UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA
CATARINA'
PROGRAMA
DE POS-GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA
ELETRICA
\
Projeto
Coordenado
de Controladores
em
Sistemas
de
Potência,Incluindo Elos
de
Corrente
Contínua.
Dissertação submetida
àUniversidade
Federalde Santa
Catarinapara
aobtenção
do
Grau
de
_Mestre
em
Engenharia
Elétrica »THAIR IBRAHIM ABDEL
HAMID MUSTAF
A
l
l
Florianópolis,
Setembro
de
1994. › ÍProjeto
Coordenado
de Controladores
em
Sistemas
de
Potência,
Incluindo Elos
de Corrente
Contínua.
Thair
Ibrahim Abdel
Hamid
Mustafa
'Esta Dissertação foi julgada adequada para a obtenção do título de
Mestre
em
Engenhariaespecialidade»Engenharia Elétrica,
e aprovada
em
sua forma final pelo Programa de Pós-Graduação.Banca
Examinadora:
Pa;
Aguinaldo snveirzz e si1vz,1›h.DOrientador
/Ú
.^~
mrlz
A
Prof. Roberto de Souza Salgado, Ph.D.
Coordenador do Programa de Pós-Graduação
em
Engenharia ElétricaProf. Aguinaldo Silveira e Silva, Ph.D
Presidente
Mó
ÍÉÂWÍ
ZÍW
Prof. ansH
utZüm,
Ph.D ›/Q
/
` 4Prof tonio
oséAl
SSQ:
É'Cost,
PÊD
~'
É
røóóz/ä
A
Deus
que
estevecomigo
em
todos osmomentos
deste trabalho.Aos
meus
paisIbrahim
eMuna
Mustafa que sempre
lutaram
no
sentidode dar
amelhor
formação
moral
amim
ea
meus
irmãos.Aos
meus
irmãos
Jarir,Fátima
eNádia que sempre
me
apoiaram,
posso
dizerque
a distâncianos
aproximou ainda
mais.A
mais
justade
todas as causas, a Palestina.Agradecimentos
Ao
Prof.Aguinaldo
Silveira e Silva, pelo apoio e competênciana
orientaçãodeste trabalho. l
Ao
Prof.Hans Hehnut
Züm,
pelo apoio e orientação durante a fase decréditos. `
H "
L
Aos
demais
membros
daBanca
Examinadora, Prof. A.J.A.Simões
Costa eProf. Elisete
Ternes
Pereira, pelas discussões e sugestões apresentadas.Sou
gratotambém
ao Prof. Roberto Salgado e aos demais professoresdo GSP,
que
dealguma forma
contribuiram para a realização deste trabalho.Aos meus
amigos, Daniel F. Coutinho (Negão), FábioM.
Coradini (Guina),Flávio T.
do Prado
(Paulista),Gerson
Gabiatti (Pai de Família), Glaucio N. deAbreu
(N
anico), José L.Kavamura
(Kavaco) e Luiz H.Meyer
(Zique), cuja convivência e amizadederam-me
motivação na execução
deste trabalho.Aos
meus
colegas e amigos da Pós-Graduação,Femando
Mussoi, DeniseSouza,
André
DellaRocca
Medeiros, PauloAndré
de Medeiros, JuanGimenez, Márcia
Vanti,
Raimundo
Teive,Femando
Busch, Flávio B.Lemos,
os baianos MaurícioMaia
eMarcos
Menezes, Gilmar
Ribeiro,.Luiz Otávio, Eliezer Júnior,Ruth Leão
e aosdemais
queaqui
nãoforam
citados,mas
que sempre permanecerão na memória.
Ao
Doutorando
Prof. FranciscoDamasceno
Freitas, cujas observações ediscussões
foram
de grande valia para este trabalho. _Aos
analistasdo
LABSPOT,'
JoséEduardo
Giacomelli (Zé Gotinha),Alexandre
Perin(O
Gorda), ao Eng. AlessandroManzoni
e ao Bolsista deIC
Júlio Cézar Maia, pelaamizade
e apoio prestados durante a elaboraçãoda
dissertação.H
Ao
secretárioda
PGEEL
Wilson
Costa,amigo
esempre
prestativo.Às
secretáriasdo
LABSPOT,
Srta. Alessandra da Silva e Sra.Carmen
Zettermann, 'pelo auxílio
na
prestação dos mais diferentes serviços.RESUMO
Este trabalho usa
uma
metodologia, baseadana
técnica de posicionamentode pólos, para o projeto
coordenado
de controladores incluindo elosCC.
O
projetoconsidera as interações dinâmicas existentes entre as
máquinas
e visa melhorar oamortecimento dos
modos
eletromecânicos, alocando-osem
uma
posiçãomais adequada no
plano
complexo.
O
método
utiliza a matriz jacobianaaumentada
cuja alta esparsidadebeneficia
a aplicaçãodo
mesmo
a sistemas de grande porte, permitindo destaforma
autilização de diversos
modelos
decomponentes
do sistema elétrico, entre os quais os elosde corrente contínua.
A
avaliaçãodo
método
foi realizada atravésdo
projetocoordenado
deestabilizadores (ESP's) e controladores para
modulação
de potênciaou
correnteem
elosCCAT
em
dois sistemasCA/CC.Os
resultadosmostram
o efeitodo
controledo
elo deCC
-ABST
RA
CT
'
This
work
usesa
methodology based on
poleplacement
for coordinateddesign
of
controllers, includingDC
links. This design considers thedynamical
interactionsthat exist
among
themachines
and
intends to increase thedamping
of
electromechanicalmodes
through the allocationof them
ina
more
adequate position in thecomplex
plane.This
method
uses theaugmentedjacobian
matrix,whose
high sparsity allows its applicationin large
power
systemsand
the utilizationof
severalmodels of
electrical systemcomponents
includingDC
links. V -The
method
evaluationwas done
through the coordinated designof
stabilizers
(PSS
's)and
controllers forpower
or current modulation inH
VDC
links in twoAC/DC
systems.The
resultsshow
theDC
link control eflectson
thedamping
of
oscillationsVCA
-Vcc
- lcc - IcA C -Rcc
-L
_LA
-Rc
-Xc
- (1 _ Y _ LL _ EJ _. ¢_ _ a _PCA
- Pcc -Qcc
- Iord -Pord
-lmod
-Pmod
-SIMBOLOGIA
Módulo
da
tensãoCA.
Módulo
da
tensãoCC.
CorrenteCC.
CorrenteCA.
Resistênciada
linhaCC.
Indutânciada
linhaCC.
Reator de alisamento. _ Resistência de comutação. Reatância de comutação.Ângulo
de disparodo
retificador.Ângulo
de extinçãodo
inversor.Ângulo
de
comutação.Amortecimeto do
autovalor.Defasagem
angular entre a tensão e a correnteno
sistemaCA
Tap no
secundáriodo
transformador conversor.Potência ativa
CA.
~ Potência ativaCC.
Potência reativaCC.
Corrente de ordem. Potência de ordem.Modulação
de corrente.Modulação
de potência.Abreviações:
SEP
- Sistema Elétrico de Potência.CCAT
- Corrente Contínuaem
Alta Tensão.ESP
- Estabilizador de Sistema de Potência.CER
-Compensador
Estático de Reativo.RAT
-Regulador Automático
de Tensão.CA/CC
- CorrenteAltemada/
Corrente Contínua.CB
V- Controle de Bipólo.
CP
- Controle de Pólo.CPC
- Controleda
Ponte Conversora.CCr
- Corrente Constanteno
retificador.CCi
- Corrente Constanteno
inversor.CLA
r -Ângulo
de Ignição Constanteno
retificador^ .
CEAi
-Angulo
de Extinção Constanteno
inversor.CCA
~Amplificador
de Controle de Corrente.VCO
- Oscilador Controlado por Tensão.CEC
- Controle de Erro de Corrente.PI - Proporcional-Integral.
Operadores:
S :
Operador
diferencialou
operador de Laplace.Õ
:V
Derivada
parcial.A
`: Variação incremental deuma
grandeza.
Índice
Capítulo I -
Introdução Geral
S E
Capítulo
H
- EstabilidadeDinâmica
11.1 - Introdução ... ..
11.2 -
O
Problema da
EstabilidadeDinâmica
em
Sistemas de Potência 11.3 -Modelo
Linearizadodo
Sistema de Potênciaea
Utilizaçãoda
MatrizAumentada
... ..11.4 -
Conclusão
... ..Capítulo III -
Modelagem
de
ElosCCAT
111.1 - Introdução ... ..
111.2 - Estrutura Básica de
um
EloCCAT
... ..f. ... .. 14111.3 -
Equações
dos Conversores eda Linha
CC
... ..111.4 - Sistema de Controle
do
EloCCAT
... ...111.5 -
Modulação
de Potência e Correnteem
ElosCCAT
... ..111.6 - Análise
da
EstabilidadeDinâmica
com
a Inclusão de ElosCCAT
1H.7 -
Conclusão
... .Ç ... ..Capítulo
IV
- ProjetoCoordenado
de
Controladores1V.1 - Introdução ... ... ..'. ... ... ..
IV.2 -
Formulação do
Algoritmo ... ..1V.3 -
O
Algoritmo
para Posicionamento de Pólos ... ..1V.4 -
Conclusão
... ._Capítulo
V
-Resultados
Numéricos
V.1
- Introdução ... ..V.2
- Análise dos Resultados ... ..V.3
- Descriçãodo
Sistema 1CA/CC
... ..V.3.1 - Projeto de Controladores para o Sistema 1
CA/CC
.....
V.4
- Descriçãodo
Sistema 2CA/CC
... ..V.4.l - Projeto de Controladores para o Sistema 2
CA/CC
.....
V.5
-Simulação Não-Linear
no
Tempo
... .....
V.6
-.Conclusão ... .Ç ... ..Capítulo
VI
-Conclusão Geral
Bibliografia
... ..Apêndice
A
... ..Apêndice
B
..._.Capítulo
I
~
Introdução Geral
A
interligação de sistemas elétricos de potênciatem
como
finalidadeatender a energia elétrica
demandada,
com
um
elevado grau de confiabilidade, qualidade eeconomia.
Neste
sentido, estudos de planejamento, operação e estabilidade desistemas de potência
tomam-se
necessários, pois amodernização
doscomponentes do
sistema elétrico, a grande utilização de controladores automáticos e a crescente
interconexação de sistemas,
afim
de satisfazer as exigências anteriormente citadas,esbarram
na
diminuição dasmargens
de estabilidade,como.
surgimento de diferentesformas
de instabilidade, observadasem
fimção
desta redução,como
perda de sincronismo apósuma
perturbação, oscilações eletromecânicaspouco amoitecidas, entre outras.O
surgimento de oscilações eletromecânicaspouco
amoitecidasou
mesmo
com
amortecimento
negativo nas baixas frequências, causa vários problemas operacionaisem
um
sistema elétrico interligado por linhas longas eem
condições de carga alta, pois caso-Capítulo I -Introdução Geral 2
estas oscilações atinjam
uma
certa magnitude,provocando
desvios consideráveis dapotência transrnitida, a proteção poderá atuar de
forma
a retirar as linhas de operação.O
amortecimento
das oscilações eletromecânicas, através de sinais adicionaisadequadamente
projetados, possibilita o uso total da capacidade de transmissão do sistema,
além
demelhorar a qualidade da energia entregue aos consumidores.
São
fontes de amortecimento adicional, os controladores nos sistemas deexcitação das
máquinas
(ESP's), os controladores noscompensadores
estáticos de reativos,a
modulação
de potência ativaou
correnteem
sistemas de transmissaoem
corrente continua(CCAT)
emais
recentemente os dispositivosFACTS
("Flexib1eAC
TransmissionSystems").
. Este trabalho, detém-se
no
estudodo
comportamento
dinâmico de sistemasde potência,
na
análise e projeto de controladores para melhorar odesempenho
dinâmico dosistema, considerando-se a inclusão de Elos de Corrente Contínua.
A
pesquisa e o desenvolvirnento deequipamentos
controláveis, queassociados aos controladores já
em
operaçãono
sistema,permitem
uma
grande flexibilidadeno
controle de sistemas de potência, entre os quais osFACTS,
quetem
como
objetivoaumentar
lirnites e flexibilizar a transmissão de potênciaem
sistemasCA
.Tanto a operaçãodo
ponto de vista de regime pennanente,_quanto- os aspectos dinâmicosdo
controle sãobeneficiados
pelo uso destes controladores.A
utilização de elementos controlados requer,no
entanto,que
osmesmos
sejam
projetados e ajustados através de metodologiasadequadas,
afim
de satisfazer os requisitos de operaçãodo
sistema, evitandoque
controlesmal
projetados deteriorem a perfonnace dinâmicado
sistema.Estudos recentes,
mostram
a preocupação e a pesquisacom
problemasreferentes à estabilidade dinâmica, entre os quais, o ajuste coordenado dos parâmetros dos
controladores instalados nos sistemas de potência [3] [4] [5] [6] [7].
A
utilização dediferentes técnicas e ferramentas matemáticas, para o projeto destes controladores, entre
Capítulo I ~ Introdução Geral 3
analisadas e seus parâmetros ajustados dentro de
um
método
de controle linear adequado,visando
melhorar
o amortecimento dosmodos
pouco
amortecidos, através deuma
alocaçãoexata dos pólos
no
plano complexo.Os
algoritmos de ajuste coordenado dos controladores (ESP's), levandoem
conta as interações dinâmicas existentes entre as
máquinas
[6] e o semelhante projetocoordenado,
que além
de ESP's, considera os controladores doscompensadores
estáticos dereativos [7], são originalmentebaseados
na
técnica de posicionamento de pólos, através da*compensação dinâmica
da saída, proposta porElangovan
e Lin [8]. VOutros métodos, abordando a teoria de controle ótimo,
têm
sido utilizadospara o projeto de controladores, visando a estabilização de sistemas de potência [5].`
A
pesquisaem
técnicas de controle adaptativo [9] e [10], mostram-sepromissoras,
uma
vez que a operação ótima dos controladores citados anterionnente, não é~
garantida para
novas
condiçoes de carga, pois os controladores de parâmetrosfixos
sãousualmente projetados para
um
determinado ponto de operação.O
aproveitamento de técnicas de sistemas lineares,no
estudo daestabilidade de sistema de potência, permite 'a identificação dos
modos
de oscilaçãoinstáveis
ou
pouco
amortecidos, a determinação dos elementos dinâmicos que maiscontribuem para cada
modo
de oscilação, a identificação domelhor
local para a introduzir ocontrolador,
além
de determinar os parâmetros dos vários controladores, utilizando-setécnicas de controle linear [2] , [3].
O
objetivo 'do estudo aqui desenvolvido, foi aimplementação
deum
algoritmo, visando o projeto
coordenado
de controladores suplementaresem
sistemas deexcitação de
máquinas
(ESP's),compensadores
estáticos de reativos e elos de correntecontínua.
Para o projeto de controladores
em
elosCCAT,
surgiu a necessidade daimplementação da
modelagem
de elos de corrente contínua,bem
como
da implementação
Capítulo I ‹ Introdução Geral 4
de
um
fluxo
de cargaCA/CC
(ApêndiceB)
para a definição deum
ponto de operaçãodo
sistema
CA/CC.
Todos
os controladores destes dispositivos,podem
seradequadamente
ajustados de
forma
a contribuir demodo
eficaz
aoaumento do
amortecimento de oscilaçõeseletromecânicas.
O
método
ébaseado no
posicionamento de pólos por realimentação dassaídas [8].
No
algoritmo emprega-se a matriz Jacobianaou
matriz aumentada, explorando-se sua alta esparsidade, para alocação dos pólos.
A
robustezdo
projetocoordenado
diantede variações paramétricas e saída de operação dos controladores é avaliada.
Apresenta-se a seguir, a estrutura deste trabalho:
O
CapítuloH
q apresenta a definição de estabilidade dinâmica,determinando
um
modelo
linearizado que utiliza a matrizaumentada
para a análise deestabilidade. '
O
Capítulo III apresenta amodelagem
de elosCCAT,
desde arepresentação
da
estrutura básica até o sistema de controle, para a detenninação dasequações
que
representam o elo de corrente contínuaem
estudos de estabilidade dinâmica,como também
os conceitos demodulações
de potência e de corrente.O
CapítuloIV
apresenta o projeto coordenado de controladores atravésda
formalização
do
algoritmo para o posicionamento de pólos, usando-se a matriz aumentada.O
CapítuloV
apresenta aplicaçõesdo
algoritmo e seus resultadosem
doissistemas exemplo, apresentados
na forma
de análise linear e simulação não-linearno
tempo.O
CapítuloVI
apresenta as conclusões erecomendações
paradesenvolvimentos futuros.
No
Apêndice
A, são apresentados os dados dos sistemasexemplo
utilizados.
No
Apêndice
B, são apresentados algumas considerações a respeito dosCapítulo
II
Estabilidade
Dinâmica
IIÇ1 - Introdução:
A
crescente evolução emodemização
de equipamentosem
sistemaselétricos de potência,
no
sentido de atender àdemanda
de energia elétrica , -comum
elevadopadrão
de confiabilidade e qualidade, reduziram asmargens
de estabilidadedo
sistema,tomando
os sistemas de potência sensíveis a diferentes fonnas de instabilidade.A
Na
análise de estabilidade,temos
dois conceitos distintos, a estabilidadetransitória e a estabilidade dinâmica.
A
estabilidade transitória , analisa a capacidadedo
sistema voltar ao equilíbrio logo após
uma
grande perturbação.A
falta de estabilidadetransitória
poderá
levar asmáquinas do
sistema, auma
perda de sincronismo. Para aanálise deste tipo 'de estabilidade,
empregam-se modelos
matemáticosnão
lineares para aCapítulo II - Estabilidade Dinâmica 6
-
Na
estabilidade dinâmica, é observado ocompo1tamento"ou
a resposta dosistema,
quando
submetido apequenas
perturbações .A
instabilidade dinâmica, considerao surgimento de oscilações eletromecânicas
pouco
amortecidasou
com
amortecimentonegativo,
que
limitam a capacidade de transmissão do sistema elétrico.Como
estasoscilações
ocorrem
parapequenas
variações de cargaem
relação aum
ponto de operação,utilizam-se
modelos
lineares para amodelagem
dos diferentescomponentes do
sistema epara sua análise emprega-se a teoria de sistemas lineares.
II.2 -
O
Problema
da
EstabilidadeDinâmica
em
Sistemasde
Potência:Com
a interligação de Sistemas de Potência, aforma mais
comum
deinstabilidade entre geradores síncronos, era a perda de sincronismo logo após
uma
grandeperturbação
no
sistema, geralmente por falta de torque de sincronização. -No
inicio dadécada
de 60,com
objetivo de melhorar o torque desincronização, utilizaram-se reguladores automáticos de tensão
(RATs)
atuando sobre osistema de excitação dos geradores,
afim
de aumentar asmargens
de estabilidadetransitória. Se,
por
um
lado, estes reguladores propiciaramuma
melhoriado
torque desincronização,
por
outro lado, a experiência de operaçãocom
estes sistemas de excitaçãomais
rápidos e de alto ganho(controlados por tiristor),mostrou
uma
deterioração daestabilidade
dinâmica
do sistema, devido a reduçãodo
torque de amortecimento.A
falta de estabilidade dinâmica, resultano
surgimento de oscilaçõesassociadas às inércias dos geradores síncronos interconectados, conhecidas
como
oscilaçõeseletromecânicas
ou
modos
de oscilação eletromecânicos . Estesmodos
estãona
faixa dasCapítulo II - Estabilidade Dinâmica 7
Uma
maior
ou
menor
estabilidade destesmodos,
quegovemam
a respostados sistemas de potência,
podem
definiruma
operação segura para osmesmos.
Parafins
deanálise,'os
modos
de oscilaçãopodem
ser classificadosem
três classes:-
modo
local, oscilações originadas entreuma
usina eum
grande sistema,através de linhas de transmissão
fiacas
ecom
características radiais, suas- frequênciasvão
de 0.8 a 2.0 Hz. _
_
-
modo
intra-planta, oscilações entre usinas deuma
determinada áreado
sistema, suas frequências
vão
tipicamente de 1.5 a 2.5 Hz.H
-
modo
inter-área, oscilações entre grupos de_ usinas deuma
áreado
sistema
em
relação a grupos de usinas de outras áreas, estesmodos
têm
frequências entre0.2 e 0.8 Hz.
A
estabilizaçãodo
modo
local,pode
ser obtidacom
técnicas convencionaisde projeto de sinais estabilizadores, utilizando a
modelagem
máquina-barra infinita. Para aanálise dos
modos
intra-planta e inter-área, é importante urna representação detalhada dadinâmica
doscomponentes do
sistema, paraque
se possa detemiinar corretamente osmodos
de oscilação, identificar os elementos
que
mais contribuem para as oscilações e para aavaliação dos elementos
mais
indicados para a introdução de sinais adicionaisestabilizadores.
9
o Dentre os sinais estabilizadores, utilizados para melhorar o amortecimento dos
modos
de oscilações eletromecânícas entre geradores síncronos temos:0
O
controle suplementarno
próprio sistema de excitaçãoda
máquina,realimentação
que
sedenomina
de estabilizador de sistema de potência (ESP);0
O
controle suplementarem
compensadores
estáticos de reativosCapítulo II - Estabilidade Dinâmica 8
transmissão de potência, a otimização
do
fluxo
de reativo,bem
como
maioresmargens
deestabilidade transitória;
`
0
E
o controle suplementarem
sistemas de transmissãoem
correntecontínua,
com
o objetivo demodular
a potência ativa(corrente) transmitida.A
análise e o controle, relativos ao amortecimento de oscilaçõeseletromecânicasem
sistemas de potência de grande porte,que englobam
a localização eajuste destes sinais estabilizadores,
devem
ser realizados através deum
modelo
linearizadoem
tomo
deum
ponto
de operaçãodo
sistemaCA/CC.
'Uma
abordagem
linearizadado
sistema elétrico de potência, muitoutilizada
em
trabalhos relacionadoscom
a estabilidade dinâmica, é omodelo
de Heffron-Phillips. Outra
abordagem
conhecida, é a formulaçãodo
sistema linearizado através da matriz jacobianaou
matriz aumentada,que
preserva a identidade das variáveis de estado ealgébricas, permite a inclusão de outros
componentes do
sistema elétrico epode
serutilizada para tratar
com
sistemas de grande porte , devido a sua alta esparsidade.A
representaçãodo
sistema de potência,com
seus diferentescomponentes
e controladores, é realizada através dos diversos
modelos
propostosna
literatura técnica.É
importante salientar, a influência destes
modelos
nos estudos de estabilidade dinâmica.H.3
-Modelo
Linearizado
do Sistema de
Potência e a Utilizaçãoda
Matriz
Aumentada:
.
As
equações representativas dos diversosmodelos
decomponentes
dosistema de potência, tais
como
máquinas
sincronas, reguladores de velocidade,compensadores
estáticos de reativo, elos de corrente contínua e outros,formam
um
conjuntoCapítulo II - Estabilidade Dinâmica 9
2;
=f(¿,â)
(H 1)
Q =g(¿,â)
t`
onde
zC_ 1 vetor de variáveis de estado;g
: vetor de variáveis algébricas;Q
: vetorcom
todos elementos nulos.p
O
estudoda
estabilidade dinâmica deum
Sistema Elétrico de Potênciaé
realizado, linearizando-se as equações que
descrevem
o sistemaem
tomo
deum
ponto deoperação (xo , z,, ),
fomecido
pelofluxo
de potência.Obtemos
assim, o seguinte sistema deequações:
lâ+iâ1âli::l+iâ;lflu
yz
(C, z,] .Ei
J
.Í .onde
1 2 : MatrizAumentada;
J, J,b1,b2 z vetores coluna de entrada;
c1,c2 : vetores linha de saída;
u
: variável de entrada;y
: variável de saída.Como
se observa , a linearizaçãoido conjunto de equações permite calculara Matriz
Aumentada
do
sistema,onde
é preservada a identidade das variáveis de estado ealgébricas,
além
de permitir conservar a identidade das barras diferentes das de geração .Capítulo II - Estabilidade Dinâmica 10
e incluidos naturalmente
na
matriz indicada,bem como
aimplementação
de sinaisadicionais para o
uso
dos controladores, facilitando o projeto de controladores.Outra
vantagem da
MatrizAumentada,
é a sua alta esparsidade, permitindo a formulação de algoritmos eficientes queempregam
técnicas de esparsidade, sendoaplicados para representação e estudo da estabilidade dinâmica de sistemas de grande porte.
Como
neste trabalho, amaior
ênfase é dada à inclusãodo
Elo de CorrenteContínua
e seus controles suplementares(Modulação de Potência e Corrente),um
maiordetalhamento sobre a
abordagem da
MatrizAumentada
pode
ser encontradaem
[2] e [7].A
representaçãoem
termos de variáveis de estado,pode
ser obtida pelaeliminação das variáveis algébricas
na
matriz jacobiana, resultando em: _ mn. (II.3)¿l_J§=A.A¿+B.¿lu
y=C.A¿+D.Au
A
=J,
-J,.(J,)-'.J,Bzb,
-J,.(J,)'1.b,C=c,
-c2.(.I,,)`¡.J,D
=-¢,.(J,,)-kb, onde:A
matrizA,
representa a matriz de' estadodo
Sistema de Potência.O
cálculo de todos os seus autovalores associados, fornece informações sobre a estabilidade
do
sistemaem
tomo
do
ponto de operação.Devido
a sua caracteristica de não-esparsidade esua elevada ordem, a
abordagem
em
termosda
matriz de estados, apresentauma
limitaçãoquanto à
dimensão do
sistema analisado, visto a exigência de elevados espaços dememória
Capítulo II - Estabilidade Dinâmica ll
de
modelos
ou
anão
representação da dinâmica de algims elementos deum
sistema de grande porte.II.4 -
Conclusão:
A
análise da estabilidade dinâmica, por ser tratar deum
estudo docomportamento
ou
respostado
sistema de potência,quando
omesmo
é submetido apequenas
pertubações,emprega normalmente
a teoria de sistemas lineares para amodelagem
dos diferentes componentes. Desta forma, a linearizaçãodo
conjunto deequações permite o cálculo da Matriz
Aumentada,
facilitando a inclusão de diversoscomponentes, entre os quais, os elos
CCAT.
No
próximo
capítulo, será apresentada amodelagem
de sistemas detransmissão
em
corrente contínua, considerações a respeito demodulações
de potência eCapítulo
III
çModelagem
de
Elos
CCAT
III.1 - Introdução:
Atualmente
oemprego
de elos de corrente contínuaem
alta tensão(CCAT),
apresenta-se
como
uma
solução para a transmissão de grandes blocos de potência a grandesdistâncias,
bem
como
na
interconexão de sistemas elétricos operando `a diferentesfrequências
ou
com
diferentesfilosofias
de controle.Esses elos,
que envolvem
a conversão de corrente alternadaem
correntecontínua, realizada pela estação retificadora e a conversão
da
corrente contínuanovamente
em
correntealtemada
realizada pela estação inversora,permitem
interligar sistemaselétricos
sem
estabelecer entre eles qualquer vinculo de tensão, freqüênciaou
seqüência defases.
As
estações conversoras são formadas por pontes conversoras, às quaisCapítulo III - Modelagem de Elos
CCAT
13de reativos (banco de capacitores,
máquinas
síncronas ecompensadores
estáticos),além
desistemas de controle , proteção e supervisão das conversoras (Figura III. 1).
As
pontes conversoras sãocompostas
de válvulas, formadas por váriostiristores conectados
em
série para suportar altas tensões , eem
paralelo para altascorrentes,
agmpadas
segtmdo
um
arranjodenominado Ponte de Graetz
de 6 pulsosou
associação série de pontes de 6 pulsos (Figura IlI.2) [1l].
/VVV\ fVVV\ e Capacitores Shunt
I I
I
I
I
I
i Filtro CA e Capacitores”
Shunt Compensador pEst. de Reativo ÍYVW
L
l
l
l
T V CompensadorNVW
Est. de ReativoCapítulo III - Modelagem de Elos
CCAT
14Y/Y
äàsès
ÀÊSÀ
~2:2:
Y/A/J
ãsää
Fig. IH.2 - Associação Série de duas Pontes de Graetz de 6 pulsos;
III.2 -
Estrutura
Básicade
um
EloCCAT:
modalidades:
Os
sistemas de corrente contínuapodem
ser classificadosem
três- Elo
Monopolar
(Um
condutor e retorno pela terra ) ;- Elo Bipolar ( Dois' condutores,
um
positivo e outro negativo ) ;'ø Elo
Homopolar
Capítulo III - Modelagem de Elos
CCAT
15Na
estruturamonopolar
básica , apenas os elementos essenciais para arepresentação
do
eloCCAT
em
estudos de estabilidade a pequenas perturbações sãoapresentados
na
Figura III..3 . .LA
R
L
LA
VCAR Innnn
|NV
mm
irvwx
VCAI Pccx--›
Pccrí-›
I cc___*
Vccx Vccrí›
Qccx
4--_
Qccr _._ Q...Fig. 111.3 - Estrutura Unifilar Básica de
um
EloMonopolar
.Um
maior
detalhamento sobre todos elementos deum
eloCCAT
pode
serencontrado nas diversas publicações técnicas sobre transmissão
em
CCAT
[11], [12], [13],[14] .
Na
estrutura básica têm-se as barrasdo
sistemaCA
e conectadas a elas os‹¬,__‹
conversores
CA/CC,
que
sãocompostos
pelo transformador conversor e a válvulaconversora. `
O
transformador conversor,tem
como
função compatibilizar a tensãodo
sistema
CA
com
a tensão de entrada da ponte conversora, podendo-se assim controlar onível de tensão
do
sistemaCC
ou
o ângulo de disparo das válvulas conversoras, atravésdo
Capítulo III - Modelagem de Elos
CCAT
16A
válvula conversora éuma
ponte trifásica deonda
completa de 12 pulsos,formada
poruma
associaçãoem
série de duas pontes de 6 pulsos.As
indutâncias presentesno
sistema evitam acomutação
instantâneana
condução
de corrente deuma
válvula para outra,ou
seja , deuma
fase para outra.O
intervalo de
tempo
durante o qualuma
válvulacomuta
para a outra,com
ambas
válvulasconduzindo
aomesmo
tempo
(tempo de superposição) émedido
através deum
ângulo decomutação
(tt). Este ângulo, associado aos ângulos de disparo do retificador (ot) e deextinção
do
inversor (y), implicana
absorção de reativos por parte das conversoras.O
reator de alisamento ("smoothing reactor")com
uma
detenninadaindutância,
tem
a função de reduzir as ondulações ("ripple")na
corrente da linhaCC,
assimcomo
na
tensãoCC
após o reator.O
valormédio
da tensaoCC
é omesmo
antes e depoisdo
reator. ~
_ __
_
Os
conversoresdo
eloCCAT
podem
ser constituídos poruma
única pontede 6 pulsos,
uma
pontede_l2
pulsos,ou
uma
associação série de pontes de l2,pulsos,possibilitando níveis mais elevados de tensão
na
linhaCC. Supondo
a existência deuma
uniformidade de
componentes
e de controle,um
único conversor equivalentepode
serutilizado
em
estudos de estabilidade.`
Para a transmissão
CCAT
na modalidade
deum
elo bipolar,em
estudos deestabilidade, pode-se
também
utilizarum
monopolo
equivalenteem
lugarda
estruturabipolar, considerando-se a simetria dos dois pólos componentes. Esta equivalência é
uma
Capítulo III - Modelagem de Elos
CCAT
17 Ver L AR
L LA Pcc l I I I--›
í-›
Iccsz
Í,
XC
VccI
.
MVA
e
É
‹‹›
É
X
Icc c¿í__
--›
PCC <íI>V
_ °^ 2.LA 2.11 2.1. 2.Ll 2.l%c---›
ía-
Icc 2.x C 2'V°° 2.MVAFig. III.4 -
Monopolo
Equivalente.III.3 -
Equações
dos Conversores. eda
Linha
CC:
O
desenvolvimento das equaçõesque
representam os conversores e a linhaCC
não
se adaptaria aos objetivosdo
trabalho, já que encontra-sebem
documentado
em
diversos trabalhos acadêmicos e -literatura técnica sobre transmissão
em CCAT.
Optou-seportanto, pela apresentação das equações básicas correspondentes ao elo
CC.
Os
circuitos equivalentes para as conversoras retificadora e inversora sãoCapítulo III - Modelagem de Elos
CCAT
VCAR Qr- \"`s>›íí*
ERX
cxEA:
Vccxí--›
I ccx Icàn?
'Fig. 111.5 - Conversor Retificador.
I ccl ¡
. E 1
3
I 1 VouVcci
V
~Ç
Xcx
-;
ICA!Fig. III.6 - Conversor Inversor.
A
tensãoCC
média
no
'conversor retificador,em
funçãodo
ângulo dedisparo oc, é
dada
por [11], [13], [15]:VCCR
=
k.a.VCAR .cosa-
Rca
.ICCR (pu) (III.1)e
no
conversor inversor,em
funçãodo
ângulo de extinção y, por :Capítulo III - Modelagem de Elos
CCAT
19kz-_3`/E
TC
onde:
a
:Tap
no
secundário do transf. conversor.VCC :
Módulo
da tensãoCC
(pu). VGA :Módulo
da tensãoCA
(pu).ICC : Corrente
na
linhaCC
(pu).RC
: Resistência de comutação.Na
teoria de conversores demonstra-se que as resistências decomutação
são funções das reatâncias dos transformadores conversores e
da
reatância equivalente do sistemaCA
até a barra conversora.Chamando-se
esta reatância total de Reatância deComutação'XC
[36]:-`
Rc =
(pu) (ins)Sendo
(15 adefasagem
angular entre a tensão e correnteno
sistemaCA,
no
primário dos transfonnadores conversores, as seguintes relações
aproximadas
entregrandezas
CA
eCC
para o cálculodo
fator de potência são obtidas [11], [15] :'
cos¢R
E
~i)
cos ¢¡
E
~fl
(III.5)Com
as relações (III.4) e (III.5), as tensõesmédias
CC
nos conversorespodem
também
ser escritascomo
:Capítulo III - Modelagem de Elos
CCAT
20VCCR
=
k.a.VCAR .cos¢R (III.6)VOC!
=
k.a.VCAl .cos¢¡ (III.7),M
Desprezando
as perdasno
transfonnador conversor e considerando tensõesbalanceadas, tem-se as seguintes relações de potência entre o sistema
CA
eCC:
`_ä_
PcC=1>cA
A I (1118) PCC=
vcoicc
=
«/š.vcA.1CA.z‹›s¢ 1 '(1119)Qcc =
1>Cc.1g¢ (111.1o)Considerando
as relações (III.8),(III.9) e (III.10), tem-seque
a potênciaativa
Pcc consumida
pelo retificador e afomecida
pelo inversor são expressas por:PCCR
=
vccR.1cCR (11111)PCC!
=
vccI.1Ccl (11112)e a potência reativa
Qcc
consumida
pelos conversores é dada, por :Qccx
=
Vcca-Icon-tg¢R(HL13)
Qcc,
=
Vcc, -Icc, -tg¢1 (HI-14)Em
regime permanente, o eloCC
deve ainda satisfazer à equação:v
-
v
ICC
z
31*-_-Pi
(11115)Capítulo III - Modelagem de Elos
CCAT
21Rcc
: Resistênciada
linhaCC.
_
Na
análiseda
estabilidade dinâmica, a linhaCC
pode
sermodelada
porum
circuito
R-L
série,onde
R
é a resistência da linha , eL
é a indutância total da linhaacrescida da indutância dos reatores de alisamento [16] .
A
equação
diferencial que descreve a correntena
linhaCC,
em
função dastensões
CC
dos conversores é [15] :v
-v
ârm
=
__â9_ziÍ_fl_%_1CcR
(11116)e a relação entre a corrente
no
retificador eno
inversor é:ICCR =1cc, (11117)
As
equações básicas apresentadas,podem
ser utilizadasna
medida
em
queos estudos de fluxo de potência e estabilidade
não levem
em
conta os desequilíbrios datensão
CA
.III.4 -
Sistema
de Controle do Elo
CCAT
:~
Como em
um
sistema de transmissaoCCAT,
a correntena
linhaCC
depende
basicamenteda
diferença de tensão entre os terminais do retificador edo
inversorpela resistência
da
linha. .As
equaçõesmostram
demodo
prático, que as tensõesCC
dependem
dastensões
CA
nas barras tenninais, reatância dos transformadores (reatância de comutação),posição dos "taps" dos transformadores conversores e dos ângulos de disparo (ot) e
Capítulo III - Modelagem de Elos
CCAT
22'
Como
as tensõesCA
variamem
decorrência de qualquer distúrbiono
sistema e as reatâncias de
comutação
permanecem
praticamente fixas, ofluxo
de corrente(ou potência)
no
eloCCAT
pode
ser controlado através dos ajustes de "taps" e os ângulosde disparo e de extinção das conversoras. Esses elementos de controle perrnitem, dentro dos
limites de atuação dos comutadores de "tap" e dos ângulos, aliar as vantagens
da
operaçãodo
eloCCAT
em
corrente constante e tensão constante.Em
estudos de estabilidade dinâmica , os comutadores de.__"tap" sãoconsiderados fixos, devido à sua lenta atuação
(em tomo
de 3 e 6 segtuidos) enquanto que ocontrole da corrente (ou potência)
no
elo é exercido pelo controle de disparo,que
comanda
a ignição e a extinção das válvulas.
A
correntena
linhaCC
é mantida constante através de "reguladores decorrente",
que
atuam coordenadamente
sobre os ângulos de ignição das válvulasconversoras,
no
sentido de eliminar o erro de corrente calculadocomo
a diferença entreuma
corrente (ou potência) de referência, Iord, e a correntena
linha, Icc.A
possibilidade de controlar rapidamente a corrente transmitida pelo eloCC
permite a utilização demodulações
de corrente (ou potência), para que o sistemaCCAT
contribua de
forma
a melhorar a estabilidade dinâmica do sistemaCA
[15] .O
controleda
operação de urna ligaçãoCCAT,
apresenta urna estrutura decoordenação
hierárquica, devido à complexidade e à diversidade de malhas de controle.No
nível superior têm-se o bipolo, a seguir o pólo e,
em
nível inferior, as pontes conversoras.H
Ao
níveldo
Controle de Bipolo, se reservam as funções de determinação esupervisão de potência transrnitida
no
elo, enquanto que ao nível de Controle depólo
encontramos
a irnplementaçãodo
controle de corrente, verificando sehouve
a violação dealgum
limite restritivo (Icc-Iord) e gerando pulsos de tensão nos instantesadequados
dedisparo para obtenção da corrente desejada.
Os
sinais de tensão são enviados ao níveldo
Controle
das Pontes
Conversoras, responsáveis pelo controle de disparo das válvulas.Capítulo III - Modelagem de Elos
CCAT
23PÓLo1
*T
Icc . CP C ... ..ÍI:, /.V
°°CPC
... .,Í,_,/
CPC
... ..Í.., 'Vcc
\CPC
--- Icc Í F*PÓLO2
onde :
CB
- Controle de BipóloCP
-'Controle de PóloCPC
- Controle das Pontes ConversorasFig. III.7- Estrutura Hierárquica de Controle.
Nos
elos de corrente contínua, tem-secomo
filosofia
de controle tipicao controle de corrente
na
estação retificadora, enquantonão
se atingirem os limites deângulo de disparo
mínimo
ou
máximo
(ocmin, otmax).Com
o ponto de operaçãonormal
or=l5°,
próximo do
limite otmin=5°, duranteuma
queda
de tensãono
lado de correntealternada, o retificador altera o valor de ot até o valor
mínimo.
Se istonão
for suficiente paracontomar
o problema, a estação inversora passa a controlar a corrente através de variações(elevação),
do
ângulo de extinção y,mantendo
o ângulo de disparono
seu valor constantecapítulo 111.- Modelagem de E105
ccAT
24A
fig. III.8, mostra a Característica Estática Vcc~Icc deum
elocom
Controle de Corrente Constante
na
retificadora ena
inversora(CCr
e CCi),Ângulo
deIgnição Constante
na
retificadora (CIAr) eÂngulo
de Extinção Constantena
inversora(CEAi).
Vcc
A
¶Q]Ar
Aí
CCí
CCI
"
M roràâ roróz>1°°
Fig. III.8 - Característica Estática Básica
As
interseções das característicasCCr
eCEAi
ou CIAI
eCCi
definem
ospontos de operação estáveis
do
elo.Nos
elosem
operação,além da
ação destascaracterísticas básicas de controle, existem outras, introduzidas
com
«a finalidade demelhorar a estabilidade dinâmica
do
elo, diante de perturbaçõesno
sistemaCA/CC.
A
implementação
de outrosmodos
de operação,modificam
a característica estática Vcc - Icc,Capítulo III - Modelagem de Elos
CCAT
25Vcc/\
A
RetificadorB
C~
G
ID
Inversor JE
LK
F l Ilordi Iordr
>
IceFig. III.9 - Característica Estática Completa.
Na
fig. III.9, o ponto de operação caracteriza-se pelo controle de correnteno
retificador e o controledo
ângulo de extinçãono
inversor.Nos
estudos de estabilidade a pequenas perturbações,em
que
o eloCCAT
esteja
operando
em
tornodo
seu ponto de operação nonnal, os controles a nível de pólopodem
ser suficientemente representados pela.fimção
de transferênciado
CCA
("Cu1rentControl
Amplifier")
edo
VCO
("Voltage Controlled Oscillator") do retificador, e docontrole de y constante
do
inversor.Como
após a eliminação de grandes perturbaçõesno
sistema
CA,
o eloCCAT
geralmente volta a operarem
tomo
do
seu ponto de operaçãonormal, esta representação
também
éadequada
para o projeto de sinais estabilizadores paraamortecer oscilações eletromecânicas críticas
no
sistemaCA,
através demodulação
de potência ativa (corrente)no
eloCCAT
[15] .A
O
Amplificador
de Controle da Corrente,CCA,
funcionacomo
um
regulador de corrente,
onde
o sinal de entrada é obtido pela diferença existente entre aCapítulo III - Modelagem de Elos
CCAT
26tensão Vc proporcional ao erro (Iord-Icc), que é enviada aos controles das pontes
conversoras,
onde
o ângulo de disparo das válvulas émodificado
afim
de elirninar o erro dacorrente.
A
função de transferênciado
CCA
deve possuir as característicasdinâmicas necessárias para
um
bom
desempenho
do sistema de controle, sendo adotado atualmente funções de transferênciado
tipo PI (Proporcional- Integral) [15] .O
Oscilador Controlado por Tensão,VCO,
éum
circuito gerador de pulsos,com
uma
frequência de repetiçãoque
é controlada pela tensão de entrada Vc.Um
trem depulsos é enviado às válvulas conversoras de
modo
amanter
o ângulo de disparo orrequerido.
O
Controle de Corrente é apresentadona
fig. III.10, representando oamplificador
CCA
e o osciladorVCO
para o controle de ponte conversora,em
estudos deestabilidade a
pequenas
perturbações.V '"
CCA
Icc H Ki › CVCO
_ + +Vc
H u 1>
. . 1+S.T °° Iord + +Imod
_Fig. III. 10 -
Diagrama
de Blocosdo
Controle de Corrente._
A
referência de corrente, anteriormente considerada fixa,pode
serdeterminada
em
fxmção de outra grandeza mais utilizada para o controle de operaçãodo
Capítulo III - Modelagem de Elos
CCAT
27consumida
pelas conversoras.O
Controle de Potência Constante, que' se supeipõe aocontrole de corrente, é realizado ao nível
do
controle de bipolo atravésdo
cálculo dareferência de corrente,
em
função daordem
de potência, Pord, ditada pelo centro deoperações
do
sistema e da tensão, Vcc,medida
numa
das extremidades do elo.Assim, a
ordem
de correntenão
é maisum
valor constantequando
o eloCCAT
estiveroperando
sob controle de potência ,mas
irá variarem
função de oscilaçõesna
tensãoVcc
ou
demodificações na
ordem
de potência, decorrentes da ação demodulação
realizada através deuma
malha
de controle suplementar.O
emprego
de controle de corrente na operaçãodo
eloCCAT,
só é maisinteressante para a performance dinâmica do sistema global, durante
um
período transitório,quando
da eliminação deuma
grande perturbaçãono
sistemaCA,
visto que o controle de potência requerum
elevado suprimento de reativo.No
mais , é natural que sob o ponto devista operativo, exista
um
interessemaior
em
ditar a potência da ser transmitida pelo elo,dado que
deforma
tradicional a operaçãodo
sistema elétrico é baseadano
controle da potência ativa gerada ena
potência ativa que flui nas linhas que interligam diferentes áreasdesse sistema.
H
›
Utilizando-se
um
bloco atrasadorna medição
da tensãoCC,
obtém-setransitóriamente
uma
característica de controle de corrente .constante dentrodo
modo
decontrole de potência constante.
O
valor da constante detempo
de retardo é ajustado atravésde estudos de
desempenho
dinâmico, sendoque no
casodo
sistemaCCAT
de Itaipuutilizou-se o valor de
500
ms
[15] _O
diagrama
de blocosque
representa o eloCCAT
em
controle de potênciae a característica transitória de controle de corrente
em
estudos de estabilidade dinâmica éCapítulo III - Modelagem de Elos
CCAT
28Pmod
1 + +Pord
Vcc
° K1šš
OL + + + 1+s.T ¶ Pord OVCC
R
1Vcc
R
Vccozl+S.Tm
Fig. III. 11 - Controle de Potência
no
eloCCAT.
'U
W
I
No
intervalodefinido
pelamargem
de corrente, trechoHC
da característica~
estática completa, fig.III.9,
observamos
uma
modificaçao
interessante da característicabásica
da
inversora, que é introduzida pelo Controle de Erro de Corrente,CEC
('_'CurrentError Control").
Quando
a resistência equivalente decomutação
da inversora exceder aresistência
da
linhaCC,
as características das conversoraspodem
apresentarmais
deum
ponto de cruzamento,
provocando
a instabilidade de controleda
ligaçãoCCAT,
conhecidaCapitulo III - Modelagem de Elos
CCAT
29Vcc
A
Retificador
Inversor
¬
Iordi Iordr>
ICCFig. III. 12 - Instabilidade de Três Pontos.
A
atuaçãodo
CEC,
visa simplesmente acrescentar à referênciado
ângulode extinção
mínimo,
um
sinal proporcional a diferença entre a corrente deordem
, lord, e acorrente
medida na
linha , Icc,como
se observana
fig. III. 13.r cc I . Iordi ' ‹
I
AYCEC
+gm
+.IL
cEc
)%+
' refFig. III. 13 -
Modelo
doCEC
para estudo de estabilidadeconvencional.
Com
a limitaçãodo
sinal de erro entre Iord e Iccsomente
a valorespositivos,
impede-se
a atuaçãodo
CEC
no
sentido de reduzir o ângulo de extinçãomínimo,
pois o valor de
Ay
serásempre
positivo.Em
períodos transitóxios,em
que ocorrem
decréscimos na corrente da linhaCC
ou
elevaçãoda
corrente deordem
do inversor (Iordi), oCEC
atuamesmo
que tenhasido
implementado
para a solução deum
problema
de regime permanente,como
na
Capítulo III - Modelagem de Elos
CCAT
30estáticas, fig. III. 12.
Devido
à descontinuidade apresentada peloCEC
no
ponto de operaçãonormal do
eloCCAT,
permitindo apenas excursões positivas deAy
, estemodo
de controlenão pode
ser representadona malha
de controledo
inversor para estudos depequenas
perturbações [15].
O
controle de y constanteno
inversorpode
ser representado deforma
aproximada, considerando-se
Ay=O
ou
defonna mais
detalhada, levandoem
consideração ainfluência' das variações de tensão
CA
e da corrente da linhaCC,
conforme
émostrado no
diagrama
de blocos da fig. III. 14 [15] .AVCA
2.Rc.Icc>
K.a.V cA.senyo 0>
K.a.V 2.Rc ->š§+>Ay
czào .sen yo +
Ayo
+ Gvco senB‹›sen Y E
_
s
AIcc
Fig. III. 14 - Controle de y
do
Inversor.2.R
.Ionde: B0
=
cos`1 cosyg-ig-gl
1(.3..VCA0
Capítulo III - Modelagem de Elos
CCAT
31Com
omodelo
de controle definido,obtemos
condições de implementar asequações dos
modos
de controlena
retificadora e inversora.Em
nosso trabalho, utilizamoso controle de corrente
ou
controle de potênciano
retificador, fig. III.15 e fig. III.16 e aforma aproximada do
controle de yno
inversor, Ay=O.I°° I
ccA
vco
+ v - K1 +s.KpV°
1 Iord S 1+S.T>
OL +Imod
Fig.III. 15 - Controle de Corrente
no
retificador.Pmod
+ + Ford
Vcc
O I°° `x
1<¡+s.KpVc_
1 L _>
+
+
s1+s.Tm
°°Pora V°°iz
Vez
o
R
í
1+S.Tm
Vcc
02Capítulo III - Modelagem de Elos
CCAT
32Com
a utilização da _,variáve1 auxiliarx=Vc-Kp.(Icc-Iord+Imod),
com
Imod
caso hajamodulação
de corrente,obtemos
as seguintes equações de estado para ocontrole de potência:
d
21-gx
=
k¡.(ICcR-Im,
+Im°d) (III.l8)onde; 10,,
=
-_-_)--X]-;.VCc
(11119)cco
P
ord+
Pmod Pord 'VCCQ R
d
1‹aa
=
ë--Ê-+-1%.(1cCR
-10,, +1m,d) (11120)d
‹Vcc
Voc
_
V
=
-'-R--
íx
III.21 dt CC*Tm
Tm
( )Na
Seção
III.6, as equações algébricas e de estadodo
eloCCAT,
serãodevidamente
linearizadasem
tomo
do ponto de operação, paraque
possam
ser expressasmatricialmente, e introduzidas
na
matriz jacobiana do sistemaCA/CC,
demodo
arepresentar o elo
CCAT
nos estudos de estabilidade dinâmica.III.5 -
Modulação
de
Potência eCorrente
em
ElosCCAT:
Uma
moderna
tendência de aumentar os limites de potênciaem
sistemas de transmissãoCA
e a interligação de sistemas elétricos remotosou
isolados,pode
serassociada
com
a redução,no
sistema, dos torques de sincronização e amortecimento,bem
como
problemas
de estabilidade de tensão, controle de freqüência e restabelecirnentoCapítulo III - Modelagem de Elos
CCAT
*__*fm
_
33 ʔA
possibilidade de controlar rapidamente a correnteno
eloCCAT,
permiteque modulações
de potênciaou
corrente nos conversores, contribuamcom
a melhoria daestabilidade dinâmica
do
sistemaCA,
sendotema
de diversos trabalhos[15],[20],[21],[23],[24],[25],[26],[27],[28],[29],[30] e [31].
Sinais de
modulação
de Potência Ativa,Pmod,
são usualmenteintroduzidos através do Controle de Bipólo, o qual cabe as funções de determinação e
supervisão
da
potência transmitidano
eloCCAT
.Um
sinalPmod
,pode
ser.usado
tantopara
aumentar ou
reduzir aordem
de potênciaCC,
Pord,com
a fmalidade de forneceramortecimento
às oscilações eletromecânicas do sistemaCA,
quando
o elo estiver operandosob o
modo
de potência constante, fig. lII.11 .Outro sinal
modulador
também
pode
ser introduzidocom
amesma
finalidade
do
anterior, só que a nível do Controle de Pólo,onde
seimplementa
o controlede corrente,
temos
assim amodulação
de Correnteno
retificador do eloCCAT,
Imod
fig.III. 10 _
-'
Os
controladores utilizados para aModulação
de Potênciaou
CorrenteCC,
são
muito
simples.Consistem
deum
ganho
K
eum
filtroWash-Out
ou
acombinação
destescom
funções de avanço-atraso (Lead-Lag), fornecendoum
deslocamento de fase própriopara os controladores.
Neste trabalho, para
modular
aordem
de potênciano
elo, utilizamos sinaisderivados
do
módulo
de tensão |V|, da diferença de frequência entre as barrasCA
daretificadora e inversora
Aƒm
e a velocidadedo
gerador síncrono w. Para amodulação
decorrente, só