IVAN
PAULO
DEMARCHI
~
“CM 41
8
GRAU
DE
CONHECIMENTO
SOBRE
OS
FATORES
DE
RISCO
PARA
CORQNARIQPATIA
EM
PACIENTES
COM
INEARTQ
AGUDQ
Do
M1ocÁRD1o
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.ELORIANÓPQLIS
IVAN
PAULO
DEMARCHI
GRAU
DE
CONHECIMENTO
SOBRE
OS
FATORES
DE
C
ORONARIOPATIA
RISCO
PARA
EM
PACIENTES
CoM
INFARTO
AGUDQ
Do
MIOCÁRDIO
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.Coordenador
do
cursode
medicina:Edson
JoséCardoso
Orientador:Mário
SérgioSoares
de
Azeredo
Coutinho
FLORIANÓPOLIS
AGRADECIMENTOS
Aos meus
pais, Marcelino e Iria, e aosmeus
irmãos pela compreensão,carinho e paciência durante esses seis anos que se passaram.
Aos meus
companheiros,com
quem
compartilhei muitosmomentos
e quetomaram
esses anos de convivência inesquecíveis.Em
especial a queridaamiga
Glauce
Lippi de Oliveira e sua família,com quem
dividi osmais
difíceismomentos
deste trabalho.
Ao
Dr.Mário
Coutinho cujo auxílio foi imprescindível durante o períodoem
que foi adquirido o conteúdo expresso aqui, pela sua orientação e paciência.
À
direçãodo
Instituto de Cardiologia por ter-me apoiadocedendo
o espaçopara o trabalho de laboratório.
Aos
professores emédicos que
transmitiram seus conhecimentosÉ
indispensávelque
homem
aprenda a
sergrande
nas
tarefas humildes,para que
saiba serhumilde
nas grandes
tarefas.I
_
INTRODUÇÃO
--- -- 2_
OBJETIVOS
--- -- 3_
MÉTODO
--- -- 4_
RESULTADOS
--- --ÍNDICE
5_
DISCUSSÃO
--- -- ó_
CONCLUSÕES
--- -- 7_
REFERENCIAS
--- --RESUMO
--- --SUMMARY
--- --APÊNDICE
--- --NORMAS
-----1.
INTRoDUÇÃo
As
doenças cardíacas são a mais importante causa de morteno
mundo
ocidental.
Nos
EUA,
em
1987, elasforam
responsáveis por44%
das mortesl eem
1992 por 30%2.Dessas
mortes,metade
deveu-se à cardiopatia isquêmical. Estes são dados quenão
diferem muito dosdo
Brasil.Segundo
Lotufo, os óbitos pordoença
cardiovascular(DCV)
representam34%
do
total eum
terço destas sãodevidos à coronariopatia3, sendo o Infarto
Agudo
do
Miocárdio(IAM)
a causa maisirnportante4.
O IAM
é definidocomo
-necrose isquêmicado
miocárdio, causado pelaobstrução coronariana, secundária a
um
trombo
'originado da ruptura deuma
placaaterosclerótica2°5°6.
Nas
últimas décadas, os países desenvolvidosvêm
registrandoum
progressivo declínio nas taxas de mortalidade paraDCV,
ajustados para idade.A
maioria dos dados sugere que estaqueda
deve-se,além
de melhoresmétodos
diagnósticos e terapêuticos,também
ao controle dos níveis de colesterol, melhoreshábitos dietéticos,
com
menos
gordura saturada deorigem
animal, ao declíniodo
tabagismo e aos cuidadoscom
a hipertensão arterial sistêniical°4”7°8.Em
conjunto,estas características são conhecidas
como
“fatores de risco” para. asDCV.
Define-se
fator de riscocomo:
“o hábitoou
traçoque
possa ser usado paraprever a probabilidade de
um
indivíduo desenvolver Luna doença”9.Os
fatores de risco para coronariopatiapodem
ser distribuídosem
dois grupos: os fatoresmodificáveis
e os não-modificáveis.Os
fatores não-modificáveiscompreendem:
az
cardiovascular.
Os
fatores de riscomodificáveis
são: o tabagismo, a Hipertensão Arterial Sistêmica, as dislipidemias, o Diabetes Mellitus,além da
obesidade,do
sedentarismo e dos fatores psicológicos (estresse)1°°“.
A
importância dos fatores de riscono
Brasil éconfirmada
por dados quemostraram
que, dos óbitos pordoença
coronariana,42%
apresentavam dislipidemia,35,8%
eram
fumantes,32%
eram
obesos e76%
eram
diabéticos”. Há, portanto, oportunidade para aadoção
demedidas
preventivascom
o objetivo demudar
o quadro atual.Existem
três níveis de prevenção: primária, secundária e terciária,A
prevenção primária atuaria
em
pessoas inteiramente livres de doença.A
secundária enfocaria asmedidas
para tratar indivíduos assintomáticos,mas
que
jápossuem
doença
em
suaforma
pré-clínica.E
a terciária, porfim,
englobaria a prevenção dascomplicações
em
pacientes jácom
doença
clínica. Contudo, hojte essa classificação foi quaseque
totalmente substituída. Emprega-se,comumente,
o termo primáriapara prevenção de eventos clínicos
em
indivíduossem
doença
clínica estabelecida.E
secundária para aqueles que játêm
doença
clínica manifestam..Diante disso, fica clara a necessidade
do
conhecimento, por parteda
população, desses fatores -de risco.
De
acordocom
Gianninim: " ao lado dasestratégias populacionais,
compete
aos profissionais de saúdeem
geral, e aosmédicos,
em
particular, motivar os indivíduos para a avaliação regular de seu risco dedoença
aterosclerótica, permitindo a adoção demedidas
preventivasem
tempo
oportuno para evitar a eclosão de eventos clínicos,
que
podem
ser demáxima
gravidade".
No
entanto,no
ano de 1995 apenas25%
dos pacientes, que sesubmeteram
a cirurgias de revascularização miocárdica, tinham seus fatores derisco avaliados. Estes pacientes cirúrgicos
foram
avaliados por clínicos gerais ecardiologistas, e submetidos a
métodos
diagnósticos sofisticadosna
fase pré- operatória. Seria lógico se esperar que os pacientesconhecessem
seus fatores de7
risco e estivessem informados sobre a
doença
coronária.Porém,
pesquisasmostram
que muitosignoram
seus níveis pressóricos, seus níveis de colesterol e glicose sanguíneos”.Além
dissonão
existeuma
consciência disseminadana
populaçãosobre a importância
do
diagnóstico e controle dos fatores de risco para asDCV.
O
presente trabalho foi conduzido para verificar o nível deconhecimento
dos pacientes, vítimas deum
primeiro InfartoAgudo
do
Miocárdio, sobre fatores de risco clássicos paradoença
cardiovascular.2.
OBJETIVOS
O
presente estudotem
por objetivos:Determinar,
em
pacientes vítimas deum
primeiro InfartoAgudo
do
Miocárdio, o nível deconhecimento
quanto aos fatores de risco para aDoença
Coronariana.Determinar a freqüência dos fatores de risco nestes indivíduos
Comparar
o nível deconhecimento
sobre os fatores de risco paradoença
coronarianacom
pessoassem
doença
cardíaca conhecida.3.
MÉToDo
3.1.
Desenho
'Este foi
um
estudo transversal, individual, contemporâneo, observacional, controlado,que
incluiu 100 pacientes consecutivos internadosno
Instituto deCardiologia
do
Hospital RegionalHomero
deMiranda
Gomes
no
período de 3 dejaneiro a 27 de abril de 1999, após seu primeiro Infarto
Agudo
do
l\/Iiocárdio(IAM).
As
informaçõesforam
obtidasdo
prontuário e de entrevista interpessoal,na
qual se utilizou
um
questionário-padrão (Apêndice 1), aprovado pelaComissão
deÉtica
em
Pesquisado
Instituto de Cardiologia.Todos
os pacientesforam
solicitadosa participar
do
estudo e assinaramum
consentimento infonnado (Apêndice 2).Foi
também
constituídoum
grupo controle, que foi entrevistadocom
questõesespecíficas sobre o
conhecimento
dos fatores de risco para coronariopatia. Estegrupo foi
formado
por indivíduos queaguardavam
a consulta oftalmológicano
Hospital Regional deSão
José.Foram
selecionados as 10 primeiras mulheresda
fila
com
idade entre 50 e 70 anos, e os20
primeiroshomens
da
mesma
idade.Foram
excluídosdo
grupo controle pacientes que relataram ser portadores dedoença
cardiovascular.Desenvolvimento do
questionárioFoi desenvolvido questionário-padrão,
com
perguntas fechadas,com
o objetivo de obter as informações: sobre a ciência quanto o papel dos fatores de riscona
determinação deDoença
Coronariana e de quais fatores o paciente se dizia portador.Além
disso, o paciente foi pesado emedido
para se obter o seu índice demassa
corporal (IMC).Também
foram
medidas
as circunferênciasabdominal
edo
quadril, para o cálculo
da
relação cintura/quadril.A
validaçãodo
questionário foi obtida pela aplicaçãodo
mesmo em
dez pacientes, após o primeiro episódio deIAM,
da
enfermariado
Instituto de Cardiologia , previamente ao início da coleta de dadosdo
presente estudo.Um
segundo
entrevistador refez omesmo
questionáriocom
osmesmos
pacientes,um
dia após, obtendo
mais
de90%
de concordância dos dados.A
aplicaçãodo
questionário ocorreuno
localda
internaçãodo
paciente, pormeio
de entrevista, realizada pelo autor,com
duração de cerca de20
minutos.Nem
todos os dados coletadosforam
analisadosno
presente estudo, sendo utilizados apenas aqueles referentes aos objetivosda
pesquisa.Dados
do
Prontuário
Médico
IApós
cada entrevista colheu-sedo
prontuário de cada paciente o valorda
glicemia de jejum,do
colesterol total e damedida
da pressão arterial mais recente(Apêndice 1).
Definição
dos
casosTodos
os pacientes apóso
primeiroIAM
definido pela presença de pelomenos
dois dos três seguintes critérios:¢Dor
ou
desconforto precordialem
queimação ou
aperto, irradiando-secom
freqüência para dorso,
mandíbula
e braço esquerdo.Que
alivia só parcialmentecom
o uso de nitrato e
com
duraçaomaior
que20
minutos.0Elevação de pelo
menos
0,1mV
do
segrnentoST
em
duas derivações contíguasdo
eletrocardiograma.11
0EleVação enzimática da
CK
total eCK
MB
duas vezesem
relação ao valorbasal2°16.
Definições
1. Hipercolesterolemia: colesterol total
maior que 200mg/dl”.
2. Hipertensão Arterial Sistêmica: pressão sistólica
maior que
140mmHg,
ou
pressão diastólica
maior
que90mmHg18.
3. Diabetes Mellitus: glicemia de
jejum maior que l26mg/dl ou
uso regular dehipoglicemiante oral
ou
de insulina”.4. Relação cintura-quadril (C/Q): quociente entre os valores de circunferência
abdominal
ao níveldo
umbigo
edo
quadril ao níveldo
grande trocânter femoral.Valores normais:
<
1.0 paralromem
e<
0.8 para mulheres20.5. Índice de
Massa
Corpórea (IMC): foi calculado dividindo-se o peso (kg) pelo quadrado da altura (mz).Obesidade
foi definidacomo
IMC
2
.25Kg/mz 21.6. História familiar: ocorrência de
IAM
ou
morte súbitaem
parentes de primeiro~
grau Quais
ou
irmaos).Consentimento
livre e esclarecidodo
pacienteO
paciente, antes de participardo
estudo, foi consultado e colhido seuconsentimento através
do
seguinte formulário:“É
de livre Vontadeque
aceito participardo
questionário sobre “Fatores de Risco para desenvolverum
InfartoAgudo
do
Miocárdio”. Liberomeus
dados paraserem
utilizadosno
trabalho de conclusão de curso aque
ele se propõe”.3.2
.Análise
estatísticaA
descrição das variáveis contínuas foi feitacomo
média
e desvio padrão.A
distribuição das variáveis categóricas foi apresentadacomo
porcentagens.Casos
e controlesforam comparados usando
o testedo
Quii-quadrado.O
nível de significância aceito foi de5%.
caracteristicas
emográ
icas e sócio-econômicas sao apresentadasna
TabelaI.
Foram
entrevistados 100 pacientes consecutivos após seu primeiro episódio deInfarto
Agudo
do
Miocardio(IAM).
Destes 65(65%) eram do
sexo masculino e 35(35%)
feminino (figura 1).A
idade variou entre39
e 84 anos,com
média
de 60,5anos e desvio padrão
(DP)
de 11,3 anos.Quanto
à escolaridade,14%
eram
analfabetos 62*V tinham 1 4 11°/
` ' '
0 o curso primario ( a serie) 0 cursaram o ginasio
(5 a 8 serie),
11%
cursaram osegundo
grau e2%
tinham curso superior.TABELA
IDados
demograficos
e socio-economicos dos pacientescom
InfaitoAgudo
do Miocardio
(caso) e outrosda
sem
infarto prévio (controle).4
RESULTADOS
Caracteristicas
demograficas
e
socio-economicas
As
d
f
” a a f ' ' ' o 65 . ' ' as 3. ‹› i , A 133 Curso Primário (%) 62,0 63.3 ' ' ° ii,o i .ó ii, 3.3 Caso (n* = 100) Controle (n* - 30) 666 Masculino (W) Feminino (%) 3 3 Idade (MediaÍ
DP**) 60 5Í
ll 3 62 3 jz 8.7 Analfabetos (/0) 4 O Curso Ginasial (Á) 6 Segundo Grau (%) O Curso Su enor(%
2 0 3 3 *n=
número de entrevistados S**DP =
desvio padrãoFonte: ficlia de coleta de dados de pacientes intemados no histituto de Cardiologia após o primeiro Infaito Agudo do Miocárdio (caso) no período de 3 de janeiro a 27 de abril de 1999 e pacientes da fila de espera para consulta oftalmológica do Hospital regional de São José (controle) nos dias 15 e 18 de maio de 1999.
O
grupo controle eraformado
por30
pessoassem
doença
cardiovascular(DCV)
conhecida. Destes,20
(66,6%)eram
homens
e 10 (33,3%)eram
mulheres.A
idade variou entre 50 e 70,com
média
de 62,3 anos eDP
de 8,7 anos (Tabela I).Eram
analfabetos 4 (13,3%) entrevistados, cursaram o primário 19 (63,3%), o curso
ginasial 5 (16,6%),
segundo
grau 1 (3,3%) e curso universitário 1 (3,3%).Distribuição
dos
fatores
de
risco
Na
Tabela II é representada a distribuição dos fatores de risco paracoronariopatia nos pacientes vítimas de
IAM.
Na
Tabela III são demonstradas asmedidas
e desvio padrão das variáveis contínuas nos pacientes vítimas deIAM.
TABELA
II: Distribuição dos fatores de risco entre casos de InfartoAgudo
do
Miocárdio
(n*=100)Fatores de risco Freqüência
Hipercolesterolemia
51%
Hipertensão Arterial Sistêmica
58%
Tabagismo
26%
Diabetes Mellitus53%
História familiar57%
C/Q **> 169%
IMC***
> 2558%
Sedentarismo47%
*n = número de entrevistados** C/Q = relação cintura quadril
***IMC = Índice de Massa Corporal
Fonte: ficha de coleta de dados de pacientes intemados no Instituto de Cardiologia após o primeiro Infano Agudo do Miocárdio no período de 3 de janeiro a 27 de abril de 1999.
15
TABELA
III:Média
e desvio padrão das variáveis continuas nos indivíduosvítimas de Infaito
Agudo
do
Miocárdio ( n*=
100)Variáveis Média Desvio Padrão
Colesterol Total 21 1,7 54,3 Pressão Arterial Sistólica 124,8 20,0 Pressão Arterial Diastólica 78,1 13,2
Glicose 155,2 76,9
Índice de Massa Corporal 26,5 4,8
Relação Cintura Quadril *n = número de entrevistados
Fonte: ficha de coleta de dados de pacientes intemados no Instituto de Cardiologia após o primeiro Infarto Agudo do
Miocárdio no periodo de 3 de janeiro a 27 de abril de 1999.
Na
TabelaIV
está a relação entre os intervalosdo
valordo
colesterol total e adistribuição dos pacientes
em
cada faixa de valor.TABELA
IV: Distribuição da concentração sérica de colesterol totalno
grupo depacientes
com
InfartoAgudo
do Miocárdio
Valor (mg/dl) Freqüência (%)
<
199 48 200 - 239 25 240 ~ 250 05 251 - 299 12>
300__
__
__
_
Fonte: ficha de coleta de dados de pacientes internados no Instituto de Cardiologia após o primeiro infarto Agudo do Miocárdio no período de 3 de janeiro a 27 de abril de 1999.
O
conhecimento que
os indivíduos, que tiveram o primeiroIAM
(n=
100),possuíam
sobre quaiseram
os fatores de risco para se desenvolveruma
doença
aterosclerótica está representado
na
Tabela V.Na
TabelaVI
está expresso as respostasdo
grupo controle (n=
30) ao ser questionado sobre omesmo
assunto.TABELA
V:Conhecimento
sobre os fatores de risco para coronariopatia entre os pacientescom
InfartoAgudo
do
Miocárdio (n*==100).Fatores de risco Conheciam
%
Colesterol 64
Hipertensão Arterial Sistêmica 81
Tabagismo 92
DM
38 História familiar 61 Sedentarismo 66 Obesidade *n = número de entrevistadosFonte: ficha de coleta de dados de pacientes intemados no Instituto de Cardiologia após io primeiro Infarto Agudo do
Miocárdio no período de 3 de janeiro a 27 de abril de 1999.
TABELA
VI:Conhecimento
dos fatores de risco para coronariopatia entre osindividuos
do
grupo controle (n=30).Fatores de risco Controle
%
Colesterol 70
Hipertensão Arterial Sistêmica 77
Tabagismo 87 Diabetes Mellitus 40 História familiar 67 Sedentarismo 67 Obesidade *n = número de entrevistados.
Fonte: ficha de coleta de dados de pacientes da fila de espera para consulta oftalmológica. do Hospital regional de São José dos dias 15 e 18 de maio de 1999.
A
medida
da pressão arterial sistêmica encontrava-se elevadaem 32%
dospacientes
no
diada
entrevista. Quarenta e quatro deles se diziam hipertensos, sendoque
35 destes faziam uso de anti-hipertensivos.Porém,
durante a internaçãoverificou-se
14%
dos pacientesnão
sabiarnque eram
hipertensos. Concluindoque
o
número
total de hipertensos fazendo uso demedicação
durante a internação17
risco para coronariopatia (Tabela V).
A
média
da pressão arterial sistólica foil24,8mmHg com
DP
de20m1nHg
e da pressão diastólica foi78,l1nmHg
com
DP
de l3,3mmI-Ig (Tabela III).
Do
grupo controle,77%
apontavam
a Hipertensãocomo
possível causa deIAM
(Tabela VI).O
tabagismo distribuiu-se ein:26%
de flimantes,36%
de ex-fumantes e38%
de pessoas quenunca
fumaram
(Figura 1).O
tabagismo foi relacionado àsDCV
por92%
das vitimas de primeiroIAM,
mesmo
assim, cerca de 1/4eram
fumantes ativos.Dos
que pararam de fumar, 13 (36,l%) o fizeram hámenos
de l ano, 6 ( l6,6%)entre l e 5 anos, e l7 (
47,2%)
ha mais de 5 anos (Tabela VII).O
grupo controleinostrou
87%
de conhecimento (Tabela III), semelhante quanto ao hábito defumar
e as
DCV.
¬
(EW-E
` ifl nunca fumíu - 38%:ainda fuma - 26%
H
'Dex-fumante - 36% ll
L _,_,_
_Í___
__ _* Fig. l: Porcentagem de pacientes entrevistados quanto ao habito de fumarTABELA
VII:Mostra
otempo
que o paciente parou de fumar.Tempo
(anos) Porcentagem (%
)< 1 13 (3ó,1)
1 - 5 ó (1ó,ó)
>5 17 (47,2%)
Fonte: ficha de coleta de dados de pacientes internados no Instituto de Cardiologia após oqšineiro Infznto Agudo do
Apesar
desomente
22%
se declararem diabéticos,64%
tinham
a glicemia dejejum maior que ll0mg/dl
e53%
maior
de l26mg/dl.A
média
da glicose dejejum
foi 155,2 +/- 7 6,9mg/dl (Tabela III).
Dos
entrevistados38%
sabiam que
o DiabetesMellitus era fator de risco. Quarenta porcento
do
grupo controle consideravam o Diabetes Mellitusum
fator de risco para doenças cardíacas (Tabela VI).A
história familiar deIAM
em
parentes de primeiro grau foi relatado por57%
dos pacientes (Tabela II), sendoque
61%
consideravacomo
fa.tor de risco (TabelaV).
Em
67%
do
grupo controle a história familiar de infarto foi reconhecidacomo
fator de risco (Tabela VI).
Quanto
à atividade física47%
dos pacientesforam
considerados sedentários,29%
realizavam atividades físicas leves,16%
atividades moderadas,8%
atividadesfísicas intensas. Para
66%
das vítimas deLAM
o sedentarismo incluía-se entre os pacientescomo
um
fator de risco.Também 67%
reconheceram
o sedentarismocomo
fator de risco (Tabela VI).O
índice demassa
corporal (Il\/IC)médio
foi 26,5com
DP
de 4,8 e amédia da
relação cintura/quadril (C/Q) foil,01com
DP
de 0,13 (Tabela III) .Sendo
que,58%
apresentava
IMC
2
25, e69%
apresentavamC/Q
2
1.A
obesidade foi relatadacomo
fator de risco por79%
dos pacientescom
IAM
(TabelaV)
e por93%
do
5.
DISCUSSÃO
Desde
os estudos dos Sete Países e deFramingham,
os fatores de risco paradoença
cardiovascular(DCV)
são conhecidos e cada vez mais divulgados nosmeios da
saúde22”23. Estádemonstrado
que, a atuação enérgica sobre estes fatoresreduz a incidência de coronariopatia e
aumenta
a sobrevida dos pacientes.Apesar
destes conhecimentos, as doenças coronarianascontinuam
sendo responsáveis por elevada morbi-mortalidadena
população adulta.Os
profissionaisda
Saúde,em
geral,reconhecem que
ocaminho
demenor
custoe
maior
efetividade para reduzir a mortalidade é através da prevenção primária,dando
ênfasena
educaçãodo
paciente1°°15°24.No
Brasil, a práticada
prevenção sobforma
decampanhas
sem
continuidade é freqüente,porém
essa éuma
realidade que precisamudar
se quisermos terum
efetivo trabalho de prevenção”.
O
presente estudo procurou verificar se os pacientes estavam cônscios quantoaos principais fatores de risco para
DCV
e se estavam informados de queeram
portadores dosmesmos.
Para explicar a percepção que
um
indivíduotem
das doenças, e suasusceptibilidade a elas,
tem
sido proposto omodelo do
“sensocomum”.
Estepropõem
que
a análise das respostas individuais auma
doença
partem de estruturascognitivas já pré-formadas,
com
informações e organizaçãoque normalmente
consideram cinco aspectos: a causa
da
doença, otempo
da
doença, a sintomatologia, as complicações e a cura. Através destemodelo
tem-se estudadoMellitus, as
Doenças
Sexualmente Transmissíveis e o InfartoAgudo
do Miocárdio
(IAM). Estes estudos
mostram
que
as pessoastêm
um
modelo
implícito de pensarsobre
uma
determinada enfermidade e este ponto de vista norteia sua conduta, seja visando o diagnóstico,como
o tratamento. Por exemplo, pacientescom
IAM
nosquais suas expectativas quanto sua
doença foram
concordantescom
a sintomatologiaque
apresentaram, trataram-se maisadequadamente do
que aquelesnos quais conceitos
foram
discordantes. Outroexemplo
ilustrativo destainterligação é o dos pacientes
que fazem
tuna associação entre sintomas e aHipertensão.
Mesmo
quando
lhes é mostradoque
essa ligação,em
geral,não
existe eles semostram
resistentes a abandonar suas idéias”.Baseado no
modelo do
“senso
comum”
o presente trabalho focou oconhecimento do
aspecto causaldo
IAM.
É
importante salientarque
o hospital deonde
a presente amostra foi extraídaera
uma
instituição pública, referência estadualem
DCV
eque
atende majoritariamente pacientesdo
SistemaÚnico
de Saúde.Além
disso, todos os pacientesforam
internadosem
conseqüência de seu primeiro evento deIAM.
Pela literatura, a proporção entre
homens
e mulheres portadores decoronariopatia é de 3:1 e
com
uma
tendência a diminuir para 2:1.com
oaumento da
faixa etária e a
chegada da
menopausam.
O
presente estudomostrou
uma
relaçãoum
pouco
menor,mas
ainda assimhouve
predominânciado
sexo masculino.Nossos
dadosforam
semelhantes aos encontradosem
Trabalho deConclusão
deCurso
realizadoem
pacientescom
coronariopatia internadosno
HospitalUniversitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU)25.
A
idademédia da
amostra é concordantecom
a literatura, que registraum
aumento da
incidência de coronariopatia a partir dos 45 anos, atingindo níveis mais21
A
baixa escolaridade observada deve-se principalmente às características sócio-econômicas da
população atendidana
instituição.Somente
13%
haviam
cursadoalém do
primeiro grau e14%
eram
analfabetos.Estudos
como
dos Sete Países e o deFramingham
mostraram
a relação entre colesterol e aterosclerose23.A
redução del%
dos níveis de colesterol total diminuia incidência de
IAM
em
2%
a3%.
Além
disso ela evitanovos
eventos coronarianosnos indivíduos
que
já infartaram, e favorece a reduçãoda
aterosclerose coronarianaem
alguns pacientes26°27”28 .É
válido ressaltar que, para se teruma
completaidentificação dos fatores de risco é importante a
medida
das lipoproteínas,porém
amedida
do
colesterol total serve para o rastreamento de pacientescom
riscoaumentado
deDCV27.
Em
nosso estudo o nívelmédio
de colesterol foi 'umpouco
maior que
no
estudo feitono
HU,
mas
manteve-seem
níveis comparáveiscom
aliteratura25*26.Sabe-se que o risco
do
IAM
duplicaquando
o colesterol total estáentre
240mg/dl
e250mg/dl
e quadruplicaquando maior que 300mg/dl”.
Apenas
10%
dos nossos casosforam
maioresque
300mg/dl.No
nosso estudo64%
dospacientes disseram saber que o colesterol elevado era
um
fator de risco.Na
literaturahá
uma
variação nos níveis deconhecimento
sobre o colesterolcomo
fator de risco:no
estudo deSimonsw
na
Austráliahá
92%,
no
estudo deDubin”
34,1%, no
de Zervic24,75%.
Nestes dois últimos estudos os pacientesnomeavam
espontaneamente os fatores de risco
em
forma
de pergunta aberta.O
grupo controledo
presente estudomostrou
conhecerum
pouco
mais sobre o papeldo
colesterol nas
DCV,
porém
a diferençanão
foi significativa.A
freqüência de Hipertensão Arterial Sistêmica(58%)
encontrada neste estudo,coincide
com
os valores apontados pela literatura25°32*33.A
pressão arterial sistêmicavaria
com
a idade.É
essencial reconhecer, avaliar e tratar todos os pacientescom
IAM
e Acidente Vascular Cerebral. Paraque
isso seja possível, é necessária acooperação
do
pacientena
mudança
do
estilo de vida, assimcomo
na
corretatomada
dos medicamentos. Isso só é obtidoquando
o indivíduo reconhece aHipertensão Arterial Sistêmica
como
um
risco para sua saúde.Dos
entrevistados,81%
reconheceram
a Hipertensão Arterialcomo
co-responsável peloIAM,
15%
menos
que no
estudo australiano”.Em
média, a pressão arterialmensurada
porocasião
da
entrevista foi normal, isto se deve ao uso contínuo demedicação
durante a intemação hospitalar.Um
dos fatores de risco demaior
impacto sobre asDCV
é o tabagismo.Em
grande quantidade de artigos científicos está citada a relação entre o
fumo
e acoronariopatia34.
A
importância de parar defumar
édemonstrada
em
estudosepidemiológicos
como
o projetoda
Karéliado
Norte,na
Finlândia,onde
adiminuição de
16%
no
usodo
tabaco reduziuem
10%
a mortalidade porIAM
e oaumento
de9%
elevaramem
11%
as taxas de mortalidade35.A
porcentagem
totalde mortalidade dos ex-tabagistas diminui gradualmente aproximando-se dos
não
tabagistas após dez a quinze anos de abstenção.
E
a taxa de mortalidade diminui parametade
nos ex-fumantes apósum
ano de abstinência.Em
suma,
os benefíciosdependem
da
quantidade prévia,do
tempo
de uso edo
estado de saúdeno
momento
que
abandonou
o hábito”. Dentre nossos pacientes,92%
declararam estar cônsciosdos malefícios
do
usodo
tabaco. Isso deve-se certamente ao grandenúmero
decampanhas
feitas nosmeios
de comunicação.Lembramos
aquique
o conselhodo
médico
é importante, sendoum
reforço àscampanhas na
mídia, levando o paciente a valorizar e acreditar maisna
prevenção”. Entretanto nosEUA
somente
50%
da
população foi orientada a respeito
do
tabagismo pelo seu médico34°36.Em
outros trabalhosmenor
porcentagem
de pacientes indicaram o tabagismocomo
fator de23
- 2430,31
, ,
risco .
O
nosso grupo controlemanteve
tambem
omesmo
nivel alto deconhecimento.
A
hereditariedadenão pode
sermenosprezada
como
fator de risco.É
ela queexplica a diferente susceptibilidade dos indivíduos ao fator de risco. Assim, a
história familiar é
um
fatornão-modificável
importante”.Os
resultados encontradosno
nosso estudo quanto a freqüência de história familiar positiva é semelhante aosda
literatura“'25°23.Quanto
aoconhecimento
deste fator, nossotrabalho
mostrou
valorpouco
inferior aos trabalhos já publica.dos24°30°31 e o grupocontrole
não mostrou
diferençaconsiderável.O
risco para aterosclerosechega
a ser 2 a 3 vezesmaior
em
diabéticosque
nos não-diabéticos, independente de outros fatores.A
influência dos fatores de risco clássicostambém
émaior
nos diabéticos14”37.Assim
vemos
a importânciado
diagnóstico e tratamento
do
diabetes para o sucesso da prevenção.O
nosso estudoencontrou altos níveis
médios
de glicose sérica. Isto se explica,em
parte, pelo fatodo
evento isquêmico alterar a liberação de insulina nos prirneiros dias após o infarto”.No
estudo foi utilizado a glicemiado
primeiro esegundo
dia após oinfarto.
De
todos os fatores de risco pesquisados o Diabetes Mellitus foi omenos
conhecido,
pouco
mais deum
terço dos entrevistados reconheceu seupoder
aterogênico, valor
que
se repetiuno
grupo controle.Não
foram
encontrados outros estudos quetenham
pesquisado o conhecimentodo
paciente sobre DiabetesMellitus
como
fator de risco paraDCV37.
O
exercício físico é tornou-se parte importanteda
reabilitação cardíaca apóseventos coronarianos, e
na
DCV
em
geral. Ele age positivamente sobre a função ventricular esquerda, sobre os vasos periféricos eno
processo aterosclerótico.O
efeito
benéfico
de exercício físico nasDCV
deve-se à sua atuação sobre os outrosdiminuição
do
colesterol de baixa densidade(LDL)
e dos triglicerídeos,aumento
do
colesterol de alta densidade(HDL), queda na
glicemia, diminui a ansiedadeajudando a
quem
quer parar de fumar, diminui os níveis de pressão arterialsistêmica e ajuda
no
controleda
obesidade14”38”39.Somente
24%
dos entrevistadosfaziam exercícios regulamente, valor condizente
com
a literatura local”.Os
pacientes e o grupo controle relataram
em
66%
das vezes, saber da importânciado
exercício físico
na
prevenção dasDCV.
Bastante superior aos dados citadosna
literatura24°3°”31 .
-
A
obesidade éum
importanteproblema
deSaúde
Pública. Atualmente,30%
da
população nos
EUA
é obesa.Dados
brasileiros recentesmostram número
próximo
de 20%4O.
Os
pacientes apresentavam riscoaumentado
para coronariopatias.O
índice demassa
corporal(IMC)
éum
dos parâmetros mais usados para verificar aobesidade. Valores inferiores a 25 são normais, entre 25 e 30 são
chamados
de sobrepeso eacima
de 30, obesos.Os
estudos indicamque
indivíduoscom
IMC
acima
de 27,5têm
riscoaumentado
para IAM14°4°.Nossa
amostra apresentouIMC
médio
de 26,5,acima do
nível normal,mas
concordantecom
outros estudosem
pacientescom
IAM2235.Há uma
complexa
relação entre quociente cintura/quadril (C/Q) e obesidade, dislipidemia, intolerância a glicose e Hipertensão Arterial Sistêmica. Elasformam
uma
síndrome conhecidacomo
“Síndrome
X”, que estárelacionada arisco
aumentado
deDCV.
O
C/Q
é considerado alteradoquando
superior a 1 para oshomens,
e a 0,8 para as mulheres14”2°°4°.O
conhecimento
dospacientes quanto à obesidade
como
fator de risco deDCV
foi semelhante ao encontradona
literatura.A
obesidade juntamentecom
ofumo
e a hipertensão, são os fatores de risco paraDCV
mais conhecidos24°30”3 1, omesmo
se observouno
25
Os
fatores de risco,em
geral,não
ocorrem
isoladamente.Por
isso, só a análiseem
conjunto de todos os fatores de risco é capaz de dar o perfil de riscodo
paciente. Atualmente, oconhecimento
por parteda
população e dos profissionaisda Saúde
quanto a importância dos fatores de risco paraDCV
tem
aumentado
de maneira considerável. Entretanto só issonão
basta.É
necessáriauma
parceria entre profissionais e pacientecom
o objetivo de obter resultadosna
prevenção.O
primeiro passo para a redução dos fatores de risco é melhorar a habilidadedo
pacienteem
reconhecê-1024.Apesar do conhecimento
generalizado sobre os fatores de risco, apresentado pelo trabalho, ficou explicito,como
em
outros trabalhos, que dificilmente os pacientesatuam
sobre eles, persistindocom
estilos de vida prejudiciais24.Por
exemplo, o tabagismo,que mostrou
alto grau deconhecimento
(92%
dos entrevistadossabiam
do
risco), mas,mesmo
assim,um
quarto dos entrevistados persistiafumando.
A
baixa escolaridadenão impediu
que osentrevistados
conhecessem
os fatores de risco , porém, este fatorpode
interferirna
alteração
do
estilo de vida, necessário para se alcançar resultadoscom
a prevenção.Como
vistoem
estudo nos Estados Unidos, o hábito defumar
foiabandonado
naspessoas
com
maior
nivel de escolaridade34°36.O
presente trabalhonão buscou
o esclarecimento dos resultados achados.Preocupou-se apenas
em
relatarcomo
se encontra, atualmente, a percepção pelopaciente dos fatores de risco. .
Com
base nestes dados e nos de outros estudos foi possível concluirque
pessoas livres de
DCV
e aquelescom
um
primeiro evento coronarianotinham
conhecimento
razoável quanto ao papel dos fatores de risco.Porém,
ainda existiauma
parcela considerável de indivíduosque
precisava sermelhor
informada,não
só pela mídia,mas
também
pelos profissionaisda
Saúde, para se alcançar objetivos6.
(:oNCLUsoEs
Mediante
avaliação dos pacientes, após o primeiro -infartoAgudo
do
Miocárdio,intemados
no
Instituto de Cardiologiado
HospitalHomero
deMiranda
Gomes,
podemos
concluir:H
Os
pacientesda
amostranão
apresentammaior
conhecimento- dos fatores de riscos para o InfartoAgudo
do Miocárdio comparados
ao grupo controlesem
doença
cardíaca clínica.0
Os
Fatores de Risco paradoença
cardiovascularmais
conhecidos pelospacientes foi a Hipertensão Arterial Sistêmica, o
Tabagismo
e a Obesidade.E
omenos
conhecido foi o Diabetes Mellitus.6
As
freqüências dos Fatores de Riscona
amostra estudada são: sexo masculino65%;
idademédia
60,5Íll,3 anos; Colesterol Total51%;
Hipertensão ArterialSistêmica
58%;
Tabagismo
26%;
Diabetes Mellitus53%;
História Familiar7.
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Paulo:RESUMO
GRAU
DE
CONHECIMENTO
SOBRE OS
FATORES DE
RISCO
PARA
CORONARIOPATIA
EM
PACIENTES
COM
INFARTO
AGUDO DO
MIoCÁRD1o.
Demarchi,
I.P.; Coutinho, M.S.S.A.Departamento
de Clínica Médica,UFSC,
Florianópolis - SC.
Objetivo: Determinar o nível de
conhecimento
dos pacientes quanto aos fatores de risco para adoença
coronariana,comparando
com
o grupo controle.E
determinar a freqüência dos fatores de risco nos indivíduosda
amostra estudada.Método:
Estudo transversal, individual, contemporâneo, observacional, controlado,com
cem
pacientes consecutivos, intemadosna
enfermariado
Instituto deCardiologia
do
Hospital Regional deSão
José,no
período de 3 de janeiro a28
deabril , após o primeiro lnfarto
Agudo
do
Miocárdio.E
30
controles normaissem
coronariopatia conhecida.
As
informaçõesforam
obtidas através de questionário edo
prontuáriodo
paciente.Resultados:
A
distribuição dos 'fator de risco foi: colesterol total(CT) z200mg/dl
51%,
Hipertensão
Arterial Sistêmica(HAS)
58%,
tabagismo26%,
DiabetesMellitus
(DM)
53%,
história familiar(HF)
57%,
sedentarismo58%
e obesidade58%. Quanto
ao grau deconhecimento
sobres os fatores de risco os pacientesestavam
assim distribuídos:CT
64%,
HAS
81%,
tabagismo92%,
DM
38%,
HF
61%
sedentarismo66%
e obesidade79%.
No
grupo controle observou-se:CT
70%,
HAS
77%,
tabagismo87%,
DM
40%,
HF
67%,
sedentarismo67%
e obesidade93%.
Conclusão:
Os
fatores de riscomais
conhecidos são aHAS,
o tabagismo e aobesidade.
O
menos
conhecido é oDM.
Não
há
diferença significativa entre o grupo controle e a amostra estudada.Endereço do
responsável pelo trabalho:Ivan Paulo
Demarchi
R. Carlos Frederico
Ramthum,
16345
Santa Luzia
~
Jaraguádo
Sul/SC
CEP:
89251-970
SUMMARY
Ki`\lOWLEDGE
ABOUT
ARISK
FACTORS
FOR
'CORONARY
DISEASE
IN
PATIENTS
WITH ACUTE MYOCARDIAL
INFARCTIÚN
Demarchi,
I.P.; Coutinho, M.S.S.A. ClinicalMedicine
Department,UFSC,
Florianópolis f SC.
Purposer
To
determine the degree atknowledge
of patients about risk factors tocoronary artery disease and-
compare
it with a control group; to determine the riskfactor frequency in the studied sample.
Method:
This is a cross-section, individual, contemporaryand
controlled study.One
hundred
patients adniitted to the “Instituto -de Cardiologiado
HospitalRegional de
São
José”were
consecutively assessed in the per-iod jannuary to april99, after their first 'acute myocardial infarction episod. Thirty
normal
controls withoutknow
cardiopathywere
used as controls.The
informationswere
obtainedfrom
questiomrairesand
patients” files.Results:
The
distributionof risk factors was: total cholesteral(CT)
-2200
mg/dl51%,
arterial systemic hypeitension(HAS)
58%,
smokers
26%,
Diabetes Mellitus(DM)
53%,
famjlial history(HF)
57%,
sedentary lifeand
obesity58%,
each.The
measure
ofknowledge
about the risk factors in the study groupwas
distributed inthis form:
CT
64%,
HAS
81%,
smokers
92%,
DM
38%,
HF
61%,
sedentary life66%
and
obesity79%.
In the control group itwas
observed:CT
70%,
HAS
77%,
smokers
87%,
DM
40%,
PE
67%,
sedentary life67%
and
obesity93%.
Conclusion:
The
most
known
risk fators are:HAS,
smoking and
obesity.The
leastknown
isDM.
There
isn”t significative differencebetween
control groupand
the sample studied.Current address
of
the author:Ivan Paulo
Demarchi
R. Carlos Frederico
Ramthum,
16345
Santa Luzia - Jaraguá
do
Sul/SC
l4.Você
sabia quequem
fuma,tem
mais chance de terum
infartoagudo do
miocárdio? S( )N(
)l5.Você
tem
Diabetes Mellitus?Sim
( )Não
( ) Ignora ( )l6.Caso tenha, você se trata?
Sim
()Não
() '17
.Com
que
? Dieta( ) Hipoglicemiante oral ( ) Insulina ( )l8.Você
sabia quequem
tem
Diabetes Mellitus,tem
mais
chance de terum
infartoagudo do
miocárdio? S()N()
zl9.Possui história familiar (parentes de 1° grau) de Infaito
do
Miocárdio?Sim
( )
Não
( ) Ignora () p20.Você
sabiaque
ter historia familiar deIAM
é fator de risco para infartoagudo
do
miocárdio? S( )N(
)21 .Atividade física:
( )
Nenhuma
«
trabalho sedentário esem
atividade física de lazer( )
Leve -
trabalho sedentário ealguma
atividade fisica de lazerou
o inverso ( 1 a2 vezes por
semana)
( )
Moderada
-
alguma
atividade físicano
trabalho ealguma
atividade fisica delazer ( 1 a 2 vezes/semana)
( ) Intensa
-
atividade físicano
trabalho e atividade fisica de lazer ( mais de 3vezes por
semana)
22.Você
sabia que o sedentário,tem
mais chance de terum
infartoagudo do
miocárdio? S()
N(
)23.Você
sabia oobeso
(acimado
peso),tem
mais chance de terum
infartoagudo
do
miocárdio? S( )N(
)24.Dados
antropométricos:Peso: Altura:
IMC=
36
2 _
PRONTUÁRIO
O
quadro seguinte será preenchidocom
os dados colhidosdo
prontuáriodo
paciente:
FATORES
DE
RISCO
VALORES
PRESSÃO ARTERIAL
COLESTEROL
TOTAL
Apêndice
2. Consentimento livre e esclarecidodo
paciente:É
de livre vontade que aceito participardo
questionário sobre fatores de risco para desenvolverum
InfaltoAgudo
do
l\/Iiocárdio. Líberomeus
dados paraserem
utilizados
no
trabalho de conclusão de curso aque
ele se propõe.NORMAS
Este trabalho foi digitado
segundo
asnormas
da resolução n° 001/97do
colegiadodo
curso de graduaçãoem
medicinada
Universidade Federal de Santa Catarina.TCC
UFSC
CM
0418 EX.l N-Chflfll TCC UFSCCM
0418Autor: Demarchi, Ivan Pau
Título: Grau de conhecimento sobre os fa 972807693 Ac. 253567
-