_Antropometria

(1)

ERGONOMIA

Antropometria

Antropometria e

e suas

suas aplicações

aplicações em

em

situações

situações de

de trabalho

trabalho

Antropometria

Definição, tabelas antropométricas e classificação

O que é antropometria?

A antropometria trata das medidas

medidas

físicas

físicas (dimensões) de segmentos

do corpo humano.

As tabelas antropométricas se referem a uma

determinada população

apresentam as dimensões do corpo, pesos e alcances dos

movimentos;

importante observar que uma pessoa classificada como

de estatura média pode ter os antebraços de uma

pessoa baixa, cabeça de uma pessoa alta e assim por

diante.

Tabelas antropométricas

Em projetos ergonômicos em geral são utilizadas tabelas

antropométricas

Utilizada para averiguação da compatibilidade entre o

homem, a máquina, o posto de trabalho...

Considera-se a “grande variabilidade das medidas humanas

entre os diferentes indivíduos, entre os sexos e raças”

(GRANDJEAN, 1998).

Em ergonomia trabalha-se com a parcela de 95% da

população ou até mesmo 90%, chamada limite de confiança.

Comparação entre as medidas dos pés de europeus e Comparação entre as medidas dos pés de europeus e _{brasileiros. Os brasileiros tê, relativamente, pés mais}_{brasileiros. Os brasileiros tê, relativamente, pés mais} curtos e mais “gordos” (Lacerda, 1984)

curtos e mais “gordos” (Lacerda, 1984) Fonte:IIDA, 1998

Fonte:IIDA, 1998

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“A figura mostra a postura e os pontos entre os “A figura mostra a postura e os pontos entre os quais deve ser feita a medida antropométrica do quais deve ser feita a medida antropométrica do

comprimento ombro

comprimento ombro--cotovelo.” (IIDA, 1998)cotovelo.” (IIDA, 1998)

“Aparelho especialmente construído para medir o “Aparelho especialmente construído para medir o alcance das mãos.” (IIDA, 1998) alcance das mãos.” (IIDA, 1998)

“modelo bidimensional articulado, usado para testar o “modelo bidimensional articulado, usado para testar o dimensionamento de postos de trabalho.” (IIDA, 1998) dimensionamento de postos de trabalho.” (IIDA, 1998)

Estática

Estática – É aquela em que as medidas se referem ao

corpo parado ou com poucos movimentos (maior parte

das tabelas)

Norma alemã DIN 33402 de junho de 1981, Human Scale (EUA),

Ergokit (INT) – Brasil.

As medidas antropométricas disponíveis de brasileiros não

apresentam grandes discrepâncias em relação às tabelas

estrangeiras (erro de 5% é tolerável).

OBS. : Não existe homem médio e sim homens que estão na

média em relação à algumas variáveis. Deve-se utilizar os

extremos (5% e 95%) para se adaptar os projetos para maioria.

Classificação

“Principais variáveis usadas em medidas “Principais variáveis usadas em medidas antropométricas estáticas do corpo.” (IIDA, 1998) antropométricas estáticas do corpo.” (IIDA, 1998)

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“Principais variáveis usadas em medidas “Principais variáveis usadas em medidas antropométricas estáticas do corpo.” (IIDA, 1998) antropométricas estáticas do corpo.” (IIDA, 1998)

para registrar os movimentos utilizam-se câmeras filmadoras e

fotográficas, ou traçando-se em um quadro graduado os

envoltórios de alcance.

“Valores médios (em graus) de rotações voluntárias “Valores médios (em graus) de rotações voluntárias do corpo, na antropometria dinâmica.” (IIDA, 1998) do corpo, na antropometria dinâmica.” (IIDA, 1998)

16

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Biomecânica

Trabalho muscular estático e dinâmico, posturas e análise da

postura do corpo, aplicações de froça, levantamento e

transporte manual de cargas

Conceito

A Biomecânica Ocupacional estuda as

interações entre o trabalho ao homem

sob o ponto de vista dos movimentos

músculo-esqueléticos envolvidos nas

tarefas e as suas conseqüências.

Para alcançar seu objetivo, evitando tensões musculares e

fadiga, a biomecânica ocupacional preocupa-se com fatores

relevantes como:

O trabalho muscular estático ou dinâmico

Posturas corporais

Aplicação de força

Objetivo

Trabalho muscular

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Trabalho muscular dinâmico

dinâmico (trabalho rítmico

trabalho rítmico) caracteriza-se

por uma seqüência rítmica de contração e extensão

(tensionamento e afrouxamento) da musculatura em trabalho.

Trabalho muscular estático

estático (trabalho postural

trabalho postural) –

caracteriza-se por um estado de contração prolongada da musculatura, o

que geralmente implica um trabalho de manutenção postural.

“O músculo opera em condições desfavoráveis de irrigação “O músculo opera em condições desfavoráveis de irrigação sangüínea durante o trabalho estático, com a demanda superando o sangüínea durante o trabalho estático, com a demanda superando o suprimento, enquanto há equilíbrio entre a demanda e o suprimento suprimento, enquanto há equilíbrio entre a demanda e o suprimento durante o repouso e o trabalho dinâmico.” (IIDA, 1998) durante o repouso e o trabalho dinâmico.” (IIDA, 1998)

(5)

Postura estática na atividade de

Postura estática na atividade de peneiração de areiapeneiração de areia. . (GRANDJEAN, 1998)

(GRANDJEAN, 1998) Efeito do trabalho muscular estático no carregamento da pasta Efeito do trabalho muscular estático no carregamento da pasta escolar no consumo de energia. (GRANDJEAN, 1998) escolar no consumo de energia. (GRANDJEAN, 1998)

Consumo de oxigênio Consumo de oxigênio 100%

100% 182%182% 241%241%

Esforço estático no braço esquerdo durante o trabalho de Esforço estático no braço esquerdo durante o trabalho de plantio de batatas. O uso de uma cinta alivia o trabalho plantio de batatas. O uso de uma cinta alivia o trabalho estático do braço esquerdo. (GRANDJEAN, 1998) estático do braço esquerdo. (GRANDJEAN, 1998)

Tempo = 30 min Tempo = 30 min + 45 pulsos de trabalho

+ 45 pulsos de trabalho + 31 pulsos de trabalho+ 31 pulsos de trabalho

Em repouso ou trabalho, basicamente 3 posturas:

deitada

sentada

de pé

Posturas do corpo

Parte do corpo % do peso total Cabeça 6 a 8% Tronco 40 a 46% Membros superiores 11 a 14% Membros inferiores 33 a 40%

Distribuição dos

Distribuição dos esforços muscularesesforços musculares

Postura DEITADA

29

Não há concentração de tensão em qualquer parte do corpo:

Sangue flui livremente para todas as partes do corpo – auxilia na

eliminação dos resíduos do metabolismo e as toxinas dos

músculos, provocadores da fadiga.

Postura mais recomendada para o repouso e a recuperação da

fadiga.

No trabalho, a cabeça sem apoio pode tornar-se fatigante

(musculatura do pescoço).

Postura SENTADA

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Exige atividade muscular do dorso e do ventre para a

manutenção da postura:

A maior parte do peso do corpo é suportado pela pele que

cobre o osso ísquio, nas nádegas.

Consumo de energia 3 a 10% maior que na horizontal.

Postura ligeiramente para a frente é mais natural e menos

fatigante que a postura ereta.

O assento deve permitir mudanças de postura para adiar o

aparecimento da fadiga.

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Posto de trabalho informatizado

Fonte: Brandimiller (2001, p. 16)

Tuberosidades isquiáticas

F o nt e : IID A ( 20 05 ). ísquios ísquios sacro pubis

Postura DE PÉ

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Altamente fatigante por exigir excessivo trabalho

estático da musculatura envolvida para manter essa

posição:

Maior resistência para bombeamento do sangue (coração).

Pessoas que executam trabalho dinâmicos em pé, costumam

apresentar menos fadiga que aquelas que permanecem

estáticas ou com pouca movimentação.

Localização das dores no

Localização das dores no corpo,

corpo,

provocadas

provocadas por posturas inadequadas

por posturas inadequadas

POSTURA

RISCO DE DORES

Em pé

Pés e pernas (varizes)

Sentado sem encosto

Músculos extensores do dorso

Assento muito alto

Parte inferior das pernas, joelhos

e pés

Assento muito baixo

Dorso e pescoço

Braços esticados

Ombros e braços

Pegas inadequadas de

ferramentas

Antebraços

36 tipo de trabalho posto fixo trabalho leve com espaço para as pernas poucos levantamentos (até 10/hora) posto de trabalho sentado muitos levantamentos (mais de 10/hora) posto de trabalho em pé sem espaço para as pernas posto com selim para apoio trabalho pesado posto com selim para apoio posto móvel posto de trabalho em pé “ R o t e i r o p a r a s e l e c i o n a r a p o s t u r a b á s i c a . ” “ R o t e i r o p a r a s e l e c i o n a r a p o s t u r a b á s i c a . ” ( D U L & W E E R D M E E S T E R , 1 9 9 8 ) ( D U L & W E E R D M E E S T E R , 1 9 9 8 )

(7)

37

Precisão

• realizados com as pontas dos dedos

• tende-se a substituir o movimento dos dedos (quando

fatigados) pelos movimentos de punho, cotovelo e

ombros, com progressiva perda da precisão

38

• os movimentos devem ser suaves, curvos e rítmicos

• acelerações rápidas ou mudanças bruscas de direção são

fatigantes, porque exigem maiores contrações musculares

movimentos retos

• por ser constituído de alavancas em torno das articulações,

o corpo apresenta tendência natural para executar

movimentos curvos

• exigem complexa integração dos movimentos de diversas

juntas

Aplicações de FORÇAS

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terminações

• os movimentos que exigem posicionamentos precisos, com

acompanhamento visual, são difíceis e demorados

• sempre que possível devem ser terminados em um

posicionamento mecânico, como no caso da mão batendo

contra um anteparo ou botões e alavancas que têm

posições discretas de paradas (limitadores ou marcações)

Transmissão de movimentos de FORÇAS

40

Empurrar e puxar

Empurrar e puxar – depende de fatores diversos como a postura,

dimensões antropométricas, sexo, atrito entre o sapato e o chão e

outros.

Alcance vertical

Alcance vertical – os músculos dos ombros e do bíceps se

fatigam rapidamente quando o braço é mantido na posição elevada

(acima dos ombros), podendo aparecer dores provocada por

tendinite dos bíceps, especialmente em trabalhadores com menor

mobilidade nas juntas.

Alcance horizontal

Alcance horizontal – no alcance horizontal, com peso nas mãos,

devido à distância relativamente grande da carga em relação ao

ombro, há maior solicitação do ombro para contrabalançar o

momento criado pelo peso.

Atenção!

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Os braços têm pouca resistência em manter cargas

estáticas, tanto no alcance horizontal quanto no

vertical.

Levantamento e transporte manual de cargas

“Tempos médios para aparecimento de dores nos ombros, em “Tempos médios para aparecimento de dores nos ombros, em função do alcance vertical dos braços e dos pesos função do alcance vertical dos braços e dos pesos

sustentados.” (CHAFFIN, 1973 apud

(8)

“Tempos médios para aparecimento de dores nos ombros, em função “Tempos médios para aparecimento de dores nos ombros, em função da distância horizontal dos braços para a frente e dos pesos da distância horizontal dos braços para a frente e dos pesos sustentados.” (CHAFFIN, 1973 apud IIDA, 1998) sustentados.” (CHAFFIN, 1973 apud IIDA, 1998)

“Toda carga sobre a coluna vertebral deve ser colocada na “Toda carga sobre a coluna vertebral deve ser colocada na direção do seu eixo (vertical), para se evitar componentes de direção do seu eixo (vertical), para se evitar componentes de forças perpendiculares ao mesmo.” (IIDA, 1998) forças perpendiculares ao mesmo.” (IIDA, 1998)

CERTO CERTO Evitar curvatura do Evitar curvatura do dorso dorso Manter o Manter o dorso reto dorso reto ERRADO ERRADO

Levantamento de carga

“Recomendações para o transporte de cargas, para se evitar o “Recomendações para o transporte de cargas, para se evitar o aparecimento de componentes de forças prejudiciais à coluna.” aparecimento de componentes de forças prejudiciais à coluna.” (IIDA, 1998) (IIDA, 1998) Carga na vertical

Carga na vertical Carga próxima do dorsoCarga próxima do dorso

Uso de meios auxiliares Uso de meios auxiliares Carga simétrica

Carga simétrica

Transporte manual de carga

“Ao aumentar a distância entre as mãos e o corpo há um aumento da “Ao aumentar a distância entre as mãos e o corpo há um aumento da tensão nas costas.” (DUL & WEERDMEESTER, 1998) tensão nas costas.” (DUL & WEERDMEESTER, 1998) TENSÃO NAS

TENSÃO NAS COSTAS:

COSTAS: 450 N450 N 700 N700 N 950 N950 N

“Exemplos de equipamentos para levantamento e transporte de “Exemplos de equipamentos para levantamento e transporte de cargas.” (DUL & WEERDMEESTER, 1998) cargas.” (DUL & WEERDMEESTER, 1998)