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Oratório familiar. 8º ANO Catequese 2, primeira parte. Eu e a criação

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Academic year: 2021

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Oratório familiar

8

º ANO

| Catequese 2, primeira parte

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A família reúne-se no seu «Oratório familiar». Sugere-se a colocação de uma cruz, uma vela acesa e uma imagem de Nossa Senhora. Podem usar-se estatuetas ou estampas. Se a família tiver alguma devoção especial a um santo ou santa em particular, pode também colocar-se a sua imagem. De qualquer modo, a cruz deve ser sempre central. Convém que haja perto cadeiras para todos se sentarem.

Antes de começar a oração, é preciso combinar tarefas: uma pessoa preside (sugere-se que seja o adolescente) e são necessários 2 leitores. Caso no momento de oração participem apenas duas pessoas, então uma preside e a outra responde e faz as leituras. Após alguns momentos de silêncio, todos rezam como se segue (o V. marca as intervenções de quem preside e o R. a resposta de todos):

V. Em nome do Pai, (†) do Filho e do Espírito Santo.

R. Ámen.

A seguinte oração é rezada por todos ao mesmo tempo:

Eis-nos aqui, Senhor Jesus, na Vossa presença. Suplicamos-Vos que graveis no nosso coração sentimentos de fé, esperança e caridade. Nas Vossas mãos colocamos a nossa vida e o desejo de Vos amar e de ser irmãos. Então, o adolescente que preside explica o sentido da celebração:

Nos nossos momentos de oração das semanas anteriores, falávamos da difícil arte do diálogo. E dizíamos que o diálogo precisa de clareza, mansidão e confiança. Jesus é um mestre do diálogo: apoiado em Deus Pai, Ele sabe ouvir, fala no momento oportuno e faz avançar o diálogo, propondo algo de novo e respeitando a liberdade da pessoa. O diálogo é uma forma de cuidado pelos outros. Mas nem só de pessoas se faz o mundo… Há outras realidades que também precisam do nosso cuidado, como é o caso da própria natureza.

Nos últimos dois séculos, a relação do ser humano com o meio ambiente tem-se alterado, a tal ponto que a nossa ação está a tornar o planeta

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cada vez mais inabitável. O lixo tóxico que o homem produz provoca um desequilíbrio a nível físico, vegetal, animal e humano. Os gases poluentes provocam o buraco da camada de ozono, diminuindo a proteção da Terra em relação aos raios ultravioletas e gerando o «efeito de estufa» e o aumento gradual da temperatura. A dependência do homem das fontes de energia faz-nos perguntar quanto tempo durarão essas fontes, com o uso desmedido que hoje delas se faz; igualmente, as matérias-primas são limitadas e podem esgotar-se. Já para não falar das situações gritantes de desigualdade, pobreza e exclusão que a má distribuição desses bens provoca!

Nada disto faz parte do projeto de Deus para o mundo e para a humanidade. O projeto de Deus consiste em preparar para nós um mundo perfeito – a Bíblia chama-lhe «um jardim». Cada um de nós tem um papel a desempenhar neste extraordinário projeto de Deus. A nós compete proteger e desenvolver o mundo criado: os animais, as plantas, o equilíbrio ecológico, as relações humanas. É impossível contemplar a beleza da criação sem agradecermos e louvarmos o Senhor pela casa sublime que Ele nos preparou com tanto Amor. E sem nos dispormos, também nós, a ser «jardineiros» deste mundo tão grande e tão belo, que precisa tanto de nós.

Todos se sentam. Então, todos rezam como se segue:

Louvado seja Deus na Natureza, Mãe gloriosa e bela da Beleza, E com todas as suas criaturas:

Pelo irmão senhor Sol, o mais bondoso e glorioso irmão pelas alturas, O verdadeiro, o belo, que alumia criando a pura glória – a luz do dia! Louvado seja p’las irmãs Estrelas, pela irmã Lua que derrama o luar,

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Belas, claras irmãs silenciosas e luminosas, e suspensas no ar.

Louvado seja p’la irmã Nuvem que há-de dar-nos a fina chuva que consola; P’lo Céu azul e pela Tempestade; p’lo irmão Vento, que rebrame e rola.

O leitor 1 proclama a seguinte leitura (Sb 13, 1-9). Leitura do Livro da Sabedoria

Insensatos são todos aqueles homens em que se instalou a ignorância de Deus e que, a partir dos bens visíveis, não foram capazes de descobrir aquele que é, nem, considerando as obras, reconheceram o Artífice. Antes foi o fogo, o vento ou o ar subtil, a abóbada estrelada, ou a água impetuosa, ou os luzeiros do céu que tomaram por deuses, governadores do mundo. Se, fascinados pela sua beleza, os tomaram por deuses, aprendam quão mais belo que tudo é o Senhor, pois foi o próprio Autor da beleza que os criou. E se os impressionou a sua força e o seu poder, compreendam quão mais poderoso é Aquele que os criou, pois na grandeza e na beleza das criaturas se contempla, por analogia, o seu Criador.

Estes, contudo, merecem só uma leve censura porque talvez se extraviem, apenas por buscarem Deus e querem encontrá-lo. Movendo-se no meio das Suas obras, investigam-nas, mas deixam-se seduzir pela aparência, pois são belas as coisas que vêem. De qualquer modo, nem sequer estes são desculpáveis, porque, se tiveram tanta capacidade para poderem perscrutar o universo, como não descobriram, primeiro, o Senhor dessas coisas?

Palavra do Senhor.

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Segue-se o Salmo Responsorial.

Como sois grande em toda a terra, Senhor, nosso Deus!

1| Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos, a lua e as estrelas que lá colocastes,

que é o homem para que Vos lembreis dele, o filho do homem para dele Vos ocupardes?

2| Fizestes dele quase um ser divino, de honra e glória o coroastes;

destes-lhe poder sobre a obra das vossas mãos, tudo submetestes a seus pés.

O leitor 2 faz a seguinte leitura:

Ouvimos um belíssimo poema retirado do Livro da Sabedoria, no qual se afirma que através da contemplação da beleza das criaturas pode chegar-se à beleza do Criador. O poema começa por criticar as práticas das religiões pagãs que divinizam e prestam culto a elementos cósmicos («Foi o fogo, o vento ou o ar subtil, a abóbada estrelada, ou a água impetuosa, ou os luzeiros do céu que tomaram por deuses, governadores do mundo»). O poema rejeita essa forma de proceder, porque é uma forma de idolatria. A idolatria é o culto dos «ídolos»: elementos ou pessoas que se fazem passar por aquilo que não são, recebendo um culto que não lhe é devido. Neste caso, o poema da Sabedoria critica a idolatria de honrar as criaturas em vez do Criador: como se o sol, a lua, as estrelas, o fogo ou a água fossem deuses em vez do verdadeiro Deus que os criou. Hoje também há ídolos: o dinheiro, os carros,

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o desporto… Há quem faça tudo por dinheiro ou considere o seu jogador de futebol favorito quase um deus… Isso é idolatria!

Que diz o poema a seguir? Que «mais belo que tudo é o Senhor, pois foi o próprio Autor da beleza que criou» todas essas coisas. E que, através da beleza dessas coisas, que são boas, mas passageiras, podemos chegar à Beleza Eterna de Deus. De facto, Deus criou para nós um mundo perfeito, cheio de coisas boas; fê-lo porque nos ama. E eu, o que faço? Será que faço tudo que me é possível para que este mundo seja bom como Deus quer? É verdade que Deus, quando criou o universo, sabia que o homem não seria perfeito. Mas deu-nos a oportunidade de melhorar, de aprender a dar valor ao que nos foi dado. Este tempo de pandemia é uma oportunidade para olharmos de um modo novo para as coisas que Deus criou e às quais tantas vezes não dávamos valor algum. Olhemos a natureza, as árvores que todos os dias nos dão oxigénio para respirar, as flores na berma da estrada que nos dão a sua beleza, os animais que nos fascinam com as suas habilidades… Há quanto tempo não paramos para observar uma flor ou para ouvir um pássaro cantar? Há quanto tempo não desfrutamos da sensação do calor na nossa pele provocada pela luz do sol? Vamos dar graças por este mundo maravilhoso que Deus criou para nós, apenas e só por amor.

No final da meditação, vem um momento longo de silêncio (3 minutos). Todos são convidados a dar graças pelo dom da natureza e a pedir para saber apreciá-la melhor.Pode dizer-se: «Dou-te graças, meu Deus, por tudo o que nos destes».Quem quiser, pode ajoelhar-se.

Ao fim do tempo assinalado, todos se levantam e rezam:

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Que brota humilde, é casta e se oferece a todo o que apetece o gosto dela. Louvado seja pela maravilha que rebrilha no Lume, o irmão ardente, Tão forte, que amanhece a noite escura, e tão amável, que alumia a gente. Louvado seja pelos seus amores, pela irmã madre Terra e seus primores, Que nos ampara e oferta seus produtos, árvores, frutos, ervas, pão e flores. Louvado seja pelos que passaram os tormentos do mundo dolorosos,

E, contentes, sorrindo, perdoaram; pela alegria dos que trabalharam, Pela morte serena dos bondosos.

Louvado seja Deus na mãe querida, a natureza, que fez bela e forte: Louvado seja pela irmã Vida, louvado seja pela irmã Morte.

O adolescente que preside inicia as preces:

Depois dar graças pelo dom da Criação, vamos implorar a Deus que nos ajude a ser guardiães do mundo que Ele criou para nós, dizendo:

Senhor Deus, escutai a nossa prece.

Os leitores 1 e 2, alternadamente, propõem as preces.

1| Por todos aqueles que têm responsabilidades na preservação do mundo, sobretudo as pessoas da política, para que respeitem e façam respeitar o valor da natureza e a dignidade de todas as pessoas, oremos irmãos.

2| Por todas as pessoas que não conhecem Deus Pai, Filho e Espírito Santo, para que, contemplando a beleza extraordinária da natureza criada, cheguem a conhecer a sublime sabedoria de Deus, seu Criador, oremos irmãos.

3| Por todos os jovens, que estudam e rezam, para que compreendam, na escola, a forma como Deus criou o mundo, e, na catequese, descubram o porquê de Ele o ter feito, oremos irmãos.

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4| Por todos nós, para que nos deslumbremos com a beleza da natureza e mantenhamos sempre o bom humor diante de todas as coisas, oremos irmãos. O adolescente que preside inicia o Pai-nosso, que todos rezam juntos. No final, o adolescente conclui com a seguinte oração:

V. Senhor Deus, queremos agradecer-Vos por todas as coisas fantásticas e pelas pessoas maravilhosas que colocais nas nossas vidas. Ajudai-nos, Vos pedimos, a ser guardiães de toda a Criação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. R. Ámen. O momento de oração conclui-se do seguinte modo:

V. O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna.

R. Ámen.

E, voltados para a imagem de Nossa Senhora, rezam em conjunto:

Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado(a) eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Ámen.

Então, em silêncio, todos se benzem.

Desafio!

Presta mais atenção à beleza da Natureza, para, por ela, louvares a bondade do Criador! Tira uma foto aos teus

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