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Consolidacao Manual de Treinamento

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Academic year: 2021

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CONSOLIDAÇÃO

CONSOLIDAÇÃO

O

O

Desenvolvimento Inicial

Desenvolvimento Inicial

dos Novos

dos Novos

Discípulos

Discípulos

– Manual de

– Manual de

 Treinamento –

 Treinamento –

 T

 Texto de Dennis exto de Dennis Blackmom com Blackmom com ligeiríssimas adaptações minhas.ligeiríssimas adaptações minhas. Walter Pacheco da Silveira

Walter Pacheco da Silveira Past

Pastor - or - wpds@zaz.com.brwpds@zaz.com.br Ribeirão Preto-SP

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 Atos 1.14: "Todos estes

 perseveravam unanimente em

oração e súplicas".

 Jesus preparou sua igreja para um crescimento equilibrado. Ele esperava que a igreja seguisse o seu exemplo de equilíbrio entre SEMEAR, CULTIVAR, COLHER E DESENVOLVER. Jesus semeou nas suas pregações e ensinos públicos (Mt 5-7). Cultivou pessoalmente pessoas como Nicodemos (Jo 3), a mulher samaritana (Jo 4) e os três homens de Lc 9.57-62. Colheu nos casos de Zaqueu (Lc 19) e o endemoninhado gadareno (Lc 8.26). Também desenvolveu resultados especialmente nos casos dos doze e dos setenta. Você pode pensar em outros exemplos no Novo  Testamento?

O propósito deste estudo é de preparar uma equipe para trabalhar na área de contínua consolidação. É importante, porém, entender que nossa analogia tem a finalidade de nos dar uma idéia geral de evangelização equilibrada e não uma compreensão profunda. Ninguém colhe frutos e depois os deixa no campo para apodrecer. É nesse sentido que devemos consolidar o fruto do trabalho evangelístico. Mas o exemplo de Jesus nos ensina que esse entendimento simples é somente o início.

O que fez Jesus com a sua colheita? Ele guardou seu fruto num lugar seguro, separado do mundo? Não. Jesus não os chamou para se afastarem do mundo.

Notamos também que Jesus não procedeu da mesma maneira com todos os novos discípulos. Alguns ficavam nas suas cidades enquanto Jesus passava para outros lugares (Lc 8.39). Outros aparentemente seguiam a Jesus por algum tempo recebendo sua instrução, enquanto Ele estava em suas regiões (Lc 10.38,39). Um grupo de setenta passava mais tempo convivendo com   Jesus e saíndo para cumprir certas

tarefas (Lc 10.1). Sua convivência com  Jesus não era tão profunda como a dos

doze. Mesmo entre os doze, três deles eram, ainda mais chegados a Jesus.

A lição mais importante que os discípulos aprenderam de Jesus foi que a igreja ou o discipulado de Jesus tem uma responsabilidade para com os novos discípulos. O exemplo da igreja de  Jerusalém é uma ilustração de como os discípulos de Jesus compreenderam essa lição. A igreja aceitou a responsabilidade e seguiu o método mais usado por Jesus no seu trabalho direto com os novos crentes. O método era a convivência constante com eles. A vonvivência é o resultado de uma aceitação mútua, que é o coração da comunhão. Podemos identificar os elementos dessa comunhão e convivência em Atos 2.42-47.

Através da convivência com seus discípulos Jesus era um modelo vivo para eles. Os discípulos aprenderam tanto pela sua vida, quanto pelo seu ensino. Os cento e vinte discípulos de  Jerusalém seguiram o exemplo de Jesus no seu trabalho com os quase três mil que foram salvos no dia de Pentecostes.

A impressão é que todos os membros da igreja de Jerusalém se envolveram nessa comunhão ativa com os novos convertidos. Todos foram envolvidos porque todos conheceram o exemplo de Jesus. Todos participaram também por causa da preparação espiritual de toda a igreja nos dez dias antes do dia de Pentecostes. Foi importante aprender que não podiam andar mais corporalmente com Jesus. Foi possível, porém, andar com Ele através da pessoa do Espírito Santo.

A tarefa da igreja é ensinar o novo discípulo a andar ou conviver com Jesus no Espírito Santo. A igreja de Jerusalém não podia ensinar o que ainda não havia aprendido. Por isso Jesus deu a ordem de Atos 1.4 e 5 antes de dar a promessa de Atos 1.8. Jesus queria que eles ficassem fortalecidos na comunhão, unidos para refletirem juntos sobre as promessas quanto ao Espírito Santo (veja Jo 7.37-39; Jo 14.14, 20-26;

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16.7-11). Os discípulos foram obedientes a ordem? O que fizeram? (veja Atos 1.14).

De igual modo, hoje nós não podemos ensinar o que não sabemos. A igreja toda precisa aprender a amar, a aceitar, e a se responsabilizar para cuidar uns dos outros. Temos que aprender a andar no Espírito (Gl 5.16-26).

A igreja de Jerusalém aprendeu a orar junta e unanimente. Essas pessoas que tanto andaram com Jesus, queriam continuar andando com Ele. Só podiam fazer isso no Espírito. A conversa com Ele foi feita em oração. É claro que eles não oraram apenas em grupos. A grande vantagem que temos agora, desde o dia de Pentecostes, é que todos nós podemos andar e conviver sempre com Jesus.

 Todos os que irão trabalhar com os novos discípulos devem saber andar com Cristo, no Espírito. Pessoas que vivem em comunhão contínua com Cristo têm horas regulares para conversar com Ele em oração e leitura da Bíblia. Você tem uma hora marcada diariamente para orar? Qual é a melhor hora para você? Qual é o melhor método para você ler ou estudar a Bíblia e orar? Você tem uma lista de motivos de oração?

Para trabalhar com novos discípulos não é necessário ter muito treinamento. Não é preciso ser professor de Bíblia. O mais importante é ser sincero e ser um discípulo de Cristo que deseja crescer espiritualmente. É necessário querer conviver com Cristo e sua igreja, e especialmente com os membros mais novos e mais fracos da família.

RESUMO GERAL DA

CONSOLIDAÇÃO

1. Iniciar a consolidação na hora do apelo com:

a) Aconselhamento imediato

b) Orientações iniciais no final da reunião

2. Manter contato com o novo convertido durante a semana

a) Realizar a fonovisita em 24 horas

b) Realizar a visita

c) Enviar cartas semanais por seis semanas

d) Destacar um acompanhante para cada novo convertido. Ele fará uma visita ao novo discípulo dentro de 48 horas após a decisão. Continuará fazendo visitas semanais por três meses. Entregará materiais impressos e compartilhará com o novo discípulo. Dará orientações sobre a igreja e suas atividades.

3. Levar o novo convertido a fazer parte da comunhão da igreja

a) Inseri-lo numa célula

b) Levá-lo ao Pré-Encontro, Encontro e Pós-Encontro

c) Batizá-lo logo que for possível d) Convidá-lo para a Festa dos

Novos Discípulos

e) Matriculá-lo na Escola de Líderes

f) Incentivar todos os setores da igreja a envolver os novos convertidos nas suas atividades.

4. Providenciar outras oportunidades para crescimento espiritual

a) Culto nos lares

b) Evangelização pessoal

c) Preparação para acompanhar outros novos convertidos (curso de consolidação)

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OS FUNDAMENTOS PARA A

CONSOLIDAÇÃO

 Atos 2.41: "...foram batizados os que de bom grado receberam a Sua palavra".

Os Passos Fundamentais 1. Iniciar o apelo

2. Receber e Aconselhar

3. Levar a um compromisso firme ou iniciar o processo de evangelização

4. Apresentar os decididos à igreja 5. Fazer as orientações iniciais

É muito difícil integrar na família quem não nasceu ainda. Um casal estava esperando um nenê. Fizeram os exames médicos que revelaram até o sexo do feto esperado, menino. O casal escolheu o nome, fez todos os preparativos. O casal brincou falando do filho como se já fizesse parte da família. Mas mesmo com toda essa atitude de boa aceitação, o filho não podia ser integrado na família antes de nascer.

Da mesma sorte não pode ser integrado na família de Deus quem não nasceu de novo. Num estudo feito em 1986, um conferencista citou alguns dos motivos pelos quais algumas igrejas estão morrendo. Entre alguns dos motivos se encontra "a pretenção de trazer os homens à igreja antes de lhes falar de Cristo; a pregação de um evangelho barato, antropocêntrico e deslembrado da soberania e senhorio de Cristo...".

O alvo da evangelização é fzer discípulos. O alvo desta fase da evangelição, consolidação, é o crescimento ou o desenvolvimento dos discípulos. Por isso consolidação firme é baseada em evangelização firme.

EXISTEM DOIS PASSOS NA

 TRANSIÇÃO ENTRE GANHAR

E CONSOLIDAR

Primeiro Passo - O Apelo

O apelo faz parte da mensagem evangelística, tanto na pregação do púlpito quanto na evangelização pessoal. Deve ser tão bem preparado quanto a introdução e pontos principais da mensagem. O evangelista, isto é, a pessoa que anuncia o Evangelho deve seguir o exemplo do apóstolo Pedro em Atos 2.37-40. Pedro esclareceu bem o que queria que fizessem? (veja v.38). O que Pedro exigiu? Quem podia responder ao apelo? Há ordem? Eles entenderam mesmo? Qual a implicação do versículo 41?

Segundo Passo

-Aconselhamento Imediato

O objetivo do aconselhamento imediato é levar o decidido a entender a vontade de Deus para sua vida e como segui-la.

O aconselhamento imediato é o completo ao apelo, é uma aplicação pessoal. É o momento de verificar se a pessoa que se decidiu entendeu realmente o apelo. Muitas vezes é descoberto um vivo interesse em Cristo. O consolidador deve ajudar a pessoa a fazer uma entrega completa de sua vida a Jesus. Outras vezes o decidido revela um interesse vago. Não quer ir ao inferno, mas realmente não entende que é necessário deixar seu modo atual de viver, arrepender-se, abandonar os seus pecados, aceitar Jesus como Senhor de sua vida, e segui-Lo através do batismo e serviço numa igreja. Alguns atendem ao apelo sem saber porquê; outros querem alguma coisa da igreja - dinheiro, ajuda com um problema, como alcoolismo, ou oração por alguém muito doente.

Somente podemos ajudar essas pessoas quando fazemos algum tipo de aconselhamento. A falta de aconselhamento imediato prejudica muito o ministério da consolidação.

O Que Faz o Consolidador?

1. Analisa até que ponto o decidido compreendeu o apelo.

2. Ajuda-o a entender a vontade de Deus para sua vida.

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3. Ora com o decidido.

4. Preenche a Ficha de Consolidação

QUANDO E COMO FAZER

ACONSELHAMENTO

No Culto Durante o Apelo - Três Métodos Opcionais

1. O PASTOR

O pastor mesmo pode fazer todo o aconselhamento durante o apelo. Geralmente num culto o número de descrentes presentes não permite muitas decisões na hora do apelo. Se o pastor quiser, poderá fazê-lo sem outros consolidadores.

2. O PASTOR E OUTROS CONSOLIDADORES

O pastor e outros consolidadores podem trabalhar juntos. Esse plano é usado mais pela preferência do pastor e não pela necessidade de tantas decisões. O pastor recebe o decidido; ao saber o motivo porque atendeu o apelo, apresenta-o a um dos consolidadores. O consolidador então trabalha com o decidido para levá-lo a um entendimento mais claro do que fez ou ainda precisa fazer.

3. OUTROS CONSOLIDADORES Outros consolidadores e não o pastor podem receber os decididos quando atenderem o apelo. Nesse caso deverão sentar-se nos primeiros bancos e poderão chegar à frente para ajudar conforme o plano predeterminado. É melhor ter uma pessoa recebendo as pessoas, como pastor, no outro exemplo. Os outros consolidadores estarão esperando e orando ao lado. O líder da equipe de consolidação ao receber uma jovem, a entregará para uma jovem consolidadora, uma senhora para uma senhora, etc.

Depois do Culto - Dois Métodos Opcionais

1. O pastor poderá deixar todos os decididos chegarem à frente durante o apelo sem falar com eles pessoalmente, talvez apenas cumprimentando-os e apertando suas mãos. No final, depois

de encerrar o culto, o pastor falará com todos sobre suas decisões dando alguns conselhos e orientações.

2. Alguns usam o mesmo sistema no apelo como no ítem primeiro, mas no final outros consolidadores fazem o aconselhamento e não o pastor. Assim mais que um consolidador estará trabalhando, e o aconselhamento se torna mais pessoal.

Qual é o melhor plano? Para resolver é imporante lembrar-se do objetivo do aconselhamento imediato: Levar o decidido a entender a vontade de Deus para sua vida e como cumpri-la.

Em primeiro lugar, reconhecemos que é muito difícil atingir esse objetivo aconselhando pessoas em grupos. Em segundo lugar, é claro que as pessoas, de modo geral, têm mais confiança no pastor e na pessoa que Deus usou para despertar o seu interesse. O papel do pastor tem certa autoridade também. Por isso é importante que o pastor faça o aconselhamento tanto quanto possível. Se alguém precisar de muitos conselhos, o pastor pode ter um conselheiro preparado para conversar à parte por mais tempo. Também no caso de muitas decisões o pastor pode ter pessoas preparadas para ajudar no aconselhamento.

Entre os cinco métodos apresentados, qual é o que mais se ajusta com essas observações? Qual a razão de não poder usar esses métodos na sua congregação?

Se usar o primeiro método na sua congregação normalmente não terá necessidade de outros conselheiros além do pastor. Mesmo assim sempre é bom ter duas ou três pessoas preparadas para ajudar no caso de necessidade. Esses consolidadores poderão receber pessoas que estão atendendo ao apelo, quando há muitos para o pastor aconselhar sozinho. Eles precisarão saber o que dizer para os decididos.

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O QUE DIZER PARA ALGUÉM

QUE RECEBE A CRISTO:

Consolidador:

Estou muito satisfeito porque você veio! Qual é o seu nome?

Decidido:

Maria Helena de Alencar

Consolidador:

Por que veio aqui agora? (a resposta indica se a pessoa já aceitou a Jesus ou se está querendo aceitá-Lo).

Decidido:

Porque orei como o pastor falou. Quero perdão. Quero Jesus.

Consolidador:

Então, você reconhece que é pecadora?

Decidido:

Sim, claro!

Consolidador:

Quer abandonar agora e para sempre os seus pecados?

Decidido:

Quero, sim.

Consolidador:

Quer confiar em Jesus como Senhor (chefe) da sua vida, agora, e para sempre?

Decidido:

Quero.

Consolidador:

Quer obedecer a Jesus em tudo?

Decidido:

Quero.

Consolidador:

Quer obedecer a Jesus, segui-Lo no batismo e servi-Lo como membro desta igreja?

Decidido:

Sim. Quero obedecer a Jesus.

Consolidador:

Podemos orar e dizer tudo isso a  Jesus em oração, agora?

Decidido:

Sim

(com a oração essa conversa pode ocupar até dois minutos e meio. Muitas vezes encontramos pessoas que não tem o conhecimento básico do Evangelho. Neste caso será necessário levá-las a uma ministração mais demorada).

Todos podem ganhar certa experiência como conselheiros simulando o ato de receber e aconselhar um decidido usando as perguntas básicas. Por exemplo: Um jovem que está participando de um estudo evangelístico numa célula, atendeu ao apelo. O líder dessa célula fará o papel de conselheiro, um voluntário pode fazer o papel do jovem. Esses dois simularão o ato de aconselhamento usando as perguntas básicas. Depois podem formar pares. Um fará o papel do  jovem e o outro do conselheiro. Depois

de três minutos, podem trocar os papéis.

Pense em outras situações. O que faria diferente? O que faria com alguém querendo reconciliação com Deus? Querendo somente uma oração da igreja? Uma bênção? Como aconselharia um decidido de muito tempo que quer ser batizado?

Às vezes, a vontade de Deus pode ser a reconciliação de um crente desviado. Queremos levar todos os não crentes a entenderem a necessidade de fazer um compromisso imediatamente. Com algumas pessoas é necessário iniciar o trabalho de semear e cultivar.

Por isso o aconselhamento nem sempre completa a transição de ganhar para consolidar ou crescimento espiritual. Às vezes, o aconselhamento se torna um dos primeiros passos para ganhar.

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INÍCIO DO PROCESSO DE

CRESCIMENTO

ESPIRITUAL

Apresentação dos Decididos à Igreja A apresentação dos decididos à igreja é um passo muito importante na sua consolidação. É importante para os decididos e também para a igreja.

O pastor pode ler o nome que está na Ficha de Consolidação apresentando assim a pessoa à congregação pelo nome. Pode dizer qual é o compromisso que fez e uma palavra breve sobre a decisão que mostra a sinceridade dela. É óbvio que não é possível fazer este tipo de apresentação sem fazer o aconselhamento imediato, todavia, o processo todo não deve demorar muito.

Este processo é importante porque: 1. Marca a experiência do novo nascimento. É este evento que é importante para o novo crente. A data do novo nascimento deve ser mais importante para ele do que seu batismo. Geralmente marcamos o batismo muito bem, até com certificado de batismo. Porém, o mais importante é a experiência do novo nascimento. Um dos motivos porque muitos têm dificuldades em testemunhar da sua experiência de conversão é porque o momento da conversão não foi engrandecido. Não foi bem definido.

2. Define a responsabilidade do novo convertido para com a igreja de Cristo. Pessoas ao nascer fisicamente têm uma família. Também o crente, ao nascer espiritualmente, tem uma família espiritual, a igreja. Membros da família têm responsabilidades.

3. Cria um sentimento de aceitação pela igreja. O decidido aceitou a Cristo. Deve ter aceito também a igreja de Cristo. Porém, é muito importante o novo convertido sentir que do mesmo modo que Cristo o aceita, a igreja também o aceita. Ele tem uma

responsabilidade para com a igreja, mas também tem o privilégio da comunhão com a igreja que o aceita. Um abraço de um consolidador ou um líder de célula, será um símbolo muito valioso da aceitação da igreja.

A Apresentação dos Decididos é Importante Para a Igreja Porque:

1. Leva a igreja a ter mais confiança nas decisões feitas pelos novos convertidos. Essa confiança leva a igreja a uma aceitação maior dos mesmos.

2. Relembra a igreja da sua responsabilidade para com os novos crentes. A responsabilidade não é para provar o novo. Satanás vai fazer isso sem nossa colaboração. A responsabilidade da igreja é de apoiar o decidido no seu crescimento espiritual e no seu andar com Cristo, no Espírito Santo.

3. Identifica o novo convertido. A igreja não pode apoiar, nem orar em favor de pessoas não conhecidas.

Você pode pensar em outros motivos por que é importante apresentar os decididos à igreja no final do culto?

Com estas apresentações o processo de consolidação está começando. O novo crente está aprendendo lições importantes sobre a igreja, sua comunhão e responsabilidades mútuas. O culto pode ser encerrado com uma oração, lembrando os decididos, pedindo os cuidados de Deus para com eles e orientação para a igreja no cuidado para com os novos crentes.

A igreja deve ser encorajada a manifestar sua aceitação e apoio para com os novos crentes, cumprimentando-os após o encerramento. Pessoas treinadas devem dar mais algumas orientações ligeiras e marcar o próximo encontro iniciando o processo de acompanhamento. O

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próximo estudo apresentará mais informações sobre este assunto.

ACOMPANHAMENTO DOS

NOVOS CONVERTIDOS

Atos 14.21, 22: "...e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio e Antioquia, confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé..."

Um conceito fundamental no cuidado dos novos discípulos, muito negligenciado, é o acompanhamento. Acompanhamento é o atendimento pessoal e contínuo ao novo crente que, às vezes, chama-se adoção ou discipulado (com o sentido de trabalhar com novos discípulos). O ideal é iniciar este trabalho logo após uma decisão, no caso de decisões fora dos templos das igrejas. Geralmente é mais provável que isto venha a ser iniciado depois da decisão pública no culto.

Duas Palavras Chaves no  Acompanhamento

A palavra mais usada para trabalhar com os novos crentes é integração.   Também se fala em conservação dos

resultados evangelísticos. Alguns chama esse trabalho de discipulado.

A palavra INTEGRAÇÃO não se encontra no Novo Testamento. O conceito, porém, pode ser notado. CONSERVAÇÃO não se encontra nem em palavra e nem em conceito. O desejo não é de "conservar", é de desenvolver os novos crentes como parte do organismo, a igreja. Todos os crentes são díscípulos e o trabalho com todos os discípulos deve ser contínuo. Por isso, falar de discipulado exclusivamente para se referir aos novos crentes pode confundir a compreensão dos termos discípulo e discipulado. Porém, falando do desenvolvimento inicial dos novos discípulos, é muito certo e não fere o entendimento de que todos os crentes são discípulos a vida inteira.

Qual é a palavra ou conceito do Novo Testamento quanto ao trabalho com os novos crentes? Na realidade o Novo Testamento não tem uma palavra usada exclusivamente para esse trabalho, ou seja, um termo técnico. Porém, a palavra mais usada no trabalho com os novos crentes é a palavra "exortação".

EXORTAÇÃO é a primeira palavra chave. Leia Atos 11.22,23; 13.43; 14.21,22. Note o uso desta palavra. Em cada instante as pessoas são exortadas a fazer alguma coisa. O que? Quem está sendo exortado em cada instante? (Atos 11.21-23; 13.43; 14.21,22).

Qual é o sentido desta palavra "exortar" ou "exortação"?

 José de Chipre (Atos 4.36) é mais conhecido pelo seu apelido, Barnabé. Somos ensinados que o termo Barnabé traduzido, quer dizer "filho da consolação". É interessante notar que "consolado", traduzida no grego pode ser também "exortação". Trata-se da mesma palavra que Jesus usou quando disse: "rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre" (Jo 14.16).

A idéia é de alguém que anda conosco para nos encorajar, consolar, exortar, e nos orientar nas horas de dificuldades. O Espírito Santo é nosso exortador, consolador, ou acompanhante supremo. Os novos crentes precisam de orientadores e exortadores. Foi isso que José de Chipre fez tão bem e seu nome mudou para Filho da Consolação ou Exortação.

Barnabé fez este trabalho com Paulo e depois ensinou Paulo a fazê-lo, como notamos em Atos 13 e 14. Paulo continuou com esta prática, como observamos na sua carta aos   Tessalonicenses. Esta carta foi escrita

entre três e seis meses depois de sua entrada inicial em Tessalônica. De certa forma esta carta toda é uma exortação aos novos em Cristo.

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A palavra "exortar" ou "exortação" se encontra seis vezes em menos de quatro páginas. Nas primeiras duas vezes Paulo fez referências ao trabalho que fazia com eles quando estava presente em Tessalônica, logo após a conversão deles (1Ts 2.3,11,12). Qual é a analogia ou figura que Paulo usa no verso 11? Em 1Ts 3.2,3, notamos que Paulo está falando de Timóteo, que foi enviado para andar com eles. Ele foi enviado para exortá-los de que? Para que?

Paulo não pode acompanhar os novos crentes por tempo suficiente. Para exortá-los a um crescimento enviou   Timóteo para fazê-lo. Mas o que não

pode fazer pessoalmente e diretamente, Paulo o fez por meio de cartas.

1Ts 4.1 diz claramente que Paulo está escrevendo para continuar seu trabalho de exortação. Não está falando mais no passado, está falando no presente. No início do versículo 1 ele diz "finalmente". Esse "finalmente" se refere aos dois últimos capítulos da carta (veja 4.10 e 5.11; 4.18 e 5.14, que podem ser traduzidos como exortar em vez de consolar e rogar). Então a exortação de Paulo é tudo que se encontra nesses dois capítulos. Essa exortação foi importante, mas sempre a exortação mais importante e eficaz é aquela que é feita pessoalmente no contexto da comunhão da igreja.

COMUNHÃO é a segunda palavra chave no acompanhamento. O primeiro capítulo deste estudo apresentou o exemplo de Jesus e da igreja de   Jerusalém, de como conviver com os

novos convertidos. Volte para rever aquele estudo. Note que foi enfatizado que os crentes ficassem em Jerusalém numa vigília de oração por dez dias. Precisavam aprender a conviver e a ter comunhão com o Cristo ressurreto na pessoa do Espírito Santo.

Como resultado da comunhão profunda com Cristo através do Espírito Santo, eles também experimentavam uma comunhão importante uns com os

outros. Mas, mais importante ainda, é o fato de que estavam preparados para receber os três mil novos crentes e ensinar-lhes a conviver com Cristo e sua igreja.

Hoje também há grande necessidade de acompanhantes preparados para trabalhar com os novos crentes. O trabalho de acompanhante não é de ser um professor particular. Ele é um exortador - consolador que anda ao lado do novo crente para encorajá-lo como um irmão e não como um professor. Ele faz o que Barnabé fez com Paulo e com outros antes de Paulo. Ele leva o novo crente para a igreja para introduzí-lo na comunhão entre irmãos. Leva a igreja a aceitá-lo e sentir que é aceito pela igreja.

Por isso, pode-se dizer que um acompanhante convive com o novo crente para exortá-lo a permanecer firme na comunhão com Cristo e Sua igreja.

COMO INICIAR A

CONSOLIDAÇÃO

O trabalho de consolidação tem melhor desempenho quando o consolidador atua com o apoio e autoridade da igreja. Portanto, é melhor iniciar esse ministério no final do culto. Ao apresentar os novos crentes à igreja, o pastor pode iniciar o processo, se a equipe de consolidação for bem preparada. Pode ser feito assim:

1. Ao preencher a Ficha de Consolidação, o líder da equipe de consolidação escreverá o nome da célula do decidido (da qual pertence ou deve pertencer). Também escreverá o nome do líder e do consolidador que poderá acompanhá-lo. Se não tiover alguém preparado que possa trabalhar com esse decidido deverá deixar o espaço para o discipulador em branco.

2. O diretor da equipe de consolidação passará todas as fichas para o pastor no final do apelo.

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3. O pastor apresentará cada decidido nominalmente, dizendo uma palavra breve sobre a sua decisão.

4. O pastor apresentará o consolidador que trabalhará com o novo decidido. Ao apresentar o primeiro, deve dizer uma palavra sobre o que faz o consolidador e a importância da convivência dele com o novo crente.

5. Apresentará o líder de Célula que pode ou não ser conhecido pelo novo. Se não há consolidador para trabalhar com ele, o líder pode ficar ao seu lado e fazer a orientação inicial. Se há consolidador, o líder ficará no seu lugar e o pastor pode dizer uma palavra breve sobre a importância da célula e a responsabilidade que a célula tem para os novos (não repetirá essa explicação todas as vezes, apenas na apresentação do primeiro líder).

6. Encerrar com oração em favor dos novos.

7. A igreja toda deve cumprimentar os novos.

8. Os consolidadores ou os líderes darão as orientações iniciais usando "Bem-Vindo à Família de Deus".

9. Farão a fonovisita nas próximas 24 horas.

10. Marcarão uma visita com o novo decidido dentro de 48 horas.

11. O pastor marcará uma entrevista com o novo decidido durante a semana.

O consolidador pode ter uma idéia melhor da firmeza do decidido começando a orientação inicial com a pergunta: "Qual foi o compromisso que você fez com Cristo hoje?". Se ele tiver dificuldades em responder, é importante rever o plano de salvação com ele antes de apresentar o livreto "Bem-Vindo à Família de Deus".

COMO INICIAR A

CONSOLIDAÇÃO EM

 TRABALHOS FORA DA IGREJA

Igrejas que têm melhor desenvolvimento do seu trabalho de evangelização têm a felicidade de terem muitas decisões fora do templo da igreja: em células ao aplicarem os trabalhos de evangelização pessoal. Como poderá iniciar o trabalho de consolidação com pessoas nesses casos?

É claro que existem pessoas treinadas que estão designadas para ajudarem na consolidação nos trabalhos fora do templo. No caso de células o trabalho de consolidação sempre terá melhor êxito se o consolidador for alguém que coopere sempre com as reuniões. Na evangelização pessoal, se o evangelizador não pode fazer a consolidação, ele deve levar alguém treinado, tão logo seja possível. O primeiro passo pode ser o de recordar "Bem-Vindo à Família de Deus" com o novo crente. O segundo, será o de levar o covnertido a se manifestar publicamente no próximo culto da igreja, na hora do apelo.

Sempre é muito importante determinar logo se a pessoa aparentemente se converteu ou não. Se há motivo para duvidar de seu entendimento do Evangelho ou de sua sinceridade na decisão, concentre os esforços em conduzí-la a um compromisso genuíno com Cristo, e não no consolidador, pois não fazemos acompanhamento com não crentes. Com elas trabalhamos em um processo de evangelização. Também nunca teremos consolidadores que não têm evidências de serem realmente convertidos.

COMO FAZER

CONSOLIDAÇÃO SOZINHO

EM IGREJAS SEM UM PLANO

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Se bvocê vai fazer esse trabalho sozinho não será fácil, mas é possível. Exige muita discplina própria. Não haverá outros para encorajá-lo e ajudá-lo com problemas e frustração que há de experimentar. Por isso deve-se preparar bem espiritualmente. Também deve conhecer muito bem este capítulo do manual.

É importante também que escolha com cuidado e muita oração a pessoa que vai acompanhar. Não pode acompanhar mais que uma ou duas pessoas cada vez.

FATORES IMPORTANTES A

CONSIDERAR

1. Uma pessoa que obviamente se converteu.

2. Uma pessoa do mesmo sexo.

3. Uma pessoa da mesma faixa etária.

4. Uma pessoa que seja, geralmente, semelhante (exemplo: casadas com casadas). 5. Uma pessoa fácil de encontrar

durante a semana (moram ou trabalham em lugares próximos). Converse com os novos que podem se ajustar com os cinco fatores. Se determinar que a pessoa satisfaz os fatores, pode oferecer-se para consolidá-la, iniciando o processo usando o livreto "Bem-Vindo à Família de Deus". Daí  pode seguir as orientações para os três meses de consolidação.

Pode também estudar o último capítulo e considerar como estimular outros membros da igreja a se envolverem nesse trabalho. Busque meios de influenciar a igreja a formar uma equipe para fazer um trabalho mais completo de consolidação.

O QUE FAZER DURANTE OS

 TRÊS MESES

O que é que um consolidador deve fazer durante os próximos três meses de consolidação?

Não é preciso fazer tudo na primeira visita. Você tem três meses. Na primeira visita o mais importante é a formação de uma amizade. O líder de célula ou outro membro da célula deve participar dessa primeira visita. Outros membros da célula podem participar em outras visitas depois.

1) Mostrar ao novo crente como crescer espiritualmente.

a) Ajudá-lo a conhecer a Bíblia (as divisões do Novo Testamento e o Velho Testamento, os livros, Evangelhos, cartas, profetas, capítulos, versículos, etc.).

b) Mostrar-lhes as grandes verdades nos seguintes textos: 1Jo 5.11-13 (certeza da salvação), no primeiro encontro. 1Co 10.13 (certeza da vitória sobre a tentação) e 1Jo 1.9 (certeza de perdão).

c) Fazer um compromisso de se encontrar no mínimo por três meses semanalmente (por uma hora no mínimo).

d) Participar juntos, de vez em quando, de atividades sociais, atléticas, recreativas, etc.

e) Quando tiver que faltar, deverá avisá-lo.

f) Compartilhar com ele as experiencias de seu tempo de Escuta a Deus (devocional diário). g) Compartilhar o que você está

aprendendo no seu estudo da Bíblia.

2) Aproveitar outros recursos.

a) Levá-lo a participar do Pós-Encontro, Encontro e Pós-Encontro.

b) Acompanhá-lo aos cultos, célula, etc (até que ele fique suficientemente firme, e passe assistir sem que precise ir buscá-lo).

c) Desafiá-lo a memorizar um versículo cada semana.

d) Pedir que ele compartilhe o que está aprendendo no seu tempo diário de Escuta a Deus.

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e) Sugerir outros estudos, livros ou revistas que ele possa usar no seu tempo devocional.

3) Sugestões práticas.

a) Anotar os estudos e sugestões que têm ajudado o novo crente. Guardá-los numa pasta para usar com outros.

b) Compartilhar o que você está ensinando (a melhor maneira de guardar o que aprende é ensinar a outros).

c) Aplicar em sua vida o que você está ensinando (hipocrisia, geralmente, é o resultado de não aplicar na própria vida o conhecimento que tem).

d) Dar oportunidade para o novo convertido compartilhar o que ele está aprendendo no seu tempo diário de Escuta a Deus, bem como sua dificuldade em entender e responder as perguntas nos estudos.

e) Continuar crescendo! Deve continuar estudando para crescer. f) Não desanimar - Um consolidador

bem sucedido é alguém que ama e treina o novo crente, deixando os resultados com Deus ("Não nos cansemos de fazer o bem", Gl 6.9).

4) Sempre arquivar os materiais que tem na sua pasta de consolidação a) Quando achar materias que

podem ajudar o novo crente, inclua esses na sua pasta de consolidação.

b) Deixar que o Espírito Santo lhe mostre verdades que possam beneficiar o novo crente. Anote-a e inclua na sua pasta.

c) Quando o novo crente ficar bem integrado, em condições de se alimentar espiritualmente, deve providenciar para ele cópias dos materiais que você tem na sua pasta de consolidação. Eles podem ajudá-lo a continuar crescendo, e, também, o ajudarão a consolidar outros.

 Todo o tempo, o consolidador deve lembrar que seu objetivo é exortar o novo crente a ficar firme na comunhão com Cristo e sua igreja. Ele fará isso levando o novo a se alimentar espiritualmente e participar assiduamente na vida da igreja.

REUNIÕES SEMANAIS DA

EQUIPE DE CONSOLIDAÇÃO

É muito importante ter reuniões regulares para os consolidadores. Estas reuniões deverão ser dirigidas pelo pastor ou líder da equipe. Os consolidadores terão mais confiança no seu ministério se as reuniões forem semanais. Todos os membros da equipe de consolidação devem ser convidados.

Por que ter reuniões semanais? Um estudo de quatro semanas não é suficiente?

Pesquisas indicam que atualmente as igrejas estão batizando dez por cento ou menos dos decididos. Mesmo assim as estatísticas das igrejas indicam que cinquenta por cento ou mais serão excluídos da igreja. Não devemos imaginar que em quatro horas de estudos e planejamento vamos solucionar um problema de proporções tão exageradas.

Quantas pessoas fizeram decisões na sua igreja por semana, em média, no ano passado? Em média quantas foram batizadas por mês? Qual a proporção? Quantas foram excluídas no ano passado? Qual é a proporção entre os batizados e os excluídos?

A maior parte do trabalho que a equipe vai fazer é um trabalho que nunca foi feito antes. Ninguém tem experiência. Haverá dificuldades e necessidade de correções, melhores orientações, encorajamento e talvez algumas modificações nos planos. Na área de consolidação há muito para aprendermos que não pode ser incluído num estudo de quatro lições. As pessoas

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podem aprender mais, depois de entrarem no trabalho. Depois de terem certas experiências, uma revisão dos estudos pode aumentar o entendimento.

O que fazer nessas reuniões semanais? Vão ser estudadas as mesmas lições de novo? É claro que se pode rever esses mesmos estudos, se for necessário; mesmo que o faça, isso seria apenas uma pequena parte. As reuniões devem incluir os seguintes assuntos:

1) Relatórios - Veja a ficha "Análise dos Novos Crentes". A ficha deve ser preenchida semanalmente e relatórios verbais feitos durante a reunião. Os consolidadores compartilharão vitórias e dificuldades.

2) Resolver problemas - Durante o momento de compartilhar, alguns problemas poderão ser resolvidos. Outros necessitarão de mais estudo pelo líder da equipe. Ele pode usar 15 a 20 minutos cada semana em estudo de problemas. Às vezes, o propósito pode ser de responder as perguntas e dificuldades enfrentadas pelos consolidadores.

3) Estudos - O líder da equipe ou o pastor usará 15 a 20 minutos para um estudo. As dúvidas e os problemas que   já surgiram podem ser relacionados,

bem como sugestões de como melhorar as áreas de fraqueza geral. Sugerimos um estudo relacionado à vida espiritual ou como ajudar o novo crente a evangelizar familiares e amigos.

4) Planejamento - O que será feito nos cultos? Quem fará o aconselhamento? Quem são os consolidadores preparados que podem consolidar mais uma pessoa? Geralmente os consolidadores não poderão acompanhar mais que uma pessoa de cada vez. Às vezes, uma pessoa pode consolidar duas. No começo pode-se deixar algumas pessoas trabalharem com duas, mesmo que não possam ter reuniões com os

dois todas as semanas. É preciso planejar não apenas para os próximos cultos, mas também para médio e longo prazo. Precisa-se recrutar outros consolidadores? Os novos consolidadores serão preparados através dessas reuniões semanais e ao participarem nas visitas semanais com os consolidadores que estão atuando. Será de grande benefício o estudo completo do Manual pelo menos duas vezes por ano.

5) Nesta reunião deve-se reservar tempo amplo para oração. Sempre haverá necessidade de orar por mais obreiros, em favor dos novos convertidos e por todos que deverão se entregar a Cristo.

As reuniões semanais podem ser realizadas durante a hora antes do início dos cultos. Assim providenciarão um bom preparo para o culto. Se o pastor preparou um culto diferente com um apelo que foge do normal, ele deverá avisar nesta hora e planejar com seus consolidadores. O pastor deve se reunir de vez em quando com a equipe de consolidação para animá-la, oferecer sugestões e trocar idéias.

OUTROS RECURSOS

Mateus 28.19 e 20 mostra qual o propósito integral de Deus para seus discípulos: FAZER DISCÍPULOS, batizar discípulos e ensinar os discípulos a obedecerem tudo o que Cristo ensinou. Essa é a missão da igreja toda. Atos dá um um modelo de como se faz tudo isso. A igreja é uma equipe. cada membro tem sua função, mas todos atuam na sua área para GANHAR, CONSOLIDAR, TREINAR e ENVIAR os discípulos.

O consolidador tem a tarefa principal para o entrosamento na comunhão, do novo crente com quem trabalha. Mas ele não está sozinho. Às vezes, ele não será a influencia principal no desenvolvimento do novo crente a ele designado. Um novo crente pode ter amigos ou parentes na igreja que serão

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grande influência em sua vida. Outros formarão amizades mais fortes com membros além do consolidador. Nestes casos o consolidador não deve ter inveja. Deve convidar o crente, que está acompanhando informalmente, a entrar na equipe. Aos poucos pode transferir a responsabilidade para essa pessoa. O primeiro acompanhante pode assumir a responsabilidade com outro novo convertido.

Quais são outros recursos da igreja para incorporar o novo crente na comunhão da igreja?

CONVIVENDO COM O NOVO

NA COMUNHÃO DA IGREJA

"...isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco, e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo". (1João 1.3)

Um problema muito grave no Brasil, e especialmente em São Paulo, é o abandono de crianças. É muito triste quando crianças nascem e os pais não têm condições ou não querem cuidar delas.. Nenhuma mãe deveria conceber um nenê que ela não quer aceitar e não vai cuidar. Ao fazê-lo, porém, deve preparar-se para cuidar e amá-lo.

Há também um problema muito grave de abandono de nenês espirituais. Não deve ser assim. O apóstolo João (1Jo 1.3) falou das suas experiências com Jesus, porque queria ter comunhão com eles.

Será que o motivo principal para evangelizarmos, é porque queremos mais filhos, para ter comunhão maior na família, com Deus e com seu Filho Jesus Cristo? Nossa atitude para com o sujo pecador que se arrepende, é mais parecida com a do pai do filho pródigo arrependido ou do irmão mais velho deste? (Lc 15.11-32). Pense em alguma atitudes em relação aos novos decididos. Quais são mais parecidas com a atitude do irmão mais velho?

Infelizmente muitas igrejas evangelizam porque é o seu dever. Outras querem ganhar mais por causa do orgulho de dizer que têm batizado mais pesoas do que outros pastor ou igreja. Outras evangeizam porque precisam de mais pessoas para ajudar a completar o edifício que estão construindo. Quando tudo ficar completo, todos estarão satisfeitos. Tais igrejas têm pouco interesse em ganhar outros.

Geralmente não queremos confessar tais atitudes. Nem as admitimos para nós mesmos. Porém o resultado de tantas exclusões e tanto crente imaturos em nossas igrejas é a prova da falta de interesse para com os novos convertidos.

Se evangelizássemos com o mesmo motivo que João anunciou as boas novas, também mostraríamos mais interesse nos novos crentes, ganhos como fruto de nossa evangelização. Ao seguir os conselhos do apóstolo João na sua primeira carta teríamos mais condições espirituais para receber os novos crentes em verdadeiro amor. Quais são outros elementos importantes para levar a igreja toda a envolver-se com o novo convertido na comunhão plena da igreja?

O PASTOR É O EXEMPLO

PRINCIPAL

Marcando uma entrevista pessoal com cada discípulo logo na primeira semana é um passo importante. O encontro pode ser no gabinete pastoral. Um pastor que sempre tem muitos decididos pode limitar o encontro a 30 minutos. Seguindo a mesma agenda com todos é possível fazer muito, e também não dá ao novo crente a impressão que está apressado.

A ENTREVISTA TEM TRÊS

OBJETIVOS PRINCIPAIS

1) O primeiro é verificar a veracidade da decisão. Ele entende bem o que é ser crente e quer seguir a Cristo

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mesmo? Se ele não fez uma decisão verdadeira, pode levá-lo a fazer nesta hora. Se ele rejeitar, diga que por enquanto está rejeitando a Cristo e o dom da vida eterna. Mantenha a porta para continuar evangelizando-o.

Os que se convertem devem receber mais informações sobre a vida cristã e a igreja - especialmente batismo. Fale com ele sobre a visão da igreja, os Encontros (e suas fases pré e pós) e marque a data provisória do seu batismo, mesmo que demore mais três ou quatro meses. Uma data, o mais próximo possível, é o ideal.

Falta de interesse em ser obediente ao senhorio de Jesus quanto ao batismo pode ser um sinal de falta de sinceridade na decisão por Cristo.

2) O segundo é saber mais sobre o novo discípulo e sua família. Tem oposição em casa? Tem apoio? Outros familiares são crentes ou não? São abertos para o Evangelho? O pastor pode fazer uma visita para iniciar contacto com essas pessoas? O novo crente trabalha, estuda? Quais são seus interesses?

Informações desta natureza podem abrir o caminho para levar muitos outros a Cristo. O objetivo principal, porém, é ter melhores informações para um melhor entrosamento do novo crente na igreja, ajudando-o a ganhar os seus conhecidos.

3) O terceiro é dar mais informações sobre a igreja. A célula, as redes homogêneas e outros ministérios. Especialmente deve encorajá-lo a participar de uma célula e a iniciar o Pré-Encontro. É importante incentivá-lo quanto ao tempo semanal com o consolidador.

Os três objetivos são apresentados aqui na ordem de importância e não apenas em ordem cronológica. A reunião deve incluir todos os objetivos, mas com ênfase no ítem número um.

SEIS CARTAS SEMANAIS

  Já observamos que a Carta aos  Tessalonicenses foi uma carta aos novos

crentes. O método de cartas tem sido usado para estimular e incentivar os novos convertidos. Continua sendo um meio valoroso de ajuda aos crentes novos. Deve ser uma carta do pastor, mas pode ser enviada pelo consolidador ou uma outra pessoa da equipe de consolidação com esta tarefa específica.

Modelos para as seis cartas e mais quatro para crianças encontram-se ao final desta apostila. É aconselhável não usá-las exatamente como estão escritas. O pastor pode modificá-las para incluir algumas palavras que farão uma ligação maior com a igreja. Pode fazer um modelo seu que sirva para todos os novos convertidos. Não deve diminuir muito o conteúdo. As cartas são um pouco extensas, mas a maioria do povo não recebe muitas cartas e valorizará muito estas cartas do pastor.

Alguns podem ter dificuldades em enviar essas cartas. Devem fazer o máximo para tornar isso possível mesmo que seja necessário diminuir o número e enviar apenas três ou quatro.

Até analfabetos apreciam muito. Geralmente procuram pessoas para as ler logo, para elas. Assim também esse fato cria uma oportunidade para o novo crente analfabeto testemunhar.

CURSOS PARA OS NOVOS

CRENTES - CLASSE DE

MEMBRESIA

Rick Warren compartilhou em "Uma Igreja Com Propósitos", que uma série de estudos tem mostrado que a forma como as pessoas se unem a uma organização influencia grandemente como elas funcionarão dentro da organização, depois que elas tornam-se membros. Isso também ocorre com a igreja. A maneira pela qual as pessoas se unem à igreja vai determinar a eficiência delas como membros por muitos anos.

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O pastor da igreja deve ministrar este curso, dando oportunidade aos novos para que recebam as instruções básicas e conheçam a visão do pastor para a igreja, sentir o seu amor pelos membros e ouvir o seu compromisso em cuidar, alimentar e liderar. O curso de membresia deve mostrar a importância da leitura diária e a oração, mas também deve responder às seguintes perguntas: Que é uma igreja? Qual o propósito de uma igreja? Quais são os benefícios de ser um membro? O que é requerido de um membro? Quais são as responsabiidades de um membro? Como a igreja é organizada?

Essa ministração será contínua porque o processo de ensino continua. A ordem não se altera. Há sempre novos crentes na igreja. Um novo crente pode iniciar o estudo em qualquer lição. Concluirá o curso quando completar todo o programa.

O novo crente precisa urgentemente de toda a instrução possível. A igreja deve ter condições para o atendimento dessa necessidade ainda na primeira semana. O consolidador terá a responsabilidade principal de levar o novo crente para a Classe de Membresia.

A FESTA DOS NOVOS

CRENTES

A Festa dos Novos Crentes é um evento que visa diversas finalidades. Expressar a gratidão a Deus pelos novos crentes, mostrar o interesse da igreja por eles e ajudá-los a conhecer a igreja e a sua liderança. O pastor deve apresentar a diretoria da igreja citando o nome e a função de cada pessoa. O pastor pode falar brevemente, cinco a oito minutos, sobre a necessidade de crescimento espiritual. O programa deve ser curto e informal com o objetivo de estimular uma confraternização entre os novos e os membros antigos da igreja.

 Todos os que fizeram uma decisão no último mês (ou outro prazo

determinado) serão convidados. É melhor fazer a festa mensalmente para não ter um número muito grande. Se a igreja é pequena e não tem condições todos os meses, ainda é importante fazer mensalmente, porque serve como lembrete de que a igreja deve ter novos crente sempre.

A igreja inteira deve ser convidada para a Festa. É muito importante a participação da diretoria, todos os obreiros, líderes de células, os líderes das redes homogêneas, etc. Pode-se fazer um lanche bem simples preparado pelos membros da igreja conforme um plano elaborado pelos elementos designados na equipe de consolidação.

O novo crente pode receber um convite para esta festa no final do culto quando faz a sua decisão. Será apresentado no momento da orientação inicial. O consolidador terá a responsabilidade principal para levar o novo crente a participar da Festa.

IGREJA GERAL

  Toda a igreja deve ter um grande interesse nos novos crentes. Todas as redes e ministérios da igreja precisam aceitar uma parte desta responsabilidade. Um elemento da equipe de consolidação deve ser o responsável para dar uma relação de todos os novos crentes a cada líder de célula e de redes ou ministérios da igreja. Por exemplo, a Rede de Mulheres receberá uma relação de todas as senhoras, a Rede de Adolescentes, todos os adolescentes, etc.

Elementos dessas redes e ministérios entrarão em contato com os novos crentes para dar informações e buscar envolvê-los nas suas atividades. Acima de tudo, devem formar amizades e levar o novo crente a sentir que ele está sendo realmente aceito pela igreja inteira.

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