obtenção ø õ título de Mestre
em
Engenharia da
Produção
no
Programa
dePós-Gradua
E ofem
Engenharia deProdução
da_ Universidade Federal de
, anta Catarina.
Florianópolis,
24
de abril de 2001.Á,
Prof. Ricarl u
Miranda
3 areia, Ph. D.oor,enador ‹ â Curso
BCÊÚÊ
É
Prof. Àlvaro.Guiller 'Í * ojas-Lazana
Orientador
_
/
/
Prof. Rogérioz 5,' astos,
Dr
/W.
Prof. Carlos anuel
Taborda
', r
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1
_ ”9~ .onso
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”
“Nr
'71
E /t of. Jovane edina ^/ -,;›1.: .
'”
N
V.
.///'i
1 .
Aos meus
pais,Maria
Josephae
Manoel
MoreiraPena
FOLHA
DE
APROVAÇAO
... . .iAGRADECIIVIENTOS
... . .iiLISTA.DE.TABELAS,
GRÁFICOS
E
FIGURAS
... . .viRESUMO
... ..viiABSTRACT
... ..viii I-INTRODUÇÃO
... ..1 1.1- Definiçãodo tema
... 1.2- Descriçãodo tema
... ..2 1.3- Objetivos ... ..7 1.4- Objetivo geral ... ..7 1.5- Objetivos específicos ... ..7 1.6- Metodologias ... ..7 2-FUNDAMENTAÇÃO
... ..1o lll2.3-
Como
proceder para atualizar os cursos ... ..~ 1
3-GESTAO UNIVERSITARIA
INTEGRATIVA
... ..3.1- Planejamento
como
referencial einstmmento
de gestão ... ..3.2- Planejamento -
do
nível estratégico ao operacional ... ..3.3- Projeto integrativo
-
prática multidisciplinar ... ._4-
GESTÃO
UNIVERSITÁRIA
INTEGRATIVA
-PROGRAMAS...
4.1 Instrumentos e forma de organizaçao ... ..
4.2-
Programa
de gestãodo
conhecimento ... _.4.2.1- Organização
do programa
de gestãodo
conhecimento ... ..4.2.2- Definição de objetivos
no
campo
temático ... ..4.2.3- Análise
do
ambiente técnico-científico para definição de temas4.2.4- Definição
do
instrumental e da tecnologia da informação ... ._4.2.5- Definição da metodologia pedagógica ... ..
4.2.6- Eleição dos conteúdos e processos ... ..
4.3-
Programa
institucional de treinamento ... ..4.4- Outros
programa
de apoio ... ..5
-
CONCEPÇÃO DE
UM
PROJETO INTEGRATIVO
... ..5.1- Conceituação ... ..
5.2- Objetivos ... ..
5.3- Organização
-
equipe ... _.5.4-
Ações
eCronograma
... ..5.5-
Demanda
demercado
com
referencial para projeto ... ._ iv5.5.3-
Envolvimento
e papel das disciplinas ... ..5.5.4-
Envolvimento
dos alunos ... ..5.5.5- Procedimentos de execução ... _.
5.5.6- Mobilização de equipes
- IES
+
Mercado
... ..~ ~ .
6-
SIMULAÇAO DE
APLICAÇAO
DE
UM
PROJETO INTEGRATIVO
6.1- Critérios para aplicação da matriz ... _.6.1.1- Definição
do tema
edo
objetivo ... ..6.1.2- Escolha das disciplinas ... ..
6.1.3- Recursos especiais ... _.
6.1.4-
Cronograma
... ._7-
coNcI.UsoEs..E.
RECQMENDAÇOES
... ..s-
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ..FIGURA
1FIGURA
2 ... ..FIGURA
3FIGURA
4As
análises e o desenvolvimento das sugestões contidas neste trabalho estão dirigidas para as diferenças de conhecimento e de açãoque
severificam
entre oque
se pratica nos cursos superiores e a realidade da prática social.Para isto, fez-se a
opção do
uso de instrumentoscomo
planejamento sistêmicoe projetos integrativos de cursos a serem estruturados
com
baseem
temas detectadosnas dificuldades
ou
problemas dos setores produtivos-
problematização, calcadana
prática social atual e perspectivas.Assim, a gestão de cursos superiores é subsidiada
com
referenciaisdiagnósticos e ferramental próprio, incluindo-se a simulação de aplicação dos
modelos
propostos.Palavras chave: gestão, cursos,
mercado
The
analyses and development of the suggestionsencompassed by
this study areaimed
at the differences inknowledge
and action that are identifiedbetween what
ispracticed within higher education
programs
and the reality of social practice.For
that purpose, instruments such as systemic planning and integrativeprograms
projectswere
selected that are structuredon
the basisof themes
thatwere
detected in the problems and difficulties of the productive sector-
problems that aregrounded on
present as well as prospective social practice.Thus, the
management
of higher educationprograms
is subsidizedby
diagnosticframeworks
andby
specific instrumentswhich
include a simulation of the applicationof the proposed models.
1.1- Definição
do tema
A
questão deste estudo. trata de instrumentos e de processos de gestão,acadêmica, procurando estabelecer
uma
relação mais objetiva entre oque
é ensinadonos cursos superiores e os conhecimentos e as habilidades dos egressos, para
que
estespossam
atender àsdemandas
da prática social, logo após a conclusãodo
cursode
graduação,
sem
a necessidade de outroscomplementos
para a iniciação profissional.Embora
a legislação e os critérios oficiaisde
avaliação condicionem,as instituições de ensino superior encontram dificuldades
em
promover
a articulação entre as áreas de ensino, de pesquisa e de extensão.Além
disso, a experiênciado
autorna área
de
planejamento estratégico universitário, revelaque
os esforços praticadosnem
sempre
são suficientes parauma
efetiva interação entre oque
se pratica na escola e arealidade
do mercado de
trabalho.V
na
gestão universitária, os desafios da integração entrecomponentes
educacionais e aefetiva interação dos objetivos e da missão institucional
com
o
mercado.1.2- Descrição
do tema
A
constante e intensa variação nos conteúdos, nas formas, na extensãoe nos prazos para a adoção de
normas que
assegirem a validação dos cursos superioresno
Brasil, geraum
complexo desafio
gerencial.Esta é a constatação a
que chegou o
autor, após trinta anos de trabalhoprofissional
em
escolas técnicas, na direção eno
planejamento de programas, órgãos eempresas governamentais de educaçao, profissionalização e desenvolvimento
agropecuário
no
Estadodo
Paraná.As
afirmações seguintes são ainda produtode
experiências vivenciadas nos últimos anos,
como
dirigente e professor universitário.Dentro desta situação, verifica-se ainda que as instituições de ensino
superior oficiais, notoriamente
carecem
demeios
e agilidade, enquantoque
àsparticulares é facultada relativa autonomia para criar e para fazer.
As
IES
à-
Instituições de Ensino Superior-
devem
atender,não
raro, simultaneamente, a sua política interna, as comissões de especialistas
em
cadaárea, os quesitos voltados para o reconhecimento de cursos, para o recredenciamento
da
instituição e outros
em
relação aos critérios de avaliação interna e das compulsóriasavaliações externas, inclusive para 0 corpo discente.
A
gestão dos cursos ocorre diante desta múltiplademanda
originária,simultaneamente, de setores
que não
sereúnem
para analisar e decidir conjuntamenteo
Por
outro lado, cria-seum
grande desafio aos dirigentes dasinstituições. Eles
devem
obter, oferecer e gerir as melhores condições paraque
osalunos sejam efetivamente preparados para o
empreendedorismo
e para aempregabilidade,
em
ambiente dinâmico futuro, certamente diversodo
atual.Neste ponto,
cumpre
registrarque
o
processode
constituiçãoda
escola
como
forma
principal,dominante
e generalizada de educação, iniciadona
modernidade, ainda
não
se completou.Com
efeito,no
interior desse processoforam
mantidas, obviamente
com
novas
configurações ,formas
importantesde educação
à
margem
da
escola, especialmente aquelas diretamente ligadas às atividades produtivas.-SAVIANI,
2000.Daí, constata-se a falta de instrumentos próprios de gestão, aplicáveis
aos projetos pedagógicos de maneira a conciliar a múltipla e
complexa
relação deexigências para
o
funcionamento aos objetos dos cursos. _O
vivenciamento desta realidadeimpõe
aos agentes responsáveis peladireção das empresas
ou
dos empreendimentos, especialmente os educacionais, a necessidadeda
visão e da adoção de procedimentos voltados para a organizaçãodo
conhecimento.Para isto, seria necessária
uma
realística e constante análise dastendências
em
relação às diversas áreas para a estruturação de processos inerentes àeconomia do
conhecimento, destacando-se a globalização na área de serviços.Na
atualidade, o desenvolvimento tecnológico,mais que
osprocedimentos tradicionais,
vem
impondo
uma
demanda
por profissionais de alto nívelserá obtido pelos velhos
modelos
acadêmicos, amarrados a curriculosou
grades curriculares, hoje, finalmente,mas
não totalmente, flexibilizadas.Além
de todas as questões já levantadas, a globalização, pelos seus efeitos conjunturais, afetará as estruturas comportamental e cognitiva de cada profissional,sem
falardo que
aconteceráem
relação ànova
concorrência que,sem
dúvidas, vai se estabelecer regionalmente,no
nosso caso,em
relação aoMERCOSUL.
Investidores e profissionais prestadores de serviços de cinco países estarão
ladoa
lado e diante deum
novo
ambiente competitivo.Neste senti-do
a
globalização,que
objetivaa
substituição demão-de-
obra
ede
recursos naturais pelos insumosdo
conhecimento;gera
tantopara
paísesindustrializados quanto
para
paísesem
vias de desenvolvimentograndes
oportunidades/riscos, tensões/conflitos entreo
antigo eo
novo, as tradições ea
modernidade,
a
regionalização ea
internaciolização. Lampert, 2000.Assim, o universo de atuação, evoluído pelas inovações tecnológicas e
pela imposição econômica, cria e, ao
mesmo
tempo, extingue necessidades nomercado
de trabalho. E,
quando
não, abre espaço para a realização apenas daquelesque
consegiem
ajustar o seu perfil ànova demanda. Aqui
estáum
destaquedo problema
em
questão: a certeza de quenem
sempre
émercado
de
trabalhoque
faltapara
o
profissional,mas
isto sim, éo
profissionalque
faltapara
o
mercado
de trabalhoexistente.
Após
ter participado por três anos, na coordenação de planejamentoda
Universidade Tuiuti
do
Paraná, o autor aponta as inúmeras causasque
em
geralconhecimentos
normalmente
existentes.De
maneira resumida, as maiscomuns
são as seguintes:1) Professores horistas,
sem tempo
adicional,além da
hora-aula, para conhecer eintegrar conteúdos das suas disciplinas aos objetivos institucionais e dos cursos;
2)
Conteúdos
programáticos das disciplinassem
interfacesipraticáveis, especialmente entre aschamadas
básicas e as profissionalizantes,ou
seja, quasenão
seobservam
exemplos
aplicativosno
cotidiano;3) Falta de
um
planejamento integrado dos conteúdos,o
que provoca a ausênciaou
visão insuficiente da complementariedadeou
função agregativa, ordenada econseqüente
ao
longo dos cursos;4) Deficiente correlação entre o perfil profissional desejado e a necessária prática
pedagógica integrativa para a plenitude
da
formação,com
tal finalidade;5) Desconhecimento,
pouco
usoou
ausência de procedimentos e instrumentaisque
sejam facilitadores
ou
indutoresda
sinergia entre os recursos disponíveis nos cursos;6) Dispersão
ou
falta de visão aplicativado
produtoque
sepode
obter pelacompatibilização entre o uso ordenado da metodologia,
da
iniciação eda produção
científica, dos estágios obrigatórios, da extensão,
da
pesquisa e destes todoscom
asmonografias
que
os alunos irão elaborar;7) Precáría integração entre as linhas e os projetos de
pesquisados
professores/ pesquisadores;8) Falta de aderência
ou
relação finalística entre o perfil de partedo
corpo docente e os objetivos dos cursos;9) Ausência
ou
falta deadoção
de políticas de desenvolvimento institucional adequadas10)
Manutenção
de áreas de conhecimentoem
oferta,que
sejam de utilidade duvidosa;ll) Presença
de
alunos e até de professores deslocadosdo
conhecimentoem
razãodo
perfil individual;
12) Falta de sintonia entre os conhecimentos
demandados
e as expectativas dos agenteseconômicos emrelação
às IES. Este fato, criauma
situação paradoxal: porum
lado, aexplosão de informação
-
difundida e disseminada por diferentesmecanismos
etecnologias de informação
-
e de outro, oaumento
crescente da necessidade demais
conhecimento aponta,
para
a
não
existência, ainda,de
mecanismos
que transformemdados
e informações disponíveisem
conhecimento útil e absorvível. Santos (1998).Este último item, fé o
que
pretende-se desenvolvercom
maisprofundidade, levantando situações e possibilidades para conceber instrumentos
gerenciais facilitadores para minimizar os estrangulamentos antes enumerados.
Os
mecanismos
propostos, deverão envolver operacionalmente estruturas empresariais e entidades correlatasdo
ambiente, aoprograma
das disciplinas., estas entre si ecom
asatividades didático-pedagógicas
complementares
dos cursos. _O
presente estudo,além
da visão crítica, deverá oferecer alternativaspara o gerenciamento de tais questões,
provocando
a objetividade, a organização deaçoes e
adoçao
de procedimentos metodológicos, naforma
de projetos integrativos nasáreas de conhecimento das IES, dos cursos, e
para
os cursos, voltados para as reaisoportunidades
ou demandas do
ambiente. .Com
isto, pretende-se melhorar o processo de informação e de difusãodo
conhecimento, entre os agentes já atuantesno
mercado
para os egressos e aspróprias IES,
além
depromover
um
melhor
ajuste e satisfação das expectativas de cada1.3- Objetivos
1.4- Objetivo Geral
Concepção
de instrumentos e processos para desenvolveruma
gestão universitária voltada parao
mercado.1.5- Objetivos Específicos
1)
Determinação
de instrumentos de gestão universitária, orientados para a solução deproblemas observados na prática social.
2)
Determinação
de processos de gestão universitária voltado para o conhecimento, através de programas e projetos integrativos.1.6- Metodologias ¿
O
estudode
caso é desenvolvido mediante a participação do autor nacoordenação de planejamento 'estratégico
da
Universidade Tuiutido
Paraná ecompreende
ainda as seguintes metodologias auxiliares:- elaboração de cenários da educação superior, relacionando a educação
no
Brasilem
função danova
Lei de Diretrizes e Basesem
relação a diversos autores na área degestão
do
conhecimento-
O
capital intelectual éo
conjuntodos
conhecimentos einformações possuídos
por
uma
pessoa ou
instituição e colocados ativamentea
serviçoStewart, (1998),
que demonstram
como
transformaro
conhecimentonão
aproveitado enão
mapeado
deuma
organizaçãoem
suamaior
arma
competitiva e Davenport,Thomas
e Prusak, Laurence, (1998)
que mostram
como
as organizações gerenciam o seu capitalintelectual.
- desenvolvimento de
uma
pesquisade campo,
para levantar dados e informaçõessobre o conteúdo praticado nos cursos de
Medicina
Veterinária e a relação destescom
as principaisdemandas
dos setores produtivos na agropecuária paranaense, levantadas junto ao InstitutoAgronômico
do
Paraná- IAPAR.
Neste diagnóstico, a metodologiaenfoca a
abordagem
sistêmica, deprospecção
tecnológica e desegmentação de
mercado.
Concepção
deum
plano
estratégico sobo
enfoque sistêmico,envolvendo
equipes multidisciplinares,em
redes intelectuais estruturadasque
possibilitem desenvolver eixos temáticos para:- desenvolver programas estratégicos institucionais integrativos para o alcance de
diferenciação competitiva e facilitar 0 atendimento de exigências legais.
- desenvolver projetos integrativos,
em
áreas de conhecimento, quepossam
darcompetitividade aos cursos e 'demais atividades educacionais,
- Destaca-se a utilidade da prática
da
problematização para a necessária coerênciana escolha e
no
desenvolvimento dos temas,que
serão desenvolviodos,- o trabalho é concluído
com
uma
simulaçãode
caso, para a aplicaçãodo
projetointegrativo
em
um
curso superior, facilitando o entendimento dos critérios para uso dasmatrizes propostas.
As
opções metodológicas apresentadas serviram para relacionar oconhecimento
cientifico
nem
pela veracidadenem
pela naturezado
objeto conhecido: oque
osdiferencia é a forma, o
modo
ou
ométodo
e os instrumentosdo
“conhecer”-
Lakatos (1986).O
projeto pedagógico, instrumento alvo desta dissertação, por sua natureza é destinado a estabelecercompromissos
de critérios, conteúdos, prazos,metodologias e estruturas de planejamento, de execução e de avaliação dos cursos.
É
o
instrumento básico de orientação e de controle de todas as ações acadêmicas, nos
âmbitos docente, discente e administrativo, orientadas para os perfis desejados para
cada curso e para seus egressos.
2.1- Cursos universitários e mercado.
Os
projetos pedagógicos atuais são,em
grande parte, elaboradosempiricamente,
com
visao corporativa,com
a tendência para a área de conhecimentoda
equipe
que
os elaborou e,quando
propostos na fase de criaçãodo
curso, constituem-seem
mero
documento
de intençao.Os
modelos
atuais ainda estao atrelados ao conceitocomponentes,
em
geral isolados,não sugerem
a concepçãodo
cursocomo
projeto educacional-
técnico, científico, administrativo e financeiro_
adequado
àsdemandas
fiituras a serem enfrentadas pelos egressos.
São
em
grande parte, peças burocráticas deescasso uso.
Tratam
dos objetivos de disciplinas,ou
seja, dos conhecimentosescalonados
em
períodos de alguns anos,mas
não desenvolvem
processos dediagnóstico para definição de conteúdos para gerenciamento da aprendizagem, e
em
geralnão contemplam
os necessários referenciais de avaliação dos discentes, dosdocentes e
do
curso, isto é, os perfis e seus respectivos indicadores e padrões paraavaliação
em
relação a objetivos desejadosem
cadasegmento
e ao finaldo
curso.A
instituição escolar,com
sua
tradicionaljunção
de 'transmissorado
.saber ', ƒicará obsoleta e deixará de existir. Obrigatoriamente deverá repensarsua
junção.
Desde
as séries iniciais de escolaridade, caber-lhe-áa
tarefa de filirar asinformações úteis, abrir espaço
á
criação,à
produção,à
pesquisa e principalmente~
ajudar
na
construção deum
novo perfl de
cidadao capazde
vivermaduramente
ascontradições dessa
nova
ordem
social.Lampert
(2000).Pelas razões acima, independentemente da área de
formação
profissional, a gestão estratégicado
conhecimento deveriacompor
o
elenco deatividades complementares de qualquer curso.
Antes da
abordagem
de conteúdos inerentes à cidadania, por exemplo,emerge
a necessidade de se preparar o aluno paraque
se possa proveradequadamente
de informação e de conhecimento de maneira tecnicamente objetiva para a solução
de
casos.
A
Estas questões,
em
suaimensa
maioria, estao situadas nas empresas e constituem-seem
desafios ao ponto-chave de qualquer negócio: lucro,que
por sua vez,está vinculado às questões de qualidade, de preços e outras formas de oferta competitiva.
Sem
estar convencido de tais quesitos, dificilmentealguém
contrata,compra ou
paga.O
lucro é o ponto vital,ou
de oportunidade,que
regula a decisãodo
investidor.
Ao
estabelecer instrumentos de interação entre a prática social e osconteúdos desenvolvidos, é necessário definir ainda o projeto pedagógico dos cursos
como
instrumento educacional destinado a contribuir para a solução de problemassocioeconômicos de maneira planejada, racional e conseqüente.
O
sentido técnico-econômico decomo
devem
ser os cursos superiores,impoe
um
tratamento especial na relaçao entre a informação tecnológica eo
conhecimento.
Em
verificação realizada pelo autor junto aos técnicos de nível superioratuantes
no
sistema público agropecuáriodo
Paraná, incluindo-se a extensão rural,revelou-se
que
a grande maioria dos referidos profissionais desconhece ostrabalhosde
pesquisa desenvolvidos pelos seus colegasdo
InstitutoAgronômico
do
Paraná,IAPAR.
Esta realidade foi observada por ocasião
da
elaboraçãodo
trabalho intituladoDiagnósticos e
Demandas
Atuais da Cadeia Produtiva dos Principais Produtosdo
Paraná, 1998,
com
participaçãodo
autor. Neste eixo, estão situadas grandes limitaçõesao
desempenho
profissional. Daí, o acesso e a sistematização da informação medianteo
uso de metodologia e instrumental adequados ajudarão,
sem
dúvida, a aprimorar asrelações entre o saber e o fazer.
É
da associação destes critériosque
deverá surgirum
novo
projeto,uma
nova
escola.Neste sentido, as
IES
atuais,movidas
até por estímulosdo poder
Assim, as novas diretrizes curriculares e a
autonomia
deferida às universidades implicam,além
dos estágios tradicionais,na
estruturação daschamadas
atividades complementares nos cursos,sem
entretanto caracterizá-lascom
maior clarezado
ponto de vista operacionalou
de aplicação.Os
anos seguintes consistirãoem
desafios aos gestoresda
educação deinstituições e de cursos,
no que
diz respeito .à implantação dos processosde
flexibilização curricular.As
atividadescomplementares
deverãopermear
os cursos degraduação,
não
maiscomo
eventos pontuais, naforma
de seminários,semanas de
estudo, palestras especiais, intercâmbios e até festividades das categorias profissionais.
Estas atividades deverão propiciar a
complementação ou
aprofundamento nas áreasde
conhecimento
de interessedo
aluno, relacionadascom
o curso, eem
alguns casos,em
áreas até entãonunca
trabalhadas pelos gestores e equipes pedagógicas,quando
estas existirem.Para isso, impõe-se a elaboração e
adoção
de processos acadêmicosbaseados
numa
concepção sistêmica, multidisciplinar ecom
abrangênciaalém do
currículo fechado tradicional.
E
o impacto desta flexibilização já determinada abrangerá ametade da
carga horária total de cada curso.
Não
há dúvida, portanto,que
anova
Lei de Diretrizes eBases da
Educação
-.Lei federalN°
9394/96_
exige inovaçõesno
planejamento, na execução eespecialmente nos controles e avaliação
do
percursoda
vida acadêmica de cada aluno.Perde-se,
enfim,
a facilidade de estruturar e controlar tunnas inteiras de alunos,com
um
mesmo
processo.instituições saibam conhecer e aplicar corretamente os
novos
critérios para os ajustesdos projetos de ensino. Vale dizer, pensar e adotar processos que possibilitem,
não
sómelhorar a
bagagem
de conhecimentos dos futuros profissionais, mas, antes disso,tomá-los aptos para solucionar
novos
desafios, organizando dados e procedendodiversos arranjos de informações e de conhecimentos alternativos, para o alcance das
melhores soluções desejadas
em
cada caso. Trabalhandocom
pesquisas adequadas,em
cima da
realidade, os cursos estarão, por seu turno, procedendoo
atendimento às expectativas de seus clientes atuais e fiituros.Nesta fase de maior liberdade,
em
que
será facultada ao aluno a buscade fontes
não
tradicionais de aprendizado, a instituição de ensino superior ainda sevê
contingenciada a reorganizar suas estratégias ea até suas políticas
de
capacitação docente.Isto porque,
sem
dúvida, anova
fase será ado
exercícioda
complementaridade edo
desenvolvimento maior das habilidades de aprender e de selecionar informações para a
solução de problemas originários da prática social. Assim,
emerge
a necessidade deque
se estruturem projetosou
linhas de pesquisa para a internalizaçãodo
estudo, a busca ea definição de processos operacionais e pedagógicosque
viabilizem eficazmente anova
escola. _
Como
está claro nanova
Leide
Diretrizes e Basesda
Educação
ena
própria Constituição Federaldo
Brasil-
Art.207, cabe às universidades desenvolveremo
ensino, a pesquisa e a extensão, de maneira indissociável.Com
isto, as leis brasileirasdefiniram
claramente a competência da universidadeem
instituir e manter centros deexcelência
na
produção e na veiculaçãodo
conhecimento.Quando
se afirmaque
o nosso hoje é o passado para os alunos, está seacadêmicas serão aplicadosde fato nas atividades profissionais futuras.
Resta verificar se a flexibilização curricular resolverá o problema da
formação
derecém
egressos desatualizados.O
raciocinio positivo é que, amédio
prazo,no
espaço das atividades complementares, os alunos buscarão o vivenciamento dassituações profissionais ao longo de sua formação. E, neste caso, o
caminho
lógico éo da
interação escola-empresaou
escola-mercado, de maneira mais efetiva.Para isto, o que
mostraram
os trabalhos premiadosno
1°Concurso
deMonografias
sobre a Relação Universidade-Empresa,em
Curitiba-PR, é que, dentre outras possibilidades, destacam-se a pesquisa e o estágio supervisionadocomo
melhoresformas para a interação entre escola e empresa.
Neste sentido é valido considerar
que
estamos atingindoo
limiarda
consumação do
processo de constituição da escolacomo
forma
principal,dominante
e generalizada de educação. Saviani (2000), considera aindaque na
universalização deuma
escola unitária que desenvolvaao
máximo
as potencialidades dos indivíduosconduzindo-os
ao
desabrochar pleno de suas faculdades espirituais-intelectuais, estariadeixando
o
terrenoda
utopia eda
mera
aspiração ideológica,moral ou
românticapara
se converter
numa
exigência posta pelo próprio desenvolvimentodo
processoprodutivo.
Assim
sendo, é fundamental o desenvolvimento cada vez maior e mais rápido das habilidadeshumanas
dentro da Universidade.Uma
análiseda economia do
conhecimento
mostra que a tecnologia da informação tomará parte, cada vez mais, navida de todos, a televisão e
o
vídeo se tornarão digitais, os telefones celulares operarãoem
base global; a internet será a mídia mais importante para o setor de telefonia, varejorápidos
que
os atuais Santos (1998).Cada
vez mais ecom
maior velocidade, a renovação dosconhecimentos será necessária. Isto quer dizer
que
o aluno deverá ser preparado para ovivenciamento competitivo da atualidade.
Vale
dizerque
a sua competênciaem
conhecer e sistematizar informações é tão
ou
mais importanteque
o acervode
conhecimentos acumulados.
Gary
S. Becher,Prêmio Nobel de Economia,
em
1992, nos seusestudos sobre capital
humano,
destacou o papel das empresasem
processos relacionadoscom
o
assunto.Afirma
ele,em
entrevista recente, concedida á revistaExame
de
O5/O4/2000, pág. 178:
“Quanto mais
tecnologiauma
indústria usar,mais
importanteserá
0
treinamentono
local de trabalho. Escolas são muito importantespor
ser basedo
conhecimento
de cada
pessoa,mas
sobre essa basehá
um
enorme
espaçopara
outrosinvestimentos. ”
É
esteo
cenário, que traduzindo as novas imposições legais e diversas realidadesda
prática social,impõe
uma
nova
dinâmica de gestão acadêmica, calcadaem
um
novo modelo
de projetos pedagógicos institucionais e de cursos. _2.2- Cursos universitários e empregabilidade.
Hoje
é consensono
Brasilque
a empregabilidade das pessoas está relacionada tantocom
a existência de- vagas quantocom
a existência debons
profissionais para as vagas existentes. Isto quer dizerque
asdemandas
em
relação» à força de trabalho existentemudam
muito mais rapidamenteque
a capacidadeda
forçadistantes
em
sua maioria.Abrem
cursos e estabelecem condições de oferta baseadasem
referências
normalmente
teóricas.O
projeto pedagógico, o corpo docente e a infra-estrutura diferem muito
pouco
daqueles existentesno apogeu da
era industrial.Neste
contexto,
a
taxa dedesemprego no
Brasil evoluiude
4,4%
em
janeiro de1995
para
7,6
%
em
janeiro de 2000. E, paradoxalmente, écomum
observarque
nem
sempre
asempresas conseguem
suprir suas vagaspor
faltade bons
candidatos.Um
contingenteelevado de
empregados
ignorantespassou
a
ser visto e sentidocomo
indicadorlimitante
ao
crescimento das empresas. Adriano Silva(RevistaExame
de 05/O4/2000).Ter
empregados
qualificados,com
boa
competência intelectual passou a ser indicador devantagem
competitiva.Tanto
que
hoje,no
Brasil, estão disseminados cursos e até escolascorporativas.
Os
empresários deixaram a passividadeem
relação ao setorde
educaçãogovemamental
e iniciaramuma
nova
faseem
que
eles próprios, independentesda
chancela e
mesmo
da
certificação oficial,desenvolvem
cursos para capacitação dosempregados
em
áreas e níveisde
ensinoque
formam
os profissionaiscom o
perfildesejado pelo atual
mercado
de serviços.É um
beloexemplo
deque o
empresário,quando surgem
necessidadesimperiosas, busca soluções próprias,
mesmo
que no
campo
social.As
escolascorporativas, hoje emergentes
no
Brasil significam, inclusiveno
nível superior,concorrência ao ensino público e privado, reconhecido e credenciado pelo governo. Isto,
sem
dúvida, é evidência deque
existeuma
dinâmicaque não
está sendoacompanhada
pelos responsáveis pela oferta de cursos, quanto a conteúdo, forma, duração e períodos
reclamados pela
demanda.
o empreendedorismo
é vistocomo
alternativa para odesemprego
pela própriaCUT
-
CentralÚnica
dos Trabalhadores.A CUT
estáformando
empresários através da Centralde Trabalho e Renda,
que
oferece cursos para reaproveitamento de trabalhadoresem
novos
campos
de atividade.Não
é necessário aprofundar muito a análise para verificarque
oposicionamento e a evoluçao das
IES
é muito retrógrado e lentoem
relaçao àdemanda.
As
alterações nos cursos oficiaisou
credenciados estãonormalmente
vinculadas a rotinas burocráticas, à vontade dos dinigentes, à postura dos professores, àinfra-estrutura e a outros fatores distanciados
do
mérito: processo e conteúdo naformação
dos profissionais.De
acordocom
o parecer 556/98do
Conselho Nacional deEducação
énecessário
que
cada Universidade defina suas áreas de excelênciaem
cursos eem
projetos de pesquisa.As
áreas de conhecimento escolhidas serão alvo natural de açõesestratégicas
na
cooperação escola-empresa, notadamenteem
relação aos seguintescritérios:
1.
do
ponto de vista institucional é importante buscar a interação;2. sob o aspecto tático-gerencial estabelecer
que
a inovação deverá ser perseguidaem
caráter permanente, e '
3.
que
a capacitação tecnológica será processadacom
base na gestão dinâmica deinformações e conhecimentos.
No
momento
atual, verifica-seque
a grande variedade de informações,a rapidez
com
que
se alteram e aforma
como
se disponibilizam por diferentes canais,causam algum embaraço
ao analistaquando
é preciso convertê-lasem
algum
conhecimento específico.
A
dificuldade principal, nesta fase, residena seleçãoou na
detenninação
do
que é importante.Diante desta situação,
assume
relevância o estudoda
possibilidade dediagnósticos institucionalizados
no
eixo escola-empresa,em
caráter permanente.A
publicaçãoem
apostila,do
estudo Diagnóstico eDemandas
Atuaisdas Cadeias Produtivas
do
Paraná,IAPAR
(1998) revelouque
atualmente existepouca
relação prática entre os pontos críticos
que
comprometem
o desempenho
de setoressocioeconômicos e a prática dos cursos de graduação.
Desta
forma,não há
como
seimaginar
o
procedimento deuma
interação efetiva entre escolas e empresas.A
buscada
inovação figura
como
item eventual dos programas de trabalho interistitucionais,quando
estes existem.A
transformação de dados e informaçõesem
conhecimento útil eabsorvível
como
objetivo não faz parte da rotina dos ajustes de cooperação. Estasdificuldades
podem
ser administradas interativamente se associadas formalmente as equipes técnicas das empresascom
as das escolas. Istopode
ser organizado atravésda
criação deGIC°s
-
grupos de inteligência competitiva-
conforme
adiante estádemonstrado.
Para melhor entendimento da realidade atual, é importante considerar
alguns pontos abordados
em
artigo premiadono
primeiro concurso paranaense demonografia
sobre a relação universidade/empresa, publicado peloIPARDES
-
InstitutoParanaense de
Desenvolvimento
Econômico
e Social. Interação universidade-empresa.Encontro programático entre o saber e o fazer Silva (1998).
Em
suas conclusões,0
autor sugeriu
o
estágio e a- pesquisacomo
os dois principais pontos deaproximação
entrea
universidade ea
empresa, diƒicultada,em
geral,por
questões operacionais,Mostra
que, enquantoa
universidade crioua
pós-graduação,formou
pesquisadores eprovidenciou
a
infra-estruturapara
a
pesquisaa empresa
priorizoua
importaçãode
tecnologia. iDaí, os problemas vivenciados
no
presenteem
relação à competitividade, àdependência e à submissão. Refere-se ainda ao conceito de multiversidade, partindo»
da
análise da relação
da
universidadecom
a empresa.Segundo
esta lcondição, à
universidade
não
cabeo
papel exclusivo de centro das transformações.Encerra,
afirmando
que o estágio deve serlembrado
como
forma de garantir à universidade o contatocom
a realidade social ecom
isto possibilitaraprimoramento
dos seus cursos.Entretanto, estas constatações precisam ser analisadas contrastando-se a realidade
da
prática socialcom
o que está sendo ensinado nos cursos.É
importante destacar,que
os conteúdos ministrados atualmente noscursos são definidos e conduzidos pelos professores de cada disciplina e por isso,
altamente influenciados pelas suas áreas de preferência.
Quando
muito,além
disso, sãosubmetidos a
um
colegiado que, não raro, exerce o papel de homologador.Para confirmar esta realidade, o alvo da questão
em
estudovem
a sero
complexo
agroindustrial, suasdemandas
euma
análise decomo
nele se inserem oscursos superiores,
ou
seja, oque
os cursos ofertamou agregam
positivamente nosresultados
do
sistema produtivo.São
tantos os autores queempregam
os termoscomplexos
industriais ecomplexos
agroindustriais que elesparecem
não pertencer mais a ninguém.Depois de
tanto uso indiscriminadotomaram-se
ambíguos._
Os
complexos
agroindustriais
-
CAI°s,abrangem
as questõesda
agriculturamoderna
e as agroindústrias e as relações entre seus diversos componentes.A
organização dosCAI's no
Brasil é recente,com
a constituição _a.partir da década de 70, da integração técnica intersetorial entre as indústrias
que
produzem
para agricultura, a agricultura propriamente dita e as agroindústrias processadoras.`
Para ilustração e maior objetividade
da
análise,o
universo geográficoa ser considerado será delimitado ao Estado
do
Paraná, enfocando possíveis interaçõesentre o setor
de
educação de nivel superior e setor agroindustrial.Em
1995 foi iniciadono
Paranáum
trabalho,com
a participaçãodiretiva
do
autor,com
vistas a eleger estrategicamente setores agropecuários, diagnosticá-losem
relação a aspectos competitivos e estruturar projetos de apoiocoordenados aos setores eleitos e estudados.
Este trabalho intitulado Diagnóstico e
Demandas
Atuais daCadeia
Produtiva dos Principais Produtos
do
Paraná, 1998, envolveu as principais instituiçõesligadas à produção, comercialização e industrialização, públicas e privadas de cada
setor.
Na
pecuária,foram
estudadas as cadeias produtivas, basicamente doscomplexos
protéicos: avicultura, suinocultura, bovinocultura de corte, bovinocultura leiteira e piscicultura, incluindo-se a sericicultura.
O
estudo, foi tecnicamente coordenado peloIAPAR
-
InstitutoAgronômico
do
Paraná,com
apoio metodológicoda
EMBRAPA
- Empresa
Brasileirade Pesquisa Agropecuária e
da
USP/FIA
~
Universidade deSão
Paulo.A
seleção dossetores partiu de critérios de influência social e econômica,
como
empregabilidade,renda, distribuição geográfica, participação nas exportações, na receitatributária, e
no
PIB
do
Estado.A
metodologia enfocou aabordagem
sistêmica de prospecção tecnológica e de segmentação de mercado.Os
marcos
de referência para aferiçãodo
desempenho
foram: eficiência, sustentabilidade, qualidade e eqüidade.Em
1996 foram
criadas equipes especializadasem
cada setor, tendotodas elas decisiva participação de profissionais das áreas de educação, de pesquisa, de
extensão rural e de fomento, as quais produziram
documento
técnico de referênciaem
cada setor estudado.
As
discussõesculminaram
com
um
posicionamento político, pela “criaçãodo
Fórum
Estadualdo Desenvolvimento do Agronegócio do
Paraná que passoua ter sede na Federação das Indústrias,
dando
continuidade aos trabalhos.Como
resultado, foram identificadas asdemandas
em
fiinçãoda
análise dos pontos críticos de cada setor:a)
demandas
de caráter tecnológico cuja solução foi desenvolvidaem
algum
centrode
pesquisa,
mas
aindanão chegou
ao usuário,b)
demandas
de caráter tecnológico cuja solução ainda não foi desenvolvida pelapesquisa; e
c)
demandas
de caráter não tecnológico,como
leis, crédito e infra-estrutura.Preliminarmente, já é possível visualizar a relevância
do
envolvimento da universidade neste contexto, tanto parao
desenvolvimento e a difusão de tecnologiacomo
para estudos, diagnósticosou
projetos estratégicos voltados para a açãocorporativa,
no
sentido político.Este último aspecto
tomou
consistência pela formalização decâmaras
setoriais.
Na
área governamental,o
assunto hoje está sendo coordenado pela Secretaria de Estado da Ciência e da Tecnologia e Ensino Superiordo
Paraná.voltadas para-a “capacitação e qualificação de pessoas” estão presentes
em
todas as cadeias.É
importante identi-ficar as outrasdemandas no
setor pecuário e a seguir constrastá-lascom
a oferta de conteúdosem
cursos deMedicina
Veterinária, apenascomo
ilustração para este trabalho,2.3-
Como
proceder para atualizar os cursos.O
estudodo
agronegócio paranaense-
IAPAR
(1998), mostra alguns aspectos deuma
imensa
problemática,mas
que foram
simplificados e abreviadoscom
ocuidado de preservar o essencial para não prejudicar as finalidades deste trabalho,
principalmente
em
relação às conclusões pretendidas.O
estudo serve para a verificaçãode
como
estãoou
poderão se inserir os cursos de graduação nas questões vivenciadaspelos agentes econômicos.
Portanto, cabe conhecer e
comentar
sobre o papelassumido
formalmente pelos cursos de graduação, de maneira expressa
em
seus projetospedagógicos, nos itens: perfil profissiográfico, áreas de concentração para excelência e
articulação programática entre ensino, pesquisa e extensão.
É
fundamental, conhecercomo
se organizam as açoes parao
alcancedo que
está preconizado nos projetospedagógicos e a relação
com
o contexto sistêmico, onde, ao se analisar situações,problemas
ou
ações, a visão é distributiva. 'Isto quer dizer que, enquanto se está ensinando na escola, novas necessidades estão surgindo
no mercado
e novas descobertas de soluções alternativas para osmesmos
problemas estão sendo geradas nos centrosde
pesquisa.demandas
dos agentes econômicos, a intenção expressa nos projetos pedagógicos e oque de fato se pratica nos cursos.
Para esta análise integrativa toma-se
como
referencial, questõeslevantadas através da problematização para concepção de temas nuclearizadores de
projetos futuros,
buscando
a efetivação de práticas pedagógicas objetivadas para omercado
ao longo dos cursos.Para o desenvolvimento desta metodologia de interação
do
ensinocom
omercado
envolvendo alunos, é possível considerarum
dosmodelos
de educaçãocontinuada sugeridos por
Imbernón
(1994), omodelo
de investigaçãoou
indagativo.Esse
modelo
requerque
o
professor identifiqueuma
área de interesse,recolha informações interprete-as e realize as
mudanças
necessárias'no
ensino.A
utilização desse
modelo
requer determinadospassos
(identificação de situação -problema, planejamento
da
coleta de informações, sobreo
problema, análisedos
dados, realização
das
mudanças
pertinentes, obtenção de novosdados
e idéiaspara
análisedos
efeitosda
intervenção e continuarcom
o
processo.A
definição dos temas para a integração programática dos cursos partedo conhecimento
dos cenários, mediante diagnósticos reais de áreas de interesse.Neste
contexto, será desenvolvida.
uma
estruturação demétodos econhecimentos
própriospara as soluções desejadas, decorrentes
da
problematizaçãoV
Assim, será possível organizar a participação de diversas disciplinas,
atividades de pesquisa e de extensão,
compondo
as interfaces dos temascom
dos cursos de graduação e cos cursos de pós-graduação, se existirem.
Como
a problematização poderá abrangerum
mercado
amplo,nem
projetos integrativos. _
Uma
boa
alternativa neste caso é converter tais questõesem
itensde
discussõesou
eventos especiais,com
a participação de grupos de alunos. Finalmente ostemas
relevantes e atuaispodem
vir acompor
áreas de avaliaçãodo
corpo discente, por diversos processos, considerando áreas de conhecimento,ou
seja amultidisciplinariedade. Outras formas de considerar a problematização, além dos projetos e
da
avaliação integrada estão ao alcance, edevem
ser consideradas pelos gestoresda
educação superior.Especialmente
em
relação à abrangência e às finalidades deste estudo,a verificação dos procedimentos demostrou a inexistência, ainda, de
mecanismos de
ajuste constante entre processos e conteúdos trabalhados nas universidades e a realidadede
mercado de
trabalho dos profissionais.O
estudo das cadeias produtivascoordenado
peloIAPAR
reveloudemandas
não-tecnológicas importantes para as quais os cursos não apresentamprogramações, pelo
menos
no
nível correspondente para a preparação edesenvolvimento de habilidades, para
que
os egressospossam
trabalhar assuntosde
legislação, de credito, de treinamento, de comercialização, de- infra-estrutura,
de
organização social e de
comunicação
nas suas futuras áreas de atuação profissional.Por
outro lado,no
campo
tecnológico o aspecto mais destacado_
a questãoda
educação e da profissionalização entre osempregados
eempregadores
-
nãocompõe
o elenco de assuntos tratados, pelomenos
deforma
a causaralgum
significado de expressão,em
relação ao curñculo.'
de avaliação para reconhecimento dos cursos superiores
exigem
associação entre as atividades de ensino, de pesquisa e de extensão. Neste aspecto cabe ressaltarque
as atividades de- extensão nãosuprem
a necessidade de informações e experiências necessárias parauma
interação razoável entre a escola e a empresa. Isto porque écomum
verificar-se o extensionismono
plano das questões pontuais marcadas pelaeventualidade. _
Como
seimpõe
a definição deum
perfilem
cada universidade e ainda que as instituiçoesdemostrem
desenvolvimento de áreas de excelência (parecer 556/98-CNE),
a seguir, são considerados algunscomponentes da
educação superior quepodem
ser gerenciados de maneira estratégica,
complementarmente
uns aos outros:-
As
atividadescomplementares
anteriormente referidas para desenvolverou
definiralternativas de solução nas questões detectadas nas cadeias produtivas e, de
forma
ampla
nasdemais
situaçõesda
prática social; _-
Modernamente
estão sendo discutidos e já praticados cursos seqüenciais cujaaltemativa
merece melhor
estudo e adequação, inclusive para o ensino a distância,em
alguns segmentos;
- Cursos e outras atividades de extensão universitária
melhor
organizados,principalmente
como
fomentadores de pesquisa e de cursos de especialização nocampo
de atuação visado pelo ensino;
- Projetos de iniciação científica e de
produção
científica estruturadoscomo
base paraum
melhor aproveitamento de estágios curriculares e para melhorar a utilidade, tantoacadêmica
como
profissional, dasmonografias ou
trabalhos de final de curso;-
Todas
as formas consideradas anteriormentepodem
vir a consistirem
táticastécnico-prático voltado para as áreas de conhecimento, a explorar
em
função do perfildesejado para os egressos.
É
oque
afinal se quer, até por imposição legal, para caracterizarque
nas universidades existe e é praticada a indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão,
mas
de maneira interativacom
a prática social.O
parecer 556/98» daCâmara
de
Ensino Superior,do
Conselho Nacional deEducação
-
CNE,
reforça a exigência legalem
relação Và
indissocialidade entre ensino, pesquisa e extensão e define a necessidade de
desenvolvimento de iáreas
de
excelência nas instituições, mediante cursos, atividades depesquisa e de extensão. Estes procedimentos, serão ainda, de acordo
com
o
parecer, objeto de avaliação pelas comissões encarregadas de verificar possibilidades dereconhecimento
ou
recredenciamento de instituições.Entretanto, quase
não
seobservam
orientações neste sentido. Isto secomprova
pela identificação de poucas propostas,mas
ainda muito timidas, para nãodizer distantes
do
alvo necessário.Mas
a possibilidade daadoção
de estratégias gerenciais integradasnormalmente
écomprometida
pela falta da estruturação deuma
seqüência lógica deprocedimentos
que levem
a tal.-É
o
quepode
ser caracterizadona
análise»do
gerenciamentoque
seobserva atualmente nos cursos superiores,
com
poucas exceções.Estas foram
algumas
constatações feitas nos debates e consultasprocedidas
em
seminários mensais duranteo
ano2000
que o autor participou,na cidade de Marília,
São
Paulo, sob coordenação daCM
Consultoria.Não
raro, falta a definição deum
critério que possa levar aoaprimoramento da
visão integrativa naformaçao
acadêmica. Ressalta-se, neste sentido,a importância
do
uso deum
resumo
metodológico eficaz para resolver entravesque
possam
dificultaruma
tomada
de posição pelos gestores dos cursosou
das instituições.Emerge
então a necessidade «de se explicarcomo
a problematizaçãocomo
método
dialético de construção de conhecimento se expressa na pedagogia. Esta, por sua natureza e função, se
toma
fundamental parao encaminhamento
docente-discenteno
ensino superior. Gasparin (1998),em
trabalho publicado sobre assunto, consideracomo
pressuposto metodológico,
que
a
prática escolar se desenvolvea
partir de e sobreum
determinado conteúdo, e que
a
problematização consisteem
integrar esse conteúdoem
função das
exigênciasda
prática social atual.Isto, se adotado, levará
sem
dúvida à recontextualização de conteúdosgerados
em
questões desafiadorasque possam
conduzir à resposta para o tratamento àsdemandas
sócioeducacionais atuais.. Atualmente, salvo tentativas pontuais e muitas delas eventuais, a
idéia
de se trabalhar curso
como
projetovem
sendo desenvolvida,mas
aindanão
se consegue identificarum
referencial metodológico validado para gestão de cursosque
seja abrangente. Vale enfim dizer, gestãodo
cursocomo
um
empreendimento, sendo estecomprometido
com
a solução dos problemas detectados na prática social.Embora
as questões abordadas anteriormente sejam facilmente obseiváveis,não
sepode
identificar algo mais aprofundado na direção daprofissionalização de coordenações de cursos superiores, entre as instituições, que possa
repercutir eficazmente nas relações entre conteúdos ofertados e as
demandas
da práticasocial.
Este capítulo cuidará da
abordagem
dealgumas
estratégias emetodologias para o desenvolvimento de processos e instrumentos adequados para
eleger e desenvolver os temas integradores
ou
estratégicos para a gestão das IES e doscursos.
-
3.1- Planejamento
como
referencial e instrumento de gestão.Com
muita propriedade, Ianni (1996), afirmaque
a
fábrica global,que articula capital, tecnologia, força e divisão
do
trabalho, instala-sesem
fronteiras e,utilizando-se
dos mais
vários meios, dissolve fronteiras, agiliza osmercados
e generalizao
consumo.Ela
é capaz depromover
a_ desterritorialização ea
territorialização das coisas e idéias,
o
redimensionamento de espaços e tempos.Diante desta
nova
realidade éque
deve estar situada a visão e aEntretanto, é
comum
verificar-se a falta deum
adequado
planejamentodo
ensino,em
especial nos países daAmérica
Latina,onde
ficou
demonstradoque
ocorreuuma
falha de orientação metodológica nos maiores programas dedesenvolvimento financiados por bancos internacionais nos últimos anos.
A
Isto foi constatado
no
seminário Planejandoo
desenvolvimentosustentado
na
América
Latina, sob o patrocínio daOEA
-
Organização dos EstadosAmericanos
/ Instituto Interamericano deCooperação
para a Agricultura-
IICA,realizado
em
junho
de 2000,em
Brasília, Distrito Federal,com
a participação do autor.Ali, os participantes, sob consultoria
do
Banco
Mundial,puderam
confirmar
algumas
causasda
estagnaçãono
crescimento e a piora nos indicadores sociais ligados à pobreza regional,mesmo
após a execução de dispendiosos programas voltados ao desenvolvimento.Em
resumo, faltou considerar a cultura .local. Isto ocorreu pelomenos
nos últimos vinte maiores
programas
de desenvolvimento.No
Brasil, istonão
foidiferente, e na educação ficaram evidentes as conseqüências de investimentos
mal
orientados. Desta forma, encaixa-se o presente estudo reforçando a necessidade deque o
contexto social seja vivenciado na escola e` que este processo de interação sejaconduzido profissionalmente mediante técnicas pedagógicas orientadas pelo
planejamento constante. Se
também
é fato queuma
instituição de ensino representaum
conjunto completo de elementos
ou
componentes, diretaou
indiretamente relacionados,em uma
rede causal, a apreciação deve ser conduzida pelo enfoquedo
planejamento sistêmico.Os
instrumentos de planejamento sugeridos neste trabalhoservem
ainda para viabilizar ocomprometimento
e a adequação das açõesem
direção aonovo
ambiente social voltado para
o
conhecimento. Estes instrumentospodem,
ainda, ensejaraos gestores das
IES
não só a visão,mas
os subsídios para diagnóstico, estruturação egerenciamento de informações, especialmente as tecnológicas.
Supõe-se
que
se isto puder ocorrer de maneira planejadano
âmbitoinstitucional, será possível obter excelentes resultados na elaboração
do
projetopedagógico,
do
currículo edo
plano de aula de cada disciplina de maneira integrativa.O
planejamento deve aomesmo
tempo
prever,como
critério geral, ouso de
uma
aprimorada infra-estrutura de informações, demodo
a possibilitaro
gerenciamento
do
conhecimento interno,do
capital intelectual edo
potencialdo
conhecimento.
i
Se o objetivo geral é melhorar as relações
ou
o grau de satisfaçãoda
clientela
em
relação aos cursos ofertados, o planejamento servirá para atender,em
grande parte, o pretendido na interação escola-empresa.
Mesmo
que a delimitação principal deste estudo seja o projetopedagógico dos cursos, é importante ressaltar
que
os desafiosdo
futuro, especialmentena educação,
impõem
a substituição de estruturas e formas de gestão hierárquicas pelasdistributivas. Assim,
como
conclui Santos (1998), inverte-sea
pirâmide organizacional,a
organização é convertidaem
hipertexto,onde 0
centro éa
força diretiva.O
desenvolvimento deste processo seria
apoiado
em
um
softwareavançado para
orientara
qualidade, os custos e as tendências,bem como
para
suprir os profissionaisda
organização
com
ampla
informação.As
metodologiasou
técnicas sugeridaspodem
ser trabalhadasem
qualquer instituição, independentemente
do
estágioou da forma
como
estejatecnológica,
no que
diz respeito à educação de nível superior é, neste caso, o objetivoestratégico.
Como
forma
de implementação, oGIC -
grupo de inteligência competitiva, poderá dar viabilidade efetiva epermanente no
sentidonão
sóda
integração,mas
da
interação operacional de projetoscomuns
empresa-escola.O
“GIC”
integra inteligências internas e outras representativas dos agentesdo
mercado.Além
da constante atualização eda
visão prospectiva das áreas deconhecimento trabalhadas, o
“GIC”
desenvolveráum
acompanhamento
do desempenho
da
concorrência e orientará procedimentos para a obtenção dos níveis pretendidos decompetitividade pela instituição.
A
inserçãodo
grupo de inteligência competitivana
instituição de ensino superior poderá se darconforme
ilustração a seguir:EÊÊO