AULA 03
MÓDULO DBA PLENO
Na aula anterior...
Na aula anterior trabalhamos relembrando os conceitos de banco de dados e a estrutura necessária física e lógica.
Banco de dados em ASM
Quando trabalhamos o módulo DBA Jr, foram feitas instalações de banco de dados Oracle em padrão file system, isto é, os arquivos físicos como datafiles, redologs online, controlfile, spfile e archivelog ficavam armazenados dentro de diretórios no sistema operacional, sendo acessados livremente pelo usuário de sistema operacional.
Agora nesta nova fase, iremos proceder a instalação do banco de dados mas com uma camada a mais chamada infraestrutura de GRID.
Nesta infraestrutura de GRID são instalados o ASM e o Oracle Clusterware, que é a ferramenta de gerenciamento do cluster.
Mas o que é cluster?
Cluster é uma palavra que iremos escutar diversas vezes quando estivermos trabalhando com Oracle.
Não é uma expressão utilizada apenas para banco de dados, significa diversas máquinas (servidores) unidos para efetuar tarefas.
Normalmente utilizado em grandes processamentos de informações.
Todos os servidores devem estar interconectados e esta inerconexão precisa ser controlada por algum software.
E o ASM?
Ora, vamos pensar ainda na idéia de cluster, se temos diversos servidores trabalhando juntos compartilhando uma tarefa, não é correto imaginarmos que todos precisam compartilhar também os dados??
Sendo assim, temos uma das melhores ferrementas de gerenciamento de storage totalmente nativa no Oracle o ASM.
Automatic Storage Management. É um gerenciador de dados com filesystem próprio, não acessível facilmente através do sistema operacional, o que faz dele muito mais seguro em relação ao file system e também muito mais ágil.
Vantagens do ASM
O ASM é composto por um grupo de discos o qual chamamos diskgroups. Estes podem ser discos reais, isto é, realmente discos físicos, discos virtualizados, LUNs no sistema operacional, na verdade não importa muito a origem, o interessante e aqui está uma das grandes jogadas dele é fazer automaticamente o que chamados de balanceamento dos dados.
Seu funcionamento é muito interessante, e embora tenhamos diversos discos compondo um diskgroup, os dados estarão sempre balanceados entre todos eles.
Vantagens do ASM
Este balanceamento garante performance e agilidade no acesso aos dados.
Além disso o ASM permite também trabalharmos com redundância de discos e com isso aumentarmos a disponibilidade e segurança da informação quanto a perda em caso de falha em algum disco. Sempre que um disco for adicionado serão ressincronizados os dados e caso um disco seja perdido o sistema continuará trabalhando sem alteração para o usuário final.
ASM
Diversas são as vantagens da utilização do Oracle com infraestrutura de GRID, com ASM.
Durante o nosso treinamento iremos abordar diversas situações envolvendo ASM e iremos comentando a medida que forem acontecendo.
Para que nossa instalação seja possível, no nosso ambiente de treinamento, como comentei ASM é um conjunto de discos e para isso iremos precisar adicionar alguns discos ao nosso ambiente virtual.
Preparando o ambiente virtual para ASM
Preparar o ambiente virtual que temos no projeto para a instalação do ASM consiste em uma tarefa inicial que é adicionar disco virtual ao ambiente, como se fosse realmente colocarmos mais discos reais no servidor.
Neste momento toda a tarefa deverá ser feita no Oracle VirtualBox que é a ferramenta oficial de virtualização do nosso treinamento.
Para isso iremos acessar nosso Virtual BOX para proceder a adição de discos.
Aqui vale comentar um item muito importante que é a necessidade de criar os discos já no tamanho a serem utilizados e não com tamanho dinamicamente expansível.
Após adição dos discos.
Logo após os discos serem adicionados eles precisarão ser particionados no sistema operacional.
Aqui temos um ponto de atenção bastante interessante:
Normalmente estamos acostumados a quando colocamos um novo disco em um sistema operacional qualquer, logo após criar as partições formatamos ele, certo?
Porém quando vamos trabalhar com Oracle, os discos não precisam ser formatados, apenas particionados. Quanto à formatação deles o ASM é quem se encarrega disso.
Esta é uma das vantagens da sua utilização, os dados não ficam acessíveis através de comandos do sistema operacional simplesmente.
Iniciando o particionamento dos discos
Para verificar os discos iremos procurar no local físico dos devices o /dev # cd /dev
# ls sd*
sda sda1 sdb sdc sdd sde
Pela verficação acima percebemos que já temos um disco particionado o sda com a partição sda1, porém ainda temos 4 discos ainda sem particionamento nenhum que foram os discos que acabamos de adicionar.
O particionamento dos discos
Como já comentamos discos ASM não devem ser formatados com formatação do Sistema Operacional como exemplo ext3. Apenas deve ser feito o seu particionamento e o ASM se encarregará do resto.
Comandos de particionamento devem ser feitos com usuário ROOT # fdisk –l
# fdisk /dev/sdb
Em todos os casos da sequência a resposta é "n", "p", "1", "ENTER", "ENTER", "p" e "w".
Os comandos devem ser efetuados para cada um dos discos: sdb sdc sdd sde
Verificando o resultado
Após procedermos a sequencia do slide anterior para cada disco, agora no sistema operacional existirão listadas as partições conforme abaixo:
# cd /dev
# ls sd*
sda sda1 sdb sdb1 sdc sdc1 sdd sdd1 sde sde1
Feito este processo os discos estarão particionados e prontos para serem preparados pelo ASM.
Preparando os discos para o ASM
Após particionamento, conforme já comentado, não é necessário formatar os discos.
Para prepará-los para o ASM, iremos utilizar uma LIB que já foi instalada juntamente com o Oracle Linux chamada ASMlib.
Todos os comandos de preparação do disco deverão ser efetuados com o usuário ROOT. Como primeiro passo iremos configurar o ASMlib:
# oracleasm configure -i
Preparando os discos para o ASM
This will configure the on-boot properties of the Oracle ASM library driver. The following questions will determine whether the driver is loaded on boot and what permissions it will have. The current values will be shown in brackets (‘[]’). Hitting <ENTER> without typing an answer will keep that current value. Ctrl-C will abort.
Default user to own the driver interface []: oracle –nome do proprietário do ASM
Default group to own the driver interface []: dba — grupo que pertence dono do ASM
Start Oracle ASM library driver on boot (y/n) [n]: y — “setar” para que carregue o asm library no boot do SO quando reiniciar.
Scan for Oracle ASM disks on boot (y/n) [y]: y — “setar” para que scaneie (localizando e ativando) os discos ASM no boot do sistema operacional
Utilizando o
oracleasm
Feita a configuração do ASMlib, poderemos utilizar agora a ferramenta responsável pela criação de discos para o ASM.
Esta Ferramenta é utilizada pelo comando oracleasm também efetuado com o usuário ROOT.
Como primeiro passo após configuração vamos carregar o módulo do kernel com o comando:
# /usr/sbin/oracleasm init Resultado:
Loading module “oracleasm”: oracleasm
Criando discos ASM
Após iniciarmos o módulo no sistema, vamos criar os ASMDISKS que posteriormente serão adicionados a um diskgroup no ASM.
Criando ASMDISKS
Lembrando que serão criados discos asm para cada partição com 1 criada anteriormente.
sdb1 sdc1 sdd1 sde1
Observação: menos a partição sda1 que é do sistema operacional.
O comando que utilizaremos é oracleasm createdisk e a sintaxe é:
oracleasm createdisk NOME_DISCO path do disco #/usr/sbin/oracleasm createdisk DISK1 /dev/sdb1
Writing disk header: done Instantiating disk: done
Verificando os discos criados
Após proceder o comando para todos as partições, rodaremos um comando para que o o oracleasm possa escanear (encontrar) os discos e depois listamos para verificar se foi tudo efetuado com sucesso:
#/usr/sbin/oracleasm scandisks
Reloading disk partitions: done Cleaning any stale ASM disks… Scanning system for ASM disks…
#/usr/sbin/oracleasm listdisks
DISK1 DISK2 DISK3 DISK4
Concluindo
Assim, estará cumprida a primeira etapa de preparação da infraestrutura para receber a instalação do Oracle grid já tendo discos preparados para utilização.
Este procedimento de adição e preparação de discos é o mesmo utilizado para adição de discos para aumento de ambiente que já esteja em utilização.
É interessante lembrar que todo o processo é feito sem causa nenhum downtime (parada) de ambiente, ou seja, tudo feito de forma online, inclusive após a adição de discos a um diskgroup já existente no ASM o mesmo fará o rebalance dos dados entre os discos de forma online e transparente para o usuário e a aplicação.
Na próxima Aula...
Iremos iniciar a instalação da infra estrutura de GRID para o nosso ambiente, portanto não esqueçam de ter baixado já os arquivos de instalação citados na primeira aula.Lembrando que iremos iniciar pela instalação da versão 11.2.0.3 do Oracle grid e database e que posteriormente faremos o upgrade para a versão 12c.
