• Nenhum resultado encontrado

Raquel Salek FIAD Instituto de Estudos da Linguagem Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) / Pesquisador CNPq (Processo /2009-1)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Raquel Salek FIAD Instituto de Estudos da Linguagem Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) / Pesquisador CNPq (Processo /2009-1)"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

Raquel Salek FIAD

Instituto de Estudos da Linguagem

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) / Pesquisador CNPq (Processo 306961/2009-1)

RESUMO

Este trabalho situa-se na discussão sobre escrita escolar e tem como objetivo principal observar, com base em discussões recentes sobre letramento acadêmico feitas por estudiosos dos Novos Estudos do Letramento, o que estudantes universitários dizem sobre suas escritas, mais especifi camente, como suas escritas são vistas em confronto com o que é esperado no contexto acadêmico.

ABSTRACT

Based on some concepts from New Literacy Studies, in this paper I intend to confront how students evaluate their writings in confront with what is expected in the academic context.

PALAVRAS-CHAVE

Ensino-aprendizagem da escrita. Letramento acadêmico. Prática do mistério.

KEY-WORDS

(2)

Introdução

Os estudos sobre escrita de crianças e jovens, especialmente no contexto brasileiro, com base em teorias linguísticas, começaram a ser feitos no fi m da década de 70. Até então, a prioridade das análises linguísticas era a modalidade oral da língua, o que se justifi cava dada a constituição dessa disciplina em sua relação com outras disciplinas que estudam a linguagem, como a fi lologia e a literatura.

A redação escolar começou a se tornar um objeto de estudo digno de pesquisas acadêmicas na segunda metade da década de 70, quando passou a ser parte de alguns exames vestibulares. Como aponta PIETRI (2007), esses primeiros estudos que tomam como corpus de análise redações de vestibular, foram patrocinados pela Fundação Carlos Chagas, que os fi nanciou e publicou em seus Cadernos de Pesquisa, contando, obviamente, com a competência de pesquisadores que puderam realizá-los nesse momento.

Ainda de acordo com PIETRI (2007), nesses estudos está presente uma relação polêmica entre os estudos linguísticos de base mais gramatical e tradicional e os estudos que assumem uma perspectiva da Linguística. Nas décadas seguintes, como era de se esperar, a perspectiva da Linguística será dominante, trazendo à cena diferentes perspectivas teóricas que vão permitir uma gama variada de análises de escritas escolares.

Para este texto, é interessante destacar o início do interesse pela escrita escolar como objeto legítimo de análise no contexto acadêmico e os rumos que esse interesse foi tomando nas décadas seguintes, até chegar às discussões atuais que envolvem o que tem sido denominado ‘letramento acadêmico’.

Se a preocupação inicial dos estudos foram os textos escritos por vestibulandos e por estudantes recém entrados na universidade (são exemplos signifi cativos desse momento as pesquisas de PÉCORA,1983 e GRAÇA VAL, 1991), os textos de crianças no início da aquisição da

(3)

escrita e nos anos escolares seguintes também logo começaram a ser objeto de estudo. Muito resumidamente – já que não é objetivo deste texto fazer um levantamento da produção acadêmica sobre escrita escolar – pode-se dizer que, a partir da década de 80, a pesquisa sobre a escrita escolar produzida em diferentes níveis de ensino foi sendo realizada com base em teorias linguísticas, principalmente aquelas do texto e do discurso e formaram um campo de estudos consolidado no contexto acadêmico brasileiro.

Às teorias linguísticas vieram, mais recentemente, somar-se as teorias sobre letramento, que despontaram no Brasil nos anos 90 e que vêm sendo retomadas e reformuladas seguidamente. Considerando que os estudos sobre escrita escolar atualmente são fortemente embasados em teorias do gênero (seja discursivo, seja textual), o que se pode observar é uma aproximação entre essas teorias e os estudos sobre letramento.

Foi nesse contexto que a proposta de uma mesa-redonda no VI Congresso Internacional da ABRALIN surgiu, com a intenção de oportunizar a apresentação de análises sobre a escrita em contexto escolar/acadêmico, com base principalmente em teorias sobre gênero do discurso e letramento.

1. Questões iniciais

Este trabalho situa-se na discussão sobre escrita escolar esboçada acima e tem como objetivo principal observar, com base em discussões recentes sobre letramento acadêmico feitas por estudiosos dos Novos Estudos do Letramento, o que estudantes universitários dizem sobre suas escritas, mais especifi camente, como suas escritas são vistas em confronto com o que é esperado no contexto acadêmico.

Retomando a discussão iniciada nos anos 80 sobre escrita de estudantes universitários, acredito que é possível dizer que, naquele momento, já havia uma preocupação em entender os problemas e as difi culdades presentes nas escritas produzidas por estudantes que, em

(4)

princípio, já tinham cursado ao menos onze anos de escolaridade, em que as aulas de língua portuguesa eram obrigatórias. Esse era o espanto que gerou as pesquisas: o que acontecia que os estudantes chegavam à universidade “sem saber escrever”?

Se a pergunta podia ser essa naquele momento, hoje não pode mais ser a mesma. Não é mais possível dizer que os estudantes não sabem escrever, de modo genérico e absoluto.

Se, antes, era possível ver o desempenho na escrita como habilidades individuais de ler e escrever, adquiridas principalmente na escola, hoje é necessário situar qualquer prática envolvendo a leitura e a escrita em um contexto sócio-histórico-cultural específi co. Olhar para as habilidades individuais reforça dicotomias conhecidas: alfabetizados X analfabetos; letrados X iletrados e não considera outros tipos de letramento, principalmente aqueles que acontecem fora do contexto escolar.

Neste trabalho, ao tomar o conceito de letramento como a relação de uso que um indivíduo ou uma comunidade estabelece com a escrita, recuso o discurso da crise. Contrariamente ao que dizem muitos professores universitários em relação à escrita de seus alunos, entendo que esses estudantes são letrados e, muito provavelmente, não se engajaram ainda nas práticas letradas esperadas no contexto acadêmico. Analisar o que os estudantes escrevem sobre suas escritas é um modo de penetrar nessas outras práticas de escrita que estão em confl ito com as práticas do letramento acadêmico, nesse momento de entrada na universidade, Para isso, retomo textos produzidos por estudantes do primeiro semestre do curso de Letras do Instituto de Estudos da Linguagem/Unicamp, na disciplina Prática de leitura e produção de textos, por mim ministrada no início da década de 90. Essa disciplina era oferecida obrigatoriamente aos estudantes calouros, com o intuito de lhes ensinar a escrita acadêmica, que era esperada nas diferentes disciplinas do currículo.

(5)

Como docente dessa disciplina algumas vezes, coletei boa parte do material produzido por esses estudantes. Na época em que os textos foram escritos – décadas de 80 e 90 – a intenção da disciplina era ensinar aos alunos gêneros que deveriam produzir na universidade, como resenhas, relatórios, projetos de pesquisa, ensaios. No fi nal dos anos 90, essa disciplina foi eliminada do currículo do curso de Letras, já com base na crença de que os alunos que entravam na universidade dominavam alguns gêneros do discurso e que o ensino dos gêneros acadêmicos deveria acontecer em situações de escrita no interior das diferentes disciplinas do currículo.

Dentre os textos produzidos pelos alunos no ano de 1991, selecionei o último texto escrito na disciplina, quando foi pedido aos alunos que escrevessem sobre a disciplina. Nesses textos, os alunos tiveram a oportunidade de refl etirem sobre a escrita que foi realizada durante o semestre.

Com as refl exões atuais sobre letramento acadêmico trazidos no interior dos Novos Estudos do Letramento, retomo os textos produzidos há 20 anos, tentando fazer uma aproximação entre as refl exões feitas pelos alunos e as refl exões desses autores que têm discutido o ensino da escrita no contexto acadêmico considerando os alunos como sujeitos letrados e iniciantes em práticas letradas até então desconhecidas.

Antes de discutir os textos apresento alguns pressupostos dos Novos Estudos do Letramento, nos quais está baseada a discussão feita.

2. Os novos estudos do letramento

Nesta seção, serão apresentadas sucintamente algumas concepções: o conceito de letramento no interior dos Novos estudos do letramento; o conceito de letramento acadêmico; o conceito de ‘prática do mistério’.

Os estudiosos do letramento que integram a área dos Novos Estudos do Letramento (STREET 1984, 2003; BARTON 1994; GEE 1996), propõem que as práticas de letramento, como práticas sociais que são,

(6)

têm caráter situado, ou seja, têm signifi cados específi cos em diferentes instituições e grupos sociais. Desse modo, assumindo que as práticas de uso da escrita são diferentes, é possível assumir que existem múltiplos letramentos, a depender das esferas e grupos sociais: escolar, religioso, familiar etc.

Nesse contexto, é possível falar em letramento acadêmico: assume-se que há usos específi cos da escrita no contexto acadêmico, usos que diferem de outros contextos, inclusive de outros contextos de ensino. Embora alguns estudiosos entendam o conceito de letramento acadêmico compreendendo todo contexto onde há práticas formais de escolarização (por exemplo, FISCHER, 2008), prefi ro considerar letramento acadêmico como restrito ao contexto universitário, embora saiba que há práticas de letramento comuns a todos os contextos escolares, sejam da educação básica até a universidade.

Boa parte das pesquisas sobre letramento acadêmico surge a partir da observação das escritas de estudantes oriundos de diferentes classes sociais e etnias. Ao entrarem na universidade, os estudantes são requisitados a escreverem diferentes gêneros, com os quais não estão familiarizados em suas práticas de escrita em outros contextos (inclusive escolar) e são mal avaliados por seus professores. Na verdade, como apontam autores (LEA e STREET, 1998; JONES, TURNER e STREET, 1999) começam a fi car visíveis os confl itos entre o que os professores esperam das escritas e o que os alunos escrevem. Ou seja, não há uma correspondência entre o letramento do estudante e o letramento que lhe é exigido na universidade. Mais ainda: nesse contexto, em que geralmente não são reconhecidos diferentes letramentos (nesse caso, os dos alunos e o da universidade), os letramentos dos alunos não são reconhecidos e os alunos são vistos como sujeitos iletrados pela universidade.

No artigo Whose “Common Sense’? Essayist literacy and the institutional practice of mystery, (LILLIS, 1999), a autora critica a crença de que as convenções que regulam a escrita acadêmica são transparentes para quem faz parte da comunidade acadêmica e para quem intenta entrar

(7)

nela. Argumenta que, pelo contrário, as convenções da escrita acadêmica não são tão transparentes, elas fazem parte daquilo que chama de prática institucional do mistério.

Segundo LILLIS (1999), nessa prática, não são explicitadas ao aluno as convenções de escrita que regem especialmente os gêneros da esfera acadêmica pois o professor parte do princípio de que os estudantes já as conhecem. Na verdade, há a negação do aluno real com o qual o professor está lidando, ao não reconhecê-lo como é, há a negação da voz do aluno no processo de ensino-aprendizagem e há a negação ao estudante das convenções que regem a escrita acadêmica. Os professores esperam que os alunos saibam essas convenções que não lhes são explicitadas.

No entanto, segundo essa autora, não é sufi ciente explicitar como o gênero acadêmico se organiza linguisticamente, o que, muitas vezes é feito sem que se alcancem os resultados desejados. É preciso mais: precisam fi car claros os motivos pelos quais algumas práticas são privilegiadas no domínio acadêmico em detrimento de outras, qual signifi cado determinada prática de letramento tem nesse domínio, o que signifi ca justifi car e argumentar de acordo com as convenções escriturais da academia, entre outros fatores.

3. Confl itos: como eu escrevia e como devo escrever

Ao reler os textos escritos pelos estudantes em 1991, já em contato com as discussões dos Novos Estudos do Letramento, reconheci, nas escritas, remissões a refl exões feitas sobre a própria escrita, destacando-se refl exões sobre dois momentos: a escrita antes da disciplina e a escrita depois da disciplina. Esses dois momentos trazem à tona, em uma refl exão à luz do conceito da prática do mistério, os confl itos existentes entre a escrita que produziam e a que era esperada pela universidade.

(8)

Para mostrar isso nos textos, inicio com um texto completo para, em seguida, destacar trechos de textos de diferentes alunos. A identidade dos alunos está suprimida em todos os casos, pois não é relevante para a análise. Basta sabermos que são estudantes calouros em Letras.

Como procedimento de análise, destaco os momentos do texto em que fi cam visíveis as oposições expressas pelo autor entre um “antes” e um “depois”. Os itálicos foram acrescentados por mim, como forma de destaque. Vejamos o texto:

(1) Escrever realmente é prática. Escrita é um processo que deve sempre ser trabalhado.

Para mim foi muito bom o curso, pois quanto mais escrevemos, descobrimos que precisamos aprender mais. Foi muito interessante trabalhar com textos reescritos, organizando as idéias de uma forma diferente.

Foi também muito bom trabalhar com textos polêmicos, a partir deles trabalhar com resumos, aprender a reestruturá-los e entrar em contato com resenhas, coisas que não são enfocadas no segundo grau.

O curso também foi muito válido em termos de discussão, pois discutindo-se há o enriquecimento do trabalho escrito. O espírito crítico também aparece mais e temos condições de redigir de uma forma mais consciente.

Também foi percebido, através do curso, como é difícil captar idéias de outras pessoas e argumentar, fazendo com que esse argumento seja sólido, sem deixar a desejar. Foi muito válido trabalhar em equipe, submeter os textos escritos a opiniões de outras pessoas que usavam alguns critérios de avaliação. Uma coisa que passei a me preocupar ao participar do curso foi a atenção voltada para o leitor, isto é, escrever alguma coisa sabendo que haverá alguém interessado em ler e entender aquilo que está redigido.

(9)

De alguma forma creio que este curso me ajudou e abriu meus olhos para uma série de coisas que antes passavam desapercebidas. Creio que houve uma mudança bem mais séria em minha escrita e uma preocupação bem maior que antes, no sentido de transmitir a terceiros com maiores detalhes o que para mim era óbvio e inteligível.

Nesse texto, destaco, inicialmente, expressões como foi muito interessante, foi muito bom, foi muito válido, que indiciam uma avaliação positiva de algumas práticas desenvolvidas na disciplina. Essas expressões introduzem práticas que, supostamente, não eram conhecidas pelo estudante ou que, ao menos, não eram frequentes em contextos anteriores de escrita, como a escola. Práticas como ‘reescrever’, ‘tratar de temas polêmicos’, ‘ discutir’, ‘ter espírito crítico’, ‘trabalhar em equipe’, parecem ter sido introduzidas no letramento acadêmico.

Outro conjunto de expressões indicia uma mudança explicitada pelo estudante ao comparar o antes e o depois: ‘passei a me preocupar’, ‘abriu meus olhos’, ‘houve uma mudança bem mais séria’, ‘uma preocupação bem maior”. Neste trecho, talvez a mudança mais signifi cativa tenha sido a consciência de que escreve para um leitor e que é importante levar isso em conta durante sua escrita, algo que parece ter sido despercebido antes.

Também vale destacar a menção explícita, pelo estudante, a gêneros da esfera acadêmica, que não faziam parte de suas práticas de escrita no segundo grau: trabalhar com resumos, aprender a reestruturá-los e entrar em contato com resenhas, coisas que não são enfocadas no segundo grau.

Trechos de textos de outros estudantes trazem refl exões que se aproximam. Uma recorrência é a referência à descoberta sobre a importância do leitor para os textos que escrevem. Vejamos:

(10)

(2) A crítica de colegas e observações da professora eram muito valiosas porque nos fez perceber que nem tudo que é claro pra uma pessoa é para a outra. Assim, procuramos maneiras melhores para nos expressar, nos preocupando mais com a pessoa que vai ler.

(3) Um texto bem escrito deve levar em consideração o leitor. Eu particularmente quando estou escrevendo acabo me

envolvendo com o texto e fazendo um texto para mim, com considerações que só a mim dizem respeito.

Muito provavelmente esse é um aspecto não ou pouco explicitado nas práticas de escrita escolares, quando, geralmente, o professor é o único leitor dos textos escritos pelos alunos. Pela recorrência a esse aspecto, podemos supor que deixou de ser implícito e passou a ser explicitado. No entanto, como dito acima, não é sufi ciente a explicitação: parece que fi cou claro, para os alunos, o signifi cado do leitor. Não se trata de aspectos estruturais do texto ou de convenções da escrita de um determinado gênero. Trata-se de uma tomada de consciência sobre as condições de produção da escrita não exclusivamente no contexto acadêmico, mas que passou a ganhar signifi cado nesse contexto.

Em alguns trechos, à necessidade de atenção ao leitor são acrescentadas algumas características da escrita a ser produzida: deve ser uma escrita com ‘objetividade’, ‘clareza’, ‘organização’. São características bastante genéricas e vagas, que não se aplicam exclusivamente à escrita acadêmica, embora possam estar mais presentes em alguns gêneros dessa esfera, como mencionado por um dos estudantes (em resumir):

(4) Os debates realizados em aula, as produções e avaliações feitas em grupo ou individualmente trouxeram até mim uma visão mais objetiva do que é escrever, produzir. Além da arte, é preciso possuir objetividade, clareza de idéias para tornar-se possível um bom entendimento entre leitor e autor.

(11)

(5) Este curso está me fazendo organizar os pensamentos para escrever. Anteriormente eu dava mais importância ao efeito imediato que o texto me produzia, agora eu vejo que este efeito imediato deve ser trabalhado.

(6) Não consegui escrever com objetividade e clareza sufi cientes, e por isso, minhas difi culdades se encontram ainda em resumir.

Conclusão

A análise desses textos nos mostra que alguns aspectos da escrita produzida na universidade chamam mais a atenção dos estudantes quando passam a refl etir sobre essa escrita. A importância a ser dada ao leitor do texto e as mudanças que isso provoca na escrita é um dos aspectos mais presentes nas refl exões dos estudantes. Podemos interpretar que isso deixou de ser um mistério em relação à escrita. Provavelmente era um aspecto sobre o qual os estudantes não tinham sido levados a refl etir em suas escritas escolares antes da entrada na universidade. Provavelmente foi um aspecto tematizado nas avaliações feitas pelo professor sobre as escritas dos estudantes, discutido em classe. Também seu destaque se deve aos gêneros que passaram a ser escritos, como resumos e resenhas, diferentemente de gêneros escolares como a dissertação, produzidos anteriormente. Outro ponto a ser destacado das refl exões dos estudantes é a referência a aspectos como ‘organização’ e ‘clareza’, que parece continuarem tão vagos e genéricos como sempre são tratados no ensino da escrita.

Finalmente, fi ca a suspeita de que nem todos os mistérios na prática da escrita podem deixar de existir. Se, por um lado, é um caminho a ser perseguido nas práticas de ensino da escrita, por outro, é algo inatingível.

(12)

Referências

BARTON, D. Literacy: an introduction to the ecology of written

language. London. Blackwell, 1994.

FISCHER, A. Letramento acadêmico: uma perspectiva portuguesa. Revista Acta Scientiarum. Language and Culture. Maringá. jul./dez., v. 30, n.2, p. 177-187, 2008.

GEE, J. P. Social linguistics and literacies: ideology in discourses. 2ed. London/ Philadelphia. The Farmer Press, 1996.

GRAÇA VAL, M. Redação e textualidade. São Paulo:SP. Livraria Martins Fontes Editora Ltda., 1991.

JONES, C.; TURNER, J.; STREET, B. (orgs.). Students writing in the university: cultural and epistemological issues. Amsterdam. John Benjamins, 1999.

LEA, M.R.; STREET, B. Student writing in higher education: an

academic literacies approach. Studies in Higher Education. London.

June, v. 23, n. 2, p. 157-16, 1998.

LILLIS, T. Whose ‘Common Sense’? Essayist literacy and the

institutional practice of mystery. In: JONES, C.; TURNER, J.;

STREET, B. (orgs.). Students writing in the university: cultural and epistemological issues. Amsterdam. John Benjamins, 1999. p. 127-140. PIETRI, E. A constituição da escrita escolar em objeto de

análise dos estudos linguísticos. Trabalhos em Linguística Aplicada.

Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Estudos da Linguagem. 46(2), p.283-297, jul/dez.2007.

PÉCORA, A. Problemas de Redação. São Paulo:SP. Livraria Martins Fontes Editora Ltda., 1983.

(13)

STREET, B. V. Literacy in theory and practice. London. Cambridge University Press, 1984.

______. Abordagens alternativas ao letramento e desenvolvimento. Paper entregue após a Teleconferência UNESCO Brasil sobre letramento e diversidade , 2003.

Referências

Documentos relacionados

Análise Automática do Discurso, 1969 Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências Análise de Discurso Aparelhos Ideológicos de Estado Curso de Linguística

Os dados foram obtidos dos registros de con- trole de entrada de albumina humana no Ser- viço de Farmácia, dos registros diários de pres- crição de albumina humana do Serviço de

O Pró-Reitor de Extensão da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), no uso de suas atribuições estatutárias e regimentais, torna pública a abertura do processo de seleção para

De acordo com a Estrutura Conceptual do SNC, a VFCI, Lda., apresenta as demonstrações financeiras com base no Sistema de Normalização Contabilística, aprovado

Modelo de Relatório de Campo (RC) Não ultrapassar 5.000 caracteres com espaços, tanto no texto do (PPC.2 + RC.1, somados) quanto no texto do RC.2. No caso do RC.3, não

(2010), investigaram os efeitos de um programa de exercícios na água após doze semanas sobre a aptidão funcional de idosas e concluíram que após o

Já se vê que pouco se encontrará nestas linhas. Mas, parece-me, é um “pouco” necessário. Ainda é importante dizer que minha edição não foi ao acaso, ou melhor, também foi,

TOTAL GERAL Adubos (fertilizantes) Aparelho óptico, de medida, de controle ou de precisão Combustíveis minerais, óleos minerais; matérias betuminosas; Máquinas, aparelhos e