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DOENÇAS DESMIELINIZANTES CENTRAIS. Thiago Felizardo

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Academic year: 2021

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DOENÇAS DESMIELINIZANTES

CENTRAIS

(2)

Doenças desmielinizantes do SNC

Distúrbios imunologicamente mediados

Destruição preferencial da mielina do SNC

SNP é poupado

Esclerose múltipla – doença mais comum

Segunda maior causa de incapacidade neurológica

(3)

Doenças desmielinizantes

Esclerose Múltipla

Variantes Clínicas

Doença de Devic

Doença de Marburg

(4)
(5)

Esclerose Múltipla

Doença desmielinizante autoimune

Episódios distintos de instalação de déficits

neurológicos

Lesões de substância branca

Separadas no tempo e no espaço

(6)

Esclerose Múltipla

EVOLUÇÃO

Recidivas-remissões

Progressiva

Inflamação

Perda neuronal

Desmielinização

Gliose

Cicatrização

(7)

Esclerose Múltipla

EPIDEMIOLOGIA

Idade de início: 20-40 anos, mas pode surgir em

qualquer extensão da vida

 3:1 

↑Latitude →↑risco de EM (sol, vitamina D)

(8)

Patogenia

Resposta imune contra os componentes da bainha

de mielina

Fatores genéticos e ambientais

Incidênciax15 quando parentes de 1º grau

Incidênciax150 quando gêmeo monozigótico afetado

Alteração no complexo de histocompatibilidade maior

Polimorfismos em genes dos receptores de citocinas

Infecção viral (EBV) ?

(9)

Patogenia

Células T CD4+

,

Th1 e Th17

Reagem contra antígenos da própria mielina

Proteína básica da mielina (MBP)

Secretam citocinas

Th1 → INFγ → ativam macrófagos → TNFα, NO

Th17 → recrutamento de leucócitos → produtos

(10)
(11)

Patogenia

• Barreira Hematencefálica é afetada – Parede do vaso é preservada

• Proliferação dos astrócitos (gliose)

• Remielinização parcial dos axônios desnudos remanescentes pelos oligodendrócitos

sobreviventes ou diferenciados de células precursoras

– Placas-fantasmas

• Aparecimento de folículos linfocíticos ectópcos – Regiões perivasculares e perimeníngeas

• Neurodegeneração

– Perda axônica cumulativa

– Incapacidade neurológica progressiva e irreversível

– Lesão axonal é mediada por células inflamatórias residentes e invasoras

(12)

• Doença da substância branca

• Placas escleróticas

• Tamanho variável

• Adjacência dos ventrículos laterais

• Nervo óptico, quiasma, tronco encefálico

• Microscópicamente

• Placas ativas são

(13)

Fisiologia

• Pode ocorrer bloqueio de condução

– Quando impulso nervoso é

incapaz de atravessar o segmento desmielinizado

– Membrana axonal em repouso hiperpolarizada devido à

exposição dos canais de potássio dependentes de voltagem

normalmente ocultos sob a bainha de mielina

• Bloqueio variável da condução – Pode advir da temperatura

corporal elevada ou de alterações metabólicas

– Explica flutuações clínicas em associação à febre ou ao exercício

(14)
(15)

Manifestações clínicas

Início abrupto ou insidioso

Sintomas triviais até graves

RNM por outros motivos → EM assintomática

Sintomas variados

Dependem da localidade das lesões e de sua

(16)
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(18)

Manifestações Clínicas

Fraqueza dos membros

– ↓força, velocidade, destreza, fadiga, distúrbio da marcha

– Fraqueza induzida por exercício – típico da EM

– Padrão de 1º neurônio motor

› Sinais piramidais

Espasticidade Hiper-reflexia › Sinal de Babinski

Espasticidade → espasmos musculares

– +30% dos pcts

– Pernas

– Dolorosos

– Interferem na capacidade de deambular

– Espontâneos

(19)

Manifestações clínicas

Neurite óptica

↓ acuidade visual

Falta de nitidez

↓ percepção das cores

Raramente há perda total da percepção da luz

MONOCULARES, mas podem ser bilaterais

Dor periorbital

FO normal ou com papilite, com posterior atrofia óptica (palidez)

Diplopia

Oftalmoplegia internuclear (lesão do m. intrínseco do olho)

Bilateral → sugestivo de EM

(20)
(21)

Manifestações clínicas

Sintomas sensoriais

Variáveis

Parestesias (formigamento, agulhadas, etc.)

Hipoestesia (dormência, perda da parte do corpo, etc.)

Sensações desagradáveis (partes corporais inchadas,

molhadas, nuas)

Dor → qualquer área, muda ao longo do tempo

Ataxia

Tremor cerebelar

(22)

Manifestações clínicas

Disfunção vesical

+90% pcts

Incontinência

Hiperreflexia do detrusor

Polaciúria, urgência, esvaziamento incontrolável

Dissinergia do detrusor-esfincter

Dificuldade de iniciar/interromper jato urinário, hesitação,

retenção urinária, incontinência por transbordamento,

infecção recorrente.

Constipação

(23)

Manifestações clínicas

Disfunção cognitiva

Perda da memória

Desatenção

Dificuldade nas funções de execução, solução de

problemas, processamento lento das informações, etc.

Euforia < 20% pcts

Depressão

50% dos pcts

(24)

Manifestações clínicas

Fadiga

90% dos pcts

Razão mais comum de incapacidade

Exacerbada por ↑temperaturas, depressão, esforços

excepcionais, pertubações do sono

Disfunção sexual

↓ libido

↓ sensibilidade genital

Impotência em homens

(25)

Manifestações clínicas

Fraqueza facial

Assemelha-se paralisia de Bell idiopática

Vertigem

Lesão do tronco encefálico

(26)

Sintomas auxiliares

Sensibilidade ao calor

Sintoma de Lhermitte

Sensação de choque elétrico suscitada por flexão ou outro

movimento do pescoço, a qual se irradia para o dorso até as

pernas

Sintomas paroxísticos

Sintoma de Lhermitte, contrações tônicas de um membro,

face ou tronco, disartria e ataxia paroxísticas, pertubações

sensoriais paroxísticas

Breve duração (10s a 2min) e alta frequência, sem alteração

da consciência, de evolução autolimitada

(27)

Sintomas auxiliares

Neuralgia do trigêmio

Espasmo hemifacial

Neuralgia do glossofaríngeo

Mioquimia facial

Contrações tremulantes rápidas e persistentes da

musculatura facial

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(29)

Evolução da doença

4 tipos clínicos

EM remitente-recorrente

EM progressiva secundária

EM progressiva primária

EM progressiva/recidivante

(30)

Evolução da doença

EM remitente-recorrente

85% dos casos de EM

Ataques distintos, que evoluem durante dias a

semanas

Com frequência há recuperação total

Quando deambulação é acometida, 50% não

(31)

Evolução da doença

EM progressiva secundária

Sempre começa com a EMRR

Em algum momento, a evolução muda

Pct apresenta deterioração constante da função,

sem episódios agudos

Produz maior grau de deficiência neurológica fixa

do que a EMRR

(32)

Evolução da doença

EM progressiva primária

15% dos pcts

Declínio funcional constante desde o início da

doença

(33)

Evolução da doença

EM progressiva/recidivante

5% dos casos

Se superpõe à EMPP e EMPS

Deterioração constante desde o início da doença

Episódios eventuais superpostos á sua evolução

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(35)

Diagnóstico

Critérios de diagnóstico

2 ou mais episódios sintomáticos documentados

(+24h, separados por 1 mês ou mais)

2 ou mais sinais que reflitam a patologia em tratos

da substância branca do SNC anatomicamente

separados

(36)

Exames de diagnóstico

(37)
(38)

Diagnóstico diferencial

Nenhum sinal clínico ou exame isolado é

diagnóstico de EM

Diagnóstico é facilmente estabelecido em:

adulto jovem com sintomas recidivantes e

remitentes envolvendo áreas diferentes da

substância branca do SNC

(39)
(40)
(41)

Prognóstico

Em estudos, 15 anos após o início da doença, apenas 20%

dos pcts não tinham nenhuma limitação funcional e 33-50%

evoluíram para a EMPS

Prognóstico mais favorável

NO

Sintomas sensoriais no início

<2 recidivas no primeiro ano da doença

Comprometimento mínimo após 5 anos

Mais propensos a apresentar incapacidades

Ataxia do tronco

Tremor de ação

Sintomas piramidais

(42)

Tratamento

Tratamento dos episódios agudos

Glicocorticoides

Uso de agentes modificadores da doença

INFβ

1a

, IFNβ

1b

, acetato de glatirâmer, etc.

(43)
(44)

Neuromielite óptica

• A NMO é uma doença que foi descrita dentre as doenças desmielinizantes do SNC, como variante da EM, acometendo somente a medula espinal e o nervo óptico. A presença de lesões na medula espinal com extensão maior que 3 corpos vertebrais, assim como uma ampla extensão transversal associada a NO, com IRM do encéfalo normal, são elementos fundamentais para o diagnóstico da NMO (doença de Devic).

• Também conhecida como Síndrome de Devic

• Distúrbio inflamatório agressivo

• Ataques de NO aguda e mielite

• NO

– Bilaterais (raros na EM)

– Unilaterais • Mielite

– Grave e transversa (rara na EM)

(45)

Neuromielite óptica

Doença do tronco encefálico

náusea e vertigem

Grandes lesões dos hemisférios

Encéfalopatia ou convulsões

Síndrome de causas diversas

Até 40% dos pcts apresentam doença autoimune sistêmica

LES, Sd. de Sjögren, vasculite associada ao pANCA, Miastenia

Gravis, Tireoidite de Hashimoto ou DMTC.

Início pode estar associado com infecçõesa agudas

Vírus varicela-zoster, EBV, HIV.

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Neuromielite óptica

Incapacitante com o passar do tempo

Insuficiência respiratória

Cegueira

Paralisia permanente de um ou + membros

Autoanticorpo contra a proteína aquaporina-4

do canal de água dos astrócitos é encontrado

no soro de 60-70% dos pcts.

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EM aguda

Doença de Marburg

Processo desmielinizante fulminante

Morte em 1 a 2 anos

Sem remissão

Lesão solitária, cavitária

Dx estabelecido por biópsia

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Encefalomielite disseminada

aguda

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EMDA

• Desmielinização monofásica difusa

• Reação autoimune aguda

• Pode seguir uma infecção viral (exantemas virais da infância, ex.: sarampo, varicela)

• Raramente segue uma imunização viral (5%)

• Sintomas após 1 a 2 semanas do contato – Febre – Cefaléia – Meningismo – Letargia – Crises epiléticas – Coma

• Curso clínico rápido

• Forma explosiva: Leucoencefalite hemorrágica aguda

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Referências

• Harrison – Medicina Interna, 18ªed.

• Robbins & Cotran - Patologia Bases Patologicas da Doencas, 8ª Ed.

• Clínica Médica – USP, Vol. VI

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Referências

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