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Avaliação Externa das Escolas Relatório de escola. Agrupamento de Escolas de Santa Maria dos Olivais LISBOA

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Agrupamento de Escolas de

Santa Maria dos Olivais

L

ISBOA

Avaliação Externa das Escolas

Relatório de escola

Delegação Regional de Lisboa da IGE

Datas da visita: 24 a 26 de Março de 2009

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Ag rupa mento de Escola s de S anta

Maria dos Olivais

– Lisb oa  24 a 26 de M arço de 2009 I – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de Dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a auto-avaliação e para a avaliação externa. Por sua vez, o programa do XVII Governo Constitucional estabeleceu o lançamento de um «programa nacional de avaliação das escolas básicas e secundárias que considere as dimensões fundamentais do seu trabalho».

Após a realização de uma fase piloto, da responsabilidade de um Grupo de Trabalho (Despacho conjunto n.º 370/2006, de 3 de Maio), a Senhora Ministra da Educação incumbiu a Inspecção-Geral da Educação (IGE) de acolher e dar continuidade ao processo de avaliação externa das escolas. Neste sentido, apoiando-se no modelo construído e na experiência adquirida durante a fase-piloto, a IGE está a desenvolver esta actividade, entretanto consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 81-B/2007, de 31 de Julho.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escola de Santa Maria dos Olivais realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efectuada de 24 a 26 de Março de 2009.

Os capítulos do relatório ― Caracterização do Agrupamento, Conclusões da Avaliação por Domínio, Avaliação por Factor e Considerações Finais ― decorrem da análise dos documentos fundamentais do Agrupamento, da sua apresentação e da realização de entrevistas em painel.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente a auto-avaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este relatório um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e pontos fracos, bem como oportunidades e constrangimentos, a avaliação externa oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

Escala de avaliação

Níveis de classificação dos cinco domínios

MUITO BOM – Predominam os pontos

fortes, evidenciando uma regulação sistemática, com base em

procedimentos explícitos,

generalizados e eficazes. Apesar de alguns aspectos menos conseguidos, a organização mobiliza-se para o aperfeiçoamento contínuo e a sua acção tem proporcionado um impacto muito forte na melhoria dos

resultados dos alunos.

BOM– A escola revela bastantes

pontos fortes decorrentes de uma acção intencional e frequente, com base em procedimentos explícitos e eficazes. As actuações positivas são a norma, mas decorrem muitas vezes do empenho e da iniciativa

individuais. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto forte na melhoria dos resultados dos alunos.

SUFICIENTE– Os pontos fortes e os

pontos fracos equilibram-se, revelando uma acção com alguns aspectos positivos, mas pouco explícita e sistemática. As acções de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola. No entanto, essas acções têm um impacto positivo na melhoria dos resultados dos alunos.

INSUFICIENTE– Os pontos fracos

sobrepõem-se aos pontos fortes. A escola não demonstra uma prática coerente e não desenvolve suficientes acções positivas e coesas. A

capacidade interna de melhoria é reduzida, podendo existir alguns aspectos positivos, mas pouco relevantes para o desempenho global. As acções desenvolvidas têm

proporcionado um impacto limitado na melhoria dos resultados dos alunos.

A equipa de avaliação externa congratula-se com a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

O texto integral deste relatório, bem como o contraditório apresentado pelo Agrupamento, encontram-se disponibilizados

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II – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas de Santa Maria dos Olivais, constituído no ano lectivo de 2004/2005, está sediado na freguesia com o mesmo nome, no concelho de Lisboa e integra: a Escola Básica com 2.º e 3.º Ciclos (sede), a Escola Básica do 1.º Ciclo n.º 183, o Jardim-de-Infância n.º 5, a Escola Básica do 1.º Ciclo Alice Vieira e o Jardim-de-Infância n.º 1 da referida freguesia, bem como a Escola Básica do 1.º Ciclo Manuel Teixeira Gomes e o Jardim-de-Infância n.º 2 pertencentes à freguesia de Marvila.

Frequentam este Agrupamento 1356 crianças e jovens, distribuídos por 78 turmas: 200 na Educação Pré-Escolar (10 grupos); 610 no 1.º Ciclo do Ensino Básico (42 turmas); 546 nos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico (26 turmas). No que diz respeito à sua origem, 3,8% são oriundos de outros países sendo de destacar a comunidade proveniente do Brasil (1,6%). De salientar o facto de 47,1% dos alunos beneficiarem de auxílios económicos, no âmbito da Acção Social Escolar. No ano lectivo 2007/2008, segundo os dados do perfil, 43,9% dos alunos tinham, computador e internet em casa, 21,5% tinham computador sem acesso à internet e 34,6% dos alunos não possuía esses recursos.

No que se refere às habilitações académicas dos encarregados de educação, uma percentagem significativa tem o ensino básico ou inferior (54,5%). Relativamente à actividade profissional, 60% são técnicos e profissionais de nível intermédio e 19,2% estão desempregados.

Dos 144 docentes, 83,0% pertencem ao quadro e 17,0% são contratados. Quanto à experiência profissional, 36% dos docentes têm 25 ou mais anos de tempo de serviço, 20,0% têm entre 15 e 24 anos e 14,0% têm entre 10 e 14 anos. O Agrupamento dispõe ainda de uma psicóloga e de uma terapeuta da fala.

O pessoal não docente é constituído por 8 assistentes técnicos e por 45 assistentes operacionais, um vigilante e um guarda-nocturno. Da totalidade, 50,5% pertencem ao quadro e 49,5% são contratados.

III – CONCLUSÕES DA AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

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Maria dos Olivais

– Lisb oa  24 a 26 de M arço de 2009 1. RESULTADOS SUFICIENTE

O tratamento estatístico dos resultados académicos e respectiva análise reflexiva têm sido realizados com maior regularidade, desde 2006/2007. Da análise dos resultados escolares nos três Ciclos do Ensino Básico, referentes ao triénio 2005/2008, resulta que as taxas de sucesso global apenas, no ano lectivo 2007/2008 e no 1.º Ciclo, se situam acima da média nacional. São, por isso, de salientar os resultados obtidos neste ciclo de ensino que mostram uma evolução significativa. O Agrupamento dá atenção à integração escolar e social dos seus alunos. Destaca-se, na Educação Pré-Escolar e no 1.º Ciclo, o desenvolvimento de competências sociais, como estratégia privilegiada. O esforço realizado, no sentido de resolver diferentes situações, concorreu para a inexistência de abandono escolar, no último ano lectivo. Os alunos não participam na programação das actividades, nem existem processos que permitam desenvolver uma identidade pedagógica e cultural de Agrupamento. De um modo geral, os alunos das diferentes unidades educativas, nomeadamente do 1.º Ciclo, têm um comportamento disciplinado. Contudo, o Agrupamento não conseguiu adoptar uma estratégia que promova eficazmente a prevenção da indisciplina ao nível dos 2.º e 3.º Ciclos. Tendo em consideração as características do contexto socioeconómico e os interesses dos alunos, o Agrupamento criou duas turmas de Percursos Curriculares Alternativos.

2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO SUFICIENTE

A articulação curricular, numa perspectiva vertical, é mais notória entre a Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo e entre os 2.º e 3.º Ciclos e, apesar de não estar ainda generalizada, acontece entre os docentes que partilham o mesmo estabelecimento. A articulação com as actividades de enriquecimento

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curricular é feita com os docentes titulares de turma do 1.º Ciclo, não se verificando, no entanto, com os departamentos curriculares. A coordenação pedagógica é conseguida a diferentes níveis e tem conduzido à construção de testes ou matrizes comuns. O planeamento dos conteúdos curriculares é realizado, principalmente, ao nível de grupo disciplinar e de departamento onde se estabelecem os critérios de avaliação e onde é feita a calibragem dos instrumentos de recolha de informação. No entanto, não se recolheram evidências de que a diferenciação pedagógica na sala de aula seja uma prática generalizada, no âmbito do processo de ensino e de aprendizagem. O acompanhamento e a monitorização da prática lectiva apenas acontecem nas reuniões de departamento e de grupo disciplinar. De realçar a referenciação e o acompanhamento dos alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente, com resposta no trabalho da equipa de Educação Especial, da Unidade de Ensino Estruturado e do Serviço de Psicologia e Orientação que desenvolvem a sua acção de forma integradora e próxima dos docentes, directores de turma e encarregados de educação. No que respeita à oferta educativa, no Jardim-de-Infância e no 1.º Ciclo têm sido abordados temas para o desenvolvimento de dramatizações, leitura de histórias e exposições que valorizam a componente artística nas aprendizagens. De salientar, como valorização da dimensão desportiva, a dinâmica desenvolvida no âmbito do Desporto Escolar, nomeadamente o futsal feminino e o voleibol.

3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR SUFICIENTE

O Projecto Curricular do Agrupamento, apesar de não ser utilizado como um instrumento dinâmico de gestão do currículo, tem vindo a ser actualizado ao longo do tempo. O Projecto Educativo identifica metas e estratégias, mas não se tem mostrado um documento, suficientemente, orientador, para atingir plenamente as metas definidas. O Plano Anual de Actividades elenca as actividades propostas pelas diferentes estruturas e estabelecimentos, não incluindo um Plano de Formação que contribua para apoiar as necessidades da organização e dos profissionais na melhoria dos resultados escolares., A estabilidade do corpo docente tem contribuído para a continuidade pedagógica. O estado de preservação dos edifícios e espaços exteriores é razoável. No entanto, na Escola Básica do 1.º Ciclo n.º 183e Jardim-de-Infância n.º 5 dos Olivais, existem espaços físicos em avançado estado de degradação. O refeitório da Escola Básica do 1.º Ciclo Manuel Teixeira Gomes é um espaço improvisado sobre um palco, sem segurança. A distribuição dos equipamentos e recursos é gerida equitativamente, tendo em conta as condições e necessidades de cada estabelecimento de ensino, contudo não existe rede de internet nos Jardins-de-Infância. As quatro Associações de Pais são activas e empenhadas. O Agrupamento promoveu iniciativas conducentes a um maior envolvimento dos encarregados de educação que têm vindo a ser abandonadas por falta de adesão. Não existe uma estratégia que promova a maior mobilização destes actores e a sua consequente participação na elaboração dos documentos estruturantes. A promoção dos princípios de equidade, justiça e inclusão são assegurados com as unidades de Intervenção Precoce, Ensino Estruturado para Alunos com Espectro de Autismo e de Apoio à Plurideficiência.

4. LIDERANÇA SUFICIENTE

O Projecto Educativo encontra-se no último ano de vigência, estando já a funcionar grupos de trabalho que hão-de contribuir, a curto prazo, para a reformulação deste, como documento orientador e com uma visão estratégica bem definida. A liderança assumida pelo Conselho Executivo é aceite pela maioria do pessoal docente e não docente. O corpo docente, competente, profissional e empenhado para as funções atribuídas, tem as condições necessárias para a elaboração de planos de melhoria assentes no diagnóstico organizacional. Destaca-se, também, o empenho e o profissionalismo de uma parte muito significativa do pessoal não docente no desempenho das suas funções. Contudo, não existe um plano definido pelos responsáveis da gestão, no sentido de motivar, integrar e empenhar os diferentes agentes educativos, de forma a mobilizá-los na construção de uma verdadeira cultura de Agrupamento. Uma dinâmica de inovação tem vindo a adquirir maior visibilidade com o jornal online e o uso da plataforma Moodle. Os projectos nacionais e algumas parcerias com a comunidade

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envolvente merecem referência, por terem vindo a contribuir para alguma melhoria dos resultados

escolares e para a integração dos alunos que procuram o Agrupamento.

5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DO AGRUPAMENTO

[CLASSIFICAÇÃO] SUFICIENTE A auto-avaliação do Agrupamento como projecto, iniciou-se no ano lectivo 2007/2008, com a constituição de uma comissão de seis docentes com assento no Conselho Pedagógico. O trabalho desenvolvido permitiu proceder ao diagnóstico organizacional do Agrupamento e ao levantamento de pontos fortes, pontos fracos e sugestões de melhoria. Contudo, não estão elaborados os planos de melhoria consequentes e a informação recolhida não foi suficientemente discutida e analisada, de forma a ser apropriada por todos. Reconhece-se que o empenho e o envolvimento da equipa de trabalho e o acompanhamento dos diferentes órgãos de direcção, gestão e administração conjugados com a participação de toda a comunidade educativa, particularmente dos alunos, poderão ser considerados como indicadores de que a auto-avaliação será orientada, de modo a permitir uma progressiva sustentabilidade da acção e do progresso.

IV – AVALIAÇÃO POR FACTOR

1. RESULTADOS

1.1 SUCESSO ACADÉMICO

O tratamento estatístico dos resultados académicos e respectiva análise têm sido realizados com maior regularidade desde 2006/2007, principalmente, ao nível dos departamentos curriculares e do Conselho Pedagógico. Não obstante a contribuição dada pela equipa de auto-avaliação, a partir de 2007/2008, é manifesta a dificuldade em reconhecer os elementos determinantes dos casos de sucesso/insucesso, nomeadamente nos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico.

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O Agrupamento tem vindo a apurar algumas causas para o insucesso escolar, sobretudo os comportamentos inadequados/indisciplina, a menor articulação entre as diferentes escolas e o fraco acompanhamento escolar de alunos, por parte das famílias, com contextos socioeconómicos mais adversos.

As principais estratégias de acção para superar o insucesso escolar têm sido, por exemplo, a redução do número de professores por turma no 2.º Ciclo, a utilização progressiva das Tecnologias de Informação e Comunicação e a implementação do Plano Nacional de Leitura e do Plano de Acção para a Matemática (apesar deste não ter alcançado os resultados esperados).

No ano lectivo anterior, o Agrupamento recolheu e analisou dados qualitativos relativos ao desenvolvimento das crianças que frequentaram a Educação Pré-Escolar e que ingressaram no 1.º Ciclo no presente ano lectivo, tendo em conta as diferentes áreas de conteúdo das respectivas Orientações Curriculares, de forma a permitir mais facilmente, nos próximos anos, a análise da evolução dos resultados.

Da análise dos resultados escolares nos três Ciclos do Ensino Básico referentes ao triénio 2005/2008, disponibilizados pelo Agrupamento, resulta que as taxas de sucesso global (transição/conclusão), apenas no ano lectivo 2007/2008 e no 1.º Ciclo, se situam acima da média nacional. É, por isso, de salientar os resultados obtidos, no referido triénio, no 1.º Ciclo (94,0%; 95,3%; 96,6%), que mostram uma evolução significativa. No último ano lectivo, são também de assinalar os resultados dos alunos do 4.º ano nas Provas de Aferição de Língua Portuguesa e de Matemática, muito acima da média nacional, não se registando alunos com Não Satisfaz.

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A análise dos resultados escolares, referentes ao triénio 2005/2008, mostra uma flutuação das taxas de sucesso, tanto para o 2.º Ciclo (78,1%; 81,8%; 79,4%) como para o 3.º Ciclo (69,6%; 67,0%; 76,1%), o que pode indiciar a existência de factores determinantes dos resultados que não são controlados. Quanto aos resultados dos alunos do 6.º ano, nas Provas de Aferição de Língua Portuguesa e de Matemática, apresentam-se abaixo da média nacional.

Os resultados em exames nacionais do 9.º ano, no triénio em análise, mostram, também, uma flutuação tanto em Língua Portuguesa (2,7; 3,3; 3,0), como em Matemática (2,1; 1,9; 2,4) e apresentam-se, na maioria, abaixo da média nacional. No que se refere às diferenças entre as médias das classificações internas e as de exame, nestas disciplinas e no referido triénio, os resultados apresentam uma variação que ocorre entre – 0,8 e + 0,2. Assim, a análise dos valores resultantes das diferenças entre as médias das classificações internas e as de exame, nas disciplinas referidas, mostra que os critérios internos de avaliação poderão não estar bem calibrados e não oferecer, globalmente, confiança.

A análise das taxas de abandono, no triénio 2005/2008 mostra, por um lado a inexistência de abandono no 1.º Ciclo e, por outro, uma diminuição acentuada nos 2.º (3,0%; 2,4%; 0,0%) e 3.º (4,8%; 5,2%; 0,0%) Ciclos. Assim, salienta-se o esforço realizado, no sentido de resolver as diferentes situações que permitiu, no último ano lectivo, a inexistência de abandono escolar.

1.2 PARTICIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CÍVICO

O Agrupamento dá atenção à integração escolar e social dos seus alunos. De salientar, na Educação Pré-Escolar e no 1.º Ciclo, o desenvolvimento de competências sociais, como estratégia privilegiada para a integração escolar e social e a realização de actividades que permitem a sua operacionalização, de que são exemplo as promovidas no âmbito da leitura e os “Jogos de Primavera”. No início do ano lectivo, os alunos são informados dos seus direitos e deveres que são objecto de reflexão, principalmente, nas aulas de Formação Cívica, com o director de turma ou com o docente titular de turma.

Os alunos desenvolvem campanhas de solidariedade, como sejam a recolha de roupa e de brinquedos para crianças. Contudo, não há evidências de outras estratégias mais alargadas que visem a promoção da cidadania nas suas diversas vertentes.

O Jornal online, as Assembleias de Delegados, o Desporto Escolar e projectos como “A minha escola contra a violência” e “Equal – Agir para a Igualdade” têm contado com a participação dos alunos. Contudo, estes não são chamados a participar na programação das actividades, nem existem processos que permitam desenvolver uma identidade pedagógica e cultural de Agrupamento.

1.3 COMPORTAMENTO E DISCIPLINA

De um modo geral, os alunos das diferentes unidades educativas, nomeadamente do 1.º Ciclo têm um comportamento disciplinado e mostram conhecer as regras de funcionamento do Agrupamento. Contudo, na Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos, ocorrem casos muito problemáticos de comportamentos desadequados e de indisciplina. Da análise dos dados do triénio 2005/2008, disponibilizados pelo Agrupamento, e considerando o tipo de sanções aplicadas, que indiciam o nível de gravidade dos actos de indisciplina é muito preocupante a situação observada na escola-sede. Efectivamente, no conjunto de penas aplicadas no ano lectivo 2005/2006, 60 alunos (46 do 2.º Ciclo e 14 do 3.º Ciclo) foram punidos com pena de suspensão, representando um total acumulado de 221 dias; no ano lectivo 2006/2007 foram punidos com pena de suspensão 74 alunos (49 do 2.º Ciclo e 25 do 3.º Ciclo), acumulando um total de 330 dias; no ano lectivo 2007/2008, 95 alunos (70 do 2.º Ciclo e 25 do 3.º Ciclo) foram punidos com pena de suspensão representando um total acumulado de 429 dias.

Têm sido implementadas algumas iniciativas, como o Gabinete de Apoio à Integração do Aluno, a “Turma do Mês” e os alunos tutores que ajudavam na integração dos mais novos (estas duas últimas foram abandonadas sem qualquer monitorização), porém, o problema tem persistido. A presença de jovens estranhos à escola-sede, que por vezes se regista, apesar de serem imediatamente

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encaminhados para o exterior, tem criado um clima de insegurança. Na verdade, o Agrupamento não

conseguiu adoptar uma estratégia que promova eficazmente tanto a inserção dos alunos mais problemáticos na cultura da escola, como a vivência de um ambiente educativo mais seguro, respeitador e propício à aprendizagem.

1.4 VALORIZAÇÃO E IMPACTO DAS APRENDIZAGENS

A importância atribuída ao impacto das aprendizagens nos alunos e suas famílias e nas suas expectativas e necessidades está condicionada pela heterogeneidade que caracteriza a comunidade educativa. O Agrupamento distingue três comunidades locais servidas por cada uma das três escolas do 1.º Ciclo, cujos alunos, na maioria, ingressam posteriormente no 2.º Ciclo da escola-sede. Assim, existem as famílias com maiores dificuldades socioeconómicas e culturais e com menores habilitações que não valorizam tanto a escola, as famílias sem dificuldades económicas e com maiores habilitações que acompanham os seus educandos e as famílias que, apesar de recursos económicos mais baixos, também valorizam as aprendizagens escolares dos seus filhos.

Tendo em consideração as características do contexto socioeconómico e os interesses dos alunos, o Agrupamento criou duas turmas de Percursos Curriculares Alternativos. Apesar de conhecer a comunidade e da preocupação com a qualidade das aprendizagens, o Agrupamento não tem uma estratégia que vise o aumento das expectativas, dos alunos e dos seus encarregados de educação, face à escola.

2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

2.1 ARTICULAÇÃO E SEQUENCIALIDADE

A gestão articulada e conjunta do currículo, ao nível intra e interdepartamental, não é evidente nos documentos orientadores, nomeadamente no Projecto Curricular de Agrupamento. Numa perspectiva vertical, a articulação curricular é mais notória entre a Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo e entre os 2.º e 3.º Ciclos. Esta articulação não é generalizada, é antes favorecida entre os docentes que partilham o mesmo estabelecimento, existindo actividades pontuais entre as escolas do Agrupamento, como por exemplo a Festa da Primavera e a Semana da Físico-Química. A articulação com as actividades de enriquecimento curricular é feita entre os responsáveis por estas actividades e os docentes titulares de turma do 1.º Ciclo, no entanto, não se realiza com os departamentos curriculares.

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A coordenação pedagógica é conseguida ao nível dos departamentos e dos grupos disciplinares nos 2.º e 3.º Ciclos e nos conselhos de ano no 1.º Ciclo, sendo já comum a realização de testes iguais para o mesmo ano e disciplina ou testes com base na mesma matriz. Esta elaboração conjunta de instrumentos de avaliação é sentida como uma necessidade, nomeadamente para prepararem os alunos para as provas de avaliação externa. Os projectos curriculares de turma são construídos a partir de um guião aprovado em Conselho Pedagógico e acompanham as turmas, constituindo-se, assim um documento aglutinador, que reflecte a especificidade de cada turma. O Serviço de Psicologia e Orientação acompanha e apoia os alunos do 9.º ano de escolaridade, em termos de opções vocacionais.

2.2 ACOMPANHAMENTO DA PRÁTICA LECTIVA EM SALA DE AULA

O planeamento dos conteúdos curriculares é realizado, principalmente, ao nível de grupo disciplinar e de departamento. Aí, os critérios de avaliação são, também, trabalhados sendo já uma preocupação calibrar os instrumentos de recolha de informação. As evidências apontam para uma franca articulação curricular, ao nível das coordenações de ano no 1.º ciclo, nomeadamente na produção de matrizes comuns para as avaliações mensais e provas idênticas para as avaliações trimestrais. Os resultados da avaliação contínua são analisados e debatidos em reuniões de coordenação de ano e em conselho de turma e, posteriormente, em Conselho Pedagógico. Não há evidências de que as práticas de diferenciação pedagógica sejam utilizadas de forma generalizada, no âmbito do processo de ensino e de aprendizagem. O acompanhamento e a monitorização da prática lectiva apenas acontecem nas

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reuniões de departamento e de grupo disciplinar onde se procede à verificação do cumprimento dos programas. A supervisão da prática lectiva, organizada como uma estratégia de desenvolvimento mútuo e de estimulação da qualidade profissional e científica dos docentes, não é uma prática instituída, ocorrendo apenas em situações pontuais de dificuldade de algum docente.

2.3 DIFERENCIAÇÃO E APOIOS

Existem processos consolidados de referenciação dos alunos com necessidades educativas especiais e o Agrupamento dá, ainda, resposta à comunidade com uma Unidade de Ensino Estruturado no 1.º Ciclo, que se irá estender ao 2.º Ciclo e uma sala de apoio à multideficiência. É, também, Agrupamento de referência na intervenção precoce. A adesão ao projecto “Desafios” da Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais é uma mais-valia no desenvolvimento de competências sociais, principalmente ao nível do 1.º Ciclo. Da mesma forma, as parcerias com a Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas e a Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo são outro investimento frutuoso pelo facto de trazerem técnicos especializados.

De salientar o trabalho da Educação Especial, da Unidade de Ensino Estruturado e do Serviço de Psicologia e Orientação que desenvolvem a sua acção de forma muito próxima dos docentes, directores de turma e encarregados de educação. No entanto, verifica-se uma dificuldade de articulação entre os docentes de apoio educativo das três Escolas Básicas do 1.º Ciclo e consequentemente um menor acompanhamento e monitorização da eficácia dos apoios, que se traduz em taxas de sucesso pouco expressivas no último triénio (67,1%; 54,5%; 79,8%), ao contrário das taxas de sucesso dos alunos com necessidades educativas especiais que têm vindo a evoluir (90%; 90,3%; 91%).

2.4 ABRANGÊNCIA DO CURRÍCULO E VALORIZAÇÃO DOS SABERES E DA APRENDIZAGEM

O Agrupamento oferece apenas como resposta educativa turmas de percursos curriculares alternativos, uma ao nível 2.º Ciclo e outra ao nível do 3.º Ciclo. No Jardim-de-Infância e no 1.º Ciclo da Escola Manuel Teixeira Gomes, alguns encarregados de educação vão à sala de aula, no âmbito dos temas abordados (por exemplo sobre o tema “Castelos”) para, em conjunto com os alunos, desenvolverem estratégias e trabalhos, nomeadamente dramatizações, confecção de indumentárias próprias, leitura de histórias ou palestras. Nesta unidade educativa também têm sido desenvolvidas exposições baseadas nos temas “Olhar o Mundo através da História” e “Olhar o Mundo através da Arte”, que evidenciam a valorização da componente artística nas aprendizagens.

Nos 2.º e 3.º Ciclos a oferta de actividades de enriquecimento curricular não é muito diversificada. De entre estas destacam-se, como valorização da dimensão desportiva, as do Desporto Escolar, nomeadamente o futsal feminino, voleibol, atletismo, dança e, mais recentemente, o clube de xadrez. Os bons resultados obtidos pelos alunos nas várias modalidades são regularmente divulgados no jornal online do Agrupamento.O ensino experimental ganha alguma relevância com a participação de crianças da Educação Pré-Escolar na Semana da Físico-Química que tem lugar na escola-sede.

3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR

3.1 CONCEPÇÃO, PLANEAMENTO E DESENVOLVIMENTO DA ACTIVIDADE O Projecto Educativo do Agrupamento, concebido para o triénio 2006/2009, apesar de elencar uma série de metas e de estratégias com o objectivo de inverter os principais problemas identificados no Agrupamento, não se tem mostrado um documento, suficientemente, orientador, para atingir plenamente as metas definidas. O Projecto Curricular tem vindo a ser actualizado, apesar de não ser utilizado, de forma generalizada, como um instrumento de gestão do currículo. O Plano Anual de Actividades limita-se a elencar as acções propostas pelos departamentos/grupos

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disciplinares/estabelecimentos de ensino, nem sempre sendo evidente a articulação entre as diferentes

estruturas.

Os projectos curriculares de turma são documentos estruturantes, elaborados com base no diagnóstico da turma, sendo avaliados e monitorizados nos conselhos de turma. Os documentos orientadores são conhecidos pelos docentes e pelos encarregados de educação, mas não o são pelo pessoal não docente.

3.2 GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS

A estabilidade do corpo docente tem permitido ao Conselho Executivo o conhecimento gradual das competências pessoais e profissionais dos professores e, nessa medida, contribuído para uma distribuição coerente dos vários cargos e funções. A afectação do pessoal docente orienta-se também por um conjunto de critérios devidamente estabelecidos, donde se destacam a continuidade pedagógica e, desde o início do presente ano lectivo, a redução do número de docentes por turma no 2.º Ciclo (com o objectivo de minimizar os efeitos da transição para um regime de pluridocência), entre outros.

A gestão do pessoal não docente tem sido dificultada em virtude de alguns assistentes operacionais não se encontrarem ao serviço por motivo de doença.

Apesar de se efectuar, anualmente, um levantamento das necessidades de formação do pessoal docente e não docente, não é elaborado um Plano de Formação que contribua para apoiar as necessidades da organização e dos profissionais na melhoria dos resultados escolares. A resposta aos resultados desse diagnóstico fica quase totalmente dependente do Centro de Formação António Sérgio, sendo muito pontuais as iniciativas de formação levadas a cabo internamente.

3.3 GESTÃO DOS RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS

O estado de preservação dos edifícios e espaços exteriores é, de um modo geral, razoável nas várias unidades do Agrupamento. Exceptua-se o caso da Escola Básica do 1.º Ciclo n.º 183 e Jardim-de-Infância n.º 5 dos Olivais, onde existe um ginásio com enormes potencialidades não exploradas, porque se encontra em avançado estado de degradação. Os espaços exteriores desta escola, outrora uma referência pela abundância de zonas verdes, acusam falta de manutenção.

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Na Escola Básica do 1.º Ciclo Manuel Teixeira Gomes, o refeitório é, desde há cinco anos, um espaço improvisado sobre um palco, com uma altura considerável acima do nível do chão, sem que haja qualquer barreira ou outro mecanismo de prevenção de eventuais quedas. No espaço exterior desta escola, não existem zonas cobertas. Na escola-sede estão a ser ultimadas as obras de reestruturação e ampliação do espaço destinado à Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos.

A distribuição dos equipamentos e recursos é, na medida do possível, gerida equitativamente, em função das condições e necessidades existentes em cada estabelecimento de ensino. Porém, continua por suprir a inexistência de rede de internet nos Jardins-de-Infância.

O órgão de gestão tem sido pouco dinâmico na procura de soluções para a angariação de receitas próprias, que resultam apenas das geradas na escola-sede e da participação num ou noutro projecto financiado, situação que acaba por inviabilizar a recuperação, manutenção e apetrechamento de alguns espaços.

3.4 PARTICIPAÇÃO DOS PAIS E OUTROS ELEMENTOS DA COMUNIDADE EDUCATIVA As quatro Associações de Pais existentes no Agrupamento estão empenhadas na procura de soluções que beneficiem os alunos, em articulação com os órgãos de gestão. Não são, porém, fiéis representantes da realidade do Agrupamento no que respeita aos níveis de participação e interesse dos encarregados de educação pela vida escolar dos seus educandos, que vai decrescendo à medida que se avança nos ciclos de ensino.

Em anos anteriores, o Agrupamento promoveu algumas iniciativas que visavam o envolvimento mais directo dos encarregados de educação na vida escolar – realização de um conjunto alargado de

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actividades lúdicas de recepção a alunos e pais no início de cada ano lectivo, acções de informação e sensibilização, entre outras – que têm vindo a ser gradualmente abandonadas por falta de adesão. Não existindo uma estratégia que promova uma mobilização mais eficaz destes actores e a sua consequente participação na elaboração dos documentos estruturantes do Agrupamento.

3.5 EQUIDADE E JUSTIÇA

A preocupação com a promoção dos princípios de equidade, justiça e inclusão manifesta-se principalmente no conjunto de respostas que o Agrupamento tem vindo a providenciar, no sentido de proporcionar a todos os alunos o igual acesso às oportunidades de aprendizagem e que é merecedor do reconhecimento dos vários agentes da comunidade educativa.

Deste conjunto de soluções, salientam-se os apoios concedidos às crianças e aos alunos com necessidades educativas especiais – a equipa de Intervenção Precoce e as Unidade de Ensino Estruturado para Alunos com Espectro de Autismo e de Apoio à Plurideficiência – e a criação de duas turmas de Percursos Curriculares Alternativos, com o objectivo de potenciar a integração de alunos com dificuldades de aprendizagem, comportamentos desajustados e baixos níveis de assiduidade. A existência de critérios de equidade na constituição de turmas e na elaboração de horários constituem exemplos de medidas emanadas dos órgãos de gestão, que remetem para a concretização destes princípios.

4. LIDERANÇA

4.1 VISÃO E ESTRATÉGIA

O Projecto Educativo encontra-se no último ano de vigência. Desde o final do ano lectivo anterior que tem sido realizada a auscultação aos diferentes elementos da comunidade quanto ao serviço prestado no último triénio e aos resultados obtidos, de forma a identificar estratégias a implementar. O Conselho Geral Transitório está a funcionar com grupos de trabalho, focados sobre os diferentes documentos estruturantes. Estes apresentam-se, enquanto documentos teóricos, bem organizados e coerentes entre si, mas não são utilizados, por todos, como instrumentos orientadores das práticas da organização.

A liderança assumida pelo Conselho Executivo é aceite pela maioria do pessoal docente e não docente, mas a sua actuação sobre as áreas prioritárias identificadas (sucesso educativo, cidadania e articulação curricular) é pouco profícua, por não ter uma visão estratégica estruturada do projecto a desenvolver. Assim, não havendo uma visão comum, de consonância, nas práticas dos diferentes órgãos do Agrupamento, nem dispositivos de monitorização do cumprimento de objectivos definidos, a capacidade de inovação e de introdução de mudanças significativas ficam reduzidas, tanto na oferta educativa, como no que concerne à procura de soluções que cativem os alunos mais problemáticos.

4.2 MOTIVAÇÃO E EMPENHO

O Conselho Executivo mostra conhecer a sua área de acção, executando as suas funções, com empenho e receptividade. A actuação deste órgão, nomeadamente da sua presidente, marcada pela capacidade de trabalho e o bom relacionamento com a comunidade educativa, é reconhecida e aceite. Como menos positivo refere-se o fraco incentivo à emergência de lideranças intermédias que cria algumas dificuldades às estruturas de gestão pedagógica, de modo a que sejam efectivos níveis de decisão.

O corpo docente caracteriza-se por ser competente e profissional, movido pela dedicação à sua escola e empenhado para as funções atribuídas, o que faz acreditar que existem as condições necessárias para a elaboração dos planos de melhoria assentes no diagnóstico organizacional já realizado. De salientar, também, o empenho e o profissionalismo de uma parte muito significativa do pessoal não docente no desempenho das funções que lhe são atribuídas. Contudo, não existe um plano definido pelos

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responsáveis da gestão para motivar, integrar e empenhar os diferentes agentes educativos, de forma

a mobilizá-los na construção de uma verdadeira cultura de Agrupamento. O absentismo de docentes e não docentes tem pouca expressão, sendo as situações devidamente monitorizadas e mais dificilmente resolvidas para o pessoal não docente (motivadas por doença).

4.3 ABERTURA À INOVAÇÃO

O Agrupamento demonstra uma atitude de abertura e alguma dinâmica de inovação, nomeadamente na área das Tecnologias de Informação e Comunicação – plataforma Moodle, que tem vindo a adquirir maior relevância com a inclusão de trabalhos de diferentes áreas revelando-se, portanto, como um meio facilitador do contacto entre elementos da comunidade educativa, nomeadamente professores e alunos. Apesar da participação na edição do Jornal online ser espontânea, tem-se revelado um meio de comunicação regular dos acontecimentos importantes da vida do Agrupamento.

4.4 PARCERIAS, PROTOCOLOS E PROJECTOS

O Agrupamento tem procurado associar-se a instituições que, pela natureza das suas actividades e projectos, podem concorrer para a melhoria das condições de aprendizagem e de desenvolvimento pessoal e social dos alunos. São disso exemplo as parcerias e protocolos celebrados com a Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas (projecto Pontes de Inclusão), com a Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (projecto Ajudautismo), com a Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais (projecto Desafios), com a Associação Juvenil de Estudos e Comunicação (que assegura a componente de apoio à família e as actividades de enriquecimento curricular), com a Escola Superior de Educação de Lisboa e com a Escola Secundária D. Dinis, cujos alunos realizam estágios nos Jardins-de-Infância e nas Escolas do 1.º Ciclo.

A iniciativa Pauliteiros dos Olivais que decorre do projecto Agir para a Igualdade de Género (aprovado pelo Programa EQUAL), bem como o projecto A Nossa Escola pela Não Violência, no âmbito do qual está a ser abordado o subtema da violência no namoro, são dinamizados por alunos de 2.º e 3.º ciclo. Ag rupa mento de Escola s de S anta

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Não é evidente que a adesão ao Plano de Acção para a Matemática e ao Plano Nacional de Leitura tenha contribuído para a melhoria do serviço educativo nestes domínios. Reporta-se, como menos positivo, o facto de o Agrupamento ter deixado passar a oportunidade de se candidatar ao Projecto Computadores, Redes e Internet nas Escolas. O Agrupamento integrou recentemente a Rede de Bibliotecas Escolares e candidatou-se pela primeira vez, no presente ano lectivo, ao Programa Comenius.

5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DO AGRUPAMENTO 5.1 AUTO-AVALIAÇÃO

A auto-avaliação do Agrupamento como projecto, iniciou-se no ano lectivo 2007/2008, com a constituição de uma comissão de seis docentes com assento no Conselho Pedagógico. O desenvolvimento do processo obedeceu a um plano de trabalho que considerou as áreas constantes do referencial da Avaliação Externa das Escolas.

O trabalho desenvolvido permitiu proceder, de acordo com as áreas referidas, ao diagnóstico organizacional do Agrupamento e ao levantamento de pontos fortes, pontos fracos e sugestões de melhoria. Apesar destas sugestões, não estão elaborados planos de melhoria que incluam as acções a implementar e a definição das respectivas estratégias de operacionalização. A informação recolhida foi apresentada à comunidade, sob a forma de relatório intermédio em Outubro de 2008, embora não tenha sido suficientemente discutida e analisada, de forma a ser apropriada por todos. Assim, o Agrupamento partindo de algumas práticas dispersas de auto-avaliação, da aproximação da Avaliação Externa e aproveitando as alterações dos diferentes órgãos, devido à entrada em vigor do

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novo regime de administração e gestão, relançou este projecto, cujo acompanhamento já faz parte da ordem de trabalhos do Conselho Geral Transitório.

5.2 SUSTENTABILIDADE DO PROGRESSO

Apesar de não estar consolidado, o projecto de auto-avaliação já produziu informação muito útil, permitindo ao Agrupamento conhecer os seus pontos fortes e fracos, tal como as oportunidades e os constrangimentos. A efectividade do projecto poderá depender do seu alargamento e aperfeiçoamento futuro, dado que não estão ainda elaborados os respectivos planos de melhoria.

Reconhece-se que o empenho e o envolvimento da equipa de trabalho e o acompanhamento dos diferentes órgãos de direcção, gestão e administração conjugados com a participação de toda a comunidade educativa, particularmente dos alunos, poderão ser considerados como indicadores de que a auto-avaliação será orientada, de modo a permitir uma progressiva sustentabilidade da acção e do progresso.

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo, apresenta-se uma selecção dos atributos do Agrupamento de Escolas de Santa Maria dos Olivais (pontos fortes e fracos) e das condições de desenvolvimento da sua actividade (oportunidades e constrangimentos). A equipa de avaliação externa entende que esta selecção identifica os aspectos estratégicos que caracterizam o Agrupamento e define as áreas onde devem incidir os seus esforços de melhoria.

Entende-se aqui por ponto forte: atributo da organização que ajuda a alcançar os seus objectivos; por ponto fraco: atributo da organização que prejudica o cumprimento dos seus objectivos; por oportunidade: condição ou possibilidade externas à organização que poderão favorecer o cumprimento dos seus objectivos; por constrangimento: condição ou possibilidade externas à organização que poderão ameaçar o cumprimento dos seus objectivos.

Os tópicos aqui identificados foram objecto de uma abordagem mais detalhada ao longo deste relatório.

Pontos fortes

 O trabalho desenvolvido ao nível do 1.º Ciclo conducente aos resultados educacionais e académicos onde se observa uma evolução significativa.

 O impacto positivo das medidas utilizadas na prevenção do abandono escolar.

 A acção conjugada do Ensino Especial, da Unidade de Ensino Estruturado e do Serviço de Psicologia e Orientação e articulada com os docentes, directores de turma e encarregados de educação, como resposta às necessidades educativas especiais.

 A dinâmica desenvolvida no âmbito do Desporto Escolar como valorização da dimensão desportiva.

 O empenho e a dedicação de um número significativo de docentes e de não docentes no exercício das suas funções.

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– Lisb oa  24 a 26 de M arço de 2009 Pontos fracos

 A inexistência de uma estratégia que contribua para a prevenção efectiva da indisciplina ao nível dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico.

 A fraca articulação entre o 1.º e o 2.º Ciclos, tal como entre os responsáveis das actividades de enriquecimento curricular do 1.º Ciclo e o Agrupamento.

 A pouca atenção às práticas de diferenciação pedagógica e sua generalização na sala de aula.  A reduzida utilização do Projecto Curricular de Agrupamento como instrumento dinâmico de

gestão curricular.

 A inexistência de Plano de Formação como factor de desenvolvimento da organização escolar e dos profissionais na melhoria dos resultados educativos.

 A falta de segurança do espaço improvisado como refeitório na Escola Básica do 1.º Ciclo Manuel Teixeira Gomes.

 A inexistência de uma estratégia que promova a maior mobilização dos pais e encarregados de educação e a consequente participação efectiva na elaboração dos documentos estruturantes do Agrupamento.

 A inexistência de uma estratégia que desenvolva no Agrupamento uma identidade pedagógica e cultural própria que, como elemento agregador da comunidade educativa e de atracção social, contribua para a melhoria dos resultados dos alunos.

Oportunidades

 O estabelecimento de conexões com entidades externas, de forma a favorecer o desenvolvimento de projectos, nomeadamente de uma “Escola de Pais”.

 O incremento de novas parcerias com o tecido empresarial e económico da região e outras infra-estruturas, de forma a apostar ainda mais em novas oportunidades e alargar as ofertas educativas.

Constrangimentos

 A falta de salas de aula e de trabalho para os professores na escola-sede, a degradação dos espaços físicos da Escola Básica do 1.º Ciclo n.º 183 e a inexistência de refeitório e de telheiros na Escola Básica do 1.º Ciclo Manuel Teixeira Gomes.

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