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FUNDAMENTAÇÃO PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO CRÉDITOS ADICIONAIS ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO DE 2011

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REPÚBLICA DE ANGOLA ▬▬▬■■■■■▬▬▬ Ministério das Finanças

________________________________________________________________

FUNDAMENTAÇÃO

DO

PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO

DE

CRÉDITOS ADICIONAIS

AO

ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO DE

2011

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2 ÍNDICE

I.   INTRODUÇÃO...ERROR!  BOOKMARK  NOT  DEFINED.  

II.   A  NECESSIDADE  DE  CRÉDITOS  ADICIONAIS...ERROR!  BOOKMARK  NOT  DEFINED.  

III.   AS  POSSIBILIDADES  DE  FINANCIAMENTO  DA  DESPESA .ERROR!  BOOKMARK  NOT  DEFINED.  

3.1.   Contexto  Económico  Mundial... Error!  Bookmark  not  defined.  

3.2.   Evolução  Recente  e  Quadro  Actual  da  Situação  Macroeconómica  e  Financeira  InternaError!  Bookmark  not  defined.  

3.3.   Fonte  da  Receita  Adicional... Error!  Bookmark  not  defined.  

IV.   A  DESPESA ... 7  

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I. INTRODUÇÃO

01. O presente documento fundamenta, nos termos da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho – Lei-quadro do Orçamento Geral do Estado, o pedido de autorização de crédito adicionais – suplementares e especiais – ao Orçamento Geral do Estado de 2011, conforme aprovado pela Lei n.º 26/10, de 28 de Dezembro.

02. Na secção seguinte após esta introdução releva-se a necessidade da abertura de créditos cuja autorização se solicita à Assembleia Nacional. Segue-se a apresentação da possibilidade de financiamento da despesa com a demonstração da origem dos recursos que a despesa adicional do Orçamento Geral do Estado demanda, com sustentação numa avaliação do desempenho esperado da economia nacional, no contexto do desempenho antecipado da economia mundial. Depois apresenta-se a proposta dos créditos adicionais.

II. A NECESSIDADE DE CRÉDITOS ADICIONAIS

03. A necessidade de abertura de Créditos Adicionais resulta da necessidade de assegurar o alcance dos objectivos estabelecidos, no quadro da dinâmica da evolução social, económica e política da sociedade, conforme requerido pelo actual desempenho da implementação do programa do executivo que determina a necessidade de um realinhamento das acções do executivo, traduzidas em programas e projectos, de modo a garantir-se a sua maior eficácia em consonância com as prioridades estabelecidas.

04. Assim,  a determinação dos créditos necessários teve como base os seguintes pressupostos: a) Protecção da despesa social prioritária, tendo em consideração os três eixos de

actuação: (i) reforma do Estado; (ii) desenvolvimento do meio rural (sector produtivo) e; (iii) melhoria das condições de vida das populações (sector social), o que determinou a necessidade de suplementar os créditos dos programas e projectos já em curso mas com insuficiência de recursos, assim como a necessidade de incorporar despesas comprometidas, face à prioridade das acções, inicialmente não inscritas no orçamento; e

b) Abrangência nacional dos programas e projectos a financiar, considerando como metas a criação de empregos, o asseguramento do aumento do rendimento das famílias, a melhoria do nível e qualidade do consumo, a garantia da melhoria da qualidade de vida, bem como o reforço da capacidade institucional.

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III. AS POSSIBILIDADES DE FINANCIAMENTO DA DESPESA

3.1. Contexto Económico Mundial

05. A recuperação macroeconómica mundial em 2011 tem sido significativa, com maior envolvimento do sector privado, na medida que o sector público diminui a sua política de incremento da demanda agregada, embora as taxas de desemprego continuem elevadas, principalmente nas economias mais avançadas. Os mercados financeiros também se têm fortalecido embora permaneçam frágeis e vulneráveis.

06. Nas economias emergentes, a demanda continua crescente, ao mesmo tempo que se teme o risco do super-aquecimento. O aumento permanente dos preços das mercadorias e alimentos fazem elevar temores sobre tensões económicas e sociais, mais propriamente no Médio oriente e Norte de África.

07. De acordo com o FMI, o crescimento mundial em 2010 foi de 5% e espera-se que o produto cresça 4,4% em 2011. Enquanto que até ao fim do ano passado o maior risco ao crescimento seria a movimentação errática dos mercados financeiros, principalmente no tocante ao risco de default dos títulos soberanos, actualmente o risco que se apresenta é um nível de crescimento da oferta de petróleo limitado. O facto é que os preços das commodities – sobretudo do petróleo bruto – voltaram a estar em alta devido a vários factores: estruturais, cíclicos e as pressões dos mercados financeiros. Enquanto a demanda nas economias emergentes e em desenvolvimento sofreu incrementos, a oferta teve um comportamento inverso, com custos de produção significativamente aumentados.

08. O incremento substancial da demanda de commodities durante o último semestre de 2010 foi um factor decisivo no incremento no preço do petróleo. Outro factor que contribuiu para este aumento foi a instabilidade política que se vive actualmente nos países do Médio Oriente e do Norte de África. Para os alimentos, um factor especial foram também os choques negativos na oferta decorrentes de mudanças climáticas. Estes preços estão novamente nas médias registadas em 2008, e podem continuar a subir se as pressões económicas e sociais que se registam actualmente no norte de África e Médio Oriente persistirem. Entretanto, o FMI prevê que os preços estabilizar-se-ão se: (i) a OPEP cobrir o fornecimento que era feito pela Líbia e o aumento da demanda pelo produto se estabilizar; e (ii) as condições climáticas melhorarem significativamente e permitirem melhores colheitas em 2011. Contudo, dado que os stocks continuarão baixos, pressupõe-se que a volatilidade de preços deverá permanecer ao longo do ano.

09. Tendo em conta esse facto, avalia-se que o preço médio de exportação do petróleo angolano no segundo semestre de 2011 não deverá ser inferior a US$90,00 por barril.

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5 3.2. Evolução Recente e Quadro Actual da Situação Macroeconómica e Financeira

Interna

10. O desempenho da economia nacional no primeiro trimestre de 2011 indicia que a taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) deverá, comparativamente a 2010, acelerar-se muito modestamente de 3,4% para 3,6%, ao contrário dos 7,6% inicialmente projectados. Esse desempenho se deve ao facto de a produção petrolífera registar um decréscimo de cerca de 3,1%, assim como do abrandamento dos sectores da construção, pescas e derivados e serviços mercantis, que vão determinar uma taxa de crescimento do sector não petrolífero de 7,7%, em vez dos 11,2% inicialmente projectados.

11. Relativamente ao nível geral de preços, o seu crescimento, como medido pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Cidade de Luanda, registou uma desaceleração de 15,31%, em Dezembro de 2010, para 14,63%, em Abril de 2011. No conceito nuclear – que reflecte mais fielmente a perda do valor da moeda, pois expurga do IPC o efeito da variação de preços decorrente de factores não monetários – constata-se que a inflação anual no final de Abril de 2011 posicionava-se entre 12,58% (sem o efeito dos alimentos), 12,07% (sem o efeito dos preços administrados) e 7,58% (expurgando-se ambos os efeitos). A diferença entre a variação global e a variação nuclear do IPC continua a reflectir o efeito de uma componente de inflação de custos, causada pela subida dos preços em dólares das commodities alimentares, combinada com a apreciação do euro em relação dólar, bem como por causa de falhas de mercado (devidas também a factores climáticos) e de reajustes de preços administrados, nomeadamente no âmbito do abastecimento de água, gás e serviços de transporte colectivo. Calcula-se assim um objectivo de inflação acumulada de 12%.

12. Relativamente à execução do Orçamento Geral do Estado, no primeiro quadrimestre de 2011 foi observado um aumento considerável das receitas do Estado, como consequência do aumento do preço de petróleo bruto no mercado internacional, não obstante o facto de o volume de exportação média diária de petróleo bruto se ter situado apenas nos 1.644,6 mil barris, contra os 1.900 mil tidos como pressuposto do orçamento. Assim, o preço médio por barril de exportação do petróleo angolano passou de US$85,15, no 4.º trimestre de 2010, para US$100,27, no primeiro quadrimestre de 2011, bem acima do preço orçamental estabelecido em US$68,00. Estimativas apontam, entretanto, que o preço médio do petróleo angolano deverá situar-se em torno dos US$110,00 por barril.

3.3. Fonte da Receita Adicional

13. Tendo em conta o contexto económico mundial que se antecipa para o resto do ano de 2011 bem como os factores económico internos, pode-se considerar o seguinte quadro de ajustamento de alguns dos pressuposto do Orçamento Geral do Estado de 2011:

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6 Pressupostos

OGE 2011 Proj. 2011

Inflação anual global (%) 12,0 12,0

Produção Petrolífera anual (milhões de barris) 693.9 620.5 Preço médio fiscal do petróleo bruto (US$) 68,00 95,37

Produto Interno Bruto

Valor Nominal (mil milhões de Kwanzas) 8.392,2 9.186,9

Taxa de crescimento real (%) 7,6 3,6

Sector petrolífero 2,3 -3,1

Sector não petrolífero 11,2 7,7

14. Portanto, as novas projecções para 2011 indicam um crescimento do PIB Global real de 3,6%, sendo de -3,1% para o sector petrolífero e de 7,7% para o sector não petrolífero. Prevê-se que a produção diária média estimada de petróleo se situe nos 1.723,6 mil barris. Entretanto, embora se projecte um preço médio de petróleo das ramas angolanas de US$ 110,00, considera-se prudente assumir-considera-se um preço conconsidera-servador de US$95,37.

15. Assim, como os novos pressupostos de preço e exportação de petróleo bruto, avalia-se em cerca de Kz198,87 mil milhões a receita petrolífera adicional.

Quadro 2: Projecção da Receita Em mil milhões de Kwanzas

16. Por outro lado, foi avaliado a melhoria nos desembolsos dos financiamentos externos dos créditos previstos no OGE 2011 de Kz29,16 mil milhões.

17. Nesses termos, a Receita Adicional disponível para cobrir os Créditos Adicionais necessários é de Kz228,03 mil milhões.

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7

IV. A DESPESA

18. Os Créditos Adicionais de que se solicita autorização da Assembleia Nacional avaliados

em Kz.

208.021.432.245,00,

visam suplementar recursos de programas e projectos que se

avalia como estando insuficientemente cobertos, bem como a inscrição de programas e projectos prioritários, dado o seu impacto no alcance dos objectivos sociais e económicos do executivo.

19. Assim, foram consideradas, para inscrição no OGE/11, despesas relacionadas com as seguintes acções:

 

a) Encargos da CNE e CIPE com o Processo Eleitoral;

b) Recuperação e conservação da rede terciária de estradas e construção de pequenas pontes e pontecos;

c) Construção de fogos habitacionais em todos os municípios e infra-estruturas de água, luz, acessos e saneamento para as áreas loteadas;

d) Aumento da qualidade dos serviços prestados nos Hospitais Regionais, através da melhoria das infra-estruturas, terciarização de serviços, especialização dos técnicos de saúde e aquisição de equipamentos e ambulâncias;

e) Assistência médica no exterior;

f) Construção de escolas secundárias nos Municípios; g) Reabilitação de salas de aulas, destruídas pelas chuvas;

h) Construção e apetrechamento de centros de acolhimento e orientação dos mutilados de guerra;

i) Alargamento do projecto leite e papa às crianças menores de 3 anos de idade órfãs ou privadas de amamentação natural da mãe em risco de desnutrição, gémeos, trigémeos e infectadas pelo HIV/SIDA;

j) Atribuição gratuita de batas e material escolar às crianças e adolescentes órfãs de ambos os pais, separados das famílias;

k) Reintegração e assistência aos antigos combatentes e deficientes de guerra; l) Apoio a Reintegração dos Ex-Militares;

m) Iniciativas geradoras de trabalho e renda dos grupos sociais em situação de vulnerabilidade;

n) Contratação de técnicos para prestação de assistência técnica aos agricultores; o) Aquisição de fertilizantes;

p) Aquisição e distribuição de animais;

q) Produção de mudas de café e sementes diversas;

(8)

8 s) Construção de novas centrais térmicas nas províncias do Moxico, Cunene,

Namibe, Huila, Bié, Cabinda, Lunda-Norte, Kuando Kubango e Luanda; t) Promoção do Comércio rural e electrificação rural com energia fotovoltaica; u) Reabilitação de colectores principais de águas residuais e respectivas ETARs do

Município do Cazenga;

v) Construção das valas de drenagem;

w) Construção de quadras polidesportivas cobertas a nível nacional; x) Reabilitação de estádios de futebol e quadras de jogos;

y) Reabilitação de vias estruturantes da cidade de Luanda;

z) Construção de mercados municipais, escola média de enfermagem e pavilhão gimnodesportivo, na Província do Zaire;

aa) Fortalecimento das infraestruturas administrativas, do ensino primário e secundário, do saneamento e abastecimento de água e fomento da actividade produtiva na Província do Kuando-Kubango;

bb) Reabilitação de Escolas na Província de Malanje; cc) Implementação da reforma tributária; e

dd) Construção do pavilhão de exposições para a EXPO/2012.

 

20. As despesas das acções acima listadas serão inscritas, após autorização da Assembleia Nacional, através da abertura de créditos adicionais por Decreto Presidencial.

Referências

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