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Potencial da lactoperoxidase no diagnóstico da mastite subclínica em vacas via processamento de imagens

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(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PROGRAMA DE PÓS - GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL

POTENCIAL DA LACTOPEROXIDASE NO

DIAGNÓSTICO DA MASTITE SUBCLÍNICA EM VACAS

VIA PROCESSAMENTO DE IMAGENS

EMANUELLE PATRÍCIA ENRIQUE DA SILVA

MACAÍBA/RN- BRASIL

FEVEREIRO - 2019

(2)

POTENCIAL DA LACTOPEROXIDASE NO

DIAGNÓSTICO DA MASTITE SUBCLÍNICA EM VACAS

VIA PROCESSAMENTO DE IMAGENS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Produção Animal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para obtenção do título de mestre.

Orientador: Prof. Dr. Adriano Henrique do Nascimento Rangel.

Co-orientador: Prof. Dr. Edgar Perin Moraes

MACAÍBA/RN-BRASIL FEVEREIRO – 2019

(3)

POTENCIAL DA LACTOPEROXIDASE NO

DIAGNÓSTICO DA MASTITE SUBCLÍNICA EM VACAS

VIA PROCESSAMENTO DE IMAGENS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Produção Animal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para obtenção do título de mestre.

APROVADA EM ____/____/____

BANCA EXAMINADORA:

___________________________________________________ Prof. Dr. Adriano Henrique do Nascimento Rangel (UFRN)

(Orientador)

____________________________________________________ Prof. Dr. Edgar Perin Moraes (UFRN)

(Co-orientador)

_____________________________________________________ Prof. Dr. André Thales Neto (UDESC)

(4)

Ficha catalográfica

Silva, Emanuelle Patricia Enrique da.

Potencial da lactoperoxidase no diagnóstico da mastite subclínica em vacas via

processamento de imagens / Emanuelle Patricia Enrique da Silva. - 2019.

48f.: il.

Dissertação (Mestrado em Produção Animal) Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias,

Pós-graduação em Produção Animal. Macaíba, RN, 2019.

Orientador: Adriano Henrique do Nascimento Rangel.

Co-orientador: Edgar Perin Moraes.

1. Qualidade do Leite - Dissertação. 2. Sistema Lactoperoxidase - Dissertação.

3. Saúde de Glândula Mamária - Dissertação. I. Rangel, Adriano Henrique do

Nascimento. II. Moraes, Edgar Perin. III. Título.

(5)

Aos meus amados pais e

irmãs queridas, tudo será

sempre por vocês!

(6)

AGRADECIMENTOS

À Deus, minha fortaleza que nunca me desampara.

Aos meus pais Ademar e Azenete, meus amores e grandes incentivadores, sem vocês nada disso seria possível.

Às minhas irmãs Aline e Tamiris, por serem as melhores irmãs que eu poderia ter. Ao meu namorado, Rodrigo, por todo amor e apoio.

À Andreza, Maria Izabel e Fátima, pelo grande incentivo para que eu fizesse a seleção do mestrado.

Ao meu orientador, professor Adriano Rangel, pela oportunidade e por ter acreditado em mim em todos os momentos.

Ao meu co-orientador, professor Edgar Moraes, pela generosidade, atenção e presteza. Serei eternamente grata!

À Yhêlda, minha parceira de análises e amiga, foi uma honra desenvolver esse trabalho com você!

À professora e amiga Stela Antas, por toda ajuda e amizade, obrigada!

A todos que fazem parte da equipe do LABOLEITE, pelo apoio e compreensão, quando muitas vezes estive ausente como técnica do laboratório.

Ao professor Emerson Aguiar pela disponibilidade no uso dos equipamentos do Laboratório de Nutrição Animal, e aos funcionários Francisco e Eduardo por todo incentivo.

Ao senhor Márcio Oliveira, proprietário da Fazenda São Miguel por disponibilizar as amostras de leite Jersey e as suas funcionárias Elane e Grazi pela boa vontade a cada coleta.

À EMPARN pelas amostras de leite de Gir e Guzerá. Á UFRN por poder vivenciar esse momento.

À minha querida UFRPE, pela minha formação no curso de zootecnia e por ter me proporcionado momentos inesquecíveis.

Muito Obrigada!

(7)

SUMÁRIO

Capítulo 1. Sistema lactoperoxidase e saúde da glândula mamária: Uma Revisão...09

Referencial Teórico...12

Referências...22

Capítulo 2. Potencial da lactoperoxidase no diagnóstico da mastite subclínica em vacas leiteiras via processamento de imagens... 29

Resumo...30 Abstract...31 Introdução...32 Material e Métodos...33 Resultados e Discussão...37 Conclusão...43 Referências...43

(8)

Lista de figuras

Figura 1: Estrutura da enzima lactoperoxidase... 19

Figura 2: Gráfico da curva de calibração da LP em unidades/ mL-1. ... 48

Figura 3: Gráfico do auto-escalonamento das variáveis RGB da lactoperoxidase no leite. ... 49

Figura 4: Gráfico dos scores para o modelo PCA do dataset. ... 49

Figura 5: Gráfico dos loadings do modelo PCA de lactoperoxidase no leite. ... 49

Figura 6: Gráfico biplot do modelo PCA dos padrões de lactoperoxidase no leite... 50

Figura 7: Gráfico da calibração da atividade enzimática. ... 50

Figura 8: Gráfico da calibração da CCS. ... 50

Lista de Tabelas Tabela 1. Média da atividade da lactoperoxidase nas diferentes espécies. ... 19

(9)

CAPÍTULO 1

SISTEMA LACTOPEROXIDASE E SAÚDE DA GLÂNDULA MAMÁRIA: UMA REVISÃO

(10)

SISTEMA LACTOPEROXIDASE E SAÚDE DA GLÂNDULA MAMÁRIA: UMA

1

REVISÃO.

2

Resumo: As perdas de produção associadas à mastite podem variar de 10 a 30% da

3

produção leiteira a cada lactação, sendo que 75% do prejuízo total está relacionado à

4

mastite subclínica. Essa é a patologia infecciosa que mais interfere na qualidade do

5

leite, promovendo alterações na composição química e diminuição da produtividade,

6

além de modificar as concentrações das células somáticas e de enzimas. Estudos

7

mostram que a glândula mamária desenvolve respostas imunológicas contra

8

microrganismos invasores, sendo possível que a enzima lactoperoxidase esteja

9

diretamente relacionada a este mecanismo de defesa. A lactoperoxidase (LP) faz parte

10

do sistema lactoperoxidase (SLP), juntamente com o peróxido de hidrogênio e o íon

11

tiocianato, catalisando a reação. Dessa reação, ocorre a formação de substâncias

12

antimicrobianas que possuem ação eficaz no combate a microrganismos patogênicos.

13

Pesquisas afirmam que animais que apresentam mastite subclínica, possuem maior

14

concentração da LP e correlação positiva com a contagem de células somáticas, assim, a

15

determinação da atividade enzimática, pode vir a ser utilizada como uma nova forma de

16

detecção da enfermidade e então servir de parâmetro avaliativo da saúde da glândula

17

mamária.

18

Palavras-chave: células somáticas, qualidade do leite, resposta imune, sistema

19

antimicrobiano.

(11)

LACTOPEROXIDASE SYSTEM AND MAMMARY GLAND HEALTH: A REVIEW

21

Abstract:Production losses associated with mastitis can range from 10 to 30% of milk

22

production at each lactation, with 75% of the total loss being related to subclinical

23

mastitis. This is the infectious pathology that most interferes with milk quality,

24

promoting changes in chemical composition and decreased productivity, as well as

25

modifying the concentrations of somatic cells and enzymes. Studies show the mammary

26

gland develops immune responses against invading microorganisms, and it is possible

27

that the enzyme lactoperoxidase is directly related to this defense mechanism.

28

Lactoperoxidase (LP) is part of the lactoperoxidase system (SLP), together with

29

hydrogen peroxide and thiocyanate ion, catalyzing the reaction. From this reaction

30

occurs the formation of antimicrobial substances that have an effective action in the

31

fight against pathogenic microorganisms. Research has shown that animals with

32

subclinical mastitis have a higher LP concentration and a positive correlation with

33

somatic cell counts. Thus, the determination of enzymatic activity can be used as a new

34

form of detection of the disease and then serve as a parameter evaluation of the health of

35

the mammary gland.

36

Key words: somatic cells, milk quality, immune response, antimicrobial system.

(12)

12

1. INTRODUÇÃO

1

O leite é um dos alimentos de maior importância para a sociedade, sendo

2

consumido por todas as classes sociais e devido a sua composição equilibrada, é

3

considerado um dos alimentos essenciais para os grupos populacionais mais frágeis:

4

idosos, crianças e gestantes (NASCIMENTO et al., 2017).

5

No entanto, o leite é um fluido biológico complexo que serve como meio de

6

crescimento para muitos microrganismos patogênicos devido à sua ampla gama de

7

nutrientes, tornando-o impróprio para uso e processamento (DE SILVA et al., 2016).

8

Visando se adequar aos mais altos padrões de qualidade exigidos pelo mercado e

9

pelas indústrias beneficiadoras, a obtenção de um leite cru de qualidade torna-se

10

indispensável. O leite in natura deve apresentar um padrão de identidade e qualidade,

11

com características quantitativas dos componentes físico-químicos e microbiológicos

12

dentro das especificações legais vigentes, bem como ausência de sabores estranhos e

13

odores, sem resíduos de drogas detectáveis, água ou outros adulterantes (MHONE et al.,

14

2011; MURPHY et al., 2016).

15

As medidas mais frequentemente consideradas em relação ao efeito potencial

16

sobre a qualidade do leite são a contagem bacteriana total e a contagem de células

17

somáticas (CCS) (FERRERO et al., 2014). Esses fatores estão relacionados ao alimento

18

que o animal consome, às condições e procedimentos de ordenha e à saúde do animal.

19

Em relação a este último aspecto, a saúde do úbere merece atenção especial, dado que a

20

mastite é a doença que mais causa alteração nos índices bacteriológicos e de CCS

21

(VLIEGHE et al., 2018).

22

A mastite bovina é uma patologia de alta incidência mundial, responsável por

23

causar grandes prejuízos econômicos, além de ser um problema de saúde pública, uma

24

vez que os microrganismos envolvidos podem oferecer riscos ao consumidor se

25

ingeridos via leite e/ou derivados (SUTERA et al., 2018).

26

O controle da mastite tem sido constantemente investigado e a maioria dos

27

estudos se concentra no desenvolvimento de vacinas ou no manejo do rebanho, para

28

reduzir ou eliminar os agentes causadores. Outro foco de averiguação aborda a

29

modulação da resposta imune da glândula mamária, com a finalidade de aumentar a

30

resistência da mesma a patógenos invasores, pois a imunidade do úbere também é

31

responsável pelo resultado clínico da doença (MAGRO et al., 2017).

(13)

13

Nessa conjuntura, a enzima lactoperoxidase pode vir a ser utilizada como

33

parâmetro avaliativo da saúde do úbere, fazendo parte, como catalisador, do sistema

34

lactoperoxidase que, juntamente com o peróxido de hidrogênio e o íon tiocianato,

35

formam substâncias antimicrobianas naturais que atuam no combate a agentes

36

patogênicos (URTASUN et al., 2017). Além disso, a lactoperoxidase aumenta sua

37

atividade enzimática nesse processo e essa característica pode vir a colaborar com o

38

diagnóstico da mastite subclínica (ISOBE et al., 2011).

39

Diante do exposto, ocorre a necessidade de ser investigado o comportamento

40

dessa enzima frente à mastite bovina, podendo a mesma vir a ser considerada referência

41

qualitativa da saúde da glândula mamária, e atuar como alternativa na detecção da

42

mastite subclínica.

43

2. QUALIDADE DO LEITE

44

O leite bovino é um alimento que possui alto teor de proteínas, vitaminas,

45

gorduras, sais minerais e compostos de alta digestibilidade (NASCIMENTO et al.,

46

2017). Por ter essa composição extremamente nutritiva, é consumido como bebida ou

47

utilizado na produção de derivados lácteos (PORCELATTO et al., 2018).

48

A síntese do leite ocorre em células especializadas da glândula mamária, sendo

49

considerado estéril quando secretado nos alvéolos do úbere, no entanto, o leite cru

50

possui populações bacterianas altamente diversificadas, as quais são benéficas para o

51

processamento do leite, tais como as bactérias ácido-lácticas (QUIGLEYET et al.,

52

2013a). Não obstante, o leite apresenta condições ideais para o desenvolvimento

53

microbiano indesejado (DUMISTRASCU et al., 2012; DE SILVA et al., 2016).

54

Essa propagação microbiana no leite pode ocorrer dentro do úbere – proveniente

55

de animais doentes – após a sua retirada, através da ordenha e de outros fatores

56

externos, assim como no manuseio e armazenamento do mesmo (MALLET et al., 2012;

57

PORCELLATO et al., 2018). Portanto, para a obtenção de uma matéria prima de

58

qualidade, é indispensável que a ordenha ocorra de animais sadios e em condições

59

higiênicas adequadas.

60

Murphy et al. (2016) afirmam que devido às mudanças nos padrões das

61

formulações de produtos, distribuição, exportação e um mercador consumidor, cada vez

62

mais exigente, a obtenção de um produto de qualidade se torna prioridade na cadeia

63

produtiva.

(14)

14

Em vista disso, deve ser ressaltado que a qualidade no processamento do leite e

65

obtenção dos derivados é uma consequência de todas as atividades realizadas ao longo

66

do processo produtivo (VILAR et al., 2012). Vale ressaltar que fatores relacionados ao

67

animal como o metabolismo, estágio de lactação, nível produtivo, escore corporal, nível

68

de estresse ou condições de conforto estão diretamente relacionados à qualidade e

69

quantidade do leite produzido (MAGRO, et al., 2017; TREVISI et al., 2018).

70

Desta forma, a qualidade do leite cru também pode ser influenciada pela

71

mastite, que exerce interferência prejudicial sobre a suas características físico-químicas,

72

acompanhada por um aumento na contagem de células somáticas (CCS)

73

(GONÇALVES et al., 2016; BOBBO et al., 2017).

74

3. MASTITE E CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS

75

Caracterizada pela inflamação da glândula mamária, a mastite é a doença

76

infecciosa mais significativa dos rebanhos leiteiros (MAGRO et al., 2017). Estudos

77

mostram que os prejuízos causados pela mastite por ano, giram em torno de US$ 200,00

78

(duzentos dólares) para cada animal acometido pela doença (CASSOL et al., 2010).

79

Sua forma de manifestação está dividida em mastite clínica e subclínica, em

80

que a primeira acontece quando os animais apresentam sinais evidentes da doença, tais

81

como dor, rigidez, edema e aumento da temperatura do úbere, além de alterações nas

82

características do leite, como ejeção de grumos, pus ou sangue durante a ordenha

83

(MOREIRA et al., 2018;THOMAS et al., 2018). Em se tratando de mastite subclínica,

84

Adkins e Middleton (2018) afirmaram que é caracterizada por alterações na composição

85

do leite, como diminuição nos teores de gordura, caseína e lactose e elevação nas

86

proporções de Cl-, Na+, proteínas do soro e CCS.

87

A mastite também pode ser classificada quanto ao agente causador em

88

contagiosa ou ambiental. Segundo Fonseca e Santos (2007), a contagiosa é adquirida

89

quase sempre durante a ordenha, sendo causada por microrganismos que possuem

90

preferência pelo interior da glândula mamária e superfície dos tetos. Já a mastite

91

ambiental manifesta-se nos animais quando os microrganismos provenientes de

92

estercos, urina, camas orgânicas ou até mesmo o solo, alcançam o interior da glândula

93

mamária. Santos (2012) afirma que 90% do custo com a mastite ambiental ocorrem em

94

função da diminuição da produção de leite (cerca de 450 Kg/caso) e descarte do leite

95

(por volta de 260 Kg/caso).

(15)

15

Em relação aos microrganismos causadores da mastite, existem cerca de 150

97

espécies, incluindo bactérias, leveduras e algas (BRADLEY et al., 2002; SAYED-EL et

98

al., 2017), porém as bactérias são os causadores mais comuns, representando mais de

99

90% dos diagnósticos de mastite, tais como a Escherichia coli (E. coli), Staphylococcus

100

aureus (S. aureus), Streptococcus uberis (S. uberis) e Mycoplasma spp (Gonçalves et

101

al.,2018;SANTOS et al., 2018). A identificação rápida do patógeno causador da doença

102

é de primordial importância para a escolha do medicamento a ser utilizado e na gestão

103

eficaz para redução de surtos bacterianos (JURONEN et al., 2018).

104

Os patógenos ao adentrarem a glândula mamária, caso não sejam eliminados,

105

podem causar a destruição dos tecidos produtores de leite (SCHROEDER, 2012) e em

106

resposta à ação dos microrganismos, o sistema imunológico é ativado, causando o

107

processo inflamatório (OVIEDO-BOYSO et al., 2007). O risco de adquirir a doença

108

pode ser afetado por fatores químicos, físicos ou traumáticos, em que o animal, os

109

microrganismos e o ambiente, serão determinantes nesse processo, por isso a mesma é

110

considerada multifatorial (VLIEGHE et al., 2018).

111

Diante da grande necessidade de controle da doença, deve-se dar destaque

112

para a mastite subclínica. Forsback et al. (2009) afirmaram que a enfermidade afeta de

113

20 a 50% das vacas nos rebanhos. Por ser assintomática, ou seja, o úbere e o leite não

114

são modificados de forma visível, o seu diagnóstico é dificultado (VLIEGHE et al.,

115

2018).

116

Dessa forma, são utilizados alguns métodos para o controle da infecção

117

intramamária, como a contagem de células somáticas (CCS), que representa o conjunto

118

das células presentes no leite (linfócitos, neutrófilos e macrófagos) e as células de

119

descamação do epitélio glandular do úbere (RIGGIO E PORTOLANO, 2015;

120

EBRAHIMIE et al., 2018). O seu aumento ocorre devido ao aumento na produção do

121

número de células de defesa para combater a infecção nos alvéolos, sendo os principais

122

efetores celulares dentro do sistema imune mamário (WELLNITZ E BRUCKMAIER,

123

2012; SAYED-EL et al., 2017).

124

A elevação na contagem de células somáticas, além de causar diminuição dos

125

componentes sintetizados na glândula, ocasiona uma diminuição no volume de

126

produção, problemas na elaboração de derivados, no tempo de coagulação dos produtos,

127

defeitos de textura e sabor e redução da vida de prateleira (COELHO et al., 2012).

128

Outros fatores também podem interferir sobre a CCS, como a época do ano,

129

ambiente, raça dos animais e números de dias de lactação (TAKAHASHI et al., 2012,

(16)

16

TAFFAREL et al., 2015), todavia, a infecção do úbere é o principal fator responsável

131

pelo aumento da CCS (LANGONI et al., 2015).

132

Em relação às concentrações enzimáticas provenientes do úbere, a mastite afeta

133

a quantidade de algumas enzimas, que por sua vez, alteram o rendimento de alguns

134

produtos como do queijo, da manteiga e produção de ácido pelos produtos fermentados

135

(FERRERO et al., 2014).

136

Estima-se que os prejuízos causados pela patologia para a indústria láctea gire

137

em torno de 16 a 26 bilhões de dólares por ano (KVAPILIK et al., 2015). Peres et al.

138

(2014) observaram quatro fatores principais responsáveis pelos prejuízos causados pelo

139

impacto econômico em decorrência da mastite no sistema de produção de leite: perdas

140

de produção devido à mastite subclínica; custos dos casos clínicos; custos de descarte e

141

morte prematura; prejuízos da indústria por redução na qualidade e no rendimento

142

industrial de derivados.

143

4. IMUNIDADE INATA DA GLÂNDULA MAMÁRIA

144

A glândula mamária é uma estrutura anatômica constituída por glândulas

145

sudoríparas, as quais são modificadas para secretar o leite em mamíferos (FERREIRA

146

et al., 2013). É protegida por uma variedade de mecanismos de defesa, incluindo

147

aspectos anatômicos, celulares e fatores solúveis que vão agir de forma coordenada e

148

são fundamentais para resistência e susceptibilidade à infecção (OVIEDO-BOYSO et

149

al., 2007).

150

A imunidade da glândula mamária é definida como a proteção e resistência

151

às doenças infecciosas por meio da variedade de fatores imunes presentes no animal

152

(SORDILLO E STREICHER, 2002; OVIEDO-BOYSO et al., 2007).

153

As defesas imunológicas são compostas por um sistema de imunidade

154

inespecífico ou inato, e outro de imunidade específico ou adaptativo (DAHA, 2018). A

155

imunidade inata é a que é inicialmente ativada contra os microrganismos causadores da

156

mastite e atua antes da ativação da imunidade específica (FERREIRA et al., 2013). É

157

constituída por elementos físicos, químicos e celulares do sistema imunológico,

158

fornecendo defesa imediata ao hospedeiro (TREVISI E MINUTI, 2018).

159

A imunidade inata é de primordial importância no entendimento da patogênese

160

da mastite, pois o desfecho clínico da doença não está apenas relacionado aos

161

microrganismos causadores, mas também à resposta imune da glândula mamária

162

(MAGRO et al., 2017).

(17)

17

A primeira proteção da glândula mamária é o canal do teto, o qual possui

164

estruturas responsáveis por impedir a entrada dos microrganismos patogênicos, o

165

tampão de queratina e o músculo do esfíncter do teto (OVIEDO-BOYSO et al., 2007).

166

Grande parte das infecções intramamárias é resultante da superação dos

167

microrganismos às barreiras anatômica e física do canal do teto (FERREIRA et al.,

168

2013), e caso isso ocorra, poderá haver a multiplicação e estabelecimento das bactérias,

169

em virtude da resposta imune inicial ter sido inadequada (RAINARD E RIOLLET,

170

2006; VLIEGHE et al., 2018).

171

Uma vez que o agente patogênico atravessa o canal do teto e alcança a cisterna

172

mamária, passam a atuar os fatores solúveis (WELLNITZ E BRUCKMAIER, 2012). Os

173

que mais se destacam correspondem a três grupos funcionais: 1) Fatores que inibem o

174

crescimento microbiano, constituídos por macrófagos, neutrófilos e leucócitos; 2)

175

Peptídeos que tem ação bacteriostática, agindo de forma independente ou ligados a

176

imunoglobulina, como a lactoferrina; 3) Enzimas hidrolíticas focadas em estruturas

177

microbianas, como a lactoperoxidase (LINDE et al., 2008).

178

5. SISTEMA LACTOPEROXIDASE (SLP)

179

O sistema lactoperoxidase é um sistema enzimático antibacteriano no leite,

180

constituído pela lactoperoxidase (LP), íon tiocianato (SCN-) proveniente do

181

metabolismo hepático, e pelo peróxido de hidrogênio (H2O2) oriundo do metabolismo

182

celular (SERMON et al., 2005; NASRABADI-TAYEFI et al., 2011). A ativação do

183

sistema ocorre com a oxidação do íon tiocianato pelo peróxido de hidrogênio, sendo a

184

reação catalisada pela lactoperoxidase (TRUJILLO et al., 2007).

185

A reação irá originar o ácido hipotiociânico (HOSCN) e o íon hipotiocianato

186

(OSCN-), ambos apresentam atividade antimicrobiana, porém este último é o mais

187

importante, por ser produzido em maiores quantidades (WOLFSON E SUMMER,

188

1993; SEIFU et al., 2005; URTASUN et al., 2017). A magnitude do efeito

189

antimicrobiano no leite é afetada pelas concentrações do íon tiocianato e do peróxido de

190

hidrogênio (LARA-AGUILAR E ALCAINE, 2019).

191

Thomas (1985) propôs um esquema de reação, indicando a possibilidade de duas

192

vias diferentes de oxidação do íon tiocianato até hipotiocianato:

193

 Primeira via de oxidação do íon tiocianato

194

SCN-+ H2O2 → OCSN- + H2O

(18)

18

 Segunda via de oxidação do íon tiocianato

196 2 SCN- + H2O2 +2 H+ → (SCN-)2 +2 H2O 197 (SCN-)2 + H2O →HOSCN + H+ + SCN- 198 HOSCN (pKa= 5,3) →H+

+ OCSN- (reação reversível).

199

Dependendo do processo reativo, a reação pode não originar de imediato o

200

hipotiocianato, outros produtos intermediários de vida curta podem ser formados em

201

quantidades variadas, dependendo das condições da reação, incluindo tiocianogênio

202

(SCN-)2, cianogênios tiocianato (NC-SCN), ácido cianosulfuroso (HO2SCN) e ácido

203

cianosulfúrico (HO3SCN) (PRUITT E KAMAU, 1991; GHIBAUDI E LAURENTI,

204

2003).

205

O hipotiocianato produzido pela reação possui ação antimicrobiana de amplo

206

espectro, ou seja, consegue ser eficaz contra várias espécies de microrganismos,

207

podendo ser bactericida, contra bactérias Gram negativas, e bacteriostática, contra

208

bactérias Gram positivas (SAAD, 2008; AL- BAARRI et al., 2010; SOUSA et al.,

209

2014).

210

Os diferentes grupos de microrganismos mostram um grau variável de

211

sensibilidade ao sistema lactoperoxidase, dependendo de fatores como tipo de

212

microrganismo, tipo de doador de elétrons nas proteínas da membrana, pH, temperatura,

213

tempo de incubação e densidade celular (REITER E HARMULV, 1984; NAIDU,

214

2000).

215

A ação antimicrobiana do SLP altera o metabolismo das bactérias, ocasionando

216

lesões ou modificações nas diversas estruturas da célula bacteriana, como parede

217

celular, sistema de transporte ativo e passivo, enzimas glicolíticas e ácido nucléicos, o

218

que consequentemente, interfere na capacidade de multiplicação dos microrganismos

219

(HABERSKA et al., 2008).

220

5.1 LACTOPEROXIDASE (LP)

221

A glândula mamária sintetiza uma das enzimas mais importantes para a sua

222

proteção, do leite e do trato intestinal dos lactentes contra microrganismos patogênicos,

223

a lactoperoxidase (LP) (BOOTS E FLORIS, 2006; SHARMA et al., 2013). Essa enzima

224

(LP) (CE 1.11.1.7) é uma glicoproteína encontrada no colostro, leite e em outras

225

secreções dos mamíferos, sendo, dentre as enzimas, a encontrada em maior quantidade

226

no leite (KUSSENDRAGER E VAN HOOIJDONK, 2000; SOUSA et al., 2014).

(19)

19

A LP consiste em uma única cadeia polipeptídica contendo 612 aminoácidos,

228

constituída por um grupo prostético heme, do qual o ferro faz parte (0,07%) e quatro ou

229

cinco cadeias de carboidratos, que corresponde a 8-10% do peso molecular da enzima

230

de 78 kDa. O íon cálcio está fortemente ligado à enzima, o qual garante a conformação

231

molecular e integridade estrutural da enzima(SINGH et al., 2008; CHER et al., 2015).

232

Figura 1: Estrutura da enzima lactoperoxidase.

233

234

Fonte: Tenuovo (1985) 235

A concentração da enzima no leite bovino fica em torno de 30 mg/L,

236

constituindo cerca de 1% da proteína do soro do leite (REITER, 1985;

237

KUSSENDRAGER E VAN HOOIJDONK, 2000). No colostro bovino, o teor de

238

lactoperoxidase é baixo, no entanto, aumenta com o passar dos dias e alcança sua

239

concentração máxima de 3 a 5 dias pós-parto (KORHONEN, 1980; REITER, 1985). As

240

variações na concentração enzimática podem depender da fase do ciclo estral da vaca,

241

regime de alimentação e raça (KUSSENDRAGER E VAN HOOIJDONK, 2000). Há

242

ainda variação da atividade enzimática entre as espécies, conforme tabela abaixo:

243

Tabela 1. Média da atividade da lactoperoxidase nas diferentes espécies. 244

Espécies Atividade enzimática (Unid/mL)

Bovino 2,3

Ovino 4,0

Caprino 1,5-4,45

Bubalino 0,9

Humano 0,06-0,97

Fonte:Adaptado deSeifu et al. 2005.

245

Em relação às propriedades químicas, a LP é considerada uma das enzimas mais

246

estáveis ao calor, sendo utilizada como um indicador no excesso da pasteurização do

247

leite, assim a sua atividade se mantem estável na pasteurização, a uma temperatura de

(20)

20

63°C por 30 minutos, porém é parcialmente inativada a 72°C por 15 segundos e

249

desativada em temperaturas acima de 80°C, (FOX E KELLY, 2006; BOULARES et al.,

250

2011; DUMITRASÇU et al., 2012). Em termos de pH, a enzima apresenta atividade

251

na faixa de pH 4,0 a 7,0 e a atividade máxima é atingida no pH 6,0, porém mostra-se

252

resistente a níveis de acidez baixo, como testado em vitro com o suco gástrico humano,

253

porém o ácido L-ascórbico demonstrou ser um potente inibidor para atividade da

254

lactoperoxidase (OZER, 2014).

255

Algumas substâncias estimulam a atividade enzimática, como a presença de

256

lactose, concentrado protéico do soro, sódio, magnésio e cloreto de cálcio (OZER,

257

2014).

258

Em relação à atividade antimicrobiana, a enzima é utilizada, em regiões onde a

259

refrigeração é escassa ou inexistente, como alternativa para conservação do leite cru

260

durante o armazenamento e transporte para as áreas de processamento (JOOYANDEH

261

et al., 2011; APRODU et al., 2014; LARA-AGUILAR E ALCAINE, 2019).

262

A conservação do leite por esse método proporciona a obtenção de produtos

263

lácteos com melhor rendimento e qualidade, como afirmam Seifu et al. (2004) que

264

observaram que o sabor do leite fermentado e do queijo podem ser melhorados através

265

da ação da lactoperoxidase alterando o equilíbrio da microflora. Assim como Ndambi et

266

al. (2008), que promovendo a ativação do sistema LP em iogurtes, observaram que ouve

267

um aumento da vida de prateleira dos mesmos.

268

Além dessas particularidades, a LP possivelmente pode ser um indicativo da

269

mastite subclínica. Estudos realizados com leite de vacas e cabras que apresentavam um

270

quadro clínico de mastite mostraram que a enzima sofre modificações, aumentando a

271

sua atividade (KORHONEN E KAARTINEN, 1995). Ademais, pesquisas realizadas por

272

Isobe et al. (2011), obtiveram correlação altamente positiva entre a CCS e a

273

lactoperoxidase, concluindo que a enzima pode ser utilizada como teste de triagem para

274

detecção da mastite subclínica em vacas.

275

5.2 ÍON TIOCIANATO (SCN-)

276

O íon tiocianato (SCN-) é amplamente distribuído nos tecidos e secreções dos

277

animais, estando presente nas glândulas mamárias, tireóide e salivar, nos órgãos como

278

estômago e rim, e em fluidos biológicos tais como, o plasma e o fluido cerebral

279

(REITER E HAMULV, 1984; FSANZ, 2002).

(21)

21

No leite bovino, a concentração de SCN- reflete os níveis séricos do sangue e

281

varia com a raça, espécie, saúde do úbere e tipo de alimento (KUSSENDRAGER E

282

VAN HOOIJDONK, 2000). A concentração de tiocianato presente no metabolismo do

283

animal depende em parte da alimentação fornecida (REITER, 1985) e, segundo Yong et

284

al. (2017), existem duas fontes dietéticas importantes que dão origem ao íon tiocianato:

285

glucosinolatos e os glicosídeos cianogênicos. Alimentos como o milho, algumas

286

leguminosas, mandioca e cana de açúcar são ricos em glicosídeos cianogênicos, já os

287

glucosinolatos são encontrados em legumes como couve flor e nabo (KORHONEN,

288

2004).

289

5.3 PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO (H2O2)

290

O peróxido de hidrogênio é o terceiro componente do sistema lactoperoxidase

291

(NAIDU, 2000). Pode ser gerado endogenamente pelos leucócitos polimorfonucleares

292

no processo de fagocitose, sendo também produzido por muitos lactobacilos, lactococos

293

e estreptococos, em quantidade suficiente para ativar o sistema lactoperoxidase, sob

294

condições aeróbicas (JOOYANDEH et al., 2011).

295

O excesso de peróxido inibe a ação da enzima lactoperoxidase, uma

296

concentração acima de 60 mM/L de água oxigenada inativa a enzima (PEREZ, 1987). O

297

peróxido de hidrogênio é altamente tóxico para as células dos mamíferos, entretanto, em

298

baixas concentrações e na presença de LP e SCN-, as células ficam protegidas contra

299

essa toxicidade (PRUITT E KAMAU, 1991).

300

6. LACTOPEROXIDASE E SAÚDE DA GLÂNDULA MAMÁRIA

301

Os níveis elevados de CCS são relatados como sendo a causa do aumento da

302

concentração da enzima lactoperoxidase (REITER, 1985). Efetivamente, a concentração

303

de algumas enzimas presentes no leite é alterada pelo aumento na quantidade de

304

leucócitos no leite, provenientes de alterações na saúde da glândula mamária

305

(JENNESS, 1985).

306

Diante disso, Seifu et al. (2007) conduziram um estudo para determinar os

307

níveis de lactoperoxidase e CCS em amostras de leite de cabras das raças Sannen e

Sul-308

Africana e encontraram, uma correlação alta e positiva entre as variáveis para ambas as

309

raças, mostrando que a atividade da lactoperoxidase foi diretamente proporcional ao

310

aumento do número de células somáticas. Esses resultados sugerem que a enzima

(22)

22

lactoperoxidase poderia ser utilizada na triagem do diagnóstico da mastite suclínica em

312

caprinos.

313

Perante a necessidade de novos estudos, inclusive com outras espécies, Isobe

314

et al. (2011), avaliaram a relação entre a atividade enzimática e CCS para mensurar a

315

sua utilidade como indicador de mastite em vacas. Os resultados obtidos afirmaram que

316

a correlação entre as variáveis foi significativa em qualquer fase de paridade das vacas,

317

mostrando que a atividade da lactoperoxidase pode ser usada como indicador de alta

318

CCS e aplicada no controle e monitoramento da mastite subclínica na indústria láctea.

319

Entretanto, é importante ressaltar a necessidade de novas pesquisas a cerca da

320

potencialidade da atividade da lactoperoxidase como parâmetro avaliativo da saúde da

321

glândula mamária de modo a auxiliar no controle da mastite subclinica na pecuária

322

leiteira.

323

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(29)

29

CAPÍTULO 2

POTENCIAL DA LACTOPEROXIDASE NO DIAGNÓSTICO DA MASTITE SUBCLÍNICA EM VACAS VIA PROCESSAMENTO DE IMAGENS

______________________________________________________________________ O artigo que segue foi redigido segundo as normas vigentes para submissão de

(30)

30

Potencial da lactoperoxidase no diagnóstico da mastite subclínica em vacas via

1

processamento de imagens

2 3

E.P. E. Silva1*, A.H.N.Rangel1, E.P.Moraes1, Y.M.O.Silva1, E.G.S.O.Silva1,

4

H.A.P.Lopes1, J.S. Bezerra2, K.M.S. Rocha1

5

1. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil, 59078-970.

6

2. Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, Brasil, 52171-900.

7 8

*Autor para correspondência: Emanuelle Patrícia Enrique da Silva. Universidade

9

Federal do Rio Grande do Norte. Campus universitário. Lagoa Nova, Natal, Rio Grande

10

do Norte, Brasil, CEP: 59078-970, Telefone: 3227-3342- Ramal 238.

11

E-mail: manuzootec@hotmail.com

12 13

Resumo: Devido aos prejuízos econômicos para pecuária leiteira na ordem de 200

14

dólares para cada vaca por ano, a mastite subclínica, cada vez mais, tem sido alvo de

15

pesquisas voltadas para o controle e diagnóstico precoce, pois além de afetar a produção

16

de leite e composição, modifica a concentração enzimática, causando prejuízos na

17

produção de derivados e redução da vida de prateleira. A lactoperoxidase é uma das

18

enzimas que tem sua atividade alterada quando o animal está acometido com a mastite,

19

assim, estudos apontam que existe uma correlação positiva entre a lactoperoxidase e a

20

contagem de células somáticas (CCS). Objetivou-se, portanto, com o presente trabalho,

21

mensurar a lactoperoxidase de forma quantitativa e qualitativa e, por análise de

22

imagens, verificar a potencialidade da enzima na detecção da mastite subclínica em

23

vacas. Foram analisadas 50 amostras de leite (34 de vacas da raça Jersey, 08 de Gir e 08

24

de Guzerá) quanto à CCS e atividade enzimática. O sistema de avaliação das amostras

25

consistiu em correlacionar a cor apresentada pela amostra com a concentração

26

enzimática, utilizando o sistema de cores RGB (Red - Green- Blue). A análise dos dados

27

foi realizada utilizando a plataforma estatística R 3.5.0. A análise dos componentes

28

principais (PCA) (pacote Chemometrics With R6 e factoextra7), para os dados de

29

imagens das amostras, foi desenvolvido usando os valores de absorbância resolvida para

30

os canais RGB (normalizados via auto-escalonamento). A regressão linear múltipla para

(31)

31

a análise de CCS apresentou um valor de R2 = 0,97 e para a atividade enzimática R2 =

32

0,96, sinalizando que os canais RGB aumentaram de intensidade de acordo com o

33

aumento da concentração de CCS e lactoperoxidase nas amostras, podendo, então, a

34

análise por imagens da lactoperoxidase ser um parâmetro indicativo da mastite

35

subclínica em vacas.

36

Palavras chave: saúde do úbere, sistema imune, imagens RGB, modelo PCA.

37

Lactoperoxidase potential in the diagnosis of subclinic mastitis in cows via image

38

processing

39

Abstract: Due to the economic damages to dairy cattle in the order of 200 dollars for

40

each cow per year, subclinical mastitis has been increasingly the target of research

41

focused on the control and early diagnosis, since in addition to affecting milk

42

production and composition, modifies the enzymatic concentration, causing losses in

43

the production of derivatives and reduction of shelf life. Lactoperoxidase is one of the

44

enzymes that has its activity altered when the animal is affected with mastitis, so,

45

studies show that there is a positive correlation between lactoperoxidase and somatic

46

cell count (CCS). The objective of this study was to measure the lactoperoxidase

47

quantitatively and qualitatively and, through image analysis, to verify the potentiality of

48

the enzyme in the detection of subclinical mastitis in cows. Fifty samples of milk (34

49

from Jersey, 08 from Gir and 08 from Guzerá cows) were analyzed for CCS and

50

enzymatic activity. The sample evaluation system consisted in correlating the color

51

presented by the sample with the enzymatic concentration using the RGB (Red - Green

52

- Blue) color system. Data analysis was performed using the statistical platform R 3.5.0.

53

Principal component analysis (PCA) (package Chemometrics With R6 and factoextra7)

54

for sample image data was developed using the resolved absorbance values for RGB

55

channels (normalized via self-scaling). The multiple linear regression for the CCS

(32)

32

analysis showed a value of R2 = 0,97 and for the enzymatic activity R2 = 0,96, signaling

57

that the RGB channels increased in intensity according to the increase of the

58

concentration of CCS and lactoperoxidase in the samples, and analysis of the

59

lactoperoxidase by imaging may be indicative of subclinical mastitis in cows.

60

Key words: udder health, immune system, RGB images, pca model.

61

INTRODUÇÃO

62

A mastite é uma doença endêmica das glândulas mamária constantemente

63

investigada na pecuária leiteira, devido às grandes perdas econômicas para o setor, as

64

quais são causadas pela enfermidade (Schroeder, 2012; Magro et al., 2017). A afecção é

65

caracterizada por uma resposta inflamatória, causada por alterações metabólicas,

66

fisiológicas e traumáticas, envolvendo microrganismos patogênicos (Vliegher et al.,

67

2018).

68

Os prejuízos causados pela mastite englobam: redução de, aproximadamente,

69

70% na produção dos quartos mamários quando os animais estão acometidos pela

70

mastite subclínica; perda financeira de 14% por desvalorização dos animais pela

71

redução funcional dos quartos afetados; descarte precoce do animal ou morte; descarte

72

de 8% do leite por alterações e/ou pela presença de resíduos após o tratamento; além de

73

despesas envolvidas nos tratamentos e medicamentos (Costa, 1998; Peres Neto e Zappa,

74

2011).

75

Diferente da mastite clínica, que ocasiona, entre outros sintomas, edema do úbere

76

e alterações visíveis no leite (Ferreira et al., 2013;Moreira et al., 2018), os animais que

77

desenvolvem a mastite subclínica não apresentam sinais aparentes, porém o leite sofre

78

alterações nas suas características, como aumento da lipólise, proteólise, rancidez e

Referências

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