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Sistema de carreira: subsídios para regulamentação

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Academic year: 2020

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SIS T E M A D E C A R R E IR A : S U B S ÍD IO S P A R A R E G U L A M E N T A Ç Ã O

Antônio Telles de Vasconcellos Técnico da FUNCEP Coordenador do Evento

Selma Roller Quintella Técnica da FUNCEP Coordenadora do Evento

O P o d e r E x ecu tiv o , a trav é s d a S ecretaria d e R ecu rso s H um anos S R H /S E - P L A N /P R , en ten d e com o açã o p rio ritária p a ra a co n seq ü en te reo rg an ização da A dm inistração P ú b lic a F ed eral, a im p lan tação d e um S istem a d e C arreiras p a ra os serv id o res p úblicos q ue contem ple os asp ecto s d e atu alização e m odern id ad e in­ d isp en sáv eis a um a n o v a dinâm ica d e desem p en h o ao funcionam ento d as o rg a n i­ zações governam entais.

N este se n tid o , e lab o ro u um an te p ro je to d e L e i, an siosam ente ag u ard ad o pela classe q u e, ap ó s um p erío d o de co le ta de su g e stõ es p a ra o seu aprim oram ento, foi en cam in h ad o ao C o n g resso N acional.

A e x p e cta tiv a ag o ra d o s serv id o res é q ue o s in teg ran tes d o C o n g resso N a­ cional en tendam o qu e sig n ifica e sta leg islação para a categ o ria, p a ra o reordena- m ento d as estru tu ras do g o v ern o e , p o r c o n seq ü ê n cia , para to d a so cied ad e b rasi­ leira ag ilizan d o a su a adoção.

P aralelam en te, in te ressa d a em c o le ta r su b síd io s q u e possam c o n trib u ir ao estab elecim en to n ecessário d e legislação com plem entar d iscip lin a d o ra d a referid a futura L ei, a S R H /S E P L A N /P R so licito u à F u n d ação C en tro d e F o rm ação do Ser­ v id o r P ú b lico — F U N C E P a estru tu ração de um evento o n d e , reu n in d o div erso s esp ecialistas em A d m in istração d e P e sso a l, p u d esse c o le ta r e sistem atizar inform a­ çõ e s in d isp en sáv eis à m ontagem d e um quadro referen cial prelim inar.

D esta form a, n a F U N C E P , fo i co n stitu íd o um g ru p o técn ico p a ra d a r cum ­ p rim ento ao e sta b ele cid o . S u a ta re fa foi d e lin e a r um esquem a o p eracio n al m eto­ d o ló g ico q u e viesse fac ilitar o a lcan ce d o s o b je tiv o s pretendidos.

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E m term os o p eracio n a is, o evento foi estru tu rad o e d esd o b rad o em quatro m om entos distintos:

R eu n iã o p len á ria In trod u tória

• A p resen tação da p ro p o sta, d e form a am pla, a todos o s co n v id ad o s.

• C o n stitu ição d o s C om itês T éc n ico s d e trabalho. Foram co n stitu íd o s cinco C om itês T écn ico s: C o n cu rso P ú b lico ; L o ta ç ã o /F o rç a d e T rab alh o ; A v aliação de D esem penho; Q u alificação P ro fissio n al e F u n çõ es, C arg o s e C arreiras.

C a d a C om itê tev e a seg u in te com posição: um e x p o sito r c o n v id ad o p a ra re ­ la tar e d e b a te r ex p eriên cias p ráticas sobre a questão ; um c o n su lto r e sp ecialista no tem a esp ec ífic o p a ra assistir o com itc em suas n ecessid ad es; serv id o res técn ico s atu an tes na área d e P essoal ou D R H . A lém d estes, em ca d a C o m itê, atu o u , tam ­ bém , um técn ico em D R H , d a F U N C E P , com o fa c ilita d o r d o p ro cesso e do d esen ­ volvim ento d a m etodologia. E specialistas d a S R H acom panharam e prestaram as­ sistência perm anente ao s com itês em situ açõ es p a ra as q u ais foram requeridos.

T ra b a lh o d o s C om itês

N o s co m itês, do is foram o s m om entos:

• S o cialização — tro ca d e inform ações e de ex p eriên cias en tre os integrantes com vistas a g e ra r su b síd io s esp ecífico s p a ra um a possível co n sid eração pelo g ru ­ po.

• A n álise o rien tad a — a p a rtir de instrum entos e stru tu rad o s, p ro d u ção d e in- sum os e o rg an ização de recom endações.

R eu n iã o P len á ria Final

E ste m om ento carac terizo u -se p e la ap resen tação d o s p ro d u to s elab o rad o s p elo s C o m itês, p elo s relato res co n stitu íd o s.

C on so lid a çã o d os p ro d u to s gerad os

E sta p arte fo i efe tiv a d a p a ra co n so lid ação e aprim oram ento d o s p ro d u to s a p re se n tad o s, tendo o envolvim ento d o re la to r e d o co n su lto r d e c a d a C om itê.

O e v en to foi realizado nas d ep e n d ên cias d a F U N C E P , n o s d ias 0 2 , 03 e 04 d e o u tu b ro próxim o passad o , em regim e d e tem po integral.

O resu ltad o d este e sfo rç o , sem a p reten são d e s e r um p roduto c o n c lu siv o , foi encam in h ad o , posteriorm ente, a S R H /S E P L A N /P R , am pliando o volum e d e in­ form ações so b re asp ecto s sig n ificativ o s a serem co n sid erad o s q u an d o da e la b o ra ­ ção d a leg islação com plem entar, ap ó s é c la ro , a d evida ap rovação d o A nteprojeto de L ei pelo C o n g resso N acional.

A súm ula d o s term os de referên cia c o n ten d o o s in d icad o res d o s aspectos co n c eitu ais e operacionais m ais relev an tes e q ue foram p ro d u zid o s em c a d a C o ­ m itê é ap resen tad o a seguir.

S u a d iv u lg ação n a R S P é um a form a d e e x te n d e r a inform ação p a ra outras áreas e p esso as interessadas no assunto, am pliando conseq ü en tem en te o universo d e d e b a te s sobre tã o im portante questão.

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A n to n io T c llc s de V asconcellos...

C O M IT Ê A: C O N C U R S O PÚ B L IC O *»

E ste C om itê d e se n v o lv e u seu trab alh o p ro c u ran d o id e n tificar a b a se c o n cei­ tuai e o p eracio n al a p a rtir d a an álise do en u n c iad o d o s d iferen tes artig o s do A nte- Projeto de L ei do S istem a d e C arreiras q u e tratam d o e sta tu to d o C o n cu rso

Públi-A N T E P R O JE T O - C Públi-A P . III A rt. 82

O s ca rg o s de p rovim ento e fe tiv o no se rv iço p ú b lico federal são acessív eis aos b rasileiro s e o ing resso d a r-se -á no prim eiro p ad rão d a c lasse inicial do res­ p ec tiv o nível d a carre ira, ate n d id o s o s requisitos d e esco laried ad e e h ab ilitação em co n cu rso p ú b lico de provas ou d e provas de títulos.

B A S E C O N C E IT U A L

C oncurso P ú b lico é o p rin cíp io b á sic o d o sistem a do m érito atrav és do qual a adm inistração p ú b lica, o b serv ad o s c ritério s de uniform idade e im pessoalidade, o p o rtu n iza o in g resso no serviço p ú b lic o a todos o s b rasileiro s qu e aten d em a re ­ q u isito s previam ente fixados em lei.

B A S E O P E R A C IO N A L

1. E x istên cia d e norm a co n stitu cio n al;

2. Id en tificação d e ca rg o s e d e fin iç ão d a clientela;

3. D efin ição d e pro ced im en to s ad m in istrativ o s-elab o ração d e p ro je to s com vistas ao p lanejam ento d o p ro cesso seletivo para:

— d e fin ição de a p o io téc n ico e logístico;

— p rev isão e alo cação de recu rso s fin an ceiro s e orçam entários;

— an á lise e aju stam en to perió d ico d as ativ id ad es d o carg o p a ra d efin ição d o s instrum entos m ais ad eq u ad o s à seleção;

— en volvim ento d a s au to rid ad es su p erio res d a instituição com aspectos d o processo;

— an álise d o s asp ec to s leg ais p e rtin en te s ao p ro cesso ;

(1) E ste C o m itê co n lo u c o m a p articipação d o s seguintes participantes:

R aim unda R o drigues, H en riq u e G o m es d e A lm eid a, V era L úcia P o n tes, Jo sé M arcos N o gueira V iana, A ld o R am os, R egina C e li d a R ocha F ra g o so , T é rc ia R ib e iro , C a lu d in ete V ila Bela C a v alcan ti, E dina H orta C a lo e ira , V a lte n o de S ouza M arques e Ivone G onçalves de A ndrade.

(4)

— esc o lh a d o s instrum entos m ais ad eq u ad o s ao p ro cesso seletivo; — estab elecim en to d a ab ran g ên cia d o concurso.

4 . O E dital do co n cu rso dev e se r ab ran g en te, claro e o b jetiv o e a te n d e r aos p rin c íp io s co n stitu cio n ais d e leg alid ad e, im p esso ab ilid ad e, m o ralid ad e e publicidade.

A N T E P R O JE T O - C A P . III A rt.

8-P arágrafo único:

C onstituem req u isito s d e e sc o larid ad e p a ra ing resso nos cargos:

a) d e nível b ásico , com p ro v an te d e esco larid ad e a té 33 série do 1- grau. b) d e nível m édio, certificad o de cu rso d e 2 - g rau e h ab ilitação leg al, q u an ­

do se tratar de ativ id ad e profissional regulam entada. B A S E C O N C E IT U A L

E sco larid ad e com patível com o c a rg o ao qual pretende co n co rrer. B A S E O P E R A C IO N A L

— C o m p ro v an te de escolaridade: • C o n clu são nível básico; • C o n clu são nível m édio;

• D iplom a de nível su p erio r d evidam ente reg istrad o no ó rg ão com petente e , q u an d o fo r o ca so , com p ro v an te do reg istro d o M EC e /o u ó rg ão fis- c a liz a d o r d o exercício profissional.

A N T E P R O JE T O - C A P . III A rt. 9^

0 C o n c u rso P ú b lico será realizado em d u as etapas, am bas d e c a rá te r elim i­ n ató rio , com preendendo:

1 — n a l 2 etap a — provas ou provas e títulos; II — na 2- e ta p a — program a d e form ação inicial.

§ I - - A m atrícula d o ca n d id ato no program a de form ação inicial se dará até o lim ite de v ag a s determ in ad o no edital de ab ertu ra d o concurso público.

(5)

A n to n io T e lle s dc V asconcellos...

§ 2 - — O s can d id ato s ap ro v ad o s no program a d e form ação n a p rim eira etap a do C o n cu rso , a rticu lad o s no program a de form ação inicial, p erceb e ­ rão aju d a fin an ce ira n o s lim ites e c o n d iç õ e s a serem fix a d o s em re ­ g u lam en to , salv o opção p e lo vencim ento ou salário e v an tag en s do cargo em prego e fe tiv o s, se p e rten c en te à adm inistração d ireta, in d i­ re ta ou fu ndacional.

B A S E C O N C E IT U A L

O desen v o lv im en to d o se rv id o r n a ca rre ira, p ressu p õ e q u e seu in g resso no S erv iço P ú b lico seja p reced id o d e um a co rre ta aferição de co n h ecim en to s p a ra que a ad m in istração p o ssa in v e stir na su a form ação e d e sse investim ento re su lta r um a m elh o r qu alificação .

P ara a p licação ad eq u ad a, d estacam -se o s seg u in tes aspectos:

a) A tendim ento a to d o s o s p ressu p o sto s co n stitu c io n ais, m erecendo d esta­ car.

• legalidade; • im pessoalidade; • m oralidade; • publicidade.

b) A n álise d o s asp ecto s leg ais o b jetiv an d o m inim izar ou e v ita r fundam ento p ara recursos;

c) E n v o lv im en to d a s au to rid ad es su p erio res d a instituição com asp ecto s do p ro c e sso , in clu siv e q u an to a cu sto s prováveis;

d) D efin ição d e p ro ced im en to s a d m in istrativ o s, necessário s à o p eracio n ali- zação;

e ) P rev isão e a lo cação d e recu rso s fin an ceiro s e orçam entários.

f) D efinição p rév ia do apoio té cn ic o e lo g ístico n ecessário à seg u ran ça o pe­ racio n al;

g) P lan ejam en to e acom panham ento do p ro cesso , em to d as as su a s e tap as, p ara e v ita r a im provisação;

h) A n álise e ajustam ento p erió d ico d a s ativ id ad es d o carg o p a ra d efin ição d o s instrum entos m ais ad eq u ad o s à seleção;

i) O ed ital d o co n cu rso d e v e s e r ab ran g en te, cla ro e o bjetivo. B A S E O P E R A C IO N A L

— A p ro v ação em cu rso d e fo rm ação e /o u program a de cap acitação p ro fissio ­ nal;

— A l 3 etap a, d e c a rá te r elim inatório e c lassificató rio , tem p o r o b jetiv o av a­ liar o s co n h ecim en to s e /o u aptid õ es d o s candidatos;

— A 2 - e ta p a , d e c a rá te r elim in ató rio e /o u c lassificató rio , v isa à p reparação técn ica do c an d id ato p a ra o ex ercício d o cargo;

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— C en tra liz ação para o s carg o s g en érico s e d escen tralização para o s esp ecí­ ficos d e acordo com análise da re laç ão v ag as/lo cais d e provim ento;

— Id en tificação d e in stitu ição p d b lic a de e n sin o , a nível local ou regional com cap acid ad e para assu m ir program as d e capacitação p ro fissio n al e/ou curso d e form ação.

— Q u alificação d o s do c en tes, onde se destacam : • v iv ên c ia profissional em serv iço público; • form ação com patível com o nível d a clientela; • ex ig ê n cia de conhecim entos específicos;

• sen sib ilid a d e p a ra ate n d er ao s o b jetiv o s d a A dm inistração P ública. — E scolha d o s instrum entos para seleção:

• p ro v a objetiva;

• p ro v a o b jetiv a e discursiva; • p ro v a discursiva;

• inclu são de p ro v a prática; • q u an titativ o d e questões.

— C ritério s para d efin ição d e co n teú d o e d u ração do c u rso d e form ação e /o u program a de cap ac itação , com en volvim ento d o órgão q ue irá nom ear os can d id ato s selecionados.

— Id en tificação e co rreç ão d e possíveis distorções. — V iabilização d e m últipla avaliação:

• provas x resultados • can d id ato x docentes • d o cen tes x curso/program a

• u su ário x q u alificação d e funcionários.

A N T E P R O JE T O - C A P . Eli A rt. 10

C o n clu íd as as d u as etap a s do concurso e h om ologados o s seus re su ltad o s, serão nom eados o s can d id ato s h ab ilitad o s, obedecen d o a ordem de classificação estab elecid a no resp ectiv o regulam ento.

B A S E C O N C E IT U A L

— E x istên cia d e norm a c o n stitu cio n al e x ig in d o , com o co n d içõ es p a ra in v e s­ t i d u r a e m c a r g o p ú b lic o , a p rév ia h ab ilitação em co n cu rso público; — A tendim ento a todos o s pressupostos co n stitu cio n ais, m erecendo destacar:

leg alid ad e, im pessoalidade, m oralidade e publicidade; — O edital do co n cu rso d ev e se r ab ran g en te, cla ro e objetivo.

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A n to n io T e lle s de V asconcellos... B A S E O P E R A C IO N A L

- C R IT É R IO S /H A B IL IT A Ç Ã O /N O M E A Ç Ã O

• A p ro v ação em c u rso s d e form ação e /o u program a d e c a p acitação pro­ fissional;

• ex istê n cia de v a g a a se r provida; • sanidade ffsica e m ental.

- F L U X O D A F O R Ç A D E T R A B A L H O • C o n tro le d e vacâncias:

• E stabelecim ento d e cron o g ram a anual de provim entos. - A C O M P A N H A M E N T O -C O N T R O L E -A V A L IA Ç Ã O

• id en tificação e co rreção de p o ssív eis d istorções; • v iabilização d e m ú ltip la av aliação ;

— provas x resultados — can d id ato s x d o cen tes — d o cen tes x cu rso /p ro g ram a

— usuário x q u alificação do funcionário. A N T E P R O JE T O - C A P . I ü

A rt. I I

O fu n cio n ário , um a v e z n om eado cum prirá e stág io p ro b ató rio , d e acordo com o E statu to d o s F un cio n ário s P úblicos C iv is d a U nião e na form a d esta Lei.

B A S E C O N C E IT U A L

- E x istên cia d e norm as c o n stitu cio n a is, g aran tid o ao cid ad ão o d ireito d e ser bem servido p o r um a m áquina ad m in istrativ a eficien te, o q u e e x ig e pes­ soal q u a lificad o , c a p a z d e a te n d e r ao s an seio s da sociedade.

- S e g u ran ç a d eco rren te do v ín cu lo em pregatfcio com a A dm inistração P ú ­ blica.

B A S E O P E R A C IO N A L

- A C O M P A N H A M E N T O -C O N T R O L E -A V A L IA Ç Ã O a) Id en tificação e co rreção d e p o ssív eis distorções; b) v iab ilização de m últipla avaliação:

• p ro v as x resultados • can d id ato s x docentes • d o cen tes x cu rso /p ro g ram a

• usuário x q u alificação do funcionário.

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C O M IT Ê B: L O T A Ç Ã O /F O R Ç A D E T R A B A L H O ®

B A S E C O N C E IT U A L :

V isan d o facilitar a co m p reen são , o g ru p o p ro cu ro u c o n ce itu ar o s seguintes term os:

“ F o rça d e tr a b a lh o ” , d iz resp eito à q u an tid ad e de recu rso s h um anos ne­ cessário s ao cum prim ento da m issão rese rv ad a a cad a órgão o u entidade. “ L o ta ç ã o ” , sig n ifica a q u an tid ad e d e recu rso s h um anos ex isten te em um ó rg ão ou entidade.

“ E x istên cia ” , rep resen ta a q u an tid ad e d e recu rso s h um anos em efetivo ex ercício em um ó rg ão ou entidade.

“ R ed ístrib u içã o ” é a m ovim entação de recu rso s h u m an o s, c o m o s resp ecti­ v o s ca rg o s, p a ra o q u ad ro de p essoal de o u tro ó rg ão ou entidade.

A p ó s a so cialização d o entendim ento d estes term o s, co n sid eran d o su a apli­ cação na A dm inistração P ú b lic a, o grupo busco u a id en tificação d as prem issas e pressupostos básico s p a ra a su a im plem entação.

N este sen tid o , foram listad o s os seguintes:

a) red efin ição d a m issão e d o s o b jetiv o s do órgão o u entidade; b ) reo rg an ização adm inistrativa, com preendendo:

I — a racionalização de serviços;

II — a elim inação d e estruturas p aralelas ou em duplicidade;

III — a tran sferên cia p a ra a in iciativ a p riv a d a d e serv iço s q ue n ão se coadunem com os objetivos do órgão ou en tid ad e. E x. serv iço s g rá ­ ficos, transporte, v ig ilân cia, etc;

IV — a u tilização efetiva dos recu rso s d isp o n ív eis da inform ática;

V — a realo cação d e ativ id ad es incom patíveis com a m issão e o s o b jeti­ v o s do órgão ou entidade;

V I — a realo cação de recu rso s hum anos excedentes.

c) a d efin ição do q u ad ro de recursos hum anos com patível com as reais ne­ cessid ad es d o ó rg ã o ou e n tid ad e, d ev en d o s e r racio n al, o b jetiv o e com ­ petente para o atingim ento das aspirações da sociedade;

(2) E ste C o m itê foi c o n stitu íd o pelos seguintes m em b ro s:

M arysabel Jo rg e M a lu f, D ionfsio L eônidas de M edeiros N eto , F ran cesca L ó es, O svaldo A n to n io Rosa S o b rin h o , S flv ia M a ria N ascim en to , Jo sé F e rre ira C o rrê a , José W ag n er L . B e lc h io r, João d o s S a n to s E s- g a lh a e M aria A parecid a R . da Silva.

(9)

A n to n io T e lle s d e V asconcellos...

d) n ão in terferên cia po lítica na d efin ição /q u an tificaçã o d a fo rça d e trab alh o o u lo tação . A penas os aspectos técn ico s d evem p re v alecer n esses estu ­ dos;

e) estab elecim en to d e um a p o lftca d e recu rso s hum anos q ue p riv ileg ie a co m p etên cia, a form ação, a e sp ecialização e , em c o n seq ü ên cia, renum ere ad equadam ente.

B A S E O P E R A C IO N A L

Para o estab elecim en to da fo rç a d e tra b alh o n ecessária à c o n secu ção d o s o b jetiv o s d o s órgãos e en tid ad es d a A dm inistração P ública, faz-se n ecessário , ini­ cialm ente, o co nhecim ento d o funcionam ento d e c a d a co m p o n en te adm inistrativo.

C om b ase nesse conhecim ento, o b tid o atrav és d e levantam ento d e dados (d iag n ó stico ), d ev erá se r realiz ad a a an álise da situ ação atual do ó rg ão ou en tid a­ d e, com p reen d en d o o s problem as e d isfu n çõ es o rg an izacio n ais e fu n cio n ais identi­ ficadas.

T an to n a fase d o d iag n ó stico , q u an to n a d e an álise d o s d ad o s levantados, dev erão m erecer especial aten ção as seg u in tes questões:

a) m issã o e objetivos:

I — qual o n eg ó cio /fin alid ad e d o órgão?

II — as ativ id ad es desen v o lv id as buscam o atingim ento d o s o b je tiv o s do órgão?

b) estru tu ra organ izacion al:

I — a e stru tu ra é co m p atív el com as ativ id ad es afetas ao órgão?

II — existem estru tu ras paralelas p a ra o d esenvolvim ento d e ativ id ad es de m esm a natureza?

m — existem serv iço s q u e p o d eriam s e r d esen v o lv id o s pela iniciativa priv a d a, sem prejuízo para o usuário e com m enor cu sto ?

c ) recu rso s h um anos:

I — o s recu rso s hum anos e stã o trein ad o s e cap acitad o s para a ex ecu ção d o s serv iço s afeto s ao órgão?

II — existem d isfu n çõ e s n a u tilização d o s recu rso s hum anos?

III — o s recu rso s hum anos são su ficien tes, insuficientes ou h á ex cesso de funcionários?

d) p ro cesso decisório:

I — existem alçad as decisórias? II — a d ecisão é cen tralizad a? e ) n orm atização d e procedim entos:

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I — o s procedim entos e ro tin a s u tilizad o s n a ex ecu ção d o s serv iço s estão d efin id o s em m anuais?

II — o s procedim entos e rotinas são d o co n h ecim en to d o s ex ecu tan tes do s serviços?

III — o s funcionários têm fácil acesso ao s m anuais?

IV — com o são transm itidas as instruçõs para a e x ecu ção d o s serviços? 0 racio n alização de procedim entos:

- o s procedim entos u tilizad o s n a ex ecu ção d o s serv iço s estão racio n ali­ zados?

g) inform ática

— o s recu rso s d isp o n ív eis d e inform ática estão sen d o u tilizad o s com ra ­ cio n alid ad e ou o s eq u ipam entos estão o b so leto s/sem uso?

h) com unicações adm inistrativas:

I — a s d ecisõ es d e in teresse do funcionalism o são d iv u lg ad as, tem pesti­ vam ente, a to d o corpo funcional?

II — as rotinas e procedim entos são com u n icad as aos fun cio n ário s e n v o l­ vidos com a e x ecu ção d o s serviços?

N a elab o ração d a p ro p o sta d e reordenam ento o rg an izacio n al, d ev erão ser contem plados:

a) q u an to à estrutura:

I — perfeito enten d im en to d a m issão e d o s o b jetiv o s do ó rg ão ou en tid a­ de;

II — a tipicidade e a com plexidade dos serv iço s a serem d esen v o lv i­ dos;

III — a racio n alid ad e d o d esen h o estru tu ral; b) q u a n to ao s recu rso s hum anos:

I - redim ensionam ento d a fo rça d e tra b a lh o , atrav és d a utilização de Q uadros d e D istribuição d o T rab a lh o — Q D T ’s, estatísticas, etc. II — d istrib u iç ão harm ônica d o s fu n cio n ário s, o b serv ad as as suas q u alifi­

cações;

n i — avaliações p eriódicas q u an to à efetiv id ad e d o s recu rso s hum anos alocados;

IV — treinam ento e cap acitação (reciclagem ) dos fun cio n ário s p a ra aten ­ dim ento às dem andas e novos encargos.

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A n to n io T e lle s de V asconcellos...

C O M IT Ê C: A V A L IA Ç Ã O D E D E S E M P E N H O ® IN T R O D U Ç Ã O E C O M E N T Á R IO S G E R A IS

O s p ro ceso s de av aliação d e d esem p e n h o têm se co n stitu íd o num d o s m ais difíceis d esafio s d e adm inistração d e recu rso s hum anos. A p a rtir d o s anos 6 0 , em ­ presas b rasileiras, p ú b lica s e p riv ad a s, foram acom etidas p o r um a feb re d e im­ plantação de sistem as d este tip o q u e , em su a g ran d e m aioria, falharam , sobretudo p o r tran sp lan tarem cu ltu ras e stran h as q ue n a d a tinham a v e r com as realidades d essas em presas. A b u sca d e um program a de a v aliação qu e harm onize o s interes­ ses, as visões e o s o b jetiv o s d o s funcio n ário s e d a o rg an ização ainda co n stitu i ár­ du a tarefa para o s p ro fissio n ais de recu rso s hum anos.

N o d e c o rre r d o s trab alh o s do com itê técnico sobre av aliação d e d esem penho, destacaram -se o s com entários e q uestionam entos seguintes:

N ão dev e se r im plantado um m odelo ú n ico d e a v aliaç ão de d esem penho. Foi co n sen su al a o p in ião de q u e cad a o rg an izaç ão , te n d o características p ró p rias, n e­ cessita d e um m odelo pró p rio . R ecom en d o u -se p o rtan to a m áxim a d escen traliza­ ção possível dentro de um a filo so fia com um . E ssa necessid ad e d e a d ap tação do m odelo se esten d e ao s v ário s tipos d e cargos.

A av aliação não d ev e ser efetu ad a apenas p elas ch efias, m as tam bém , por exem p lo , pela eq u ip e d e trab alh o , p o r C o m itês paritário s, ou pelo p ró p rio interes­ sad o , com o j á aco n tece em algum as instituições. Foram citad as ex p e riê n c ias de dupla av aliação pelo g eren te e p e lo av aliad o q u e, q u a n d o ju n ta d a s posteriorm ente, forneciam inform ações valiosas para a o rg an ização . E n fatizo u -se a d ificu ld ad e de p esso as ju lg arem o m érito d e seus p ares, so b retu d o q u a n d o essa av aliação fo r d e­ term inante para p rom oções ou p io r, ain d a, para dem issões. C o n tu d o , reconhece-se q ue p a ra alguns p ap éis ocup acio n ais seja n ecessária a p articip ação d o s p ares. Em todos esses caso s, é im prescindível a interação en tre av aliado e a v a liad o r no pro­ ce sso de av aliação d e d esem p en h o , d e m aneira a elim in ar a arb itraried ad e e a as­ se g u ra r resu lta d o s p ositivos p a ra o desen v o lv im en to o rg an izacio n al da instituição.

P ara v e n c e r as in ev itáv eis resistên cias à im plem entação d e program as de av aliação d e d esem penho, é n e cessário to m a r tran sp aren tes sua fin alid ad e e suas co n se q ü ên cias (se servem à o b ten ç ão d e p ro m o ção , p o r exem plo) e , caso o s a v a ­ liad o s n ão tenham particip ad o d a elab o ra ção do m o delo, os critério s e o s in stru ­ m entos q ue serão utilizados.

P ara todos o s m odelos d e a v aliação d e d esem p en h o , o com itê su b lin h o u a necessid ad e d e q u a lifica çã o e d e h a b ilita çã o do av aliad o r, assim com o de su a

so-(3) C o n stitu íram este com itê:

G ilso n F re ita s, M anuel H enri G eo rg es G ira rd , E d a C astro L u cas de S o u za, M aria Z ild a B arbosa S im õ es, P a u lo D . P alh as, G erald o L . S . T o rre c illa s, R ui A lcin o d e D eus, R o m ir G o n çalv es, R oberto do A m aral, T c lá rio G . S ilv a N etto , T o m á s de A q u in o G u im arães, M aria Isabel da S ilv a M oraes, L úcia A . de O . Flo- rian o .

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c ia liz a çã o — visan d o à in tem alização do m odelo — an tes e d u ra n te a im plem enta­ ção d a av aliação de desem penho d e seus sub o rd in ad o s. T am bém foram en fatiza­ d o s o s asp ecto s n efasto s d a ex cessiv a retativ id ad e d a s ch efias qu e h o je se v erifica no serviço público: o gerente a v aliad o r p recisa te r um com prom etim ento com as tarefas e x e cu tad as p o r seus subordinados.

E m bora o in cen tiv o fin an ceiro n ão seja suficiente para p ro d u z ir entusiasm o e p ro d u tiv id ad e, é d ifícil p ed ir p articip ação a quem , não recebendo um salário dig­ no, não c o n fia no p o ssív el reto m o fin an ceiro d eco rren te d a av aliação d e seu de­ sem penho. P o r esta razão , a im plem entação d e q u alq u er m odelo d e av aliação de desem penho su p õ e, necessariam en te, um p la n o de c a rg o s e sa lário s j á im plantado. E ste tam bém serv iria para n ão c ria r ex p ecta tiv as su p erio res à s p o ssib ilid ad es reais d a instituição.

B U S C A D A B A S E C O N C E IT U A L

A v aliação d e desem p en h o é um m eio d e m eios: é um m eio p a ra p ro g ressão , para p rom oção, p a ra tran sferên cia ou acesso . E stes sobrevivem sem aq u e la , mas aq u ela n ão tem sig n ificad o sem estes.

S eguindo a m etodologia p ro p o sta p elo s o rg an izad o res d o ev e n to , o com itê técnico d estaco u d a d iscu ssão an te rio r um a série d e aspectos q ue facilitariam a ap licação d a av aliação d e desem penho na adm inistração pública:

— E x istên cia de um sistem a de salários com patível com o m ercado d e traba­ lho;

— E x istên cia d e um sistem a d e c a rre ira (p ro g ressão e acesso s) p a ra q u e o funcionário c o n h eça suas p ersp ectiv as a m édio e longo prazos;

— P ro ce sso d e d esenvolvim ento g eren cial; estab elecim en to d e critério s para acesso a carg o s de direção e d e chefia;

— P ro cesso d e seleção interna, freq ü en te e d inâm ico, q ue lev e em c o n ta a a v aliação d e desem penho;

— C lara d efin ição d as finalidades d a avaliação; — D eterm inação d e o b jetiv o s co eren tes e consistentes; — A m pla d iv u lg ação d o s o b jetiv o s d a av aliação ;

— S o cialização do gerente para a im plem entação d o sistem a de av aliação. Em bora não se inclua d en tre as fun çõ es atrib u íd as p elo s o rg an izad o res do ev e n to ao com itê técn ico , este , ao ex am in ar o an tep ro jeto d e lei q u e institu i o sis­ tem a d e c a rre ira do S erv iço civil da U n ião , co n sid ero u o p ortuno ale rta r p a ra a in­ c o n v e n iên cia da abordagem m inuciosa d e aspectos o p eracio n ais da a v aliação de desem p en h o num texto legal.

A ntes d e d e fin ir a s variáveis a serem a rro lad as p a ra a ap licação ad eq u ad a do in stitu to ju ríd ic o , é n ecessário d isp o r de instrum entos ad ap tad o s ao s p ap éis fu n ­ cio n ais esp ecífico s e , em tu n ç ã o d e stes, estru tu ra r a av aliação d e d esem penho. F o ­ ram d estacad as as seguintes variáveis:

— R ecursos;

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A ntonio T e lle s de V asconcellos... — P lanejam ento d as ativ id ad e s da o rg anização; — P lanejam ento d as atrib u içõ es individuais; — P lano d e retribuição.

Q uanto às p rem issas e ao s p ressu p o sto s b ásico s para su a a p licação n a adm i­ nistração p ú b lic a, o com itê, e n fatizan d o a in co n v en iên cia de um m odelo único, co n cen tro u -se n as gran d es lin h as d a av aliação de d esem penho, recom endando:

— A p articip ação do se rv id o r no seu p ro cesso avaliativo: interação ch e­ fia/su b o rd in ad o , q u a n d o p o ssív el, na d efin ição d as tarefas, e discussão sistem ática do resu ltad o d a avaliação;

— T ran sp a rên cia em to d a s as fases d o p ro cesso com o co n d ição d e cred ib ili­ dade;

— V ários sistem as av aliativ o s conform e a s carac terísticas d e c a d a ó rg ão e de cad a papel o cupacional;

— N eg o ciação /d iscu ssão com a s asso ciaçõ es d e rep resen tação d o s servido­ res;

— O b jetiv id ad e d o s critério s;

— V inculação da a v aliação de desem penho ao p lanejam ento d e ativ id ad es da área e d o indivíduo.

R E T R O S P E C T IV A T E Ó R IC A E B A S E O P E R A C IO N A L

O co n ceito d e a v alia ção d e desem p en h o v aria m uito seg u n d o o s au to res. D e m aneira g e ra l, d estacam -se com o característic as com uns a o b jetiv id ad e e a siste- m aticidade. A lguns autores têm um co n ceito v o ltad o para a aferição p u ra e sim ­ p les d e resu ltad o s, sem m aio r p reocupação com o hom em e suas co n d içõ es d e tra­ b alh o . E m alg u n s caso s, e ssa v isã o atin g e extrem os m ecanicistas ao co n c e b e r o hom em com o um m ero instrum ento, isolado d a s circu n tân cias am bientais: o co n ­ ceito d e desem p en h o fica, e n tã o , red u zid o à q u an tid ad e e à q u alid ad e d o trabalho rep ro d u zid o , sem le v a r em co n sid e ra ç ão a s o u tras variáveis (características e d ife­ ren ças in dividuais, co n d içõ es d e trab a lh o , re laçõ es interpessoais) q ue condicionam o com portam ento hum ano.

O utros autores partem do pressu p o sto q ue o hom em é um ser ú n ic o , com um ritm o d e d esenvolvim ento e d e desem p en h o próprio: procuram p o rtan te ajustá-lo ao trab alh o , para m elhorar su a p ro d u tiv id ad e e p ro p o rcio n ar-lh e sa tisfação e d e­ senvolvim ento pessoal.

D iante d este q u ad ro , e c o n sid eran d o a s carac terísticas in eren tes a o serviço p ú blico, o com itê técnico resolveu a d o ta r e reco m en d ar a ado ção do seg u in te c o n ­ ceito d e av aliação d e desem penho:

A av a lia çã o d e d esem p en h o é u m p ro cesso q u e , através d e u m a co m p a ­ n h a m e n to c o n tín u o e sistem á tico , b u sca a ferir o s r e su lta d o s d o trab alh o d o s ser v id o r e s, lev a n d o em co n ta as ca ra cterística s in d iv id u a is e o rg a n i­ za cio n a is, com vista s a p ro m o v er o d e sen v o lv im en to p esso a l e in stitu ­ cion al.

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R eafirm ando o p ressu p o sto d e q u e c a d a ó rg ão e in stitu ição d a adm inistração p ú b lic a dev e e lab o ra r seu sistem a p ró p rio d e a v a liação d e d esem penho, o com itê reso lv e u fa zer a s reco m en d açõ es g e rais p a ra a o p eracio n alização d a av aliação de desem penho:

U S O S E O B JE T IV O S

A a v aliação d e desem penho fu n cio n a com o um a e sp é c ie d e alav an ca em re­ lação às dem ais práticas e p olíticas d e re cu rso s hum anos. D entre o u tro s, seus usos m ais freq ü en tes são:

— E stá g io p rob atório: a a v aliaç ão d e d esem p en h o é um determ in an te da p erm anência do se rv id o r n a instituição:

- D esen v o lv im en to n a carreira: a av aliação de desem penho é um in stru ­ m ento p a ra d ete rm in ar as co n d içõ es dos servidores a serem prom ovidos, com plem entando o u tro s c ritério s de p rom oção, in clu siv e o d e antiguidade; — T ran sferên cia: a av aliação de desem p en h o p o d e in d ic a r v an tag en s na

m udança do se rv id o r para outro se to r de trabalho;

— N ecessid a d es d e trein am en to: a a v aliaç ão d e desem p en h o perm ite identi­ ficar d ificu ld ad es q u e podem s e r su p erad as atrav és d e treinam ento;

- A p erfeiço a m en to do p ro cesso d e seleçã o : a a v a liação d e desem penho perm ite id en tificar as falh as do p ro cesso de seleção , co n tan to q ue nela sejam aferid as as m esm as característica s d o s serv id o res u tilizad as com o critério de esco lh a en tre can d id ato s ao em prego;

- M otivação: a av aliação p o d e p ro v o c a r a m elh o ria da m otivação do servi­ d o r e , com o co n seq ü ên cia com portam ental, a p o sterio r m elhoria do seu d esem penho, um a v ez q u e se u s e feito s são d e ordem c o g n itiv a e incidem em prim eiro lu g ar sobre o próprio avaliado;

— E xcelên cia: a av aliação de desem p en h o c ria co n tin g ên cias para le v a r os servidores à excelên cia, tanto no desem penho em seu p osto de trabalho q u a n to na p ersecu ção de um a carreira;

- C o esã o so cia l na organ ização: a av aliação d e desem p en h o p o d e red u n d ar na m elhoria do trab alh o em eq u ip e, entre ch efes e su b o rd in ad o s, p e la m e­ lh o r e x p licitação d a s atrib u içõ es e co m p lem entariedades d o s p ap éis ocu- pacio n ais d o s div erso s servidores.

E n tretan to , cab e d e sa c o n se lh a r q u e um program a d e av aliação d e desem pe­ nho inclua tal m ultiplicidade de objetivos: para q ue surta efeito s satisfató rio s no desen v o lv im en to d o serv id o r e d a o rg an izaç ão , é n ecessário e sc o lh e r alguns d o s usos acim a d escrito s, lim itando as d ificu ld ad es o p eracio n ais. V ale d izer, p o r últi­ m o, q u e o clim a p rev alecen te n a o rg an ização d eterm ina, em g ran d e m edida, os usos q u e são dados à av aliação de desem penho.

A V A L IA D O R E S

A av aliação d e desem p en h o p o d e s e r realizad a p o r trê s tipos d e avaliadores: 154 R . S erv. PÚbl. B rasília, 117(2): 141-164, se t./d e z . 1989

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A n to n io T e lle s d c V asconccllos..

o su p e rio r im ediato, um com itê d e av aliação e o próprio serv id o r. Em situações esp e cíficas, a a v aliação p o d e in c lu ir a o p in ião d o s c lien tes e /o u u su ário s d o p ro ­ d u to d o trab alh o do servidor.

A a v aliação pelo su p erio r im ediato, em b o ra m ais freq ü en te, é su je ita a v ieses d e autoritarism o e de subjetivism o, q u e estariam d en tre as p rin cip ais cau sas de fracasso n o s p ro cesso s de im plantação de sistem as de av aliação d e desem penho, p o r c riarem resistências in tran sp o n ív eis ju n to aos avaliados. N o e n tan to , sen d o o su p erio r im ediato quem m ais co n h ece o a v aliad o , a im plem entação d e program as d e trein am en to e d e so cialização dos gerentes perm ite a m inim ização de tais

vie-A av aliação p o r um com itê d e se rv id o res perm ite aten u ar o su b jetiv o e o autoritarism o do av aliad o r, u n ifo rm izar padrões d e av aliação em toda a instiuição, e v e ic u la r m ais facilm ente a inform ação d en tro d a o rg a n ização . A p resen ta, no e n ­ tan to , o in co n v en ien te d e ser dem orada e d e m obilizar m aio r núm ero d e pessoas.

N a au to -av aliação , o se rv id o r é resp o n sáv e l pela a n á lise do seu p ró p rio d e­ sem penho. O bviam ente, este sistem a exige uma cu ltu ra o rg an izacio n al altam ente d esen v o lv id a, em q u e o s serv id o res têm p erfeita co n sciên cia d e suas atrib u içõ es, sen d o c ap azes de um recuo para ex am in ar sua atuação. P o r esta razão , parece mais recom endável a asso ciação d este tip o d e av aliação aos anteriores: o c ru zam en to de p ercep çõ es distin tas, com a ju stific a ç ã o d as a p reciaçõ es inicialm ente feitas, p ro ­ p o rcio n a um m útuo esclarecim en to e to m a m ais o b jetiv o o resu ltad o final d a av a­ liação.

E nfim , q u a lq u e r seja o tip o de L valiador, cab e e n fa tiz a r a abso lu ta necessi­ d ad e d e treinam ento esp ec ífic o p a ra esta atividade.

A V A L IA Ç Õ E S

O se rv id o r d ev erá se r av aliado a trav és d e um acom panham ento c o n tín u o e sistem ático, q ue lev e em conta as suas características individuais e as d a o rg an iza­ çã o , se u papel o c u p acio n al e o p lan ejam en to d a s ativ id ad es d o ó rg ão e d as atri­ b u içõ es d o indivíduo.

P E R IO D IC ID A D E

A a v aliação d e desem p en h o é um p ro cesso co n tín u o e sistem ático. S e u re ­ g istro form al o b ed ecerá às características próprias das várias carre iras, observ ad a a p erio d icid a d e d eterm in ad a p a ra cad a um a delas.

F A T O R E S D E A V A L IA Ç Ã O

O s fatores ado tad o s p a ra e la b o ra r o s instrum entos d e a v aliação d e desem pe­ nho d ev erã o ser d efin id o s op eracio n alm en te com o m áxim o d e p recisã o e de o b je ­ tiv id ad e possíveis.

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D everão s e r co n sid e rad o s o s req u isito s, a s ex ig ên cias e a s características de cad a c a rre ira o u carg o ao e stab e lecer fatores para a fe rir desem penho.

O s fatores d e a v aliação p o d e rã o te r p o n d eraçõ es d iferen tes p a ra c a d a carrei­ ra.

P R O C E S S O D E A V A L IA Ç Ã O

O p ro cesso d e a v aliação d e desem p en h o d ep en d e inteiram ente d o m odelo u tilizado. N o e n ta n to , os p ontos se g u in tes d ev e rão n ecessariam ente ser incluídos.

A a v aliação será su b sid iad a p o r um a relaçã o d e ativ id ad es e atrib u içõ es ela­ b o rad a em com um pelo c h efe im ediato e o servidor.

O s serv id o res av aliad o s d ev erão te r c iên cia in teg ral d o s resu ltad o s d e sua avaliação.

E stes resu ltad o s d ev erão ser co d ifica d o s, sen d o o acesso a o fa to r d e identifi­ cação re strito à c h efia, e sen d o p rev istas penas d iscip lin ares p a ra o s responsáveis p e la q u eb ra d e sigilo.

D IF IC U L D A D E S

E ntre o s m uitos o b stácu lo s q ue o s program as d e av aliação d e desem penho d evem e n fren tar, destacam -se a natural resistên cia do in d ivíduo a se r av aliad o e a freqüente tendência p a ra o au to ritarism o p o r p arte d o av aliad o r. O utras dificu ld a­ des, tais com o a su b jetiv id ad e, os v ieses da a v aliação (efeito d e h alo , avaliação c o n g elad a, p reco n ceito s p esso ais, e tc .) a d iferen ça d e ex p ectativ as en tre o av alia­ d o r e o av aliad o quanto a o b jetiv o s, m etodologia, v an tag en s e desv an tag en s, d e­ vem s e r en fren tad as com firm eza. P ara v iab ilizar o sistem a, cab e id en tificar as ca­ racte rísticas d a o rg an iz ação , visu alisan d o a s co n d içõ es am bientais e harm onizando o s in teresses o rg an izacio n ais e in d iv id u ais, num p ro cesso d e am pla p articip ação d e to d a s as partes envolvidas.

C O N C L U S Ã O

U m d o s fatores e ssen c iais ao su c esso d o s sistem as de a v aliação de desem pe­ nho co n siste no com prom etim ento e no e n volvim ento d o s m em bros d a organização em g e ra l, n as várias etap as d o p ro cesso d e av aliação , d esd e a su a form ulação a té a su a ap licação e acom panham ento. E ste envolvim ento perm ite g a ra n tir a coerência e n tre o s p rin cíp io s filo só fico s da a v aliaç ão de desem p en h o e a su a p ráx is, to m a n ­ do possível a u niform ização d o s procedim entos do sistem a e p o ssib ilitan d o q u e o m esm o seja ap erfeiço ad o p elo s seus p ró p rio s usuários.

P o r o u tro lado, dev e h a v e r um a estreita in terd ep en d ên cia en tre a av aliação de desem p en h o c a s dem ais funções de recu rso s hum anos (carg o s e salá rio s, re­ cru tam en to e seleção , treinam ento e d esenvolvim ento, p rom oção, integração e in­ c e n tiv o , o rien taçã o ), so b p e n a de to m a r sem se n tid o a avaliação.

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A n to n io T e llc s de V asconcellos..

E n fim , a av aliação d e desem p en h o e stru tu rad a re q u e r intenso e lo n g o p lan e­ jam e n to , ten d o em v ista o am adurecim ento d as p o líticas e estra tég ias o p eracio n ais, bem com o a nec essid ad e de d ifu n d ir o p ro g ram a, im prim indo-lhe tran sp arên cia e cre d ib ilid ad e. O planejam ento, p o r su a v e z , d ev e se r p rec ed id o d e estu d o s de cam po, p a ra id en tificar o clim a e a cu ltu ra da o rg an iz ação , o s in teresses, percep­ ç õ e s, v a lo res, asp iraçõ es e p reo c u p açõ es d o s serv id o res, a fim d e e sta b e le c er com base m ais realista o s o b jetiv o s d e c u rto , m édio e lo n g o alcan ce. E sta d istrib u ição tem poral d e o b jetiv o s v isa a te n d er, d e um lado, à s n ecessid ad es im ediatas d o s ser­ vidores e da o rg an ização e , d e o u tro , v ia b iliz a r grad ativ am en te as m udanças ne­ cessárias à o rg an ização p a ra q ue a s u a ev o lu çã o se p ro cesse d e form a eq u ilib rad a com as transform ações só cio -p o lítico -cu ltu rais do am biente.

C O M IT Ê D: Q U A L IF IC A Ç Ã O P R O F IS S IO N A L ®

1) P ré-co n d içõ es p a ra im p lem en ta çã o d e u m S iste m a d e Q u alificação: • D iag n ó stico d o s ó rg ã o s quanto:

a) perfil d a clientela;

b) d e fin ição d e atrib u içõ es d e carg o s e funções.

• D efin ição d e p rio rid ad es e p lan ejam en to d e c u rto , m édio e lo n g o p razo d a s n ecessid ad es d e cap acitação .

2 ) C o n stra n g im en to s p ara im p le m en ta çã o d e u m S istem a d e Q u alificação: • D esconhecim ento do perfil do funcionalism o;

• In ex istên cia d e atrib u içõ es bem d efin id as d o s d iferen tes carg o s e funções; • G ran d e h etero g en e id ad e de q u a lificaç ão d e fu n cio n ário s p e rte n c e n tes for­

m alm ente ao m esm o c arg o (d eco rren te, em p arte, d o s d iferen tes m étodos de recrutam ento e seleção);

• D escréd ito em relação ao s p ro g ram as d e q u a lificação tan to p o r parte das c h e fia s, q u an to p o r p arte da p rópria clien tela potencial;

• T rad iç ão d e b a ix o investim ento em c u rso s e p ro g ram as d e q u alificação ; • A q u alific ação p ro fissio n al n ão é norm alm ente asso ciad a a o u tras variáveis (4) E ste C o m itê co n to u co m a p articipação d o s seguintes m em b ro s: E d in a H o rta C a ld e ira , S é rg io d e A zev e­ d o , S o n ia A lves, D avid A m o rim , A g u in ald o G u im arães, M aria A u ristella S am p aio de O liv e ira , R ose- m e ira M aria P eres A n d rad e, Jo rg e N unes, S é rg io C ardoso G o u la rt, D e ia ir C a rlo s de C a rv a lh o , L inaldo A lv e s de S o u za, U b iratan de M acedo, E d so n G aliza, A n a R o d rig u es de S . O liv eira.

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co rrelatas e recorrentes com o seleção, prom oção, av aliação de desem penho, etc:

• P recariedade de form ação técn ica e , p o r vez.es, pouco conhecim ento do pa­ pel do órgão na A dm inistração P ú blica, p o r parle dos fun cio n ário s a ele vin­ culados.

3) M e d id a s f a c ilita d o r a s p a r a im p le m e n ta ç ã o d e u m S is te m a d e Q u a lific a ­ ção:

• O sistem a d e q u alificação dev e e s ta r associado aos outros subsistem as fsclc- ção, form ação, av aliação de d esem penho, e tc.). A ssim , p o r exem p lo , a pro­ m oção deveria e sta r v inculada a realização de cu rso s d e esp ecia liza çã o ou a p erfeiçoam en to:

• fle x ib ilid a d e cm relação a c u rso s d c treinam ento de cu rta d u ra çã o , q ue d e­ veriam ser d efin id o s d e aco rd o com n ecessid ad es conjunturais:

• M aiores investim entos e rev alo rização da atividade dc cap acitação p ro fissio ­ nal ju n to ao co rp o dc fun cio n ário s c as direçõ es d as a g ên cias públicas; • Program as dc reciclagem e n iv elam ento, visan d o hom ogeneizar o s funcioná­

rios de carreira, perten cen tes a um a m esm a classe:

• C riação dc um C o n selh o N acional de Q u alificação conform e d etalh es b ási­ c o s com entados adiante:

• D escentralização das ativ id ad es de planejam ento, ex ec u ç ão e acom panha­ m ento da q u alificação profissional:

• R espeito à s esp e c illc id a d es d c q u alifica ção profissional n as linhas dc trei­ nam entos já existentes.

4) S u b síd io s p a r a r e g u la m e n ta ç ã o d o S is te m a d e C a r r e i r a d o S e rv iç o C ivil da União:

• S u b stitu ir a d enom inação “ P rogram a d c I orm ação In ic ia l" p o r " C u rs o dc Form ação P rofissional” :

• N ecessidade dc co n c eitu açã o d o s d iferen tes cu rso s dc treinam ento: esp ecia­ lização, ap erfeiçoam ento, com plcm entação, atu alização da form ação, ele.; • Incluir na reg ulam entação q ue a o p çã o d o s can d id ato s por local dc lotação c

área dc atu a ção , deverá lev ar cm conta a classificação o btida, ficando a cri­ tério das Instituições os p esos relativos d c cada e ta p a d o s con cu rso s:

• Q ue se atribua m argem e flexibilidade para ad ap tação dos C u rso s d e Form a­ ção Profissional (program a d e form ação inicial) às características e n ecessi­ dades esp ecíficas dc cada órgão:

• T ra d u z ir cm c a rg a horária a s duraçõ es d o s cu rso s p rev istas no art. 24 do A ntep ro jeto do Sistem a d e C arreira.

(19)

'.n to n io T clíes o1; V asconccllos.

5) M e d id a s p a r a o p c r a c io n a li/a ç ã o d e u m S iste m a d c Q u a lific a ç ã o : • F n la se no l'.usino a D istância:

• V alorização do treinam ento na própria Instituição:

• U tilização com plem entar dc* Instituições dc e n sin o formal d o s program as dc treinam ento:

• A valiação do c o m portam ento/desem penho d e entrada e dc saíd a d o s treinan- dos:

• F x ecu ç ão de Pesquisas d e A com panham ento de desem penho d o s treinandos c d a o rg an ização (lo llo w up):

• P rioridades para que as Instituições d o S erv iço P úblico d esenvolvam seus pró p rio s m odelos d e D esenvolvim ento G erencial v oltados para q u alificação d e pessoal:

• A co p lar ao “ C u rso dc F orm ação P ro fissio n al” (program a d e form ação ini­ cial) estágios nos d iv e rso s seto res da Instituição:

• O co n teú d o d o cu rso de “ F orm ação P ro fissio n al" (P rogram a d e Form ação Inicial) não d ev e se restrin g ir a conhecim entos técnicos e sp e cífico s, m as e n ­ v o lv er q u estõ es referen tes ao papel d a A dm inistração P ública, à função das d iv ersas instituições, ética p ro fissio n al, etc.:

• S u g ere-se a criação do C o n selh o N acional d e Q u alificação P rofissional com as seg u in tes finalidades:

• facilitar o intercâm bio de ex p eriên cias en tre as várias en tid ad es tia A dm i­ nistração Pública d ed icad as a q u alificação profissional:

• fu n cio n ar com o foram de debates;

• c o la b o ra r com o instrum ento d e catalização e d issem inação d c novas téc n i­ cas, co n teú d o s, m etodologias, etc.:

• su g e rir d iretrizes n acio n ais sobre q u alificação profissional. O C o n selh o acim a proposto teria as seg u in tes características: a) não vinculação formal a nenhum a Instituição:

b) m udança periódica d a Instituição sede do C o n selh o , c c) rotativ id ad e do C o o rd e n ad o r do C onselho.

C O M IT F K: FL N (,'Õ i:S , C IU ,I IA S . C A R G O S F C A R R K IR A S W 1) A sp ecto s F acilitadores para A plicação do Sistem a:

— D ecisão co n stitu cio n al: - D eterm inação governam ental:

(5) f o ram os seguintes os p articip an tes deste ( 'oniitê:

ilé lio AM lnito Jú n io r, Joci (u iilh e n n c M edeiros, Renato I ócs M oreira, M a rd ó n io V-alter S arm en to IV- rcira da S ilv a , Jtflio D om in g o s, R ogério d o s S an to s C h ag as, i JbA nia (.'ira C a rd o so M iranda, T eic/.inha Passos da S ilv a , S onia R egina M. K aroni, S é rg io S o m b rio , l:im ice do A m aral O liv e ira , H ertz X egreíli, In im á N ascim ento Silva.

(20)

— C o n scien tização d o s d irig en tes e fu n cio n á rio s q u an to aos p rin c íp io s d o sis­ tem a;

— A d esão d a s lid era n ças sin d icais e d e classe;

— C o n scien tização do P o d e r L eg islativ o q u an to à necessidade d e v alorização e d ig n ificação d o funcionário e do se to r p ú blico.

2) V ariáveis:

— O reg u lam en to dev e co n tem p la r form ulações o b jetiv as, gen éricas e sufi­ cientem ente flexíveis d e form a a a te n d e r as e sp ecialid ad es d o s d iferen tes ór­ g ão s, e n tid a d es e c o n tin g en tes p ro fissio n ais;

— E stab elecer critério s de av aliação do grau de com plexidade de atribuições d o s d iferen tes ó rg ão s e e n tid ad e s, q ue co n d icio n arão o p osicionam ento na m atriz salarial, o b se rv ad o , en tre o u tro s, o s in dicadores d o m ercado d e tra ­ balho.

3) P rem issas e P ressu p o sto s B ásicos:

— A dm issão m ediante co n cu rso p ú b lico v isan d o dem o cratizar a s op o rtu n id ad es sem , c o n tu d o , im pedir a aplicação d o s m ecanism os d e d esenvolvim ento fun­ cional;

— Q u e o sistem a g aran ta tem pos m ínim os e m áxim os para o desenvolvim ento funcional, d evendo os plan o s d e c a rreira d e fin ir os resp ectiv o s interstícios; — Q u e seja observ ad a a isonom ia sem pre q u e a identidade d o s c a rg o s e o grau

d e co m plexidade e resp o n sab ilid ad e d as atribuições d o s órgãos e entidades o perm itir;

— Q u e se ja asseg u rad a a m an utenção d as co n q u istas de c a d a segm ento, gene- ralizan d o -se quando p o ssív eis, n ão p ratican d o , e n tretan to , red u çõ es d e salá­ rio s, b en efício s e direitos.

E T A P A 1 - B U S C A D E B A S E C O N C E IT U A L C o n ceito d e C arreira

C a rre ira co n stitu e agrupam ento d e ca rg o s e fu n çõ es, d as estru tu ras orgânicas da adm inistração pública federal d ire ta, a u tárq u ica e fu n d acio n al, segu n d o a natu­ rez a, observ ad o s a co m plexidade d e atrib u içõ es ou esp ecificação de classes, os objetivos e a fin alid ad e do órgão ou entidade.

C on ceito d e C argo P úblico

C arg o p ú blico, com o u n id ad e b ásica d a carre ira, é c o n stitu íd o p o r um con­ ju n to d e atrib u içõ es e resp o n sab ilid ad es p rev ista na e stru tu ra o rganizacional.

(21)

A nlonio T c ile s dc V asconcellos. C o n c e ito d c F u n ç õ e s

F unção 6 o c o n ju n to de atrib u içõ es qu e en v o lv e ativ id ad e de direção , ch efia, assessoram ento e a ssistê n cia , sen d o que às d u as prim eiras incum be planejar, o rien tar e c o n tro la r as ativ id ad es d c um a u nidade o rg an izacio n al, nos nív eis de form ulação estraté g ica-o p e racio n al, respectivam ente.

C o n c e ito d c A cesso

O a c e sso ü função dc d ir e ç ã o dc q ue trata o artig o 7 - d a l.ei n-

dc , consiste na d esig n ação de funcionário ocupante d e c arg o de carreira co rrelata p erten cen te à estru tu ra do ó rg ão ou e n tid ad e, p o sicio n ad o nos nív eis ou cla sse s su p erio res, observ ad o s os requisitos d c p ro cesso seletiv o , o s critério s dc ro d ízio ou m obilidade funcional e o sistem a dc a v aliaç ão dc desem penho.

O accsso à função dc c h e fia d e q ue trata o artig o 7" da Lei n-

dc , co n siste na d e sig n ação dc funcionário ocupante dc carg o d e carreira co rrelata p erten cen te à e stru tu ra do órgão ou e n tid a d e , q ue e ste ja p o sicio n ad o nos nív eis interm ediário ou in icial, o b serv ad o s os req u isito s dc p ro cesso seletiv o , os critério s d e rodízio ou m obilidade funcional c o sistem a dc av aliação d e desem pe­ nho.

O acesso à função d e a s s e s s o ra m e n to dc q ue trata o artig o 7 - d a Lei >'■ • dc , co n siste na d esig n aç ão de fu ncionário o cu p an te de cargo de c a rreira p ertencente à e stru tu ra do órgão ou e n tid ad e, p o sicio n ad o n o s níveis ou classe su p erio r e interm ediária, observ ad o s o s requisitos d c p ro cesso seletiv o , os c ritério s de ro d ízio ou m obilidade funcional c o sistem a dc av aliação d c desem ­ penho.

O acesso à função de a s s is tê n c ia dc que trata o artig o 7 - d a Lei n- ,de , co n sislc na d e sig n açã o dc funcionário ocupante d c carg o dc c arreira co rrelata p erten cen te ;'t e stru tu ra d o ó rg ão ou en tid a d e , o b serv a d o s o s re­ q uisitos de p ro cesso se letiv o , o s c ritério s dc rodízio ou m obilidade funcional e o sistem a d c a v alia ção dc desem penho.

K T A P A II - B U S C A I)A B A S L O P K R A C IO N A L ID K N l I F IC A Ç Ã O DF. C A R R K IR A S C ritérios:

a) análise adm inistrativa d o s o b jetiv o s d o s d iv erso s ó rg ão s c en tid a d es de forma a ajustá-los à n ova realidade:

b) levantam ento d as funções o rg an izacio n ais:

c ) agrupam ento d a s ativ id ad es d esen v o lv id a s pelos d iferen tes ó rg ão s ou en ­ tid ad es para cum prim ento dc suas funções o rg an izacio n ais, conform e sua natureza seja igual ou assem elhada.

(22)

E S T R l ,'TU RA DAS C A R R E IR A S C ritérios:

a) an álise d a s ativ id ad es id en tificad as e a g ru p a d as, conform e o grau de com plexidade e dem ais requisitos previam ente d efin id o s, para fins dc hie­ rarq u ização ilas carreiras;

b) d efin ição d o s req u isito s dc esco larid ad e e ex p eriên cia. D E N O M IN A Ç Ã O DAS C A R R E IR A S

C ritérios:

a) d ev erá se r observ ad a a n atu rez a d o órgão ou e n tid ad e, o u , se d c caráter sistêm ico, onde é utilizada:

h) d ev erá ser observ ad a a p ro fissio n alização ou c a teg o ria predom inante. P R O V IM E N T O D E C A R G O PÚ B L IC O

C ritérios:

a) C argo Efetivo

- m ediante co n cu rso público - m ediante ascen ção funcional b) C arg o em C om issão

de livre nom eação e ex o n e ra ç ão , o b ed e cid o s o s se g u in tes requisitos: I — E scolaridade com patível com as ativ id ad es do carg o .

II - C ap acitação g eren cial aferid a m ediante e x p eriên cia com provada no e x ercício de funções d c igual n atureza ou assem elhada. O bservação: E ntidade e/o u órgão esp ec ífico s p o d erão a d o ta r sistem a d c identifi­

cação dc seus d irig en tes, d c forma particip ativ a ju n to a seus funcio­ nários, estab elecid o o ex ercício p o r m andato d c prazo determ inado, conform e d isp o sto cm e statu to e regim entos internos próprios. c) função pelo exe rcíc io d e d ireção , c h efia , assessoram ento c assistência;

- são privativas d e funcionário de carre ira, o b serv ad as as vinculações esta b elecid as e n tre elas c as cla sse s e níveis:

- preenchim ento m ediante d e sig n aç ão , co n d icio n ad a á v erificação do atendim ento d c p ré-requisitos esta b elecid o s para o ex e rc íc io d c cada uma delas:

- serão ex erc id as cm c a rá te r dc tra n sito ried ad e, podendo se r e sta b eleci­ d o , nos div erso s planos de carreira, even tu alm en te, m andato com d u ra­ ção determ inada;

- a recondução será perm itida o b ed ecid o o in terstício m ínim o dc dois anos.

(23)

A n to n io T c llc s dc V asconcellos... F O R M A Ç Ã O G E R E N C IA L E S P E C ÍF IC A

C ritérios:

- Para o ex ercício de função geren cial será ex ig id a a form ação esp ecífica, d evendo c a d a órgão ou en tid ad e prom over sistem as dc d esenvolvim ento g erencial qu e perm itam a q u alific ação de seus fu n cio n ário s p a ra o e x e rc í­ cio d essas funções.

- O s sistem as d e desen v o lv im en to gerencial serão e stru tu rad o s de form a a aten d er as e sp e cificaçõ e s d o s ó rg ã o s c e n tid ad es, cla sse s e níveis geren­ ciais.

C O R R E L A Ç Ã O E N T R E A C L A S S E N A C A R R E IR A E AS F U N Ç Õ E S D E D IR E Ç Ã O , C H E F IA , A S S E S S O R A M E N T O E A S S IS T Ê N C IA

C ritério s:

- A s funções serão c lassificad as cm níveis dc aco rd o com o grau d e com ­ p lexidade e resp o n sab ilid ad e, cujo ex ercício será p rivativo d e funcionários integrantes d a resp e ctiv a ca rre ira, o b serv ad o o p o sicio n am en to na classe co rresp o n d en te.

PA R Â M E T R O S PA R A E Q U IV A L Ê N C IA D E N ÍV E IS D E R E M U N E R A Ç Ã O

a) eq u iv alên cia entre o s vencim entos d o s P residentes d o s P o d eres da R epú­ b lica c vinculação dos vencim entos d o s M inistros de E stado a e le s, obser­ v ado q ue 9 5 % do v alo r e n c o n tra d o n ão seja in ferio r ao m aior hoje p rati­ cado:

b) c o n sid e ra r com o referen cial toda retrib u ição , e stip ên d io s, serv iço s c u ste a ­ dos pelos co fres p ú b lico s, vantagens d ire tas e in d iretas, aju d as dc cu sto , g ratificaçõ es e o u tro s qu e se e x p ressem em u nidade m onetária (N C z$), ressalv ad o o d isp o sto no parágrafo 1- do artig o 39 d a C o n stitu ição F ed e ­ ral;

c ) m anutenção d a isonom ia, p o r e x ten são de c o n q u ista , sem pre q u e a s m es­ m as o correrem cm q u a lq u er Poder;

d) q ue o lim ite co n stitu cio n al p re v isto com base na rem u n eração do M inistro d e E stado seja a m aior faixa de vencim entos, c que as dem ais sejam esta­ b elecid as em perc en tu a is ig u ais, até a m enor, q ue será igual a um piso dc vencim entos eq u iv alen te , no m ínim o, a três salário s m ínim os, considcran- d o-se a necessid ad e de v alorização do se rv id o r público; e

e ) c ritério s para p osicionam ento d o s d iv erso s órgãos c e n tid a d e s na m atriz salarial:

(24)

- d iv id ir o s sistem as cm e sc alõ es, co n sid eran d o -se o 1- e sc a lã o o s órgãos ou e n tid ad es dc cú p u la de cad a Sistem a;

- d ev erã o se r co n sid erad o s q u atro escalões;

- a rem uneração de dirigente dc ó rg ã o d e 1- escalão assim classificad o s co rresp o n d erá a 9 5 % d a rem uneração dc M inistro d e E stado;

- a rem uneração d o s dem ais d irig en tes so frerá um a redução observando- se um intervalo fixo d e 2,5% nas faixas d e vencim entos.

C O N C L U S Ã O E S U G E S T Õ E S

A s bases c o n ceitu rais c o p eracio n ais o ra a p resen tad as n ão traduzem o e n d o s­ so pleno d o G m p o à versão do Projeto dc S istem a d e C a rreira u tilizad o para a n áli­ se, um a v ez q ue o m esm o n ão contém a s su g estõ es a p resen tad as pela audiência pública.

A desp eito de não ter procedida an álise d e su a n ova versão, o G ru p o sen tiu a necessid ad e d e en cam in h ar su g estõ es, ob jetiv an d o q ue sejam estab elecid o s parâ­ m etros para eq u iv alên cia d e nfveis d c rem uneração, co n sid eran d o a atual defasa- gem entre o s T rês P oderes d a R epública.

N o artig o 4 - do P rojeto, q ue trata d o co n ceito dc carg o p u b lico , o G m p o su ­ gere a lteração , para que a red ação seja a q ue co n sta da F.tapa I — B usca da Base C o n ceitu ai, qu e tem p o r base o trab alh o d a C om issão Interm inisterial que trata do assu n to , com su p resão dc term os.

N o artig o 7 -, inciso IV , parágrafo 1-, o ( im p o sugere a su b stitu ição do te r­ m o “ ro tativ id ad e” p o r ro d ízio ou m obilidade funcional. V eja-se q ue ro tativ id a d e 6 o grau d e e n tra d a e saída d a m ão-de-obra co n tratad a n a o rg an ização . L ogo n ão <5 cabível o em prego d o term o inicial.

N o m esm o a rtig o c inciso, p ará g rafo 2 -, alín ea “ b " , o G ru p o sugere a su b s­ tituição d o s te rm o s:...“ nos c a rg o s” p o r “ nas fu n çõ es” ...

N o artig o 14, o G m p o sugere a su p ressão do term o “ p ú b lic o " , para q ue a redação seja considerada assim :

“ A rt. 14 — A scensão depen d e d c h ab ilitação cm c o n cu rso , aten d id o o d is­ p osto nos incisos I e II do artig o 9- desta L e i.”

N o m esm o artig o , parágrafo 2 - , o G m p o su g ere qu e a redação seja alterada, para se c o n sid erar 50% d as vagas, e n ão “ a terça parte d as vagas e x iste n te s.” ...

N o a rtig o 22, o G ru p o su g ere a substituição do term o “ p o d erão ” p o r “ se­ rã o ” ...

N o artig o 2 4 , o G ru p o sugere a d u ração d o program a de form ação in ic ia l,..., seja fixado em carga horária.

N o artig o 2 6 , in ciso V , o G m p o su g ere q ue a red ação seja alterad a para: “ V — A ssesso r d ireto de M inistro dc E stad o ... até vinte p o r cen to , o b serv ad a a lota­ ção.

Referências

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