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Seitas e Heresias 2014

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Academic year: 2021

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Neopaganismo

Texto Base: Deuteronômio 18.10-12 Introdução

O mundo está voltando para antigas práticas pagãs. Velhas heresias que, no passado, haviam perdido espaço para o cristianismo, estão encontrando adeptos entre pessoas de classe sociais mais altas, além de jovens com formação acadêmica (veja o sucesso que a série Hary Potter fez entre os jovens). Na entrada do terceiro milênio dois modos de entender a natureza humana e que são radicalmente opostos estão em rota de colisão. Um defende a verdade, enquanto o outro defende a mentira. Um segue o Deus bíblico, já o outro reaviva os deuses do paganismo. O primeiro defende a bandeira da espiritualidade teísta cristã na qual Deus se apresenta com a figura do Pai, o segundo é o monismo pagão que apresenta a suposta deusa Mãe.

Este desejo pelo culto da deusa já existia no passado, no tempo de Israel. No texto lido em Deuteronômio lemos orientações dadas por Deus que proibia qualquer tipo de culto pagão e distorcido entre o seu povo, bem como as práticas ligadas à bruxaria.

Precisamos estar atentos a esta nova onda. Só assim teremos a possibilidade de não nos deixarmos enganar e permanecer firmes diante destas novas (para nós ao menos) maneiras que o diabo está agindo no mundo.

Os Cinco Pontos do Monismo

A palavra mono significa um. Assim como em um monopólio uma companhia pretende dominar o mercado, semelhantemente desejam fazer os defensores da prática monista – que defende a ideia de uma divindade que é uma com a natureza que criou.

Há cinco elementos importantes que resumem o monismo em sua atual vertente. Ao examiná-los entenderemos o que está acontecendo com nossa sociedade.

1. Tudo é um e um é tudo

Essa é exatamente a essência do monismo. O universo é uma massa de energia única. Deus não está fora dele, pelo contrário, é o próprio universo. Não há diferença entre criatura e criador.

O grande símbolo do monismo é o círculo, que transmite o ideal de que tudo é um. Com este ideal se transmite a noção da superioridade feminina, a adoração da Mãe Terra e, acima de tudo, a mudança da verdade de um Deus que se apresenta em uma figura masculina para, então, ser apresentado como uma figura feminina.

2. A humanidade é um

Se tudo é um, nada mais lógico do que imaginar a humanidade como uma expressão dessa unicidade divina. Os humanos são energia cósmica solidificada. Logo, a humanidade é divina e, portanto, boa em sua essência. Não é estranho notar que a

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sociedade incentive na busca da espiritualidade pessoal, em detrimento da doutrina e da verdade que leva ao encontro da real espiritualidade.

Ninguém deve, então, apresentar qualquer tipo de verdade suprema, mas sim, ser tolerante com a finalidade de que cada um possa trazer à tona sua própria verdade. Tal fato nos faz entender o motivo de ensino de clarificação de valores nas escolas. Cada criança deve expressar sua própria sexualidade e acordo com suas intuições. Não pode haver espaço para considerações morais. Cada um é o seu próprio juiz e o sentir é que dirige as escolhas.

3. As religiões são um

Nessa grande expansão de energia, divindade e verdade (relativa), nenhuma religião afirma uma verdade única. Os vários credos são intercambiáveis, e as experiências espirituais estão em comunhão com a mesma realidade busca e que está sendo buscada.

Neste cenário o cristianismo ortodoxo se torna um obstáculo para harmonia religiosa do planeta e, nesta nova onda, comete um terrível pecado.

4. O mal é um mero esquecimento

Não existe mais a necessidade de ramificações em campos opostos, já que a realidade é única. Assim, não se deve fazer distinções entre o bem e o mal, o certo e o errado, Deus e Satanás, humano e animal, macho e fêmea, homossexual e

heterossexual, pagão e cristão, razão e irracionalidade.

Na verdade os monistas defendem que o cristianismo - e sua cultura - levou os seres humanos a uma amnésia espiritual na qual não conseguem mais estar cientes de que pertencem ao todo. O mal não é uma rebelião contra o Criador transcendente, mas um mero esquecimento. É necessária uma experiência mística com o todo a fim de que a magia não seja quebrada.

5. Salvação pela intuição e meditação

Este é o único modo pelo qual, segundo os adeptos do neopaganismo, se pode alcançar a salvação. Obviamente que não se está falando do livramento da perdição eterna para ganhar-se um céu. Entenda-se salvação como um meio de vir a si mesmo tornando-se o centro de um círculo que não tem limites. Esta experiência é produzida pelo uso de drogas, sexo ou meditação oriental. Por estes meios se pode libertar das limitações do corpo e obter-se a experiência do conhecimento (gnose) do eu que se conecta ao divino. Quando isso acontece, a redenção do ego e do planeta se torna possível. Não há espaço para salvação pelo Redentor Jesus Cristo. Cada qual se torna salvador de si mesmo.

Não é difícil ver, nesses pontos, que esta nova ordem religiosa mundial nada tem a ver com o cristianismo. Para o neopagãos, o cristianismo deve ser descartado e seus seguidores serem considerados como hereges ou, até mesmo, como não-pessoas. A

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referência aos cristãos teístas é de que são fundamentalistas, e culpados de violência, terrorismo, intolerância racial, etnocentrismo e preconceito.

A Confusão Reinante

Não é a toa que se vê uma tentativa de unir os pensamento teísta e monista, resultando em absoluta confusão. Veja alguns exemplos: 1. Cinco evangelhos

Procurando unir estas duas correntes, os adeptos da nova visão passaram a incluir o evangelho gnóstico de Tomás junto com os quatro evangelhos canônicos. Oferece-se ao público, sem que este perceba isso, uma bíblia com conteúdo neognóstico e monista, na tentativa de que ela adentre a igreja e cause confusão.

2. Jesus tem um irmão gêmeo

Ao lado de Jesus, o Filho de Deus, anda um Jesus humano que é semelhante a Buda, Gandhi e outros líderes espirituais. Um profeta que é habitado pela consciência de

Cristo.

3. Um Deus interior exige igualdade de oportunidade na igreja

Uma nova teologia exige que a escolha pessoal faça com que se adore o Deus do cristianismo teísta ou a deusa do paganismo antigo, ou, até mesmo, o impessoal das outras religiões.

4. Celebrações dominicais

As novas igrejas pagãs já se reúnem aos domingos, possuem líderes religiosos (reverendos e reverendas), escolas dominicais, berçários, ministério de jovens e adolescentes, cânticos congregacionais e musicas especiais da Nova Era. Todavia, não qualquer possibilidade de se falar do Cristo da Bíblia, sobre pecado, cruz, ressurreição ou sobre o Deus da Escritura.

5. Exercícios Espirituais

Algumas igrejas que no passado eram cristãs, hoje oferecem oração com meditação, yoga, I Ching (adivinhação pagã chinesa), visualizações, cartas de Tarô e canalização de energia da Nova Era.

6. Igualitarismo

Confusão de papéis, crise de identidade sexual, divórcio e a divisão da família são uma epidemia social. Contudo, a presente ordem começa a falar sobre sexo homossexual saudável e pressiona para que homossexuais tenham o direito de ser ordenados na igreja.

Deus versus Deusa

O mundo atual não está satisfeito com os acordos internacionais de comércio, com o desarmamento e com as inovações políticas planetárias. Tal ordem deve desenvolver uma ética global, uma realização sincretista como um novo deus no trono. Cada civilização adotou o seu próprio deus. A Era utópica de Aquário deverá ter um deus aquariano em

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uma nova visão de mundo, pois o Deus do cristianismo já se deteriorou.

Este deus, na verdade, é uma deusa. Seu nome é Sofia. Para o neopaganismo ela é o Logos, o próprio Cristo, aquela que dará a luz à Nova Humanidade e sem a qual o planeta implodirá.

1. Fundo Histórico

Sofia foi encontrada pela primeira vez em Minesota no outono de 1993. Ela foi o tema da Conferência Reimaginando organizada por protestantes cristãs feministas. Na primeira sessão os participantes repetiram a liturgia: É

hora de sonhar loucamente sobre o que queremos ser no futuro por meio do poder e direção do espírito de sabedoria a que damos o nome de Sofia. Era o início da defesa da

deusa, um resgate da adoração a deusas antigas.

Ali passou-se a defender a reinvenção da criação: as mulheres são as verdadeiras criadoras e não Deus.

O pretexto para esta heresia é o uso de Provérbios 8 que fala sobre a sabedoria de Deus (sabedoria é, no grego, sophia). Nós sabemos que esta sabedoria que sempre esteve com Deus, o Pai, é ninguém mais do que Jesus Cristo. O uso desta passagem bíblica nada mais é que uma desculpa para importar noções estranhas para dentro da igreja cristã. 2. Sofia e a bruxaria

A bruxaria é a onda do futuro e a maneira pela qual a Nova Era acredita que se pode ter conexão com a deusa.

A definição de uma bruxa, segundo os próprios adeptos do neopaganismo, é uma

mulher ou um homem que considera a terra um ser vivo, respirante e consciente (...) que deve ser considerada e respeitada como o próprio Deus. Para ser uma bruxa, você tem que ver a si mesma como parte de Deus, que está presente interiormente, não separado de nós e de todos os seres vivos.

3. Sofia: o futuro do planeta

O apoio à adoração da deusa Sofia está aumentando em todo o mundo. Ela se apresenta como uma alternativa atrativa ao Deus da Escritura. Em sua pessoa ela expressa a múltipla sabedoria da agenda pagã.

3.1. A nova evolução: a noção da divindade feminina dá voz à crença utópica de que haverá um estágio de evolução humano e espiritual, no qual todos os problemas serão resolvidos.

3.2. A nova teologia do processo: esta teologia afirma que Deus é um ser que está evoluindo com sua criação, a aparição de Sofia é uma evolução da divindade masculina paterna.

3.3. A rejeição do patriarcado: o patriarcado é uma visto como o maior de todos os males da humanidade. O Deus da Escritura é o Deus da lei, guerra, racionalidade, hierarquia e violência masculina. Tal Deus é uma mera projeção do poder masculino lançado sobre a

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tela dos mitos humanos. Sofia, por sua vez, é suave, envolvente, inclusiva e faz uso da intuição.

3.4. A nova visão da democracia: Sofia é o símbolo perfeito da tolerância, da inclusão e da sociedade pró-escolha, capaz de receber todas as formas de crenças, sexualidade e escolhas éticas.

3.5. A nova visão religiosa global: a democracia emergente será global, com um centro religioso comum e Sofia será o fator de união de todas as crenças.

3.6. A nova ecologia: uma das faces de Sofia é Gaia, a Mãe Terra, o divino espirito que vitaliza o mundo natural. Ela precisa de nossa ajuda e, também, nos conduzirá para fora de todas as catástrofes feitas pelo homem e pelo Deus masculino.

3.7. A nova visão de autoridade: Sofia representa o desejo por uma religião mais suave, mais personalizada, que retira as noções de hierarquia e autoridade e as substitui por motivação interior e estruturas igualitárias.

3.8. A nova psicologia: a nova sociedade da liberdade pessoal, do pluralismo e da diversidade tem o seu oposto psicológico nas muitas opções do eu, que capacitam as pessoas a manterem suas opções abertamente sem serem consideradas doentes.

3.9. A nova ética pró-escolha: no mundo de Sofia não há certo ou errado, verdade

absoluta, proibições. Há somente a possibilidade de escolha pessoal e satisfação. 3.10. O novo entendimento de Jesus: Jesus é o servo de Sofia: um curandeiro, um sábio diferente, fundador de uma comunidade alternativa, assim como outros também o foram depois dele.

Referências

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