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REMONTEMOS(l) DE FOUCAULT A SPINOZAl2J Michel Pêcheux (1977)

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.-REMONTEMOS(l) DE FOUCAULT A SPINOZAl2J

Michel Pêcheux (1977) '"

l.íl1gU:I, i,kol,\gin l' discurso' lIl'lll !\IIIlX, 11<.'11I1.~lIill, IICIII lI{"lllrlllll dC:I:l{"1 'fllC ';1" costuma chamar de "os clássi,cosdo.marxismo"produziu qualquer estudo politicamente organizado sobre esse assuntó. De fa~~)"os peM'adores políticos do marxismo-leninismo detiveram-se. nessa questão, em apontà.mentos de ordem muito geral (por exemplo, naquilo que podemos encontrar em Gramsci), de sorte que, depois de V oloshnov até os nossos dias . .pode-se dizer que essa questão foi, e permanece sendo. essencialmente. objeto dos

universitários progressistas (poucos lingüistas, e, sobretudo, dos historiadores e dos filósofos). É o caso hoje, na França, onde se tem falado de uma "'escola francesa de análise do discurso". como um novo domínio de pesquisa universitária.

Para mim, toda a questão se concentra., aqui, sobre a relação entre prática política e prática universitária:

é

o momento de perceber que o termo "universidade" tem tudo a ver com o (\.:rlllO"universalidadc". 110 scntido de gCllcralidadc abstrata ínulIhzávcL Eu coloco essa questão, sem me excluir daqueles a quem me dirijo: estamos certos de que, com a «análise do discurso", nós não estamos, uma vez mais, na presença de alguma coisa que. sobre o terreno particular da linguagem, assemelha-se a uma dialética universal que tem a propriedade. particularmente universitária, de produzir sua própria matéria?

Portanto. as questões abordadas situam-se consÚlntclllcntc no nível prático restringe-se a pensar no que se passa no trabalho político sobre os textos (através da sua redação. sua leitura, sua discussão. etc.): não se vê imediatamente aparecerem as interrogações sobre osentido daquilo que é dito ou escrito, subjacente às proposições de retificação, clarificação, simplificação, etc., de maneira que, assenhorando-se do espaço de

\lll1n díSCllssiio. os l11ilítnntC'll ndotnm II pO.'ltllnt de <'llp('!cinli~tltll dll lillHIIIIHCll1' clc~filZCllI

distinções entre a fonua e o fundo, entre a palavra e a coisa, eles invocam o espírito do texto, eles falam de contexto, de ressonância e de conotação, de propósito da introdução ou da tomada de tal e tal termo ou expressão. eles se referem às intenções (aquilo que "faz fazer") e de tomadas ( as massas "tomam" uma posição sobre tal problema: elas "compreendem" e "não compreendem" tal formulação, etc.). Isso explica que os militantes sejam, em geral, levados a escutar as intervenções daqueles que, sob tal ou tal bandeira. se apresentam como os especialistas "fulI-time" do discurso político. Portanto, não se trata de intervenções puramente técnicas: uma certa maneira de tratar os textos está inextricavelmente imbricada em urna certa maneira de fazer política.. Não podemos pretender falar de discursos políticos sem tomar simultaneamente posição na luta de

classes. jti que essu tOlllaua de posiçllo determina, na verdade, U lIlUIlCIJU dc CUlll;coef a:;

. jg,~~mate:-i.~~ll~ob as-quais as "idéias" entram em luta na história.

(1) NOTADA TRADUTORA: O vcmo "n..'llIoutar·' 1~"Inos s<;:guint~"Ssignificados: a) ir buscar a origem; volver ao passado; b) recstabclcccr, elevar; c) montar novamente, rccquacionar, consertar. Há. ainJ.1, o sentido de aquisição (de cavalos para suprir o cxército). Acho que Pêchcux está brincando também com esse sentido. pois em certo momento diz que sua leitura dos dois fúóso[os (Spwoza e FoucauIt) é~cavalicre~ (brusca ou cavaleira). Acho quc o título, irônico, tem todos esses sentidos.

(2) NOTA DA TRADUTORA: Texto inédito em francês. Trata-se da comunicação de Pêchcux no Simpósio

do México sobre "Discurso Político: teoria c análises", realizado de 07 a lllI ln7.Há uma versão deste texto _______ c1llcS{lllnhoLcnl.:.T olooo.:~:~~lr~(ClI. )::..0 (lf.y(·lIr:'«l-p..,II(/~·(J:~M.~!I:!': N!~~n_lmllI<C1n. I.9XO.

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I li 1·20/l, _~_

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,

(2)

Esse ponto pode parecer evidente para os militantes marxistas-Ieninistas. O mesmo não se pode dizer, forçosamente, do .p.onto de vista dos especialistas da linguagem, habituados a pensar seu objeto nos quadros das filosofias espontâneas da lingüística.

Tocando, aqui, na relação velada e contraditória que as teorias da linguagem

111:1I11êll1Colll 11 hislÚtlll, ('11 dilC'I, ~illll'llIh;ulldo 1I1Ullo 1I1llD 1I11Últ'l, JÚ ICllll ("111011(10

trabalho"'), que o estado atual da lingüística apresenta uma certa relação com suas origens, que se exprime persistentemente em várias correntes.

Uma primeira corrcnte, que podcmos qualificar de IÚg,ico-:/Úmw!ista, tem,dt..-sde as

origens da lingüística, como preocupação constante, representar a língua como um~'iíslema

em funcionamento (desde os estóicos, que foram os primeiros gralTláticos,passando por

aqueles que se chamou no séc. XVIII de "modistas", a gramática de Port-Royal e a

gramática clássica). A palavra de ordem teórica dessa primeira corrente poderia se resumir nos termos de gramática, de uma parte, e universal de outra parte, o conjunto repousando

sobre uma concepção filosófica segundo a qual a língua é uma est.~tura atemporal,

garantida, por sua vez, pela 'estrutura do ser e do pensamento.

Uma segunda corrente é aquela da mudança social na história, daQU3.! encon!.r2.mas

os primeiros traços nos estudos teológicos críticos dos textos sagrados (Taimud, Pais da Igreja, etc.) e que se funda sobre os trabalhos da filologia, os t!2balhcs àos rieo-gr-:>...máticDS e{)s da lingüística comparada: a concepção filosófica subjacente a,es::':.segunda CC:Teme

coloca, contrariamente à primeira, que as línguas se formam, se difere:1cl.am.,e..•.oluem e

morrem historicamente, como as espécies \"ivas: a EIelogia., pesquisz Ó.s fiJi.açêes, das derivações e desaparecimentos, parece constituir a forma clássi-cadessa segunda te:1dênc:a

Os trabalhos etno e sociolingüísticos atuais 520, de ce;:a forrr;z..,se~ prolor:g2T.en:o

profundamente transfonnado.

Ao lado dessas duas correntes principais. pode-se discemir urm terceira tendência.

qu<.' ('li I.'halllllrci 1.1(':l(llIcllI dos n.\"('1I.\" da

Jilla.

CllC()llIIHlII-~C ~lHl~ (ltlgCll~1 lti~II('H lc.a~, lia

sofistica e na euristica gregas~vemo-Ia reaparecer na dispU/alio da Idade Média, que se constituía em uma espécie de esporte verbal no qual os estudantes punham-se a discutir, principalmente fora do ensino (ex calhedra). Reencontramos aspectos dessa tendência,

contemporaneamente, nos trabalhos da escola analítica anglo-saxônica. A filosofia

subjacente a essa terceira corrente conceme o uso da fala como uma ~dialogia" onde dois sujeitos se confrontam sobre o terreno da máscara(4) e do jogo verbal: "o homem é o lobo do homem", conforme o escrito na capa da revista Semal1likos, que se inscreve largamente nesta corrente.

Pode-se verificar, a propósito das correntes lingüísticas queenufiê~a_tese que

avancei anteriormente, a saber, que elas tomam filosoficamente posição na' útá de classes

utlUV~Sda sua rde::rêllciaimplicita ou cxplkita àhistória. Com de::iw:

a tendência lógico-formalista coloca, filosoficamente, que a história nào existe: o espírito humano é concebido como a-historicamente transparente a si mesmo, sob a forma de uma teoria universal das idéias que aparece, assim, como uma pseudo-ciência do todo, capaz de dirigir as origens e os fins.A luta ideológica de classes,

o; NOTADA TRADUrORA: M. Pêchcux rcft.n:-sc ao seu livro Les Vérité.~de 1..0 Palice (.Semáll/ica e

Discurso). No mesmo ano t.>rnque escreveu Remontemos ...• Pêcbcux volta a esta qUt.~1ãodas correnlt.'Sda

lingUistica no artigo escrito em co-autoria com F. Gadet, cujo tílulo é "Háuma via para a Jillgiiísticafora do Jogicismo e do sociologismoT'.

(4) NOTADA TRADUTORA: Pêcheux usa aqui 8 palavraJêillte. que tánto pode si~i1icar "csgrima- COlIJO

(3)

---~-portanto, não existe mais, no sentido forte do termo: ela

é

tomada, na verdade. cc:-:".:)

conflitos lógico-éticos e psicológicos que participam da essência humana da sociedade;

a segunda corrente contém uma tese filosófica que eu qualificarei brevemente de hish\licist:1 ao contrÍ!rio til! precedellte, e1u clllocu 11CXlslêll(.:illda III:ltÚria, flUISsoÍl a forma da diferença e das transformações sociais, sob a modalidade das heterogeneidades empíricas que recobrem a homogeneidade tendencial subjacente à sociedade humana. O filósofo Lucien Seve exprime àsua maneira essa concepção historicista das lutas de classes, quando afirma: •• A política,. passará, mas a psicologia não passará". Ele acentua, com efeito, que a heterogeneidade conflitual que marca a divisão política

é

historicamente contingente. de acordo com aquilo que L. Sêve chama de a essência social do homem(~);

uma palavra somente sobre aquilo que eu denominei a terceira tendência. aquela do "risco da fala", para dizer que ela não tem a autonomia filosófica das outras duas primeiras tendências. de maneira que ela fuz alianças teóricas tanto com uma quanto com a outra, sobre a base de uma concepção filosófica do afrolltamento dia lógico, que autoriza. por sua vez, uma teoria conflitua! da história como duelo-dua! (duef) e uma dissolução da história no dueto-dua! (dUO)(61.

Eu concluirei esse breve apontamento com algumas constatações:

I) A filosofia espontânea da tendência lógico-formalista veicula. explícita e implicitamente. a posição de classe da ideologia burguesa fundada sobre a eternidade antropológica jurídico-moral do triângulo sujeito-centro-sentido; 2) A tendência historicista (e. acessoriarnente, certos aspectos da terceira

tendência), colocando filosoficamente a história como série de diferenças. desloc:llllcnlos (dócalnp.cs). IIllldllllçns, ('Ie slIhordill:t. de'lillo, 11divj~li1opolíticlI

(que "passará") à unidade antropológica (que "não passará''): essa segunda posição filosófica. opondo-se diametralmente ao etemitarismo da primeira, entende a dominação como forma de interiorização. A posição de classe que resulta dessa invasão ideológica constitui a forma teórica do reformismo, que subordina a divisão à unidade, e p.ensa a contradição como resultado do encontro de contrários preexistentes. separando, assim. a existência das classes e a luta das c1asses(1)

"0-3) Ao analisar as filosofias espontâneas veiculadas pelas principais correntes lingüísticas. não ·preteudo condenar o conjunto dos trabalhos, os resultados obtidcs, os conceitos e os problemas, mesmo dando-Ihes o rótulo de "burguês" l'l "O Illatl:riali~lo hislórico éa base;da ciência das rdaç3l.:s sociais. \....••..;;;ueiaconcreta do hOlllem." (I.. Sl..··•.\:.

,\/arxi.mlO (''('oriaelapersonalidade. Pari,,: Ed. Socialcs. 1969, p. 174).

lól NOTA [)A TRADUTORA: Pêchl:tLX faz wn jogo dI: palavras com "duer (quc significa tanto "dudo"

~~tº~d:lIaI] e duo (quI: significa "dueto'" ou "dual"'): •• une théorie de l"histoire comme duel el une

dissolulion de thist6ire dons le duo" (1990,p. 248)

(1) "Para os ~fom1istas (ml..'SIUO que dcs se declarem marxistas). não éliluta de clas.<;(,.'Squc está no primc::-o

plano: são as classes... as classes existem antes da luta de classes, Independe11temente da luta de cllb.-seseli luta de classes existe somente depoi5."(L.A1thusser. Resposta a JOMLewi.'i.Paris: Maspero, 1973. p.28-29). Althusser acn:scenta: "A tese marxista-Ieninista, ao contrário, coloca liluta de classes no primeiro p~a::o. ~~:=~~~{~\~~~~ca: ela ~!~adO d~_roD_tra~i~o ~bre os contrárim q~~ se afroIltCl.

(4)

ou de «reformista": as práticas de uma ciência não coincidem jamais totalmente com as filosofias espontâneas que elas envolvem (enveloppent) visto que certos acontecimentos teóricos da lingüística (como a revolução epistemológica saussureana) induzem a uma configuração de forças filosóficas simultâneas

(em prcst'l1<;u). Tmtn-so do UCClItUllf quo 055115 pusiçõcl'I filt)RÚficlI!l têm torle"!

ressonâncias concretas nos trabalhos lingüísticos de diversas correntes e de alertar politicamente àqueles que desejam diretamente "aplicar a lingüística" ao materialismo histórico a fim de estudar as ideologias e os discursos políticos: uma mudança de terreno se impõe, se quiser-se evitar que o universitário não se sobreponha (domine) ao político.

É

sobre esse ponto que eu gostaria de propor algumas reflexões, sem pretender que elas realizem a mudança de terreno em questão: já me darei por satisfeito se elas contribuírem para mostrar a sua possibilidade e precisar algumas de suas condições. Para isso. farei um novo percurso em tomo do marxismo. para interrogar aquilo que podemos chamar olrabu/Jw dus urt~<:m' a propÓSito da questão que 1I0Socupa. c:;s:J. trajetória passa por dois filósofos não-marxistas, mas nos quais o não-marxismo é um pouco diferente. já que a teoria marxista estava nos limbos da história no caso do primeiro, desculpa que não existe no caso do segundo. Trata-se de dois espiritos fortes, apaixonados pela luta material entre as idéias, dois heréticos obstinados, em que o primeiro terminou proscrito, banido pelos dirigentes de sua comuniàade que não haviam entendido muito bem aonde ele queria chegar: quanto ao segundo, que não pára de sonhar(8j com seu banimemo, dá prosseguimento a sua carreira no

Collége de France em Paris.

Entre Spinoza e Michel Foucault. há, certamente. três séculos de história política. mUlcados

pdo

desenvolvimento do capitalismo c os inícios teÓrico,", c pr:l:lcm do socialismo. Mas há também uma diferença, na maneira do fazer a política., quando se

é

aquilo que se convencionou chamar um "intelectual". Eu pretendo mos:.-::..r, confrontando alguns pontos do Tratado das auloridades leolúgicas e políticas C0:n

aArqueologia do Saber, que a relação entre Spinoza e Foucault toca diretar::e:::e ,,0

destino teórico daquilo que se denomina hoje como "o discurso", pela re:Z7~o ambígua, que se entrelaça nesse objeto, erttr~ç,poljtico e o universitário.

o

primeiro ponto conceme a relação com a lingüística ou aquilo que há em seu lugar. No Tratado, Spinoza aborda a questão da interpretação dos textos sagrados e procura determinar as condições sob as quais eles foram, ou não, desviados de seu sentido plimÍlivo, dcsviados ou uno de: sua fuuçno Plimcilu pelo apalclho Icligíü~ü Isso o conduz a distinguir língua e discurso, na terminologia de seu tempo (capítulo XII, "Da interpretação das escrituras"):

A pessoa não temjamais proveIto em mudar o sentido de uma palavra, au passo que temfreqüentemente proveito ao mudar o sentido de um texto

Spinoza expõe as razões pelas quais a primeira operação é, para ele, dificilmente realizável: todos os autores que empregaram tal palavra em tal sentido seguiram seu

(5)

natural e seu pensamento; ele acrescenta que, como o tesouro da lín::;'..:~e

propriedade tanto do povo quanto dos eruditos,

é

pouco provável que os "sábics"

mudem (isto é, corrompam) a significação das palavras; ao contrário,.des muda..l;, o sentido de certos textos. Spinoza conclui:

Por todas essas razões nós nos convencemos de que unuz pessoa não corrompe um'! lingua, ao passo que é possível corromper o pem.amento de um e.fcritor, mudando o te.\:/oou o ü,terpretando maL

De sua parte, Michel Foucault comenta a relação entre o estu6o<--;hogüísÜcoe o trabalho "arqueológico" sobre os conjuntos de textos, afirmando:

Mesmo que ela tenluz desaparecido há muito tempo, mesmo que ninguém fale

mais e que tenha sido restaurada a partir de raros fragmentos, uma língua

constitui sempre um si••tema para C'nunciados po.nÍl·C'i.••·- um conjultto flni/o dC'

regra!;· que autoriza um número JIIJittUo de desempellllO!;·. () campo do!;'

aconteclmelttos discursivos, em compensação, é o conjultto sempre fmito e

efetilla/nente /imitado das únicas seqüências iingüísticas que tenham sido

formuladas; elas bem podem ser inumeráveis e podem, por sua massa, ultrapassar toda capacidade de registro, de memória ou de leitura,' e/as constituem, entretanto, um conjunto flnito. Eis a questão que a análise da lingua coloca a propósito de qualquer fato de discurso." segundo que regras um enunciado foi

construido e, conseqüentemente, segundo que regras outros enunciados

semelhantes poderiam ser construidos? A descrição de acontecimentos do

discurso coloca uma outra questão bem diferente: como pareceu um determinado l'lumcia(/o. l' não oll(ro rm .'il'lIll1gar?(9)

Segundo ponto, concemente àquilo que podemos denominar as relações entre enupciados.

A propósito da fala de Moisés CDeus é um fogo"), Spinoza interroga-se sobre o que exatamente quer significar Mois~~.• e expõe o meio que, para elt, permite sabê-lo (Capítulo Vil):

Para saber se i/;;!imri verdadeiramente que Deus

é

um fogo, ou se ele não o

crê, não

é

sufLCientetirar conclusões a partir da idéia de que isto esteja de acordo

com a razão ou que a contradiz., ma.f é nece.fSário relacioná-Ia c,!!/t nutra.••

p/dal·ra .••· J~ Altli .••;~. E Já que AltJJ.\b, em ItIuUas pa .••.\·a/.:e1u, elt.\llia muJ/(}

claramente que Deus não tem nenhuma semelhança com as coisas visiveis que hahitam o céu, a terra e a água, nós devemos concluir que essa fala em

particular ou todas aquelas do mesnw gênero dt;1'emser compreendidas como

metáforas; e, se ele descarta, assim, apossibilidade do sentido literal, é necessárÚJ

pesquisar se essa fala em particular - "Deus é um fogo"- admite um sentido outro

que o sentido literal, isto é, se a palavra "fogo" signiflCa outra coisa que o sentido literaL"

(6)

E Spinoza chega a esta constataçáo (capitulo V):

Como a palal'ra 'jogo" se tomll tat'!bém por "cólera" e por "ciume,. illpeja".

é

fácil de conciliar entre elas asfrases de Moi ••és e nó."chegaremos legitimamente à

conc/u.\ll" ./e" 'file" e".\'.\.'.\JIlII.\ prll'"_\iç.ic".\ "JJe"II.\,sfi'K" " e" "JJ"lI~ ,Iilll'l:il1-\o"

'ti"

uma e só enunciação, "

De sua parte, Foucault, considerando as relações interiores a um conjunto de enunciados, destacados do espaço n-dimensional onde eles se distribuem, propõe como tarefa pesquisar:

Uma ordem em seu aparecimento sucessivo, correlações em sua simultaneidade,

posições assinaláveis em um espaço comum, funcionamento recíproco,

transformações ligadas e Itierarquizadas." (1990:

f'4J)

A unàtise dos acontecimentos disculslvos através do pulululIIcllto IItcral dus

enunciados implica, assim, para Foucault, a localização do que ele chama de "formas de repartição" e de "sistemas de dispersão" que governam as relações entre os enunciados. Isso autoriza-o a propor a seguinte definição:

No -caso em que se puder descrever, entre um certo número de enunciados,

semelhante sistema de dispersão, e no caso em que entre os objetos, os tipos de

enunciação, os conceitos, asesco/has temáticas, se puder definir uma

regularidade (uma ordem, uma correlação, posições e funcionamenJos,

transformações) diremos, por convenção, que se trata de uma formação

di.'iC'IIT.fÍl·O. (1 <)<)0. p. 4J)

Terceiro ponto, concemente àdeterminação do discurso pelas relações de "lugar".

Spinoza explica que, quando lemos um livro que narra acontecimentos incríveis, e que fala de objetos não perceptíveis ou ~ue desenvolve narrações obscur.i.S, não adianta

__procurarmos compreender o sentido daq.lilo que

é

dito, se nós não puderr10S determinar

quem

é

o autor e em quais circunstâncias .) livro foi escrito. (cap. VIl)

De sua parte, }<oucaultcoloca as modalidade~ enunciativas enquanto condições da existência mesma dos discursos (quem fala? Com que direito aquele que fala toma palavra? ete.) como questões que determinam as condições de existência do enunciado em

um conjunto de enunciados. EFoucuult acrescenta:

.Um indil'íduo, um só e mesmo indivíduo, pode ocupar, a cada vez, em uma mesma

série de enunciados, diferente,s posições e 'desempenhar o papel de diferentes

sujeitos,

Pode-se comentar dizendo que os deslocamentos do sujeito em um tratado matemático nada tem a ver com a maneira como esses deslocamentos se efetuam em wn romance, ou em um discurso político.

-- -------... ---_.--..--. ---"-.,.

(7)

Qual"io e último ponto, sobre aquilo que se pode chamar de regime áe material idade do imaginário. Spinoza explica que narrativas muito semelhantes podem aparecer em livr<:sdiferentes, sob formas desfigur::das e irreconhecíveis. Sobre a questão do discurso profético, ele indica (cap. II. "Os profetas"):

As diferenças relativas

à

imaginação consistem no fato de que se o profeta é

refinado, ele perceberá o pensamento de Deus em um estilo igualmente refinado; .çe ele está cOlifuso ele o perceberá também confu.çamente; da mesma forma, diante de revelações representadas por imagens, se o profeta é um camponês as imagens serão bois e vacas; se ele for um soldado elas serão chefes e armas; enfun, se ele é um homem da corte, ele as representará através do trono de um rei e de outras coisas semelhantes.

Em outros termos, Deus não tem um estilo próprio: pela boca dos profetas, ele fala diferentemente a mesma coisa: ele pode também designar coisas diferentes por meio das mesmas palavras.

De sua parte, Foucault aborda essa questão da identidade e da divisão do sentido, por um caminho completamente diferente:

A afirmação de que a terra é redonda e de que as espécies evoluem, não constituem o mesmo enunciado antes e depois de Copérnico, antes e depois de Darwin, e

"ão foi ItO iltterior dos enunciados que a.tpalavras mudaram de sentido, foi a relação

dessas proposições com outras proposições, foram suas condições de utilização e de

investimento, foi o campo de experiência, de veriflCações possíveis de problemas a

resolver ao qual podem se referir.

A dupla leitura, muito brusca(lu" que eu venho efetuando, pode levar a pensar (e isso será justo) que, no fundo, Spinoza e Foucault procedem, diante dos textos, da mesma maneira, a despeito das diferenças terminológicas e dos meios "técnicos" evidentemente, e também tendo em conta aquilo que se pode chamar as aderências antropológicas de Spinoza (sob "e o sentido literal das palavras. ~obre o autor, etc) que constituem, para o pensamento (11aterialistaatual, espécies de "ing<nuidades".

Mas a~ "ingenuidades" de um homem como Spinoza são paradoxais: pois pode-se dizer que com os mei<?s"teóricos de seu tempo, Spinoza avança lá onde Foucau/t

pemzanece, hoje em dia, um pouco b/oqueado(II):para além da identidade relativa dos

procedimentos. o político provoca uma dif.erença(fe prática.

Eu 111~ explico, suulinlta~ije'~oSPfOCt:dllllCllIUS de análise SpiIlUZISl.llS se

inscrevem em uma prática política que se realiza através do Tratado: eu direi que o Tratado trabalha politicamente as condições da luta do ateísmo no interior da religião judaica; tomando como matéria primeir.a a posição ·teológica que interpreta a palavra de Deus e

(10; NOTA DA TRADUTORA: Pt:cheux usa a palavra "cavalicrc", que tem dois sentidos: "brusca" ou

-CB>"alht:ira-.Há ironia. tanlo que D. Maldidicr (Re-Icr...) utiliza essa mesma (,.'Xprcssãoquando comenla ,-:ssa kitura que P&heu.xfu.de Foueault.

(11) Eu assinalo sobre esse ponto o excelente estudo critico de Dominique Lccourt sobre a Arqueologia do

Saher. publicado em La Pellsée. em agosto de 197<1,n°152. p.69-87. rcpublieado em Pour une critique de

l"épistémologie. f1aspcro. Paris, 1972. NOTA DA TRADilTORA: tradução eiii portUguêsl.'ttl FOUCAlJLT.

(8)

te:1::io Seu ;:oensamentoe Sua vontade, Spinoza transfonna essa matéria primeira, a ponto de

assi::2.lar à religião o .estatuto de materialidade imaginária determinada pelas condições rnale~ais da existê~cia dos homens.

Assim, o trabalho de Spinoza constitui uma espécie de antecedente de uma teoria

l1l~th.'II:dIStl\dl1s iJcologil1s. soh UlIlll fhllllU ludimclltul quc contém. ollllclltlllo, o e:I:lcIICJltl.

a saber, a tese segundo a qual quanto. menos se conhecem as causas, mais se é submetido a

elas.

Por meio desse trabalho de transfonnação que parte da teologia para chegar ao direito e à política, Spinoza envia a todos os teólogos do mundo o mais magnífico recado que eles jamais haviam recebido: e o que é mais extraordinário é que ele o envia em nome da religião. falando de religião!

Se não há, então, como já foi abundantemente constatado, uma teoria da contradição explicitamente formulada em Spinoza, há, entretanto, uma elaboração espontânea da contradição, que constitui uma extraordinária lição política que conceme diretamente nosso propósito: pois se o primeiro ataque conseqüente contra a ideologia reliftiosa e contra a

religião é largamente efetuada em nome da ideologia religIosa, através dela e apesar dela,

isso significa que a ideologia religiosa (e o discurso que a realiza) não pode de nenhuma maneira ser tomada como um bloco homogêneo, idêntica a si mesma, com seu núcleo, sua essência, sua forma típica

Esse ponto coloca em causa uma evidência, segundo a qual, como exprime o lógico John R. SearIe (Os aIOSdefala):

Se

um predicado

é

verdadeiro para um objeto, ele

é

verdadeiro para tudo o que

é

idêntico a esse objeto, independen:emente da expressão utilizada para referir a esse

objeto. Chamamos a isso de "o axioma de identidade".

No caso particular da religião, o 1.i;alado mostra que o "axioma de identidade" nào

se aplica ao objeto ideologia; e toda a prática da luta de classes sobre o terreno da ideologia

o confirnla: uma ideologia

é

não-idêntica a si mesma, ela não existe a não ser sob a

modalidade da divisão, ela não se realiza senão dentro da contradição que organiza nela a unidade e a luta dos contrários.

Nessas c:mdições, parece impossível colocar o "discurso da ideologia religiosa", "o discurso da ideologia política", etc. como tipos essenciais. ou mesmo de subdividir cada uma delas em uma tipologia, mesmo que seja uma tipologia das "formações discursivas ". Este termo, emprestado de Foucault, parece-me que pode ser de grande utilidade, mas com a condição expressa de reequacionar aquilo que, em Foucault, governa o seu uso, para

tcnlllr retificá-Io.

No estudo de Dominique Lecourt - que eu mencionei há pouco - é mostrado que Foucault permanece, de uma certa maneira, bloqueado, pela impossibilidade de pensar e de

operacionalizara categoria da contradição. Esse recalque teórico e político não produz,

evidentemente, em Foucault, os mesmos efeitos que a sua ausência literal (que é uma presença subterrânea) desta categoria em Spinoza, pois ninguém pode ter impunemente um discurso paralelo ao materialismo histórico sem encontrá-Io no contrafluxo. O pensamento de Foucault pretendendo mantê-Io à distância, não escapa a essa regra: a ausência da

categoria da contradição em Foucault

é

responsável pelo retomo de noções como aquelas

de estatuto, norna, instituição, estratégia, poder, etc. que contornam indefinidamente a

(9)

-qucstão do poder do Estado como lugar da luta de classes, como o faz toda a psico-sociologia anglo-saxónica na qual todas essas noções são largamente usadas.

Está aí o liame político do pensamento de Foucault com o que eu chamei de

, " (12)

reformlsmo teonco.

Yl:i:llllllS (1 ljIH.' signiíil.:lI n lilfo dl' IIllIll lodos os CrítIcoS llcollll'!{'1I1 FOllClIlll1 COIIIO um universitário crítico. Isso não ofusca o imenso interesse de seus trabalhos, nos quais o marxismo-Ieninismo pode encontrar surpreendentes objetos de reflexão: pela sua maneira de faze"r falarem os textos. Foucault descortina a possibilidade de uma análisc desscs "regimes de material idade do imaginário" de que já falei anteriormente; ele está muito próximo dos interesses do marxismo-Ieninismo. - e nisso constitui, justamente, a contradição própria de Foucault. invisível e sem dúvida insuperável para ele.

Não se trata, portanto, de se desembaraçar de Foucault. acentuando a pecha reformista à qual ele parece conduzir; trata-se mais de desenvolver a categoria marxista-leninista de contradição no sentido da apropriação, para a teoria e a prática do Movimento operário, daquilo que o trabalho de Eoucault contém de materialista e de revolucionário

Eu posso apenas (nos limites do tempo que aqUi possuo) avallt;a1 algulJIlls lllPÓl(;S(;S

nessa perspectiva.

O ponto decisivo me parece ser o de tomar capaz de pensar a unidade dividida das duas teses seguintes:

1) Em todo modo de produção regido pela luta de classes, a ideologia dominante (ideologia da classe dominante) domina as duas classes an tagonistas;

2) A luta de ciasses é o motor da his:ó:12.. e proc::z a história da luta ideológica das classes

Es:;ns duas teses P:UCCC'111 se cOIltraJ".c,c;;:, CO:::2, por cxcn:pio, na

coexistência do estado de fato em contradição com a revolução: t.-ata-se, portanto, de uma "falsa~ntradição", que repousa sobre uma CO:icepç.ãc errônea d.a Ideologia

dominada.

Tomemos o exemplo das relações de produção capitalis--c2S:a burg:.:.es:a e o proletariado formam-se juntos dentro do modo de produção capitalis::.., sob a dominação da burguesia, e, em particular, da ideologia burguesa. O proie~~ado não pertence, então, a um outro mundo que contém como um germe indepenceme .ma

própria ideologia, portanto uma essência ideológica de certa. forma enuàvad.:..

refutada, dominada, pronta a sair armada como Athena e a dominar, a seu tempc, o

,I:' Em UlII cnllc\'islll 1=<:111<:, FOU<:IlU11dcs\'dll pllJ\;illltIlCUlc essa llgu~ao. uo pHJl'U/ '·1111I11IÓgJ<.:1fljllC -"ç

libertará dos constituint(,'S esterili7.antcsda dialética": "Para pensar o lilllJH.:\ social. o pCllsa1l1("llopolítivo -burguês" Q<!-,,,,~.

.)(vm

cstabcl\)CC a fanua jurídica do contraio. Para p(,'lssr a lula, o pl:nsam(,111o ..n.•••·olu~·f;dô. ~. XIX estabelece a forola lógica da cO/ltradição: e aqui. sem dúvida, não se faz melhor doCq~lÍ.. Entconseqüência, os grandcs.(,"l,1adosdo sc5c.XIX estabd\X(.."IIlum p<.:nsamt.:ntoestratégico, por isso as luta~ revolucionárias pensaram sua estratégia. de um maneira muito conjuntural e ensaiam hoje inscreverem-se sobre o horizonte da contradição." E Foucault pro~'<;Cg:ucum pouco mais: " Parece-me que loda essa intimidação quc visa ao medo da rcfonna c!.1áligada à insufil.;C,lcia dc uma análise estratégica própria à luta política - à luta no campo do poder político. Este me p~ ser, just81u("JlC,o papl.:!da Il.:Oria . hoje: não de reformular a ~;stcmaticidade global que coloca tudo em causa; mas analisar a cspcciflCidade dos

meeanismos de poder, descobrir as ligações, as extensões., edificando, pouco 11pouco, um saber estralégico."

(" Poden..-se estratégia!;". Entrevi~ta cóm MicbcI Foucaull Revista Reyoires Logiques, n" 4, p. 96-97, 1977.

(10)

futuro Esta é uma falsa concepção da ideologia dominada: nào se trata, em realidade, somente de uma dominação que se constitui do exterior, se assim

podemos dizer, como uma tampa burguesa sobre a marmita das idéias

revolucionárias. mas também, e sobretudo. de uma dominação interna. quer dizer.

de lllll:! dllllliullÇfio que se 111l1l1ifi's11l 11I1prÓpríll OIgllllil'llÇi1o 1II((~11ll\du ide;,logw

dominada. Isso significa simultaneamente que o processo histórico. por meio do qual a ideologia dominada tende·a se organizar "sobre sua própria base" enquanto . ideologia proletária, permanece paradoxalmente em contato com a ideologia

burguesa, precisamente na medida em que ela realiza sua destruição.

Trata-se, então, de pensar, a propósito da ideologia, a contradição de dois

mundos em um sÓjá que, segundo a afirmação de Marx, "o novo nasce dentro do

velho", e que Lênin reformulou dizendo: "o um se divide em dois".

Isso nos leva a afirmar que o marxismo-Ieninismo concebe. necessariamente,

a contradição como desigual (inégalelI3), o que, naquilo que concerne a ideologia,

corresponde ao fato de que os Aparelhos ideológicos do estado são por natureza

plurais: eles não formam um bloco ou uma lista homogênea, mas existem dentro de

relações de contradição-desigualdade-subordinação tais que suas propriedades

regionais (sua especialização ·"dirigente de si" ["alIant de soi"] nos domínios da religião, do conhecimento, da moral, do direito, da pQ.lítica, etc.) contribuem desigualmente para o desenvolvimento da luta ideológica entre as duas classes antagonistas, intervindo desigualmente na reprodução ou na transformação das relações de produção.

Isso nos conduz a pensar que toda formação ideológica deve

necessaria ..•nente ser analisada de um ponto de vist2.de classe e de um ponto de vista

"regional", e pode ser que isso explique que toda ideologia seja dividida (não

idêntic.'l fi si lllc.'1mo).I~ porque os fonllllçõcs idcolÓgicns têm um carÚtcr rcgional

que elas se referem ás mesmas "coisas" de modo diferente ( Liberdade, Deus, a Justiça, etc.), e é porque as formações ideológicas têm um caráter de classe que elas . se. referem simultaneamente às mesmas "coisas" (por exemplo, a Liberdade) sob

modalidades contraditórias ligadas aos antagonismos de classes.

Nessas condições, parece que é na modalidade pela qual se designam (pela fala ou pela escrita) essas "coisas" a cada vez "idênticas" e divididas, que se especifica aquilo que se pode, sem inconvenientes, chamar de "formação discursiva", com a condição de se entender bem que a perspectiva "regional" das "formas de repartição" e dos "sistemas de dispersão" de Foucault se encontram assim reordenados à análise das contradições de classe.

Se essas hipótcscs. tem alguma vulidudc, elas Ic ..••ull.ulll. IICCCSSUI iUlIIClltc,

numa transformação do conceito de "formação discursiva", que afeta

-cotlseqüentemente- a prática mesma da análise do discurso: caracterizar uma

. .formação discursiva classificando-a, entre outras, por qualquer tipologia que seja,

é

.estritamente impossível. É necessário, ao contrário, definir a relação interna que ela estabelece com seu exterior discursivo específico, portanto, determinar as invasões, os atravessamentos constitutivos pelas quais uma pluralidade contraditória, desigual e interiormente subordinada de formações discursivas se organiza em função dos

113) Este ponto está desenvolvido (.:m um recenle texto de AlÚ1us~T intilulado "Soul<:nancc d'Amiens".

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