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Instrumentos de Avaliação Autismo

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Instrumentos de avaliação Instrumentos de avaliação

A avaliação é o primeiro passo essencial para uma futura e correta intervenção nas A avaliação é o primeiro passo essencial para uma futura e correta intervenção nas crianças com estas perturbações. Estas crianças apresentam déficits em todas as áreas crianças com estas perturbações. Estas crianças apresentam déficits em todas as áreas de ocupação, no entanto manifestam mais comprometidas as áreas de comunicação – de ocupação, no entanto manifestam mais comprometidas as áreas de comunicação – interação e comportamento, entre outras. Assim a avaliação deve ser feita por uma interação e comportamento, entre outras. Assim a avaliação deve ser feita por uma equipa de vários profissionais com experincia em todas as áreas de desenvolvimento. equipa de vários profissionais com experincia em todas as áreas de desenvolvimento. !uma primeira fase é poss"vel avaliar e determinar se o dia#n$stico foi correto através !uma primeira fase é poss"vel avaliar e determinar se o dia#n$stico foi correto através de entrevistas e c%ec&lists de avaliação psicol$#ica e comportamental das crianças de entrevistas e c%ec&lists de avaliação psicol$#ica e comportamental das crianças dia#nosticadas com 'EA.

dia#nosticadas com 'EA.

Al#uns dos instrumentos mais utili(ados são a )ia#nostic *%ec&list for +e%avior – Al#uns dos instrumentos mais utili(ados são a )ia#nostic *%ec&list for +e%avior – )isturbed *%ildren, a Autism +e%aviour *%ec&list, a *%ild%ood Autism atin# -cale )isturbed *%ildren, a Autism +e%aviour *%ec&list, a *%ild%ood Autism atin# -cale *

*AA-/-/, , a a +e+e%a%aviviororal al 0b0bseservrvatatioion n -c-calale e fofor r AuAutitism sm ++0-0-/, /, a a AuAutitism sm )i)ia#a#nonoststicic Intervie1 2 evised A)I2/, a *%ec&list for Autism in 3oddlers *4A3/, a Autism Intervie1 2 evised A)I2/, a *%ec&list for Autism in 3oddlers *4A3/, a Autism )ia#nostic 0bservation -c%edule A)0

)ia#nostic 0bservation -c%edule A)0-/ e a Autism -pectrum 5uestionnaire A-5/. -/ e a Autism -pectrum 5uestionnaire A-5/. 00 'IA 3%e 'arent Intervie1 for Autism/ e o 6A)I* 6in# Autistic )isorder Intervie1 'IA 3%e 'arent Intervie1 for Autism/ e o 6A)I* 6in# Autistic )isorder Intervie1 *%ec&list/ são aplicados aos responsáveis pela criança

*%ec&list/ são aplicados aos responsáveis pela criança avaliada.avaliada.

Atualmente, em 'ortu#al, os instrumentos mais utili(ados são a *%ild%ood Autism atin# Atualmente, em 'ortu#al, os instrumentos mais utili(ados são a *%ild%ood Autism atin# -cale *A-/ e a *%ec&list for Autism in 3oddlers *4A3/. 3ambém são utili(ados a -cale *A-/ e a *%ec&list for Autism in 3oddlers *4A3/. 3ambém são utili(ados a Escala de Avaliação das *ompetncias no )esenvolvimento Infantil -7- II/ 829 anos/, Escala de Avaliação das *ompetncias no )esenvolvimento Infantil -7- II/ 829 anos/, qu

que e pepermrmitite e ididenentitifificacar r o o n"n"vevel l de de dedesesenvnvololvivimementnto o da da crcriaiançnça a em em : : áráreaeas s dede com

competpetncncias ias – – *on*ontrotrolo lo 'os'osturtural al 'a'assissivo, vo, *o*ontrntrolo olo 'os'ostutural ral ActActivoivo, , ;oc;ocomoomotortoras,as, <anipulativas, =isuais, Audição e ;in#au#em, >ala e ;in#ua#em, Interação -ocial e <anipulativas, =isuais, Audição e ;in#au#em, >ala e ;in#ua#em, Interação -ocial e Automonia 'essoal, a Escala de )esenvolviemnto da 7rifft%s, utili(ada dos ? aos @ anos, Automonia 'essoal, a Escala de )esenvolviemnto da 7rifft%s, utili(ada dos ? aos @ anos, avaliando seis áreas ;ocomoção, 'essoal2social, Audição e ;in#ua#em, *oordenação avaliando seis áreas ;ocomoção, 'essoal2social, Audição e ;in#ua#em, *oordenação $culo2manual, eali(ação e acioc"nio prático, e o *urr"culo de *arolina 82? anos/ que é $culo2manual, eali(ação e acioc"nio prático, e o *urr"culo de *arolina 82? anos/ que é composta por uma avaliação e intervenção 'sicopeda#$#ica para bebés e crianças com composta por uma avaliação e intervenção 'sicopeda#$#ica para bebés e crianças com !ecessidades Educativas Especiais.

!ecessidades Educativas Especiais.

A )ia#nostic *%ec&list for +e%avior – )isturbed *%ildren, numa se#unda versão, é A )ia#nostic *%ec&list for +e%avior – )isturbed *%ildren, numa se#unda versão, é constitu"da por um #rupo de B8: questões que devem ser completadas pelos pais da constitu"da por um #rupo de B8: questões que devem ser completadas pelos pais da criança. Al#uns dos temas abordados são interacção social, lin#ua#em, competncias criança. Al#uns dos temas abordados são interacção social, lin#ua#em, competncias motoras, inteli#ncia, reacções a est"mulos sensoriais

motoras, inteli#ncia, reacções a est"mulos sensoriais e caracter"sticas familiares desdee caracter"sticas familiares desde o nascimento até aos 9 anos de idade.

o nascimento até aos 9 anos de idade.

A Autism +e%aviour *%ec&list é preenc%ida por profissionais e visa diferenciar crianças A Autism +e%aviour *%ec&list é preenc%ida por profissionais e visa diferenciar crianças autistas de crianças com deficincia mental severa, ce#as2surdas e com perturbações autistas de crianças com deficincia mental severa, ce#as2surdas e com perturbações emocionais.

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*%ild%ood Autism atin# -cale *A-/ *%ild%ood Autism atin# -cale *A-/

A *%ild%ood Autism atin# -cale *A-/ é uma escala com o obCectivo de identificar as A *%ild%ood Autism atin# -cale *A-/ é uma escala com o obCectivo de identificar as crianças com autismo e distin#ui2las das crianças com atraso de desenvolvimento sem crianças com autismo e distin#ui2las das crianças com atraso de desenvolvimento sem autismo.

autismo.

Esta inclui quin(e itens comportamentais Esta inclui quin(e itens comportamentais D elação com pessoas

D elação com pessoas D Imitação D Imitação D esposta emocional D esposta emocional D Fso do corpo D Fso do corpo D Fso de obCetos D Fso de obCetos D Adaptação G mudança D Adaptação G mudança D esposta visual D esposta visual D esposta auditiva D esposta auditiva

D esposta e uso do paladar, c%eiro e

D esposta e uso do paladar, c%eiro e tactotacto D <edo ou nervosismo

D <edo ou nervosismo

D *omunicação verbal e comunicação não2verbal D *omunicação verbal e comunicação não2verbal D !"vel de atividade

D !"vel de atividade D !"vel e

D !"vel e consistncia de resposta intelectualconsistncia de resposta intelectual D Impressões #erais.

D Impressões #erais.

As avaliações são feitas a partir de diferentes fontes de observação, tais como testes As avaliações são feitas a partir de diferentes fontes de observação, tais como testes psicol$#icos ou participação na sala de aula entrevistas com os pais anamnese, desde psicol$#icos ou participação na sala de aula entrevistas com os pais anamnese, desde que inclua a informação requerida para todos os itens. !a aplicação do *A-, depois da que inclua a informação requerida para todos os itens. !a aplicação do *A-, depois da obte

obtenção de nção de todatodas s as informaçõas informações e es e dadodados, s, cada item é cada item é pontpontuado da uado da se#use#uinte forma Binte forma B ponto – normal, ? pontos – levemente anormal, H pontos – moderadamente anormal e  ponto – normal, ? pontos – levemente anormal, H pontos – moderadamente anormal e  pontos – severo, admitindo2se intervalos de 8,9 ponto. A soma da pontuação dos quin(e pontos – severo, admitindo2se intervalos de 8,9 ponto. A soma da pontuação dos quin(e iten

itens s permipermite o te o dia#n$dia#n$stico de stico de acordacordo o com o com o se#use#uinte critériointe critério  JH8 pontos KL JH8 pontos KL normanormal,LMl,LM H8 JHN,9 pontos KL autismoLM HO pontos K autismo severo. 0 A)0- é um instrumento na H8 JHN,9 pontos KL autismoLM HO pontos K autismo severo. 0 A)0- é um instrumento na mesma lin%a de avaliação.

mesma lin%a de avaliação.

A +e%avioral 0bservation -cale for Autism +0-/ permite distin#uir autistas de A +e%avioral 0bservation -cale for Autism +0-/ permite distin#uir autistas de indiv"duos com atraso mental severo, bem como, identificar sub#rupos de autistas e indiv"duos com atraso mental severo, bem como, identificar sub#rupos de autistas e de

desesenvnvololvever r um um ininststrurumementnto o obobCeCetitivo vo para para dedescscririçãção o do do autiautismsmo o em em tetermrmos os dede investi#ação comportamental e biol$#ica. A criança é colocada a brincar com brinquedos investi#ação comportamental e biol$#ica. A criança é colocada a brincar com brinquedos adequados G sua idade, sendo filmada e posteriormente é analisado o filme, sendo adequados G sua idade, sendo filmada e posteriormente é analisado o filme, sendo re#istrado os comportamentos observados, avaliando2se assim

re#istrado os comportamentos observados, avaliando2se assim informalmente.informalmente.

A Autism )ia#nostic Intervie1 2 evised A)I2/ é um questionário que permite obter A Autism )ia#nostic Intervie1 2 evised A)I2/ é um questionário que permite obter inf

informormaçõações es detdetal%al%adaadas s sobsobre re trtrs s áreáreas as funfundamdamententaisais  linlin#ua#ua#em #em e e comcomuniunicaçcação,ão, desenvolvimento social e Co#o e desenvolvimento em #eral. +aseia2se numa entrevista aos desenvolvimento social e Co#o e desenvolvimento em #eral. +aseia2se numa entrevista aos pais.

pais.

A *%ec&list for Autism in 3oddlers *4A3/ é um instrumento de avaliação constitu"do A *%ec&list for Autism in 3oddlers *4A3/ é um instrumento de avaliação constitu"do por : questões simPnão diri#ida para os pais e 9 questões de observação que é por : questões simPnão diri#ida para os pais e 9 questões de observação que é preenc%ida pelo médico. Este instrumento tem por obCetivo detectar e dia#nosticar preenc%ida pelo médico. Este instrumento tem por obCetivo detectar e dia#nosticar precocemente as crianças com perturbações do espectro autista, sendo aplicado a precocemente as crianças com perturbações do espectro autista, sendo aplicado a crianças a partir dos B@ meses com elevado risco #enético de possuir este tipo de crianças a partir dos B@ meses com elevado risco #enético de possuir este tipo de perturbações. 'retende2se que este instrumento seCa de fácil e rápida aplicação, que perturbações. 'retende2se que este instrumento seCa de fácil e rápida aplicação, que possa ser usado por *l"nicos 7erais ou qualquer outro tipo de técnicos, tais como possa ser usado por *l"nicos 7erais ou qualquer outro tipo de técnicos, tais como

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terapeutas ocupacionais, não especificamente treinados para o dia#n$stico do autismo. Al#uns dos pontos abordados são o Co#o intencional, o apontar protodeclarativo apontar para obter aquilo que se pretende/, a atenção partil%ada, o interesse social e o Co#o social. Existe também uma versão modificada denominada <odified *%e&list for Autism in 3oddlers <2*%at/ cuCo obCectivo é detecção do autismo e perturbações invasivas do desenvolvimento dos B@2?9 meses. A utili(ação é feita pelos médicos e psic$lo#os em entrevista ou auto2preenc%imento pelos pais. 0 questionário comporta ?H itens com respostas simPnão.

A Autism -pectrum 5uestionnaire A-5/ é um instrumento indicado para uma avaliação a crianças com mais de  anos.

!uma fase mais posterior pretende2se que a avaliação seCa direccionada para a intervenção. Assim existe um outro instrumento de avaliação psicol$#ica, o 'sQc%oeducational 'rofile 'E'/, que tem por obCectivo observar a criança a vários n"veis. 0 'E' está inte#rado no pro#rama 3EA**4 e #arante a determinação de um perfil desenvolvimental e funcional de cada criança.

0 'E'2 'sQc%oeducational 'rofile – evised/ é um questionário com base num instrumento educacional para o planeamento de pro#ramas educacionais especiais individuali(ados. Avalia tanto os atrasos de desenvolvimento como os comportamentos t"picos do autismo, com o prop$sito de dia#n$stico, baseados no *A-, devendo ser aplicado entre os N meses e B? anos de idade. Ele oferece informações relativas a sete áreas de desenvolvimento imitação, percepção, motora fina, motora #rossa, coordenação $culo2manual, co#nição, co#nitivo2verbal/, envolvendo um total de BHB itens. 3ambém identifica n"veis de anormalidades de comportamento t"picas do autismo, em quatro áreas relacionamento e afecto brincar e interesse por materiais respostas sensoriais lin#ua#em/, num total de H itens. 0s materiais de avaliação incluem diferentes brinquedos e materiais peda#$#icos apresentados G criança, como actividades estruturadas de brincar e as técnicas de aplicação incluem instruções verbais, #estos, demonstrações e aCuda f"sica. A pessoa que está a avaliar observa, avalia e toma notas sobre as diferentes respostas da criança durante o teste. *ada item de desenvolvimento pode ser avaliado como aprovado, emer#ente ou reprovado, enquanto os itens de comportamento devem ser avaliados como adequado, moderado ou #rave.

!o final da aplicação do teste é feita a avaliação de desenvolvimento e comportamental, de acordo com critérios proporcionados pelo instrumento.

A Adolescent and Adult 'sQc%oeducational 'rofile AA'E'/ é uma extensão do 'E'2 a #rupos de adolescentes e a #rupos mais vel%os com atraso mental de moderado a severo. >oca2se mais em avaliar as capacidades funcionais nas rotinas e no dia2a2dia casa, escola,R/.

'ara além dos instrumentos referidos anteriormente, existem outros instrumentos que podem completar a avaliação da criança e funcionam como forma de despiste e dia#n$stico das perturbações do espectro autista. Al#uns dos utili(ados para confirmação de dia#n$stico são ainda o 7illiam Autism atin# -cale 7A-/ comerciali(ada em 'ortu#al/, o 'ervasive )evelopment )isorders -crennin# 3est '))-3/, o *%ild%ood Asper#er -Qndrome 3est *A-3/ e o Australian -cale for Asper#erSs -Qndrome A-A-/. 5uanto a instrumentos de avaliação psicol$#ica existem também o Taufman Assessment +atterQ for *%ildren T2A+*/, o 6I-* III 6ec%sler Intelli#ence -cale for *%ildren 6I-*/, o 6ec%sler 'resc%ool and 'rimarQ -cale of

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'sicomotor para a 'rimeira InfUncia – evista e o =ineland Adaptative +e%avioural -cales =A+-/.

Aborda#ens subCacentes G Avaliação B. Aborda#em )esenvolvimental

Esta aborda#em é centrada nas competncias de aprendi(a#em espec"ficas e não na qualidade da participação em ambientes naturais da vida da criança.

A avaliação é

a/ +aseada no desenvolvimento normativo da criança b/ 3oma a sequncia dos estádios de desenvolvimento c/ Inclui todas as áreas de desenvolvimento

d/ A intenção da avaliação consiste em identificar o n"vel de desenvolvimento em cada uma das áreas

e/ V muito usado com crianças mais pequenas, é menos aCustado para crianças mais vel%as, principalmente multideficientes, dada a discrepUncia entre o desenvolvimento e a sua idade cronol$#ica

f/ Fsa testes normali(ados

#/ 0corre em contextos não familiares G criança com pessoas descon%ecidas – pode tornar a situação de avaliação ansio#énica, constituindo2se também como entrave G comunicação

%/ !ão considera a interação entre as diferentes áreas de desenvolvimento ?. 'erspectiva Ecol$#ica

A avaliação é centrada

a/ !os ambientes onde a criança experincia e vivencia atividades b/ !o funcionamento da criança nas atividades naturais

'retende portanto verificar a qualidade do funcionamento da criança em relação Gs atividades e aos ambientes onde participa. 0s comportamentos são observados em contexto natural tomando atividades quotidianas e rotinas.

V uma avaliação centrada em atividades

a/ *onsidera o nWmero de ambientes que a criança frequenta descrevendo2os e recol%e %ist$rias de vida de forma positiva

b/ 'ermite uma observação individual da criançaP Covem nos ambientes naturais onde funciona recol%endo informação sobre as preferncias, capacidades, e necessidades da criançaPCovem nos diferentes contextos

c/ =erifica os apoios que a criança necessita para ter uma participação mais ativa

d/ *onstata o modo como a criançaPCovem funciona nas atividades naturais, baseadas em rotinas

!uma avaliação baseada na perspectiva ecol$#ica é necessário que os docentes

a/ *on%eçam as caracter"sticas culturais, lin#u"sticas e étnicas da criança e da fam"lia b/ eali(em a observação em ambientes e contextos naturais

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A observação ecol$#ica 2 V %ol"stica e interativa

2 *onsidera a avaliação e a intervenção como uma entidade 2 >oca2se em atividades naturais nomeadamente nas rotinas

2 eali(a2se em diferentes contextos tomando todas as atividades da vida quotidiana das criançasPCovens para mel%or planear a intervenção

2 !as crianças mais novas pode também implicar observar as brincadeiras, de modo a poder constatar2se as interações com o ambiente obCetos, pessoas e ações/

As atividades naturais observadas podem ser

a/ Atividades iniciadas pela criança as que ela escol%e/

b/ Atividades de rotina previs"veis e re#ulares por ex. as refeições, mudar a fralda/ c/ Atividades planeadas implicam a intervenção direta doa adulto/

'articipação da fam"lia no processo de avaliação

2 A participação da fam"lia no processo de avaliação é importante, mas o #rau de participação dependerá da vontade da fam"lia. 0s seus valores devem ser respeitados. 2 A fam"lia poderá intervir diretamente na observação e avaliação ou poderá apenas contribuir com dados complementares G avaliação, cedendo informações sobre a criançaPCovem.

2 A seleção das atividades para a reali(ação da avaliação tem que ter em conta a realidade cultural de cada fam"lia em que a criança se insere.

+iblio#rafia D 111.cadin.net

D ;ampreia *., A=A;IAXYE- 5FA!3I3A3I=A E 5FA;I3A3I=A )E F< <E!I!0 AF3I-3A F<A A!Z;I-E *[3I*A, ?88H. Acedido em 111.scielo.brPpdfPpePv@nBPv@nBa8@.pdf

D -antos I. <., -ousa <. '. ;., *0<0 I!3E=I !A 'E3F+AX\0 AF3I-3A. Acedido em %ttpPP111.psicolo#ia.com.ptParti#osPtextosPA8?N?.pdf

Avaliação A+* – <A3I]

A avaliação a crianças com 'EA pode ser feita através do modelo de avaliação de contextos, A+* 2 <atrix, que ^providencia G criança oportunidades de aprendi(a#em e desenvolvimento baseada nos seus interesses e contextos reais da vida_ )unst, ?88/. Este modelo conceptual tem como componentes de avaliação, os contextos de aprendi(a#emP desenvolvimento são considerados o >amiliar 2 atividades diárias e acontecimentos em que a criança e a fam"lia participam rotinas, tarefas, acontecimentos sociais, brincar no interior e no exterior, tradições familiares/ a vida comunitária 2 atividades e interações da criança e da fam"lia ida ao parque, atividades de recreação/ pro#ramas de intervenção precoce – aqueles que ocorrem em centros de prestação de cuidados G criança pro#rama de educação pré 2 escolar/ e em cinco caracter"sticas do comportamento da criança interesses e recursos, comportamentos e interações funcionais e si#nificativas e oportunidades de aprendi(a#em e de participação. !os interesses e recursos é importante não esquecer que os interesses incluem a forma como a criança empreende o seu tempo e em que atividades mantém a

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como os comportamentos como sorrir, vocali(ar, apontar, #atin%ar, falar, saltar, alcançar. V de salientar que G medida que a criança usa as suas competncias para participar em diferentes actividades está a fortalec2las e aprender novas competncias. As actividades que ocorrem nos contextos reais, experincias diárias onde a criança despende tempo, envolvendo2se em interacções com as pessoas e obCectos, providenciam oportunidades para a criança aprender e expressar os seus interesses e recursos adquirir comportamentos funcionais e si#nificativos em contextos espec"ficos, produ(ir um leque variado de competncias s$cio2adaptativas 6ilson e <ott, ?88?/.

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A informação pode ser recol%ida através da conversação, condu(ida por al#umas questões c%ave e é necessário ter em atenção a forma de aborda#em discreta, aos cuidadores.

6ilson ` <ott, ?88?/

=ários estudos demonstraram que o ambiente pode suportar, prevenir ou inibir o brincar da criança, isto é mais evidente em crianças com atraso de desenvolvimento, deficincias f"sicas, co#nitivas ou com dificuldades de aprendi(a#em. 0 terapeuta ocupacional tem como obCetivo criar formas de promover a brincadeira através dos recursos do ambiente, ou até modificando2o de acordo com as caracter"sticas da criança ;etts, i#bQ e -te1art, ?88H/.

eferncias biblio#ráficas

. E-3-'2I''. ?88@/. -lides disponibili(ados pela 3erapeuta <$nica <aia Avaliação dos *ontextos.

. ;etts, ;., i#bQ, '. e -te1art, ). ?88H/. Fsin# Environments to Enable 0ccupational 'erformance. -lac& Incorporated 3%orofare.

. 6ilson, ;. e <ott, ). ?88?/. Assess +ased *ontext <atrix An assessment tool for developin# *ontextuallQ2 +ased *%ild 0utcomes, >ipp2case 3ools.

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Autismo infantil tradução e validação da *%ild%ood Autism atin# -cale para uso no +rasil

Alessandra 'ereiraI udimar -. ies#oII <ario +. 6a#nerIII

I<estre. !eurolo#ista pediátrica, Fniversidade >ederal do io 7rande do -ul F>7-/, 'orto Ale#re,

-II)outor.!eurolo#ista pediátrico, 'rofessor adCunto, )epartamento de 'ediatria, >aculdade de <edicina, F>7-, 'orto Ale#re,

-III'%), FniversitQ of ;ondon, ;ondon, FT. 'rofessor adCunto, )epartamento de <edicina -ocial, 'ro#rama de '$s27raduação em 'ediatria, >aculdade de <edicina, F>7-, 'orto Ale#re,

-esumo 0bCetivo

3radu(ir, adaptar e validar uma versão em portu#us do +rasil/ da *%ild%ood Autism atin# -cale *A-/.

<étodos

Ap$s processo de tradução, a versão foi aplicada em N8 pacientes com dia#n$stico de autismo infantil, de H a BO anos de idade, selecionados consecutivamente de um ambulat$rio especiali(ado a fim de analisar as propriedades psicométricas da nova versão *A-2+/ consistncia interna, validade e confiabilidade/.

esultados

A consistncia interna foi elevada, com valor de alfa de *ronbac% de 8,@? a validade conver#ente comparada com a Escala de Avaliação de 3raços Aut"st"cos/ alcançou um coeficiente de correlação de 'earson de r K 8,@:. Ao ser correlacionada G Escala de Avaliação 7lobal de >uncionamento para determinação da validade discriminante/, a *A-2+ apresentou um coeficiente de correlação de 'earson de r K 28,O9. A confiabilidade teste2reteste foi 8,:8.

*onclusão

A metodolo#ia utili(ada e os cuidados no processo de tradução permitem concluir que esse é um instrumento válido e confiável para avaliação da #ravidade do autismo no +rasil.

Introdução

Embora +leuler, em B:BB, ten%a sido o primeiro a descrever o autismo, foi ;eo Tanner, em B:H, que o definiu a partir da observação de um #rupo de crianças com comportamento peculiar caracteri(ado por uma incapacidade inata de estabelecer contato afetivo e interpessoalB2H.

0 autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento, e seu quadro comportamental é composto basicamente de quatro manifestações déficits qualitativos na interação social, déficits na comunicação, padrões de comportamento repetitivos e estereotipados e um repert$rio restrito de interesses e atividades. -omando2se aos sintomas principais, crianças autistas freqentemente apresentam distWrbios comportamentais

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#raves, como automutilação e a#ressividade em resposta Gs exi#ncias do ambiente, além de sensibilidade anormal a est"mulos sensoriaisH,9. Apesar de décadas de pesquisas e investi#ações, a etiolo#ia do autismo permanece indefinida, pois se trata de um distWrbio complexo e %etero#neo com #raus variados de severidadeH,9. =árias re#iões cerebrais podem estar envolvidas no processo de desenvolvimento da patolo#ia, incluindo cerebelo, %ipocampo, am"#dala, #Un#lios da base e corpo caloso, porém as anormalidades celulares e metab$licas, base para o desenvolvimento cerebral anormal, permanecem descon%ecidasN,O. 0 pro#resso na compreensão da causa, nature(a e tratamento do autismo requer uma inte#ração cada ve( maior entre conceitos, ac%ados #enéticos, avanços na neurocincia co#nitiva e observações cl"nicasH,9,N.

A prevalncia do autismo varia de  a BHPB8.888, ocupando o terceiro lu#ar entre os distWrbios do desenvolvimento infantil G frente das malformações con#nitas e da s"ndrome de )o1nH,@. !os EFA, de cada B.888 crianças nascidas, pelo menos uma irá, em al#um momento do seu desenvolvimento, receber o dia#n$stico de transtorno do espectro autista9,@. !a ausncia de um marcador biol$#ico, o dia#n$stico de autismo permanece cl"nico. 0s critérios atualmente utili(ados são aqueles descritos no <anual Estat"stico e )ia#n$stico da Associação Americana de 'siquiatria, o )ia#nostic and -tatistical <anual of <ental )isorders )-<2I=/.0s critérios do )-<2I= para dia#n$stico de autismo tm um #rau elevado de especificidade e sensibilidade em #rupos de diversas faixas etárias e entre indiv"duos com %abilidades co#nitivas e de lin#ua#em distintas no entanto, para avaliar os sintomas de forma quantitativa e refinar o dia#n$stico diferencial, outros instrumentos são necessários:. A *%ild%ood Autism atin# -cale *A-/ foi desenvolvida ao lon#o de B9 anos e é especialmente efica( na distinção de casos de autismo leve, moderado e #rave, além de discriminar crianças autistas daquelas com retardo mentalB82B. -eu uso oferece diversas vanta#ens sobre outros instrumentos a inclusão de itens que representam critérios dia#n$sticos variados e refletem a real dimensão da s"ndrome, aplicabilidade em crianças de todas as idades, inclusive pré2escolares, além de escores obCetivos e quantificáveis baseados na observação diretaB8. A identificação do autismo é de fundamental importUncia, e a utili(ação de um instrumento padroni(ado e mundialmente aceito permite dia#n$stico precoce e acurado, além de possibilitar a troca de informações entre diferentes centros de pesquisaB2BN.

!este estudo, obCetivamos tradu(ir para a l"n#ua portu#uesa, adaptar e validar a *A-. <étodos

'opulação

0 estudo foi condu(ido de setembro de ?88N a abril de ?88O no Ambulat$rio de 3ranstornos Invasivos do )esenvolvimento do 4ospital de *l"nicas de 'orto Ale#re. 'articiparam do estudo crianças e adolescentes de H a BO anos, em acompan%amento no ambulat$rio, com dia#n$stico de autismo primário pelo )-<2I=critério de inclusão/. 0 taman%o amostral foi calculado considerando o coeficiente de *ronbac% com uma mar#em de erro máxima de 8,B. Ftili(ando  K 8,89, estimou2se que seriam necessários N8 pacientes com autismo para a fase de validação. A versão da *A- tradu(ida para o portu#us *A-2+/, a Escala de Avaliação de 3raços Aut"sticos A3A/ e a Escala de Avaliação 7lobal do >uncionamento 7A>/ foram aplicadas em uma amostra consecutiva de N8 pacientes. A inclusão consecutiva ocorreu por ordem de c%e#ada para consulta de

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rotina no ambulat$rio. A *A-2+ foi reaplicada em 98 pacientes desta amostra definidos por sorteio.

3odos os responsáveis le#ais foram informados sobre os obCetivos da pesquisa e um consentimento informado para cada participante foi obtido. Este estudo foi aprovado pelo *omit de Vtica e 'esquisa do 4ospital de *l"nicas de 'orto Ale#re e também foi avaliado e autori(ado pela 6estern 'sQc%olo#ical -ervices 6'-/, que detém os direitos autorais da *A-.

<edidas

0s instrumentos utili(ados no estudo são descritos a se#uir.

*A-V uma escala de B9 itens que auxilia na identificação de crianças com autismo e as distin#e de crianças com preCu"(os do desenvolvimento sem autismo. -ua importUncia consiste na diferenciação do autismo leve2moderado do #raveB82BH. V breve e apropriada para uso em qualquer criança acima de ? anos de idade. -ua construção foi reali(ada durante B9 anos e incluiu B.988 crianças autistas. 'ara tal, levaram2se em conta os critérios dia#n$sticos de Tanner B:H/, *rea& B:NB/, utter B:O@/, itvo ` >reeman B:O@/ e do )ia#nostic and -tatistical <anual of <ental )isorders )-<2III/ B:@8/B8. A escala avalia o comportamento em B dom"nios #eralmente afetados no autismo, mais uma cate#oria #eral de impressão de autismo:2B?. Estes B9 itens incluem relações pessoais, imitação, resposta emocional, uso corporal, uso de obCetos, resposta a mudanças, resposta visual, resposta auditiva, resposta e uso do paladar, olfato e tato, medo ou nervosismo, comunicação verbal, comunicação não verbal, n"vel de atividade, n"vel e consistncia da resposta intelectual e impressões #erais. 0s escores de cada dom"nio variam de B dentro dos limites da normalidade/ a  sintomas autistas #raves/. A pontuação varia de B9 a N8, e o ponto de corte para autismo é H8B8.

0 processo de tradução descrito por -perberB9 foi utili(ado neste estudo, pois se trata de um modelo Wtil e prático, de escol%a para a maioria dos estudos de tradução e adaptação transcultural BN,BO. A *A- foi tradu(ida do ori#inal em in#ls para o portu#us, falado no +rasil, por dois tradutores independentes, e as duas versões foram comparadas pelos pesquisadores até a obtenção da versão final, que sofreu retrotradução para o in#ls por psiquiatra bilin#ue, não participante das etapas anteriores e que não esteve em contato com o texto ori#inal. A versão final, c%amada *A-2+, foi aplicada em N8 pacientes para cálculo das propriedades psicométricas, e o teste2reteste foi reali(ado ap$s um per"odo m"nimo de  semanas da primeira aplicação, em 98 pacientes.

A3A

)esenvolvida por +allabri#a et al., é composta de ?H subescalas, de fácil aplicação, que avaliam o perfil condutual da criança, embasada nos diferentes aspectos dia#n$sticosB@. A escala permite se#uimentos lon#itudinais de evolução e suas caracter"sticas psicométricas, em portu#us, foram satisfat$riasB:. Além disso, a A3A é um questionário de screenin# para tentar diferenciar autistas de deficientes mentais sem autismo. -eu ponto de corte é B9. >oi utili(ada neste estudo com obCetivo de obter a validade conver#ente da *A-2+.

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7A>

3rata2se de uma escala de B88 pontos cuCo principal obCetivo é fornecer um escore capa( de refletir o n"vel #lobal de funcionamento do paciente. Esta escala pode ser utili(ada para planeCar e medir o impacto do tratamento, se#uir as mudanças do paciente ao lon#o do tempo, avaliar qualidade de vida e estimar o pro#n$stico. 'ode ser utili(ada em qualquer situação em que uma avaliação de #ravidade é necessária?8. !este estudo, foi utili(ada a fim de obter a validade discriminante da *A-2+.

Análise estat"stica

'rimeiramente, foi utili(ado o alfa de *ronbac% para avaliação da consistncia interna. 0 coeficiente de correlação de 'earson foi utili(ado para avaliação da validade conver#ente e validade discriminante. A confiabilidade teste2reteste foi obtida através do cálculo do n"vel de si#nificUncia de 9. 3odos os dados foram analisados através do pro#rama estat"stico -'-- B?.8.

esultados

!a amostra estudada, %ouve predom"nio do sexo masculino, e a média de idade foi de BBB,@ meses :,H anos/. Aproximadamente 99 dos pacientes eram procedentes de 'orto Ale#re, e 9@,H tin%am acesso G escola especial para atendimento de crianças com transtorno invasivo do desenvolvimento.

As caracter"sticas sociais e demo#ráficas do #rupo estudado são apresentadas na 3abela B.

A versão da *A- em portu#us encontra2se na 3abela ?.

Aproximadamente N9 H:/ dos pacientes avaliados encontravam2se na cate#oria de autismo #rave, e H? na cate#oria de leve a moderado. 0 restante H/, se#undo a *A-2+, não apresentava autismo.

A associação entre autismo infantil e epilepsia é bem con%ecida e, neste estudo, esteve presente em ?@,H dos pacientes avaliados.

'ropriedades psicométricas *onsistncia interna

A média  -)/ do total de pontos obtidos foi H:,  9,8O/. !a análise da consistncia interna da escala utili(ando o coeficiente alfa de *ronbac%, obteve2se o valor 8,@? I*:9 8,OB28,@@/, indicando um elevado #rau de consistncia interna.

=alidade conver#ente

A associação observada entre a *A- e a A3A foi expressa por um coeficiente de 'earson r K 8,@: I*:9 8,O28,:8/ p J 8, 88B >i#ura B/.

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=alidade discriminante

*onforme esperado, %ouve uma correlação inversa si#nificativa entre a *A- e 7A> r K 28,O9 I*:9 28,@28,NB/ p J 8,88B >i#ura ?/.

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*onfiabilidade teste2reteste

Ap$s um per"odo m"nimo de  semanas, 98 pacientes foram novamente avaliados. A análise, através do coeficiente &appa de *o%en, mostrou concordUncia de 8,:8. 0 resultado é uma indicação da estabilidade da escala ao lon#o do tempo, não sendo necessário reaplicar a escala nos N8 pacientes iniciaisB.

)iscussão

)esde sua descrição, %á mais de N8 anos, o autismo representa um desafio fascinante e eni#mático para neurolo#istas e psiquiatras9. -abe2se %oCe que o autismo não é uma doença Wnica, e sim um distWrbio de desenvolvimento complexo associado a mWltiplas etiolo#ias e a #raus variados de severidade, sendo caracteri(ado por alterações comportamentais, de lin#ua#em e de co#nição, com retardo mental em O8 dos casos e crises epilépticas em H8N,O. !ão %á duvida da importUncia dos fatores biol$#icos na #nese do autismo, porém, não %avendo um marcador, seu dia#n$stico e o con%ecimento de seus limites permanecem uma decisão cl"nicaH,O e, portanto, o uso de testes padroni(ados para avaliação do transtorno é de considerável interesse na comunidade cient"ficaB.

!osso estudo tradu(iu e validou para a l"n#ua portu#uesa, do +rasil, a *A-, uma escala mundialmente utili(ada para dia#n$stico e classificação do autismo e que, pela sua importUncia, Cá está tradu(ida para o Capons, sueco, francs, entre outros idiomas?B2 ?H. A *A-2+ apresentou boa consistncia interna, validade discriminante, validade conver#ente e confiabilidade teste2reteste, utili(ando uma amostra de crianças e adolescentes com autismo tratados em re#ime ambulatorial em um %ospital terciário. Estes resultados são comparáveis ao da escala ori#inal e Gs outras versões. A confiabilidade é a reproducibilidade de uma medida e pode ser avaliada de várias formas confiabilidade teste2reteste, que é o #rau de concordUncia entre as avaliações em momentos diferentes e pode ser estimada pelo coeficiente &appa, confiabilidade entre diferentes observadores e consistncia internaB,?. A confiabilidade entre observadores mereceu atenção em diversos estudos envolvendo a *A-, mas os resultados são dif"ceis de avaliar e comparar?? e, portanto, não foi utili(ada neste estudo. A consistncia interna representa o #rau no qual a escala, vista como um todo, mede um fenmeno isolado e é medida através do coeficiente alfa de *ronbac%??,?. As medidas de validade estão relacionadas aos ac%ados de confiabilidade e são o aspecto mais importante da avaliação psicométricaB,??. 'odem ser definidas como a capacidade em realmente medir aquilo a que o instrumento se propõe e inclui a validade de critério, de conteWdo e de construção conver#ente, diver#ente e discriminante/?.

As caracter"sticas psicométricas da versão em portu#us da *A- são semel%antes Gs da amostra que deu ori#em ao instrumentoB8. A literatura, de um modo #eral, sustenta a confiabilidade da *A- com vários estudos demonstrando uma consistncia interna com valores aceitáveis  8,:8BH,??,?9. A consistncia interna da *A-2+, medida pelo coeficiente  de *ronbac%, é considerada boa 8,@H/, assim como na escala ori#inal 8,:/, e Custifica a combinação de B9 itens individuais em um Wnico escoreB8,?. 0 valor do alfa de *ronbac% na versão sueca foi 8,:B?? e, na versão Caponesa, de 8,@O?B,?9. Ap$s o paciente ter sido avaliado para cada um dos B9 itens, foi calculado um escore total. Aproximadamente H? B:/ dos pacientes deste estudo foram inclu"dos na cate#oria de autismo leve a moderado, e N9 H:/ dos pacientes apresentavam critérios

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proveniente de um %ospital universitário com atendimento especiali(ado na área. 0 )-<2I= representa um sistema de classificação desenvolvido pela Associação Americana de 'siquiatria e utili(a as trs caracter"sticas básicas do autismo, enquanto os B9 itens da *A- permitem um dia#n$stico mais obCetivo ao incluirem as caracter"sticas de autismo primário descritas por Tanner, as observadas por *rea& ` utter e escalas adicionais *I)2B8 e )-<2I=/B8. A correspondncia entre os dois métodos pode c%e#ar a :@:,BB, sendo, portanto, complementares no dia#n$stico.

A maioria dos instrumentos de avaliação elaborada para pesquisa médica teve sua ori#em em pa"ses ocidentais desenvolvidos e foi baseada em conceitos, formatos, normas e expectativas prevalentes nesses pa"sesB9,?N. !a maioria dos casos, tem2se optado pela tradução e adaptação transcultural de escalas Cá existentes, pois se trata de um procedimento mais prático que o desenvolvimento de uma escala ori#inal, além de permitir a comparação de resultados entre diferentes pa"sesB92BO,?O.

0 método utili(ado nas traduções de instrumentos para l"n#uas e culturas diferentes tem sido amplamente discutido, pois como muitos dos instrumentos vm sendo utili(ados em realidades socioculturais distintas daquelas de onde se ori#inaram, a questão fundamental é se podemos inferir que os escores resultantes dessas avaliações tm o mesmo si#nificado para populações etnoculturais diferentes?N,?O. 'erne#er et al.?@ investi#aram as caracter"sticas de duas versões de instrumentos de qualidade de vida tradu(idas por métodos diferentes e conclu"ram que a versão obtida através de processo exaustivo apresentou as mesmas caracter"sticas psicométricas de um método mais simples, su#erindo que um processo menos rebuscado não compromete a qualidade do instrumento final. A tradução e adaptação transcultural de qualquer escala na área da saWde requerem cuidados lin#"sticos, e a importUncia em se buscar equivalncia entre a versão ori#inal e a versão em portu#us tem sido cada ve( mais recon%ecida, principalmente em um pa"s com as dimensões do +rasil, em que predominam as diferenças re#ionais e de escolaridade?O. <attos, ao apresentar uma versão em portu#us do instrumento <3A2-!A'2I= de avaliação de sintomas de transtorno do déficit de atençãoP%iperatividade e sintomas de transtorno desafiador e de oposição, ressalta a complexidade em se aplicar instrumentos em culturas distintas daquelas para as quais foram criados. 0 autor também aponta para a utili(ação de uma metodolo#ia que inclua tradução, retrotradução, análise das versões e aplicação em população2alvo?O.

0 principal obCetivo deste trabal%o foi determinar as caracter"sticas psicométricas iniciais da versão em portu#us da *A-, mas, além destes resultados, nossos dados também demonstraram uma elevada associação entre autismo e epilepsia ?@,H/, consistente com estudos espec"ficos prévios que relatam uma taxa de epilepsia em crianças com autismo de 9 a H:?:. Embora todos estes resultados seCam positivos, estudos adicionais são necessários para complementar os dados obtidos. !ossos ac%ados, apesar da concordUncia com os dados da literatura, devem ser interpretados com cautela, principalmente em função do nWmero de pacientes da amostra. 3rata2se de uma aplicação inicial do instrumento e variáveis culturais re#ionais, assim como diferenças socioculturais devem ser estudadas de modo mais amplo. A metodolo#ia utili(ada, os cuidados no processo de tradução e a avaliação psicométrica da versão em portu#us permitem concluir que este instrumento é válido e confiável para avaliação da #ravidade do autismo em crianças brasileiras. 0 presente estudo representa o primeiro passo visando um mel%or dia#n$stico do autismo em nosso meio e possibilitará, no futuro,

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a aplicação da *A-2+ nas cinco re#iões do +rasil com posterior comparação dos resultados.

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0 'eda#o#o !a Educação )a *riança Autista

'or )A!IE;;A *A;A 'ublicado OP8?P?88@ Educação Avaliação -em nota Avaliação peda#$#ica

  *ompartil%e E2mail 0r&ut 31itter >aceboo& 7oo#le +lo##er I!30)FX\0

Ao abordar o aspecto educativo de indiv"duos portadores da -"ndrome de Autismo, fa(2 se necessário, uma retrospectiva %ist$rica, passando pela seleção natural, eliminação de crianças mal formadas ou deficientes em várias civili(ações, mar#inali(ação e se#re#ação promovidas na Idade <édia, até um per"odo marcado por uma visão mais %umanista na Europa ap$s a evolução >rancesa para se c%e#ar ao século ]I], aos primeiros estudos sobre deficincias.

0 dia#n$stico sobre autismo apresenta al#umas controvérsias, assim como sua pr$pria definição. !o entanto, apresentaremos, trs definições que podemos considerar como adequadas

A da A-A – American -ocietQ for Autism Associação Americana de Autismo/

A da 0r#ani(ação <undial de -aWde, contida na *I)2B8 B8a. *lassificação Internacional de )oenças/, de B::B/

A do )-<2I= 2 )ia#nostic and -tatistical <anual of <ental )isorders <anual )ia#n$stico e Estat"stico dos )istWrbios <entais/, da Associação Americana da 'siquiatria.

A s"ndrome do autismo pode ser encontrada em todo o mundo e em fam"lias de qualquer confi#uração racial, étnica e social. !ão se conse#uiu até a#ora provar nen%uma causa psicol$#ica, ou no meio ambiente destas pessoas que possa causar o transtorno. 0s sintomas, causados por disfunções f"sicas do cérebro, podem ser verificados pela anamnese ou presentes no exame ou entrevista com o indiv"duo, estas caracter"sticas são )istWrbios no ritmo de aparecimento de %abilidades f"sicas, sociais e lin#"sticas eações anormais Gs sensações, ainda são observadas alterações na visão, audição, tato, dor, equil"brio, olfato, #ustação e maneira de manter o corpo >ala ou lin#ua#em ausentes ou atrasados. *ertas áreas espec"ficas do pensar, presentes ou não.

itmo imaturo da fala, restrita de compreensão de idéias. Fso de palavras sem associação com o si#nificado elacionamento anormal com os obCetos, eventos e pessoas. espostas não apropriada a adultos ou crianças. Fso inadequado de obCetos e brinquedos. 'ara um dia#n$stico cl"nico preciso do 3ranstorno Autista, a criança deve ser bem examinada, tanto fisicamente quanto psico2neurolo#icamente. A avaliação deve incluir entrevistas com os pais e outros parentes interessados, observação e exame psico2 mental e, al#umas ve(es, de exames complementares para doenças #enéticas e ou %ereditárias.

!o in"cio do século ]], a questão educacional passou a ser abordada, porém, ainda é muito contaminada pelo esti#ma do Cul#amento social. !os dias de %oCe, entre todas as situações da vida de uma pessoa com necessidades especiais, uma das mais cr"ticas é a sua entrada e permanncia na escola. Ainda %oCe, embora mais sutil, pratica2se a LeliminaçãoL de crianças deficientes do ambiente escolar. 'or tudo isso os professores a#ora estão sendo preparados para adaptar a criança com necessidades especiais para prolon#ar a sua permanncia na escola dita normal.

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4oCe, não se pensa mais no autismo como al#o incurável e Cá é imposs"vel se falar de atendimento G criança especial sem considerar o ponto de vista peda#$#ico. Essas crianças necessitam de instruções claras, precisas e o pro#rama devem ser essencialmente funcionais, quer di(er, li#ado diretamente ao portador da s"ndrome.

Abordar este tema é de fundamental importUncia e o maior desempen%o depende da motivação em mostrar que essas crianças podem se relacionar com a sociedade. )o autismo em escolas normais e não a sua se#re#ação ou isolamento em escolas especiali(adas. Este trabal%o tem como obCetivo mostrar a importUncia do peda#o#o na Educação da criança autista. *omo disse o professor <arcelo +e(erra da -ilva, Lé de extrema importUncia retirar o autismo do #ueto e tra(er para a lu( de discussões as dificuldades enfrentadas por crianças e fam"lias inteiras. Inserir o tema de maneira consistente para que os peda#o#os possam aCudar a sanar o preconceito e a mel%orar o desenvolvimento e a qualidade de vida dessas criançasL.

-ão inWmeras as crianças que Cá estão recebendo atendimento especiali(ado promovido pelas Associações de 'ais e Ami#os – A+A Associação +rasileira de Autismo/ A-3E*A Associação 3eraputica Educacional para *rianças Autistas/ e A<A Associação de 'ais e Ami#os do Autista/. 3odas essas associações aCudam o professor a trabal%ar na sala de aula re#ular dando o apoio peda#$#ico necessário. Existem muitas coisas que podem ser feitas pelo autista. A principal é acreditar que ele tem potencial para aprender. 3ambém é preciso saber que ele enxer#a o mundo de uma forma diferente, mas vive no nosso pr$prio mundo. Al#uns autistas, raros, conse#uem se formar, constituir fam"lia e ter uma vida profissional normal. 4á pessoas autistas que nunca suspeitaram que o fosse. 'or outro lado, devido a sua #rande dificuldade em se comunicar, eles muitas ve(es tm um desempen%o fraco na escola.

!os casos mais #raves, devido G desinformação dos adultos, pais e profissionais da <edicina e da Educação, a criança autista fica condenada a viver em um mundo que não conse#ue compreender. !esses casos, podem crescer frustrados e responder ao mundo com #ritos e com a#ressões muitas ve(es, se auto2a#ridem, mac%ucam2se, para descarre#ar sua frustração em não ser compreendido, por isso é mel%or identificar o mais cedo poss"vel que a criança é autista. 0 papel do professor na pré2escola é fundamental. V a partir desse dia#n$stico que é preciso montar uma estraté#ia educacional para superar as dificuldades da criança de forma que ela possa se inte#rar e fa(er como está acontecendo. )esta forma, pretendemos investi#ar qual é o papel da peda#o#ia na escolari(ação da criança autista.

4ist$rico da s"ndrome do autismo

Em B@NO, 4enrQ <audsleQ foi o primeiro psiquiatra %á ter interesse por crianças com distWrbios mentais #raves, descobrindo várias delas dentre elas, o Autismo. gá no século ]], de -antis introdu( o termo )emetria 'recoc"ssima, onde aparecem casos de in"cio muito precoce.

0 autismo em B:H, caracteri(ado por ;eo Tanner tornou2se ra(ão um dos desvios comportamentais mais estudados, debatidos e disputados, que teve o mérito de identificar a diferença do comportamento esqui(ofrnico e do autismo. Até %oCe, sua descrição cl"nica é utili(ada da mesma forma, que foi c%amado de )istWrbios Aut"sticos do *ontato Afetivo – -"ndrome nica. !a década de O8, %ouve a proliferação dos critérios dia#n$sticos.

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Em B:@H, as -"ndromes de Asper#er e ett foram recon%ecidas e deixaram de ser consideradas autismo, a Associação Americana de 'siquiatria cria o termo )istWrbio Abran#ente do desenvolvimento e em B:@O, o autismo deixa de ser uma psicose infantil. 4oCe, o estudo está voltado para o aprofundamento real do que é o autismo, adaptação das crianças especiais em escolas de ensino re#ular e trabal%ar também a afetividade das fam"lias dos mesmos.

A importUncia da avaliação peda#$#ica

A avaliação do autismo deve ser fundamentalmente ideo#ráfica, pois não se trata de descobrir e analisar as caracter"sticas de comportamento individual em interação com um determinado ambiente.

Entre os vários instrumentos que podem auxiliar neste aspecto, destaca2se o 'ro#rama da Escala 'orta#e do )esenvolvimento )avid -%erer B:N:/, que permite a avaliação nas áreas de lin#ua#em, co#nição, cuidados pr$prios, sociali(ação e motora, fornecendo a idade de desenvolvimento em cada uma destas áreas e uma idade de desenvolvimento #eral. 7auderer, B::H pá#. @?/.

0s *urr"culos do pro#rama foram assim or#ani(ados

<aior precisão de responsabilidades, não dando lu#ar a improvisações. <aior eficácia na %ora de eliminar ou trocar condutas inadequadas.

0portunidade para observar o desenvolvimento da aprendi(a#em do aluno. )iminuição de aspectos pouco mensuráveis.

*ontribuição G avaliação da aprendi(a#em do aluno.

<aior facilidade para relacionar a aprendi(a#em do aluno com os obCetivos previstos no curr"culo.

!as Wltimas décadas, acumulou2se uma quantidade considerável de experincias em técnicas para o ensino de crianças autistas, desenvolvidas por educadores de vários pa"ses.

A maioria delas aponta para os se#uintes obCetivos #erais de educação 'revenir ou redu(ir deficincias secundárias.

)escobrir métodos para recuperar deficincias primárias.

)escobrir métodos para recuperar deficincias primárias e descobrir formas para aCudar a criança a desenvolver funções relacionadas Gs deficincias primárias.

As crianças com autismo, re#ra #eral, apresentam dificuldades em aprender a utili(ar corretamente as palavras, mas se obtiverem um pro#rama intenso de aulas %averá mudanças positivas nas %abilidades de lin#ua#em, motoras, interação social e aprendi(a#em é um trabal%o árduo precisa muita dedicação e pacincia da fam"lia e também dos professores. V vital que pessoas afetadas pelo autismo ten%am acesso a informação confiável sobre os métodos educacionais que possam resolver suas necessidades individuais.

A escola tem o seu papel no n"vel da educação. -ão elaboradas estraté#ias para que estes alunos consi#am desenvolver capacidades de poderem se inte#rar com as outras crianças ditas LnormaisL. 'orém, a fam"lia tem também um papel crucial, porque são os que tm mais experincia em lidar com as crianças, principalmente, porque as crianças autistas necessitam de atenção redobrada, durante ? %oras. <uitas ve(es, a profissão e o %orário cotidiano não facilitam, mas é importante dispensar al#umas %oras para que

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as crianças possam se sentir queridas e mostrar o que aprenderam. 0s pais podem encoraCar a criança a comunicar espontaneamente, criando situações que provoquem a necessidade de comunicação. !ão se deve antecipar tudo o que a criança precisa, deve 2 se criar momentos para que ela sinta a necessidade de pedir aquilo que precisa.

!a realidade, os problemas encontrados na definição de autismo, refletem2se na dificuldade para a construção de instrumentos precisos e adequados para um processo de avaliação e condutas. )evem2se considerar as severas deficincias de interação, comunicação e lin#ua#em e as alterações da atenção e do comportamento que podem apresentar estas crianças, a sua pro#ramação psicopeda#$#ica a ser traçada precisa está centrada em suas necessidades, tem que observar esse aluno para, se poss"vel, quais canais de comunicação se incapacitavam.

'ropostas educacionais para o autista

V fundamental a preparação do peda#o#o através de um pro#rama adequado de dia#nose e avaliação dos resultados #lobais no processo de aprendi(a#em, Cá que a criança especial se caracteri(a pela falta de uniformidade no seu rendimento, levando2se em consideração o n"vel de desenvolvimento da aprendi(a#em que #eralmente é lenta e #radativa.

'ortanto, caberá ao professor adequar o seu sistema de comunicação a cada aluno, respectivamente. Antes de c%e#ar G sala de aula, o aluno é avaliado pela supervisão técnica, para colocá2lo num #rupo adequado, considerando a sua idade cronol$#ica, desenvolvimento e n"vel de comportamento. As turmas são formadas por trs 8H/ a cinco 89/ alunos, no máximo, sob a responsabilidade da professora, e um auxiliar que é de #rande precisão, para %aver um funcionamento no ensino re#ular, é dada atenção especial G sensibili(ação dos alunos e dos envolvidos para saberem quem são e como se comportam esses alunos portadores de necessidades especiais.

*om todo esse processo, a criança pode rea#ir violentamente quando submetida ao excesso de pressão e diante disso, é preciso levar em conta, se o pro#rama está sendo positivo, se precisa %aver outras mudanças, al#o que não preCudique a ambos.

0 professor precisará ter uma postura que não seCa a#ressiva, muita pacincia, transmitindo se#urança e controle da situação, e, acima de tudo, muito amor pelo que está fa(endo.

A importUncia do ensino estruturado é ressaltada por Eric -c%opler 7auderer, B::H/, no método 3EA**4 3ratamento e Educação para Autistas e *rianças com )eficincias relacionadas G *omunicação/.

*om certe(a, é bom ter em mente que, normalmente, as crianças G medida que vão se desenvolvendo, vão aprendendo a estruturar seu ambiente, enquanto que as crianças autistas e com distWrbios do desenvolvimento, necessitam de uma estrutura externa para aperfeiçoar uma situação de aprendi(a#em.

Atualmente, Cá é imposs"vel se falar de atendimento ao autista sem considerar o ponto de vista peda#$#ico. *ada ve( mais, valori(a2se a potencialidade e não a incapacidade de seres %umanos. *om isto, a sociedade como um todo s$ pode beneficiar2se.

0bservam2se pro#ressos inesperados em outras áreas, como por exemplo, a participação voluntária de alunos normais na confecção de pro#ramas de tratamento do aluno especial que por si s$ Cá é positivo. Além disso, se observou numa mel%ora na auto2ima#em e na auto2estima das crianças voluntárias envolvidas.

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0s métodos de ensino para a escolari(ação do aluno autista

Fm dos métodos de ensino mais utili(ados no +rasil é o 3EA**4 que foi desenvolvido no in"cio de B:O8 pelo )r. Eric -c%opler e colaboradores, na Fniversidade da *arolina do !orte e %oCe está se tornando con%ecido no mundo inteiro. Em primeiro lu#ar o 3EA**4 não é uma aborda#em Wnica é um proCeto que tenta responder Gs necessidades do autista usando as mel%ores aborda#ens e métodos dispon"veis. 0s serviços oferecem desde o dia#n$stico e aconsel%amento precoce d pais e profissionais até *entros *omunitários para adultos com todas as Etapas Intermediárias Avaliação 'sicol$#ica, -alas de Aulas e 'ro#ramas para 'rofessores. 3oda Instituição que utili(a o 3EA**4 tem todo esse apoio.

0s prop$sitos do método, se#undo 7arQ <esibov, )iretor da divisão 3EA**4 são

4abilitar pessoas portadoras de autismo a se comportar de forma tão funcional e independente quanto poss"vel

'romover atendimento adequado para os portadores de autismo e suas fam"lias e para aqueles que vivem com eles

7erar con%ecimentos cl"nicos te$ricos e práticos sobre autismo e disseminar informações relevantes através do treinamento e publicações.

Existem poucos proCetos no mundo que podem ale#ar trinta anos de experincia com pessoas autistas. 0 3EA**4 se mantém evoluindo, desafiando os dia#n$sticos ne#ativos dos médicos ao di(erem que a criança não evolui, adicionando nova descobertas de pesquisa. -$ que s$ são utili(adas somente a técnicas que foram comprovadas em ampla escala, porque o método não trabal%a com uma técnica isolada. !ão iremos encontrar nin#uém di(endo que irá LcurarL o autismo.

*onclusões e recomendações

-e#undo a pesquisa reali(ada, verificou2se que %oCe as Escolas e#ulares no <unic"pio de 'orto =el%o estão aceitando com mais dedicação Gs crianças com dia#n$stico de autismo, porque os professores estão se aperfeiçoando e tendo mais didática para trabal%ar com elas e com a estimulação elas aprendem com mais facilidade, e o apoio da equipe peda#$#ica que é de fundamental importUncia, claro que encontramos al#umas instituições que possuem resistncia, mas o trabal%o em equipe tem surtido efeito e com o aux"lio também da A<A na prática peda#$#ica ensinando a trabal%ar com o 3EA**4 <étodo dos *artões/. V fundamental que os professores ten%am con%ecimento de 'sicolo#ia do )esenvolvimento e aprendi(a#em e que seCam orientados para uma atuação adequada nos #raves distWrbios de comportamento que apresentam essas crianças. Em primeiro lu#ar, pelo fato de o problema ter deixado de ser considerado apenas do ponto de vista médico e teraputico o peda#$#ico também fa( parte da Equipe <ultidisciplinar qualquer que seCa o n"vel de funcionamento das crianças tem se valori(ado por uma educação escolar mais estruturada. *om isso as crianças menos comprometidas tm se tornado mais sociável, usando construtivamente as %abilidades aprendidas, apesar da persistncia de al#uns sintomas. >a(em2se necessárias classes especiais de verdade, com metodolo#ia pr$pria para as necessidades de cada aluno especial.

0 )ia#n$stico é apenas o primeiro desafio que o +rasil está começando a utili(ar e está dando um novo ol%ar para educação dessa década. E sabemos que o pro#resso do autista depende muito também da participação da fam"lia. Fm dos principais obCetivos é esse, a

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fam"lia e o trabal%o na escola é a interação de ambos para estimular a criança, onde alcança total pro#resso e é dessa forma que as escolas estão reali(ando o seu trabal%o. *oncluindo, o trabal%o com a criança autista impõe, ao profissional, desafios contundentes, dentre os quais, o de lidar com a questão do tempo e a sua articulação com a emer#ncia do suCeito. 0 trabal%o cl"nico demanda do profissional, em primeiro lu#ar, uma tolerUncia com respeito G temporalidade sin#ular que caracteri(a o mundo destas crianças. 5uando existe informação a reação é oposta, a fam"lia aCuda e a Escola aCuda ao autista, todos trabal%ando Cuntos c%e#am a um trabal%o sin#ular, pois todo autista é Wnico. -abemos que o tratamento não es#ota o problema porque não é doença, então não tem cura, é a partir dele que se começa um trabal%o que irá ser para vida toda. !as fases da vida do autista vai passar vários profissionais, vários educadores e de cada um, uma experincia. Esperamos que esta pesquisa contribua para que os professores desenvolvam seu trabal%o na sala de aula com a criança autista.

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