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Departamento de Desenvolvimento Profissional CONTABILIDADE ELEITORAL - PRESTAÇÃO DE CONTAS

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Departamento de Desenvolvimento Profissional

CONTABILIDADE ELEITORAL - PRESTAÇÃO DE CONTAS

Prof. Luis Antonio B Rangel

Prof.rangel58@gmail.com

Rio de Janeiro Maio de 2016

Rua 1º de Março, 33 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Cep: 20.010-000 Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 cursos@crcrj.org.br – www.crc.org.br

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Sumário. I Introdução. 1. Fundamentação Legal 2. Partido Político 2.1. Constituição 2.2. Plano de Contas 2.3. Registros Contábeis

2.4. Prestação de Contas Partidária 3. Obrigação de Prestar Contas Eleitorais

3.1. Pré-requisitos para inicio da campanha eleitoral

4. Arrecadação e Aplicação de Recursos para Campanha Eleitoral 4.1. Disposições Gerais

4.2. Limite de Gastos 4.3. Recibos Eleitorais 4.4. Contas Bancárias 5. Arrecadação

5.1. Origem dos Recursos 5.2. Aplicação dos Recursos 5.3. Doações

5.4. Comercialização de bens e/ou Promoção de eventos 5.5. Fontes Vedadas

5.6. Recurso de Origem não Identificada 5.7. Data Limite para arrecadação e despesas 6. Gastos Eleitorais

7. Prestação de Contas

7.1. Prazo, autuação da Prestação de Contas e da Divulgação do Relatório Financeiro de Campanha

7.2. Sobra de campanha

7.3. Elaboração e apresentação das Contas

7.4. Comprovação da arrecadação de Recursos e da Realização de gastos 8. Prestação de Contas Simplificada

9. Análise e julgamento das Contas 9.1. Recursos

10. Fiscalização

11. Disposições Finais 12. Bibliografia

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Introdução.

Ano eleitoral, o país se prepara para o maior evento da democracia: eleições. Neste ano serão para Prefeito e vereadores. Em todo pais são 5.561 municípios mobilizados para escolher as pessoas que, em quatro anos, cuidarão da gestão dos recursos públicos que deverão ser utilizados em segurança, educação, saúde, mobilidade urbana, obras publicas e demais demandas da população.

Nós contabilistas temos papel de destaque neste processo. Desde 2002 existe a obrigatoriedade de apresentação de prestação de contas pelos candidatos e comitê financeiro de Campanha. Nas eleições de 2014, houve uma grande conquista da nossa categoria. Pela primeira vez a participação do profissional de contabilidade passou a ser obrigatória com a assinatura nas prestações de conta, com isso, a Justiça eleitoral procura manter padrão de qualidade dos registros e sobretudo, diminuir o trabalho interminável de análise das referidas contas.

Várias mudanças vem sendo implementada nestas eleições, com destaque a limitação de doações para pessoa física, não permitindo, portando, doações de pessoa jurídica, a arrecadação e aplicação dos recursos somente para candidatos e Partidos Políticos, informar ao TSE em setenta e duas horas as movimentações financeiras, doações em espécie acima de R$ 1.064,10 somente por transferência eletrônica entre as contas bancárias do doador e do beneficiário e outras mais que abordaremos no decorrer do nosso curso,

Portanto, o desafio é imenso, contudo, nossa vontade de prestar um serviço de excelência aos nossos clientes e contribuir para a Democracia é maior ainda. Sejam bem-vindos!

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1. Fundamentação Legal

 Constituição Federal Art. 14 ao 17 e do Art. 118 ao 121  Lei 4.737 de 15 de julho de 1965 Institui o Código Eleitoral

 Lei 9.096 de 19 de setembro de 1995 Dispõe sobre partidos políticos, regulamenta os arts. 17 e 14, § 3º, inciso V, da Constituição Federal.  Lei 9.504 de 30 de setembro de 1997 Estabelece normas para

eleições

 Resolução TSE 23.463 de 15 de dezembro de 2015 Dispõe sobre a arrecadação e os gastos de recursos por partidos políticos e candidatos e sobre a prestação de contas nas eleições de 2016.  Resolução TSE 23.432 de 16 de dezembro de 2014 Regulamenta o

disposto no Título III da Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995 – Das Finanças e Contabilidade dos Partidos.

 Resolução CFC nº 1409/12 – Aprova a ITG 2002, que trata das Entidades sem Finalidade de Lucros.

 Instrução Normativa 1.019 RFB/TSE de 10 de março de 2010 Dispõe sobre atos, perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), dos comitês financeiros de partidos políticos e de candidatos a cargos eletivos, inclusive vices e suplentes.

 Instrução Normativa 1.179 de 02 de agosto de 2011 Altera a Instrução Normativa RFB/TSE nº 1.019, de 10 de março de 2010, que dispõe sobre atos, perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), dos comitês financeiros de partidos políticos e de candidatos a cargos eletivos, inclusive vices e suplentes.

 Instrução Normativa 1.480 de 16 de julho de 2014 Altera a Instrução Normativa RFB/TSE nº 1.019, de 10 de março de 2010, que dispõe sobre atos, perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), dos comitês financeiros de partidos políticos e de candidatos a cargos eletivos, inclusive vices e suplentes.

2. Partido Político.

Partido político é um grupo organizado, legalmente formado, com base em formas voluntárias de participação numa associação orientada para influenciar ou ocupar o poder político.

É, portanto, Pessoa Jurídica que agrupa pessoas que pensam do mesmo modo sobre problemas do Governo e de assuntos políticos em geral.

Os partidos políticos servem para exprimir e formar opinião pública. O objetivo do partido político é o domínio do poder político-administrativo quer seja no Município, no Estado ou União.

Segundo o Código civil em seu Art. 44 Inciso V incluído pela Lei 10.825/03, o Partido político é uma pessoa jurídica de direito privado.

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Assim, trata-se de uma instituição do terceiro setor da economia, uma vez que não pode ser considerado uma empresa por não ter objetivo de lucro e nem pode ser considerado órgão público.

2.1 Constituição.

Faz-se muita confusão quando o tema é a criação de partidos políticos. Alguns, equivocadamente, pensam que o partido é criado a partir do registro do seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral. Todavia, a finalidade do registro do estatuto do partido junto ao TSE, não é apenas sua criação.

A Constituição de Partido Politico em sua plenitude percorre três fases:  Fundação do partido;

 Aquisição de personalidade jurídica;

 Aquisição de direitos próprios de partidos políticos.

A criação (ou fundação) do partido ocorre com a reunião de fundação do partido e a confecção da ata correspondente (Lei nº 9.096/95, art. 8º, I).

A aquisição de personalidade jurídica pelo partido ocorre com o registro do seu ato constitutivo (estatuto) no Registro Civil das Pessoas Jurídicas da Capital Federal (Código Civil, art.45 e Lei nº 9.096/96, art. 7º,caput e art. 8º, §3º).

 O requerimento do registro de partido político, dirigido ao cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da Capital Federal, deve ser subscrito pelos seus fundadores, em número nunca inferior a cento e um, com domicílio eleitoral em, no mínimo, um terço dos Estados, e será acompanhado de:

 cópia autêntica da ata da reunião de fundação do partido;  exemplares do Diário Oficial que publicou, no seu inteiro teor,

o programa e o estatuto;

 relação de todos os fundadores com o nome completo, naturalidade, número do título eleitoral com a Zona, Seção, Município e Estado, profissão e endereço da residência

OBS; O requerimento indicará o nome e função dos dirigentes provisórios e o endereço da sede do partido na Capital Federal. Satisfeitas as exigências, o Oficial do Registro Civil efetua o registro no livro correspondente, expedindo certidão de inteiro teor.

A aquisição de direitos próprios de partido político ocorre com o deferimento do registro do seu estatuto no TSE:

Feita a fundação e adquirida a Personalidade Jurídica, os dirigentes nacionais promoverão o registro do Estatuto através de requerimento no Tribunal Superior Eleitoral acompanhado de:

 exemplar autenticado do inteiro teor do programa e do estatuto partidários, inscritos no Registro Civil;

 certidão do registro civil da pessoa jurídica( inteiro teor emita pelo Oficial de Registro Civil)

 certidões dos cartórios eleitorais que comprovem ter o partido obtido o apoiamento mínimo de eleitores,no período de dois anos, de eleitores não filiados a partido político, correspondente a, pelo menos, 0,5% (cinco décimos por cento) dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados os

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votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de 0,1% (um décimo por cento) do eleitorado que haja votado em cada um deles.

São prerrogativas de Partidos Políticos registrados no TribunalSuperior Eleitoral:

 direito de participar do processo eleitoral;  de ter acesso gratuito ao rádio e à televisão;  de receber quotas do fundo partidário;

 de gozar das imunidades tributárias dos partidos políticos; e

 de ter exclusividade sobre o uso do nome e símbolos partidários (Lei nº 9.096/95, art. 7º, §§ 2º e 3º).

2.2 Plano de Contas.

Embora o profissional de Contabilidade tenha liberdade na elaboração de plano de contas gerando informações que, do seu ponto de vista, atenda maior clareza nas informações, o Plano de Contas de Partidos Políticos está previsto na portaria TSE nº 28 de 26 de janeiro de 2015 e deve ser seguido na sua integra.

A Resolução 23.339/11 revogou o § 3º do Art. 12 da Resolução 21.84/04 que estabelecia o uso de Sistema de Prestação de Contas Partidárias (SPCP) facultativamente em 2005 e obrigatoriamente à partir de 2006.

Atualmente a matéria é disciplinada pela Resolução 23.432/14 que Regulamenta o disposto no Título III da Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995 – Das Finanças e Contabilidade dos Partidos.

Os Partidos Políticos devem manter escrituração digital, sob responsabilidade de profissional de contabilidade habilitado, que permita aferição da origem de suas receitas e a destinação de gastos, bem como de sua situação patrimonial.

RESUMO - ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS DE PARTIDOS POLÍTICOS.

1. ATIVO 2. PASSIVO

Código Descrição Código Descrição

1. Ativo 2 Passivo

1.1 Circulante 2.1 Circulante

1.1.1 Circulante- Fundo Partidário 2.1.1 Circulante Fundo Partidário 1.1.1.01 Disponível 2.1.1.01 Fornecedores

1.1.1.01.01 Caixa 2.1.1.01.01 Fornecedores de bens e serviços 1.1.1.01.01.01 Fundo de Caixas 2.1.1.01.01 Fornecedores de bens

1.1.1.01.02 BCOS CONTA MOVIMENTO 2.1.1.01.02 Prestadores de serviços

1.1.1.01.02.01 Bcos ..conta Fundo Partidário 2.1.1.01.03 Outros Fornecedores de bens e serviços

1.1.1.01.02.02 Bcos .. conta especial Fd Partidário

2.1.1.02 Obr. Trabalhistas Sociais e Fiscais

1. ATIVO 2. PASSIVO

1.1.2 Circulante – Outros Recursos

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1.1.2.01 Disponível 2.1.2.01 FORNCEDORES

1.1.2.01.01 Caixa 2.1.2.01.01 FORNCEDORES BENS SERVIÇOS

1.1.2.01.01.01 Fundo de caixa 2.1.2.01.01.01 Fornecedores de bens 1.1.2.01.02 BCOS CONTA

MOVIMENTO

2.1.2.01.01.02 Fornecedores de Serviços

1.1.2.01.02.01 Bcos .. outros recurso 2.1.2.01.01.03 Outros Fornecedores de Bens e Serviços

1.1.2.01.02.02 Bcos . Conta doações de campanha

2.1.2.02 Obr. Trabalhistas, Sociais e Fiscais

1.1.2.01.02.99 (-) Recursos de Origem vedada ou não identificada – conta retificadora

2.1.2.02.01 Obrigações Trabalhistas

1. ATIVO 2. PASSIVO

1.2 NÃO CIRCULANTE 2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 1.2.1 Não circulante – Fundo

Partidário

2.2.1 Não circulante – Fundo Partidário 1.2.1.01 Diretos Real. Após exer.

Seguinte

2.2.1.01 Fornecedores 1.2.1.01.01 Transf. do Fundo Partidário

a Receber LP

2.2.1.01.01 Fornecedores de Bens e Serviços 1.2.1.01.01.01 Direção Nacional - LP 2.2.1.01.01.01 Fornecedores de bens em longo

prazo

1.2.1.01.01.02 Direção Estadual - LP 2.2.1.01.01.02 Fornecedores de serviços em longo prazo

1.2.1.01.01.03 Direção Municipal - LP 2.2.1.01.01.03 Outros forn. bens e serv. em longo prazo

1.2.1.01.02 Créditos Receber em Longo Prazo

2.2.1.02 Obrigações Trabalhistas, Sociais e Fiscais

1.2.1.01.02.01 Títulos a Receber em Longo Prazo

2.2.1.02.01 Obrigações Trabalhistas 1.2.1.01.02.02 Outros Direitos Realizáveis

após o exercício seguinte

2.2.1.02.01.01 Outras obr. Trabalhistas em longo prazo 1.2.1.02 Despesas Antecipadas LP 1.2.1.03 Investimentos 1.2.1.04 Imobilizado 1.2.1.05 Intangível 1.2.2 NÃO CIRCULANTE OUTROS RECURSOS

2.2.2. NÃO CIRCULANTE – OUTROS RECURSOS

2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

2.3.1 PATRIMÔNIO SOCIAL FUNDO PARTIDÁRIO

2.3.1.01 PATRIMÔNIO SOCIAL FUNDO PARTIDÁRIO

2.3.1.01.01 Fundo patrimonial com recursos do Fundo Partidário

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2.3.1.01.02 Reservas

2.3.1.01.02.01 Reservas Estatutárias 2.3.1.01.02.02 Outras Reservas

2.3.1.01.03 AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

2.3.1.01.03.01 Ajuste às normas internacionais de contabilidade

2.3.1.01.04 SUPERÁVIT OU DÉFICIT ACUMULADO

2.3.1.01.04.01 Superávit ou déficit de exercícios anteriores

2.3.1.01.04.02 Superávit ou déficit do exercício 2.3.2 PATRIMONIO SOCIAL OUTROS

RECURSOS

2.3.2.1 PATRIMONIO SOCIAL OUTROS RECURSOS

2.3.2.01.01 FUNDO PATRIMONIAL

2.3.2.01.01.01 Fundo Patrimonial com Outros Recursos

2.3.2.01.02 RESERVAS

2.3.2.01.02.01 Reservas Estatutárias

2.3.2.01.02.02 Outras Reservas Estatutárias 2.3.2.01.03 AJUSTE DE AVALIAÇÃO

PATRIMONIAL

2.3.2.01.03.01 Ajustes às normas internacionais de contabilidade

2.3.2.01.04 SUPERÁVIT OU DÉFICIT ACUMULADO

2.3.2.01.04.01 Superávit ou déficit de exercícios anteriores

2.3.2.01.04.02 Superávit ou déficit do exercício

3. DEPESPAS 4.RECEITAS

3.1 DESPESAS DA ATIVIDADE PARTIDÁRIA

4.1. RECEITAS DA ATIVIDADE PARTIDÁRIA

3.1.1 DESPESAS EFETUADAS COM FUNDO PARTIDÁRIO

4.1.1 RECEITAS – FUNDO PARTIDÁRIO 3.1.1.01 DESPESAS GERAIS E ADM –

FUNDO PARTIDÁRIO

4.1.1.01 FUNDO PARTIDÁRIO DIREÇÃO NACIONAL

3.1.01.02 PROPAGANDA DOUTRINÁRIA E POLÍTICA – FND PARTIDÁRIO

4.1.1.02 SOBRAS DE CAMAPANHA 3.1.01.03 DESPESAS COM FINS

ELEITORAIS – FND PARTIDÁRIO 4.1.1.03 TRANSFERÊNCIAS RECEBIDAS – FUNDO PARTIDÁRIO 3.1.01.04 ENCARGO FINANCEIRO – FND PARTIDÁRIO

4.1.1.04 OUTRAS RECEITAS - FUNDO PARTIDÁRIO

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MANUTENÇÃO DE PROGRAMAS DE PROMOÇÃO E DIFUSÃO DA PARTICIPAÇÃO POLITICA DAS MULHERES – FND PARTIDÁRIO RECURSOS 3.1.01.06 OUTRAS DESPESAS – FND PARTIDÁRIO 4.1.2.01 DOAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES 3.1.2 DESPESAS EFETUADAS COM

OUTROS RECURSOS

4.1.2.02 SOBRA DE CAMAPANHA 3.1.2.01 DESPESAS GERAIS E ADM.

OUTROS RECURSOS 4.1.2.03 TRANSFERÊNCIAS RECEBIDAS OUTROS RECURSOS 3.1.2.02 PROPAGANDA DOUTRINÁRIA E POLÍCA - OUTROS RECURSOS

4.1.2.04 OUTRAS RECETIAS – OUTROS RECURSOS

3.1.2.03 DEPSESAS PARA FINS ELEITORAIS – OURTROS RECURSOS

3.1.2.04 ENCARGOS FINANCEIROS – OUTROS RECURSOS

3.1.2.05 DESPESAS COM CRIAÇÃO E MANUTENÇÃO DE PROPAGANDAS E PROMOÇÃO E DIFUSÃO DA PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES – OUTROS RECURSOS 3.1.2.06 OUTRAS DESEPESAS – OUTROS RECURSOS

5. SUPERÁVIT OU DÉFICIT DO EXERCÍCIO 5.1. RESULTADO DO EXERCÍCIO

5.1.1. APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - FUNDO PARTIDÁRIO 5.1.1.01. Apuração do resultado do exercício - Fundo Partidário

5.1.1.01.01. Apuração do resultado do exercício - Fundo Partidário

5.1.1.01.01.01. Conta de encerramento de receitas e despesas oriundas de Fundo Partidário 5.2. RESULTADO DO EXERCÍCIO

5.2.1. APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - OUTROS RECURSOS 5.2.1.01. Apuração do resultado do exercício - Outros Recursos

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5.2.1.01.01.01. Conta de encerramento de receitas e despesas oriundas de Outros Recursos Obs. Portaria TSE N° 28 de 31 de março de 2015.

2.3 Registros Contábeis

Os registros contábeis da gestão dos Partidos Políticos segue orientações da Resolução TSE 23.432/2014, que regulamenta o disposto no Título III da Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995 – Das Finanças e Contabilidade dos Partidos e as Normas Brasileira de Contabilidade contidas na Resolução CFC 1.409/2012 ITG 2002.

Necessidade e importância da Contabilidade: O partido político, através de seus órgãos nacionais, regionais e municipais, deve manter escrituração contábil, de forma a permitir o conhecimento da origem de suas receitas e a destinação de suas despesas. É o que preconiza o Art. 30 a Lei 9.096/95 que dispõe sobre Partidos Políticos, regulamenta o artigo 17 , da Constituição Federal.

o Esta lei estabelece ainda que:

 O Partido Político está obrigado a enviar, anualmente à Justiça Eleitoral o balanço contábil do exercício findo, até 30 de abril do ano seguinte.

 A Justiça Eleitoral determina, imediatamente, a publicação dos balanços na imprensa oficial, e, onde ela não exista, procede à afixação dos mesmos no Cartório Eleitoral.  Os Balanços devem conter, entre outros, os seguintes

itens:

 discriminação dos valores e destinação dos recursos oriundos do fundo partidário;

 origem e valor das contribuições e doações;

 despesas de caráter eleitoral, com a especificação e comprovação dos gastos com programas no rádio e televisão, comitês, propaganda, publicações, comícios, e demais atividades de campanha; e  discriminação detalhada das receitas e despesas.

 Escrituração Contábil.

o Os órgãos partidários, em todas as esferas, são obrigados a adotar escrituração contábil digital.

 tomará como base o exercício financeiro correspondente ao ano civil.

 compreende a versão digital:

 do Livro Diário e seus auxiliares;  do Livro Razão e seus auxiliares; e

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 do Livro Balancetes Diários, balanços e fichas de lançamento comprobatórios dos assentamentos neles transcritos.

 A escrituração contábil digital deverá observar o disposto na Resolução 23.432/14, nos atos expedidos pela Receita Federal do Brasil e pelo Conselho Federal de Contabilidade.

o Na escrituração contábil digital, os registros contábeis deverão:

 I – identificar:

 a)a origem e o valor das doações e contribuições;  b)as pessoas físicas e jurídicas com as quais tenha

o órgão partidário transacionado, com a indicação do nome ou razão social e CPF ou CNPJ; e

 c)os gastos de caráter eleitoral, assim considerados aqueles definidos no art. 26 da Lei nº 9.504, de 1997;

 II – especificar detalhadamente os gastos e os ingressos

de recursos de qualquer natureza.

o O Livro Diário, deverá ser autenticado no registro público competente da sede do órgão partidário e conter a assinatura digital do profissional de contabilidade habilitado, do presidente e do tesoureiro do órgão partidário.

o Nos casos em que inexista registro digital nos Cartórios de Registro Público da sede do órgão partidário, a exigência poderá ser suprida pelo registro do Livro Diário físico, obtido a partir da escrituração digital.

o A escrituração contábil dos órgãos partidários deverá observar o plano de contas específico estabelecido pela Justiça Eleitoral.

2.4 Prestação de Contas Partidárias

O partido político, em todas as esferas de direção, deverá apresentar a sua prestação de contas à Justiça Eleitoral anualmente, até 30 de abril do ano subsequente, dirigindo-as ao:

 Juízo Eleitoral – Diretório Municipal

 Tribunal Regional Eleitoral – Diretório Estadual  Tribunal Superior Eleitoral – Diretório Nacional

 O quadro 1 Demonstra a Estrutura Partidária e de Campanha para as Prestações de Contas

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A prestação de contas é obrigatória mesmo que não haja o recebimento de recursos financeiros ou estimáveis em dinheiro, devendo o partido, apresentar sua posição patrimonial e financeira apurada no exercício.

Além das obrigações da prestação de contas anuais, nos anos que ocorrerem eleições, os partidos políticos, em todas as esferas, deverão encaminhar mensalmente a escrituração contábil digital dos meses de junho a dezembro, por meio do SPED, até o décimo quinto dia útil do mês subseqüente.

O processo de prestação de contas partidárias tem caráter jurisdicional e se inicia com a apresentação ao órgão da Justiça Eleitoral competente:

 I – da escrituração contábil digital, encaminhada por meio do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED); e

 II – das peças complementares encaminhadas por sistema estabelecido e divulgado pela Justiça Eleitoral na página do Tribunal Superior Eleitoral na internet.

Peças complementares:

 comprovante de remessa à Receita Federal do Brasil da escrituração contábil digital;

 parecer da Comissão Executiva ou do Conselho Fiscal do partido, se houver, sobre as respectivas contas;

 relação das contas bancárias abertas;

 conciliação bancária, caso existam débitos ou créditos que não tenham constado dos respectivos extratos bancários na data de sua emissão;  extratos bancários, fornecidos pela instituição financeira, relativos ao

período ao qual se refiram as contas prestadas, demonstrando a movimentação financeira ou a sua ausência, em sua forma definitiva,

Estrutura Partidária Prestação de Contas anual

DIRETÓRIO

NACIONAL

DIRETÓRIO

REGIONAL/DISTRITAL

DIRETÓRIO

MUNICIPAL

Estrutura de Campanha Prestação de Contas Eleitorais

Partido

Político

CANDIDATO

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contemplando todo o exercício ao qual se referem as contas, vedada a apresentação de extratos provisórios ou sem validade legal, adulterados, parciais, ou que omitam qualquer movimentação financeira;

 documentos fiscais que comprovem a efetivação dos gastos realizados com recursos oriundos do Fundo Partidário, sem prejuízo da realização de diligências para apresentação de comprovantes relacionados aos demais gastos;

 cópia da GRU, referente a recursos de fonte não identificada;

 demonstrativo dos acordos de obrigações assumida de outros órgãos partidário;

 relação identificando o presidente, o tesoureiro e os responsáveis pela movimentação financeira do partido, bem como os seus substitutos;  Demonstrativo de Recursos Recebidos e Distribuídos do Fundo

Partidário;

 Demonstrativo de Doações Recebidas;  Demonstrativo de Obrigações a Pagar;  Demonstrativo de Dívidas de Campanha;  Demonstrativo de Receitas e Gastos;

 Demonstrativo de Transferência de Recursos para Campanhas Eleitorais Efetuados a Candidatos, Comitês Financeiros e Diretórios Partidários, identificando para cada destinatário a origem dos recursos distribuídos;

 Demonstrativo de Contribuições Recebidas;

 Demonstrativo de Sobras de Campanha, discriminando os valores recebidos e os a receber;

 Demonstrativo dos Fluxos de Caixa;

 parecer do Conselho Fiscal ou órgão competente da Fundação mantida pelo partido político;

 instrumento de mandato para constituição de advogado para a prestação de contas, com a indicação do número de fac-símile pelo qual o patrono do órgão partidário receberá as intimações que não puderem ser publicadas no órgão oficial de imprensa;

 Certidão de Regularidade do Conselho Regional de Contabilidade do profissional de contabilidade habilitado; e

 notas explicativas.

Art. 28 ao 30 da Resolução 23.432.

3. Obrigação de Prestar Contas Eleitorais. Estão Obrigados a Prestar contas Eleitorais:

 O candidato

 Os órgãos partidários, ainda que constituído sob forma provisória o Nacionais;

o Estaduais; e o Municipais.

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Obs: Nestas Eleições não é possível a constituição de Comitê Financeiro.

 O candidato fará, diretamente ou por intermédio de pessoa por ele designada, a administração financeira de sua campanha usando recursos repassados pelo partido, inclusive os relativos à cota do Fundo Partidário, recursos próprios, contribuições de filiados e doações de pessoas físicas .

 O candidato é solidariamente responsável com a pessoa designada para administração de sua campanha.

 O candidato elaborará a prestação de contas , que será encaminhada ao Juiz Eleitoral, diretamente por ele ou por intermédio do partido político, não concorrendo no 2º turno, até 1º de novembro de 2016, abrangendo, se for o caso, o vice-prefeito.

 Na hipótese de 2º turno a prestação de contas deve ser encaminhada até 19 de novembro de 2016.

 A arrecadação de recursos e a realização de gastos eleitorais devem ser acompanhadas por profissional habilitado em contabilidade desde o início da campanha, o qual realiza os registros contábeis pertinentes e auxilia o candidato e o partido na elaboração da prestação de contas, observando as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade e as regras estabelecidas nesta resolução.

 A prestação de contas deve ser assinada: o pelo candidato titular e vice, se houver;

o pelo administrador financeiro, na hipótese de prestação de contas de candidato, se constituído;

o pelo presidente e tesoureiro do partido político, na hipótese de prestação de contas de partido político;

o pelo profissional habilitado em contabilidade.

 É obrigatória a constituição de advogado para a prestação de contas.

 O candidato que renunciar à candidatura, dela desistir, for substituído ou tiver o registro indeferido pela Justiça Eleitoral deve prestar contas em relação ao período em que participou do processo eleitoral, mesmo que não tenha realizado campanha.  Se o candidato falecer, a obrigação de prestar contas, referente

ao período em que realizou campanha, será de responsabilidade de seu administrador financeiro ou, na sua ausência, no que for possível, da respectiva direção partidária.

 A ausência de movimentação de recursos de campanha, financeiros ou estimáveis em dinheiro, não isenta o partido e o candidato do dever de prestar contas.

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 O presidente e o tesoureiro do partido político são responsáveis pela veracidade das informações relativas à prestação de contas do partido, devendo assinar todos os documentos que a integram e encaminhá-la à Justiça Eleitoral no prazo legal.

 Sem prejuízo da prestação de contas anual prevista na Lei nº 9.096/1995, os órgãos partidários, em todas as suas esferas, devem prestar contas dos recursos arrecadados e aplicados exclusivamente em campanha da seguinte forma

o o órgão partidário municipal deve encaminhar a prestação de contas à respectiva Zona Eleitoral;

o o órgão partidário estadual ou distrital deve encaminhar a prestação de contas ao respectivo Tribunal Regional Eleitoral; e

o o órgão partidário nacional deve encaminhar a prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral.

3.1 Pré-requisitos para inicio da campanha eleitoral. São pré-reguisitos para início da campanha eleitoral:

 requerimento do registro de candidatura;

 inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ);

 abertura de conta bancária específica destinada a registrar a movimentação financeira de campanha; e

 emissão de recibos eleitorais.

4. Arrecadação e Aplicação de Recursos para Campanha Eleitoral. 4.1 Disposições Gerais.

Observado os pré-requisitos os Candidatos e os Partidos Políticos poderão efetuar a Arrecadação e Aplicação de Recursos na Campanha Eleitoral.

4.2 Limite de Gastos.

Os Partidos Políticos e os candidatos poderão realizar gastos até os limites estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral.

 O valor dos limites atualizados de gastos para cada município será divulgado pela Presidência do Tribunal Superior Eleitoral até 20 de julho de 2016 e ficará disponível para consulta na página do Tribunal Superior Eleitoral na Internet.

 O limite de gastos fixado para o cargo de prefeito é único e inclui os gastos realizados pelo candidato ao cargo de vice-prefeito.  Os limites de gastos para cada eleição compreendem os gastos

realizados pelo candidato e os efetuados por partido político que possam ser individualizados,com recursos do fundo partidário que incluirão:

 o total dos gastos de campanha contratados pelos candidatos e os individualizados realizados por seu partido;

 as transferências financeiras efetuadas para outros partidos ou outros candidatos; e

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 as doações estimáveis em dinheiro recebidas.

 os valores transferidos pelo candidato para a conta bancária do seu partido serão considerados, para a aferição do limite de gastos, no que excederem as despesas realizadas pelo partido político em prol de sua candidatura, exceto as sobras de campanha;

 Gastar recursos além dos limites estabelecidos sujeita os responsáveis ao pagamento de multa no valor equivalente a cem por cento da quantia que exceder o limite estabelecido, a qual deverá ser recolhida no prazo de cinco dias úteis contados da intimação da decisão judicial, podendo os responsáveis responder ainda por abuso do poder econômico, na forma do art. 22 da Lei Complementar nº 64/1990 , sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

4.3 Recibos Eleitorais.

É o documento emitido pelo Candidato e pelo Partido Político que dá fidedignidade aos registros contábeis da Prestação de Contas Eleitorais.  Deverá ser emitido recibo eleitoral de toda e qualquer arrecadação de recursos para a campanha eleitoral, financeiros ou estimáveis em dinheiro, inclusive os recursos próprios e aqueles arrecadados por meio da Internet.

 Os candidatos e os partidos políticos deverão imprimir recibos eleitorais diretamente do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE).

 Os recibos eleitorais deverão ser emitidos em ordem cronológica concomitantemente ao recebimento da doação e informados à Justiça Eleitoral no prazo de setenta e duas horas contadas da data do crédito da doação financeira na conta bancária.

 Não se submetem à emissão do recibo eleitoral:

 a cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por cedente;

 doações estimáveis em dinheiro entre candidatos e partidos decorrentes do uso comum tanto de sedes quanto de materiais de propaganda eleitoral, cujo gasto deverá ser registrado na prestação de contas do responsável pelo pagamento da despesa.

 considera-se uso comum:

 de sede: o compartilhamento de idêntico espaço físico para atividades de campanha eleitoral, compreendidas a doação estimável referente à locação e manutenção do espaço

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físico, excetuada a doação estimável referente às despesas com pessoal;

 de materiais de propaganda eleitoral: a produção conjunta de materiais publicitários impressos.

 Na hipótese de arrecadação de campanha realizada pelo vice-prefeito, devem ser utilizados os recibos eleitorais do titular.  Os recibos eleitorais conterão referência aos limites de

doação, com a advertência de que a doação destinada às campanhas eleitorais acima de tais limites poderá gerar a aplicação de multa de cinco até dez vezes o valor do excesso. 4.4 Contas Bancárias.

Os recursos financeiros arrecadados por Partidos Políticos e Candidatos devem sempre transitar em conta corrente bancária.

É obrigatória para os partidos políticos e os candidatos a abertura de conta bancária específica, na Caixa Econômica Federal, no Banco do Brasil ou em outra instituição financeira com carteira comercial reconhecida pelo Banco Central do Brasil.

 A conta bancária deve ser aberta em agências bancárias ou postos de atendimento bancário:

 pelo candidato, no prazo de dez dias contados da concessão do CNPJ pela Secretaria da Receita Federal do Brasil;

 pelos partidos políticos, até 15 de agosto de 2016, caso ainda não tenha sido aberta a conta destinada a registrar recursos financeiros de campanha.

 A obrigação de abertura de conta corrente deve ser cumprida pelos partidos políticos e pelos candidatos, mesmo que não ocorra arrecadação e/ou movimentação de recursos financeiros;

 Os candidatos a vice-prefeito não são obrigados a abrir conta bancária específica, mas, se o fizerem, os respectivos extratos bancários deverão compor a prestação de contas dos titulares.

 A obrigatoriedade de abertura de conta bancária eleitoral não se aplica às candidaturas em municípios onde não haja agência bancária ou posto de atendimento bancário;.  Os partidos políticos e os candidatos devem abrir conta

bancária distinta e específica para o recebimento e a utilização de recursos oriundos do Fundo de Assistência

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Financeira aos Partidos Políticos (Fundo Partidário), na hipótese de repasse de recursos dessa espécie.

 O partido político que aplicar recursos do Fundo Partidário na campanha eleitoral deve fazer a movimentação financeira diretamente na conta bancária em estabelecimentos bancários controlados pelo Poder Público Federal, pelo Poder Público Estadual ou,

inexistindo estes, no banco escolhido pelo órgão diretivo

do partido, vedada a transferência desses recursos para a conta “Doações para Campanha”.

 As contas bancárias devem ser abertas mediante a apresentação dos seguintes documentos:

 pelos candidatos:

 Requerimento de Abertura de Conta Bancária, disponível na página dos Tribunais Eleitorais na Internet;

 b) comprovante de inscrição no CNPJ para as eleições, disponível na página da Secretaria da Receita Federal do Brasil na Internet (www.receita.fazenda.gov.br); e

 c) nome dos responsáveis pela movimentação da conta bancária com endereço atualizado.

 pelos partidos políticos:

 Requerimento de Abertura de Conta Bancária, disponível na página do Tribunal Superior Eleitoral na Internet;

 b) comprovante da inscrição no CNPJ, disponível na página da Secretaria da Receita Federal do Brasil na Internet (www.receita.fazenda.gov.br);

 c) certidão de composição partidária, disponível na página do Tribunal Superior Eleitoral na Internet (www.tse.jus.br); e

 d) nome dos responsáveis pela movimentação da conta bancária com endereço atualizado.

 As contas bancárias específicas de campanha eleitoral devem ser identificadas pelos partidos políticos e pelos candidatos de acordo com o nome constante no CNPJ fornecido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

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 Os representantes, mandatários ou prepostos autorizados a movimentar a conta devem ser identificados e qualificados conforme regulamentação específica do Banco Central do Brasil.

 A apresentação dos documentos pode ser dispensada, a critério do banco, na hipótese de abertura de nova conta bancária para movimentação de recursos do Fundo Partidário por candidato, na mesma agência bancária na qual foi aberta a conta original de campanha.

 Os órgãos do partido político devem providenciar a abertura da conta "Doações para Campanha" utilizando o CNPJ próprio, caso ainda não a tenham aberto, consoante dispõe a resolução que trata das prestações de contas anuais dos partidos políticos.

 Os partidos políticos devem manter em sua prestação de contas anual contas específicas para o registro da escrituração contábil das movimentações financeiras dos recursos destinados às campanhas eleitorais, a fim de permitir a segregação desses recursos de quaisquer outros e a identificação de sua origem.

 Os bancos são obrigados a:

 acatar, em até três dias, o pedido de abertura de conta de qualquer candidato escolhido em convenção, sendo-lhes vedado condicioná-la a depósito mínimo e à cobrança de taxas ou de outras despesas de manutenção;

 identificar, nos extratos bancários da conta-corrente, o CPF ou o CNPJ do doador;

 encerrar a conta bancária no final do ano da eleição, transferindo a totalidade do saldo existente para a conta bancária do órgão de direção indicado pelo partido e informar o fato à Justiça Eleitoral.

 A obrigação dos Bancos abrange a abertura de contas específicas para a movimentação de recursos do Fundo Partidário e as contas dos partidos políticos denominadas “Doações para Campanha”.

 A vedação quanto à cobrança de taxas e/ou outras despesas de manutenção não alcança as demais taxas e

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despesas normalmente cobradas por serviços bancários avulsos, na forma autorizada e disciplinada pelo Banco Central do Brasil.

 Os bancos somente aceitarão, nas contas abertas para uso em campanha, depósitos/créditos de origem identificada pelo nome ou razão social e pelo respectivo número de inscrição no CPF ou no CNPJ.

 A obrigação da abertura das contas deve ser cumprida pelos bancos mesmo se vencidos os prazos de dez dias legalmente previsto.

 A exigência de identificação do CPF/CNPJ do doador nos extratos bancários será atendida pelos bancos mediante o envio à Justiça Eleitoral dos respectivos extratos eletrônico.  As instituições financeiras devem fornecer mensalmente aos órgãos da Justiça Eleitoral e ao Ministério Público Eleitoral os extratos eletrônicos do movimento financeiro das contas bancárias abertas para as campanhas eleitorais e dos recursos do Fundo Partidário pelos partidos políticos e pelos candidatos, para instrução dos respectivos processos de prestação de contas.

 As contas bancárias utilizadas para o registro da movimentação financeira de campanha eleitoral não estão submetidas ao sigilo disposto na Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001, e seus extratos, em meio físico ou eletrônico, integram as informações de natureza pública que compõem a prestação de contas à Justiça Eleitoral.

 Os extratos eletrônicos das contas bancárias, tão logo recebidos pela Justiça Eleitoral, serão disponibilizados para consulta pública na página do Tribunal Superior Eleitoral na Internet.

 Os extratos eletrônicos devem ser padronizados e fornecidos conforme normas específicas do Banco Central do Brasil e devem compreender o registro da movimentação financeira entre as datas de abertura e encerramento da conta bancária.

 Os extratos bancários eletrônicos devem ser enviados pelas instituições financeiras mensalmente, até o último dia útil do mês seguinte ao que se referem.

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 O uso de recursos financeiros para pagamentos de gastos eleitorais que não provenham das contas específicas de Campanha ou do Fundo Partidário implicará a desaprovação da prestação de contas do partido ou do candidato.

5. Arrecadação.

Os candidatos e os Partidos Políticos, respeitados os prazos e limites, estão autorizados à Arrecadação de recursos para campanhas eleitorais.

5.1 Origem dos Recursos.

 Os recursos destinados às campanhas eleitorais, respeitados os limites previstos, somente são admitidos quando provenientes de:

o recursos próprios dos candidatos;

o doações financeiras ou estimáveis em dinheiro de pessoas físicas;

o doações de outros partidos políticos e de outros candidatos;

o comercialização de bens e/ou serviços ou promoção de eventos de arrecadação realizados diretamente pelo candidato ou pelo partido político;

o recursos próprios dos partidos políticos, desde que identificada a sua origem e que sejam provenientes:

 a) do Fundo Partidário;

 b) de doações de pessoas físicas efetuadas aos partidos políticos;

 c) de contribuição dos seus filiados;

 d) da comercialização de bens, serviços ou promoção de eventos de arrecadação;

 receitas decorrentes da aplicação financeira dos recursos de campanha.

 O partido político não poderá transferir para o candidato ou utilizar, direta ou indiretamente, nas campanhas eleitorais, recursos que tenham sido doados por pessoas jurídicas, ainda que em exercícios anteriores.

 O candidato e os partidos políticos não podem utilizar, a título de recursos próprios, recursos que tenham sido obtidos mediante empréstimos pessoais que não tenham sido contratados em instituições financeiras ou equiparadas autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e, no caso de candidatos, que não estejam caucionados por bem que integre seu patrimônio no momento do registro de

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candidatura, ou que ultrapassem a capacidade de pagamento decorrente dos rendimentos de sua atividade econômica.  O candidato e o partido devem comprovar à Justiça Eleitoral a

realização do empréstimo por meio de documentação legal e idônea, assim como os pagamentos que se realizarem até o momento da entrega da sua prestação de contas.

 O Juiz Eleitoral ou os Tribunais Eleitorais podem determinar que o candidato ou o partido comprove o pagamento do empréstimo contraído e identifique a origem dos recursos utilizados para quitação.

5.2 Aplicação dos Recursos.

 As doações realizadas por pessoas físicas ou as contribuições de filiados recebidas pelos partidos políticos em anos anteriores ao da eleição para sua manutenção ordinária, creditadas na conta bancária destinada à movimentação financeira de “Outros Recursos”, podem ser aplicadas nas campanhas eleitorais de 2016, desde que observados os seguintes requisitos cumulativos:

o identificação da sua origem e escrituração individualizada das doações e contribuições recebidas, na prestação de contas anual, assim como seu registro financeiro na prestação de contas de campanha eleitoral do partido; o observância das normas estatutárias e dos critérios

definidos pelos respectivos órgãos de direção nacional, os quais devem ser fixados objetivamente e encaminhados ao Tribunal Superior Eleitoral até 15 de agosto de 2016; o transferência para a conta bancária “Doações para

Campanha”, antes de sua destinação ou utilização, respeitados os limites legais impostos a tais doações, calculados com base nos rendimentos auferidos no ano anterior ao da eleição em que a doação for aplicada, ressalvados os recursos do Fundo Partidário, cuja utilização deverá ser feita diretamente dessas conta ; o identificação, na prestação de contas eleitoral do partido

e também nas respectivas contas anuais, do nome ou razão social e do número do CPF da pessoa física ou do CNPJ do candidato ou partido doador, bem como a identificação do número do recibo eleitoral ou do recibo de doação original,

 Os recursos auferidos nos anos anteriores devem ser identificados como reserva ou saldo de caixa nas prestações de contas anuais da agremiação, que devem ser apresentadas até 30 de abril de 2016.

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 Somente os recursos provenientes do Fundo Partidário ou de doações de pessoas físicas que componham a reserva ou o saldo de caixa do partido podem ser utilizados nas campanhas eleitorais.

 No ano da eleição, a parcela do Fundo Partidário prevista no inciso V do art. 44 da Lei nº 9.096/1995, relativa à criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres, pode ser integralmente destinada ao custeio de campanhas eleitorais de mulheres candidatas (Lei nº 9.096/1995, art. 44, § 7º).

 Os partidos políticos podem aplicar nas campanhas eleitorais os recursos do Fundo Partidário, inclusive aqueles recebidos em exercícios anteriores.

 A aplicação dos recursos provenientes do Fundo Partidário, nas campanhas eleitorais, pode ser realizada mediante:

o transferência para conta bancária do candidato aberta nos termos para receber estes recursos;

o transferência dos recursos para a conta bancária de campanha de candidata aberta para receber estes recursos;

o pagamento dos custos e despesas diretamente relacionados às campanhas eleitorais dos candidatos e dos partidos políticos, procedendo-se à sua individualização.

o Os partidos políticos devem manter as anotações relativas à origem e à transferência dos recursos na sua prestação de contas anual e devem registrá-las na prestação de contas de campanha eleitoral de forma a permitir a identificação do destinatário dos recursos ou o seu beneficiário.

o As despesas e custos assumidos pelo partido político em benefício de mais de uma candidatura devem ser registradas de acordo com o valor individualizado, apurado mediante o rateio entre todas as candidaturas beneficiadas, na proporção do benefício auferido.

o Os partidos políticos devem destinar no mínimo cinco por cento e no máximo quinze por cento do montante do Fundo Partidário, destinado ao financiamento das campanhas eleitorais, para aplicação nas campanhas de suas candidatas.

5.3 Doações.

 As pessoas físicas somente poderão fazer doações, inclusive pela Internet, por meio de:

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 transação bancária na qual o CPF do doador seja obrigatoriamente identificado;

 doação ou cessão temporária de bens e/ou serviços estimáveis em dinheiro, com a demonstração de que o doador é proprietário do bem ou é o responsável direto pela prestação de serviços.

o As doações financeiras de valor igual ou superior a R$ 1.064,10 (mil e sessenta e quatro reais e dez centavos) só poderão ser realizadas mediante transferência eletrônica entre as contas bancárias do doador e do beneficiário da doação.

o O disposto no item anterior aplica-se na hipótese de doações sucessivas realizadas por um mesmo doador em um mesmo dia.

o As doações financeiras recebidas em desacordo com este artigo não podem ser utilizadas e devem, na hipótese de identificação do doador, ser a ele restituídas ou, na impossibilidade, recolhidas ao Tesouro Nacional via GRU.  Os bens e/ou serviços estimáveis em dinheiro doados por

pessoas físicas devem constituir produto de seu próprio serviço, de suas atividades econômicas e, no caso dos bens, devem integrar seu patrimônio.

 Os bens próprios do candidato somente podem ser utilizados na campanha eleitoral quando demonstrado que já integravam seu patrimônio em período anterior ao pedido de registro da respectiva candidatura.

o Partidos políticos e candidatos podem doar entre si bens próprios ou serviços estimáveis em dinheiro, ou ceder seu uso, ainda que não constituam produto de seus próprios serviços ou de suas atividades.

o O disposto no item anterior não se aplica à aquisição de bens ou serviços que sejam destinados à manutenção da estrutura do partido durante a campanha eleitoral, hipótese em que deverão ser devidamente contratados pela agremiação e registrados na sua prestação de contas de campanha.

 Para arrecadar recursos pela Internet, o partido e o candidato deverão tornar disponível mecanismo em página eletrônica, observados os seguintes requisitos:

 identificação do doador pelo nome e pelo CPF;  emissão de recibo eleitoral para cada doação

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 utilização de terminal de captura de transações para as doações por meio de cartão de crédito e de cartão de débito.

o As doações por meio de cartão de crédito ou cartão de débito somente serão admitidas quando realizadas pelo titular do cartão.

o Eventuais estornos, desistências ou não confirmação da despesa do cartão serão informados pela administradora ao beneficiário e à Justiça Eleitoral.

 As doações realizadas por pessoas físicas são limitadas a dez por cento dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano-calendário anterior à eleição.

o O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o limite de gastos estabelecido para o cargo ao qual concorre.

o O limite de doação pessoa física não se aplica a doações estimáveis em dinheiro relativas à utilização de bens móveis ou imóveis de propriedade do doador, desde que o valor estimado não ultrapasse R$ 80.000,00 (oitenta mil reais)

o A doação acima dos limites fixados neste artigo sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor de cinco a dez vezes a quantia em excesso, sem prejuízo de responder o candidato por abuso do poder econômico, nos termos do art. 22 da Lei Complementar nº 64/1990 (Lei nº 9.504/1997, art. 23, § 3º).

o O limite de doação previsto será apurado anualmente pelo Tribunal Superior Eleitoral e pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, observando-se os seguintes procedimentos:

 O Tribunal Superior Eleitoral consolidará as informações sobre as doações registradas até 31 de dezembro de 2016, considerando:

 a) as prestações de contas anuais dos partidos políticos entregues à Justiça Eleitoral até 30 de abril de 2017;

 b) as prestações de contas eleitorais apresentadas pelos candidatos e pelos partidos políticos em relação à eleição de 2016;

 após a consolidação das informações sobre os valores doados e apurados, o Tribunal Superior Eleitoral as encaminhará à Secretaria da Receita Federal do Brasil até 30 de maio de 2017;

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 a Secretaria da Receita Federal do Brasil fará o cruzamento dos valores doados com os rendimentos da pessoa física e, apurando indício de excesso, comunicará o fato, até 30 de julho de 2017, ao Ministério Público Eleitoral, que poderá, até 31 de dezembro de 2017, apresentar representação com vistas à aplicação da penalidade de multa e de outras sanções que julgar cabíveis (Lei nº 9.504/1997, art. 24-C, § 3º);

o o Ministério Público Eleitoral poderá apresentar representação com vistas à aplicação da penalidade de multa de prevista no § 3º do art. 23 da Lei nº 9.504/1997 e de outras sanções que julgar cabíveis, ocasião em que poderá solicitar ao Juiz Eleitoral competente a quebra do sigilo fiscal do doador e, se for o caso, do beneficiado. o A aferição do limite de doação do contribuinte dispensado

da apresentação de Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda deve ser realizada com base no limite de isenção previsto para o ano-calendário de 2016.

o Eventual declaração anual retificadora apresentada à Secretaria da Receita Federal do Brasil deve ser considerada na aferição do limite de doação do contribuinte.

o Se, quando das prestações de contas, ainda que parcial, surgirem fundadas suspeitas de que determinado doador extrapolou o limite de doação, o Juiz poderá, de ofício ou a requerimento do Ministério Público Eleitoral, determinar que a Secretaria da Receita Federal do Brasil informe o valor dos rendimentos do contribuinte no ano anterior.  Partidos políticos, candidatos e doadores devem manter, até 17

de junho de 2017, a documentação relacionada às doações realizadas.

o Estando pendente de julgamento qualquer processo judicial relativo às contas, a documentação a elas concernente deverá ser conservada até a decisão final (Lei n° 9.504/1997, art. 32, parágrafo único).

 As doações de recursos captados para campanha eleitoral realizadas entre partidos políticos, entre partido político e candidato e entre candidatos estão sujeitas à emissão de recibo eleitoral

o As doações de que trata o item anterior não estão sujeitas ao limite previsto para pessoa física, exceto quando se tratar de doação realizada por candidato, com recursos próprios, para outro candidato ou partido.

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o Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de contas dos partidos, como transferência aos candidatos;

o As doações devem ser identificadas pelo CPF ou CNPJ do doador originário das doações financeiras, devendo ser emitido o respectivo recibo eleitoral para cada doação. 5.4 Comercialização de Bens e/ou Serviços e/ou da Promoção de Eventos.

 Para a comercialização de bens e/ou serviços e/ou a promoção de eventos que se destinem a arrecadar recursos para campanha eleitoral, o partido político ou o candidato deve:

 comunicar sua realização, formalmente e com antecedência mínima de cinco dias úteis, à Justiça Eleitoral, que poderá determinar sua fiscalização;  manter, à disposição da Justiça Eleitoral, a

documentação necessária à comprovação de sua realização e de seus custos, despesas e receita obtida.

o Os valores arrecadados constituem doação e estão sujeitos aos limites legais e à emissão de recibos eleitorais.

o O montante bruto dos recursos arrecadados deve, antes de sua utilização, ser depositado na conta bancária específica.

o Para a fiscalização de eventos, a Justiça Eleitoral poderá nomear, entre seus servidores, fiscais para esta finalidade, devidamente credenciados.

o As despesas e os custos relativos à realização do evento devem ser comprovados por documentação idônea e respectivos recibos eleitorais, mesmo quando provenientes de doações de terceiros em espécie, bens ou serviços estimados em dinheiro.

5.5 Fontes Vedadas.

 É vedado a partido político e a candidato receber, direta ou indiretamente, doação em dinheiro ou estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:

 I - pessoas jurídicas;  II - origem estrangeira;

 III - pessoa física que exerça atividade comercial decorrente de concessão ou permissão pública. o O recurso recebido por candidato ou partido oriundo de

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doador, sendo vedada sua utilização ou aplicação financeira.

o O comprovante de devolução pode ser apresentado em qualquer fase da prestação de contas ou até cinco dias após o trânsito em julgado da decisão que julgar as contas.

o A transferência de recurso recebido de fonte vedada para outro órgão partidário ou candidato não isenta o donatário da sua obrigação.

o O beneficiário de transferência cuja origem seja considerada fonte vedada pela Justiça Eleitoral responde solidariamente pela irregularidade e as conseqüências serão aferidas por ocasião do julgamento das respectivas contas.

o A devolução ou a determinação de devolução de recursos recebidos de fonte vedada não impedem, se for o caso, a reprovação das contas, quando constatado que o candidato se beneficiou, ainda que temporariamente, dos recursos ilícitos recebidos, assim como a apuração do fato na forma do art. 30-A da Lei nº 9.504/1997, do art. 22 da Lei Complementar nº 64/1990 e do art. 14, § 10, da Constituição da República.

5.6 Recurso de Não Identificada.

 O recurso de origem não identificada não pode ser utilizado por partidos políticos e candidatos e deve ser transferidos ao Tesouro Nacional, por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU).

o Caracterizam o recurso como de origem não identificada:  I - a falta ou a identificação incorreta do doador;

e/ou

 II - a falta de identificação do doador originário nas doações financeiras; e/ou

 III - a informação de número de inscrição inválida no CPF do doador pessoa física ou no CNPJ quando o doador for candidato ou partido político. o O comprovante de devolução ou de recolhimento,

conforme o caso, poderá ser apresentado em qualquer fase da prestação de contas ou até cinco dias após o trânsito em julgado da decisão que julgar as contas de campanha, sob pena de encaminhamento das informações à representação estadual ou municipal da Advocacia-Geral da União para fins de cobrança.

o Incidirão atualização monetária e juros moratórios, calculados com base na taxa aplicável aos créditos da

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Fazenda Pública, sobre os valores a serem recolhidos ao Tesouro Nacional, desde a data da ocorrência do fato gerador até a do efetivo recolhimento, salvo se tiver sido determinado de forma diversa na decisão judicial.

o Não se aplica quando atualização monetária e juros quando o candidato ou o partido promove espontânea e imediatamente a transferência dos recursos para o Tesouro Nacional, sem deles se utilizar.

o O candidato ou o partido pode retificar a doação, registrando-a no SPCE, ou devolvê-la ao doador, quando a não identificação do doador decorra do erro de identificação e haja elementos suficientes para identificar a origem da doação.

o Não sendo possível a retificação ou a devolução , o valor deverá ser imediatamente recolhido ao Tesouro Nacional. 5.7 Data Limite para a Arrecadação e Despesas.

 Partidos políticos e candidatos podem arrecadar recursos e contrair obrigações até o dia da eleição.

o Após este prazo, é permitida a arrecadação de recursos exclusivamente para a quitação de despesas já contraídas e não pagas até o dia da eleição, as quais deverão estar integralmente quitadas até o prazo de entrega da prestação de contas à Justiça Eleitoral.

o Eventuais débitos de campanha não quitados até a data fixada para a apresentação da prestação de contas podem ser assumidos pelo partido político (Lei nº 9.504/1997, art. 29, § 3º; e Código Civil, art. 299).

o A assunção da dívida de campanha somente é possível por decisão do órgão nacional de direção partidária, com apresentação, no ato da prestação de contas final, de:

 I - acordo expressamente formalizado, no qual deverão constar a origem e o valor da obrigação assumida, os dados e a anuência do credor;

 II - cronograma de pagamento e quitação que não ultrapasse o prazo fixado para a prestação de contas da eleição subseqüente para o mesmo cargo;

 III - indicação da fonte dos recursos que serão utilizados para a quitação do débito assumido. o O órgão partidário da respectiva circunscrição eleitoral

passa a responder solidariamente com o candidato por todas as dívidas, hipótese em que a existência do

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débito não pode ser considerada como causa para a rejeição das contas do candidato (Lei nº 9.504/1997, art. 29, § 4º).

o Os valores arrecadados para a quitação dos débitos de campanha devem, cumulativamente:

 I - observar os requisitos da Lei nº 9.504/1997 quanto aos limites legais de doação e às fontes lícitas de arrecadação;

 II - transitar necessariamente pela conta "Doações para Campanha" do partido político, prevista na resolução que trata das prestações de contas anuais dos partidos políticos, excetuada a hipótese de pagamento das dívidas com recursos do Fundo Partidário;

 III - constar da prestação de contas anual do partido político até a integral quitação dos débitos, conforme o cronograma de pagamento e quitação apresentado por ocasião da assunção da dívida.

o As despesas já contraídas e não pagas até a data da eleição devem ser comprovadas por documento fiscal hábil, idôneo ou por outro meio de prova permitido, emitido na data da realização da despesa.

o As dívidas de campanha contraídas diretamente pelos órgãos partidários não estão sujeitas à autorização da direção nacional.

 A existência de débitos de campanha não assumidos pelo partido, será aferida na oportunidade do julgamento da prestação de contas do candidato e poderá ser considerada motivo para sua rejeição.

6. Gastos Eleitorais.

São Gastos Eleitorais, sujeitos ao registro e aos limites fixados na Resolução TES 23.643:

o confecção de material impresso de qualquer natureza, observado os tamanhos:

 Adesivos de papel: até 0,5 m (meio metro); e

 Folhetos, adesivos, volantes e outros impressos – dimensão máxima 50cm X 40 cm;

o propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação;

o aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral;

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o despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço das candidaturas;

o correspondências e despesas postais;

o despesas de instalação, organização e funcionamento de comitês de campanha e serviços necessários às eleições; o remuneração ou gratificação de qualquer espécie paga a

quem preste serviço a candidatos e a partidos políticos; o montagem e operação de carros de som, de propaganda

e de assemelhados;

o realização de comícios ou eventos destinados à promoção de candidatura;

o produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à propaganda gratuita;

o realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;

o custos com a criação e inclusão de páginas na Internet; o multas aplicadas, até as eleições, aos candidatos e

partidos políticos por infração do disposto na legislação eleitoral;

o doações para outros partidos políticos ou outros candidatos;

o produção de jingles, vinhetas e slogans para propaganda eleitoral.

 As contratações de serviços de consultoria jurídica e de contabilidade prestados em favor das campanhas eleitorais deverão ser pagas com recursos provenientes da conta de campanha e constituem gastos eleitorais que devem ser declarados de acordo com os valores efetivamente pagos.  Os honorários referentes à contratação de serviços de advocacia

e de contabilidade relacionados à defesa de interesses de candidato ou de partido político em processo judicial não poderão ser pagos com recursos da campanha e não caracterizam gastos eleitorais, cabendo o seu registro nas declarações fiscais das pessoas envolvidas e, no caso dos partidos políticos, na respectiva prestação de contas anual.  Todo material de campanha eleitoral impresso deverá conter o

número de inscrição no CNPJ ou o número de inscrição no CPF do responsável pela confecção, bem como de quem a contratou e a respectiva tiragem.

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 Os gastos efetuados por candidato ou partido em benefício de outro candidato ou outro partido político constituem doações estimáveis em dinheiro.

 O pagamento dos gastos eleitorais contraídos pelos candidatos será de sua responsabilidade, cabendo aos partidos políticos responder apenas pelos gastos que realizarem e por aqueles que, após o dia da eleição, forem assumidos.

 Os gastos de campanha por partido político ou candidato somente poderão ser efetivados após o preenchimento dos pré-requisitos para inicio da campanha..

 Os gastos eleitorais efetivam-se na data da sua contratação, independentemente da realização do seu pagamento e devem ser registrados na prestação de contas no ato da sua contratação.

 Os gastos destinados à preparação da campanha e à instalação física ou de página de Internet de comitês de campanha de candidatos e de partidos políticos poderão ser contratados a partir de 20 de julho de 2016, considerada a data efetiva da realização da respectiva convenção partidária, desde que, cumulativamente:

o sejam devidamente formalizados; e

o o desembolso financeiro ocorra apenas após a obtenção do número de inscrição no CNPJ, a abertura de conta bancária específica para a movimentação financeira de campanha e a emissão de recibos eleitorais.

 Os recursos provenientes do Fundo Partidário não poderão ser utilizados para pagamento de encargos decorrentes de inadimplência de pagamentos, tais como multa de mora, atualização monetária ou juros, ou para pagamento de multas relativas a atos infracionais, ilícitos penais, administrativos ou eleitorais.

 As multas aplicadas por propaganda antecipada deverão ser arcadas pelos responsáveis e não serão computadas como despesas de campanha, ainda que aplicadas a quem venha a se tornar candidato.

 Os gastos eleitorais de natureza financeira só podem ser efetuados por meio de cheque nominal ou transferência bancária

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que identifique o CPF ou CNPJ do beneficiário, ressalvadas as despesas de pequeno valor ( Fundo de caixa)

 Para efetuar pagamento de gastos de pequeno vulto, o órgão partidário pode constituir reserva em dinheiro (Fundo de Caixa) que observe o saldo máximo de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), desde que os recursos destinados à respectiva reserva transitem previamente pela conta bancária específica do partido e não ultrapassem dois por cento dos gastos contratados pela agremiação, observando o seguinte:

o o saldo do Fundo de Caixa pode ser recomposto mensalmente, com a complementação de seu limite, de acordo com os valores despendidos no mês anterior; o da conta bancária específica será sacada a importância

para complementação do limite, mediante cartão de débito ou emissão de cheque nominativo emitido em favor do próprio sacado.

 Para efetuar pagamento de gastos de pequeno vulto, o candidato pode constituir reserva em dinheiro (Fundo de Caixa) que observe o saldo máximo de R$ 2.000,00 (dois mil reais), desde que os recursos destinados à respectiva reserva transitem previamente pela conta bancária específica do candidato e não ultrapassem dois por cento do limite de gastos estabelecidos para sua candidatura.

 O candidato a vice-prefeito não pode constituir Fundo de Caixa.  Consideram-se gastos de pequeno vulto as despesas individuais

que não ultrapassem o limite de R$ 300,00 (trezentos reais), vedado o fracionamento de despesa.

 Os pagamentos de pequeno valor realizados por meio do Fundo de Caixa não dispensam a respectiva comprovação.

 A realização de gastos eleitorais para contratação direta ou terceirizada de pessoal para prestação de serviços referentes a atividades de militância e mobilização de rua nas campanhas eleitorais, inclusive a remuneração ou gratificação de qualquer espécie paga a quem preste serviços a candidatos e Partidos Políticos, observará os seguintes critérios para aferição do limite de número de contratações:

o I - em municípios com até trinta mil eleitores, não excederá a um por cento do eleitorado;

Referências

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