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AS INCUBADORAS E O DESENVOLVIMENTO REGIONAL: O CASO DA INCUBADORA INCUBEM – SÃO LUÍS - MA

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Nº 2, volume 11, artigo nº 3, Abril/Junho 2016 D.O.I: http://dx.doi.org/10.6020/1679-9844/v11n2a3

AS INCUBADORAS E O DESENVOLVIMENTO REGIONAL: O CASO

DA INCUBADORA INCUBEM – SÃO LUÍS - MA

AS INCUBATORS AND REGIONAL DEVELOPMENT: THE CASE OF

THE INCUBEM INCUBATOR - SÃO LUIS - MA

Luana Caroline Mendes Alves1; Ricardo Daher Oliveira2 ;Jose Samuel de Miranda Melo Jr.3; Carlos Cesar Ronchi4

1 Universidade CEUMA – MA/Brasil,

ricardo.daher@hotmail.com

2 Universidade CEUMA – MA/Brasil,

ricardo.daher@hotmail.com

3 Universidade CEUMA e Universidade Estadual do Maranhão UEMA - MA/Brasil,

ricardo.daher@hotmail.com

4 Universidade CEUMA – MA/Brasil,

ricardo.daher@hotmail.com

Resumo

O presente artigo buscou identificar as variáveis que influenciam e influenciaram empresas iniciantes a buscarem ajuda nas incubadoras. Sendo assim, realizou-se uma pesquisa com um grupo de empresas incubadas e graduadas de forma a verificar se as incubadoras contribuem na questão das instalações físicas e na oferta de conhecimentos que darão suporte na gestão. Após uma revisão bibliográfica acerca das teorias que validam o processo desenvolvimento regional, politicas de desenvolvimento e processos de inovação, foram feitas entrevistas com 08 empresas de forma a verificar e validar, ou não, os propósitos do processo de incubação. Ao final da pesquisa, constatou-se que as empresas incubadas e que saíram da incubação, reconhecem apenas as facilidades relativas às infraestruturas, desconsiderando-se a ideia de que a incubadora lhes dá algum suporte na área de gestão. Tal constatação conduz-nos a reflexão do papel das incubadoras no

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desenvolvimento regional e do alinhamento das mesmas com as potencialidades regionais bem como seus relacionamentos com instituições de ensino.

Palavras - Chave: Incubadoras, Desenvolvimento, Potencialidades

Abstract

This paper aims to identify the variables that influence and influenced beginner companies to seek help in incubators. Therefore, we carried out a survey of a group of incubated and graduated companies in order to verify that the incubator INCUBEM contribute on the issue of physical facilities and the knowledge that will support management. After a literature review about the theories that validate the process regional development, political development and innovation processes, interviews were conducted with 08 companies in order to check and validate the purpose of the incubation process. At the end of the survey, it was found that the incubated companies, which came out of the incubation, recognize only the facilities related to infrastructure, disregarding the idea that the incubator gives them some support in the management area. This finding leads us to reflection of the role of incubators in regional development and alignment of them with the regional potentialities as well as their relationships with educational institutions.

Key- words: Incubators, Development, Potentialities

1. INTRODUÇÃO

A maioria dos empreendedores brasileiros sente dificuldades para o planejamento e abertura de suas empresas. Os obstáculos variam desde a legalização, ambiente físico, desconhecimento de elementos importantes para a gestão, custos com mobiliário etc. Como o ambiente de negócios é cada vez mais complexo e competitivo, a sobrevivência da empresa passa por obstáculos muito evidentes, e o risco de um novo investimento aumenta, tendo em vista a inexperiência da fase inicial, bem como problemas gerenciais que podem levar boas ideias ao fracasso. Portanto, ter um bom produto ou serviço não é suficiente para manter a empresa.

Por esta razão, surgiu na década de 70, um programa chamado de incubadoras de empresas, que visava oferecer condições para maximizar as chances de sucesso de novas empresas, dando apoio à sua fase inicial e tornando as micro e pequenas empresas mais competitivas. Neste sentido, podem ser vistas como um dos principais motores para o desenvolvimento econômico. Dessa forma, a adoção de um novo modelo de desenvolvimento socialmente includente, participativo e eficaz em melhorar de forma duradoura as condições de vida da

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sociedade é o grande desafio, além de uma das ferramentas das incubadoras.

No Brasil, o conceito de incubadoras surgiu na década seguinte com o objetivo de fortalecer os mecanismos de inovação, bem como fornecer ambientes físicos por tempo limitado à instalação de empresas com a disponibilidade de equipes técnicas para suporte e, em sua maioria, ligadas a instituições de ensino superior. Por ser um país identificado com um alto nível de empreendedorismo, o empreendedor impulsiona a criação, possibilitando inovações e mudanças, também oportunizando a geração de emprego e renda.

Em vista disso, percebe-se que a análise do funcionamento das incubadoras no despertar do empreendedorismo, da criatividade, da inovação, da contribuição para o desenvolvimento econômico, de uma gestão inovadora e a posterior permanência da empresa no mercado, gerando empregos e participando do crescimento da economia, é um estudo de extrema relevância.

O artigo foi organizado da seguinte forma: além desta fase introdutória, na qual se apresenta o problema e os objetivos que norteiam a pesquisa, descreve-se o referencial teórico acerca do desenvolvimento econômico, da gestão de inovação e das incubadoras de empresas; na sequência, a metodologia da pesquisa, os resultados e as análises dos dados, assim como as considerações finais.

Considerando-se a relevância do tema abordado, o presente artigo tem como problema norteador da pesquisa: as incubadoras de empresas são importantes para o desenvolvimento empresarial maranhense? Para responder a tal questionamento foi necessária revisão bibliográfica, e utilização de mecanismos de observação ou coleta de informações capazes de permitir que a temática investigada atingisse o objetivo de identificar as contribuições das incubadoras de empresas no desenvolvimento empresarial e econômico do Maranhão. Aliado a isso, discute-se as metodologias utilizadas para o aprimoramento dos pequenos empreendedores, incentivando novos produtos ou serviços tão necessários para o crescimento da economia do Estado.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para que o presente artigo atinja seus propósitos é necessário que se faça uma contextualização teórica com o propósito de lhe dar consistência técnico-científica. Neste sentido, busca-se discutir acerca do desenvolvimento econômico,

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da gestão de inovação e das incubadoras de empresas, o que se entende ser o caminho para a análise do problema aqui suscitado.

2.1 Desenvolvimento Econômico

Antes da Revolução Industrial, o comércio era a essência das relações mundiais. Foi somente a partir do século XVIII que surgiu o primeiro estudo sobre a questão do crescimento e desenvolvimento, realizado por Adam Smith em seu livro Investigação Sobre a Natureza e Causa da Riqueza das Nações. Sua principal preocupação era a questão dinâmica existente entre esses dois termos. O fato do mundo estar, na época, centrado nas relações comerciais, fez com que os primeiros estudiosos sobre desenvolvimento pautassem seus trabalhos no crescimento econômico identificado a partir da expansão do comércio. (ADELMAN,1972, apud NALLE Jr, 2006, p.39)

Schumpeter revolucionou o estudo quando, em 1911, publicou o livro A Teoria do Desenvolvimento Econômico, no qual considera como desenvolvimento apenas mudanças econômicas que não lhe forem impostas de fora, mas que surjam de dentro, por sua própria iniciativa. Dessa forma, desenvolvimento econômico não é um fenômeno a ser explicado economicamente, pois a economia sem desenvolvimento é arrastada pelas mudanças do mundo à sua volta. Assim, as causas e a explicação do desenvolvimento devem ser procuradas fora do grupo de fatos que são descritos pela teoria econômica. (SCHUMPETER, 1982, p.47)

Para o autor,

O desenvolvimento econômico [...] é simplesmente o objeto da história econômica, que por sua vez é meramente uma parte da história universal, só separada do resto para fins de explanação. Por causa dessa dependência fundamental do aspecto econômico das coisas em relação a tudo ou mais, não é possível explicar a mudança econômica somente pelas condições econômicas prévias. (SCHUMPETER, 1982, p.44)

O desenvolvimento era inerente ao crescimento da economia nos investimentos públicos para incrementar a riqueza da população. Os desníveis de renda internacionais, bem como entre regiões motivaram o surgimento de avanços importantes no estudo da economia mundial e nas teorias de desenvolvimento regional. Um dos elementos principais citados pela Teoria do Desenvolvimento foi a transformação estrutural, assim como distribuição de renda e dinâmica de acumulação de capital. Para esta teoria, existem características singulares

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anteriores ao chamado “moderno crescimento econômico”, que foi marcado de formação bruta de capital, elevados níveis de renda per capita e especialmente de industrialização. (NOJIMA, 2008, p.13)

Nesse sentido, o desenvolvimento como decisão política ou vontade do Estado focava suas ações econômicas na criação de empresas públicas. Tal prática impunha ao governo responsabilidade pelo desenvolvimento econômico e distribuía seus benefícios. Nesse formato, a tendência era que as categorias mais organizadas fossem as mais privilegiadas e outras mais necessitadas fossem excluídas.. Ou seja, era um modelo de desenvolvimento que servia mais ao escopo do capital do que ao social. (DRAIBE, 1997, 2006, p.26)

Nalle Jr. (2006, p.40) explica que foi Sismonde de Sismondi (1773-1842) o primeiro a defender a intervenção do Estado na economia como forma de proteger os indivíduos do desequilíbrio social, o que o fez estudar e abordar a discussão em torno do homem e não tão somente nos aspectos econômicos. Hugon (1998 apud NALLE Jr, 2006, p.40) completa que, “a insistência de Sismondi em juntar ao ponto de vista econômico as considerações de ordem social influenciou vários pensadores, dentre eles, Karl Marx, e fez dele o precursor de um grande número de escolas econômicas”.

Oriundo da ideia de conciliação entre o capital e o social, Welfare State, conhecido como modelo de estado de bem estar social, foi difundido principalmente na Europa, no pós Guerra (década de 30), quando economista John Maynard Keynes, defendeu a necessidade de intervenção estatal nos aspectos econômicos para a garantia do equilíbrio social. Com isto, o Keynesianismo inspirou nacionalizações e políticas intervencionistas em diversos países na Europa e na América do Sul (BRUM,1998, p192). Contudo, o Welfare State entrou em crise na década de 80 pela incapacidade de se promover o bem estar a toda a população, obrigando o Estado a manter apenas algumas políticas assistencialistas de caráter emergencial. Nalle Jr. (2006, p.46) explica que, de forma global, os governos foram pressionados a reduzirem o tamanho do Estado e seus gastos, ocasionando um enfraquecimento dos modelos fundamentado no Welfare State, além de praticamente paralisarem as iniciativas estatais de desenvolvimento.

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fragilidades da sociedade com enormes níveis de desigualdade e exclusão social, apontando para um novo paradigma de desenvolvimento que privilegiou os aspectos humanos e sociais, pressionando o Estado para a Modernização. Percebe-se, portanto, que o crescimento econômico não leva, necessariamente, um país ao desenvolvimento, uma vez que os frutos da expansão não são distribuídos para todos. (DUPAS, 1998, p.2-3)

2.1.1 O Desenvolvimento no Brasil

Brum (1998, p.21-22) evidencia que no Brasil, desde o Império até a República, o desenvolvimento foi centrado nas questões econômicas. O autor avalia que é possível identificar três fases distintas na história da economia: a fase primário-exportadora (1500-1930); a fase de um desenvolvimento autônomo baseado na industrialização através da substituição de importações (1930-1964) e, finalmente, a fase de desenvolvimento associado e dependente, surgido após 1964. Há ainda, segundo Brum (1998, p.21-22), uma quarta fase em estágio de definição que começou a ocorrer no início da década de 1990.

A história econômica do Brasil não mudou muito nos quatro primeiros séculos. O País esteve sempre vinculado a Portugal e os interesses dos grandes latifundiários que predominaram no período. Mesmo com os vários movimentos como a Farroupilha (Rio Grande do Sul), Sabinada (Bahia), Balaiada (Maranhão) e até mesmo com a independência, pouca coisa mudou nesta concentração de poderes econômicos e políticos que ocorria na época. Basicamente, acontecia a exportação de produtos como açúcar, pau-brasil, fumo, algodão e, algum tempo depois, do café. Foi com o advento da Primeira Guerra Mundial, que se intensificou o processo de industrialização, visto que a produção do café entrou em declínio, bem como as importações e exportações foram dificultadas, o que favoreceu o desenvolvimento da indústria nacional, reduzindo as dependências das importações. (BRUM, 1998, p.121-127).

Neste cenário Sarmento (2008, p 9-10) descreve que,

(...) os industriais brasileiros (...) desenvolviam outras atividades relacionadas tanto com a lavoura de café como com a importação de bens de consumo e de capital, além dos imigrantes, que eventualmente haviam trazido, além de experiência prévia, algum capital. Essa industrialização passou mais de oitenta anos sobrevivendo ás custas dos eventuais dissabores internacionais e das oscilações da politica cafeeira. É exagero afirmar que tenha existido politica governamental para desenvolvimento

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econômico relacionado á indústria antes da década de 1930.

Na sequência, surge a tentativa de um modelo de desenvolvimento nacional e autônomo em função do cenário politico mundial e brasileiro. Brum (1998, p.195-199) afirma que a vida política brasileira foi dividida por duas fases distintas: a fase autoritária (1930-1945) e a fase democrática (1946-1964). Neste período, personalidades fortes como as de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek marcaram a política e a economia brasileira. Vargas administrou com extrema habilidade durante quinze anos a transição de um modelo agrário-exportador para um modelo urbano-industrial e pode-se dizer que deu início ao populismo, estabelecendo um vínculo constante com as grandes massas.

Na Era Vargas, inclui-se o tema do desenvolvimento na agenda oficial do Estado. No entanto, por se tratar de um governo centralizador, tudo dependia da vontade do poder executivo que concentrava suas ações na criação de empresas públicas e da prática do Welfare State, modelo de Estado de Bem-Estar (MARCELINO, 1998, p.643). Já Juscelino adotou uma politica desenvolvimentista, pois concedeu estímulos para a entrada de capital estrangeiro, atraindo empresas multinacionais. A diretriz da sua politica econômica era a industrialização na visão de que nacional era o que acontecia no Brasil. Entre seus objetivos de governo estavam: o econômico, que convergia para a promoção de um crescimento acelerado da economia, liderado pela industrialização; o social, na criação de novas oportunidades de emprego; e o politico, que garantia a estabilidade e as liberdades democráticas. Para a realização desses propósitos foi utilizado o Plano de Metas, um instrumento de organização das ações governamentais (BRUM, 1998, p.233-234).

No início dos anos 60, a economia brasileira demonstrava um quadro de relativo esfriamento econômico. As indústrias nacionais perderam forças do mercado interno devido à queda dos níveis de consumo dos bens duráveis No mercado externo, as indústrias enfrentaram dificuldades por não terem preços competitivos. Soma-se a isso a elevação do desemprego, a queda do poder aquisitivo da população e a queda nas arrecadações de impostos e tributos do governo. Assim, o Estado brasileiro passara a operar com limitações no atendimento aos objetivos de manter o crescimento da industrialização (MORAES, 2004, p.30).

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A hegemonia nacional era disputada por diversas forças políticas e pairava o clima de desconfiança, agitação e radicalismo ideológico. A crise iniciou-se com a eleição de Getúlio Vargas em 1950, passou pelo seu suicídio, pela renúncia intempestiva do presidente Jânio Quadros, em 1961, seguido pelo veto militar à posse do seu vice-presidente João Goulart, que culminou no golpe militar de 1964, que depôs o referido governo. No centro, o rumo que a economia deveria ter no País. (BRUM, 1998, p.257). Durante o governo João Goulart, um novo contexto social emergiu no país e, se tem como características básicas: uma intensa crise econômica, constantes crises político-institucionais e partidárias; ampla mobilização das classes populares; ofensiva política dos militares e empresários; ampliação do movimento sindical e um inédito, na época, acirramento da luta ideológica de classes (TOLEDO, 2004, p.1).

No prelúdio do governo militar do presidente Castelo Branco, a ideia de desenvolvimento era tido como crescimento econômico, com a incorporação de avanços tecnológicos, criação de programas de apoio à indústria e estímulo as exportações. As medidas adotadas procuravam corrigir os problemas internos e restabelecer a credibilidade do País no exterior (BRUM, 1998, p.302-303). Na sequência, com uma política econômica que visava assegurar condições para um crescimento econômico acelerado, a economia brasileira apresentou uma sensacional expansão, caracterizando uma fase que ficou conhecida como Milagre Brasileiro. Isso se deu pelo fato do governo ter promovido incentivos e ter realizado inúmeros projetos para que a economia alcançasse índices elevados, permitindo que o mercado externo instalasse no país diversas empresas. Em decorrência desses projetos, ocorreu de fato um crescimento, mas a renda obtida ficou apenas nas mãos de pequena parte da população do Brasil (PEREIRA; COELHO, 2010, p. 2).

A partir da década de 1980, percebeu-se que com a crise da dívida externa foi gerada uma grave repercussão na economia brasileira, consequência de duas crises do petróleo (1973 e 1978) e, em 1979, ocorreu uma elevação repentina das taxas de juros reais dos Estados Unidos, que atingiram principalmente países subdesenvolvidos (OLIVEIRA, 2010, p.13). Além disso, crescem em número e volume os movimentos populares de defesa da cidadania, que levam a uma época marcada pela esperança de uma efetiva aproximação e interlocução dos atores da

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sociedade, do Estado e do setor privado.

Mesmo com a análise histórica da evolução conceitual, as definições de crescimento econômico e desenvolvimento, vez por outra, ainda são confundidos com outros temas que também são relevantes para a melhoria do capital humano e social de uma localidade, entre os quais: progresso, crescimento, industrialização, transformação, modernização. Dessa forma, com o estudo destes temas surgem novas concepções de desenvolvimento e a necessidade de introduzir novos assuntos, como meio ambiente, sustentabilidade, sociedade, cidadania e gestão da inovação na pauta (NALLE JR., 2006, p.48-69).

Schumpeter (1982, p.47) afirma que o processo de desenvolvimento econômico não pode mais ser entendido como um crescimento derivado do aumento da riqueza. Neste sentido, desenvolvimento perpassa a linha de ser apenas o crescimento de atividades econômicas existentes e seu estabelecimento transforma a inovação tecnológica em um instrumento fundamental para maximizar a produtividade. “Um ingrediente básico ao desenvolvimento econômico é a inovação. Quando se fala em inovação é natural que se remeta ao termo inovação tecnológica” (DORNELAS, 2002, p.17). Por esta razão cabe analisar a gestão da inovação e suas tecnologias.

2.2 Gestão da Inovação

No início do século XX as inovações tecnológicas e organizacionais começaram a ser difundidas e um novo modelo de negócios começou a surgir, com a empresa preparando-se para as complexidades organizacionais. Tigre (2006, p.60) afirma que a composição dos gastos dos trabalhadores não permanece constante ao longo do tempo, pois reflete novos hábitos e necessidades derivadas da oferta de novos produtos e serviços. As inovações visam, principalmente, a criar novas necessidades de consumo.

No desenvolvimento econômico de regiões e países, a gestão da inovação tornou-se ação precípua para o crescimento das empresas, sendo um dos fatores básicos para o bem estar da coletividade e uma ferramenta utilizada para

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conseguir vantagem competitiva e garantir a sobrevivência no mercado.

Considerando-se a ideia de inovação destruidora de Schumpeter, Capaldo (2014, p. 114) define que:

A inovação consiste na comercialização de uma ou mais invenções. A invenção é a criação de novos produtos ou novos processos por meio do desenvolvimento de novo conhecimento e/ou de novas combinações de novos conhecimentos já existentes.

A partir dos anos 60, quando a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) elaborou o Manual Frascati com definições e conceitos sobre as atividades de P&D (pesquisa e desenvolvimento), o que permitiu a criação de estatísticas sobre a inovação tecnológica. Sabe-se que esta é uma visão limitada, uma vez que quando uma empresa restringe a sua ênfase a inovação, a tecnologia ou ao seu setor de P&D, a criatividade fica podada, ou seja, uma empresa que realmente queira inovar não pode restringir seus aspectos inovativos a setores específicos (TIGRE, 2006, p.88).

Não é raro análises equivocadas de que a inovação seja um novo produto ou serviço que redefine processos ou regras de mercado. A questão é que uma empresa não consegue manter um processo contínuo de inovações radicais e transformá-las em produtos ou serviços rentáveis. “A inovação também deve ser entendida como o desenvolvimento de uma cultura de inovação dentro da empresa, que é aquilo que permite produzir e levar ao mercado um fluxo constante de inovações menores e incrementais” (TRIAS DE BES; KOTLER, 2011, p.18).

Edquist (2012, p.108) afirma que “(...) os processos de inovação, (...), se desenvolvem ao longo do tempo e são influenciados por muitos fatores, razão pela qual podem ser caracterizados como evolucionários”. Não é possível identificar se um sistema é ótimo em matéria de inovação. Tudo começa com um conjunto de produtos e processos, pois as inovações são introduzidas e resultam em novidades. Em seguida, ocorre a seleção de processos que afunila a diversidade e daí um novo conjunto é obtido. Considera-se um equívoco pensar em otimização quando se trata de processos inovadores.

Se a empresa focar nas inovações pequenas e graduais, com o tempo surge a inovação significativa e que irá marcar todo o processo. Portanto, a empresa inova aos poucos e não com façanhas que marcarão a história do mundo. É um grande erro pensar o contrário. Trias de bes e Kotler (2011, p.21-23) identificam

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também que é contra uma boa gestão empresarial estimular ideias e não colocá-las em prática, pois a equipe fica desmotivada quando as regras não são claras. Ainda mais quando a empresa cria um programa interno, visando o surgimento de novas ideias e essas não são bem aceitas, desenvolvendo um clima organizacional desfavorável. Edquist (2012, p.109) advertiu que não se pode falar de intensidade ótima de inovação, e questionou o que chamou de busca desenfreada por inovação, porque ninguém é capaz de dizer quanta inovação é suficiente, sendo essa uma questão com que os empresários terão de aprender a lidar.

Outro erro constante é confundir inovação com criatividade. É claro que a criatividade, se bem trabalhada na organização, conduz à inovação, mas uma empresa que possua muitos talentos com boas ideias não significa que seja inovadora. Esta confusão de criatividade com inovação é algo recorrente quando se discute um novo conceito. Trias de Bes e Kotler (2011, p.22) enunciam que as empresas que confundem criatividade com inovação, e inúmeras o fazem, acabam descobrindo que o hábito não é só um freio na produtividade, também pode ser contraproducente. As pessoas propõem ideias e, devido à falta de regras claras acerca do que fazer com elas, estas definham antes de chegarem a algum lugar.

Uma inovação só produz impactos econômicos relativamente significantes quando são difundidos amplamente entre empresas, setores e regiões, acarretando o surgimento de novos empreendimentos e novos mercados (TIGRE, 2006, p.86). Para isso, a disseminação da inovação poderá caber ao Poder Público. Edquist (2012, p.107) alertou que as políticas públicas precisam levar em conta o que deve e o que não deve ser realizado pelo setor público. Em outras palavras, é preciso ficar claro, na divisão de trabalho, qual o papel do Estado, das empresas e dos mercados.

Outra questão abordada por Edquist (2013, p.109), diz respeito aos objetivos que norteiam uma política de inovação. Para o autor, esta é determinada por produtos políticos, que podem ser de cunhos econômicos, militares, ambientais, sociais, relacionados à saúde, ou a qualquer variável que represente um problema social, o que mostra uma clara relação de dependência da inovação com as variáveis ambientais, não somente associada à iniciativa do individuo.

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importância à inovação. O marco da mudança de orientação das políticas públicas voltadas para o desenvolvimento tecnológico se deu com a lei de Inovação Tecnológica, criada em dezembro de 2004. A nova legislação permitiu, pela primeira vez, que o Estado investisse em pesquisa nas universidades, cuja meta passou a ser a sustentação e o crescimento econômico inclusivo, com foco tanto na inovação quanto no adensamento produtivo do parque industrial brasileiro, de forma a proporcionar ganhos da produtividade no trabalho. (ARBIX, 2013, p. 122-123)

No âmbito do Poder Público, surgiram diversas estratégias desenvolvimentistas e de gestão de inovação, entre as quais se destaca a criação de incubadoras. O documento do National Council for Urban Economic Development - NCUED, 1985 está descrito que as incubadoras têm

(....) o objetivo econômico de não só assegurar o sucesso de pequenas empresas como também contribuir para novos estágios de desenvolvimento de localidades pela criação de empregos. As incubadoras públicas buscariam, além disso, a diversificação econômica, a expansão da base da receita, a reabilitação de prédios e uma imagem desenvolvimentista. Tudo dentro de estratégia de desenvolvimento que tinham como suporte a base tecnológica e que buscavam a diversificação e revitalização econômica (FURTADO, 1998, p.20-21).

Além do estímulo governamental na criação de pequenas e médias empresas, pode-se dizer que o Poder Público tem responsabilidade também na manutenção e competitividade destas no mercado. Por esta razão, surgiram as incubadoras como uma ferramenta de sucesso no suporte ao empreendedor iniciante, contribuindo para minimizar impactos na mortalidade das empresas pois serve de apoio aos gestores e empresários (SILVA, 2008, p.2).

2.3 Incubadoras de Empresas

Conhecidas como centros de inovação, as incubadoras de empresas foram ganhando espaço no mercado de maneira gradativa, com diversas experiências adquiridas ao longo do tempo, se difundindo de forma tão rápida que se cunhou, nos Estados Unidos, a expressão indústria da incubação (FURTADO, 1998, p.14). Iacono; Almeida e Nagano (2011, p.1501) apontam que o surgimento aconteceu nos Estados Unidos, em 1959, após o fechamento de uma fábrica em Nova Iorque. O espaço da fábrica foi utilizado para pequenas empresas iniciantes, que compartilhavam equipamentos e serviços.

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sucesso em vários países e, no Brasil, surgiu através do sistema educacional quando o CNPQ-Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico o introduziu no país (FONSECA, 2014, p.5). O interesse latente pela promoção de incubadoras fez surgir, em 1987, a ANPROTEC, um órgão representativo das entidades gestoras das incubadoras. Sua atuação objetiva, essencialmente, fomentar a capacidade empreendedora e a inovação em diversas fases do conhecimento (IACONO; ALMEIDA e NAGANO, 2011, p.1501). A ANPROTEC promove eventos e capacitações de recursos humanos para administrar as incubadoras e parques, elabora publicações especializadas e representa seus associados junto aos órgãos de apoio (CNPQ e o SEBRAE). Sua contribuição tem sido a sistematização dos conhecimentos gerados pelas diversas iniciativas brasileiras (SILVA, 2008, p.3).

2.3.1 Conceituação e Classificação

Dornellas (2014, p.184) conceitua incubadoras como entidades sem fins lucrativos, destinadas a dar suporte inicial as empresas nascentes que se enquadram em algumas áreas de negócio, incluindo-as em um ambiente flexível e encorajador, e compartilhando serviços como água, luz, dentre outros. Essa orientação prática e profissional, geralmente é advinda de entidades governamentais, universidades e grupos comunitários. Já, de acordo Fiates (et. al,2002, p.59), incubação de empresas é o processo de apoio ao desenvolvimento e promoção de condições específicas aos pequenos empreendimentos, através do qual empreendedores podem desfrutar e compartilhar de instalações específicas, de ambiente instrucional e de suporte técnico e gerencial no início e durante as fases de desenvolvimento do negócio.

Já Hackett e Dilts (2004 apud ANDINO, 2005, p.18-19), defende a participação governamental no apoio aos empreendimentos que enfrentam dificuldades iniciais. Para eles:

Incubadoras são espaços compartilhados que proporcionam, as novas empresas, recursos tecnológicos e organizacionais; sistemas que criam valor agregado; monitoramento e ajuda empresarial, com o objetivo de facilitar o sucesso dos novos empreendimentos, reduzindo ou eliminando o custo de potenciais falhas que se apresentam na criação do negócio e que são controlados no período de incubação. Com apoio do Governo, comunidades locais e investidores privados, tentam auxiliar novos empreendimentos que no início tem certas dificuldades, mas possuem

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perspectiva de sucesso. Assim, na tentativa de evitar o fracasso, ocorre a incubação para que esses negócios desenvolvem auto – sustentabilidade e estruturas empresariais.

A chegada de empresas já estabelecidas no mercado para desenvolverem novos produtos nas incubadoras remete as vantagens também para novas empresas, pois estas têm a oportunidade de maximizar conhecimento e gerar novas ideias. Por esta razão, cada região, de acordo com a intervenção estatal ou das universidades, poderá obter propostas diferentes e consolidar experiências inventivas. Visto assim, “o alargamento do conceito de incubadoras de empresas para o de incubadora de inovações, significa reconhecer a necessidade de apoiar ativamente inovações das empresas, sejam nascentes ou já estabelecidas” (CAJUEIRO; SICSU, 2002, p.6). Neste sentido, para Dias (1997,apud CAJUEIRO; SICSÚ, 2002, p.6) “Uma incubadora de empresas, ao abrigar empresas nascentes inovadoras de produtos ou processos, é uma incubadora de inovações restrita a abrigar inovações associadas às novas empresas”.

De acordo com a ANPROTEC, as incubadoras podem ser: de base tecnológica, de setores tradicionais, mistas, setoriais, de empresas de agronegócios, de cooperativas, culturais, de artes e social. Os critérios para seleção das empresas a serem apoiados perpassam por exigências como: geração de empregos, potencial para crescimento, novas tecnologias, auto sustentabilidade e demonstração de viabilidade técnica, científica e econômica (SILVA, 2009, p.244). Estes critérios são estabelecidos no início do processo de incubação das empresas.

2.3.3 O Processo de Incubação

As transferências de tecnologias que estimulam a criação e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas, através de uma formação complementar do investidor em aspectos gerenciais e técnicos, são conhecidas como processo de incubação. Além disto, funcionam como facilitador do processo empresarial e de inovação tecnológica (ATRASAS, 2003, p. 23). Dessa forma, Andino (2005, p. 24-25) declara que o objetivo primordial das empresas que são incubadas é a sobrevivência e desenvolvimento de habilidades necessárias para que a empresa seja rentável ao longo prazo.

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A maioria dos autores, assim como Silva (2009, p.245), identifica que as incubadoras podem encontrar-se em uma das seguintes situações: incubação a distância, pré-incubação, empresa incubada, empresa associada e graduada. Na incubação a distância, também conhecida como Incubação Externa, as empresas podem utilizar a distância alguns dos serviços existentes na incubadora na fase de desenvolvimento do empreendimento. Nem todas as facilidades estarão acessíveis, mas as vantagens continuam atraentes (MEDEIROS; ATAS, 1996, p. 12-13).

A pré-incubação consiste em um conjunto de atividades que visa fomentar o empreendedorismo e destacar os projetos potenciais em empresas, durante o período de 6 meses a um ano, para ingresso na incubadora. Nesta fase, ocorre a elaboração do plano de negócios, a pesquisa de mercado e a capacitação dos empreendedores na gestão de projetos Após a seleção, a empresa passa à fase da empresa incubada, na qual desenvolve serviços ou produtos inovadores, recebendo o apoio técnico, gerencial e financeiro. A empresa associada utiliza serviços da incubadora com vínculo formal sem utilizar o espaço físico, buscando o desenvolvimento de produtos e processos, aprimorando ações mercadológicas. A graduada é a organização que foi incubada e habilitou-se a sair da incubadora. O vínculo pode manter-se como empresa associada. (SILVA, 2009, p.245)

Já Andino (2005, p.23-24) classifica as fases do processo de incubação como: implantação, que consiste na etapa de seleção; crescimento e consolidação, nas quais a empresa é assessorada no aspecto administrativo necessário ao seu desenvolvimento e sua viabilidade no mercado e, finalmente, a fase de graduação que corresponde à saída da empresa da incubadora.

Diversos são os atores envolvidos no processo de incubação. Cajueiro e Sicsú (2002, p.5) afirmam que os principais agentes envolvidos na incubação são: institutos de pesquisa, universidades, centros tecnológicos, governo e setor produtivo. As fontes de financiamento de recursos humanos e materiais podem ser do setor público ou privado. Entre as fontes destacam-se as agências governamentais de fomento e financiamento dos estados, o CNPQ, o FINEP, bancos privados, BNDES, Banco do Brasil e SEBRAE.

As incubadoras de empresas avançam como uma das grandes ferramentas de desenvolvimento econômico, tecnológico e social. Na forma de uma melhor distribuição e geração de renda, criação de postos de trabalho qualificados e

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aperfeiçoamento da capacidade tecnológica do país. Este mecanismo de incubação de empresas encontra-se, portanto, em fase de plena consolidação no Brasil. Existem diversas vantagens para a implantação de incubadoras para o governo, para as instituições mantenedoras, para a comunidade local, para os empreendedores e para o público-alvo da ação das incubadoras (SILVA 2009, p.247-248).

A experiência do sistema de incubação no mundo surtiu efeitos positivos no cenário econômico mundial. A incubadora de empresas tem como escopo principal dar a resposta à demanda de ideias inovadoras, tentando viabilizar em negócios. Esse mecanismo tem o papel importante de gerar empregos e rendas, além de estimular a cultura do empreendedorismo, proporcionando a perspectiva de um ambiente positivo para as localidades onde eles se instalem (ANPROTEC, 2001, p.3).

No Brasil, Da Silva (2009, p.248-249) considera que

As incubadoras de empresas são relevantes alternativas tanto para a geração de empreendimentos competitivos e novos postos de trabalho qualificados, quanto para a difusão, para a sociedade, dos avanços tecnológicos alcançados. Elas influem decisivamente no desenvolvimento regional, ampliando a matriz produtiva dos estados e municípios e fixando as pessoas em suas regiões com a criação de oportunidades trabalho.

Diante do contexto econômico mundial, observa-se que as incubadoras constituem-se em uma importante ferramenta de geração de renda, para a criação de emprego qualificado e contribuem para o desenvolvimento sustentável. O quadro a seguir resume seus aspectos de funcionamento, classificação e modelos de trabalho desta que se tornou uma relevante opção de difusão de avanços tecnológicos e de produção de riquezas para Estados e Municípios do Brasil.

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Fonte: Os Autores (2015)

3. METODOLOGIA DO TRABALHO

A pesquisa é básica ou teórica, pois gera conhecimento e tem caráter exploratório, se propondo a apresentar o fenômeno estudado, de tal modo que pode auxiliar na compreensão de várias situações nas quais este pode ocorrer (RIBEIRO; ANDRADE, 2008, apud GIL, 2002). Em vista disso, a metodologia utilizou pesquisa bibliográfica e exploratória, uma vez que foram utilizados questionários com o objetivo de coletar dados das empresas incubadas e das graduadas, no Estado do Maranhão. Foram aplicados na Incubem da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e, nas empresas em incubação e graduadas. A abordagem aos entrevistados foi realizada de forma presencial, por telefone e via internet.

Além dos métodos tradicionais de pesquisa, o estudo em questão utilizou o método qualitativo, uma vez que a metodologia qualitativa preocupa-se em analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano. Fornece análise mais detalhada sobre investigações, hábitos, atitudes, tendências de comportamento etc. (LAKATOS; MARCONI, 2010, p. 269). Em vista do exposto, o objeto da pesquisa constitui-se no estudo de caso.

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Assim, a pesquisa em foco pauta-se na análise dos casos das empresas pesquisadas, constituindo-se no aspecto preponderante do presente estudo.

4. ANÁLISE DA PESQUISA (OU ANÁLISE DO ESTUDO DE CASO)

O estudo de caso foi realizado através de pesquisa aplicada no Estado do Maranhão, onde é notável o interesse das instituições de apoio junto com o programa de evolução de incubadoras. Apesar do apoio e incentivo, existem inúmeros aspectos que levam ao atraso do programa de incubadoras na cidade de São Luís, em comparação às outras cidades do Brasil (MACIEL, 2013, p.37). Diante deste contexto, o incentivo ao sistema de incubação no Maranhão, o qual acontece desde 2004, carecendo de análise apurada do seu papel no desenvolvimento econômico do Estado. Por esta razão, inicia-se a análise da Incubem - UFMA, incubadora do Estado do Maranhão.

4.1 O Caso da Incubadora - INCUBEM

A Incubem é uma entidade sem fins lucrativos surgida em 2004, mas estruturada somente a partir de 2005, no Centro de Estudos Básicos-CEB, Campus da Universidade Federal do Maranhão, no bairro do Bacanga. Em 2008, realizou duas graduações de empresas e, em 2013, mais duas empresas foram graduadas. Em Novembro de 2014, a UFMA em parceria com o Governo do Estado do Maranhão, através de emenda parlamentar, entregou o prédio de Empreendedorismo, onde a Incubadora instalou-se juntamente com as empresas juniores. Caracteriza-se como incubadora de base tecnológica e possui oito empresas Incubadas (2015). A estrutura organizacional é composta por um Conselho Gestor e Diretoria Administrativa. O Conselho é composto por 6 membros, com representante do SEBRAE, UFMA, Governo do Estado(FAPEMA), FIEMA(IEL), BNB e Prefeitura de São Luís. Além destes, houve a solicitação para a inserção de mais dois membros: IFMA e UEMA. A Estrutura Administrativa é dividida em: Departamento de Empreendedorismo e Inovação-DEMI; Coordenação de Empreendimentos em Incubação-CEI; Coordenação de Empresas Juniores- CEJ; Coordenação de Difusão Tecnológica – CDT.

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Foram realizados 8 entrevistas através de questionários (Apêndice A), sendo 4 para empresas em incubação e 4 para empresas graduadas. Quanto ao perfil dos entrevistados das empresas em incubação, 100% são do sexo masculino e possuem naturalidade fora do município de São Luís, sendo três do Estado do Maranhão e uma de outro estado; 100% deles possuem formação com pós-graduação, dos quais duas com mestrado e duas com especialização. Quanto a faixa etária 100% está entre 25 e 35 anos, caracterizando empresários jovens. Já entre as empresas graduadas, 100% são do sexo masculino, o que comprova uma predominância de homens na área de atuação tecnológica; 100% são de fora de São Luís, sendo duas do Estado do Maranhão e duas de outros Estados. Quanto à escolaridade, três têm formação superior de graduação e uma apenas possui pós-graduação em nível de especialização. A faixa etária dos empresários pertencentes às empresas graduadas é mais avançada do que os das empresas em incubação, variando entre 28 e 45 anos. O resultado analítico das questões subjetivas das entrevistas está apresentado no quadro a seguir:

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Quadro 2: Processo de Incubação

Empresas STATUS RAMO DE

ATIVIDADE SETOR ECONÔMICO TEMPO DE MERCADO (anos)

MOTIVOS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS PRINCIPAL

CONTRIBUIÇÃO Incubada A Em Incubação Base tecnológica e serviços Serviços 5  Acesso a Infraestrutura;  Facilidade de acesso ao mercado;  Assessoria administrativa;

 Facilidade de acesso ao crédito;

 Proximidade com ambiente de Inovação.  Acesso a Infraestrutura;  Facilidade de acesso ao crédito;  Proximidade com ambiente de Inovação.  Falta de Orientação Jurídica e Contábil;  Pouco conhecimento da Universidade sobre o papel das Incubadoras;

 Falta de promoção de rodada de negócios para captação de clientes.  Facilidade de acesso ao mercado e ao crédito. Incubada B Em Incubação Base tecnológica Serviços 1  Acesso a Infraestrutura;  Redução de Custo;  Mentoria;

 Integração com a Universidade;

 Oferta de assessoria Técnica em diversos serviços.  Disponibilidade de espaço físico;  Integração com a Universidade;  Facilidade de captação de recursos.  Falta de Assessoria Técnica;  Ineficiência na Oferta de Mentoria  Falta de Consultoria adequada.  Uso da Infraestrutura. Incubada C Em Incubação Base tecnológica Serviços 3  Aumento da competitividade;  Acesso a Infraestrutura;

 Integração com a Universidade;

 Oferta de assessoria Técnica em diversos serviços.  Apoio em Marketing.  Acesso a Infraestrutura;  Facilidade de acesso a rede de contatos;  Apoio em Marketing.  Quadro de Recursos Humanos da Incubadora reduzido;  Falta de programa de compra coletiva  Ineficiência no programa de capacitação.  Ampliação da rede de contatos  Uso da Infraestrutura.  Incubada D Em Incubação Base tecnológica Serviços 1,5  Redução de Custo;

 Oferta de assessoria Técnica em diversos serviços;

 Mão de Obra especializada;

 Estrutura Laboratorial acessível.

 Acesso a Infraestrutura;  Oferta de assessoria Técnica em diversos serviços;  Estrutura Laboratorial acessível.  Excesso de Burocracia;  Falta de Incentivo ao acesso a clientes potenciais (aspecto negocial);  Logística Operacional da Incubadora Engessada.  Redirecionament o do ramo de atividade da empresa para a base tecnológica. Incubada E Graduada Base tecnológica Serviços 3

 Suporte Contábil e Jurídico;

 Proximidade com ambiente de Inovação e Tecnológico;  Aquisição de conhecimentos administrativos;  Acesso a Infraestrutura;  Suporte para capacitação;  Suporte Contábil e Jurídico.  Descrédito inicial;

 Pouco apoio do SERAE e UFMA;  Pouco conhecimento do trabalho da Incubadora.  Superar os obstáculos iniciais da empresa.

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 Suporte em treinamento.

Incubada

F Graduada

Base

tecnológica Serviços 9

 Oferta de assessoria Técnica em diversos serviços;  Redução de Custo;  Disponibilidade de Internet rápida;  Proximidade com o conhecimento;

 Mão de Obra especializada.

 Equipe Multidisciplinar disponível;  Acesso a Infraestrutura;  Facilidade de acesso a rede de contatos.  Logística Operacional da Incubadora Engessada;  Indisponibilidade de Mestre e Doutores.  Pouco conhecimento da Universidade sobre o papel das Incubadoras.

 Transmissão de conhecimentos, necessários para sobrevivência da empresa. Incubada G Graduada Base tecnológica Serviços 7

 Pela relação custo X Beneficio;

 Oferta de assessoria Técnica em diversos serviços;  Acesso a Infraestrutura.  Disponibilidade de espaço físico;  Redução de Custos;  Orientação sobre edital de Inovação.  Falta de Orientação Jurídica e Contábil;

 Não possui assessoria em Marketing;  Atendimento Inicial Precário.  Redução de Custos Incubada H Graduada Base tecnológica Serviços 7  Acesso a Infraestrutura;  Redução de Custos;

 Facilidade de acesso a rede de contatos;

 Acesso a Clientes potenciais;

 Integração com a Universidade.

 Disponibilidade de espaço físico;  Disponibilidade de Internet rápida;  Facilidade de acesso a rede de contatos.  Infraestrutura Ruim;  Falta de Orientação Jurídica e Contábil;  Quadro de Recursos Humanos da Incubadora reduzido.  Não Contribuiu Fonte: Os Autores (2015)

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As empresas entrevistadas foram qualificadas por duas perguntas que buscavam identificar a média de faturamento médio anual e a quantidade de funcionários. Os resultados estão descritos no quadro 3 a seguir:

Quadro 3- Qualificação das Empresas

EMPRESAS STATUS FATURAMENTO BRUTO ANUAL ( R$) QUANTIDADE DE FUNCIONÁRIOS

A Em incubação Acima de 200 mil Entre 6 e 10 pessoas B Em incubação Menor que 50 mil Até 5 pessoas C Em incubação Entre 51 e 100 mil Até 5 pessoas D Em incubação Menor que 50 mil Até 5 pessoas

E Graduada Menor que 50 mil Nenhum

F Graduada Acima de 200 mil Entre 6 e 10 pessoas G Graduada Entre 51 e 100 mil Até 5 pessoas

H Graduada Menor que 50 mil Até 5 pessoas

Fonte: Os Autores (2015)

No quadro 3 pode-se observar que a maior parte das empresas possuem faturamento médio anual menor que 50 mil reais, correspondendo a metade do universo pesquisado; uma têm o faturamento entre 51 e 100 mil; e uma com faturamento acima de 200 mil. Percebe-se, também, que a maioria têm uma quantidade de funcionários menor que cinco pessoas. Esta relação de faturamento X quantidade de funcionários demonstra claramente o pequeno porte das empresas trabalhadas pela Incubem, demonstrando claramente a necessidade de suporte e incentivos para o crescimento e manutenção no mercado.

Em relação ao tempo de permanência na Incubadora, as empresas em incubação variam o período que estão trabalhando na Incubem entre 6 meses e um ano; apenas uma está a menos de 6 meses. Já as graduadas, a maioria permaneceu mais de dois anos em processo de incubação, sendo duas empresas, uma entre 6 meses e um ano; e uma entre um ano a um ano e meio. Nota-se que o tempo médio de incubação é de um ano e meio nas empresas graduadas, tempo que seria considerado necessário para minimizar a mortalidade das empresas, o que, conforme se observou no quadro 2, diante da precariedade dos serviços

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oferecidos não torna-se relevante.

Quanto aos serviços oferecidos pela incubadora, a maioria das empresas graduadas informou que orientações sobre fomento e financiamento, registro de marcas e patentes, orientação, consultoria empresarial e capacitação estão entre as atividades realizadas pela incubadora. Sendo que 100% delas responderam que a Incubem ofereceu serviços de informações sobre linhas de fomento e financiamento. Já nas empresas em incubação, a maioria recebe orientações sobre fomento e financiamento, registro de marcas e patentes, bem como consultoria empresarial. Também entre elas, 100% responderam que as informações sobre linhas de fomento e financiamento foram oferecidos, caracterizando como o ponto forte na prestação de serviço da incubadora instalada na Universidade Federal do Maranhão. Quanto às áreas que a incubadora está contribuindo para o desenvolvimento das empresas em incubação, em ordem de respostas, foram as mais citadas: produção, logística, marketing, atendimento, administrativo-financeiro e área tecnológica. Já nas graduadas, a maioria identificou como a maior contribuição o uso da infraestrutura, seguido da aquisição de conhecimentos administrativo- financeiro. Nota-se que como contribuição a incubadora deixa, principalmente, a utilização da infraestrutura e do espaço físico.

Em relação à necessidade de algum serviço não oferecido pela incubadora, tanto as empresas em incubação quanto as graduadas responderam positivamente. Ou seja, em três empresas entrevistadas acharam que a incubadora deva oferecer com mais qualidade alguns serviços, entre eles podem ser citados: assessoria técnica no caso das graduadas e nas em incubação, além de assessoria técnica, consultoria e capacitação empresarial.

Quanto ao processo de aprendizagem durante a incubação, a maioria das empresas em incubação respondeu pela adaptação a novas tecnologias e pela relação das empresas com fornecedores e clientes, sendo que a troca de experiências com outras empresas e realização de pesquisas foram bem citadas também. Já nas graduadas, 100% das entrevistadas responderam que a troca de experiência com outras empresas foi o que resultou no maior aprendizado, seguido pela realização de pesquisas e relação da empresa com fornecedores e clientes. A resposta a esta questão demonstra que a troca de experiência com outras empresas, assim como a adaptação às novas tecnologias são pontos fortes da

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Incubem na aprendizagem e crescimento profissional das empresas que passam pelo processo de incubação.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo deste trabalho, cujo objetivo geral foi identificar as contribuições das incubadoras de empresas no desenvolvimento empresarial e econômico do Maranhão, percebeu-se que a Incubem, Incubadora Maranhense, não atende as expectativas das empresas incubadas. As entrevistas realizadas permitiram observar que a incubadora fornece constantemente orientações sobre fomento e financiamento, registro de marcas e patentes, orientação e consultoria empresarial, além de capacitação. Percebe-se, então que as empresas incubadas recebem informações técnicas para facilitar o desenvolvimento e a apresentação do produto- serviço no mercado, assim como a orientação sobre forma de administrar e conduzir a empresa recém-criada. Além disso, o que mais chama a atenção nos resultados da pesquisa é o fato de que entre as principais contribuições está apenas o uso do espaço físico e da infraestrutura.

Identificou-se que as incubadoras prestam um serviço muito aquém de suas possibilidades e, por estar dentro da Universidade Federal do Maranhão, poderiam ofertar assessoria técnica, contábil e jurídica de qualidade com o próprio corpo docente e discente da instituição, serviços essenciais para a boa gestão. Constatou-se, ainda, que há pouco envolvimento da incubadora nas atividades e eventos relacionados ao nicho de mercado das incubadas e que apresenta práticas muito focadas no empreendedorismo, sem priorizar a inovação e os processos, o que se torna fundamental, pois todas as empresas são de base tecnológica.

Em uma visão mais ampla, as incubadoras promovem a geração de emprego, renda, novas tecnologias, contribuindo para o desenvolvimento local e regional. O real impacto da atuação da incubadora na sociedade deve ser melhor mensurado, visto que os governos têm promovido sua atuação no mundo, o que não acontece no Estado do Maranhão.

Nesse estudo, buscou-se realizar uma pesquisa que aprofundasse os conhecimentos acerca das incubadoras e o seu papel no desenvolvimento econômico através da gestão da inovação. Sobre o problema da pesquisa percebe-se que a INCUBEM não interfere no depercebe-senvolvimento econômico maranhenpercebe-se,

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principalmente porque não oferece os serviços necessários para que as empresas participantes do processo de incubação se fortaleçam e se tornem sustentáveis no mercado competitivo.

Portanto, a incubadora deve abrigar empresas inovadoras, tornando premissa básica e fundamental que a Incubem também inove e se adeque as dinâmicas do ambiente local, expandindo suas atividades para as empresas em incubação, implementando novas ideias e consolidando empreendimentos inovadores. Para isso, deve buscar parceiros que realmente contribuam de maneira significativa para que os resultados do trabalho da incubadora tornem-se relevantes para o desenvolvimento empresarial maranhense.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Data de submissão: 12/02/2016 Data de aceite: 08/06/2016

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