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Agenda
Diogo Pires Associate Partner dpires@deloitte.pt Filipe Moura Associate Partner fmoura@deloitte.pt Inês Oliveira Manager inoliveira@deloitte.ptJosé Pedro Rua
Associate Partner
jrua@deloitte.pt
01 Preços de transferência nos OIC
Obrigações de reporte
02 Fiscalidade das operações de financiamento
Debt pricing
03 FATCA/CRS/IFR e PFIC
04 IVA na administração ou gestão de OIC
06 Questions & Answers
Patricia Matos
Partner
pamatos@deloitte.pt
05 Hot topics
SIFIDE II e os OIC Golden VISA e os OIC
nos organismos de
investimento coletivo
Obrigatoriedade de preparação e entrega do
Dossier de Preços de Transferência
Quem?
Sujeitos passivos acompanhados pela UGC (bem como aqueles que estejam
no RETGS de entidades acompanhadas pela UGC),
entidades sob supervisão
da CMVM
, da ASF ou do Banco de Portugal, com rendimentos superiores ou
iguais a
3 Milhões de Euros
no período de tributação imediatamente
anterior
Penalizações?
1.000 a 20.000
euros para pessoas coletivas obrigadas a preparar a
documentação relativa aos preços de transferência, sendo
acrescida de uma
Obrigações de reporte
Artigo 130º
CIRC
(nova redação)
Obrigatoriedade na entrega da documentação de Preços de Transferência
Esclarecimentos da UGC
• “As situações passíveis de serem consideradas como relações
especiais não se restringem às expressamente elencadas no n.º 4 do art.º 63.º do Código do IRC, sendo estas um mero exemplo
esclarecedor do conceito ou do tipo de relacionamentos ou influências.”
• “Uma Sociedade Gestora não só condiciona as decisões de um Fundo
como até toma as decisões em nome dessa entidade, o que constitui um grau elevado de condicionamento das decisões da outra
entidade.” OIC
Sociedade Gestora
• “Considera-se que existem relações especiais entre duas entidades nas situações em que uma tem o poder de exercer, direta ou
indiretamente, uma influência significativa nas decisões de gestão da outra.” – Artº 63º CIRC
Transações relevantes para efeitos de Preços de Transferência
Operação tipicamente
documentadas e analisadas
nos dossiers de preços de
transferência de sociedades gestoras e fundos:
Análises EconómicasComissão de custódia/depositário Transações de ativos Operações financeiras
Exemplos de
Operações
Outras operações Serviços consultoria Comissão mais-valia/performance Comissão de gestão Comissão de montagem• Quando?
15.º dia do 7.º mês após o fim do período a que
respeita
• Como?
Através da preparação do dossier de Preços de
Transferência, que descreva a atividade da entidade e do seu
Grupo, descrevendo e quantificando as operações por esta
praticada e efetuando uma análise de preços de transferência
para suportar os termos e condições das mesmas
Obrigatoriedade na entrega da documentação de Preços de Transferência
Descrição da atividade
Análises económicas
Análise funcional e de riscos
Descrição e quantificação das operações
A UGC encontra-se atualmente a analisar a documentação de Preços de
Transferência entregue referente ao FY19, estando em simultâneo a
emitir notificações pela não entrega dos dossiers no prazo estipulado
Fiscalidade das operações de
financiamento
01 02 03 04 05Corporate unitholder
Banco
Fiscalidade das operações de financiamento
SICAFI / FII / FCR
Estrutura hipotética
UPs Propco ≤ 100% IBL 1 IBL 4 IBL 2 UPs IBL 3Dimensões de análise
01 Participantes: 02 SICAFI / FII / FCR: 03 Propco: • Perfil fiscal• Tributação do financiamento e dos fluxos de rendimento • Mecanismos de controlo da AT / Obrigações fiscais
• Perfil fiscal do veículo de investimento coletivo (e.g. FII, FCR) • Restrições legais ao endividamento (e.g. RGOIC)
• Tributação do financiamento e dos fluxos de rendimento • Mecanismos de controlo da AT / Obrigações fiscais
IBL 5
• Restrições fiscais ao endividamento por via da dedutibilidade limitada dos encargos financeiros (e.g. ATAD 1 e 2, Transfer Pricing) • Tributação do financiamento e dos fluxos de rendimento
Características a adotar para permitir maximizar
rendimento
Preços de Transferência | Debt Pricing
Operações Financeiras
Sistemização do retorno ao investidor
Linearização de rendimentos
Distribuição de rendimentos para accionistas e investidores
Dimensionamento em função das necessidades
Alinhar/maximizar rendimento face ao retorno esperado pelos investidores
Como suportar esta operação perante a AT em caso de inspeção
Porque merecem as operações financeiras uma atenção especial?
Preços de Transferência | Debt Pricing – Autoridade Tributária
Esta tipologia de operações tem merecido uma
crescente atenção e
escrutínio por parte da Autoridade Tributária
Até ao momento, a abordagem da AT focou-se principalmente na remuneração no nível de pricing e por duas vias:
Utilização de estatísticas do
Banco Central
Utilização de comparáveis
internos
Text runs here
• Estas duas abordagens apresentam frequentemente
fragilidades quanto ao cumprimento dos critérios de
comparabilidade
exigidas pelas regras de PT
• Como consequência, muitos destes casos originaram
litigância
, nomeadamente
nos Tribunais Arbitrais
,
com
resultados favoráveis aos contribuintes
1
Preços de Transferência | Debt and Equity Funding
Chapter X – Financial Transactions, uma mudança de paradigma
• Em
11 de Fevereiro de 2020
, a OCDE emitiu a versão final do relatório, agora incluído nas
Guidelines como o Capítulo X, tornando-o o primeiro de sempre dedicado exclusivamente a
transações financeiras
.
• Guidance
cobre um
conjunto alargado de operações financeiras
(empréstimos, cash-pooling,
garantias, hedging, captive insurance arrangements).
• A nossa Portaria tem uma
remissão para as Guidelines da OCDE
, pelo que, apesar de não ter
sido vertida na Lei em Portugal, entendemos que tanto a AT Portuguesa como os contribuintes
deverão passar a
considerar esta Guidance como uma referência para a aplicação de TP às
Preços de Transferência | Debt and Equity Funding
Benchmark de comparáveis
Veio reafirmar que devem ser tidas em
consideração as características economicamente relevantes da operação (maturidade, rating, existência de colaterais/garantias, subordinação, entre outros), assim como a pratica de analisar as operações através de benchmarks de transações comparáveis que revestem as mesmas
características (validando tb a utilização de bonds para testar loans)
Comparability adjustment
Confirmou a necessidade de aplicar
Comparabilty adjustments para afinar
e melhorar comparabilidade das operações – por exemplo country risk
Opções realisticamente disponíveis
Veio introduzir algumas novas áreas de análise, reforçando por exemplo a questão das opções realisticamente
Capacidade de endividamento
Reforçou também a importância de analisar a capacidade de uma entidade em cumprir com os reembolsos e pagamentos de juros subjacentes à dívida contraída
Substância Mutuante
Perspetiva dual credora vs devedora, requerendo confirmar que o credor tem efetivamente substancia suficiente para gerir a operação e os riscos para ter direito à remuneração subjacente
Risco de crédito
Reforçou a importância de analisar o risco de crédito da entidade mutuária no âmbito de uma operação financeira
Preços de Transferência | Debt Pricing – Metologia de avaliação
Para responder às crescentes exigências, uma documentação para (i) defender, (ii) maximizar e (iii)
alinhar o retorno, deve ter:
FATCA/CRS/IFR e PFIC
01 02 03 04 05FATCA/CRS/IFR e PFIC
SCR / SGOIC
Estrutura hipotética
OIC / FCR
Dimensões de análise
01 Enquadramento de OIC/FCR e SGOIC/SCR/SGFCR
02 Registo
03 Qualificação de investidores
• Instituição Financeira Reportante ou não Reportante. • Definição das obrigações.
• Documentação de clientes (KYC, formulários IRS, auto-certificação). • US Person, Controlling Person, Residente em país CRS, isentos de
reporte.
PFIC
04 Reporte de informação
• 31 de julho de cada ano. • Ficheiros XML.
UP’s custodiadas em IF
OIC / FCR FCR
06 PFIC
• Estatuto atrativo para investidores US Person (permite a aplicação de um regime fiscal mais favorável nos EUA).
FATCA
CRS IFR
IVA na administração ou gestão de OIC
01 02 03 04 05IVA na administração ou gestão de OIC
OIC Prestadores de serviços SGOIC Comissão de gestão Isenção de IVA Artigo 9 (27) (g) CIVA Regime IVA?Isenção de IVA
Diretiva IVA
• Art. 135 (1) (g) – Gestão de fundos comuns de investimento, tal
como definidos pelos Estados-Membros
Código do IVA
• Art. 9 (27) (g) – Administração ou gestão de fundos de investimento
Legislação complementar
(1)• Lei n.º 27/2020, de 23 de Julho
• Lei n.º 16/2015, de 24 de fevereiro
• Lei n.º 18/2015 de 4 de março
Qual o alcance da isenção?
IVA na administração ou gestão de OIC
Organismos regulados e sujeitos a supervisão
Operações específicas à atividade dos OIC,
incluindo serviços de gestão administrativa
e contabilística dos fundos
Depende da natureza
das prestações de serviços realizadas
Relevância do risco para o beneficiário
(fundos de pensões)
Gestão “corrente” de ativos vs. gestão de património
(ativos imobiliários)
Possibilidade dos serviços serem prestados
por um gestor terceiro (subcontratação)
Conjunto distinto que, apreciado em termos globais,
preenche as funções específicas e essenciais da gestão
e administração de OIC
Necessidade de análise de cada situação de forma individualizada
atentos os múltiplos critérios acima mencionados
Hot Topics
01 02 03 042021
05SIFIDE II e os Fundos de Investimento
OIC
Empresas I&D
Estrutura hipotética
Corporate
unitholder Subscrição de UP’s
Investimento em Empresas I&D
Heads-up
01 Alterações legislativas operadas pela LOE para 2021:
• Clarificação das aplicações relevantes a efetuar pelo fundo, nomeadamente no que toca às empresas do setor da tecnologia. • Estabelecimento de um prazo de 5 anos, não só de “lock-in” para o
participante (como existia em 2020), para a concretização dos investimentos por parte do fundo e empresas elegíveis.
• Emissão de declarações comprovativas do investimento realizado, não só por parte das empresas elegíveis ao fundo de investimento, como também pelos fundos aos respetivos participantes.
• Sociedades gestoras obrigadas a enviar à ANI o relatório anual auditado e outra informação de portefólio, que comprove os investimentos efetivamente realizados (maior controlo).
Nota 1:
• As obrigações acima referidas tornam a aplicação do benefício fiscal dependente da atividade de terceiros, que pode dificultar o controlo pelo beneficiário.
• Por outro lado, a imposição de uma obrigação de realizar
Nota 2:
• Legislador podia ter esclarecido de forma clara na Lei que a menção a “fundos de investimento” quer, na verdade, referir-se a OIC nos termos da subalínea aa) do n.º 1 do artigo 2.º do RGOIC (ou seja, incluindo os FCR).
Golden VISA e os Fundos de Investimento
SICAFI / FII / FCR
Propco
≤ 100%
Estrutura hipotética
Heads-up
Subscrição de UP’s:
Ticket mín: € 500k
01 Alterações legislativas recentes (Decreto-Lei 14/2021, de 12 de fevereiro):
• Restrições no investimento imobiliário direto (vertente residencial apenas) que não se situe nas Regiões Autónomas e territórios do interior (e.g. Lisboa, Porto)…mas só a partir de 1 de janeiro de 2022. • Restrições acima não se aplicam ao investimento imobiliário indireto
através de veículos de investimento, o que pode aumentar o interesse nesta modalidade de investimento.
• Aumento do valor do ticket mínimo de investimento quando envolva transferência de capitais (i.e., de € 1.000k para € 1.500k), fundos de investimento/capital de risco (i.e., de € 350k para € 500k) ou
sociedades de capitais (i.e., e € 350k para € 500k).
02 Territórios do interior:
• Identificados na Portaria n.º 208/2017, de 13 de julho.
• Na região do Algarve, por exemplo, existem áreas onde o investimento poderá revelar-se elegível [e.g. Alcoutim, Aljezur, Castro Marim,
Monchique, Vila do Bispo, Loulé (certas freguesias), etc.].
Caducidade do regime fiscal dos participantes em OIC vs. Prorrogação do regime fiscal?
1 Jul 2015
• Entrada em vigor do novo regime fiscal dos OIC e respetivos participantes (este último sujeito à regra de caducidade
prevista no EBF – i.e. 5 anos).
• Revisão do regime prevista para ocorrer até 2018 (que não se verificou).
31 Mar 2016
• Alterações no regime fiscal dos participantes, no sentido de incluir medidas restritivas em participantes não residentes (e.g.
blacklisted).
• Estas alterações, face à posição da AT, reiniciou a contagem do referido prazo de caducidade – i.e., 5 anos.
31 Dez 2018
• Meta proposta pelo legislador para rever o regime fiscal dos OIC e dos participantes não foi cumprida.
31 Mar 2021
• Caducidade do regime fiscal dos participantes, o que poderá conduzir à aplicação do regime geral estabelecido nos Códigos do IRS e IRC.
• Este aspeto é
particularmente sensível, pelos efeitos que poderá acarretar, não só no plano fiscal como em matéria de informação pré-contratual apresentada aos
?
• Será que o caminho poderá assentar na prorrogação do regime fiscal até que seja
efetuada uma revisão ao mesmo?
• Para quando uma revisão do regime fiscal dos OIC?
Questions & Answers
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