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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE ENGENHARIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL JEFFERSON LUCAS DE MEDEIROS VIEIRA

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

CENTRO DE ENGENHARIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

JEFFERSON LUCAS DE MEDEIROS VIEIRA

AVALIAÇÃO DO REÚSO DE ÁGUA PROVENIENTE DA LAVAGEM DE VEÍCULOS NA CIDADE DE MOSSORÓ/RN.

MOSSORÓ 2017

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AVALIAÇÃO DO REÚSO DE ÁGUA PROVENIENTE DA LAVAGEM DE VEÍCULOS NA CIDADE DE MOSSORÓ/RN.

Monografia apresentada à Universidade Federal Rural do Semi-Árido como requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Thales Henrique Silva Costa, Prof. Esp.

MOSSORÓ 2017

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©Todos os direitos estão reservados à Universidade Federal Rural do Semi-Árido.O conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade do (a) autor (a), sendo o mesmo, passível de sanções administrativas ou penais, caso sejam infringidas as leis que regulamentam a Propriedade Intelectual, respectivamente, Patentes: Lei nº 9.279/1996, e Direitos Autorais: Lei nº 9.610/1998. O conteúdo desta obra tornar-se-á de domínio público após a data de defesa e homologação da sua respectiva ata, exceto as pesquisas que estejam vinculas ao processo de patenteamento. Esta investigação será base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a) seja devidamente citado e mencionado os seus créditos bibliográficos.

O serviço de Geração Automática de Ficha Catalográfica para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC´s) foi desenvolvido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP) e gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas

da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI-UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (SUTIC) sob orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos dos Cursos de Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.

V657a Vieira, Jefferson Lucas de Medeiros .

AVALIAÇÃO DO REÚSO DE ÁGUA PROVENIENTE DA LAVAGEM DE VEÍCULOS NA CIDADE DE MOSSORÓ/RN. / Jefferson Lucas de Medeiros Vieira. - 2017.

44 f. : il.

Orientador: Thales Henrique Silva Costa. Monografia (graduação) - Universidade Federal Rural do Semi-árido, Curso de Engenharia Civil, 2017.

1. Análise de efluentes. 2. Reúso de água. 3. Lavagem de veículos . I. Costa, Thales Henrique Silva , orient. II. Título.

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Aos meus avós paternos (in memoriam), Antônio Francisco Vieira e Maria da Conceição Andrade, pelas lições que me ajudaram a ser quem sou hoje.

A Juarez Bezerra de Medeiros, exemplo de homem trabalhador.

Aos meus pais, Francisco Dimas Vieira e Marlene Bezerra de Medeiros Vieira, que sempre batalharam pelo meu melhor e torcem muito para o meu sucesso.

Aos meus irmãos, Francisco Thallyson de Medeiros Vieira e Francisco Dimas Vieira Segundo, que são grandes amigos.

Aos meus avós maternos, Terezinha Leopoldina de Medeiros e Manoel Bezerra de Medeiros, pessoas especiais.

A Marluce Bezerra de Medeiros, um grande exemplo de mulher.

Aos meus tios e primos que estão sempre do meu lado, me guiando para o meu melhor.

A Jordana Avelino Vale, por estar sempre ao meu lado.

A todos os meus amigos, por sempre torcerem pela minha vitória.

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A Deus, por ter me dado a vida e pelas pessoas que Ele colocou no meu caminho.

A toda a minha família, sempre presente nos bons e maus momentos, pelo amor,

incentivo e apoio

Ao meu orientador Thales Henrique Silva Costa, por todo o suporte, incentivo e aprendizado.

À profª Solange Aparecida Goularte Dombroski e ao técnico do laboratório LASAN Adler Lincoln Severiano da Silva, por terem me ajudado no desenvolvimento desta pesquisa.

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“A persistência é o caminho do êxito.”

(8)

O Brasil é um país privilegiado quanto à quantidade de recursos hídricos, possuindo cerca de 13,7% da água doce do mundo. É imprescindível que, após o seu uso, a água chegue com o mínimo de poluentes possível nos corpos receptores. A atividade de lavagem de veículos é uma prática que insere materiais que podem prejudicar mananciais. Diante disso, o trabalho teve como objetivo geral analisar um efluente proveniente da lavagem de veículos com foco no reúso na cidade de Mossoró/RN, analisando os dados obtidos de acordo com a legislação ambiental. O estudo foi realizado entre os meses de fevereiro e maio de 2017, tendo como base entrevistas aplicadas à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo de Mossoró (SEMURB) e aos lava-jatos que praticam o reúso da água. Foram feitas análises físico-químicas do efluente tratado, com a finalidade de verificar se o mesmo está em conformidade com os padrões estabelecidos pela legislação ambiental, tanto referente ao lançamento desse efluente no meio ambiente, como à sua reutilização. Observou-se que a fiscalização às atividades de lavagem de veículos ainda é falha e o reúso de água não é exigido. Para obtenção do licenciamento ambiental, é exigida a instalação de caixa separadora de água e óleo. Quanto ao posto de lavagem, objeto de estudo, o empreendimento faz a prática do reúso de água, em atividades como a irrigação de jardins, lavagem de pátios e descargas de vasos sanitários, porém sem um controle adequado da qualidade do efluente. As análises físico-químicas constataram que o efluente atende a maioria dos limites estabelecidos pela resolução nº 430 do CONAMA. Quanto a prática do reúso, foi verificado que o efluente não possui qualidade suficiente para as finalidades as quais estava sendo utilizado, levando a concluir que é necessário manutenções no sistema de tratamento.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Pontos de coleta das amostras ... 28

Figura 2 - Leitura da turbidez em turbidímetro ... 29

Figura 3 - Espectofotômetro para leitura de Cor Aparente ... 30

Figura 4 - Amostras sendo diluídas ... 30

Figura 5 - Leitura da temperatura do efluente ... 31

Figura 6 - Ensaio de sólidos sedimentáveis com cone Imhoff ... 31

Figura 7 - Medição do pH com pHmetro ... 32

Figura 8 - Componentes sendo adicionados ao frasco de digestão ... 33

Figura 9 - Bloco digestor ... 34

Figura 10 - Leitura da absorbância no espectofotômetro ... 34

Figura 11 - Aeração de água destilada no garrafão ... 35

Figura 12 - Frascos de DBO na incubadora ... 36

Figura 13 - Sonda de OD ... 36

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Gráfico 1 - Consumo mundial de água ... 14 Gráfico 2 - Distribuição de água doce no planeta ... 15

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Classificação das águas doces ... 17

Tabela 2 - Condições e padrões de lançamento de efluentes ... 23

Tabela 3 - Condições e parâmetros para reutilização local de esgoto ... 23

Tabela 4 - Águas residuárias de efluente de veículos ... 25

Tabela 5 - Questionário aplicado à SEMURB... 26

Tabela 6 - Questionário aplicado ao posto de lavagem ... 27

Tabela 7 - Resultados das análises físico-químicas ... 38

Tabela 8 - Comparativo entre os dados obtidos e os da literatura ... 39

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1 INTRODUÇÃO ... 12

1.1 Objetivos ... 13

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 14

2.1 A importância da água ... 14

2.1.1 Distribuição e consumo de água ... 14

2.1.2 O panorama do recurso mineral na atualidade ... 15

2.2 Aplicações da água ... 16

2.2.1 Classificações da água ... 17

2.3 Tratamento de águas residuárias ... 18

2.3.1 Processos do tratamento de esgoto ... 19

2.3.2 Níveis de tratamento de esgoto ... 20

2.4 Reúso de água ... 21

2.4.1 Tipos de reuso ... 22

2.4.2 Normas e legislações acerca do tema ... 22

2.5 A atividade de lavagem de veículos ... 24

2.5.1 Tipos de lavagem ... 24

2.5.2 Característica do efluentes da lavagem de veículos ... 25

3 MATERIAIS E MÉTODOS ... 26

3.1 Entrevistas ... 26

3.2.1 Questionário aplicado à SEMURB ... 26

3.2.2 Questionário aplicado ao posto de lavagem ... 27

3.2 Avaliação dos parâmetros ... 27

3.2.1 Turbidez ... 28

3.2.2 Cor Aparente ... 29

3.2.3 Temperatura ... 30

3.2.4 Sólidos sedimentáveis ... 31

3.2.5 Potencial Hidrogeniônico (pH) ... 32

3.2.6 Demanda Química de Oxigênio (DQO) ... 32

(13)

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 37

4.1 Panorama ambiental da cidade de Mossoró ... 37

4.2 Informações acerca da atividade de lavagem de veículos ... 37

4.3 Análises físico-químicas ... 38

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 41

(14)

1 INTRODUÇÃO

De acordo com Leme (2010), a água é um recurso natural renovável finito, primordial para a nossa sobrevivência e, por essa razão, bastante utilizada. É aproveitada pelo homem para abastecimento público, irrigação, recreação, pesca, geração de energia, entre outras aplicações, como o uso doméstico. Visto tamanha importância desse recurso, é inevitável que com o aumento da população haja um controle em seu uso.

Com cerca de 13,7% da água doce do mundo, o Brasil é um país privilegiado quanto à quantidade de recursos hídricos. Porém, não há um equilíbrio quanto à sua disposição, já que 68,5% do seu volume encontra-se na bacia amazônica, região que é habitada por menos de 5% da população. Logo, não havendo um bom gerenciamento desse recurso, não só os desenvolvimentos econômico e social serão comprometidos, mas, principalmente, a vida. (PAULA, 2009)

Visto a importância da água, é imprescindível que, após o seu uso, ela chegue com o mínimo de poluentes possível nos corpos receptores. A atividade de lavagem de veículos é uma prática que insere materiais os quais podem prejudicar mananciais. Logo, fazer um tratamento local do efluente poderia ajudar tanto aliviando a sobrecarga de poluentes que irão parar nos corpos receptores, como também aliviar a carga do próprio sistema de tratamento de esgoto.

Deste modo, o presente trabalho propõe analisar sistemas de tratamento e reúso de água de postos de lavagem de veículos automotores.

A prática de lavagem de veículos é uma ação que utiliza grande quantidade de água e que, posteriormente, é descartada. O fato de que essa prática pode causar grandes impactos no ambiente aquático, devido à presença de produtos químicos, além de que o consumo de água pode ser oneroso para empresas no ramo, fez com que a preocupação com a prática de reúso de água tenha aumentado nos últimos anos. (LEÃO et al., 2010)

Nesse contexto, o trabalho vem a se fundamentar através de uma análise da aplicação do tratamento da água de postos de lavagem para a sua reutilização no próprio empreendimento.

Uma das maneiras de se reutilizar a água de forma racional e sustentável, é explorar o reúso de efluentes de lava-jatos, como, por exemplo, utilizá-la em uma nova lavagem de veículos. Logo, um método importante para a preservação do recurso natural e para que este tivesse uma utilidade de mais importância, como o abastecimento humano, seria a implantação de sistemas de tratamento e reaproveitamento da água usada neste tipo de

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empreendimento, já que são grandes consumidores de água (COELHO, 2014). Diante deste cenário, surgiu o seguinte questionamento: quais são os custos e vantagens da implantação de um sistema de tratamento de água para reúso de lava jatos?

1.1 Objetivos

O presente trabalho tem como objetivo geral verificar a aplicabilidade de efluentes de lavagem de veículos no reúso de água não potável, a partir de análises físico-químicas, comparando seus resultados às exigências normativas. E como objetivos específicos, tem-se:

 Localizar empreendimentos que utilizam do sistema de reúso de água, avaliando seus mecanismos de tratamento e possível utilização em lavagem de pisos, rega de jardins, entre outros.

 Analisar a legislação municipal relacionada à atividade de lavagem de veículos e à prática do reúso;

 Fazer análises físico-químicas (Turbidez, Cor, Temperatura, pH, Sólidos Sedimentáveis, Demanda Química de Oxigênio e Demanda Bioquímica de Oxigênio) dos efluentes provenientes da lavagem de veículos.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 A importância da água

A água mantém a biodiversidade e os ciclos do planeta. O homem começou a dominar a natureza partir do momento que aprendeu a usar a água a seu favor, como por exemplo: em plantações, na criação de animais, na geração de energia, entre outras atividades. Logo, todas as civilizações passadas e as atuais já dependeram e dependem desse recurso mineral tanto para o crescimento econômico, como cultural. A água doce é essencial à vida. (MARINHO, 2007)

O consumo da água está diretamente relacionado ao crescimento da população, ao grau de urbanização e aos seus demais usos que afetam a sua qualidade e quantidade. Assim como o recurso mineral traz muitos benefícios, ele traz consigo uma grande relação com a saúde, visto que muitas doenças que afetam o ser humano têm veiculação hídrica. Sendo assim, as diversas aplicações da água geram inúmeras discussões, as quais demandam quantidades e qualidades distintas: abastecimento público, hidroelétricas, agricultura, transporte, recreação e turismo, disposição de resíduos, etc. (MARINHO, 2007)

2.1.1 Distribuição e consumo de água

Segundo Brito, Silva e Porto (2007), a irrigação é responsável por cerca de 70% do consumo mundial de água, como mostra o Gráfico 1, seguida pelos setores da indústria e do consumo humano:

Gráfico 1 - Consumo mundial de água

Fonte: BRITO; PORTO; SILVA (2007).

70% 23% 7% IRRIGAÇÃO INDUSTRIAL CONSUMO HUMANO

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15

A água própria para o consumo humano é a água doce. Porém, esta categoria representa apenas 2,5 % de toda a água do planeta, sendo que todo o restante, 97,5 %, corresponde à água salgada (SABESP, 2007). O Gráfico 2 representa a distribuição da água doce no planeta:

Gráfico 2 - Distribuição de água doce no planeta

Fonte: SABESP, 2007.

2.1.2 O panorama do recurso mineral na atualidade

O crescimento desenfreado dos grandes centros urbanos de países em fase de desenvolvimento tem provocado uma demanda maior no tratamento de esgoto sanitário, em vista de um maior consumo dos recursos hídricos. O descarte em grande escala de esgoto diretamente nos mananciais vem comprometendo a qualidade dos mesmos, principalmente nas regiões metropolitanas. O tratamento de esgoto sanitário já se faz presente em algumas regiões do Brasil, mas, em alguns casos, não atende à maioria ou encontra-se em processo de implantação, comprometendo a qualidade dos corpos receptores. (MORELLI, 2005)

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, 2015), a qualidade e disponibilidade dos recursos hídricos vêm sendo afetados pela falta de governança e uma trajetória de desenvolvimento insustentável. A demanda pelo bem mineral só aumenta e, se não houver um equilíbrio entre demanda e oferta, o mundo deverá enfrentar um déficit de água cada vez mais grave. Estima-se que em 2050 haverá um

68,90% 29,90%

0,90% 0,30%

Pólos, geleiras e icebergs Leitos subterrâneos Outros

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crescimento na demanda em cerca de 55 %, devido à crescente do setor industrial, dos sistemas de geração de energia termoelétrica e dos usuários domésticos.

Conforme Tundisi (2009), no século XXI, em meio a outras crises sérias, a crise hídrica é vista como uma grande ameaça à vida como um todo. Assim, essa situação se torna de grande relevância, já que além de colocar em risco todo tipo de vida que habita o planeta, ela impõe dificuldades no desenvolvimento da humanidade, produzindo perturbação no setor econômico e na área social, gerando tendências de proliferação de doenças de veiculação hídrica e destacando a desigualdade entre regiões. Logo, vê-se o quão importante é a água e que sua crise tem como base a grande demanda pelo recurso, seja ele superficial ou subterrâneo.

Com a poluição de prováveis fontes de abastecimento humano de água, há a certeza de que a crise hídrica é também qualitativa, além de ser quantitativa. Muitos mananciais que atravessam áreas urbanas mostram-se, em muitos casos, comprometidos, qualitativamente falando, aumentando a probabilidade de causar algum dano à saúde humana, bem como elevando os custos para o tratamento dos mesmos. Sendo assim, o desenvolvimento de novas tecnologias para a exploração da água torna-se cada vez mais dispendioso devido à sua escassez ou qualidade em que se encontra, além da distância da fonte de captação até os usuários finais. (SOUSA, 2008)

Para Marinho (2007), um dos principais fatores causadores da escassez de água no Brasil está relacionado à disponibilidade hídrica em função da densidade demográfica. Ou seja, há um grande problema de distribuição de recursos hídricos, onde grande parte da riqueza hídrica brasileira encontra-se em regiões com uma população relativamente menor, se comparado a grandes centros urbanos. Somado a isso, a perspectiva do Brasil como um país rico em recursos hídricos, implicou num consumo inapropriado dos mesmos, além de ter causado grandes desperdícios. O autor continua, a falta de conhecimento da população acerca do valor econômico da água e a falta de políticas de gestão, fizeram o Brasil chegar em um cenário desagradável.

2.2 Aplicações da água

De acordo com Von Sperling (2005), a água é principalmente utilizada em abastecimento doméstico, abastecimento industrial, irrigação, dessedentação de animais, preservação da fauna e da flora, recreação e lazer, criação de espécies, geração de energia elétrica, navegação, harmonia paisagística e diluição e transportes de despejos.

(19)

17

Dentre essas aplicações, os quatro primeiros tópicos (abastecimento humano, abastecimento industrial, irrigação e dessedentação de animais) resultam na retirada da água das coleções hídricas. Já as demais, podem ser desempenhadas nas próprias coleções. Além disso, tanto o abastecimento doméstico como o industrial são as únicas atividades que estão associadas ao tratamento prévio da água devido aos seus padrões de potabilidade. (VON SPERLING, 2005)

2.2.1 Classificações da água

Segundo Libânio (2010), a água doce constitui-se na alternativa de abastecimento mais facilmente acessível à população, ainda que a tecnologia de dessalinização como forma de potabilização tenda a crescer, e embora a fração mais expressiva da água doce, localizada nas calotas polares, seja praticamente inservível para quase toda a população terrestre.

A resolução 357/2005 do Conselho nacional do Meio Ambiente (CONAMA) estabelece a classificação das águas doces, dividindo-as em 5 classes de utilização, conforme é mostrado na Tabela 1:

Tabela 1 - Classificação das águas doces

CLASSIFICAÇÃO DESIGNAÇÃO

Classe especial a) abastecimento para consumo humano, com desinfecção; b) preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; c) preservação dos ambientes aquáticos em unidades de

conservação de proteção integral;

Classe I a) abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado;

b) proteção das comunidades aquáticas;

c) recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA nº 274, de 2000;

d) irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película;

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Classe II a) abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional;

b) proteção das comunidades aquáticas;

c) recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA nº 274, de 2000;

d) irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto;

e) aquicultura e à atividade de pesca;

Classe III a) abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado;

b) irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; c) pesca amadora;

d) recreação de contato secundário e) dessedentação de animais; Classe IV a) navegação

b) harmonia paisagística; Fonte: CONAMA - Resolução nº 357/2005.

2.3 Tratamento de águas residuárias

Consoante com a Resolução Nº 54 de 2005 do Ministério do Meio Ambiente, “água residuária é: esgoto, água descartada, efluentes líquidos de edificações, indústrias, agroindústrias e agropecuária, tratados ou não”.

O tratamento de águas residuárias se constitui em processos de depuração artificiais, remoção de poluentes e adequação dos parâmetros das águas residuárias, objetivando tornar o recurso adequado para o lançamento e disposição final, preservando as condições e padrões de qualidade dos corpos receptores. (CARVALHO et al., 2014)

Para Nuvolari (2011), o lançamento direto de esgoto sanitário no corpo receptor pode comprometer a qualidade do corpo d’água, causando sérios riscos à saúde humana. Porém, dependendo da carga de poluente a ser lançada e a vazão do corpo receptor, este não sofrerá

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grandes alterações em sua qualidade da água. Ainda assim, em ambas as situações, aconselha-se que haja um pré-tratamento, com remoção de sólidos grosaconselha-seiros e areia.

2.3.1 Processos do tratamento de esgoto

Para Cammarota (2013), o tratamento de esgoto objetiva remover desde os sólidos mais grosseiros até os mais particulados:

 sólidos grosseiros em suspensão;

 sólidos em suspensão sedimentáveis ou não;  óleos e graxas;

 metais pesados;

 matéria orgânica solúvel biodegradável (DBO);  nitrogênio amoniacal (DBO nitrogenada);  nitrato e nitrito;

 fósforo;

 matéria orgânica solúvel biodegradável (DQO residual);  toxicidade;

Para Sousa (2008), o tratamento de esgoto consiste em basicamente três processos: físico, biológico e químico.

2.3.1.1 Processo físico

Este processo caracteriza-se, basicamente, pela remoção de sólidos grosseiros (corpos flutuantes, partículas discretas e sólidos sedimentáveis inorgânicos) por meio de mecanismos físicos. Esse processo é aplicado nos níveis de tratamento preliminar, onde são utilizados peneiras, grades e desarenadores (caixa de areia), e no nível de tratamento primário, onde o efluente é tratado em decantadores primários (de formato circular ou retangular), separando a fase sólida (mais densa) da fase líquida. (SOUSA, 2008)

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2.3.1.2 Processo biológico

Segundo Leme (2010), no processo biológico a remoção ocorre a partir de mecanismos biológicos, por meio da ação metabólica e da floculação de partículas em suspensão. Este processo é usado para remover a matéria orgânica remanescente do tratamento primário, sendo formada por sólidos em suspenção fina (compreendendo DBO suspensa ou particulada) e, casualmente, nutrientes como fósforo e nitrogênio, sendo geralmente empregado no nível de tratamento secundário.

2.3.1.3 Processo químico

Neste processo, a remoção acontece através de reações químicas, sendo, de forma geral, utilizado com o objetivo de remover fósforo, nitrogênio, cloro, organismos patogênicos (vírus e bactérias), entre outras substâncias químicas e organismos não removidos nos outros níveis de tratamento. Esse tipo de processo é empregado no tratamento terciário, pouco utilizado no Brasil. (LEME, 2010)

2.3.2 Níveis de tratamento de esgoto

2.3.2.1 Tratamento preliminar

Essa etapa do tratamento tem como objetivo principal a remoção de sólidos grosseiros em suspensão (processos físicos). Praticamente não há redução de DBO, visto que consiste em preparar o efluente para as etapas seguintes, evitando obstruções das tubulações da Estação de Tratamento de Esgoto e possíveis danos em equipamentos eletromecânicos. Os mecanismos aplicados são os seguintes (CAMMAROTA, 2013):

 gradeamento;  peneiramento;  desarenação;  neutralização;  equalização.

(23)

21

2.3.2.2 Tratamento primário

Para Lins (2010), o tratamento primário tem o objetivo de remover sólidos sedimentáveis e parte da matéria orgânica, por meio de mecanismos inteiramente físicos. O mecanismo aplicado nessa etapa do tratamento é o decantador primário.

2.3.2.3 Tratamento secundário

Neste tipo de tratamento predomina o processo biológico, onde há a remoção da matéria orgânica através de reações bioquímicas realizadas pelos microrganismos. É constituído, principalmente, de reatores do tipo lagoas de estabilização, lodo ativado e filtro biológico. O efluente deste processo contém ainda matéria orgânica remanescente, sendo necessário, em alguns casos, o tratamento terciário. (CAERN, 2014)

2.3.2.4 Tratamento terciário

Nem sempre presente nas ETEs, é geralmente constituído de uma unidade de tratamento físico-química, tendo como finalidade a remoção complementar da matéria orgânica, nutrientes, poluentes específicos e a desinfecção dos esgotos tratados. (OLIVEIRA, 2006)

2.4 Reúso de água

Na visão de Philippi Jr (2003), o conjunto de atividades cada vez mais diversificado, aliado ao crescimento demográfico, vêm requerendo uma atenção maior às necessidades de uso da água. Essas necessidades são mais evidentes em regiões com maior desenvolvimento urbano, industrial e agrícola. Como análise desse cenário, nasce um questionamento: como encarar a relação demanda/oferta de água? A implementação de sistemas de gestão efetivos e a imposição de políticas adequadas podem ser fontes da resposta ao problema.

O reúso da água, instrumento importante de gestão ambiental do recurso, é uma das alternativas que se têm destacado para combater o problema. (PHILIPPI JÚNIOR, 2003)

(24)

2.4.1 Tipos de reúso

A Organização Mundial da Saúde (OMS) (1973 apud MANCUSO; SANTOS, 2003) classificou o reúso de água em 3 tipos:

 reúso indireto: dá-se quando a água já usada, uma ou mais vezes para uso doméstico ou industrial, é lançada nas águas superficiais ou subterrâneas e utilizada novamente a jusante, de maneira diluída;

 reúso direto: é o uso planejado e deliberado de esgotos tratados para certas finalidades como irrigação, recarga de aquífero e água potável;

 reciclagem interna: é o reúso de água internamente à instalações industriais, tendo como objetivo a economia de água e o controle da poluição;

2.4.2 Normas e legislações acerca do tema

A lei federal Nº 6938/1981 dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, determinando os seus fins e mecanismos de formulação e aplicação. Nesta lei é definido como poluição a degradação ambiental proveniente de toda e qualquer atividade que direta ou indiretamente, lancem matéria ou energia em desacordo com os padrões ambientais, e, o agente poluidor, aquele que o pratica. Além disso, estabelece que a construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos ou atividades utilizadoras de recursos ambientais, com potencial poluidor e possível causadoras de degradação ambiental, dependerão do licenciamento ambiental. Sendo assim, os estabelecimentos de lavagens de veículos devem ser licenciados, por lei.

A água é um bem de domínio público. É um recurso natural limitado e dotado de valor econômico. A Política Nacional de Recursos Hídricos tem, dentre outros, o objetivo de assegurar à atual e às futuras gerações a disponibilidade de água necessária, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos. Essas definições estão explícitas nos capítulos I e II, respectivamente, da lei nº 9433/1997.

O Artigo 21 da resolução do CONAMA nº 430/2011 trata das condições e padrões para efluentes de sistemas de tratamento de esgotos sanitários. Nele, é exposto limites de concentração, ou qualquer que seja o parâmetro, para determinadas condições ou componentes, como demonstra a Tabela 2:

(25)

23

Tabela 2 - Condições e padrões de lançamento de efluentes

PARÂMETRO LIMITE

pH Entre 5 e 9;

Temperatura Inferior a 40 ºC;

Materiais sedimentáveis Até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone de inmhoff. Para o lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar visualmente ausentes;

Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO 5 dias a 20 ºC)

120 mg/L ou remoção mínima de 60%;

Materiais flutuantes Ausentes;

Substâncias solúveis em Hexano (óleos e graxas)

Até 100 mg/L.

Fonte: CONAMA – Resolução nº 430/2011.

Tratando do reúso em si, o tópico 5.6 da NBR 13969/1997 trata sobre o reúso local de efluentes, estabelecendo parâmetros para o esgoto a ser reutilizado, de acordo com a classe na qual se encaixa as atividades finais, como mostra a Tabela 3:

Tabela 3 - Condições e parâmetros para reutilização local de esgoto

PARÂMETRO LIMITE

Classe 1: Lavagem de carros e outros usos que requerem o contato direto do

usuário com a água, com possível aspiração de aerossóis pelo operador,

incluindo chafarizes

Turbidez inferior a 5;

Coliforme fecal inferior a 200 NMP/100 mL;

Sólidos dissolvidos totais inferior a 200 mg/L;

pH entre 6,0 e 8,0;

Cloro residual entre 0,5 mg/L e 1,5 mg/L;

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Classe 2: Lavagem de pisos, calçadas e irrigação dos jardins, manutenção dos lagos e canais para fins paisagísticos

exceto chafarizes

Turbidez inferior a 5;

Coliforme fecal inferior a 500 NMP/100 mL;

Cloro residual superior a 0,5 mg/L; Classe 3: Descargas dos vasos sanitários Turbidez inferior a 10;

Coliformes fecais inferiores a 500 NMP/100 mL;

Classe 4: Pomares, cereais, forragens, pastagens para gados e outros cultivos

Coliforme fecal inferior a 5000 NMP/100 mL;

Oxigênio dissolvido acima de 2,0 mg/L; Fonte: ABNT NBR 13969/1997.

2.5 A atividade de lavagem de veículos

Na visão de Etchepare (2012), a lavagem de veículos é uma atividade realizada, especialmente, nos ramos urbano e industrial, compreendendo empresas de transporte (empresas de ônibus) e lava rápidos comerciais (lavagem de carros e postos de combustível).

Segundo Queiroz (2014), a média de consumo de água/veículo utilizada nos lava jatos em Mossoró é de 177 L/veículo, sem levar em consideração a água usada em empresas como transportadoras, garagens de ônibus e postos de combustíveis, que possuem lavadores de veículos.

2.5.1 Tipos de lavagem

Para Teixeira (2003), a indústria de lavagem de veículos apresenta diferentes tipos e operações, cada uma com suas particularidades. O autor afirma ainda que existem 3 tipos de lavagens e as define, como é proposto a seguir:

 Túnel: o veículo segue pelo interior do equipamento (formato de túnel), passando pelas etapas de lavagem, enxágue, enceramento e secagem, respectivamente. Na etapa da lavagem, é aplicado detergente e diluído em água no veículo e a sujeira é removida mecanicamente por escovas ou jatos de alta pressão. Logo após, é enxaguado com água limpa. A etapa de secagem é realizada com jatos de ar. O efluente é coletado por uma vala abaixo do túnel.

(27)

25

 “Rollover”: O veículo mantem-se parado enquanto a máquina de lavagem passa pelo mesmo. O equipamento é composto de escovas em formato cilíndrico que giram em torno do próprio eixo.

 Lavagem a jato manual: O automóvel é lavado utilizando-se uma mangueira com jatos de alta pressão de ar e água; ar, sabão e água, alternando-os. Em alguns casos, a água é coletada por uma vala. É o tipo mais comum no Brasil.

2.5.2 Característica do efluentes da lavagem de veículos

Os autores Soeiro (2014) e Queiroz (2014) fizeram um estudo na cidade de Natal-RN e Mossoró-RN, respectivamente, cujas pesquisas consistiram em coletar informações acerca dos componentes do efluente gerado pela lavagem de veículos, antes e depois do tratamento, conforme mostra tabela 4.

Tabela 4 - Águas residuárias de efluente de veículos

PARÂMETRO CONCENTRAÇÃO QUEIROZ (2014)¹,³ SOEIRO (2014)² A B A B pH 7,92 7,84 6,98 6,53 Turbidez (NTU) 45,9 36,27 - - DBO5 (mg O2/L) - - 89,55 30,60 Temperatura (ºC) 23,67 23,67 - -

1 Dados referentes à cidade de Mossoró. ² Dados referentes à cidade de Natal.

³ Valores referentes a média aritmética obtida a partir dos dados de 3 empreendimentos analisados pela pesquisa. Legenda:

A – Efluente antes do processo de tratamento; B – Efluente depois do processo de tratamento;

Fonte: Soeiro, 2014; Queiroz, 2014. (Adaptado)

O único parâmetro comum às pesquisas é o pH. Segundo Queiroz (2014), os estabelecimentos estudados pelo autor utilizam produtos de base alcalina, o que justifica o valor do pH. Já na pesquisa de Soeiro (2014), os valores de pH foram menores, havendo a possibilidade de uso de produtos ácidos. Em ambas as pesquisas, a água utilizada para abastecer o abastecimento é água proveniente de poço, fornecida por carros pipa, e água fornecida pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN).

(28)

3 MATERIAIS E MÉTODOS

A pesquisa foi realizada na cidade de Mossoró, com estimativa de 291.937 habitantes (IBGE, 2016), localizada a 277 km de Natal, no Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. A mesma constitui-se de levantamento bibliográfico (Pesquisa Teórica) em artigos científicos, teses, dissertações e livros, envolvendo leitura, interpretação e análise dos mesmos. Houve ainda pesquisa de campo, realizada entre os meses de fevereiro e abril. Uma foi à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (SEMURB), com o objetivo de obter informações acerca do licenciamento ambiental para empreendimentos de lavagem de veículos e da situação atual da legalização das mesmas. Quanto ao empreendimento escolhido como fonte de estudo, no qual deveria haver a prática do reúso de água, foi selecionado através de visitas a lava-jatos na cidade, até que fosse encontrado um que se encaixasse no perfil da pesquisa. A empresa estudo de caso teve seus efluentes de entrada ao sistema de tratamento e de saída analisados e comparados com a legislação pertinente, de modo a avaliar a sua real aplicabilidade e, caso necessário, propor melhorias ao sistema de forma a adequar seu uso.

3.1 Entrevistas

Foram realizadas entrevistas, no período de fevereiro a abril de 2017, aplicadas tanto à SEMURB (Tabela 5), quanto ao posto de lavagem (Tabela 6).

Tabela 5 - Questionário aplicado à SEMURB

ITEM QUESTIONAMENTO

1 O reúso de água é exigido por lei? 2 Há fiscalização aos postos de lavagem?

3 O óleo produzido pelos empreendimentos é de responsabilidade da prefeitura ou do empreendedor? Se é do empreendedor, há alguma sugestão do que se fazer com o produto?

4 A partir de qual momento começou a ser exigido o licenciamento ambiental para legalização dos postos de lavagem de veículos?

(29)

27

Tabela 6 - Questionário aplicado ao posto de lavagem

ITEM QUESTIONAMENTO

1 Quais produtos químicos são utilizados durante a lavagem? 2 Qual a média de veículos lavados diariamente?

3 Quantos litros de água são consumidos para cada veículo, em média? 4 Quanto tempo dura uma lavagem?

5 Quais dispositivos são utilizados no processo de tratamento do efluente? 6 A água tratada é reutilizada em quais atividades?

7 Qual o destino dos óleos e graxas formados na caixa separadora de água e óleo? Fonte: Autoria Própria (2017).

3.2 Avaliação dos parâmetros

Foi selecionada uma empresa de lavagem de veículos que pratica reúso de água no município de Mossoró pra análises físico-químicas do efluente gerado, o qual é reutilizado em outras atividades. Foram realizadas duas coletas, dias 25 de Abril e 02 de Maio de 2017, ambas durante a manhã. Em cada coleta, foram colhidas duas amostras: uma no box de lavagem (Figuras 1A e 1B), antes do processo de tratamento (caixa de areia, caixa de brita e caixa separadora de água e óleo), que é a água imediatamente após o processo de lavagem, e uma amostra do efluente final, efluente tratado, no tanque de armazenamento (Figuras 1C e 1D). As amostras foram acondicionas em frascos plásticos de 1 litro.

Após as coletas, as amostras foram levadas para o Laboratório de Saneamento da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (LASAN - UFERSA), para análises dos seguintes parâmetros: turbidez, cor, temperatura, pH, sólidos sedimentáveis, demanda química de oxigênio (DQO) e demanda bioquímica de oxigênio (DBO). Todos os ensaios foram realizados de acordo com a metodologia do livro Standart Methods for Examination of Water and Wastewater. Os resultados encontrados foram comparados com os limites estabelecidos pelo CONAMA e outros pela NBR 13969/1997, além de outras comparações com valores encontrados na literatura.

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Figura 1 - Pontos de coleta das amostras

(A) (B)

(C) (D)

Fonte: Autoria própria (2017).

3.2.1 Turbidez

O ensaio foi feito utilizando um turbidímetro (Modelo Hanna HI 98703) para fazer a leitura da turbidez das amostras, como mostra a Figura 2. O aparelho foi previamente calibrado, utilizando solução padrão de calibração. Em seguida, enxaguou-se uma cubeta com água destilada, antes de colocar a amostra no mesmo. A amostra foi previamente homogeneizada antes de ser transferida para o recipiente. Limpou-se o exterior da cubeta com papel macio antes da mesma ser inserida no equipamento com a amostra para evitar quaisquer tipos de interferência. Todo o ensaio foi realizado seguindo a metodologia sugerida pelo laboratório.

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Figura 2 - Leitura da turbidez em turbidímetro

Fonte: Autoria própria (2017).

3.2.2 Cor Aparente

O equipamento utilizado para realização deste ensaio foi o espectofotômetro (Modelo Hach DR 5000), como mostra a Figura 3. O aparelho foi previamente calibrado utilizando água destilada em uma cubeta, previamente limpa na sua parte externa com papel macio para evitar quaisquer tipos de interferência. Ao inserir a cubeta para calibração, inserir o valor de 0 unidades PtCo, unidade utilizada para medição da cor aparente da amostra. Após isso, foi homogeneizada a amostra e transferida para uma cubeta até o volume de, aproximadamente, 10 mL. Inseriu a cubeta com a amostra no aparelho e anotou-se o resultado mostrado pelo mesmo.

Como as amostras tinham um valor de cor que iam além da capacidade de leitura do aparelho, as mesmas foram diluídas 10 vezes (Figura 4) (10 mL de amostra em 90 mL de água destilada). Os resultados obtidos foram multiplicados por 10.

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Figura 3 - Espectofotômetro para leitura de Cor Aparente

Fonte: Autoria própria (2017).

Figura 4 - Amostras sendo diluídas

Fonte: Autoria própria (2017).

3.2.3 Temperatura

Este parâmetro foi o único medido em campo. Para medição da temperatura foi utilizado um termômetro digital do tipo espeto com alarme da marca INCOTERM. O equipamento é à prova d’água e possui uma haste em aço inox. A medição foi feita após o efluente ser colocado no frasco coletor, retirando a tampa da haste metálica e inserindo-a cerca de 2 cm no líquido, como mostra a Figura 5. A leitura foi feita quando observou-se a estabilização da temperatura.

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Figura 5 - Leitura da temperatura do efluente

Fonte: Autoria própria (2017).

3.2.4 Sólidos sedimentáveis

Para determinação dos sólidos sedimentáveis das amostras, foi utilizado um equipamento em formato de cone, graduado e feito em plástico, chamado cone Imhoff (Figura 6). Antes de iniciar o ensaio, foi feita assepsia dos cones, utilizando agua da torneira e água destilada e retirado o excesso de água. A amostra foi agitada, colocada no funil e deixada pra decantar no mesmo durante 1 hora. Após o tempo determinado, fez-se a leitura dos sólidos sedimentáveis em ml / l de amostra.

Figura 6 - Ensaio de sólidos sedimentáveis com cone Imhoff

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3.2.5 Potencial Hidrogeniônico (pH)

Para medição do pH foi utilizado um pHmetro da marca TECNAL, modelo Tec – 3MP. Inicialmente o aparelho foi calibrado com uma solução tampão (pH 7,0). Após ser calibrado, os eletrodos de temperatura e pH foram enxaguados com água destilada e secados com papel macio. Após isso, os eletrodos foram submergidos na amostra e aguardou-se a estabilização da leitura para anotar o valor, como é retratado na Figura 7.

Figura 7 - Medição do pH com pHmetro

Fonte: Autoria Própria (2017).

3.2.6 Demanda Química de Oxigênio (DQO)

Para análise da DQO foram utilizados frascos de digestão 16x100 mm, apresentado na Figura 8. As análises foram feitas em triplicatas (3 frascos para cada amostra), utilizando os seguintes volumes para cada frasco:

 amostra: 2,5 mL;

 solução de digestão (dicromato de potássio, sulfato de mercúrio e ácido sulfúrico concentrado – K2Cr2O7, HgSO4 e H2SO4): 1,5 mL;

 reagente de ácido sulfúrico com sulfato de prata (H2SO4 concentrado e Ag2SO4): 3,5

mL;

As amostras foram homogeneizadas nos frascos de coleta e transferidas para um béquer de 100 mL e manteve-se o conteúdo do mesmo sob agitação. Após isso, foram

(35)

33

transferidos para os frascos as respectivas quantidades de amostra, solução de digestão e reagente de ácido sulfúrico, como sugere também a Figura 8.

Figura 8 - Componentes sendo adicionados ao frasco de digestão

Fonte: Autoria própria (2017).

Adicionado todos os constituintes, os frascos foram fechados e invertidos 10 vezes para misturar completamente o seu conteúdo. Posteriormente, os frascos foram transferidos para o bloco digestor (Figura 9) para serem aquecidos até 150 ºC e depois manteve-se um refluxo de 2 horas. Em seguida, os frascos foram abertos para liberar qualquer gás ou pressão que, por ventura, tenha sido gerado durante a digestão. Após isso, o conteúdo dos tubos foi mexidos por meio de inversão para combinar a água condensada. Deixou-se as matérias em suspensão sedimentar. Limpou-se os frascos, externamente, com água e algodão e secou-se com papel macio, com o intuito de não provocar interferência no caminho ótico para leitura da absorbância. Mediu-se a absorbância no espectofotômetro (Figura 10). O ensaio de DQO serviu apenas como base para se conhecer as quantidades de amostras que seriam analisadas no ensaio de DBO, pois a amostra possui algum constituinte interferente neste ensaio, de modo que os dados não são confiáveis. Portanto, não serão apresentados os resultados desse parâmetro.

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Figura 9 - Bloco digestor

Fonte: Autoria própria (2017).

Figura 10 - Leitura da absorbância no espectofotômetro

Fonte: Autoria própria (2017).

3.2.7 Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5)

Inicialmente, deixou-se água destilada suficiente para encher todos os frascos de análise aerando em um garrafão de 20 L durante 2 horas (Figura 11). Após esse tempo, inseriu-se no garrafão 1 mL das soluções de FeCl3, CaCl2, MgSO4 e tampão de fosfato para

cada litro de água destilada. Após a adição desses nutrientes, minerais e tampões, continuou aerando a água por mais 30 minutos e, quando terminou esse tempo, deixou-se a água de diluição em repouso por mais 30 minutos.

(37)

35

Figura 11 - Aeração de água destilada no garrafão

Fonte: Autoria própria (2017).

Em seguida, foram homogeneizadas as amostras nos frascos coletores e transferidos para um béquer de 200 mL, mantendo-o sob agitação, para, posteriormente, serem transferidas as respectivas quantidades para os frascos de DBO (Figura 12). Após serem transferidos, os frascos foram enumerados e anotados os respectivos volumes. Para cada amostra foram utilizados 5 frascos e, além desses, foram usados mais 3 frascos contendo somente água de diluição, totalizando 13 frascos no ensaio. Para cada efluente, antes e depois do tratamento, foram utilizados os seguintes volumes de amostras: 5, 10, 20, 30 e 40 mL. Feito todo esse procedimento, os frascos que receberam amostra tiveram os seus volumes completados com a água de diluição. Terminado todo esse processo, foram feitas as leituras do Oxigênio Dissolvido Inicial (OD inicial), com o auxilio de uma sonda de OD da marca YSI (Figura 13), transferidos os frascos para uma incubadora e, após 5 dias, feitas as do Oxigênio Dissolvido Final (OD final). A DBO5,20 é calculada pela Equação 1:

P OD OD

L mgO

DBO5,20( 2 / ) inicialfinal (1)

Onde:

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Figura 12 - Frascos de DBO na incubadora

Fonte: Autoria própria (2017).

Figura 13 - Sonda de OD

(39)

37

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Panorama ambiental da cidade de Mossoró

A fiscalização aos postos de lavagem atua, na grande maioria dos casos, a partir de denúncias. Não há uma fiscalização preventiva por parte da Secretaria. Essa falha é consequência da infraestrutura deficiente do Órgão, que possui um quadro de funcionários e uma quantidade de veículos não adequados com a demanda.

Quanto ao óleo produzido no empreendimento, é de total responsabilidade do empreendedor dar um destino correto a essa substância, sendo recomendado que seja contratada uma empresa especializada em coletar esse tipo de material.

Em se tratando do reúso de água nos lava-jatos, esta não é uma atividade exigida por lei, e sim recomendada.

No ano de 2014, a SEMURB decidiu agir na cidade de forma a legalizar ambientalmente os lava-jatos em atividades, já que, até então, praticamente nenhuma dessas empresas possuíam a licença ambiental. Todos os responsáveis pelos postos foram notificados, sendo convidados a comparecerem à SEMURB para tomar conhecimento de todos os requisitos exigidos para que os estabelecimentos pudessem adquirir a licença ambiental. Durante este período foi permitido a continuidade de suas atividades, não havendo a exigência de paralisação para adequação à legislação.

4.2 Informações acerca da atividade de lavagem de veículos

Durante o processo de lavagem, o único componente utilizado, além da água, é um xampu neutro biodegradável. Diariamente, a quantidade de veículos lavados fica entre 16 e 20, com uma duração média de 40 minutos em cada lavagem e um gasto médio de 200 L por veículo.

Os dispositivos utilizados durante o processo de tratamento do efluente, são: caixa de areia (C.A.), caixa separadora de água (S.A.O.) e filtro de brita, carvão mineral triturado, indicados na Figura 14. O efluente final vai para um tanque de armazenamento, onde neste é conectado uma bomba e uma mangueira com o objetivo de utilizar essa água na irrigação de jardins, lavagem de pátio e descargas de vasos sanitários. O óleo geradona caixa separadora é coletado pelo empreendimento, armazenado em bombonas de 5 L e colocado à disposição da coleta seletiva.

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Figura 14 - Dispositivos de tratamento

Fonte: Autoria própria (2017).

4.3 Análises físico-químicas

Os resultados das análises físico-químicas estão dispostos na Tabela 5.

Tabela 7 - Resultados das análises físico-químicas

PARÂMETRO DATA DA COLETA

25/04 02/05 A B A B TEMPERATURA (ºC) 26 27 26 27 COR (PtCo) 2510 1410 1280 2240 TURBIDEZ (NTU) 303 136 190 71,1 PH 7,49 7,45 8,31 7,75 SÓLIDOS SEDIMENTÁVEIS (mL/L) 0,3 ≈ 0 0,6 ≈ 0 DQO (mgO2/L) * * * * DBO (mgO2/L) 61 48 54 43 Legenda:

A – Efluente antes do processo de tratamento; B – Efluente depois do processo de tratamento;

* – Os resultados não serão apresentados, pois a amostra possui constituinte interferente na análise;

(41)

39

A Tabela 6 mostra um comparativo entre os resultados obtidos nesta pesquisa (Tabela 5) e os obtidos pelos autores Queiroz (2014) e Soeiro (2014) (Tabela 4).

Tabela 8 - Comparativo entre os dados obtidos e os da literatura

PARÂMETRO CONCENTRAÇÃO

QUEIROZ (2014) SOEIRO (2014) AUTORIA PRÓPRIA (2017) 1 A B A B A B pH 7,92 7,84 6,98 6,53 7,90 7,60 Turbidez (NTU) 45,9 36,27 - - 246,5 103,6 DBO5 (mg O2/L) - - 89,55 30,60 57,5 45,5 Temperatura (ºC) 23,67 23,67 - - 26 27 Legenda:

A – Efluente antes do processo de tratamento; B – Efluente depois do processo de tratamento;

1– Dados referentes à média dos resultados das análises das duas coletas;

Fonte: Autoria própria (2017).

Diante do panorama apresentado na Tabela 6, cabe as seguintes considerações:

 pH: percebe-se que foi mantido um certo padrão quanto ao potencial hidrogeniônico do efluente tratado desta pesquisa e do efluente analisado por Queiroz (2014). Pode-se perceber que não trata-se de um componente ácido, como os efluentes analisados por Soeiro (2014), descartando a possibilidade de haver problemas de corrosão na tubulação de esgoto, e, não tão básico, reduzindo a possibilidade de haver problemas de incrustações na tubulação, além de comprovar o uso de componentes neutros na lavagem dos veículos;

 Turbidez: percebe-se uma diferença considerável, comparando com os dados de Queiroz (2014), cabendo a interpretação de que algum dispositivo de tratamento não está operando com eficiência suficiente devido à falta de manutenção ou sobrecarga do sistema. Além disso, houve um desequilíbrio nesse parâmetro em relação às duas coletas, possivelmente devido ao estado dos veículos;

 DBO5: o tratamento feito pelo empreendimento remove em torno de 20 a 22% a DBO,

considerando o valor deste parâmetro antes e depois do tratamento para as duas amostras. No caso da pesquisa de Soeiro (2014), a eficiência na remoção de DBO foi

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de 65,8 %. Essa diferença pode ter ocorrido devido a forma de tratamento de efluente ser diferente, no caso de SOEIRO (2014) foi do tipo Processo Oxidativo Avançado;  Temperatura: a temperatura do efluente final é 3,33 ºC maior em comparação com os

valores obtidos por Queiroz (2014);

A resolução do CONAMA nº 430/2011 trata das condições e padrões de lançamento de efluentes, cujas condicionantes estão expostas na Tabela 2. A Tabela 7 apresenta a comparação entre os resultados obtidos neste trabalho e a referida resolução.

Tabela 9 - Comparação entre os resultados obtidos e a resolução CONAMA nº 430/2011

PARÂMETRO LIMITE VERIFICAÇÃO

pH Entre 5 e 9 Ok

Temperatura Inferior a 40 ºC Ok

Materiais sedimentáveis Até 1 mL/L Ok

Materiais flutuantes Ausentes Ok

DBO5,20 No máximo 120 mg/L ou

remoção mínima de 60%

Ok

Fonte: Autoria própria (2017).

Vale ressaltar que a mesma resolução explana limites para concentração de óleos e graxas nos efluentes, porém não foi possível realizar o ensaio referente a esse critério.

A tabela 3 explana limites de parâmetros físico-químicos e microbiológicos para cada finalidade de reúso da água, de acordo com a norma NBR 13969/1997. Comparando esses dados com os obtidos nesta pesquisa, percebe-se claramente que, utilizando como referência apenas os ensaios realizados no LASAN, a água reutilizada para atividade de irrigação de jardins (Classe 2), lavagem do pátio (Classe 2) e descarga de vasos sanitários (Classe 3) não atende aos padrões estabelecidos pela norma, nem há uma outra finalidade a qual essa água possa ser designada, a não ser seu lançamento na rede de esgoto municipal ou em mananciais próximos, desde que atendidos a critérios específicos, exigidos pelos órgãos ambientais.

(43)

41

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A fiscalização ambiental nos postos de lavagem é bastante falha. A cidade carece de uma legislação e fiscalização mais severa, visto que a água é um elemento vital para o homem. O licenciamento ambiental funciona, basicamente, até a instalação do empreendimento, sendo ignorado, por parte do proprietário, os serviços de controle e manutenção dos sistemas de tratamento.

Quanto à qualidade do efluente, percebe-se que está adequado aos padrões exigidos pela resolução do CONAMA nº 430, faltando fazer a análise para o teor de óleos e graxas. Porém, para fins de reúso, o efluente não está adequado a nenhum propósito para o qual está sendo utilizado. Ou seja, há algum tempo essa prática vem oferecendo um risco ao meio ambiente e ao ser humano. Percebeu-se que a turbidez foi bastante elevada e os sólidos sedimentáveis do efluente pós-tratamento foram, aproximadamente, 0. Logo, sugere-se como redução da turbidez, a instalação de um processo floculação-coagulação, como propõe Pimentel (2003 apud MENDONÇA, 2004), com a finalidade de reduzir a turbidez e a cor do efluente.

Faz-se necessário a formulação de uma legislação severa e uma assistência dos órgãos competentes aos empreendimentos que atuam na lavagem de veículos para que haja um maior controle da qualidade dos efluentes desses locais e possíveis soluções de reúso da água.

Recomenda-se para trabalhos futuros a pesquisa em mais postos de lavagem para melhor caracterização do efluente. Além disso, sugere-se a análise da eficiência de cada dispositivo de tratamento (caixa de areia, caixa separadora de água e óleo, filtro) e dos demais parâmetros, como teor de óleos e graxas, coliforme fecal e cloro residual para melhor comparação desses dados com a legislação de reúso.

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REFERÊNCIAS

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lavagem de veículos para reciclagem de água. 2012. 133 f. Dissertação (Mestrado) - Curso

de Engenharia Ambiental, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estimativas da população residente no Brasil e unidades da Federação com data de referência em 1º de Julho de 2016. Disponível

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Referências

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