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Malhas poligonais exteriores no plano

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Academic year: 2019

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Malhas poligonais exteriores no plano

Dissertac¸˜ao apresentada ao Curso de P´os-Graduac¸˜ao em Matem´atica Pura e Aplicada do Departamento de Ma-tem´atica, do Centro de Ciˆencias F´ısicas e Matem´aticas da Universi-dade Federal de Santa Catarina para obtenc¸˜ao de grau de Mestre em Ma-tem´atica Pura e Aplicada, com ´Area de Concentrac¸˜ao em Matem´atica Apli-cada.

Orientador:

Prof. Dr. Leonardo Koller Sacht

UNIVERSIDADEFEDERAL DESANTACATARINA

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Malhas poligonais exteriores no plano

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Malhas poligonais exteriores no plano

Florian´opolis

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vada em sua forma final pelo Curso de P´os-Graduac¸˜ao em Matem´atica Pura e Aplicada.

Prof. Dr. Ruy Coimbra Char˜ao Coordenador de Curso

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Leonardo Koller Sacht Orientador

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Pura e Aplicada do Departamento de Matem´atica, do Centro de Ciˆencias

F´ısicas e Matem´aticas da Universidade Federal de Santa Catarina para obtenc¸˜ao

de grau de Mestre em Matem´atica Pura e Aplicada, com ´Area de Concentrac¸˜ao

em ´AnaliseDissertac¸˜ao apresentada ao Curso de P´os-Graduac¸˜ao em Matem´atica

Pura e Aplicada do Departamento de Matem´atica, do Centro de Ciˆencias

F´ısicas e Matem´aticas da Universidade Federal de Santa Catarina para obtenc¸˜ao

de grau de Mestre em Matem´atica Pura e Aplicada, com ´Area de Concentrac¸˜ao

em ´AnaliseDissertac¸˜ao apresentada ao Curso de P´os-Graduac¸˜ao em Matem´atica

Pura e Aplicada do Departamento de Matem´atica, do Centro de Ciˆencias

F´ısicas e Matem´aticas da Universidade Federal de Santa Catarina para obtenc¸˜ao

de grau de Mestre em Matem´atica Pura e Aplicada, com ´Area de Concentrac¸˜ao

em ´AnaliseDissertac¸˜ao apresentada ao Curso de P´os-Graduac¸˜ao em Matem´atica

Pura e Aplicada do Departamento de Matem´atica, do Centro de Ciˆencias

F´ısicas e Matem´aticas da Universidade Federal de Santa Catarina para obtenc¸˜ao

de grau de Mestre em Matem´atica Pura e Aplicada, com ´Area de Concentrac¸˜ao

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divertindo-me em descobrir uma pedrinha mais lisa ou uma concha

mais bonita que as outras, enquanto o imenso oceano da verdade

continua misterioso diante de meus olhos.”

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Pura e Aplicada do Departamento de Matem´atica, do Centro de Ciˆencias

F´ısicas e Matem´aticas da Universidade Federal de Santa Catarina para obtenc¸˜ao

de grau de Mestre em Matem´atica Pura e Aplicada, com ´Area de Concentrac¸˜ao

em ´AnaliseDissertac¸˜ao apresentada ao Curso de P´os-Graduac¸˜ao em Matem´atica

Pura e Aplicada do Departamento de Matem´atica, do Centro de Ciˆencias

F´ısicas e Matem´aticas da Universidade Federal de Santa Catarina para obtenc¸˜ao

de grau de Mestre em Matem´atica Pura e Aplicada, com ´Area de Concentrac¸˜ao

em ´AnaliseDissertac¸˜ao apresentada ao Curso de P´os-Graduac¸˜ao em Matem´atica

Pura e Aplicada do Departamento de Matem´atica, do Centro de Ciˆencias

F´ısicas e Matem´aticas da Universidade Federal de Santa Catarina para obtenc¸˜ao

de grau de Mestre em Matem´atica Pura e Aplicada, com ´Area de Concentrac¸˜ao

em ´AnaliseDissertac¸˜ao apresentada ao Curso de P´os-Graduac¸˜ao em Matem´atica

Pura e Aplicada do Departamento de Matem´atica, do Centro de Ciˆencias

F´ısicas e Matem´aticas da Universidade Federal de Santa Catarina para obtenc¸˜ao

de grau de Mestre em Matem´atica Pura e Aplicada, com ´Area de Concentrac¸˜ao

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O caminho que me trouxe at´e aqui foi longo e ´arduo. Muitos foram os momentos dif´ıceis, e a vontade de desistir foi grande. Mas estou aqui, e n˜ao cheguei a este ponto sozinha. Foram muitas as pessoas envolvidas nesta ca-minhada, a quem agradec¸o com profundo respeito e admirac¸˜ao.

A meus pais, Jos´e e Eliane, que estiveram ao meu lado em todos os mo-mentos e sempre acreditaram e confiaram em mim. Com eles aprendi sobre respeito, car´ater, humildade e persistˆencia.

A meu irm˜ao, Tiago, e `a minha cunhada, Luana, que me deram o maior presente que j´a recebi, meu afilhado Henrique. Obrigada pela preocupac¸˜ao e incentivo.

A meu irm˜ao, Leonardo, que me ensinou sobre amar incondicional-mente.

A meu irm˜ao, Matheus, que me ensinou sobre o valor de um sorriso. A meu afilhado, Henrique, o amor da minha vida.

`

A minha v´o, Doraci, pela preocupac¸˜ao e cuidado. `

A minha v´o, Lica, pelas orac¸˜oes.

A minha prima, Larissa, pelas risadas infinitas e por acreditar em mim mais do que eu mesma.

A todos os familiares, em geral, pelas palavras de apoio e incentivo. Aos amigos que a Matem´atica me presenteou, e que vou levar sempre comigo.

`

(12)

estudos, festas e muitos doces.

A Leonardo Biz, pela amizade desde o in´ıcio da graduac¸˜ao.

A Nat˜a Machado, pela grande amizade e por toda a ajuda com a Ma-tem´atica.

`

A Marina Geremia, pela companhia para os doces, pelas melhores con-versas e por muitas risadas.

`

A Ruana Schneider, cuja distˆancia n˜ao diminuiu o valor da nossa ami-zade.

Meus mais sinceros agradecimentos, respeito e admirac¸˜ao ao professor Leonardo Koller Sacht, meu orientador. Por aceitar orientar este trabalho e por conduzi-lo com maestria. Obrigada pelos s´abios conselhos durante o mestrado, por todo o apoio durante o processo de selec¸˜ao para a USP, e prin-cipalmente, pela paciˆencia.

Aos professores que tive durante o mestrado, Douglas Gonc¸alves, F´abio Botelho, Danilo Royer e Giuliano Boava, cujos exemplos e ensinamentos le-varei para sempre.

A todos os professores que tive durante a graduac¸˜ao, em especial, `a pro-fessora Melissa Weber Mendonc¸a, meu maior exemplo de profissional. Obri-gada pela orientac¸˜ao na graduac¸˜ao e pela ajuda com projeto da USP.

Aos professores Luiz Carlos Pacheco Rodrigues Velho, Melissa Weber Mendonc¸a e Vin´ıcius Viana Luiz Albani, por aceitarem fazer parte da Banca examinadora e pelas valorosas contribuic¸˜oes a este trabalho.

`

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Neste trabalho, apresentamos um m´etodo para gerac¸˜ao de malhas poli-gonais exteriores em duas dimens˜oes baseado no artigo Nested Cagespara malhas triangulares em trˆes dimens˜oes. Este m´etodo consiste de duas eta-pas: fluxo e re-inflac¸˜ao. Detalhamos todos os conceitos necess´arios para o fluxo, como quadratura num´erica, ´ındice de um ponto e projec¸˜ao, bem como detecc¸˜ao e resposta a colis˜oes e minimizac¸˜ao de um problema restrito para a re-inflac¸˜ao. Apresentamos alguns resultados num´ericos e limitac¸˜ao do m´etodo. Por fim, implementamos e disponibilizamos todos os c´odigos ne-cess´arios para este problema em duas dimens˜oes.

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(15)

We present in this work a method to generate exterior polygonal meshes in two dimensions based on the paperNested Cages. We provide details of all necessary concepts, such as flow, numeric quadrature, winding number, pro-jection, collision and detection response and the constrained problem for rein-flation. We also present some numerical results and limitation of the method. Finally, we implement and make available all the source code for this problem in two dimensions.

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(17)

1.1 Em (a) temos um objeto (em azul) com muitos v´etices e uma malha externa de menor resoluc¸˜ao (em preto).Quando movemos um v´ertice da malha exterior ((c)), movemos to-dos os pontos do objeto que s˜ao interpolato-dos pelas arestas

incidentes ao v´ertice em quest˜ao. Imagem oriunda de [12]. p. 20

1.2 Em (d) temos um objeto com pontos interpolados por uma malha exterior com menos v´ertices. Movendo apenas os v´ertices da malha externa, ´e poss´ıvel mover todos os pontos do objeto interpolados pelas arestas incidentes aos v´ertices

((f)).Imagem oriunda de [12]. . . p. 21

1.3 Esquerda: Malhas fina e grosseira, com intersecc¸˜oes.Sa´ıda: Malha grosseira totalmente no exterior da malha fina, ap´os

aplicac¸˜ao do m´etodo descrito neste trabalho. . . p. 22

2.1 Durante o fluxo minimizamos a distˆancia com a sinal entre as duas malhas obtendo um estado final com a malha fina totalmente no interior da malha grosseira. Imagem oriunda

de [1]. . . p. 26

2.2 Campo de distˆancias: Sinal positivo em rosa no exterior da malha final e negativo em verde no interior da malha fina.

(18)

aresta. . . p. 35

2.4 Winding Number para curvas. O valor 0 indica que o ponto em quest˜ao ´e exterior `a curva. Valores positivos inidicam o n´umero de voltas que a curva deu em torno do ponto no sentido anti-hor´ario. Valores negativos indicam o n´umero de voltas que a curva deu em torno do ponto no sentido

hor´ario. Imagem retirada de [11]. . . p. 39 2.5 Angulo entre dois v´ertices consecutivos. . . .ˆ p. 41

2.6 Ilustrac¸˜ao deatan2 . . . p. 42

2.7 Projec¸˜ao dos pontos de quadratura da malha fina sobre as arestas da malha grosseira. Cada ponto da malha grosseira (em preto) ´e a projec¸˜ao ortogonal de um ponto de

quadra-tura da malha fina (em vermelho). . . p. 43 2.8 Projec¸˜ao Ortogonal dexosobre a arestax1x2 . . . p. 44

2.9 Malhas fina e grosseira com intersecc¸˜oes entre si antes do

fluxo. . . p. 48

2.10 Fluxo com 45, 90,150 e 195 passos . . . p. 48

3.1 Ilustrac¸˜ao do processo de re-inflac¸˜ao, obtendo um estado fi-nal com a malha fina totalmente no interior da malha

gros-seira. Imagem oriunda de [1]. . . p. 50

3.2 Estado inicial das duas malhas, anterior ao fluxo . . . p. 53

(19)

tor normal da aresta. Os pontos pa epb s˜ao os pontos antes de reverter o passo de fluxo. pa e pb s˜ao as novas

posic¸˜oes depant

a epantb , respectivamente, ap´os resolver

re-verter o fluxo em um dado passo. . . p. 55 3.5 Estado inicial antes do fluxo . . . p. 58 3.6 Estado final ap´os o fluxo. Caso de colis˜ao aresta-ponto . . p. 58 3.7 Estado das duas malhas ap´os 95 passos de re-inflac¸˜ao . . . p. 61 3.8 Estado final das duas malhas ap´os a re-inflac¸˜ao em que a

malha grosseira est´a totalmente exterior a malha fina . . . p. 61 4.1 Malhas grosseira e fina com 14 e 18 v´ertices

respectiva-mente ap´os 374 passos de fluxo. . . p. 67 4.2 Malhas grosseira e fina com 9 e 150 v´ertices

respectiva-mente ap´os 74 passos de fluxo . . . p. 67 4.3 Sequˆencia de malhas exteriores em que cada uma ´e exterior

(20)
(21)

1 Introduc¸˜ao p. 19 1.1 Motivac¸˜ao . . . p. 19 1.2 Contribuic¸˜oes e Objetivos . . . p. 20 1.3 Colocac¸˜ao do problema . . . p. 21 1.4 Descric¸˜ao da soluc¸˜ao . . . p. 23 1.5 Organizac¸˜ao do trabalho . . . p. 24

2 Fluxo p. 25

2.1 Quadratura . . . p. 28 2.1.1 Quadratura Gaussiana no intervalo[−1,1] . . . p. 29 2.1.2 Quadratura Gaussiana sobre um intervalo arbitr´ario

[a,b]. . . p. 33 2.2 Winding Number . . . p. 36 2.3 Projec¸˜ao . . . p. 42 2.4 Etapa de Fluxo . . . p. 44

(22)

3.2 Resposta a colis˜oes . . . p. 52 3.2.1 Restric¸˜oes de igualdade . . . p. 54 3.2.2 Restric¸˜oes de Desigualdade . . . p. 55 3.2.3 Colis˜ao aresta-ponto . . . p. 57 3.3 Problema de Otimizac¸˜ao . . . p. 60 3.4 Nested cages . . . p. 62

4 Resultados e C´odigos p. 65

4.1 Resultados . . . p. 65 4.2 C´odigos . . . p. 70

Conclus˜ao e Trabalhos Futuros p. 87

(23)

1

Introduc¸˜ao

1.1

Motivac¸˜ao

A complexidade e o tamanho dos objetos computacionais est˜ao em cons-tante crescimento. Por isso, faz-se cada vez mais necess´ario o uso de algorit-mos de acelerac¸˜ao. Nossa t´ecnica consiste em, dada uma malha poligonal de alta resoluc¸˜ao, usar uma malha poligonal de menor resoluc¸˜ao exterior a esta. A construc¸˜ao de malhas poligonais externas tem diversas aplicac¸˜oes, entre elas deformac¸˜oes em animac¸˜ao, detecc¸˜ao conservativa de colis˜oes em simulac¸˜oes f´ısicas e resoluc¸˜ao de EDP’s e m´etodo multigrid.

Para ilustrar o uso de malhas poligonais externas em deformac¸˜ao em animac¸˜ao, temos como referˆencia o artigoHarmonic Coordinates, proposto por DeRose

et al[12]. Este trabalho consiste em, dado um objeto com muitos v´ertices, em duas dimens˜oes, construir uma malha exterior com menos v´ertices para mover os pontos do objeto de acordo com a deformac¸˜ao da malha externa. No momento da animac¸˜ao, em vez de mover os v´ertices do objeto, que s˜ao mui-tos, move-se os v´ertices da malha externa. Veja figura 1.1. Para cada v´ertice da malha externa que movemos, s˜ao movidos todos os pontos do objeto que s˜ao interpoladas pelas arestas incidentes `aquele v´ertice.

(24)

mo-Figura 1.1: Em (a) temos um objeto (em azul) com muitos v´etices e uma ma-lha externa de menor resoluc¸˜ao (em preto).Quando movemos um v´ertice da malha exterior ((c)), movemos todos os pontos do objeto que s˜ao interpolados pelas arestas incidentes ao v´ertice em quest˜ao. Imagem oriunda de [12].

vendo v´ertices da malha externa e movendo os pontos da malha fina com o m´etodo Harmonic Coordinates. Em consequencia, ao mover esses v´ertices, todos os pontos interpolados pelas arestas incidentes a esses v´ertices tamb´em se movem.

Entre os m´etodos que calculam malhas exteriores, podemos citar Pro-gressive Hulls, proposto por Sanderet al[14] eOBBS, proposto por Xianet al[15].

Neste trabalho vamos detalhar e implementar uma vers˜ao em duas dimens˜oes deNested Cages, proposto em 2015 por Sachtet al[1]. Este m´etodo mostrou-se mas eficiente que os m´etodos citados anteriormente uma vez que permite a otimizac¸˜ao de uma func¸˜ao objetivo que mede a qualidade da malha final.

1.2

Contribuic¸˜oes e Objetivos

(25)

exteri-Figura 1.2: Em (d) temos um objeto com pontos interpolados por uma malha exterior com menos v´ertices. Movendo apenas os v´ertices da malha externa, ´e poss´ıvel mover todos os pontos do objeto interpolados pelas arestas incidentes aos v´ertices ((f)).Imagem oriunda de [12].

ores em 3 dimens˜oes atrav´es de etapas de fluxo e re-inflac¸˜ao.

Nosso objetivo neste trabalho ´e detalhar v´arios conceitos abordados em

Nested Cages, como quadratura num´erica, Winding Number e projec¸˜ao, ne-cess´arios para o fluxo, bem como detecc¸˜ao e resposta a colis˜ao, e restric¸˜oes de igualdade e desigualdade para resolver o problema de minimizac¸˜ao de distˆancias com sinal.

Al´em disso, implementar e disponibilizar todos os c´odigos necess´arios para a gerac¸˜ao e malhas poligonais exteriores em duas dimens˜oes. O trabalho

Nested Cagess´o resolve este problema para 3 dimens˜oes.

1.3

Colocac¸˜ao do problema

Definimos uma malha poligonal em duas dimens˜oes como uma colec¸˜ao de v´ertices ligados por arestas que definem um objeto no plano.

(26)

M=       

v1x v1y

v2x v2y

.. . ...

vnx vny

       .

em que[vix,viy], comi=1,2, . . . ,nrepresenta a posic¸˜ao do v´erticevino plano.

Neste trabalho, dada uma malha poligonal comnv´ertices, a qual chamamos de malha fina, queremos construir uma malha commv´ertices, comm<n, a qual chamamos de malha grosseira, de forma que esta seja totalmente ex-terior a primeira. Como entrada do m´etodo, temos uma malha fina e uma malha grosseira que se intersectam. Como sa´ıda, queremos a malha grosseira totalmente exterior `a malha fina. Veja Figura 1.3.

-0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

-0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

Figura 1.3: Esquerda: Malhas fina e grosseira, com intersecc¸˜oes.Sa´ıda: Ma-lha grosseira totalmente no exterior da maMa-lha fina, ap´os aplicac¸˜ao do m´etodo descrito neste trabalho.

(27)

1.4

Descric¸˜ao da soluc¸˜ao

A primeira etapa consiste em mover os v´ertices da malha fina para o interior da malha grosseira ao longo de um fluxo que minimiza a distˆancia com sinal entre as duas malhas. Para evoluir o fluxo da malha fina para o interior da malha grosseira tomamos passos na direc¸˜ao oposta ao gradiente da uma func¸˜ao distˆancia com sinal. Uma vez que esta func¸˜ao ´e dif´ıcil de cal-cular numericamente, fazemos uma aproximac¸˜ao do gradiente com o aux´ılio de pontos de quadratura e pesos correspondentes. Iniciamos determinando os pontos de quadratura sobre a malha fina. Em seguida, atribu´ımos um sinal para cada ponto (geralmente−1 se ela est´a no interior da malha grosseira e 1 se est´a no exterior) e calculamos a distˆancia de cada ponto para a malha gros-seira. Feito isso, podemos aproximar o gradiente da func¸˜ao distˆancia como uma soma de termos. Andamos na direc¸˜ao oposta ao gradiente at´e que a ma-lha fina seja totalmente interior a mama-lha grosseira.

(28)

1.5

Organizac¸˜ao do trabalho

Este trabalho est´a dividido em 4 cap´ıtulos.

No Cap´ıtulo 2 tratamos do processo de fluxo. Iniciamos detalhando os con-ceitos de quadratura num´erica, em particupar a quadratura gaussiana, al´em dos conceitos de projec¸˜ao ortogonal e Winding Number, necess´arios para a aproximac¸˜ao do gradiente da func¸˜ao distˆancia com sinal respons´avel por fa-zer o fluxo da malha fina para interior da malha grosseira.

No Cap´ıtulo 3, tratamos da re-inflac¸˜ao, em que revertemos o fluxo de forma que a malha fina volte para sua posic¸˜ao inicial empurrando a malha grosseira e detectando e respondendo colis˜oes em cada passo. Resolvemos esse problema minimizando uma func¸˜ao energia com restric¸˜oes impostas pela detecc¸˜ao e resposta a colis˜oes.

(29)

2

Fluxo

O Fluxo consiste em levar a malha fina para o interior da malha mais grosseira de forma a obter um estado final sem intersecc¸˜oes. Um exemplo com alguns passos de fluxo ´e dado na Figura 2.1. A Re-inflac¸˜ao consiste em levar a malha fina de volta para sua posic¸˜ao inicial empurrando a malha gros-seira e respondendo colis˜oes em cada passo de tempo. Esta etapa do m´etodo ser´a discutida com detalhes no pr´oximo cap´ıtulo. Vamos detalhar aqui o pro-cesso de Fluxo.

Definic¸˜ao 2.1. Dadas duas malhas poligonaisF e¯ G, dizemos queˆ F ´e mais¯ fina queG se possui mais arestas.ˆ

(30)

Figura 2.1: Durante o fluxo minimizamos a distˆancia com a sinal entre as duas malhas obtendo um estado final com a malha fina totalmente no interior da malha grosseira. Imagem oriunda de [1].

¯

Fao longo de um fluxo que minimiza a distˆancia com sinal para uma malha mais grosseira ˆGintegrando sobre todos os pontos ¯pF¯. Em outras palavras, queremos minimizar

Φ(F¯) =

Z

¯

F

s(p¯)d(p¯)dC, (2.1) em ques(p¯)´e o sinal de ¯pem relac¸˜ao a ˆG, isto ´e,−1 se est´a no interior e 1 caso contr´ario ed(p¯)´e a distancia de ¯ppara ˆG.

Uma vez que, localmente, a direc¸˜ao do gradiente de uma func¸˜ao ´e a de maior crescimento da mesma, a direc¸˜ao oposta ao gradiente ´e a direc¸˜ao de m´aximo declive da func¸˜ao. Ent˜ao, para cada v´ertice ¯f F¯(t), minimizamos

(31)

Figura 2.2: Campo de distˆancias: Sinal positivo em rosa no exterior da malha final e negativo em verde no interior da malha fina. Imagem oriunda de [1].

que todos os pontos de ¯Festejam no interior de ˆG.

f¯

t =−∇f¯Φ(F) (2.2)

Mais detalhes sobre o Metodo de M´aximo Declive, ou M´etodo do Gradiente, podem ser encontrados em [5].

(32)

num´erica. Para cada arestaAi, de ¯F escrevemossed utilizando pontos de

quadratura ¯pi je pesos correspondenteswi j.

Uma vez que queremos minimizar a distˆancia com sinal, ´e preciso deter-minar o sinalsde um ponto, ou seja, dado um ponto da malha fina, o sinal ir´a determinar se este ponto est´a dentro ou fora da malha grosseira. Para isso ser´a usado o conceito de Winding Number, ou ´ındice de um ponto, que determina o n´umero de voltas que uma curva d´a em torno de um ponto. Se este for nulo, o ponto estar´a no exterior da malha grosseira. Este conceito ser´a detalhado na Sec¸˜ao 2.2. Antes disso, ser´a abordado o conceito de quadratura num´erica (2.1), necess´ario para a aproximac¸˜ao do gradiente deΦem (2.1).

2.1

Quadratura

Nesta sec¸˜ao, vamos tratar do m´etodo de Quadratura Gaussiana no caso geral.

A quadratura gaussiana ´e um dos esquemas de aproximac¸˜ao de integral que serviu bem para este prop´osito. Para outros esquemas de quadratura num´erica, veja [4].

Para um intervalo[a,b], a quadratura gaussiana escolhe pontos, ou n´os

x1,x2, . . . ,xn em[a,b], e coeficientes c1,c2, . . . ,cn, de forma a minimizar o

erro esperado obtido na aproximac¸˜ao Z b

a

f(x)dx

n

i=1

cif(xi) (2.3)

Os coeficientesc1,c2, . . . ,cne os n´osx1,x2, . . . ,xns˜ao desconhecidos, ent˜ao

(33)

de valores e constantes, podemos obter a exatid˜ao nesse conjunto.

Ap´os a determinac¸˜ao dos coeficientes e n´os para integrac¸˜ao no intervalo[a,b], adaptaremos esta metodologia para o c´alculo da integral de linha em 2.1.

2.1.1

Quadratura Gaussiana no intervalo

[

1

,

1

]

Para ilustrar, vamos mostrar como encontrar os coeficientes e n´os quando

n=2 no intervalo[−1,1]. Suponha que queremos determinarc1,c2,x1ex2 tal que

Z 1

−1

f(x)dxc1f(x1) +c2f(x2) (2.4) fornec¸a um resultado exato quando f(x)´e um polinˆomio de grau menor ou igual a 3, ou seja,

f(x) =a0+a1x+a2x2+a3x3 (2.5) para constantesa0,a1,a2ea3.

Teorema 2.2. Se f(x)for1, x, x2ou x3, a integral

Z 1

−1

f(x)dxc1f(x1) +c2f(x2)

nos d´a um resultado exato, se as constantes c1e c2e os n´os x1 e x2forem

dados por c1=c2=1, x1=−

3 3 e x2=

3 3 .

Demonstrac¸˜ao:Da linearidade da integral, temos Z

(a0+a1x+a2x2+a3x3)dx=a0 Z

1dx+a1 Z

xdx+a2 Z

x2+a3 Z

x3dx

(2.6) Ent˜ao

2=

Z 1

−1

(34)

0=

Z 1

−1

xdx=c1x1+c2x2 2

3= Z 1

−1

x2dx=c1x21+c2x22

0=

Z 1

−1

x3dx=c31+c2x32

Desta forma, as constantesc1ec2e os n´osx1ex2s˜ao dados pela soluc¸˜ao do sistema           

c1+c2=2 (1)

c1x1+c2x2=0 (2)

c1x21+c2x22=23 (3)

c1x31+c2x32=0. (4) Isolandoc1em(1)e substituindo em(2)temos

c1=2−c2

(2−c2)x1+c2x2=0

c2x2=−2x1+x1c2 Assim,

x2=x1− 2x1

c2

(2.7) Substituindoc1em(3)temos:

c1x21+c2x22= 2 3

(2−c2)x21+c2

x1− 2x1

c2

2

=2

3

2x21c2x21+c2

x214x

2 1

c2

+4x

2 1

c22

=2

(35)

2x21c2x21+c2x21−4x21+ 4x21

c2

=2

3 −2x21+4x

2 1

c2

=2

3 Multiplicando ambos os lados porc2:

−2c2x21+4x21= 2c2

3

x21(4−2c2) = 2c2

3 Isolandox2

1e supondo 4−2c26=0 temos:

x21= 2c2

3(4−2c2)

(2.8) De(4),

c1x31+c2x23=0 Substituindoc1ex2, temos

(2−c2)x31+c2

x1− 2x1

c2

3

=0

2x31x31c2+c2

x313x212x1 c2

+3x1 4x21

c2 2

−8x 3 1 c3 2 =0

2x31x31c2+c2x31−6x31+ 12x31

c2 − 8x31

c2 2

=0

−4x31+12x

3 1

c2 − 8x31

c2 2

=0. Divindo ambos os lados por 4:

x31+3x

3 1

c2 − 2x3

1

(36)

x31

−1+ 3

c2− 2

c22

=0 (2.9)

De (2.8),

x21= 2c2

3(4−2c2) Ent˜ao

x1=

s

2c2 3(4−2c2)

(2.10)

Substituindo (2.10) em (2.9):

s

2c2 3(4−2c2)

3

−1+ 3

c2− 2

c2 2

=0. Assim devemos ter

2c2 3(4−2c2)

=0 o que implica quec2=0,ou

−1+ 3

c2− 2

c22 =0.

Neste caso,

c22+3c2−2=0

Resolvendo a equac¸˜ao de segundo grau, temos quec2=2 ouc2=1. Agora vamos analisar em casos.

Caso 1: Sec2=0, por(1), devemos terc1=2 ex1=0, mas isso contradiz

(3).

Caso 2: Sec2=2, por(1)devemos terc1=0. Substituindo em(2),temos 2x2=0. Isso nos diz quex2=0. Mas isso contradiz(3).

(37)

implica quex1=−x2e de(3),

x21+x22=2

3

x21+ (−x1)2= 2 3 2x21=2

3

x21=1

3 Assim, devemos terx1=−

3 3 ex2=

3 3.

Ent˜ao, uma soluc¸˜ao do sistema ´e dada porc1=c2=1 ex1=−

3 3 ex2=

3 3 . Desta forma, temos que

Z 1

−1

f(x)dxf

√ 3 3 ! +f √ 3 3 !

e o resultado ´e exato quando f ´e um polinˆomio de grau menor ou igual a 3.

2.1.2

Quadratura Gaussiana sobre um intervalo arbitr´ario

[

a

,

b

]

Para determinar os pontos de quadratura em um intervalo arbitr´ario[a,b]

devemos fazer uma mudanc¸a de vari´aveis no parˆametrot. Assim, devemos ter

(

x=b se t=1

x=a se t=−1 Ent˜ao,

x=1

2((ba)t+a+b) (2.11) Mutiplicando ambos os lados por 2, temos

(38)

2xab= (ba)t

Isolando t:

t=2xab

ba

ou ainda,

t=xa

ba+ xb ba

Desta forma Z b

a

f(x)dx=

Z 1

−1

f

1

2((ba)t+a+b)

(ba)

2 dt Z b

a

f(x)dx=ba

2 Z 1 −1 f 1

2((ba)t+a+b)

dt

O mesmo procedimento pode ser usado para determinar a f´ormula geral para determinar os coeficientes e n´os de (2.3) para mais pontos de quadratura.

Para integrais de linha sobre segmentos de reta ligandoaR2e

bR2fazemos a mesma mudanc¸a que em (2.11) para determinar os pontos de quadratura sobre o segmentoab.

Na figura (2.3), temos um exemplo de quadratura gaussiana com 2 pontos. Para quadratura de maior ordem, alguns valores dexkecks˜ao dados na

Tabela (2.1). Esses valores tabelados podem ser encontrados em diversos li-vros de referˆencia, entre eles pode-se citar [4] e [7].

Agora, voltando `a equac¸˜ao (2.1) e aplicando as regras de quadratura gaussi-ana, temos

Φ(F¯) =

Z

¯

F

s(p¯)d(p¯)dC=

mF

i=1 Z

¯

pAi

s(p¯)d(p¯)dC

mF

i=1

h

j=1

wi js(p¯i j)d(p¯i j)

(2.12) em queh ´e o n´umero de pontos de quadratura emF ´e o n´umero de arestas da

(39)

-0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 Malha grosseira Malha fina Pontos de quadratura

Figura 2.3: Exemplo de malha fina com dois pontos de quadratura por aresta.

n xk ck

2 −√3

3 1

3

3 1

3 −0,77459667 5/9

0 8/9

0,77459667 5/9 4 −0,86113631 0,34785485

−0,33998104 0,65214515 0,86113631 0,34785485 0,33998104 0,64214515 5 −0,90617985 0,23692689 −0,53846931 0,47862867 0 0,56888889 0,90617985 0,23692689 0,53846931 0,47862867

Tabela 2.1: Pesos e pontos de quadratura para os grausn=2,3,4,5. Pran=4 en=5 os valores s˜ao aproximados conforme [4].

como uma soma sobre todas arestas de ¯F:

Φ(F¯)≈

mF

i=1

(40)

Conforme a Tabela (2.1), os coeficientesw1ew2s˜ao dados porw1=w2=1. Ent˜ao,

Φ(F¯)≈

mF

i=1

s(p¯1)d(p¯1) +s(p¯2)d(p¯2) (2.14) Veremos nas sec¸˜oes (2.2) e (2.3) como determinar o sinals(p¯j)e a distˆancia

d(p¯j).

2.2

Winding Number

Nesta sec¸˜ao, vamos abordar o conceito de Winding Number, ou ´ındice de um ponto. Dado um ponto da malha fina, o ´ındice ir´a determinar o sinal deste ponto, ou seja, se ele est´a no interior ou no exterior da malha grosseira. Para o entendimento desta sec¸˜ao, assume-se que o leitor tenha familiaridade com n´umeros complexos, func¸˜oes holomorfas e integrais sobre curvas. Para mais detalhes sobre esses conceitos, tem-se como referˆencia [2] e [3].

Definic¸˜ao 2.3. Sejaγ um caminho fechado que n˜ao passa porα ∈C. O winding number com respeito ao pontoα ´e definido como

w(γ,α) = 1

i

Z

γ

1

z−αdz

Seγ ´e uma curva definida em um intervalo[a,b]ent˜ao, de acordo com a definic¸˜ao de integral de linha, essa integral pode ser escrita da forma

Z

γ

1

zαdz=

Z b

a

γ′(t)

γ(t)−αdt

Basicamente, o winding number ´e o n´umero de voltas que uma curva fechada

γd´a em torno de um pontoα. A seguir veremos trˆes proposic¸˜oes relacionadas ao winding number.

(41)

inteiro.

Demonstrac¸˜ao: Sejam {γ1,γ2, . . . ,γn}=γ uma fam´ılia de curvas em

queγiest´a definida no intervalo[ai,bi]. Depois de uma reparametrizac¸˜ao de

cada curva, se necess´ario, podemos assumir sem perda de generalidade que

bi=ai+1parai=1, . . . ,n−1.

Desta forma, temos queγ ´e cont´ınua e est´a definida em um intervalo[a,b], em quea=a1eb=bneγ ´e diferenci´avel em cada intervalo(ai,bi). Seja

F(t) =

Z t

a

γ′(s)

γ(s)−αds

Temos queF ´e cont´ınua em[a,b]e diferenci´avel∀t6=ai,bi. Ent˜ao

F′(t) = γ′(t)

γ(t)−α

Intuitivamente,F(t) =log(γ(t)−α). Note que

d dte

F(t)(γ(t)α) =eF(t)γ(t)F(t)eF(t)(γ(t)α)

=eF(t)γ′(t)− γ′(t)

γ(t)−αe

F(t)(γ(t)α) =0

Ent˜ao existe uma constantectal que

eF(t)(γ(t)−α) =c

ou seja,

γ(t)−α=ceF(t)

Comoγ ´e uma curva fechada,γ(a) =γ(b)e

ceF(b)=γ(b)−α=γ(a)−α=ceF(a)

(42)

inteiroktal que

F(b) =F(a) +2πik. ComoF(a) =0, ent˜aoF(b) =2πik. Assim, temos que

w(γ,α) = 1

i

Z

γ γ′(t)

γ(t)−α =

ik

i =k

Proposic¸˜ao 2.5. Sejaγum caminho. Ent˜ao a func¸˜ao deαdefinida por

α→

Z

γ

1

z−αdz

paraγn˜ao passando porα ´e uma func¸˜ao cont´ınua deα.

A demonstrac¸˜ao desta proposic¸˜ao possui alguas tecnicalidades que fo-gem do escopo deste trabalho, pos isso deixamos como referˆencia [2]. Proposic¸˜ao 2.6. Sejaγum caminho fechado. Seja S um conjunto conexo que n˜ao intersectaγ. Ent˜ao a func¸˜ao

α→ 1

i

Z

γ

1

z−αdz

´e constante paraαem S. Se S ´e n˜ao limitado, ent˜ao essa constante ´e zero.

Demonstrac¸˜ao: Das Proposic¸˜oes (2.4) e (2.5), sabemos quew(γ,α)´e um n´umero inteiro e ´e uma func¸˜ao cont´ınua ent˜ao ela ´e constante para alguma curva e consequentemente constante para um conjunto conexo por caminhos. SeS´e n˜ao limitada , ent˜ao para algumαsuficientemente grande, o integrando

1

|z−α| tem valor absoluto muito pequeno. Estimando esta integral, temos que

w(γ,α) =0.

(43)

An´alise Complexa como [2] e [3], por exemplo.

Figura 2.4: Winding Number para curvas. O valor 0 indica que o ponto em quest˜ao ´e exterior `a curva. Valores positivos inidicam o n´umero de voltas que a curva deu em torno do ponto no sentido anti-hor´ario. Valores negativos indicam o n´umero de voltas que a curva deu em torno do ponto no sentido hor´ario. Imagem retirada de [11].

Aqui, vamos focar neste conceito para uma malha poligonal.

Partindo da definic¸˜ao de winding number,

w(γ,α) = 1

i

Z

γ

1

zαdz

para curvas, queremos generalizar esta definic¸˜ao para malhas poligonais. Po-demos supor, sem perda de generalidade queα=0. A integral de uma func¸˜ao

f sobre uma curvaγ ´e dada por Z

γ f(γ(t))γ

(t)dt

Escrevendozem sua forma polar, temosz=r(t)eiθ(t). Assim, 1

i

Z

γ

1

zdz=

1 2πi

Z b

a

r′(t)eiθ(t)+iθ′(t)r(t)eiθ(t) r(t)eiθ(t) dt

= 1

i

Z b

a

r′(t)

(44)

= 1

Z b

a θ

(t)ir′(t)

r(t) dt = 1

Z b

a

θ′(t)dt i

Z b

a

r′(t)

r(t)dt

Mas

i

Z b

a

r′(t)

r(t)dt=

i

2π(log(r(b))−log(r(a))) =0

poisγ ´e uma curva fechada. Desta forma,

1 2πi

Z

γ

1

zdz

´e equivalente a

1 2π

Z b

a

θ′(t)dt= 1

I

C

dθ (2.15)

Os valores 0 e maiores do que zero nos dizem seα est´a fora ou dentro deC, respectivamente.

A integral em (2.15) fornece uma discretizac¸˜ao exata seC for linear por par-tes

w(p) = 1

n

i=1

θi (2.16)

em queθi ´e o ˆangulo entre os vetores de dois v´ertices consecutivoscieci+1 com v´ertice empconforme podemos ver na figura (2.5). Adiante, vamos ver quew(p)vai nos dar o sinal de um ponto da malha fina em relac¸˜ao `a malha mais grosseira.

Dado um pontop, vamos definiru=cipev=ci+1−p, em queu=

(ux,uy)T ev= (vx,vy)T. Ent˜ao

tan(θi(p)) =

det[u,v]

hu,vi =

uxvyuyvx

uxvx+uyvy

(45)

Figura 2.5: ˆAngulo entre dois v´ertices consecutivos.

Para determinar os ˆangulosθi, vamos usar a func¸˜ao atan2 do MatLab.

atan2(θi(p)) =

uxvyuyvx

uxvx+uyvy

=y

x

Caso 1: x>0. Neste caso, devemos terθi∈(−π22), conforme figura 2.6.

Ent˜aoθi=arctan(yx).

Caso 2:x<0 ey<0⇒tan(θi)>0 ;

Neste caso,θi∈(−π,−π2)eθi=arctan(yx)−π, que satisfaz tan(θi)>0.

Caso 3:x<0 ey>0⇒tan(θi)60

Neste caso,θi∈(π2,−π]e

θi=arctan

y

x

que satisfaz tan(θi)>0.

Para os pontos tais quex=0 ey<0, definimosθi=−π2 e parax=0 e

(46)

Desta forma, temos que

atan2(y,x) =

                

arctan yx

, se x>0

arctan yx−π se x<0 e y<0 arctan(yx) +π se x<0 e y>0 −π2 se x=0 e y<0

π

2 se x=0 e y>0

J´a vimos quew(p)´e um n´umero inteiro. Como estamos considerando sempre malhas poligonais orientadas no sentido anti-hor´ario, temos quew(p)

ser´a sempre positivo ou zero. Desta forma, sew(p)>0, ent˜ao p est´a no interior da malha poligonal e definimoss(p) =−1. Sew(p) =0, ent˜appest´a no exterior da malha e definimoss(p) =1.

Figura 2.6: Ilustrac¸˜ao deatan2

2.3

Projec¸˜ao

Para encontrar a distˆanciad(p)de um um ponto pda malha fina at´e a malha mais grosseira ˆG, projetamos portogonalmente sobre as arestasAide

ˆ

G.

(47)

-0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 0

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

Malha grosseira Malha fina Pontos de quadratura Pontos de projeção

Figura 2.7: Projec¸˜ao dos pontos de quadratura da malha fina sobre as arestas da malha grosseira. Cada ponto da malha grosseira (em preto) ´e a projec¸˜ao ortogonal de um ponto de quadratura da malha fina (em vermelho).

Vamos considerar uma arestaAide ˆGcom v´erticesx1ex2ex0um ponto da malha fina. A distˆanciad(x0,Gˆ)do pontoxo`a aresta ˆG´e dada por

d(x0,Gˆ) =min{d(x0,Ai)|AiGˆ}

A menor distˆancia dex0paraAiser´a dada pela projec¸˜ao ortogonal px0,

conforme figura 2.8.

O pontopx0pertence a arestaAisepx0=x1+(x2−x1)ttal que 06t61. Queremos definirttal quex0px0seja perpendicular ax1x2.

Temos que

(48)

Figura 2.8: Projec¸˜ao Ortogonal dexosobre a arestax1x2

hx2−x1,x0−x1>=<x2−x1,x2−x1it Ent˜ao

t=hx2−x1,x0−x1i

hx2−x1,x2−x1i

Set<0 out>1, a projec¸˜ao cai fora do segmentox1x2, por isso, temos que se 06t61, px0=x1+ (x2−x1)t. Set<0, definimos px0=x1e set>1, definimospx0=x2.

2.4

Etapa de Fluxo

Vamos considerar duas malhas poligonais ¯F e ˆGem que ¯F ´e mais fina em relac¸˜ao a ˆG. Queremos mover todos os v´ertices de ¯Fao longo de um fluxo que minimiza distˆancias com sinal para ˆGintegrando sobre todos os pontos

¯

pF¯. Considere

Φ(F¯) =

Z

¯

F

s(p¯)d(p¯)dC, (2.18) em ques(p¯)denota o sinal apropriado do ponto ed(p¯)´e a distˆancia de ¯ppara a malha mais grosseira ˆG.

(49)

minimizamos Φ tomando pequenos passos de tempo na direc¸˜ao oposta ao gradiente. O fluxo na direc¸˜ao oposta ao gradiente ´e dado por, para cada v´ertice

¯

fF¯(t):

f¯

t =−∇f¯Φ(F¯) (2.19)

Discretizando o lado esquerdo de (2.19),

f¯

t

¯

f(t+∆t)−f¯(t)

t .

Ent˜ao, pelo m´etodo de Euler expl´ıcito −∇f¯Φ(F¯)≈

¯

f(t+∆t)−f¯(t)

t

¯

f(t+∆t)≈ −∇f¯Φ(F¯)t+f¯(t)

Uma vez queΦ´e uma func¸˜ao n˜ao-linear e dif´ıcil de calcular numericamente, aproximamos o gradiente usando um m´etodo de quadratura. Aqui vamos usar a Quadratura Gaussiana, conforme descrito na Sec¸˜ao (2.1).

Considere uma arestaAide ¯Fcom v´erticesaeb. Escrevemossedem

pontos de quadratura ¯pi j e pesos correspondenteswi j, com j=1, . . . ,hem

queh, representa o n´umero de pontos de quadratura. Ent˜ao,

Φ(F¯) =

mF

i=1 Z

¯

pjAi

s(p¯)d(p¯)dC

mF

i=1

h

j=1

wi js(p¯i j)d(p¯i j) (2.20)

em quemF ´e o n´umero de arestas de ¯F. Podemos escrever cada ¯pcomo uma

combinac¸ao linear dos v´ertices da sua respectiva aresta, ou seja, se ¯ppertence a aresta de v´ertices ¯fae ¯fb, ent˜ao

¯

(50)

em queλabs˜ao dados pela soluc¸˜ao do sistema

(

¯

faxλa+f¯bxλb = p¯jx

¯

fayλa+f¯byλb = p¯jy

Por simplicidade, vamos descrever o m´etodo usando h=2. Desta forma temos

Φ(F¯)≈

mF

i=1

(wi1s(pi1)d(pi1) +wi2s(pi2)d(pi2)) (2.22) Para contornar a dificuldade de diferenciar a func¸˜ao distˆancia, assumimos que para cada ponto de quadratura ¯pj, o ponto ¯qj mais pr´oximo a ele na

malha mais grosseira e o sinals(p¯j)permanecem constantes em cada passo

de tempo de fluxo, ou seja, ¯qj=q¯∗jes(p¯j) =sj.

Desta forma, para cada v´ertice ¯f de ¯F, temos o gradiente deΦescrito como um somat´orio de termos.

f¯Φ(F¯)≈

mF

i=1

h

j=1

wi jsi jf¯||pi jqi j|| (2.23)

Pela Regra da Cadeia

f¯Φ(F¯)

mF¯

i=1

h

j=1

wi jsi j(Jf¯p¯i j)Tp¯i j||p¯i jqˆ∗i j|| (2.24)

Por (2.21),como ¯pi jaf¯abf¯b, ent˜ao

Jf¯p¯i j=

λa 0

0 λa

!

,

(51)

Jf¯p¯i j=

λb 0

0 λb

!

,

se ¯f= f¯b; e

Jf¯p¯i j=

0 0 0 0

!

,

se ¯f6= f¯be ¯f6= f¯a.

Temos que

p¯i j||p¯i jqˆ∗i j||2=2(p¯i jqˆ∗i j) (2.25)

Assim, escrevendo

||p¯jqˆ∗j||=

q

||p¯jqˆ∗j||2

Ent˜ao, por (2.25),

p¯

i j||p¯i jqˆ∗i j||=∇p¯i j q

||p¯i jqˆ∗i j||2=

2(p¯i jqˆ∗i j)

2q||p¯i jqˆ∗i j||2

= p¯i jqˆ

i j

||p¯i jqˆ∗i j||

Assim, temos

f¯Φ(F¯)≈

mF¯

i=1

h

j=1

wi jsi j(Jf¯p¯i j)Tp¯i j||p¯i jqˆ∗i j|| ≈

iN(f¯)

h

j=1

wi jλf¯si j

¯

pi jqˆ∗i j

||p¯i jqˆ∗i j||

(2.26) em queN(f¯)´e o conjunto de arestas adjacentes a ¯f. Na figura 2.10, vemos um exemplo em que as malhas grosseira e fina possuem 7 e 8 v´ertices, res-pectivamente. Na figura 2.10, podemos observar algumas etapas de fluxo, com,45, 90, 150 e 195 passos de fluxo.

(52)

-0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9

1 x1

x2

x3 x4

x5 x6 y1 y2 y3 y4 y5 y6 y7 Malha fina Malha grosseira

Figura 2.9: Malhas fina e grosseira com intersecc¸˜oes entre si antes do fluxo.

-0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 Malha grosseira Malha fina 45 passos 90 passos 150 passos 195 passos

Figura 2.10: Fluxo com 45, 90,150 e 195 passos

(53)

3

Re-inflac¸˜ao

Nesta fase j´a temos a malha fina totalmente no interior da malha gros-seira. Este cap´ıtulo trata da etapa de re-inflac¸˜ao, que consiste em levar a malha fina de volta para a sua posic¸˜ao inicial empurrando a malha grosseira e detectando e respondendo colis˜oes em cada passo de tempo. Este processo ´e ilustrado na Figura 3.1. Ao final, a malha grosseira ser´a totalmente exterior `a malha fina. Para cada passo que a malha fina andou no processo de fluxo, ela deve andar de volta no processo de re-inflac¸˜ao. Na Sec¸˜ao 3.1, vamos abor-dar o conceito de detecc¸˜ao de colis˜ao, baseado em [8]. Na Sec¸˜ao 3.2 vamos tratar do problema de resposta a colis˜oes com restric¸˜oes de desigualdade e igualdade, baseado em [9] e [10]. Na Sec¸˜ao 3.3 vamos descrever o problema de otimizac¸˜ao, que ser´a resolvido para levar a malha fina de volta para sua posic¸˜ao inicial empurrando a malha grosseira, seguido da rotinafmincondo MatLab, que ser´a usada para resolver o problema de otimizac¸˜ao. Finalmente, na Sec¸˜ao 3.4, vamos tratar das diferenc¸as com o m´etodo proposto por Sacht

(54)

Figura 3.1: Ilustrac¸˜ao do processo de re-inflac¸˜ao, obtendo um estado final com a malha fina totalmente no interior da malha grosseira. Imagem oriunda de [1].

3.1

Detecc¸˜ao de colis˜oes

A detecc¸˜ao de colis˜oes consiste em identificar se uma ou mais colis˜oes ocorrem em um dado intervalo de tempo. Aqui vamos tratar do caso de co-lis˜oes ponto-aresta, quando um v´ertice da malha fina colide com uma aresta da malha grosseira.

Considere o instante de tempot0 como o instante em que ocorre uma co-lis˜ao no intervalo de tempo[t0,t0+∆t]. Conhecendo o tempo e a velocidade de cada ponto no tempot0 ´e poss´ıvel determinar sua posic¸˜ao no instante de tempot0+∆t.

(55)

tal queP(t)∈AB, ou seja, existeu∈[0,1]tal que

AP(t) =uAB (3.1)

Uma vez queP(t)deve pertencer `a aresta no momento da colis˜ao, ent˜ao a condic¸˜ao

hAP(t),Ni=0 (3.2) deve ser satisfeita, em queNe a normal da aresta. Definindo

AB= BxAx

ByAy

!

podemos escreverNcomo

N= ByAy

Bx+Ax

!

EscrevendoP(t) =p0+tv, em quep0´e o ponto inicial, devemos ter

h(p0+tvA)T,Ni=0 (3.3) m

((p0+tvA)x),(p0+tvA)y)

ByAy

Bx+Ax

!

=0

m

(p0+tvA)x.(ByAy) + (p0+tv)y.(−Bx+Ax) =0

m

p0x(ByAy) +tvx(ByAy)−Ax(ByAy) +p0y(−Bx+Ax) +tvy(−Bx+Ax)

Ay(−Bx+Ax) =0

(56)

t(vx(ByAy) +vy(−Bx+Ax)) +p0x(ByAy)−Ax(ByAy) +p0y(−Bx+Ax)

Ay(−Bx+Ax) =0

m

t=(Axp0x)(ByAy) + (Ayp0y)(−Bx+Ax)

vx(ByAy) +vy(−Bx+Ax)

(3.4) Set[t0,t0+∆t]ent˜ao, substituindotem (3.1), podemos determinar 06u61 tal que o par(t,u)´e a soluc¸˜ao de (3.1).

3.2

Resposta a colis˜oes

Uma vez detectadas todas as colis˜oes que ocorrem em um dado passo de tempo, deve-se responder a elas. A resposta `a colis˜ao deve levar em conta que a malha fina deve voltar a sua posic¸˜ao anterior em cada passo de tempo, ao mesmo tempo que empurra a malha grosseira, de forma que esta fique exterior `a malha fina em cada passo de tempo. Para que isto seja satisfeito, adicionamos restric¸˜oes de igualdade e desigualdade ao problema. Para ilus-trar, considere as malhas conforme a Figura 3.2. Vamos tratar do problema de re-inflac¸˜ao para estas malhas.

Ap´os o fluxo, obtemos um estado em que a malha fina est´a totalmente interior a malha grosseira, conforme Figura 3.3. Considere

xz= (xz1x,xz2x, . . . ,xz6x,xz1y,xz2y, . . . ,xz6y)T∈R12

e

yz= (yz1x,yz2x, . . . ,yz7x,yz1y,yz2y, . . . ,yz7y)TR14

(57)

-0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 x 1 x2

x3 x

4 x 5 x 6 y 1 y2 y 3 y 4 y 5 y6 y 7 Malha fina Malha grosseira

Figura 3.2: Estado inicial das duas malhas, anterior ao fluxo

Queremos determinar um novo vetor de posic¸˜oes

X=

"

x y

#

ap´os revertermoszpassos de fluxo satisfazendo as seguintes condic¸˜oes:

• A malha fina deve voltar para a sua posic¸˜ao inicialy0;

(58)

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 x 1 x2

x3 x4

x5 x6 y1 y2 y3 y4 y5 y6 y7 Malha grosseira Malha fina

Figura 3.3: Malha fina interior `a malha grosseira ap´os o fluxo

3.2.1

Restric¸˜oes de igualdade

Para que isso acontec¸a, a primeira condic¸˜ao deve ser satisfeita em cada passoz, ou seja, a malha fina deve voltar para a posic¸˜ao que tinha no passo anterior do fluxo, empurrando a malha grosseira em cada passo. Para garantir a primeira condic¸˜ao devemos ter

h

014×12 Id14×14

i "

x y

#

=h yz−1

i

DefinindoAeq=

h

014×12 Id14×14

i

ebeq=

h

yz−1

i

devemos ter

(59)

Esta restric¸˜ao de igualdade ir´a garantir que em cada passo a malha fina volte para a sua posic¸˜ao anterior. Al´em disso, impomos quex1xx6x=0 ex1y

x6y=0 para que a malha permanec¸a fechada durante a re-inflac¸˜ao. Uma vez

que impomos que a malha fina volte para a sua posic¸˜ao anterior ela deve em-purrar a malha grosseira de forma que n˜ao ocorra interpenetrac¸˜ao entre um v´ertice de ¯Fe uma aresta de ˆG.

3.2.2

Restric¸˜oes de Desigualdade

A Figura 3.3 nos mostra o estado final das duas malhas ap´os o fluxo. No primeiro passo de re-inflac¸˜ao ´e poss´ıvel encontrar um par(t,u)satisfazendo (3.1) tal que o v´erticey4∈F¯ colide com a arestax4x5de ˆG. Vamos definir

pa=y4epbo ponto da arestax4x5em que ocorre a colis˜ao. Para vizualizac¸˜ao deste caso, veja Figura 3.4. Para garantir que n˜ao ocorra interpenetrac¸˜ao entre o v´ertice e a aresta, devemos impor que

Figura 3.4: Ilustrac¸˜ao da restric¸˜ao de desigualdade. N representa o vetor normal da aresta. Os pontos panta e pantb s˜ao os pontos antes de reverter o passo de fluxo. paepbs˜ao as novas posic¸˜oes depanta epantb , respectivamente,

ap´os resolver reverter o fluxo em um dado passo.

(60)

em quen´e a normal exterior dex4x5. Vamos denotarN=

n1

n2

!

. Como

pbx4x5, podemos escrevˆe-lo comopb=ux4+ (1−u)x5, em queu´e dado em (3.1). Assim, devemos ter

hN,(papb)i60

m

n1 n2

(papb)x

(papb)y

!

60

m

n1 n2

y4xux4x−(1−u)x5x

y4yux4y−(1−u)x5y

!

60

m

n1y4xun1x4x−(1−u)n1x5x+n2y4yun2x4y−(1−u)n2x5y60.

Em forma matricial, devemos ter

A1 A2

x

y

!

60

em que

A1= (0,0,0,−un1,−(1−u)n1,0,0,0,0,−un2,−(1−u)n2,0,0) e

A2= (0,0,n1,0,0,0,0,0,0,n2,0,0,0) ou seja,

m

(61)

em queA= (A1,A2),X=

x y

!

eb=0.

No exemplo que usamos para ilustrar as restric¸˜oes de desigualdade, ocorre apenas uma colis˜ao no primeiro passo. Por isso, a matrizApossui apenas uma linha. Para outros problemas, pode acontecer mais de uma colis˜ao em cada passo de re-inflac¸˜ao. Cada colis˜ao define uma nova linha deAebconstru´ıda de maneira idˆentica `a que acabamos de detalhar.

3.2.3

Colis˜ao aresta-ponto

No exemplo da Figura 3.3, todos os casos de colis˜ao que ocorreram se tratavam de colis˜oes do tipo ponto-aresta, ou seja, quando um ponto pF¯

colide com uma arestaABGˆ.

Vamos considerar agora o caso de colis˜ao aresta-ponto, quando uma aresta

ABF¯colide com um pontopGˆ. Um exemplo deste caso encontra-se nas Figuras 3.5 e 3.6. A Figura 3.6 nos mostra o estado final das duas malhas da figura 3.5 ap´os o fluxo em que, ao reverter o ´ultimo passo acontece apenas uma colis˜ao do tipo aresta-ponto.

Vamos considerarAeBos v´ertices de uma arestaABF¯ epGˆum v´ertice da malha grosseira. Para que ocorra a colis˜ao, devemos encontrar

t∈[0,1]tal que

A(t)p=uA(t)B(t) (3.7) No momento da colis˜ao, a condic¸˜ao

(62)

-0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 Malha grosseira Malha fina

Figura 3.5: Estado inicial antes do fluxo

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 P A B Malha grosseira Malha fina

Figura 3.6: Estado final ap´os o fluxo. Caso de colis˜ao aresta-ponto

DefinaA(t) =A0+tvAeB(t) =B0+tvBem quevaevbs˜ao as velocidades

dos v´erticesAeBrespectivamente. Desta forma,

A(t)B(t) = B0x+tvBxA0xtvAx

B0y+tvByA0y+tvAy

!

e podemos escreverN(t)como

N(t) = B0y+tvByA0y+tvAy

B0xtvBx+A0x+tvAx

(63)

Assim, de acordo com (3.8), devemos ter

h(pA0−tvA),N(t)i=0

m

((pxA0xtvAx),(pyA0ytvAy))

B0y+tvByA0y+tvAy

B0xtvBx+A0x+tvAx

!

=0

m

pxB0y+t pxvBypxA0yt pxvAyA0xB0ytA0xvBy+A0xA0y+tA0xvAytB0yvAx

t2vAxvBy+tvAxA0y+t2vAxvAypyB0xt pyvBx+pyA0x+t pyvAx+A0yB0x+tA0yvBx

A0xA0ytvAxA0y+tB0xvAy+t2vBxvAytvAyA0xt2vAxvAy=0

m

t2(vBxvAyvAxvBy)+t(pxvBypxvAyA0xvByB0yvAxpyvBx+pyvAx+A0yvBx

+B0xvAy) +pxB0ypxA0y+pyA0xpyB0xA0xB0y+A0yB0x=0

que ´e uma equac¸˜ao de segundo grau na vari´avelt. Desta forma, definindo ˜

a= (vBxvAyvAxvBy)

˜

b=pxvBypxvAyA0xvByB0yvAxpyvBx+pyvAx+A0yvBx

+B0xvAy

e

˜

c=pxB0ypxA0y+pyA0xpyB0xA0xB0y+A0yB0x

as ra´ızes da equac¸˜ao de segundo grau s˜ao dadas por

t1=− ˜

(64)

e

t2=− ˜

b+pb˜24 ˜ac˜ 2 ˜a

Primeiro verificamos set1et2est˜ao no intervalo[0,1]. Em caso afirmativo, se apenas um deles estiver no intervalo tomamost como sendo o valor no intervalo. Se houver dois, tomamost=min(t1,t2). Substituindot em (3.7), encontramosu[0,1]tal que o par(t,u)´e soluc¸˜ao de (3.7). Para cada caso de colis˜ao aresta-ponto, ´e definida uma restric¸˜ao do tipo

hN,(pbpa)i60,

em quen ´e a normal da aresta ao fim do passo, pa ´e o ponto da aresta em

quest˜ao epbo v´ertice da malha grosseira. Para cada colis˜ao do tipo

aresta-ponto ´e definida uma nova linha da matriz de restric¸˜oes de desigualdade, como abordado na Sec¸˜ao 3.2.1.

3.3

Problema de Otimizac¸˜ao

Uma vez que temos todas as restric¸˜oes que devem ser satisfeitas, nosso problema consiste em minimizar uma func¸˜ao energiaE(X)em cada passo satisfazendo as restric¸˜oes de igualdade e desigualdade impostas na Sec¸˜ao 3.2, ou seja, queremos

minimizar

s.a

E(X) (3.9)

AX6b

AeqX=beq

Aqui, definimos

E(X) =||XXant||2 (3.10)

em queXant ´e o vetor com todas as posic¸˜oes do passo anterior da re-inflac¸˜ao.

(65)

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 0.1

0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 1.1

Malha grosseira Malha fina

Malha grosseira após a re-inflação Malha fina após a re-inflação

Figura 3.7: Estado das duas malhas ap´os 95 passos de re-inflac¸˜ao

-0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4

Malha grosseira após a re-inflação Malha fina após a re-inflação

Figura 3.8: Estado final das duas malhas ap´os a re-inflac¸˜ao em que a malha grosseira est´a totalmente exterior a malha fina

(66)

3.3. Na Figura 3.7 apresentamos o estado das duas malhas ap´os 95 passos e na Figura 3.8, temos o estado final das duas malhas ap´os todos os passos da re-inflac¸˜ao. Neste estado temos a malha grosseira totalmente exterior a malha fina. O problema (3.9) ´e resolvido usando o solverfmincondo MatLab. fmin-conencontra o m´ınimo de uma func¸˜ao de v´arias vari´aveis de um problema com restric¸˜oes. No nosso caso, queremos determinar

X=f mincon(E(X),A,b,Aeq,beq)

Esta rotina ´e implementada para quatro diferentes algoritmos, s˜ao eles, pon-tos interiores, programac¸˜ao quadr´atica sequencial(SQP), restric¸˜oes ativas e regi˜ao de confianc¸a. Neste trabalho, selecionamos pontos interiores, que fun-ciona bem para os nossos exemplos. Uma abordagem mais detalhada onde compara a eficiˆencia e viabilidade de cada m´etodo ´e deixada como trabalho futuro. Detalhes sobre cada m´etodo podem ser encontrados em [5].

3.4

Nested cages

O trabalhoNested Cages, proposto em 2015 por Sacht et al trata de malhas triangulares exteriores em 3 dimens˜oes. A implementac¸˜ao de Nested Cages consiste em encontrarX que satisfac¸a todas as restric¸˜oes, caminhando na direc¸˜ao oposta ao gradiente da func¸˜ao objetivo e projetando no conjunto vi´avel, at´e obter a convergˆencia. Isto ´e feito em dois passos:

1. step:XX−α∇E(X);

2. Project: Remove todas as colis˜oes no novo estado.

Em ambos os casos para a remoc¸˜ao das colis˜oes acima, foi usada a biblio-teca de simulac¸˜oes f´ısicaseltopodispon´ıvel no linkhttps://github.com/

(67)
(68)
(69)

4

Resultados e C´odigos

Neste cap´ıtulo apresentamos alguns resultados num´ericos testados com malhas de diferentes tamanhos, bem como os c´odigos implementados. Es-tes c´odigos est˜ao publicamente dispon´ıveis no linkhttp://mtm.ufsc.br/

~leo/dissertacao_aline.zip.

4.1

Resultados

Aqui vamos apresentar alguns resultados num´ericos. A implementac¸˜ao foi feita em linguagem de programac¸˜aoMatLabR e os teste feitos em uma m´aquina com processador Intel Core i5-6200U 2.3GHz e mem´oria 8GB DDR3 L.

Iniciamos apresentando a Tabela 4.1 que apresenta o tempo de fluxo e re-inflac¸˜ao e o n´umero de passos dados para malhas com diferentes n´umeros de v´ertices. Para melhor entendimento da tabela, os seguintes valores repre-sentam:

vpqs: N´umero de v´ertices da malha grosseira;

Imagem

Figura 1.1: Em (a) temos um objeto (em azul) com muitos v´etices e uma ma- ma-lha externa de menor resoluc¸˜ao (em preto).Quando movemos um v´ertice da malha exterior ((c)), movemos todos os pontos do objeto que s˜ao interpolados pelas arestas incidentes a
Figura 1.2: Em (d) temos um objeto com pontos interpolados por uma malha exterior com menos v´ertices
Figura 1.3: Esquerda: Malhas fina e grosseira, com intersecc¸˜oes.Sa´ıda: Ma- Ma-lha grosseira totalmente no exterior da maMa-lha fina, ap´os aplicac¸˜ao do m´etodo descrito neste trabalho.
Figura 2.1: Durante o fluxo minimizamos a distˆancia com a sinal entre as duas malhas obtendo um estado final com a malha fina totalmente no interior da malha grosseira
+7

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