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ESTUDO ESTRATÉGICO PARA INTERVENÇÕES DE REABILITAÇÃO NA REDE HIDROGRÁFICA DA ARH DO CENTRO

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Academic year: 2021

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ESTUDO ESTRATÉGICO PARA INTERVENÇÕES DE

REABILITAÇÃO NA REDE HIDROGRÁFICA DA ARH

DO CENTRO

ESTUDOS DE BASE

CONTRATO DE AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS DE REGULARIZAÇÃO FLUVIAL E PROTECÇÃO DAS MARGENS NAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DA REGIÃO (VOUGA, MONDEGO E LIS)

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Abril de 2013

RELATÓRIO FINAL

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Cliente

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ÍNDICE

Índice de Figuras ... iii

Índice de Quadros ... v

1. INTRODUÇÃO ... 1

2. METODOLOGIA DE ATUAÇÃO ... 3

2.1. Introdução ... 3

2.2. Caracterização da rede hidrográfica ... 4

2.2.1. Caracterização da vegetação ripícola ... 5

2.2.2. Identificação das principais perturbações e potenciais causas ... 9

2.3. Tipificação das linhas de água ... 12

2.4. Identificação e tipificação das medidas de intervenção ... 15

2.5. Análise de casos práticos ... 17

2.5.1 Seleção dos casos práticos ... 17

2.5.2 Caracterização dos casos práticos ... 17

2.5.3 Compatibilização das medidas de intervenção ... 21

2.5.4 Desenvolvimento de propostas de intervenção e respetiva estimativa orçamental.... 22

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 23

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 27

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Índice de Figuras

Figura 1- Esquema geral de atuação para o presente estudo estratégico ... 3 Figura 2 - Esquema genérico da disposição longitudinal dos bosques ripícolas das bacias hidrográficas em estudo, por setor. ... 8 Figura 3 - Metodologia utilizada na análise dos resultados dos questionários online ... 10 Figura 4 - Tipos definidos para Portugal Continental não estando representados os 3 tipos dos grandes rios (INAG, 2008)... 13 Figura 5 - Tipologia de Rios da Região Hidrográfica da ARH do Centro segundo a Autoridade Nacional da Água ... 14 Figura 6 - Tipologias de linhas de água definidas no âmbito do “Estudo estratégico para intervenções de reabilitação na rede hidrográfica da ARH do Centro” ... 15 Figura 7 - Esquema geral utilizado para compatibilização de medidas previstas para exemplificação em cada roço-tipo ... 22

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Índice de Quadros

Quadro 1 - Escala de abundância relativa, segundo a escala de Braun-Blanquet. ... 7 Quadro 2 – Dados-resumo do questionário online, aplicado no âmbito do presente estudo (indicadores do INE) ... 10 Quadro 3 - Componentes de avaliação do Índice de Reabilitação de Rios (IRR): Grupo 1, IRR1 ... 18

Quadro 4 - Componentes de avaliação do Índice de Reabilitação de Rios (IRR): Grupo 2, IRR2 ... 19

Quadro 5 - Componentes de avaliação do Índice de Reabilitação de Rios (IRR): Grupo 3, IRR3 ... 20

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1.

INTRODUÇÃO

No Volume (II) - Estudos de Base, do relatório final do “Estudo estratégico para intervenções de reabilitação na rede hidrográfica da ARH do Centro”, descreve-se de uma forma mais detalhada o esquema geral de atuação do estudo, que esteve na base do desenvolvimento da proposta do plano de intervenção (Volume I).

Pretendendo-se que este volume constitua um documento que visa, essencialmente, a fundamentação das diferentes técnicas e métodos utilizados no desenvolvimento da metodologia, este encontra-se descrito por subcapítulos, correspondendo cada um deles a uma etapa da metodologia prosseguida, nomeadamente:

 Subcapítulo 2.1. – Breve introdução da metodologia de atuação, aplicada no âmbito da elaboração dos estudos, que estiveram na base do desenvolvimento da estratégia de intervenção proposta;

 Subcapítulo 2.2. – Apresentação das técnicas e métodos utilizados para a caracterização da rede hidrográfica, em termos físicos (fisiografia e edafoclimatologia), biológicos (fitogeografia e fitossociologia) e antrópicos (socioeconomia, usos do solos e utilizações associados aos corredores fluviais); e para a identificação das principais perturbações e vulnerabilidades e determinação das respetivas causas;

 Subcapítulo 2.3. – Descrição do processo de tipificação das linhas de água, realizado para o caso específico da RH4 para posterior aplicação no estudo estratégico, e respetivo resultado;

 Subcapítulo 2.4. – Apresentação da tipificação das medidas de intervenção, realizada para posterior aplicação no estudo estratégico;

 Subcapítulo 2.5. – Descrição do processo de seleção e caracterização dos casos práticos e de desenvolvimento das respetivas propostas de intervenção.

Para anexo, por sua vez, foi remetida (devido à especificidade e extensibilidade da matéria) toda a informação que resultou da sua aplicação, em particular, da caracterização das bacias hidrográficas da RH4 (Anexo I), da aplicação do questionário online (Anexo II) e da análise dos casos práticos (Anexo III), entretanto selecionados; bem como, as fichas-síntese que descrevem e ilustram as medidas e ações de intervenção (Anexo IV).

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2.

METODOLOGIA DE ATUAÇÃO

2.1. Introdução

A metodologia de trabalho (Figura 1), proposta para a (re)definição da estratégia de atuação, decorre ao longo de 11 (onze) etapas, correspondendo este volume à fase dos estudos de base do plano de intervenção. A descrição da proposta do plano de intervenção, propriamente dito, foi já desenvolvida, em detalhe, no Volume (I).

Na concretização dos estudos de base, foram utilizadas várias fontes de informação, nomeadamente, os documentos de base do Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas da Região Hidrográfica 4 (PGBH-RH4), os resultados da aplicação de um questionário online (inteiramente desenvolvido pela equipa técnica da FEUP), as observações registadas nas várias campanhas de visitas de campo, realizadas ao longo do período do projeto de investigação, e alguma literatura de especialidade.

Figura 1- Esquema geral de atuação para o presente estudo estratégico

A caracterização geral da rede fluvial da RH4 (Etapa 1) consistiu na análise das suas componentes físicas (fisiográficas e edafoclimáticas), biológicas (fitogeográficas e fitossociológicas) e antrópicas (dados socioeconómicos, usos do solo e utilizações associadas às massas de água). Desta caracterização inicial, resultou um conjunto de informação que serviu de base para o desenvolvimento do presente estudo, nomeadamente, a definição e tipificação de tipologias de linha de água (Etapa 2) para a

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RH4. Esta tarefa foi desenvolvida, com o objetivo de obter uma classificação de referência, às quais foram associadas características físicas e biológicas específicas e a partir das quais se estruturaram, também, a análise dos casos práticos e a proposta do plano de intervenção (Etapa 8).

O estudo prosseguiu com a identificação das medidas e ações de intervenção – previstas no PGBH-RH4 – e respetiva tipificação (Etapa 3), no âmbito da reabilitação fluvial. Esta classificação foi fundamental para a sistematização da informação, tanto ao nível da seleção e formulação de soluções para cada caso prático, como da priorização dos troços de linha de água, procedimento que integra o processo de desenvolvimento do plano de intervenção, propriamente dito.

A etapa 4 referente à seleção e caracterização dos casos práticos resultou de uma análise mais aprofundada do PGBH-RH4, onde foram identificadas as massas de água com maiores necessidades de intervenção, ao nível da conservação e reabilitação fluvial, da aplicação do questionário online e da realização de visitas de campo. Deste conjunto, foram selecionados os casos práticos a integrar neste estudo estratégico, com o objetivo de determinar o número de medidas e ações de intervenção exemplificar, previamente tipificadas; e, determinar a estimativa de custos associada ao plano de intervenção, proposto para toda a RH4.

No âmbito da análise dos casos práticos, após a respetiva caracterização, foram identificadas e compatibilizadas as medidas de intervenção (Etapa 5), previstas e propostas em cada um deles; das quais resultou uma solução de reabilitação fluvial que agrega um conjunto de medidas materiais e imateriais (Etapa 6). Esta análise foi acompanhada de ilustrações em corte e planta, para uma visualização do atual estado do corredor ripícola e da sua potencial evolução, num horizonte de 10 (dez) anos, face às ações de intervenção sugeridas. As estimativas orçamentais de reabilitação fluvial, realizadas para cada troço de linha de água selecionado, fundamentaram, por sua vez, a programação financeira, proposta no âmbito da concretização e monitorização do plano de intervenção.

Nos subcapítulos seguintes descrevem-se as técnicas e métodos utilizados para o desenvolvimento de cada etapa (etapas 1 a 6) do esquema geral de atuação (figura 1).

2.2. Caracterização da rede hidrográfica

A caracterização da rede fluvial da RH4 consistiu, de um modo geral, na identificação e análise das componentes físicas (fisiografia e edaclimatologia), biológicas (fitogeografia e fitossociologia) e antrópicas (socioeconomia, usos do solo e utilizações), associadas às áreas territoriais - abrangidas pelas bacias de drenagem dos rios Vouga, Mondego e Lis - e respetivas massas de água; bem como a identificação das principais perturbações e causas associadas.

Dos documentos que compõem o PGBH-RH4, foi possível identificar e analisar estas características com base no levantamento de dados do relatório base, das fichas de caracterização e evolução do estado da massa de água, fichas dos programas de medidas e relatório técnico (PGBH-RH4, 2012). A informação foi, posteriormente, validada ou alterada, de acordo com as observações registadas, durante as visitas de campo, e os resultados obtidos com a aplicação do questionário online.

Por uma questão de sistematização da informação (na caracterização das linhas de água, nas propostas de intervenção e plano de intervenção), e atenta à impossibilidade prática de mobilizar meios humanos e materiais para realizar levantamentos para a totalidade da

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rede hidrográfica, foram predefinidos, no âmbito do presente estudo e na sequência das visitas de campo, tipologias de linhas de água, que traduzem semelhanças tanto ao nível específico das suas características fisiográficas, como dos problemas, pressões e vulnerabilidades, de origem antrópica, a elas associadas. A descrição da metodologia adotada para a tipificação das linhas de água encontra-se detalhadamente exposta no subcapítulo 2.3.

No caso particular da caracterização fitogeográfica e fitossociológica, foi realizada uma revisão de literatura de especialidade e um tratamento específico dos dados, levantados em campo. Esta caracterização permitiu a identificação dos bosques e comunidades ripícolas, naturalmente associados aos corredores ripícolas dos rios Vouga, Mondego e Lis, e respetivas perturbações e pressões (naturais ou antrópicas), que neles ocorrem. Este exercício, devido à sua especificidade e inerente complexidade, é justificado no capítulo seguinte (subcapítulo 2.2.1.).

A caracterização geral das componentes físicas, biológicas e antrópicas, juntamente com a respetiva síntese (identificação de problemas e causas associadas) e conclusão, é reportada no Anexo I deste volume, uma vez que constitui, por si só, o resultado da aplicação desta etapa metodológica.

2.2.1. Caracterização da vegetação ripícola

Relativamente à potencial vegetação autóctone, associada aos corredores fluviais das bacias hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis, que integram a RH4, existem várias fontes de informação, das quais se destacam: PGRH-RH4 (2012), Nova Flora de Portugal de Amaral Franco (1971, 1984, 1994,1998), Flora Ibérica de Castroviejo (1986 -1988), Biogeografia de Portugal Continental (Costa et al., 1998), diversos guias da Serra da Estrela e de outras áreas protegidas, check-list de Rivas-Martinez et al. (1999), entre outros documentos referenciados na bibliografia. Com base na revisão destes documentos da especialidade, procedeu-se a uma triagem inicial das principais espécies arbóreas e arbustivas bioindicadoras dos bosques ripícolas potenciais.

Esta caracterização fitossociológica foi, entretanto:

 Complementada com os dados da Rede Natura 2000 (RN2000) e da Rede Nacional de Áreas Protegidas (RNAP, 1993), que integram o Sistema Nacional de Áreas Classificadas (SNAC) da Rede Fundamental da Conservação da Natureza (RFCN), decorrente da aprovação da Lei de Bases do Ambiente (LBA, 1987) e da concretização da Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ENCNB, 2001); e,

 Validada pelas observações e inventários florísticos, realizados no âmbito deste estudo, durante as visitas às linhas de água da RH4 (7 dias, 43 pontos de observação e 33 inventários florísticos, em uma ou nas duas margens dos cursos de água).

Este tipo de informação foi, posteriormente, confirmado através da consulta de páginas eletrónicas (http://www.flora-on.pt/, http://jb.utad.pt/flora), para aferir a distribuição de algumas espécies, em particular, nestas bacias hidrográficas.

A RN2000 é uma rede ecológica resultante da aplicação das Diretivas n.º 92/43/CEE (Diretiva Habitats) e n.º 79/409/CEE (Diretiva Aves) – entretanto, transpostas para o direito interno pelos DL n.º 226/97, de 27 de Agosto, e n.º 75/91, de 14 de Fevereiro, respetivamente

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– e constitui o principal instrumento para assegurar a conservação dos habitats naturais e espécies no território da União Europeia. Esta rede é composta por Zonas Especiais de Conservação (ZEC) – estatuto atribuído aos sítios reconhecidos como de importância comunitária (Sítios) na fase final do processo de inclusão na RN2000 – e Zonas de Proteção Especial (ZPE). As primeiras foram “criadas ao abrigo da Directiva Habitats, com o objetivo de contribuir para assegurar a Biodiversidade, através da conservação dos habitats naturais (Anexo I da Diretiva n.º 92/43/CEE) e dos habitats de espécies da flora e da fauna selvagens (Anexo II da Diretiva n.º 92/43/CEE), considerados ameaçados no espaço da União Europeia" (RCM n.º 115-A/2008, de 21 de Julho). Enquanto as ZPE, estabelecidas pela Diretiva Aves, destinam-se “essencialmente, a garantir a conservação das espécies de aves e seus habitats” RCM n.º 115-A/2008, de 21 de Julho).

Atualmente, o quadro de salvaguarda e valorização das áreas classificadas da RFCN é estabelecido pelo Regime Jurídico de Conservação da Natureza e Biodiversidade (RJCNB), aprovado no âmbito da publicação do DL n.º 142/2008, de 24 de Julho, e pelos diplomas de criação de cada área protegida. Porém, no caso particular das áreas abrangidas pela Lista Nacional de Sítios, potencialmente reconhecidas como Sítios e classificadas como ZEC, não estava previsto qualquer instrumento de planeamento territorial ou de natureza especial, que contivesse as medidas necessárias para garantir a sua proteção, até à publicação do DL n.º 140/99, de 24 de Abril (diploma que procedeu à revisão da transposição para a legislação nacional das diretivas Aves e Habitats e cuja redação é dada atualmente pelo DL n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro). Este diploma legal prevê, de acordo com o disposto no ponto n.º 4 do artigo 8.º, a elaboração de um plano setorial, relativo à implementação da RN2000, para estabelecer o «âmbito e enquadramento das medidas referentes à conservação das espécies da flora, da fauna e dos habitats naturais, tendo em conta o desenvolvimento económico e social das áreas abrangidas». O Plano Setorial da Rede Natura 2000 (PSRN2000) foi aprovado, no ano 2008, com a publicação da RCM n.º 115-A/2008, de 21 de Julho, e visa a preservação dos valores naturais das áreas classificadas e respetiva compatibilização com as atividades humanas, no sentido de uma gestão ecológica, económica e socialmente sustentável. Este instrumento fornece uma caracterização sumária dos Sítios e áreas classificadas, com a identificação dos principais habitats naturais (Anexo B-I do DL n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro) e espécies (Anexo B-II do DL n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro) que neles ocorrem; bem como, as principais orientações de gestão para a manutenção ou restabelecimento do seu estado de conservação favorável.

O estatuto legal de proteção de alguns Sítios e áreas da RN2000 é ainda reforçado pela sua integração na RNAP (1993), ao ser classificada como Área Protegida. Apesar do RNAP ter sido criado com a publicação do DL n.º 19/93, de 23 de Janeiro, atualmente, o processo de criação de Áreas Protegidas é regulado pelo DL n.º 142/2008, de 24 de julho. De acordo com o artigo 12.º deste diploma legal, este tipo de classificação visa conceder, a uma determinada área territorial, “um estatuto legal de proteção adequado à manutenção da biodiversidade e dos serviços dos ecossistemas e do património geológico, bem como à valorização da paisagem,” condicionando o uso, gestão e conservação dos seus sistemas naturais e, designadamente, as intervenções das linhas de água inseridas nessas áreas protegidas. De acordo com o ponto n.º 2 do artigo 1.º do mesmo diploma legal, são “classificadas como áreas protegidas as áreas terrestres e aquáticas interiores e as áreas marinhas em que a biodiversidade ou outras ocorrências naturais apresentem, pela sua raridade, valor científico, ecológico, social ou cénico, uma relevância especial que exija medidas específicas de conservação e gestão, em ordem a promover a gestão racional dos recursos naturais e a valorização do património natural e cultural, regulamentando as intervenções artificiais suscetíveis de as degradar.” Ao abrigo do disposto no RJCNB, as áreas

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protegidas podem ser de âmbito nacional, regional ou local, consoante os interesses que procuram salvaguardar, e podem assumir diferentes tipos de figuras de proteção, de acordo com o RJCNB. No caso particular da RH4, podemos encontrar áreas protegidas classificadas como:

 Parque Natural – Uma área que contenha predominantemente ecossistemas naturais ou seminaturais, onde a preservação da biodiversidade a longo prazo possa depender de atividade humana, assegurando um fluxo sustentável de produtos naturais e de serviços (Artigo 17.º do RJCNB).

 Reserva Natural – uma área que contenha paisagens resultantes da interação harmoniosa do ser humano e da natureza, e que evidenciem grande valor estético, ecológico ou cultural (Artigo 18.º do RJCNB).

 Paisagem Protegida – uma área que contenha paisagens resultantes da interação harmoniosa do ser humano e da natureza, e que evidenciem grande valor estético, ecológico ou cultural (Artigo 19.º do RJCNB).

Para a concretização desta fase do estudo, realizou-se o enquadramento e a distribuição, por bacia hidrográfica (Vouga, Mondego e Lis), das principais espécies e Habitats Naturais ripícolas, identificados na RN2000 e na RNAP. Este exercício permitiu determinar, conjuntamente com outros critérios, a identificação e distribuição dos bosques ribeirinhos potenciais das diferentes bacias hidrográficas, em cada setor longitudinal.

Os pontos de observação – identificados no âmbito das visitas de campo – que foram utilizados como base de referência para a caracterização fitossociológica, correspondem a troços de linhas de água, cujas condições, a nível da flora, correspondem, geralmente, a um estado de naturalidade e conservação superior. Estes permitiram determinar e classificar, in loco, o bosque ripícola dominante, assim como, fornecer informação relevante sobre o elenco florístico, tanto ao nível das espécies biondicadoras, como das espécies acompanhantes do sub-bosque higrófilo. Para esta classificação, foram também consultadas as listas de macrófitas dos pontos de amostragem, realizados no âmbito dos Planos de Gestão das Bacias Hidrográficas (2001). Os respetivos inventários florísticos foram realizados, recorrendo-se a uma escala de abundância relativa (de 1 a 5), para determinar a percentagem (%) aproximada de cobertura das espécies vegetais identificadas, em cada ponto (Quadro 1).

Quadro 1 - Escala de abundância relativa, segundo a escala de Braun-Blanquet.

ESCALA COBERTURA DAS ESPÉCIES VEGETAIS (%)

1 1 a 5%

2 5 a 25%

3 25 a 50%

4 50 a 75%

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A análise de toda esta informação permitiu realizar a tipificação de sete bosques ripícolas, aos quais se referenciaram tanto os Habitats Naturais diretamente associados aos recursos hídricos, como os que, devido à sua proximidade aos ecótonos ripícolas e ao seu grau de hidrofilia, se considerou que contribuíam de forma significativa para o aumento e diversidade florística das comunidades vegetais ribeirinhas (muitas vezes com a presença de espécies vegetais de carácter mesófilo). Deste trabalho, foi ainda possível perceber que, associado aos bosques ribeirinhos, surgem também diversos microhabitats ou comunidades ribeirinhas ou ripícolas, a nível da secção dos cursos de água, que estão associadas a condições específicas locais, tais como, afloramentos rochosos ou ressumantes, comunidades aquáticas (macrófitas aquáticos), etc.

Por fim, utilizando esta tipificação dos bosques ripícolas, foi possível proceder-se à definição da sua distribuição (ou maior frequência) por cada setor longitudinal das bacias hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis. Ao longo das três bacias, verificou-se a ocorrência de alterações naturais, ao nível dos principais bosques ripícolas, que se distribuem pelos seus diferentes setores longitudinais (montanha, alto/médio e baixo). De um modo geral, as zonas de cabeceira albergam bosques ripícolas de amiais. Nas linhas de água do setor alto/ médio, estes bosques de amiais, surgem associados às comunidades ripícolas de amiais paludosos e holófitas enraizadas/tabuais; surgindo ainda, na cota mais baixa dos cursos médios da bacia hidrográfica do rio Mondego, alguns freixiais. Por fim, no setor inferior ou zonas mais baixas surgem: bosques de freixais e bosques de salgueirais, e perto da foz albergam os bosques de tamargais, sendo a distribuição longitudinal destes bosques indicada no esquema abaixo (Figura 2).

Figura 2 - Esquema genérico da disposição longitudinal dos bosques ripícolas das bacias hidrográficas em estudo, por setor.

1 Bosques de Amieiros (Ficha B1)

2 Bosques de Amieiros (Ficha B1), com comunidades de Amiais Paludosos (Ficha C1) e de Helófitas

(Tabual/Caniçal) (Ficha C2)

3 Bosques de Freixos (Ficha B2) 4 Bosques de Salgueiros (Ficha B3) 5 Bosques de Tamargais (Ficha B7)

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2.2.2. Identificação das principais perturbações e potenciais causas

Após o levantamento de informação, relativo às características físicas e antrópicas das bacias hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis e à composição e distribuição dos bosques ripícolas, naturalmente associados aos corredores fluviais desta região hidrográfica, procedeu-se à identificação das perturbações e disfunções que ali ocorrem e suas potenciais causas. Para isso, foram utilizadas as fontes de informação referidas anteriormente.

O questionário, em particular, funcionou como uma ferramenta de participação pública para a análise do estado de conservação das linhas de água – informação determinante para a caracterização geral da rede hidrográfica. Com a análise dos respetivos resultados, foi possível aferir localmente determinadas características de algumas linhas de água e respetivas bacias hidrográficas, de acordo com a perceção dos atores locais. Os métodos e técnicas que estiveram na base deste questionário, bem como o tipo de resultados obtidos, encontram-se descritos no subcapítulo seguinte, devido à especificidade da matéria em questão.

Ao confrontar a informação resultante da aplicação do questionário, com os dados da caracterização presentes no PGBH-RH4 e os resultantes das visitas de campo e da revisão de literatura especializada, foi possível então identificar e relacionar, de uma forma integrada, as perturbações físicas, biológicas e antrópicas, que atualmente ocorrem nos corredores fluviais das bacias hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis, determinando as potenciais causas associadas. Os resultados desta avaliação encontram-se apresentados no Anexo I deste volume.

2.2.2.1. Análise do questionário online

No caso particular do questionário, por uma questão de diligência processual, foi adotada uma abordagem eletrónica (via internet), o que permitiu obter tipos de resposta adequados ao formato digital de análise dos resultados, assim como a submissão de registos fotográficos das linhas de água. Relativamente ao público-alvo, julgou-se razoável que os mesmos deveriam ser as pessoas que têm regularmente uma proximidade forte com as linhas de água da RH4. Essa escolha recaiu, de uma forma consensual, sobre os presidentes de junta de freguesia, de forma a aproveitar as bases de dados já existentes nestas instituições – solicitadas à Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE). Não obstante, outros interlocutores poderiam ser chamados para o preenchimento do questionário, se assim fosse necessário, tais como técnicos responsáveis por intervenções e atividades em espaços ribeirinhos. A plataforma online, utilizada para o preenchimento do questionário, foi desenvolvida inteiramente pela equipa técnica da FEUP. A sua distribuição foi feita via correio eletrónico, através do envio do respetivo link (reabrios.tk) para a lista de endereços oficiais das juntas de freguesia, disponibilizada pela ANAFRE; tendo sido ainda disponibilizado um contacto eletrónico específico da equipa técnica da FEUP (reabrios@fe.up.pt) para o esclarecimento de dúvidas e dificuldades no preenchimento. O questionário online foi aplicado a nível regional (RH4), tendo abrangido 797 (setecentos e noventa e sete) freguesias (aglutinadas em 69 concelhos e 7 distritos). O período de recolha

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de dados decorreu entre os dias 4 de Outubro a 31 de Dezembro de 2012. O número total de respostas ao questionário online foi 174 (cento e setenta e quatro), sendo que as mesmas eram referentes a 452 (quatrocentos e cinquenta e duas) linhas de água. Após a recolha de resultados, foi realizado um tratamento de dados para a análise estatística. As respostas foram analisadas, utilizando o software estatístico SPSS/Windows (Statistical Package for Social Sciences). Desde logo, o ficheiro resultante teve de ser manipulado, para dar origem aos formatos .xls e .spv/sav. A análise realizada dividiu-se em duas fases:

 Na fase I - Foram alvo de exclusão os questionários ou as respostas de questionários que não preencheram todos os requisitos para serem validados.

 Na fase II - Foram analisadas as respostas quanto aos dados gerais do inquirido, quanto à caracterização das linhas de água e quanto à opinião dos inquiridos acerca do tema de reabilitação fluvial.

A análise de resultados do questionário e incorporação destes no esquema geral de atuação seguiram a metodologia apresentada na Figura 3.

Figura 3 - Metodologia utilizada na análise dos resultados dos questionários online

Deste processo de validação, resultaram as 167 (cento e sessenta e sete) respostas (432 linhas de água, 21% das freguesias sob jurisdição da ARH do Centro), que foram utilizadas para a prossecução dos objetivos do estudo. No Quadro 2, apresenta-se, atentos já os resultados obtidos, um resumo geral dos dados do questionário, tendo como padrões alguns indicadores do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Quadro 2 – Dados-resumo do questionário online, aplicado no âmbito do presente estudo (indicadores do INE)

INDICADORES DESCRIÇÃO / RESULTADOS

Entidade responsável FEUP: “Estudo estratégico para intervenções de reabilitação na

rede hidrográfica da ARH do Centro”

Âmbito geográfico da operação Região Centro, sob jurisdição da ARH do Centro

População-alvo Presidentes de Junta de Freguesia e/ou técnicos responsáveis por

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INDICADORES DESCRIÇÃO / RESULTADOS

Tipo de operação estatística Questionário amostral

Tipo de fonte de informação utilizada Direta

Periodicidade de realização da operação Pontual (uma vez)

Período de realização 4/10 a 31/12 de 2012

Desenho do questionário Metodologia seguida para o desenho do questionário: elaboração

de questionário; consulta e validação de testes; disponibilizado via internet; tempo médio para preenchimento do questionário de 20 minutos.

Objetivos Realizar a caracterização, análise e avaliação das linhas de água

da RH4; Recolher informação sobre o grau de sensibilidade para as questões ambientais, conhecimentos acerca de rios e ribeiras, informações de possíveis projetos que acompanharam e contributos para a melhoria dos sistemas fluviais.

Utilizadores da informação Diagnóstico / Caracterização / Monitorização e Manutenção

Base de amostragem A amostra é aleatória com dispersão por correio eletrónico

Tipo de amostragem Probabilística

Dimensão da amostra 174 Questionários respondidos, dos quais 167 válidos (96%)

452 Linhas de água caracterizadas, das quais 432 válidas (96%)

Utilização de incentivos Apoio e esclarecimento constante no preenchimento dos

questionários

Entrada de dados Digitação

Questionário online

Total de questões 76 Total de questões gerais 43 Total de questões específicas 31 Total de questões abertas 2

Software utilizado SPSS (Statistical Package for Social Sciences) e Microsoft Office

Excel

Tratamento dos dados A informação foi recolhida através do computador.

Em cada questionário foram efetuados os seguintes procedimentos: - Verificação e validação do trabalho;

- Compilação da informação recolhida; - Tipificação das questões abertas; - Constituição da base de dados.

Tratamento de não respostas Foram excluídos do âmbito deste estudo, os questionários repetidos,

os questionários relativos à mesma Junta de Freguesia (JF) mas com informação contraditória; e os questionários que responderam não ter qualquer linha de água para caracterizar.

Para as questões em que não houve qualquer resposta por parte do inquirido, nesse caso, foi codificada em “99”.

Obtenção de resultados Cálculo dos resultados obtido diretamente com base na aplicação

do SPSS. Para facilidade de leitura dos resultados foram agrupados e realizados gráficos em Excel.

População

População – idade mínima 29 População idade máxima 80

(22)

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INDICADORES DESCRIÇÃO / RESULTADOS

Total de Freguesias participantes 167 Total de linhas de água 432 Total de questionários preenchidos 174

Quadro 2 – Dados-resumo do questionário online, aplicado no âmbito do presente estudo (indicadores do INE)

2.3. Tipificação das linhas de água

Por uma questão de sistematização da metodologia, no âmbito do presente estudo, optou-se, por definir e classificar tipologias de linhas de água homogéneas, que traduzissem semelhanças ao nível das suas características fisiográficas e biológicas; bem como, dos problemas, pressões e vulnerabilidades, de origem antrópica, a elas associadas.

A tipificação das linhas de água proposta para a RH4 teve como base a classificação do Instituto da Água (INAG), realizada em 2008, no âmbito da implementação da DQA. A validação desta classificação resultou num conjunto de sete tipologias de linhas de água para a rede fluvial da região hidrográfica em análise, após confrontação com os dados da caracterização da rede hidrográfica realizada previamente.

De acordo com a definição de tipologia de rios, realizada pelo INAG (2008), existem, em Portugal Continental, 12 (doze) tipos gerais de rios, acrescidos de três tipos associados e específicos dos grandes rios: Douro e Minho, Tejo e Guadiana. Assim a tipologia é constituída por 15 (quinze) tipos de rios (Figura 4). Os tipos de rios assim obtidos resultaram da aplicação do Sistema B da DQA, onde foram avaliados fatores obrigatórios, tais como: altitude; dimensão da área de drenagem, latitude; longitude e geologia.

Para além dos fatores obrigatórios, a aplicação do Sistema B seguiu diversos passos, sinteticamente: (i) seleção dos fatores facultativos (declive médio do escoamento, precipitação média anual, coeficiente de variação da precipitação, escoamento, temperatura média anual, e amplitude térmica média anual), (ii) análise estatística multivariada (ordenação e classificação) das variáveis quantitativas climáticas e morfológicas para a identificação de regiões morfoclimáticas, (iii) interceção do resultado obtido com a geologia e dimensão da área de drenagem, (iv) confronto, para efeitos de validação da tipologia abiótica resultante, com informação biológica das comunidades de invertebrados bentónicos, diatomáceas (fitobentos), macrófitos e peixes, obtida em campanhas de amostragem efetuadas em locais de referência (2004-2005) (INAG, 2008). A Figura 5 apresenta as tipologias de rios da região hidrográfica da ARH do Centro, efetuada de acordo com a definição e classificação da tipologia de rios em Portugal Continental adotada no âmbito da implementação da DQA, definida pela Autoridade Nacional da Água (INAG, 2008).

De acordo com esta classificação, para a rede hidrográfica da ARH do Centro, as tipologias de rios definidas são:

L Rios do Litoral Centro;

M Rios Montanhosos do Norte;

N1 <=100 Rios do Norte de Pequena Dimensão N1> 100 Rios do Norte de Média-Grande Dimensão

(23)

Figura 4 - Tipos definidos para Portugal Continental não estando representados os 3 tipos dos grandes rios (INAG, 2008)

Com base nesta classificação, elaborou-se, no âmbito deste estudo, uma análise mais específica e ajustada à escala da RH4, de forma a traduzir melhor a realidade desta região, no que diz respeito às suas especificidades, nomeadamente, ao nível das perturbações, pressões e necessidades. Nesse sentido, para atingir os objetivos supramencionados, foram definidas e classificadas 7 (sete) tipologias de linhas de água para a região hidrográfica da ARH do Centro.

Essas tipologias consistem em zonas homogéneas a nível da tipologia de problemas, de pressões e vulnerabilidades. Da mesma forma, as soluções-tipo propostas foram apresentadas por tipologia de linha de água, ainda que, naturalmente, possa existir o caso de a mesma solução-tipo ser adotada em mais do que uma zona, dependentemente das suas características específicas. Também, os recursos materiais e financeiros para implementação das soluções-tipo serão diferentes de tipologia para tipologia, em função das características específicas de cada zona.

(24)

14

Figura 5 - Tipologia de Rios da Região Hidrográfica da ARH do Centro segundo a Autoridade Nacional da Água

Tendo em conta os pressupostos referidos, e em acordo com a ARH Centro, foi adotada a seguinte tipificação das linhas de água para a RH4 (Figura 6):

i. Rios Montanha (Cabeceiras Alva e Mondego (Serra Estrela), Buçaco e Caramulo; ii. Rios Médio e Alto principais (Vouga, Dão, Mondego e Alva);

iii. Rios Médio e Alto secundários (Vouga, Dão, Mondego e Alva);

iv. Baixo Lis principal (a jusante da cidade de Leiria);

v. Baixo Mondego principal (jusante do açude-ponte (Coimbra));

vi. Baixo Vouga principal e secundários mais importantes do Vouga e Mondego;

vii. Rios da zona Baixa secundários e terciários.

As informações de base, que estiveram na origem desta classificação, foram a caracterização abiótica, realizada pela Autoridade Nacional da Água, e as informações prestadas pelos técnicos da ARH do Centro e pela população local, auscultada aquando das visitas de campo realizadas. Neste caso, os parâmetros naturais que determinaram a tipificação foram essencialmente de natureza fisiográfica, geológica e fitossociológica, nomeadamente, as perturbações identificadas ao nível da erosão, a presença de vegetação exótica/infestante e o substrato geológico.

(25)

Figura 6 - Tipologias de linhas de água definidas no âmbito do “Estudo estratégico para intervenções de reabilitação na rede hidrográfica da ARH do Centro”

Esta classificação permitiu, num primeiro momento, identificar os tipos de bosques e comunidades ripícolas autóctones, que se podem encontrar em cada tipologia de linha de água; e, num segundo momento, desenvolver propostas de intervenção, potencialmente aplicáveis aos corredores fluviais que integram cada tipologia de linha de água, em função do tipo de vale e tipologia de uso das margens. Esta tipificação permitiu, em última análise, determinar a programação financeira para a prossecução dos objetivos de conservação e reabilitação fluvial da RH4, no âmbito do desenvolvimento do plano de intervenção, propriamente dito.

2.4. Identificação e tipificação das medidas de intervenção

A proposta de medidas de intervenção surgiu no seguimento de uma análise cuidada das medidas propostas pelo PGBH-RH4 (total de 184) para as massas de água da RH4. No sentido da prossecução dos objetivos deste estudo estratégico, foi realizada uma triagem das medidas adequadas aos mesmos, com base na qual se identificaram 28 (vinte e oito) medidas gerais. Ao concatenar medidas semelhantes, obtiveram-se 11 (onze) tipos de medidas, às quais está associado um conjunto específico de ações de intervenção. Estas foram divididas em dois grandes grupos: medidas materiais (6) e imateriais (5), de acordo com os objetivos propostos:

(26)

16

Medidas Materiais Previstas:

M1. Modelação, consolidação, recuperação de margens e remoção de barreiras no leito e margens;

M2. Conservação, corte e limpeza da vegetação; M3. Limpeza (remoção) de resíduos;

M4. Plantação e sementeiras de espécies autóctones; M5. Construção e requalificação de obras hidráulicas; M6. Melhoria da heterogeneidade habitats;

Medidas Imateriais Previstas:

Mi1. Melhorar a fiscalização e acompanhamento de intervenções; Mi2. Monitorização, manutenção e ações de valorização/conservação; Mi3. Gestão e Ordenamento do território fluvial;

Mi4. Promoção da participação pública; Mi5. Realização de estudos e planos.

A tipificação das medidas de intervenção surgiu da necessidade de sistematizar a informação relativa à análise dos casos práticos, que integram este estudo estratégico (Etapas 4 a 6) e à priorização dos troços de linha de água na RH4, procedimento que está na base da proposta do plano de intervenção (Etapas 7 e 8).

Para cada medida de intervenção foram desenvolvidas várias fichas-síntese, com informação relativa às especificações técnicas e operacionais, cuidados a ter e especificações biofísicas, quando necessárias, acompanhadas de ilustrações exemplificativas das respetivas soluções (Anexo IV – Volume II).A informação relativa aos recursos materiais e financeiros, necessários para operacionalização das medidas previstas, é parte integrante destas fichas-síntese. Esta poderá apresentar-se de várias formas, dependendo do tipo de solução:

 Preço por unidade: € /un;  Preço por valor global: € /vg;  Preço por metro linear: € /ml;  Preço por metro quadrado: € /m2

 Preço por metro cúbico: € /m3

Esta informação, serviu de base, a posteriori, para determinar a estimativa orçamental das propostas de intervenção para cada caso prático analisado (Anexo III – Volume II), em função das medidas e ações selecionadas, no sentido da sua conservação e reabilitação fluvial.

(27)

2.5. Análise de casos práticos 2.5.1 Seleção dos casos práticos

Na sequência da identificação das medidas de intervenção, que se enquadram nos objetivos deste estudo estratégico, foram identificadas, no âmbito do PGBH-RH4, 58 massas de água superficiais (de um total de 191) (Anexo I-A - Volume I), com ações de intervenção previstas, ao nível da sua conservação e reabilitação fluvial. Posteriormente e tendo por base estes dados, foram também analisados os resultados do questionário online e realizadas várias visitas de campo, com o objetivo de selecionar troços de linha de água, com capacidade para exemplificar as soluções-tipo (com estimação de custos) para os problemas detetados em cada bacia hidrográfica e tipologia de linha de água, em função do tipo de vale e da tipologia de uso das margens (Anexo III - Volume II). Estes constituem os casos práticos do presente estudo estratégico. A escolha destes troços teve por base dois pontos fundamentais:

1. A representatividade de cada troço em função da tipologia de linha de água a que pertence, perante as características hidrogeomorfológicas e as pressões e mais-valias identificadas;

2. A aptidão de cada troço para exemplificar a diversidade de medidas e ações de intervenção, entretanto tipificadas no âmbito do presente estudo.

No âmbito deste trabalho, foram visitados 43 (quarenta e três) troços de rio da rede fluvial da RH4, dos quais foram selecionados 20 (vinte), de acordo com os critérios acima referidos, para constituírem os casos práticos deste estudo estratégico. Após o desenvolvimento das respetivas propostas de intervenção, os resultados obtidos serviram de base de fundamento para a proposta do plano de intervenção, principalmente no que diz respeito à programação financeira.

2.5.2 Caracterização dos casos práticos

Para a caracterização de cada caso prático, foi utilizada não só informação resultante das observações registadas durante as visitas de campo, mas também da revisão de literatura e do PGBH-RH4 (2012), relativa ao estado ecológico da massa de água superficial e respetivas perturbações e pressões antrópicas que nela ocorrem.

A metodologia de caracterização em campo (Anexo III - Volume II) efetuou-se a partir da recolha e obtenção de dados de diferentes componentes de avaliação. Como exercício inicial, foram registados, em perfil longitudinal e corte transversal, todos os elementos de caracterização de cada troço de rio, identificado como potencial caso prático, e respetiva zona envolvente, numa faixa de 500m de comprimento e 10m para cada lado das margens da linha de água. Relativamente à identificação da vegetação, existente em cada corredor fluvial, foi realizado um inventário florístico e identificado o respetivo enquadramento fitogeográfico, com auxílio de literatura da especialidade. A restante informação recolhida foi tratada, codificada, reorganizada e classificada para cada ponto amostrado e troço global, através do cálculo do Índice de Reabilitação de Rios (IRR). Neste

(28)

18

caso, a partir dos dados qualitativos e quantitativos da tabela de campo apresentaram-se os resultados globais agrupados em três grupos com sete componentes (Quadros 3, 4 e 5):  IRR1: Dados Gerais (A);

 IRR2: Qualidade da água (B); Hidrogeomorfologia (C); Corredor Ecológico (D); Alterações Antrópicas (E);

 IRR3: Participação Pública (F); Organização e Planeamento (G).

A avaliação de cada grupo de caracterização, numa escala de I a V, foi efetuada pelo resultado com pior classificação do parâmetro em análise.

O grupo 1 (IRR1) corresponde à componente dos Dados Gerais (A) de caracterização que são previamente recolhidos por bibliografia e aferidos diretamente em campo. Fazem parte deste grupo: a localização, data, nome dos observadores, linha de água, bacia hidrográfica, ARH, distrito, concelho, freguesia e lugar ou local. Integrou ainda os registos da hora de início e fim de preenchimento da tabela de campo (Quadro 3). A importância da recolha de dados gerais estabeleceu o grau de confiança das componentes e seus parâmetros para uma avaliação final da caracterização.

Quadro 3 - Componentes de avaliação do Índice de Reabilitação de Rios (IRR): Grupo 1, IRR1

COMPONENTES PARÂMETROS /VARIÁVEIS DE RESULTADOS TABELA DE

CAMPO

A. Dados Gerais Os dados corretos e integralmente registados (com controlo de

qualidade).

Equipa com pelo menos um elemento com formação específica, saída de campo em segurança com material de campo.

0. A1, B.10

Resultado Total de A – Dados Gerais I a V

IRR1 Índice que classifica um troço de acordo com a necessidade de

reabilitação

Todos

Resultado Total de IRR1 I-V

O grupo 2 (IRR2) corresponde às componentes: Qualidade da Água (B); Hidrogeomorfologia (C); Corredor ecológico (D); e Alterações antrópicas (E), (Quadro 4).

A Qualidade da Água (B) superficial dos locais em estudo foi caracterizada e definida, através de índices de qualidade. Estes agregam a informação resultante da análise laboratorial e de campo dos três parâmetros: físico-químicos, bacteriológicos e biológicos, em cada ponto dos troços em estudo. Para a avaliação e apresentação final dos resultados recorreu-se a gráficos e tabelas de síntese de dados.

A caracterização da Hidrogeomorfologia (C) subdividiu-se em dois grandes grupos de estudo: o regime hidrológico e geomorfologia, cujos parâmetros de caracterização e respetivos índices são descritos na tabela de campo.

A avaliação do Corredor Ecológico (D) constitui uma tarefa complexa e nem sempre consensual. Entre os inúmeros parâmetros que permitiu estimar o estado e funcionamento do corredor, destacam-se a conectividade do corredor fluvial, os fluxos e funções deste espaço, a integridade e resiliência do ecossistema ribeirinho. A informação recolhida das principais componentes de caracterização e avaliação em campo, como sejam a vegetação, habitat e fauna, foi também agrupada e classificada, para atribuir os vários índices de qualidade.

(29)

Para avaliar as Alterações Antrópicas (E), com base na recolha de campo, efetuou-se a análise de registos, das infraestruturas presentes, dos usos e utilizações das margens e água, intervenções de regularização, descargas de esgotos e efluentes, presença de indícios de pressão humana e tipo de comportamento cívico. Os dados recolhidos foram agrupados e tipificados como poluição, construção e exploração/usos.

A determinação do Índice de Reabilitação de Rios (IRR2) permitiu, assim, identificar os principais problemas do local em estudo, indicando o grau de perturbação da linha de água e as principais medidas de intervenção necessárias para atingir o bom estado da massa de água.

Com efeito, foi possível estabelecer uma relação entre os principais problemas detetados na caracterização do IRR2 e as medidas previstas materiais e imateriais apresentadas no ponto 3 (Medidas Previstas) do esquema metodológico.

Quadro 4 - Componentes de avaliação do Índice de Reabilitação de Rios (IRR): Grupo 2, IRR2

COMPONENTES PARÂMETROS /VARIÁVEIS DE RESULTADOS TABELA DE

CAMPO B. Qualidade da água

B1.

Físico-química/bacteriológica

Avaliação de campo e laboratório A.2

B2. Ecológica Macroinvertebrados: diversidade e presença, %EPT e %AD, estado de saúde

A.3, 4, 19, 20

Resultado Total de B – Qualidade da água I a V

C. Hidrogeomorfologia

C1. Regime hidrológico Regime de escoamento A.5, 6 e B.1

C2. Características geomorfológicas

Dimensão do canal Estabilidade e erosão Forma do vale

Tipo de substrato do leito, margens e geológico

A.1, B.1.7;A.(5, 9.1), e B.1.6 a B1.9; B.3, B.7; A.9 e 17.3 B.1.2; A.(7.1 a 7.3 e 8)

Resultado Total de C – Hidrogeomorfologia I – V

D. Corredor Ecológico

D1.Vegetação Largura da vegetação; altura dominante e coberto da vegetação; Índice de Vegetação Ripícola (IVR); Índice de Conservação da Vegetação Ripícola (ICVR); Índice Simplificado da Qualidade da Vegetação Ribeirinha (ISQVR); Qualidade dos Bosques Ribeirinhos (QBR); grau de ensombramento do leito; Índice de Desenvolvimento da Vegetação (IDV); tipo de vegetação dominante; exóticas e invasoras.

A.12.3

D3.Habitat Habitat: leito/margem; Comunidades de habitat dominantes; Abundância de m

Matéria Orgânica (IAMO); Líquenes, musgos e fungos.

A.11.1; A.14 a 15 e B.4

D2.Fauna Peixes; anfíbios; répteis; aves, mamíferos; crustáceos e moluscos; Presença de espécies exóticas e invasoras.

A.18

(30)

20

COMPONENTES PARÂMETROS /VARIÁVEIS DE RESULTADOS TABELA DE

CAMPO E. Alterações

Antrópicas

E1. Poluição Efluentes, Resíduos, Ruído, Luminosa A.16

E2. Construções Sem infraestruturas; intervenções de regularização; estado de conservação das construções

A.17, A.2A.10, 16 e

17 E3. Exploração (usos) Usos do solo nas margens; utilização urbana (pública); utilização da

água

A.11, B.7, B.8

Resultado Total de E – Alterações antrópicas I-V

IRR2 Índice que classifica um troço de acordo com a necessidade de

reabilitação

Todos

Resultado Total de IRR2 I-V

Quadro 4 (continuação) - Componentes de avaliação do Índice de Reabilitação de Rios (IRR): Grupo 2, IRR2

O grupo 3 (IRR3) corresponde às componentes: Participação Pública (F) e Organização e Planeamento (G), (quadro 5).

A avaliação da Participação Pública (F) foi efetuada com base nos registos da tabela de campo conjuntamente com os estudos específicos, que incorporam dados e informações chave para o desenvolvimento da participação pública no processo de reabilitação fluvial. A avaliação foi definida de acordo com as atividades programadas no projeto e de acordo com os indicadores específicos. Os indicadores de avaliação integram as componentes de avaliação de disponibilização de informação, grau de envolvimento público e as intervenções de desenvolvimento de ação.

A caracterização do nível de Organização e Planeamento (G) dos recursos hídricos nem sempre é necessária para desenvolver projetos de reabilitação ribeirinha. No entanto, considerou-se importante elaborar esta caracterização, para uma correta integração do processo de reabilitação de um determinado espaço ribeirinho num plano de ação, monitorização e manutenção das intervenções preconizadas. A caracterização da Organização e Planeamento (G) consiste em determinar os principais problemas existentes e a corrigir. As componentes de caracterização, a integrar neste estudo são a legislação, estratégia de reabilitação e planos de ordenamento e gestão de bacia hidrográfica (ou PGBH-RH4) e, ainda, gestão das intervenções de melhoria.

Quadro 5 - Componentes de avaliação do Índice de Reabilitação de Rios (IRR): Grupo 3, IRR3

COMPONENTES PARÂMETROS /VARIÁVEIS DE RESULTADOS Nº. TABELA

F. Participação Pública

F1.Disponibilização de informação

Local de informação por junta de freguesia mais próxima ou acesso público à internet, disponibilidade de informação (técnicos e não técnicos) e acesso a informação de projetos de Participação Pública.

Tabela 1. E B.9

F2.Envolvimento público

Envolvimento dos decisores e com atividades de envolvimento: Sessões de Participação Pública no âmbito do projeto; grupos do Projeto Rios; associação local envolvida; existência de

questionário/questionários à população; registo de sondagem/entrevista direta à população local.

(31)

COMPONENTES PARÂMETROS /VARIÁVEIS DE RESULTADOS Nº. TABELA

intervenção, existência de feedback das decisões discutidas e finais. Desenvolvimento de ações: ações de participação ativa

desenvolvidas junto às linhas de água; desenvolvimento do Projeto Rios; ação de fiscalização; ação de monitorização; ação de acompanhamento da participação; envolvimento a população em ações no mínimo 1%.

Resultado Total de F – Participação Pública I-V

G. Organização e planeamento

G1. Legislação Cumprimento da legislação aplicável G2. Estratégia, planos

de ordenamento e gestão

Estratégia de reabilitação em implementação e integrada com as figuras de ordenamento locais e regionais (PBH. PGBH-RH4, PDM, REN, RAN).

G3. Intervenções de melhoria

Definição de objetivos claros de intervenções de melhoria; ações de monitorização com valores de referência; ações de fiscalização; plano de intervenção em caso de acidente ou catástrofe; plano de ações de intervenção e melhoria; ações de manutenção com envolvimento dos proprietários.

Resultado Total de G - Organização e planeamento I-V

IRR3 Índice que classifica um troço de acordo com a necessidade de

reabilitação Todos

Resultado Total de IRR3 I-V

Quadro 5 (Continuação) - Componentes de avaliação do Índice de Reabilitação de Rios (IRR): Grupo 3, IRR3

A classificação das várias componentes em estudo seguiu os princípios e indicadores de referência mencionados pela DQA e Lei da Água, no âmbito da reabilitação de linhas de água. Para a avaliação final efetuou-se uma combinação dos diferentes índices, tendo os dados analisados sido convertidos em classes de resultados, aos quais correspondem determinadas cores, potenciando a sua representação em mapas/cartas, tabelas, gráficos por ponto ou troço em estudo.

2.5.3 Compatibilização das medidas de intervenção

Para o desenvolvimento das propostas de intervenção, foi realizado previamente, um levantamento das medidas previstas no PGBH-RH4 (Fichas de Especificação e Programação de Medidas, (PGBH-RH4, 2012)) e das ações propostas nos questionários, para cada caso prático. No caso particular do questionário online (Anexo II - Volume II), foi utilizada a informação relativa à opinião dos atores locais sobre os tipos de intervenção a aplicar nos troços de linha de água, por eles identificados.

Assumindo as medidas de intervenção propostas da equipa técnica da FEUP (resultantes das observações feitas durante as visitas de campo), foi então estabelecida a compatibilização das medidas de intervenção previstas para a reabilitação das linhas de água da RH4, com base num processo de comparação entre as três principais fontes de informação. Deste exercício, resultou um conjunto de medidas de intervenção, para cada

(32)

22

caso prático, de acordo com a tipificação estabelecida previamente. A Figura 7 apresenta o esquema geral utilizado neste procedimento.

Figura 7 - Esquema geral utilizado para compatibilização de medidas previstas para exemplificação em cada roço-tipo

2.5.4 Desenvolvimento de propostas de intervenção e respetiva estimativa orçamental

Após o escrutínio das principais medidas e ações de intervenção a adotar em cada caso prático, para atingir as respetivas metas de conservação e reabilitação fluvial, foram desenvolvidas as propostas propriamente ditas. Todos os pormenores de projeto (como por exemplo, as técnicas de engenharia natural e as espécies vegetais a utilizar) variaram sempre em função dos elementos pré-existentes, da tipologia de linha de água em causa, o tipo de vale e a tipologia de uso em cada margem.

Para cada caso prático, foi posteriormente registado, em corte transversal, o esquema das diversas ações materiais de reabilitação fluvial previstas; no caso das plantações, perspetivando as mesmas no seu estado inicial (1 mês após a intervenção) e determinando os respetivos módulos de plantação. Para uma melhor perceção do resultado da intervenção proposta, foi igualmente ilustrada, em perfil longitudinal e corte transversal, a evolução prevista do troço de rio, para 10 anos.

Por fim, com base nas propostas de intervenção, foi realizada uma estimativa orçamental para cada caso prático (com preços individuais por medida de intervenção). Os custos unitários atribuídos a cada medida material e imaterial resultaram de uma análise extensa dos processos de medições e orçamentos lançados pela ARH Centro, desde 2009, pela consulta de catálogos (essencialmente, vegetação) e através de pedidos de orçamentos a diversas empresas. Independentemente do número de casos práticos, esta informação permitiu determinar uma média ou gama de preço/m2, por tipologia de uso de margem e

tipologia de linha de água, posteriormente utlizada como base de referência para a programação financeira do plano de intervenção proposto.

(33)

3.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Todos os dados, resultantes da aplicação da metodologia de trabalho acima descrita, são apresentados nos Anexos (I), (II), (III) e (IV) e correspondem, respetivamente, à caracterização da rede hidrográfica e respetivos sistemas ribeirinhos (I), ao desenvolvimento e aplicação do questionário online (II), ao processo de seleção, caracterização e proposta de requalificação dos casos práticos (III) e à apresentação das fichas-síntese, realizadas para cada medida e ação de intervenção proposta (IV).

A produção de toda esta informação permitiu, em última instância, o desenvolvimento da proposta do plano de intervenção, entretanto apresentado no Volume I deste relatório. No âmbito da revisão do plano de intervenção, esta metodologia deverá voltar a ser aplicada, com os devidos aperfeiçoamentos técnicos, e adaptada sistematicamente aos objetivos e princípios da lei de bases da política da água e do ambiente, vigentes à data de cada revisão do PGBH-RH4 (instrumento de gestão ao qual deverá estar permanentemente associado o plano de intervenção proposto).

(34)
(35)

Porto, 30 de Abril de 2013

Rodrigo Jorge Fonseca de Oliveira Maia

(Professor Associado da FEUP, Coordenador do projeto)

Equipa técnica: Pedro Teiga António Pinto António Brito Rosário Botelho Diana Fernandes

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ANEXOS

ANEXO I Caracterização das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis

ANEXO II Questionário Online

ANEXO III Casos Práticos

Referências

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