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E SCOLA SECUNDÁRIA COM 3.º CICLO DO ENSINO B ÁSICO DO E NTRONCAMENTO

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Academic year: 2021

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I – Introdução

A Lei n.º 31/2002, de 20 de Dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a auto-avaliação e para a avaliação externa. Por sua vez, o programa do XVII Governo Constitucional estabeleceu o lançamento de um “programa nacional de avaliação das escolas básicas e secundárias que considere as dimensões fundamentais do seu trabalho”.

Após a realização de uma fase piloto, da responsabilidade de um Grupo de Trabalho (Despacho conjunto n.º 370/2006, de 3 de Maio), a Senhora Ministra da Educação incumbiu a Inspecção-Geral da Educação de acolher e dar continuidade ao processo de avaliação externa das escolas. Neste sentido, apoiando-se no modelo construído e na experiência adquirida durante a fase piloto, a IGE está a desenvolver esta actividade, entretanto consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 81-B/2007, de 31 de Julho.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa da Escola Secundária do Entroncamento realizada pela equipa de avaliação que visitou esta Unidade de Gestão em 12 e 13 de Março de 2008.

Os capítulos do relatório ― caracterização da unidade de gestão, conclusões da avaliação por domínio, avaliação por factor e considerações finais ― decorrem da análise dos documentos fundamentais da Unidade de Gestão, da sua apresentação e da realização de entrevistas em painel.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente a auto-avaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para a Escola, constituindo este relatório um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e pontos fracos, bem como oportunidades e constrangimentos, a avaliação externa oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa congratula-se com a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

O texto integral deste relatório, bem como um eventual contraditório apresentado pela Escola, será oportunamente disponibilizado no sítio internet da IGE (www.ige.min-edu.pt.

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Muito Bom ― Predominam os pontos fortes, evidenciando uma regulação sistemática, com base em

procedimentos explícitos, generalizados e eficazes. Apesar de alguns aspectos menos conseguidos, a organização mobiliza-se para o aperfeiçoamento contínuo e a sua acção tem proporcionado um impacto muito forte na melhoria dos resultados dos alunos.

Bom ― Revela bastantes pontos fortes decorrentes de uma acção intencional e frequente, com base em

procedimentos explícitos e eficazes. As actuações positivas são a norma, mas decorrem muitas vezes do empenho e da iniciativa individuais. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto forte na melhoria dos resultados dos alunos.

Suficiente ― Os pontos fortes e os pontos fracos equilibram-se, revelando uma acção com alguns aspectos

positivos, mas pouco explícita e sistemática. As acções de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da Unidade de Gestão. No entanto, essas acções têm um impacto positivo na melhoria dos resultados dos alunos.

Insuficiente ― Os pontos fracos sobrepõem-se aos pontos fortes. Não demonstra uma prática coerente e

não desenvolve suficientes acções positivas e coesas. A capacidade interna de melhoria é reduzida, podendo existir alguns aspectos positivos, mas pouco relevantes para o desempenho global. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto limitado na melhoria dos resultados dos alunos.

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II – Caracterização da Escola

O Concelho do Entroncamento, constituído apenas por esta localidade, situa-se no distrito de Santarém. É um Concelho jovem, tem cerca de 20000 habitantes e regista o maior índice de poder de compra da sub-região do Médio Tejo. O Entroncamento desenvolveu-se a partir da criação dos caminhos-de-ferro e da instalação das Oficinas de Manutenção do Material Ferroviário. A Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico do Entroncamento está localizada numa zona urbana da cidade e iniciou o seu funcionamento, nas actuais instalações, no ano lectivo 1977/78. A Escola é constituída por dois pavilhões com salas de aulas, um pavilhão oficinal, um pavilhão administrativo onde estão instalados os Serviços de Administração Escolar, a Comissão Provisória, o refeitório, o bar, a Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos e um salão polivalente. Para a prática desportiva existe um pavilhão gimnodesportivo e dois campos de jogos descobertos. Os edifícios encontram-se em bom estado, já que, há poucos anos, foram alvo de obras de conservação e melhoria.

A população discente é oriunda, maioritariamente, de famílias com um bom nível socioeconómico, o que se reflecte nas elevadas expectativas quanto ao prosseguimento de estudos (84%). Quanto às habilitações dos encarregados de educação, de registar que 23% possui o Ensino Básico ou inferior, 50% o Ensino Secundário e 27% um Curso Superior. A Escola Secundária do Entroncamento ministra cursos vocacionados para o prosseguimento de estudos e cursos orientados para a vida activa. No 3.º Ciclo do Ensino Básico, para além do currículo normal, a Escola oferece ainda Cursos de Educação e Formação. No Ensino Secundário oferece Cursos Científico-Humanísticos e Cursos Profissionais.

A população escolar, no ano lectivo 2007/2008, é constituída por 1225 alunos, sendo 486 do 3.º Ciclo do Ensino Básico distribuídos por 18 turmas do ensino regular e seis turmas de Cursos de Educação e Formação. Frequentam o Ensino Secundário 508 alunos distribuídos por 19 turmas de Cursos Científico-Humanísticos e cinco turmas de Cursos Profissionais. No Ensino Nocturno estão matriculados 231 alunos, sendo que quatro se encontram a concluir o Ensino Básico por Unidades Capitalizáveis, 15 frequentam um Curso de Educação e Formação de Adultos e 212 estão matriculados no Ensino Secundário. O número de alunos abrangidos pela Acção Social Escolar é de 104 (cerca de 8,5%). Destes, 73 (escalão A – 54; escalão B – 19) frequentam o Ensino Básico e 31 (escalão A – 17; escalão B – 12; escalão C - 2) frequentam o Ensino Secundário. Sete alunos beneficiam de Bolsa de Mérito. O corpo docente da Escola é constituído por 154 professores, sendo que 124 (80,5%) são do Quadro de Escola, 12 (8%) do Quadro de Zona Pedagógica e 18 (12%) contratados. De referir que este é um quadro bastante estável, já que os docentes leccionam na Escola Secundária do Entroncamento há 11 ou mais anos. A maioria dos docentes encontra-se na faixa etária dos 50-59 anos.

O pessoal não docente é constituído por 50 funcionários e inclui 26 auxiliares de acção educativa, 17 funcionários administrativos e técnico-profissionais, uma psicóloga e 16 funcionários que desempenham funções nas áreas da cozinha, bufete, manutenção e de guarda-nocturno. Pertencem ao Quadro 33 funcionários (66%) e são contratados 17 (34%). A maioria dos funcionários não docentes encontra-se na faixa etária dos 40-49 anos.

III – Conclusões da avaliação por domínio

1. Resultados Bom A análise reflexiva dos resultados dos alunos tem constituído, desde há alguns anos, uma das prioridades da Escola. É manifesta a identificação das situações problemáticas e a apresentação de estratégias de acção para as ultrapassar, tais como a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação ao nível do processo de ensino e aprendizagem e a implementação de diferentes formações nas áreas tecnológicas. Ressalta que, no triénio 2004/2007, as taxas de sucesso global (transição/conclusão) do 3.º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário se situam acima da média nacional. A Escola promove nos alunos o sentimento de pertença com o desenvolvimento dos diferentes clubes e projectos nas dimensões científica, artística e desportiva e cultiva o espírito de solidariedade e a responsabilidade pelo bem-estar dos outros com diferentes campanhas de solidariedade. Contudo, os alunos não têm sido envolvidos ao nível do Conselho Pedagógico e da construção do Projecto Educativo de Escola, tal como não existe, ainda, uma estratégia interna que assegure a participação dos pais e encarregados de educação na vida da Escola. Os alunos têm, de um modo geral, um comportamento disciplinado, existindo um código de conduta que, de forma explícita, contribui para um ambiente tranquilo e respeitador. O impacto das aprendizagens é valorizado pelos alunos e suas famílias, tal como pelos professores, havendo evidências da importância atribuída às actividades desenvolvidas e à qualidade das aprendizagens. A Escola tem assegurado a resposta a essas expectativas, com uma boa percentagem dos alunos que terminam o 12.º ano a entrarem nos estabelecimentos de ensino superior e nos cursos de primeira opção.

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2. Prestação do serviço educativo Bom A articulação intradepartamental concretiza-se nos grupos disciplinares através da partilha de materiais, construção das planificações e definição dos critérios de avaliação. A interacção entre os Departamentos Curriculares e os Grupos Disciplinares é promovida através dos respectivos Coordenadores. A elaboração dos Projectos Curriculares de Escola e de Turma e a realização do Plano Anual de Actividades decorrem num trabalho de articulação interdepartamental. O acompanhamento e a supervisão interna da prática lectiva dos professores são assegurados pelos Coordenadores de Departamento/Grupo Disciplinar que, nas diferentes reuniões e em encontros informais, procedem à análise documental e à avaliação do trabalho desenvolvido. A monitorização do processo de ensino e aprendizagem também é realizada em reuniões de Conselho de Turma. O Serviço de Psicologia e Orientação e o Núcleo de Apoio Educativo desenvolvem a sua acção em articulação com o órgão de gestão, com os docentes de apoio educativo, directores de turma, encarregados de educação e organismos da comunidade envolvente. A Escola tem vindo a instituir diversas medidas de forma a maximizar a resposta às necessidades educativas especiais e às dificuldades de aprendizagem. A valorização do conhecimento e da aprendizagem ao longo da vida estão patentes na oferta formativa da Escola, na realização dos diferentes projectos e actividades e no funcionamento dos clubes existentes. A natureza das aulas laboratoriais no Ensino Secundário e as diversas actividades, desenvolvidas na área das ciências, têm em conta as componentes activas e experimentais, constituindo incentivos à aprendizagem e ao desenvolvimento de atitudes positivas em relação à ciência.

3. Organização e gestão escolar Bom O Projecto Educativo foi construído a partir da reformulação do anterior e da informação recolhida com a aplicação de questionários a toda a comunidade educativa. Este documento identifica como prioridades de acção a melhoria do sucesso dos alunos, da organização interna, das condições físicas da Escola e uma maior abertura desta ao meio. No que respeita à gestão dos recursos humanos, a Comissão Provisória tem em conta as competências pessoais e profissionais do pessoal docente e não docente, para que cada elemento desenvolva a sua actividade de forma eficiente. Apesar de alguma escassez de salas, as condições físicas são, na generalidade, adequadas, tanto no que se refere às instalações como aos equipamentos. A Escola gera um volume significativo de receitas próprias, nomeadamente com a cedência de instalações e participação em projectos. A participação dos pais e encarregados de educação, tanto em reuniões, como durante os tempos reservados a atendimento, pelos Directores de Turma, é bastante elevada no 3.º Ciclo e mais reduzida no Ensino Secundário. A Escola desenvolve iniciativas juntamente com outros parceiros da comunidade educativa, com a finalidade de procurar soluções para os problemas dos alunos e da Escola em geral. Os órgãos de gestão, a direcção de turma e a equipa dos apoios educativos fazem o tratamento e o acompanhamento de situações problemáticas, sociais e disciplinares, que se reflecte no encaminhamento dos alunos para soluções pedagógicas diferenciadas.

4. Liderança Bom

A inexistência de Assembleia de Escola, desde o ano lectivo 2005/2006, por falta de mobilização da comunidade educativa, tem condicionado, de algum modo, a vida da Escola, designadamente na aprovação, avaliação e acompanhamento de documentos de planeamento, na promoção do relacionamento da Escola com o meio envolvente e na própria eleição da Direcção Executiva. Contudo, a ausência daquele órgão não impediu o regular funcionamento da Escola, nem o aparecimento de algumas lideranças participativas nos órgãos de gestão intermédia. A Escola tem uma boa imagem na comunidade envolvente, tanto pela dinâmica dos projectos que desenvolve e pelas actividades e trabalhos que os alunos apresentam na Semana da Escola, como por valorizar a área das Tecnologias da Informação e Comunicação. Os docentes sentem-se bem na Escola e a sua experiência, estabilidade, competência e assiduidade dão credibilidade à mesma. Ressalta a atenção prestada a diferentes vertentes da educação, nomeadamente com a valorização do desporto, da cultura e da solidariedade, como visão integrada dos saberes. A Escola demonstra capacidade de inovação e a participação em diversos programas/projectos de âmbito nacional demonstra o empenho das estruturas educativas em melhorar a qualidade das aprendizagens. Por outro lado, as relações que a Escola tem estabelecido com diversas instituições e empresas têm contribuído, de forma significativa, para alargar e enriquecer as experiências dos alunos.

5. Capacidade de auto-regulação e melhoria da Escola Suficiente A auto-avaliação que tem sido desenvolvida, tanto pelo Observatório Permanente de Avaliação que prepara os resultados dos alunos, para análise reflexiva nos diferentes Departamentos/Grupos Disciplinares, como pela

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equipa de auto-avaliação, permitiu o diagnóstico organizacional e demonstrou uma forte determinação em identificar os pontos fortes e fracos da Escola em áreas importantes e nucleares. Todavia, os aspectos a melhorar não foram tidos em conta no Plano Anual de Actividades, como prioridades de desenvolvimento, nem existe, ainda, um mecanismo de divulgação da informação recolhida que mobilize a comunidade educativa, no sentido do aprofundamento e alargamento progressivo da auto-avaliação a novos campos de análise e se torne num melhor instrumento de apoio à decisão e gestão. As estratégias implementadas decorrentes do trabalho de auto-avaliação realizado, apesar de não existir um projecto formal, têm produzido melhorias, destacando-se a evolução positiva, no triénio 2004/2007, das taxas de sucesso global (transição/conclusão) do 3.º Ciclo do Ensino Básico e a diminuição do abandono escolar no Ensino Secundário. Assim, a efectiva utilização da informação recolhida, aliada aos resultados já alcançados, à qualidade do clima interno e à estabilidade, à motivação e empenho do pessoal docente, garantem que existem as condições necessárias para o progresso sustentado da Escola, de forma a poder incrementar a sua autonomia na gestão de recursos, no planeamento das actividades educativas e na organização escolar.

IV – Avaliação por factor 1. Resultados

1.1 Sucesso académico

O tratamento estatístico dos resultados académicos e respectiva análise reflexiva têm constituído, desde há alguns anos, uma das prioridades da Escola. Em 2006/2007, constituiu-se uma equipa de trabalho designada por Observatório Permanente de Avaliação que tem vindo a fazer o tratamento das classificações, por turma e por período lectivo, preparando, assim, com a intervenção do Conselho Pedagógico, os resultados dos alunos nas diferentes disciplinas, para a análise e reflexão ao nível dos Departamentos Curriculares. Apesar de se verificar ainda dificuldade, por parte de alguns Grupos Disciplinares, em reconhecer os elementos determinantes dos casos de sucesso/insucesso, é manifesta a identificação das situações problemáticas e a apresentação de estratégias de acção. Com estas práticas, a Escola já estabeleceu metas de melhoria, que não sendo, ainda, centradas na excelência, permitiram, de forma positiva, apurar causas para o insucesso escolar, nomeadamente as deficiências ao nível da Língua Portuguesa com consequências nas diferentes disciplinas e o fraco acompanhamento escolar dos alunos por parte de algumas famílias, umas por falta de tempo e outras por carências socioeconómicas e culturais. As principais estratégias para ultrapassar o insucesso escolar têm sido, entre outras, a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação ao nível do processo de ensino e aprendizagem, o trabalho, em articulação, da Direcção de Turma, Serviço de Psicologia e Orientação e Núcleo de Apoio Educativo, no acompanhamento dos alunos e as actividades desenvolvidas na Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos e no Laboratório de Matemática. O grande investimento da Escola nas Tecnologias de Informação e Comunicação, nas quais tem sido referência, e na dimensão tecnológica com a implementação de diferentes formações nas áreas, nomeadamente da electricidade e electrónica, e, mais recentemente, da mecatrónica, tal como nas áreas técnicas do turismo, contabilidade e do apoio psicossocial, são factores que têm sido determinantes para o sucesso dos alunos. Da análise dos resultados escolares referentes ao triénio 2004/2007, disponibilizados pela Escola, resulta que as taxas de sucesso global (transição/conclusão) se situam, no 3.º Ciclo do Ensino Básico, muito acima da média nacional. Na verdade, esta análise mostra que o sucesso apresenta uma evolução positiva no 3.º Ciclo do Ensino Básico (taxas de sucesso: 89,6% - 2004/2005; 92,0% - 2005/2006; 93,3% - 2006/2007). É de destacar, como medida para diminuir o insucesso, a constituição de turmas dos Cursos de Educação e Formação, cujas taxas de conclusão, em 2004/2005 e 2005/2006 atingiram os 100% (taxas de sucesso: 100% - 2004/2005; 100% - 2005/2006; 92,6% - 2006/2007). Nos anos lectivos 2005/2006 e 2006/2007 os resultados em exames nacionais do 9.º ano, na Língua Portuguesa (2,9 - 2005/2006; 3,3 - 2006/2007) apresentam uma evolução positiva, ligeiramente acima da média nacional em 2005/2006 (+ 0,2) e em 2006/2007 (+ 0,1). No que se refere às diferenças entre as médias das classificações internas e as de exame, naquela mesma disciplina e naqueles anos lectivos, os resultados apresentam, também, uma evolução positiva, apesar das médias de exame terem sido mais baixas (– 0,8 em 2005/2006; – 0,3 em 2006/2007). Na Matemática os resultados em exames nacionais do 9.º ano (2,8 - 2005/2006; 2,6 - 2006/2007) apresentam um pequeno decréscimo, embora se situem, em ambos os anos lectivos, acima da média nacional (+0,4). Ainda que as médias da classificação interna nesta disciplina apresentem o mesmo valor (3,4), nos referidos anos lectivos, merecem especial atenção as diferenças entre as médias de exame e da classificação interna (– 0,6 em 2005/2006; – 0,8 em 2006/2007). Tal poderá significar que o trabalho desenvolvido, na disciplina de Matemática, no âmbito da aferição dos critérios internos de avaliação se mostrou profícua, mas, ainda, não suficiente.

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Da análise dos resultados escolares referentes ao triénio 2004/2007, disponibilizados pela Escola, resulta que as taxas de sucesso global (transição/conclusão) se situam no Ensino Secundário, acima da média nacional. Contudo, a análise dos referidos resultados mostra que as taxas de sucesso são flutuantes (taxas de sucesso: 79,3% - 2004/2005; 76,7% - 2005/2006; 82,9% - 2006/2007), o que pode indiciar a existência de factores determinantes dos resultados que ainda não são controlados. De salientar as taxas de sucesso do 11.º ano que apresentam os valores mais elevados, no referido triénio, relativamente aos outros anos de escolaridade deste ciclo de estudos (taxas de sucesso: 96,7% - 2004/2005; 88,7% - 2005/2006; 92,3% - 2006/2007). A análise dos resultados do 12.º ano, no triénio 2004/2007, obtidos em exames nacionais nas disciplinas de Português e História, mostra que as médias das classificações se situam acima da média nacional na disciplina de Português (2004/2005: + 0,9; 2005/2006: + 0,5; 2006/2007: + 0,5) e abaixo da média nacional na disciplina de História (2004/2005: – 1,3; 2005/2006: – 3,1; 2006/2007: – 1,4). Na disciplina de Matemática os resultados do 12.º ano, no triénio 2004/2007, obtidos em exames nacionais, são flutuantes, apresentando, no entanto, uma média superior à nacional em 2006/2007, ano do triénio em que a média nacional foi superior a 10 valores (2004/2005: + 1,3; 2005/2006: 0,0; 2006/2007: + 0,9). A diferença entre as médias das classificações internas e as de exame, nestas disciplinas e no triénio referido, merecem atenção, tendo em conta o desvio relativamente às médias de exame cuja variação ocorre entre – 1,5 e – 6,7. Assim, a análise dos valores resultantes das diferenças entre as médias das classificações internas e as de exame nos 9.º e 12.º anos, nas disciplinas referidas, mostra que os critérios internos de avaliação poderão não estar, ainda, bem calibrados e não oferecer, globalmente, confiança.

No último triénio a taxa de abandono escolar tem aumentado no 3.º Ciclo do Ensino Básico (1,4 % - 2004/2005; 1,8 % - 2005/2006; 2,1 % - 2006/2007) e diminuído no Ensino Secundário (5,5 % - 2004/2005; 5,0 % - 2005/2006; 4,4 % - 2006/2007), denotando ser uma questão, ainda, não resolvida. Merece, também, especial atenção o aumento significativo da taxa de abandono escolar nos Cursos de Educação e Formação, nos primeiros anos (13,9 % - 2005/2006; 24,1 % - 2006/2007) e, pela primeira vez no triénio 2004/2007, nos anos terminais (7,4 % - 2006/2007). De salientar, no entanto, que a Escola tem contrariado as ameaças de abandono utilizando diferentes estratégias, nomeadamente de apoio educativo, de auscultação e de orientação para os diferentes percursos formativos e articulando com diferentes entidades, como a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco e o Centro de Reabilitação e Integração de Torres Novas.

1.2 Participação e desenvolvimento cívico

No Projecto Educativo é dada relevância ao papel da Escola na socialização dos alunos. “Crescer, Aprender e Ser” são para a Escola o seu lema e “constituem-se como pilares da vivência dos jovens”. De igual modo, a Escola com um dos princípios orientadores do seu projecto pretende “Desenvolver atitudes de respeito, tolerância e solidariedade…”. É evidente a importância que a Escola atribui ao desenvolvimento cívico dos alunos, bem visível no contacto directo que se estabelece com eles nos diferentes espaços ou no âmbito das entrevistas realizadas. A Escola promove, nos alunos, o sentimento de pertença com o desenvolvimento dos diferentes clubes e projectos nas dimensões científica, artística e desportiva, com destaque para o Programa Ciência Viva, o Teatro e a Ginástica Rítmica. As diferentes campanhas de solidariedade, em áreas como as carências socioeconómicas e a deficiência, que envolvem toda a Escola e a comunidade local, têm constituído oportunidades para cultivar, nos alunos, o espírito de solidariedade e a responsabilidade pelo bem-estar dos outros. Apesar da participação demonstrada, os alunos não têm sido envolvidos ao nível do Conselho Pedagógico e da construção do Projecto Educativo de Escola e têm sido atribuídas poucas responsabilidades à Associação de Estudantes, com vista a uma maior co-responsabilização nas decisões que lhes dizem respeito. Aquando da elaboração/reformulação do Projecto Educativo 2007/2009 foi tida em conta a informação recolhida pelos questionários aplicados, em 2005/2006, a toda a comunidade educativa. Contudo, não existe, ainda, um trabalho específico de análise nem deste, nem dos outros documentos orientadores do funcionamento da Escola, que envolva não só o pessoal docente, como também os alunos, o pessoal não docente e os pais e encarregados de educação. A Escola já identificou esta dificuldade, como aspecto a melhorar, nomeadamente no que concerne em promover a participação dos pais e encarregados de educação na vida escolar ou, de forma mais geral, da abertura da Escola ao meio. Ainda que muitas causas sejam apontadas para a situação descrita, tais como o que se exige às escolas em geral e, em alguns casos, a falta de apoio por parte da comunidade, não existe uma estratégia interna determinada e auto-regulada por metas claras que assegurem a participação dos pais e encarregados de educação na vida da Escola. Os pequenos e grandes sucessos individuais dos alunos são estimulados e valorizados com a instituição dos Quadros de Mérito e Excelência que distinguem o mérito desportivo, cultural e de solidariedade e a excelência em resultados escolares, com a entrega de prémios numa cerimónia realizada para o efeito, no final do ano, que inclui, entre outros, eventos musicais e de ginástica rítmica.

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1.3 Comportamento e disciplina

Os alunos têm, de um modo geral, um comportamento disciplinado, conhecendo e cumprindo as regras de funcionamento da Escola. Existe um código de conduta que, de forma explícita, contribui para um ambiente tranquilo e respeitador. As situações mais difíceis são pontuais e surgem, principalmente, com os alunos dos primeiros anos do 3.º Ciclo e dos Cursos de Educação e Formação. Porém, estas são resolvidas de acordo com as normas definidas e, sempre que possível, envolvendo o director de turma e os respectivos professores, os alunos e os encarregados de educação, de modo a não afectar os outros alunos e a aprendizagem. Os professores das turmas dos Cursos de Educação e Formação reúnem, periodicamente, com o Serviço de Psicologia e Orientação, de forma a uniformizar procedimentos. O Regulamento Interno é dado a conhecer, no início do ano lectivo, a todos os alunos, que ficam, assim, cientes dos seus direitos e deveres, e dos critérios e das regras de funcionamento da Escola. Os Conselhos de Turma identificam e definem, também, regras de conduta na sala de aula que são organizadas, analisadas e discutidas com os alunos e respectivo Director de Turma, na área curricular não disciplinar de Formação Cívica. Este trabalho pretende, assim, uniformizar critérios de actuação e, com a apropriação mais facilitada, por parte dos alunos, das mencionadas regras, contribuir para um clima tranquilo e propício à aprendizagem. De salientar, o bom relacionamento entre alunos, professores e pessoal não docente, com respeito e atenção pelos direitos e deveres mútuos. Da análise dos dados disponibilizados pela Escola no triénio 2004/2007 e considerando o tipo de sanções aplicadas, que indiciam o nível de gravidade dos actos de indisciplina, constata-se um agravamento da situação, o que poderá constituir motivo de alguma preocupação. Efectivamente, no conjunto de penas aplicadas, no ano lectivo 2004/2005, apenas um aluno do 7.º ano foi punido com uma pena de suspensão de 5 dias; no ano lectivo 2005/2006, 4 alunos (1 do 7.º ano, 1 do 11.º ano e 2 dos Cursos de Educação e Formação) foram punidos com pena de suspensão, representando um total acumulado de 14 dias; no ano lectivo 2006/2007 o número de alunos punidos com pena de suspensão subiu para 12 (1 do 9.º ano, 2 do 11.º ano e 9 dos Cursos de Educação e Formação), acumulando um total de 45 dias. De assinalar como positivas as diferentes iniciativas em curso, no sentido de contribuir para melhorar a disciplina, nomeadamente o desenvolvimento recente de um projecto de prevenção da indisciplina em algumas turmas do 8.º ano e dos Cursos de Educação e Formação e a utilização da Sala de Estudo, de forma a enquadrar os alunos que perturbam o regular funcionamento das aulas com comportamentos desadequados.

1.4 Valorização e impacto das aprendizagens

O impacto das aprendizagens é valorizado pelos alunos e suas famílias, tal como pelos professores, havendo evidências da importância atribuída às actividades desenvolvidas e à qualidade das aprendizagens. As expectativas relativamente ao futuro académico são muito elevadas, tanto por parte da grande maioria dos alunos, como dos seus encarregados de educação. A Escola tem assegurado a resposta a essas expectativas, com uma boa percentagem dos alunos que terminam o 12.º ano a entrarem nos estabelecimentos de ensino superior e nos cursos de primeira opção. Na verdade, a análise dos resultados do concurso nacional de acesso ao ensino superior, no triénio 2004/2007, disponibilizados pela Escola, mostra um número significativo de alunos colocados nas 1.ª e 2.ª fases (81% - 2004/2005; 83% - 2005/2006; 82% - 2006/2007) e na 1.ª opção (45% - 2004/2005; 43% - 2005/2006; 50% - 2006/2007). A Escola, atenta às características do contexto socioeconómico e aos interesses dos alunos, tem oferecido Cursos de Educação e Formação e Cursos Profissionais. Concluídos os estágios destes cursos em diferentes empresas, muitas vezes, os alunos são contactados para nelas ficarem a trabalhar. Apesar da preocupação com a qualidade das aprendizagens e sendo reconhecida como referência na dinâmica desenvolvida, nomeadamente com as Tecnologias de Informação e Comunicação e com o projecto do Desporto Escolar, principalmente nas modalidades de futsal e ginástica rítmica, a Escola não tem, ainda, um discurso centrado na excelência.

2. Prestação do serviço educativo 2.1 Articulação e sequencialidade

Não se verifica, ainda, uma efectiva liderança das diferentes coordenações de Departamento e de Grupo. A articulação intradepartamental concretiza-se nos grupos disciplinares organizados por ano/nível de escolaridade através da partilha de materiais, elaboração das planificações e definição dos critérios de avaliação (mediante orientações gerais do Conselho Pedagógico) para cada disciplina/ano de escolaridade. A interacção entre os Departamentos Curriculares e os Grupos Disciplinares é promovida através dos respectivos Coordenadores.

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A elaboração dos Projectos Curriculares de Escola e de Turma e a realização do Plano Anual de Actividades decorrem num trabalho de articulação interdepartamental. A continuidade da equipa pedagógica, incluindo o Director de Turma e a realização de testes diagnóstico uniformizados em todas as turmas de 7.º e 10.º anos, no início de cada ano, são estratégias que a Escola utiliza para garantir a sequencialidade entre ciclos.

O Serviço de Psicologia e Orientação garante a orientação vocacional de todos os alunos do 9.º ano através de um programa que se realiza nas aulas de Formação Cívica ao longo de 10/12 sessões. No final a psicóloga reúne, individualmente, com cada aluno e encarregado de educação para dar a conhecer os resultados e informar das opções futuras.

2.2 Acompanhamento da prática lectiva em sala de aula

O acompanhamento e a supervisão interna da prática lectiva dos professores são assegurados pelos Coordenadores de Departamento/Grupo Disciplinar que, nas diferentes reuniões e em encontros informais, procedem à análise documental e à avaliação do trabalho desenvolvido, reflectindo sobre o processo de ensino e aprendizagem, no sentido de (re)definir estratégias. Também os Conselhos de Turma reúnem, a meio do 1.º e 2.º Períodos, para fazerem a monitorização do processo de ensino e aprendizagem. Os professores dos Cursos de Educação Formação têm encontros frequentes com a psicóloga para regular e aferir estratégias de acção.

A articulação dos professores ocorre nos Conselhos de Turma que reúnem para proceder à caracterização das turmas, definir metodologias e procedimentos em função das características dos alunos e elaborar o Projecto Curricular de Turma. Nas turmas de alunos com apoio pedagógico a psicóloga e os professores de apoio também estão presentes. De modo a garantir maior confiança na avaliação interna e nos resultados dos alunos, o Conselho Pedagógico, seguindo as propostas emanadas dos Departamentos, definiu os critérios gerais de avaliação a adoptar nas diferentes disciplinas. Os alunos são informados destes critérios nas primeiras aulas do ano lectivo. O Grupo Disciplinar de Matemática utiliza matrizes comuns para a elaboração dos testes, tendo como referência os critérios dos exames nacionais. Os Directores de Turma têm um papel importante na avaliação contínua dos resultados dos alunos, pelos contactos frequentes que estabelecem com os docentes da turma, conhecem o aproveitamento e o comportamento destes alunos, partilhando essas informações com os encarregados de educação e procurando soluções conjuntas de melhoria dos resultados. As áreas de formação foram identificadas pelos departamentos mas, no corrente ano lectivo, não existe Plano de Formação. A Escola tem como prioridade as Tecnologias de Informação e Comunicação, tendo realizado internamente formação nesta área, de que são exemplos a utilização da plataforma moodle e dos quadros interactivos.

2.3 Diferenciação e apoios

O Serviço de Psicologia e Orientação é constituído por uma psicóloga, a tempo inteiro na Escola. O Núcleo de Apoio Educativo integra duas professoras do Ensino Especial, uma a tempo inteiro e outra a tempo parcial, que prestam apoio a dois alunos com baixa visão e a um aluno invisual. Estes serviços desenvolvem a sua acção em articulação com o órgão de gestão, com os docentes de apoio educativo, directores de turma, encarregados de educação e organismos da comunidade envolvente. Geralmente, os alunos com necessidades educativas especiais que chegam à Escola já vêm sinalizados e são integrados nas turmas regulares (no presente ano lectivo: 27 alunos do Ensino Básico e 12 do Ensino Secundário). A Escola tem vindo a instituir diversas medidas de forma a maximizar a resposta às necessidades educativas especiais e às dificuldades de aprendizagem: as tutorias (actualmente para alunos com necessidades educativas especiais que carecem de apoio familiar); as adaptações curriculares e o apoio pedagógico acrescido nas disciplinas de Matemática e de Português. Relativamente aos alunos com dificuldades de aprendizagem verificou-se uma diminuição do número de apoios no último biénio (129 alunos em 2005/06 e 112 alunos em 2006/07) e da taxa de sucesso (84% e 81% respectivamente). No entanto, e tendo em conta o aumento significativo dos alunos com necessidades educativas especiais, é de salientar a eficácia dos apoios, a estes alunos, no último triénio (taxas de sucesso: 2004/2005 – 100%; 2005/2006 – 97%; 2006/2007 – 85%). Os apoios educativos são atribuídos preferencialmente ao professor da disciplina/turma e a atribuição das tutorias é decidida pela Comissão Provisória e pela psicóloga, tendo em conta o perfil dos professores e disponibilidades de horário, sendo este sempre um professor da turma que presta apoio individualizado no tempo do Estudo Acompanhado. Os Conselhos de Turma reúnem periodicamente para reavaliar os planos de recuperação e acompanhamento e para delinear estratégias de acção.

2.4 Abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem

A valorização do conhecimento e da aprendizagem ao longo da vida estão patentes na oferta formativa da Escola, na realização de diversos projectos e actividades, como por exemplo: Seguranet, Prevenção de Acidentes de

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Trânsito, Ciência Viva, Cantar na Escola, Laboratório de Matemática, Plataforma Moodle, Parlamento Jovem, Ciência em Movimento, Fotografia e Coleccionismo. Algumas destas actividades procuram levar os alunos à adopção de critérios de profissionalismo, de exigência e de prestação de contas. As dimensões culturais e sociais estão patentes em diversos eventos que ocorrem ao longo do ano: Semana da Escola, Sarau Cultural, Gala da Escola, Natal Solidário e nos diversos projectos desenvolvidos pelos alunos na Área de Projecto. A natureza das aulas laboratoriais no Ensino Secundário e as diversas actividades de ciências desenvolvidas no Clube Ciência em Movimento e na Semana da Escola têm em conta as componentes activas e experimentais, constituindo incentivos à aprendizagem e ao desenvolvimento de atitudes positivas em relação à ciência. Contudo, a insuficiência de laboratórios reflecte-se no ensino básico; nestas turmas as actividades experimentais são pouco frequentes e, geralmente, quando acontecem, são actividades demonstrativas/ilustrativas realizadas pelos professores. A dimensão artística revela-se na oferta formativa da Escola, em que o Teatro é uma das opções, nas actividades desenvolvidas nos clubes, na exposição de trabalhos dos alunos, no Desporto Escolar em que a Ginástica Rítmica é uma referência e na realização de algumas visitas a museus. Os saberes práticos e as actividades profissionais são estimulados com acções decorrentes dos Cursos de Educação e Formação, nomeadamente visitas a empresas que proporcionam encontros com representantes de várias profissões e, ainda, através da feira de actividades económicas que acontece na Semana da Escola. Alguns alunos com necessidades educativas especiais têm Planos Individuais de Trabalho que resultam de protocolos (Projecto Interecos) celebrados entre a Escola e o Centro de Reabilitação e Integração de Torres Novas que faz o despiste e orientação vocacional, numa perspectiva de complementaridade entre o processo educativo e a integração socioprofissional destes jovens.

3. Organização e gestão escolar

3.1 Concepção, planeamento e desenvolvimento da actividade

O Projecto Educativo para o biénio 2007/2009 foi construído a partir da reformulação do anterior e da informação recolhida com a aplicação de questionários a toda a comunidade educativa. Este documento enuncia um elevado número de princípios orientadores e identifica como prioridades de acção a melhoria do sucesso dos alunos, da organização interna, das condições físicas da Escola e uma maior abertura desta ao meio. O Projecto Curricular de Escola contém, também, um significativo número de princípios orientadores e repete a abordagem de aspectos constantes do Projecto Educativo como, por exemplo, a caracterização do meio. Esta dispersão demonstra alguma desarticulação entre os documentos que orientam a acção da Escola, não cumprindo, assim, a sua função de complementaridade. O Projecto Curricular de Escola contempla, fundamentalmente, os aspectos organizacionais da vida da Escola, sendo omisso no que respeita à adequação do currículo nacional ao contexto local e à gestão curricular, nomeadamente quanto aos conteúdos e sua articulação e sequencialização. Por outro lado, o Plano Anual de Actividades limita-se a elencar as acções propostas pelos Departamentos/Grupos Disciplinares, não sendo evidente a construção deste documento como plano de acção de melhoria das áreas prioritárias definidas no Projecto Educativo. Nos horários dos alunos estão previstas tardes ou manhãs sem actividades lectivas para que seja possível a participação em actividades de enriquecimento curricular. Os horários dos docentes também estão organizados de forma a facilitar a sua participação em reuniões ou em grupos de trabalho. A Área de Projecto é atribuída, preferencialmente, a docentes das áreas científicas tendo em vista a realização de trabalhos que desenvolvam o espírito científico e a capacidade de investigação. De referir que, no âmbito desta área curricular não disciplinar, essencialmente ao nível do Ensino Secundário, os alunos têm realizado diversas acções com grande impacto na comunidade educativa. A área de Estudo Acompanhado é utilizada como reforço a disciplinas com maior insucesso, nomeadamente a Matemática, sendo que num dos tempos semanais é desenvolvida a Oficina de Matemática.

3.2 Gestão dos recursos humanos

Na distribuição do serviço docente a Comissão Provisória tem em conta as propostas dos Departamentos/Grupos Disciplinares que obedecem a critérios definidos pelo Conselho Pedagógico, assegurando-se, sempre que possível, a continuidade da mesma equipa educativa durante o ciclo de estudos. A distribuição pelos docentes de turmas do Ensino Básico e/ou do Ensino Secundário não obedece a orientações definidas, sendo também esta distribuição da responsabilidade dos Departamentos/Grupos Disciplinares. No entanto, um dos critérios é o de que a leccionação das disciplinas sujeitas a exame nacional fique a cargo de professores do quadro da escola. Na atribuição das direcções de turma é tido em conta o perfil do docente e as características da turma assegurando-se, sempre que possível, a continuidade. Na generalidade, os Directores de Turma têm realizado um trabalho muito positivo de acompanhamento aos discentes que tem contribuído para a melhoria dos resultados escolares. Existe um plano de

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recepção aos docentes que chegam à Escola pela primeira vez em que intervêm a Comissão Provisória e os Coordenadores de Departamento/Grupo Disciplinar. A atribuição de tarefas aos auxiliares de acção educativa é feita pela Comissão Provisória com a colaboração da Encarregada de Pessoal, havendo rotatividade de funções e salvaguardando as competências e apetências pessoais. A Comissão Provisória reúne com os auxiliares de acção educativa para discussão de assuntos relacionados com o seu trabalho. Este órgão demonstra disponibilidade para a resolução de qualquer problema que surja. Os Serviços de Administração Escolar realizam atendimento personalizado e dão uma resposta adequada às solicitações. No último triénio, os funcionários administrativos frequentaram algumas acções de formação promovidas pelo Centro de Formação de Associação de Escolas, com temáticas relacionadas com as suas áreas de actuação. O pessoal auxiliar de acção educativa frequentou acções de curta duração na área da Informática, realizadas pela Escola.

3.3 Gestão dos recursos materiais e financeiros

Na generalidade, as condições físicas da Escola são adequadas, tanto no que respeita aos espaços como aos equipamentos. No entanto, o número de salas existentes e o número elevado de turmas dificultam uma maior utilização dos laboratórios pelo 3.º Ciclo e não permitem disponibilizar espaços de trabalho para os docentes. Os recursos financeiros têm vindo a ser geridos no sentido de melhorar as condições físicas da Escola e de apetrechar os diversos espaços com materiais e equipamentos adequados, realçando-se, neste âmbito, as condições existentes nos laboratórios de Física, Química e Biologia, o apetrechamento de quatro salas de informática e a aquisição de material apropriado aos Cursos de Educação e Formação. As instalações desportivas existentes são adequadas e permitem a prática de várias modalidades. Apesar da Escola ser referência para os alunos invisuais ou com baixa visão, verifica-se, no entanto, alguma carência de material específico para estes alunos, situação que a Escola tem tentado colmatar através de contactos com instituições especializadas e também com a realização de acções de solidariedade que têm possibilitado a aquisição de alguns equipamentos.

Estão criadas condições para acesso de pessoas com dificuldades de mobilidade, tendo sido instalados dois elevadores (um no bloco administrativo e outro num bloco de salas de aula). A inexistência das plantas dos diversos edifícios impossibilitou a elaboração do Plano de Segurança e Emergência, estando aquelas a ser ultimadas de forma a permitir a execução do referido plano. A Escola gera um volume significativo de receitas próprias, nomeadamente com a cedência de instalações e participação em projectos. As decisões conducentes à distribuição das verbas disponíveis são tomadas tendo em conta as necessidades dos diferentes sectores.

3.4 Participação dos pais e outros elementos da comunidade educativa

Uma das prioridades do Projecto Educativo é a abertura da Escola ao meio, sendo realizadas, ao longo do ano, acções com vista a concretizar este objectivo, como, por exemplo, a Gala da Escola, o Sarau Cultural e a Semana da Escola. A participação dos pais e encarregados de educação em reuniões é bastante elevada no 3.º Ciclo (cerca de 80%), embora no Ensino Secundário esta participação não ultrapasse os 55%. O mesmo se passa no que respeita à presença dos pais e encarregados de educação durante os tempos reservados a atendimento, pelos Directores de Turma, que registam valores de 42% no 3.º Ciclo e de 27% no Ensino Secundário. Para além do atendimento presencial, muitas vezes, o Director de Turma contacta os encarregados de educação por via telefónica. A página da Escola na Internet também é uma forma de os encarregados de educação se manterem informados quanto ao funcionamento da Escola e de alguns aspectos que dizem respeito aos seus educandos, podem, por exemplo, consultar os horários e as pautas. Verifica-se alguma dificuldade de comunicação entre a Associação de Pais e as estruturas da Escola o que tem prejudicado a sua participação na vida escolar. A Escola desenvolve, ainda, iniciativas juntamente com outros parceiros da comunidade educativa, com a finalidade de procurar soluções para os problemas dos alunos e da Escola em geral, nomeadamente com a Câmara Municipal do Entroncamento, com a Junta de Freguesia, com a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens e Risco, com o Centro de Saúde e com o Centro de Reabilitação e Integração de Torres Novas.

3.5 Equidade e justiça

A Escola está atenta aos problemas sociais e disciplinares sendo o tratamento e o acompanhamento das situações feito pelos órgãos de gestão, pela direcção de turma e pela equipa dos apoios educativos (psicóloga e professora de educação especial) que, depois, se reflecte no encaminhamento dos alunos para soluções pedagógicas diferenciadas, nomeadamente tutorias, aulas suplementares de recuperação e Cursos de Educação e Formação. Os serviços de Acção Social Escolar fazem um acompanhamento de casos que, eventualmente, não estejam abrangidos pelos auxílios económicos mas que demonstrem necessitar deste tipo de apoio. Os alunos consideram

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que há transparência, equidade e justiça no modo como são tratados e avaliados, segundo regras e critérios que lhes são transmitidos.

4. Liderança

4.1 Visão e estratégia

A inexistência de Assembleia de Escola desde o ano lectivo 2005/2006, por falta de mobilização da comunidade educativa, tem condicionado, de algum modo, a vida da Escola, designadamente na aprovação, avaliação e acompanhamento de documentos de planeamento como o Projecto Educativo, o Plano Anual de Actividades e o Regulamento Interno, na promoção do relacionamento da Escola com o meio envolvente e na própria eleição da Direcção Executiva. Porém, a ausência deste órgão não impediu a nomeação de uma Comissão Provisória e o regular funcionamento da Escola, nem o aparecimento de algumas lideranças participativas nos órgãos de gestão intermédia, nomeadamente nos Departamentos/Grupos Disciplinares, na Direcção de Turma e no Serviço de Psicologia e Orientação, por forma a continuar a assegurar a adequada resposta às elevadas expectativas dos alunos e das suas famílias. O Projecto Educativo de Escola consagra os princípios orientadores e as respectivas áreas de intervenção. Contudo, o Plano Anual de Actividades, não inclui, ainda, as áreas de melhoria identificadas na auto-avaliação desenvolvida pela Escola. Na verdade, estes princípios constituem uma intensa agenda de intenções que, dificilmente, contribuem para uma visão de futuro que consagre a singularidade da Escola e possibilitem, por parte da Comissão Provisória, uma liderança clara e uma gestão estratégica do projecto, com metas avaliáveis. Todavia, a Comissão Provisória, demonstra ter controlo da gestão e abertura à comunidade educativa procurando dar resposta às suas necessidades e sugestões, planeando a curto e médio prazo.

A Escola tem uma boa imagem na comunidade envolvente, tanto pela dinâmica dos projectos que desenvolve e pelas actividades e trabalhos que os alunos apresentam na Semana da Escola, como por valorizar as áreas das Tecnologias da Informação e Comunicação e do Desporto Escolar. Os docentes sentem-se bem na Escola e a sua experiência, estabilidade, competência e assiduidade dão credibilidade à mesma.

4.2 Motivação e empenho

A Comissão Provisória da Escola, constituída em Março de 2007, conta com elementos que já tinham integrado o Conselho Executivo anterior, mostra conhecer bem a sua área de acção, executando as suas funções com grande empenho, abertura e receptividade, apesar das dificuldades do contexto de trabalho, que se têm tornado cada vez mais exigentes sobretudo para o corpo docente, e da necessidade de encontrar respostas, o mais adequadas possível, ao funcionamento da Escola, tendo em conta a inexistência de Assembleia de Escola. A actuação da Comissão Provisória, nomeadamente do seu presidente, é reconhecida e aceite, destacando-se a capacidade de trabalho e o bom relacionamento com toda a comunidade educativa. Como menos positivo anota-se o fraco incentivo às lideranças intermédias que poderá dificultar que as estruturas de gestão pedagógica sejam efectivos níveis de decisão. Os docentes caracterizam-se como um corpo muito competente e profissional, movidos por uma cultura de dedicação à Escola. Mostram-se motivados e empenhados para as funções atribuídas e para as actividades realizadas, o que faz acreditar que existem as condições necessárias para encetar planos de melhoria assentes em metas de excelência. Ressalta a atenção prestada a diferentes vertentes da educação, nomeadamente com a actividade experimental no Ensino Secundário, como incentivo a uma prática activa na aprendizagem das ciências, e com a valorização do desporto, da cultura e da solidariedade, como visão integrada dos saberes. De salientar, o empenho e o profissionalismo de uma parte muito significativa do pessoal não docente no desempenho das funções que lhe são atribuídas. O absentismo de docentes e não docentes tem pouca expressão e, por norma, as situações são monitorizadas e resolvidas. Efectivamente, a análise das taxas de absentismo, no triénio 2004/2007, disponibilizadas pela Escola, mostram uma significativa diminuição dos valores para o pessoal docente (4% - 2004/2005; 3,6% - 2005/2006; 1,3% - 2006/2007) e um valor médio de 8,6% para o pessoal não docente (6,4% - 2005; 12,9% - 2006; 6,7% - 2007).

4.3 Abertura à inovação

A Escola demonstra capacidade de inovação e tem um leque de docentes que se mostra aberto ao desenvolvimento de novas iniciativas. A participação em diversos programas/projectos de âmbito nacional demonstra o empenho das estruturas educativas em melhorar a qualidade das aprendizagens. Também, o funcionamento de actividades de enriquecimento curricular, como os diferentes Clubes promove nos alunos novas oportunidades de aprendizagem para além da sala de aula. No âmbito das Tecnologias da Informação e

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Comunicação, a plataforma moodle tem sido, cada vez mais, uma ferramenta de apoio ao processo de ensino e aprendizagem. Em colaboração com o Centro de Competências de Tecnologias da Informação e Comunicação da Escola Superior de Educação de Santarém, a Escola tem vindo a testar a implementação da ferramenta RePe (Repositório de e-Portefólios educativos). De referir, também, a criação dos Cursos de Educação e Formação que tem permitido à Escola criar novas oportunidades aos alunos com dificuldades de integração no ensino regular. 4.4 Parcerias, protocolos e projectos

As relações que a Escola tem estabelecido com diversas instituições e empresas têm contribuído, de forma significativa, para alargar e enriquecer as experiências dos alunos. De destacar as parcerias e protocolos com a Câmara Municipal do Entroncamento, Centro de Saúde, Centro de Reabilitação e Integração de Torres Novas, Escola Superior de Educação de Santarém e Instituto Superior Técnico. Um vasto leque de empresas assegura a realização de estágios dos alunos dos Cursos de Educação e Formação e dos Cursos Profissionais. No que se refere a projectos nacionais, a Escola está envolvida no Desporto Escolar, na Rede Nacional de Bibliotecas Escolares, no Plano de Acção para a Matemática, no Ciência Viva e no Iniciativa Escolas, Professores e Computadores Portáteis.

5. Capacidade de auto-regulação e melhoria da Escola 5.1 Auto-avaliação

A auto-avaliação, como processo mais estruturado, iniciou-se, na Escola, no ano lectivo 2005/2006, com a designação de uma equipa de docentes, incumbida de recolher informação em diferentes áreas, como contexto externo e interno, organização e gestão, ensino e aprendizagem e cultura de escola. Esta equipa, no ano lectivo 2005/2006, aplicou questionários a todos os elementos da comunidade educativa e tratou os dados relativos ao pessoal docente e aos alunos, tendo, no ano lectivo 2006/2007, ultimado o tratamento para os restantes questionários. Deve salientar-se o trabalho desenvolvido e a informação recolhida que permitiu o diagnóstico organizacional e a identificação dos pontos fortes e dos aspectos a melhorar, que já foram utilizados na reformulação do Projecto Educativo para 2007/2009. Contudo, estes aspectos a melhorar, ainda não foram tidos em conta, no Plano Anual de Actividades, como prioridades de desenvolvimento, para que a auto-avaliação constitua um instrumento de melhoria da organização, tornando-se progressiva e com impacto na gestão e na regulação das actividades escolares. No ano lectivo 2006/2007 foi criado o Observatório Permanente de Avaliação que tem feito o tratamento dos resultados dos alunos às diferentes disciplinas, por turma e por período lectivo, para análise reflexiva nos diferentes Departamentos/Grupos Disciplinares. Assim, da auto-avaliação desenvolvida pela Escola decorrem algumas decisões a partir das quais foram implementadas estratégias de melhoria, tais como a utilização efectiva e progressiva da plataforma moodle, a diversificação da oferta educativa, o trabalho de articulação da Direcção de Turma, do Serviço de Psicologia e Orientação e do Núcleo de Apoio Educativo com a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco e com o Centro de Reabilitação e Integração de Torres Novas no acompanhamento dos alunos, a implementação de um projecto de prevenção da indisciplina e as actividades desenvolvidas na Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos e no Laboratório de Matemática. 5.2 Sustentabilidade do progresso

O processo de avaliação que tem sido desenvolvido nos últimos anos, nomeadamente pela equipa de auto-avaliação, demonstrou uma forte determinação em organizar os dados recolhidos e identificar os pontos fortes e fracos da Escola em áreas importantes e nucleares, sob a forma de dois relatórios de avaliação interna. Esta foi uma estratégia que produziu informação útil e permitiu conhecer as percepções dos diferentes actores e auto-formar a própria equipa. Todavia, não existe, ainda, um mecanismo de divulgação da informação recolhida que mobilize a comunidade educativa, no sentido do aprofundamento e alargamento progressivo da auto-avaliação a novos campos de análise e se torne num melhor instrumento de apoio à decisão e gestão.

As estratégias implementadas decorrentes do trabalho de auto-avaliação realizado, apesar de não existir um projecto formal, têm produzido melhorias, destacando-se a evolução positiva, no triénio 2004/2007, das taxas de sucesso global (transição/conclusão) do 3.º Ciclo do Ensino Básico que se situam muito acima da média nacional, a diminuição do abandono escolar no Ensino Secundário e o número significativo de alunos que entram no Ensino Superior e nos cursos de primeira opção. Assim, a efectiva utilização da informação recolhida, aliada aos resultados já alcançados, à qualidade do clima interno e à estabilidade, à motivação e ao empenho do pessoal docente, garantem que existem as condições necessárias para o progresso sustentado da Escola, de forma a poder

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incrementar a sua autonomia na gestão de recursos, no planeamento das actividades educativas e na organização escolar.

V – Considerações finais

Apresenta-se agora uma síntese dos atributos da Unidade de Gestão (pontos fortes e pontos fracos) e das condições de desenvolvimento da sua actividade (oportunidades e constrangimentos) que poderá orientar a sua estratégia de melhoria.

Neste âmbito, entende-se por ponto forte: atributo da organização que ajuda a alcançar os seus objectivos; ponto fraco: atributo da organização que prejudica o cumprimento dos seus objectivos; oportunidade: condição externa

à organização que poderá ajudar a alcançar os seus objectivos; constrangimento: condição externa à organização que poderá prejudicar o cumprimento dos seus objectivos.

Todos os tópicos seguidamente identificados foram objecto de uma abordagem mais detalhada ao longo deste relatório.

Pontos fortes

ƒ clima e relações interpessoais, envolvendo os vários elementos da comunidade educativa;

ƒ motivação, empenho e capacidade de trabalho do pessoal docente e de uma parte muito significativa do pessoal não docente;

ƒ resultados educacionais e académicos onde se observa uma evolução positiva, bem como a eficácia dos apoios prestados às necessidades educativas dos alunos;

ƒ actividade experimental no Ensino Secundário com grande impacto na aprendizagem dos alunos e no seu envolvimento;

ƒ aprazibilidade e conservação dos diferentes espaços escolares;

ƒ desenvolvimento e utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação no processo de ensino e aprendizagem e na organização da Escola.

Pontos fracos

ƒ não existência de Assembleia de Escola condicionando a vida escolar;

ƒ pouca abertura da Escola aos pais e encarregados de educação que condiciona a participação destes; ƒ menor incentivo, por parte da Comissão Provisória, às lideranças pedagógicas com consequências no

exercício efectivo destas;

ƒ inexistência de projecto de auto-avaliação como metodologia regular e sistemática que garanta a melhoria contínua e o desenvolvimento organizacional e profissional;

ƒ menor atenção à calibração dos critérios de avaliação dos alunos;

ƒ inexistência de Plano de Formação como factor de desenvolvimento da organização escolar. Oportunidades

ƒ reforço da articulação e cooperação com as empresas da região;

ƒ estabelecimento de conexões com os responsáveis pelo Museu Nacional Ferroviário e pelos diferentes empreendimentos turísticos da região que se encontram, ainda, em fase de projecto.

Constrangimentos

ƒ inexistência de equipamento e recursos humanos especializados a tempo inteiro para aluno invisual e alunos de baixa visão;

ƒ escassez de espaços laboratoriais que permitam maior actividade experimental no 3.º Ciclo; ƒ falta de salas de trabalho para professores dos diferentes Grupos Disciplinares;

ƒ ausência de Plano de Segurança e Emergência por falta das plantas dos diversos edifícios que constituem a Escola.

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Em função do contraditório apresentado pela Escola, este relatório foi alterado:

– na página 13 - Capítulo V, Considerações finais, pontos fracos, onde constava “[…] fraca liderança da Comissão Provisória com consequências no exercício efectivo das lideranças pedagógicas; […]” passou a constar “[…] menor incentivo, por parte da Comissão Provisória, às lideranças pedagógicas com consequências no exercício efectivo destas; […]”.

Referências

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