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Relação entre a fadiga, dependência de dopamina com as disfunções neuronais / Relationship between fatigue, dopamine dependence and neuronal dysfunctions

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Relação entre a fadiga, dependência de dopamina com as disfunções neuronais

Relationship between fatigue, dopamine dependence and neuronal dysfunctions

DOI:10.34117/bjdv6n11-075

Recebimento dos originais: 03/10/2020 Aceitação para publicação: 05/11/2020

Fabiano de Abreu Rodrigues

Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l'Homme de Paris Doutor e Mestre em Ciências da Saúde com ênfase em Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner

World University;

Neurocientista, Neuropsicólogo, Psicólogo, Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN - Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC - Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS - Federation of European Neuroscience Societies - PT30079.

Endereço: Rua Costinha S/N - Bairros - Castelo de Paiva - Aveiro - Portugal E-mail: deabreu.fabiano@gmail.com

RESUMO

Este estudo objetiva analisar a relação entre a fadiga, dependência de dopamina com as disfunções neuronais, vivemos numa sociedade com uma tecnologia 4.0 desde 1980 após a revolução tecnológica, a neurociência avançou muito de alguns anos para cá, mas continuamos à mercê de algumas respostas no contexto comportamental do ser humano, principalmente quando se trata de fatores internos que há muito já foi negado e que vêm moldando desde o final do século XX, mas a questão é por que as pessoas se sentem cansadas, levadas à fadiga? Será mesmo que a fadiga é apenas uma doença corporal de excessos físicos? Desde a idade da pedra, o homem vem evoluindo não apenas fisicamente como também cognitivamente e com a evolução do hominídeo chegando em sua etapa final do homem sábio (homo-sapiens), o ser humano até a revolução neolítica, vivia exaustivamente da caça e na coleta (nomadismo) de animais perigosos para sua sobrevivência, porém de primeiro momento o hominídeo não era parte do topo da cadeia alimentar como somos atualmente e sim necessitava esperar que outros animais saciassem suas fomes para que nesse momento o hominídeo pudesse saciar a sua e como é de conhecimento geral no corpo humano, o cérebro é o órgão que exige energia para funcionar, pois com a evolução cognitiva o homem desenvolveu habilidades que requer uma boa quantidade de energia pelo motivo de sua sobrevivência. Em suma os neurotransmissores são os responsáveis pela liberação das substâncias do prazer como a dopamina, serotonina entre outras substâncias, mas também são eles os autores da liberação de sintomas da fadiga.

Palavras chaves: Fadiga, Dopamina, Serotonina, Receptores, Neurotramissores. ABSTRACT

This study aims to analyze the relationship between fatigue, dopamine dependence and neuronal dysfunctions, we live in a society with 4.0 technology since 1980 after the technological revolution, neuroscience has advanced a lot over the years, but we are still at the mercy of some answers in the behavioral context of the human being, especially when it comes to internal factors that have long been denied and that have been shaping since the end of the 20th century, but the question is why do people feel tired, driven by fatigue? Is fatigue really just a bodily disease of physical excess? Since the stone age, man has evolved not only physically but also cognitively and with the evolution of the hominid reaching its final stage of the wise man (homo-sapiens), the human being until the Neolithic revolution, lived exhaustively from hunting and hunting. collection (nomadism) of animals dangerous for their

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survival, but at first the hominid was not part of the top of the food chain as we are today, but he needed to wait for other animals to quench their hunger so that at that moment the hominid could quench his and how it is common knowledge in the human body, the brain is the organ that requires energy to function, because with cognitive evolution man has developed skills that require a good amount of energy for the reason of his survival. In short, neurotransmitters are responsible for releasing pleasure substances such as dopamine, serotonin and other substances, but they are also the authors of the release of symptoms of fatigue.

Keywords: Fatigue, Dopamine, Serotonin, Receivers, Neurotransmitters.

1 INTRODUÇÃO

A fadiga é um sintoma é um dos piores males vivenciado por todos os seres humanos em função a disfunção entre a dopamina e o cortisol, segundo os estudos da OMS (Organização Mundial da Saúde) a fadiga é dividida em etapas: Fadiga Adrenal: é a dificuldade do corpo em lidar com o estresse alto, resultando nas disfunções das glândulas; Fadiga muscular: excesso de atividades físicas, causando desconforto e dores musculares; Fadiga crônica: é uma fadiga que traz consigo alta carga de estresse, quando trata-se no campo profissional e familiar; Fadiga mental se dá quando a mente fica cansada por obter grandes níveis de informações; Fadiga sensorial: atinge os a parte sensorial do corpo humano, sendo eles ouvidos, olhos, paladar e Fadiga de verão: ocorre nos períodos mais quentes levando a desidratação do corpo.

Entretanto quando existe uma situação contínua, a fadiga torna-se crônica, têm uma ligação direta com a indisposição constante, e passa a ser considerada como Síndrome da Fadiga Crônica (SFC). Não existe uma resposta concreta para como se dá essa doença, apesar do avanço tecnológico ainda não foi possível afirmar resposta para tal questão, porém alguns estudos apontam que a fadiga possa vir de um lugar denominado neurotransmissores.

Os neurotransmissores são responsáveis por transmitir as informações entre (pré-sinapses e pós-sinapses), ativando a interação com as células, entre os neurotransmissores uma das mais importantes é a dopamina, conhecida como a “célula do prazer”, quando ela se torna insuficiente em suas liberações, ela ativa o cortisol que aumenta significamente suas substâncias para imunização contra as demais doenças criando dentro da pessoa a sensação de fadiga, consequentemente existe uma disfuncionalidade dos neurotransmissores.

Outros fatores importantes são receptores, são elementos importantes para captação de energia na qual esperam receber o suficientemente para transmissão de energia para as células, mantendo assim o bom funcionalismo orgânico do corpo. Estar fadigado não significa estar cansado e sim existe um distúrbio neural daquilo que desregulamentam nossos sistemas imunológico, por uma práxis de nossos hábitos, seja ela com aumento de preocupações ou até mesmo as ausências delas. Para Root (2009) “O

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desequilíbrio nos neurotransmissores pode ser devido a causas genéticas e ambientais. Traumas, stresse, ansiedade, educação, comportamento são fatores que podem resultar nesta disfunção.

Neste artigo vou me aprofundar nas explicações com base científica que argumentem a minha teoria e também buscar soluções que seriam necessárias para amenizar o problema. A minha proposta é traçar hábitos para comportamentos que geram fadigas, pois existem comportamentos diferenciados das pessoas que trazem consigo distúrbios dos neurotransmisso. Este trabalho busca apresentar o funcionalismo entre hormonios (cortisol) e neurotransmissores (dopamina, serotonina) dentro daquilo que pode apresentar a fadiga. As teorias divergem sobre a fadiga e nela se insere a ansiedade, stresse, cansaço e seus motivos.

2 CLASSIFICAÇÕES DOS NEUROTRANSMISSORES

É necessário apontar as classificações dos neurotransmissores, os neurotransmissores são classificados em relação à família química a qual pertencem. A neurociência considera atualmente a existência de seis grandes grupos de substâncias neurotransmissoras entre elas: Aminas biogênicas: esse grupo é constituído pela acetilcolina, com características que a diferem de todo o restante, e pelas

monoaminas que podem ser subdividas em catecolaminas; Aminoácidos: o grupo de aminoácidos

neurotransmissores é constituído pelo glutamato, GABA (ácido gama-aminobutírico), glicina, aspartato dentre.

Há também os Peptídios: Exemplos desta classe são as substâncias opioides, orexinas/hipocretinas, encefalinas, peptídios de origem hipofisária, NPY e substância Purinas: adenosina e ATP; Gases: NO (óxido nítrico) e CO (monóxido de carbono); Substâncias de origem lipídica: endocanabinoides, prostaglandinas e a acetilcolina está amplamente distribuída por todo o sistema nervoso central (SNC) e periférico (SNP), e também na junção neuromuscular, mediador simpático. ligadados aso receptores muscarínicos e os receptores nicotínicos, tendo como base o Glutamo e o Ácido gama-aminobutírico (GABA).

2.1 ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO (GABA)

O GABA está presente no córtex cerebral, no cerebelo, sendo liberado por diversos interneurônios localizados no cérebro e na medula espinhal. É o principal neurotransmissor inibitório do sistema nervoso central, estando presente em aproximadamente 20% das sinapses.

GABA naturalmente estimula a produção e lançamento de hormônio de crescimento humano (HGH) da glândula pituitária. Estudos mostraram que aumento nos níveis de HGH é associado com anabolismo e ação de lipotrófica, ou a formação de músculo magro e utilização de gordura de corpo

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respectivamente. Além disso, GABA também é reconhecido como um analgésico efetivo e pode reduzir dor dos músculos e articulações.

O neurotransmissor GABA é indicado como ativador do metabolismo cerebral no déficit de memória e na dificuldade de atenção e concentração; acidentes do SNC e suas sequelas; agitação psicomotora; nos quadros de sedação; e é anticonvulsivo em casos de epilepsia.

2.2 SEROTONINA

A serotonina desempenha várias funções como;humor melhorado, quando inibe seletivamente a recaptação da serotonina aumentando a quantidade dela nos fenda sináptica, maximizando a duração da ação nos neurônios pós sinápticos. Pessoas com a serotonina em níveis abaixo da média abusam de doces e massas para se sentirem satisfeitas comprovando assim sua relação com a saciedade e a tristeza. O excesso dela pode provar problemas nas relações sexuais.

A serotonina é um regulador do sono agindo de duas formas, a primeira é regulando a primeira fase do sono, chamado sono lento, na fase mais profunda, o chamado, sono REM, ela deve ser inibida. A serotonina baixa resulta em stress e na alimentação inadequada, quando alta, podem levar a tremores, contrações espontâneas de músculos, náuseas e diarreia. (Baseado em fontes do Natue, 2020)

A serotonina no sistema nervoso central (SNC) é produzida a partir de um aminoácido essencial chamado triptofano (5-hidroxitriptamina ou 5-HT), são encontrados no mesencéfalo, ponte e bulbo na zona mediana e paramediana nos núcleos da rafe. Parte é usada localmente como neurotransmissor e parte se difunde do intestino e vai para a circulação sanguínea onde a maior parte é eliminada pelo fígado e pulmões. A serotonina que é captada pelas plaquetas é a única fonte sérica(determinada).

2.3 NORADRENALINA

A noradrenalina é o principal neurotransmissor do sistema nervoso autônomo simpático periférico. Pode ser encontrada sobretudo no tronco cerebral e hipotálamo, e possui ação depressora sobre os neurônios do córtex cerebral. Produzida no locus coeruleus. A neurociência tem estudado a atuação dela em distúrbios do sono, especialmente o sono REM, mecanismos de estresse, e nos processos de aprendizado e memória.

2.4 DOPAMINA

A dopamina conhecida como neuro da recompensa, ela pode ser simples e complexa, ela resulta nos estimulos na satisifação de prazer. Ela é conhecida como o sistema de recompensa e é um dos principais focos nesta tese. Atividades desde as mais simples a mais complexas como beber água quando se tem sede, comer quando se tem fome, chegar na linha de chegada numa corrida, se formar

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na faculdade, resulta em estímulos na área tegmental do cérebro onde ocorre a liberação de dopamina dando a sensação de prazer. Este neurotransmissor é sintetizado através do aminoácido tirosina e é acumulada em vesículas sinápticas nos terminais axônicos dos neurónios dopaminérgicos

3 DE UMA SOCIEDADE NÔMADE PARA UMA SOCIEDADE FADIGADA

Desde dos primórdios da humanidade quase há 3 milhões de anos aproximadamente, o homem vem evoluindo não apenas fisicamente como também cognitivamente e com a evolução do hominídeo chegando em sua etapa final do homem sábio (homo-sapiens).

O ser humano até 12 mil anos vivia exaustivamente na caça de animais perigosos e coleta para sua sobrevivência, porém de primeiro momento o hominídeo não era parte do topo da cadeia alimentar como somos atualmente e sim necessitava esperar que outros animais saciassem sua fome para que pudéssemos nos alimentarmos e como é de conhecimento geral no corpo humano, o cérebro é o órgão que exige energia para funcionar, pois com a evolução cognitiva o homem desenvolveu habilidades que requer uma boa quantidade de energia pelo motivo de sua sobrevivência, assim podemos verificar que com esse processo as variantes dos neurotransmissores se desenvolveram com a medida de multitarefas que colocamos em nosso cérebro e até mesmo o sedentarismo que atualmente vivemos, sempre em busca da satisfação do nosso próprio prazer. Desencadeamos distúrbios dos nossos neurotransmissores, gerando uma sensação de fadiga.

3.1 UMA GERAÇÃO COM FADIGA E MAS NÃO CANSADA

Nossa geração ela não se encontra cansada e sim com fadiga, diferentemente dos nossos primatas que se locomoviam quilômetros para caçar, atualmente as pessoas são bem mais sedentárias contribuindo dessa maneira para um distúrbio dos neurotransmissores.

A fadiga na área da saúde é demonstrada em várias vertentes, mas exclusivamente na psicologia o problema da doença está ligada ao estado de desgaste relacionado com a falta de motivação, não um desgaste físico e sim dos neurotransmissores que encontram-se com problemas dando a sensação de cansaço, preguiça e até mesmo ansiedade, tendo uma ligação direta com as disfunções dos neurotransmissores.

Sendo doença do século XXI, ela pode ser classificada como: Fadiga adrenal poderá vir com mal-estar em conjunto com a depressão. Fadiga crônica – fase extrema da doença, costuma a piorar com as realizações desde atividades físicas e mental, não se tem uma explicação fundamentada e concretas pelos cientistas sobre esse tema.

Distúrbios dos neurotransmissores é a resposta para falta de comunicação com as demais células, trazendo abundância do cortisol para o nosso corpo, a falta de serotonina faz com que o cortisol

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entre em ação ocasionando mal-estar, isso ocorre no trabalho, em casa e quando desencadeia a síndrome fadiga crônica (SFC), as atividades feitas por nós traz a sensação de piora, segundo Dumit (2000) denomina 'novos transtornos sociomédicos'.

Apesar de diferentes entre si, eles se situam no limite entre o mental e o biológico; apresentam causalidade indeterminada; geram debates e disputas jurídicas; e se adota o uso de neuroimageamento - ainda que de modo controverso - na tentativa de produção de objetividade sobre cada uma dessas síndromes. Este último ponto é o que torna mais explícito o lugar do cérebro como hipótese etiológica na SFC. Vemos ai um em trave entre a dopamina e o cortisol, de um lado a dopamina libera pouca substância, do outro lado o hormônios do cortisol libera grandes quantidades de substâncias, causando dentro da pessoa um conflito e gerando a fadiga ou criando um disfuncionalismo no eixo HPA (hipotálamo-pituitária-adrenal).

Como já supracitado, a dopamina além de comunicar-se com os demais neurotransmissores como noradrenalina e serotonina, ela também tem relações com outros meios e que causa por vezes efeitos adversos das quais ela realmente trabalha, falamos neste artigo sobre os malefícios da dopamina quando libera sua baixa substância para o cérebro e, ao mesmo tempo o cortisol está em alta criando o sistema imunológico para combater o estresse.

Uma vez que, a dopamina ao mesmo tempo que libera suas poucas substâncias ela transmite uma mensagem de prazer para o cérebro de maneira ineficaz na qual o corpo reage com mal-estar criando em si um estado de fadiga e\ou cansaço, isso só é possível por dois alguns motivos, uma delas é diferentemente de nossa ancestralidade.

Vivemos num sedentarismo sem limites, ou seja, nada que nos motive a nos movermos e ficarmos por muito tempo na ociosidade, ou seja, somos responsáveis pela alteração do metabolismo quando não dormimos corretamente, dessa maneira regulando nossos ciclos biológicos para que funcionem de maneira adequada e outra maneira é acharmos que somos capazes de realizar multitarefas de uma vez só, também nos levando a obter hábitos desreguladores e influenciando diretamente em nossos hormônios, neurotransmissores e receptores.

4 EFEITOS DO CORTISOL

O Cortisol alto quando originado no sangue pode levar perdas da massa muscular, aumento de peso e ou diminuição de testosterona pode ser um indício da síndrome de Cushing. O Cortisol baixo pode originar em cansaço, fraqueza, depressão e na doença de Addison.Com ausência da Serotonina, o hormônio do cortisol é liberado no organismo para fazer a função do neurotransmissor, comunicando o nosso corpo que algo de errado tem, afetando a capacidade de criação em momentos oportunos e gera a falta de resiliência, ativando aquilo que é chamado de “modo de sobrevivência”.

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Quando o cérebro está prestes a entrar no “modo de sobrevivência” é comum as pessoas pensarem coisas negativas, a ciência já comprovou que para o cérebro tenha um desempenho satisfatório e de alto desempenho é necessário bom descanso, boa alimentação, oxigenação, hidratação e combustão, mas só é possível com mudanças de hábitos que atualmente poucos praticam.

Em quantidade significante de cortisol quando liberado deixa o corpo com sensação de mal-estar para evitar o surgimento do estresse. Tirelli et al. (1998) investigaram especificamente o metabolismo cerebral de 18 pacientes afetados pela SFC, sem diagnósticos psiquiátricos associados, por meio de PET scans. Esses pacientes foram comparados com seis outros afetados por depressão,

bem como com seis controles saudáveis.

4.1 DOPAMINA VERSUS CORTISOL

Como já explanado, a dopamina é um neurotransmissor ligado diretamente com as funcionalidades do cérebro, levando ao organismo a sensação de prazer e também responsável pelo nível de atenção e aprendizagem.

Já o cortisol é o hormônio ligado ao campo do estresse, ou seja, quando nosso organismo entra numa disfuncionalidade por falta de energia cerebral, substâncias do cortisol são liberadas em altas quantidades, criando um sistema imunológico forte para evitar o impacto do estresse, para que as funcionalidades ocorram perfeitamente bem em suas condições é necessário o corpo se abster de glicose ao acordar pela manhã, onde nosso hipotálamo utiliza desse recurso energético para despertar corretamente estimulando a glândula adrenal a produzir a dopamina e o cortisol.

O aumento da dopamina em nosso corpo, a tendência é de melhorar nosso humor, criatividade, que nos dão a sensação de prazer das atividades que fazemos no dia à dia, nesse aspecto o cortisol ajuda na elevação da dopamina onde o pico se encontra pela manhã ativando significamente nossas energias calóricas e ao passar do dia, essas energias vão diminuindo até o final do dia onde logo após durante a madrugada durante o sono da pessoa os metabolismos se regeneram para acordar no dia seguinte. Como de práxis sabemos que a baixa quantidade de cortisol tem ligação direta com a falta de atividades físicas durante o dia, criando um disfuncionalismo no eixo HPA (hipotálamo-pituitária-adrenal) que implica nas ligações entre o estresse físico e o psicológico, levando consigo o início da fadiga acompanhada de a comorbidade e a depressão.

Outro componente envolvido é a predominância de fadiga em distúrbios do eixo HPA como na doença de Addison, segundo Cleare em 2001, isso porque alguns estudos feitos anteriormente não foram conclusos como nos casos de internação, colheita de sangue, administração das drogas e entre outros, por esse motivo foi criada uma resposta para análise do cortisol ao salivar no despertar.

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4.2 O COMPORTAMENTO DOS NEUROTRANSMISSORES DURANTE A FADIGA

Fadiga pode também ser definida como a redução da capacidade funcional ( HOLLMANN; HETTINGER, 1989 ) e de gerar tensão muscular (Mc ARDLE, 1998 ) ou declínio no desempenho do músculo (GIANNESINII et al., 2003); Para entendermos a fadiga como um todo, desde aguda até a crônica é necessário conhecermos algumas das funções de cada neurotransmissor, pois elas são as responsáveis pelo nosso desempenho, sensações e emoções, seja ela física ou simbólica, sendo assim os neurotransmissores têm uma participação importantíssima para o funcionamento das células, neurônios, organismos e consequentemente a vida.

Até o momento temos apontado de maneira geral a participação desses neurotransmissores no funcionalismo dos órgãos trazendo benefícios e malefícios, porém cada neurotransmissor tem em si uma particularidade diversificada uma das outras, a serotonina ela está ligada as emoções, sentimentos e também no humor das pessoas, ela também é responsável por regular a temperatura corporal e adere à percepção da dor e regula o ciclo do sono.

A serotonina ela é responsável pela imunidade do corpo, não de todo modo, mas quando existe baixa liberação de substâncias nos neurônios e consequentemente as células, a imunidade da pessoa fica baixa deixando vulnerável a doença que podem ser agudas e até mesmo crônicas, dessa maneira ela também causa distúrbio no campo das emoções deixando a pessoa mais sensitiva e impaciente, o cortisol ele é acionado como alarme da falta de serotonina, dessa maneira fortificando o sistema imunológico.

Dopamina é um neurotransmissor “estrela”, pois tem uma capacidade de excitação e inibição, considerado o neurotransmissor do prazer ela age dependendo do receptor na qual ela entra em contato, sendo ela importante para os movimentos esse neurotransmissor ela inibe movimentos desnecessários, porém quando ela excede demais e\ou libera de menos, pode causar danos aos neurônios.

Quando esse neurotransmissor excede na liberação de suas substâncias, ela pode causar um descontrole nos movimentos da pessoa, porém quando suas substâncias são liberadas insuficientemente, a libido do prazer se torna escasso, nas pessoas. Como já apontado neste artigo quando duas substâncias são liberadas ao mesmo tempo, de um lado o cortisol e do outro a dopamina, faz com que os neurônios fiquem descontroladas, pois, o hormônio suprarrenal por falta de serotonina é acionada a fortificar a imunidade contra o estresse e, ao mesmo tempo força a dopamina a liberar suas substâncias mesmo que de maneira ínfima para as células, dessa maneira deixando o indivíduo com mal-estar, pensamentos negativos e em contrapartida liberando certos tipos de vontades momentâneas para dar prazer quando saciada o desejo.

Gaba é um neurotransmissor inibitório, se encontra na medula espinhal e em várias áreas do córtex, esse elemento é parecido com a serotonina e com a dopamina, pois, ao mesmo tempo que ligado

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as emoções, ele também é um neuro inibidor, sendo ele uma espécie de freio, quando seu desempenho não corresponde aquilo que é esperado, pode causar sintomas de ansiedade.

Quando os neurotransmissores excitatórios são liberados em excesso é a gaba que controla a excitabilidade do neuro, reduzindo significamente estresse e ansiedade. Epinefrina é a responsável pela adrenalina, esse neurotransmissor é quem prepara o corpo para algo inesperado que gerando fortes emoções, a liberação de suas substâncias extras além dos receptores que a ela é ligada, conecta-se diretamente a corrente sanguínea da pessoa, dessa maneira os ocorrem alterações como: aceleração cardíaca, pressão arterial, aumento de glicose no fígado.

Noradrenalina é tem característica bifuncional (hormônio) localizada acima dos rins ou denominada suprarrenal e (neurotransmissor) também encontrada no sistema nervoso central, ela se torna um neurotransmissor quando produzida no sistema nervoso tendo como função excitar o sistema nervoso autônomo, quando ela não atua no sistema nervoso ela se torna apenas hormônio. Quando ativada seja como neurotransmissor, sua responsabilidade é regular a contração do coração, deixar a pessoa em estado de alerta e até mesmo atua na boa memorização do ser. Sua responsabilidade como hormônio é quebrar o excesso de açúcar no organismo, dessa maneira garantido o controle da glicose no corpo humano e também se torna responsável por liberar energia para todas as células e neurônios. A noradrenalina não desencadeia algum tipo de mal-estar, mas tem ligação quando os sintomas aparecem causadas pela disfuncionalidade dos neurotransmissores, ela tem ligação com humor, falta de interesse, cansaço, insônia, entre outros, quando esses sintomas aparecem nas pessoas. Em suma esses são alguns dos neurotransmissores que são importantes para um bom desempenho dos neurônios e células, mas também como vimos quando esses são disfuncionais podem causar efeitos maléficos para saúde do ser humano, cada um desses neurotransmissores são divididos em suas categorias.

Neurotransmissor excitatório: são aqueles que compõem a produção elétrica para estimular as células entrarem em ação e agir, dessa maneira o corpo corresponde ao impulso; entre elas estão dopamina, epinefrina. Neurotransmissores inibitórios: são aqueles que regulam a excitação e diminuem as chances do corpo reagir de maneira extremada as excitações como desejos e vontades, sendo por eles inibidos, entre eles estão dopamina, gaba.

Neurotransmissores moduladores: são aqueles que estão em quase todas as partes liberando substâncias mesmo em conjunto com outros neuros, porém de maneira mais lenta na qual acabam cedendo espaço para que outros neurotransmissores possam agir de maneira mais eficiente e como já diz o próprio nome esses neuros vão modulando com suas substâncias.

A função dos neurotransmissores só entram em ação quando os neurônios estão próximos uns dos outros, na qual fará com que esses elementos forneçam energia suficientemente para a conexão perfeita e benéfica para o funcionamento entre eles, por isso chamamos esses neurotransmissores de

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mensageiros, pois é a partir deles que a comunicação é possível dessa maneira cada neurônio vivem sendo alimentados por energias calóricas que comemos no cotidiano, quando ocorre a falta de energia, os neurônios tentam extrair energias inexistentes ou insuficientes, quando não conseguindo a energia que necessita desses neurotransmissores, acabam provocando à liberação forçada de hormônios que serão responsáveis pela defesa do organismo combatendo as enfermidades que ameaçam o corpo humano e em caso extremo ativando o modo de sobrevivência neural.

4.3 FADIGA E A RECUPERAÇÃO COGNITIVA

Existe alguns testes não ainda conclusivos apontando que certos medicamentos podem retardar a fadiga exatamente por causa da falta ou demora da comunicação dos neurotransmissores para com seus preceptores, vejamos: “A suplementação oral de BCAA, numa dose acima de 3 gramas diárias pode retardar o aparecimento da fadiga central, por afetar o estado psicológico ou por afetar a percepção de fadiga em exercícios de grande duração (KREIDER; JACKSON,1994),”

Como apontado não existe uma conclusão concreta de que exista substância para suprimir ou retardar a fadiga, dentro desses parâmetros bons hábitos é ainda a mentora reguladora das disfunções cerebrais da qual o cérebro necessita para trabalhar cognitivamente, na qual os neurotransmissores se regulem em compatibilidade com os hormônios.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A fadiga na sociedade evolui em cada indivíduo de maneira fisiológica e cognitiva ao passo que, a cada evolução uma habilidade vai se desenvolvendo, e a nossa última evolução e datada a 30 mil anos, ou seja, o nosso cérebro estava direcionado e unicamente ligado apenas para sobrevivência, na qual não se tinha doenças neurológicas a serem pesquisadas, pois muitos morriam por questões naturais e a única especificidade que era complexa para cérebro e a utilização de nossa glândulas era contacto com o Deus.

Em suma hoje vivemos em uma era cheia de coisas que transbordam e vão além da nossa mentalidade, extremamos e usurpamos de mais a nossa mente na qual deixamos ela trabalhar ativamente de maneira inadequada sem desligar ela por alguns momentos, e isto nos causa uma fadiga um cansaço sendo como resposta o corpo quando as disfunções, dos neurotransmissores estão em descompasso para com nosso organismo. Como já citado no artigo, em 1992 foi realizada uma pesquisa com 144 pacientes em Nevada, 78% desses pacientes resultaram numa anormalidade do sistema nervoso, enquanto os outros 21% já tinham controle sobre a doença, controlando dessa maneira o sistema nervoso.

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Essa pesquisa foi um ponto de partida para entender o comportamento do cérebro e suas reações diante da fadiga, a posteriori os pesquisadores começaram a teorizar que a fadiga crônica ocorre quando o sistema nervoso central fica inflamado e acaba sendo mediado pelo sistema imunológico com taxas de alta ou baixa quantidade cortisol e ao mesmo tempo liberando substâncias que levam a sensação de prazer como a dopamina e a serotonina deixando e neste exato momento veremos uma reação acontecer nesse processo, os neurotransmissores ficam desregulados.

Basta lembrar que a nossa mente não evoluiu desde a primeira revolução axial na idade primitiva e porém hoje utilizamos essa evolução tecnológica para proclamar nossa evolução, evoluímos de fato, mas tecnologicamente e não cerebral, o que estamos fazendo é apenas enchendo a mente de mais e mais informações numa escala jamais vista anteriormente e sofrendo consequências com esse abuso de informações sem parar por um segundo, tentando alimentar nosso prazer de não ficarmos sozinhos mesmo que seja virtualmente.

Para concluir, com essa nova sociedade aqui nesse trabalho exposto, vivemos constantemente em crise de ansiedade, depressão, stresse e fadiga, isso porque corroboramos o tempo todo na disfunção e distúrbios dos neurotransmissores e dos nossos hormônios como o cortisol, causando um desconforto continuo, desencadeando numa fadiga, na qual é de consenso cientifico que essa enfermidade é um alerta do corpo para apontar que algo de errado está inconforme internamente, acarretando o desenvolvimento da Síndrome de Fadiga Cronica, uma doença que a pessoa sentirá constantemente por motivo de distúrbios dos neurotransmissores, afetando diretamente a vida da pessoa.

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Referências

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